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Com distribuição recorde, Paraná vai alcançar 10 milhões de mudas plantadas em 2024

O ano de 2023 deixou o Paraná mais verde. O IAT entregou 1.850.427 mudas de espécies nativas em todo o Estado, um aumento de 6% em relação a 2022. Esse foi o maior volume de distribuição desde 2019, quando o programa Paraná Mais Verde foi implementado pelo Governo do Estado. Nos últimos cinco anos, o projeto superou a marca de nove milhões e 300 mil plantas, o equivalente a 8.300 campos de futebol de restauração florestal. A perspectiva, ao manter a média, é que o Paraná alcance 10 milhões de mudas distribuídas ainda neste semestre. O gerente de restauração ambiental do IAT, Mauro Scharnik, destacou fatores que colaboraram com esse resultado.

Ele reforça que boa parte das autorizações ambientais ou penas por supressão vegetal emitidas pelo IAT incluem como condicionante o replantio com plantas na nativas do Estado, fornecidas em grande parte pelo instituto.

De acordo com levantamento da diretoria de Patrimônio Natural do órgão ambiental, os núcleos regionais de Curitiba, Guarapuava e Campo Mourão lideraram o ranking de distribuição, respondendo por 30% do total de plantas. As mudas que ajudam no reflorestamento do Paraná são cultivadas nos 19 viveiros florestais e nos dois laboratórios de sementes do IAT. O órgão produz plantas de mais de 100 espécies diferentes, incluindo 25 ameaçadas de extinção, como a araucária e a imbuia.

O programa foi criado em 2019 e tem como objetivo despertar a consciência ambiental e aliar o desenvolvimento ambiental, econômico e social, por meio da produção e plantio de árvores nativas nas áreas urbanas e rurais. As mudas são plantadas em locais que precisam ser recuperados ou melhor arborizados, bem como incentivar a população a cultivar árvores para colaborar no equilíbrio do clima.

Informações: GOVPR.

Imagem: Blog da Plantei.

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Atualização de legislação estadual melhora competitividade do setor de base florestal de MT

Pleito do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) foi atendido pelos poderes Legislativo e Executivo de Mato Grosso neste início de 2024. Duas leis foram atualizadas pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) e sancionadas pelo governador, Mauro Mendes, na segunda-feira (8).

As mudanças nas normas foram propostas pelo deputado Dilmar Dal Bosco e abordadas por meio da Câmara Técnica Florestal, coordenada pelo Cipem. Uma das atualizações amplia a validade da Autorização para Exploração dos Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) de 12 para 24 meses, excetuando os períodos de restrição da atividade de corte, arraste e transporte na floresta no período chuvoso.

O ajuste ocorre por meio da Lei Complementar (LC) n. 786/2024, que alterou artigo da LC n. 592/2017, que dispõe sobre o Programa de Regularização Ambiental (PRA), disciplina o Cadastro Ambiental Rural (CAR), a regularização ambiental dos imóveis rurais e o licenciamento ambiental das atividades poluidoras ou utilizadoras de recursos naturais em Mato Grosso.

A outra mudança advém da LC n. 785/2024, que inclui na LC 592/2017 artigo que prevê “emissão de Autorização do Corte de Árvores Isoladas — ACAI”.

O presidente do Cipem, Ednei Blasius, expressou sua satisfação nas redes sociais em relação à modernização das leis, agradecendo ao trabalho do legislativo e executivo. Ele destacou que a solicitação foi encaminhada pelo Cipem por meio da Câmara Técnica Florestal, e parabenizou o deputado Dilmar pela gestão eficiente em relação aos temas e também reconheceu o governador Mauro Mendes por compreender a importância das alterações na legislação, atendendo prontamente às necessidades do setor de base florestal com esse significativo avanço.

O diretor-executivo do Cipem, Valdinei Bento destaca que a extensão da validade da Autorização de Exploração Florestal (Autex) para o dobro do prazo anteriormente vigente contribui para reduzir o acúmulo de processos de análises dentro do órgão ambiental.

“Só em Mato Grosso a permissão de exploração ainda era de 12 meses, prorrogável por igual período de 12 meses. Isso acarretava mais processos no órgão ambiental e morosidade para o empreendedor florestal, que tinha que aguardar o trâmite burocrático, impactando negativamente na colheita, produção e comercialização dos produtos florestais”.

O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), órgão colegiado responsável pela adoção de medidas de natureza consultiva e deliberativa acerca do Sistema Nacional do Meio Ambiente, já previa validade de 24 meses para a permissão de exploração florestal.

Em relação a LC 785/2024, o diretor-executivo do Cipem esclarece que a atualização da norma não autoriza a supressão de vegetação, apenas a colheita de espécies arbóreas isoladas quando houver a conversão de área de pastagem em agricultura, facilitando o processo de mecanização das lavouras.

Cipem

Composto por 8 sindicatos do setor de base florestal que fazem parte da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), o Cipem representa um segmento econômico que emprega aproximadamente 9 mil trabalhadores formais, sendo o 4º maior volume de postos de trabalho formais entre as indústrias de transformação de Mato Grosso, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Com 4,7 milhões de hectares (ha) de florestas nativas conservadas em áreas privadas, Mato Grosso é modelo de produção sustentável de madeira no Brasil. Através de técnicas de manejo florestal são produzidos por ano 4,4 milhões de metros cúbicos (m3) de madeira no Estado.

O comércio internacional da madeira nativa mato-grossense movimentou US$ 83,6 milhões em 2023. Entre os estados brasileiros exportadores, Mato Grosso ocupa a 4ª posição no ranking, tendo embarcado 81 mil toneladas do produto florestal no ano passado. É responsável por 2,29% das vendas externas de madeira no Brasil e por 98% na região Centro-Oeste do país, conforme dados estatísticos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Além da importância socioeconômica regional, a produção de madeira sustentável contribui com a arrecadação de impostos. O setor de base florestal recolheu R$ 66,2 milhões aos cofres do governo estadual em 2022, indica o Observatório da Indústria.

Informação: Cenário MT.

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Bracell finaliza Projeto Conexão e capacita mais de 97 gestores de organizações da sociedade civil

Com duração de dez meses, o projeto foi uma ação do Bracell Social com execução do Instituto Ekloos envolvendo oito municípios do interior de SP

São Paulo, 10 de janeiro de 2024 – A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, realizou no dia 07 de dezembro o evento de encerramento do “Projeto Conexão”, uma iniciativa da companhia com o objetivo de fortalecer institucionalmente organizações da sociedade civil. O projeto, realizado por meio do Bracell Social em parceria com o Instituto Ekloos – que apoia o desenvolvimento e a inovação de iniciativas de impacto social, promovendo a inclusão social -, beneficiou 25 instituições ao longo deste ano com a capacitação de 97 gestores. As instituições beneficiadas possuem 566 colaboradores e atendem 179 mil pessoas.

Organizações de oito municípios de atuação da Bracell participaram ativamente do projeto, com instituições de Agudos, Lençóis Paulista, Macatuba, Pederneiras, Itatinga, Barra Bonita, Bauru e Botucatu.

Andréa Gomides, fundadora do Instituto Ekloos diz que “o fortalecimento das organizações da sociedade civil é fundamental para que as pessoas de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social, participem de projetos mais inovadores e com mais qualidade, aumentando as oportunidades de transformação das realidades sociais”.

O projeto que iniciou em fevereiro de 2023, proporcionou mais de 342 horas de formação com 136 encontros online e 07 encontros presenciais. O programa abordou temas essenciais para o fortalecimento e gestão das organizações, como elaboração de projetos sociais, captação de recursos, planejamento estratégico, administração, comunicação, gestão financeira e questões legais.

Para a coordenadora de Responsabilidade Social da Bracell em SP, Francine Mendonça, o projeto cumpriu sua missão de ampliar o conhecimento dos gestores das entidades e, assim, expandir as possibilidades e estratégias de mobilização de recursos.

“O Conexão tem como propósito fortalecer institucionalmente as organizações da nossa região, visando a autonomia e a sustentabilidade dessas entidades, além de promover uma rede colaborativa entre os participantes. Acreditamos que, unindo forças, conseguimos potencializar o impacto social dos nossos projetos no território em que atuamos”, avaliou.

Uma das organizações beneficiadas pelo “Projeto Conexão” foi a APAE de Agudos, que passou a ter uma melhor gestão financeira. Elisângela Carvalho de Oliveira, responsável pela captação de recursos da instituição, explica que o projeto trouxe ‘novos horizontes’. “Antes do Conexão tínhamos o costume de buscar sempre uma ou duas fontes de receita. Com o projeto entendemos que podemos ir além! Criamos um planejamento, alinhamos uma estratégia de comunicação e fomos em busca de novas oportunidades e novos parceiros. Foi muito bom!”, disse. Segundo ela, muitas pessoas tinham a impressão de que a associação não passava por dificuldades e o Projeto Conexão trouxe vários ‘insights’. “Começamos a desenvolver várias ações que melhoraram muito a situação da APAE e também como a comunidade via a instituição. A gente saiu de uma situação de risco de fechamento para uma situação mais confortável agora. Sabemos que ainda temos uma jornada a percorrer, mas agora temos o conhecimento para seguir e ampliar”, disse Elisângela.

Já para o Recanto dos Velhinhos de Macatuba, o programa foi essencial para aprimorar as técnicas de gestão da instituição. “Antes achávamos que tínhamos conhecimento total de gestão e de alinhamentos técnicos de equipe. Depois do projeto, conseguimos aprimorar as nossas técnicas e alinhar todos os meios operacionais da nossa instituição. Tivemos resultados positivos. Ficamos muito felizes pela oportunidade e pelo projeto”, celebrou a assistente social, Letícia Corrêa Santos.

Após o evento de encerramento, o “Projeto Conexão” deve seguir com o acompanhamento das ações das instituições participantes e realizar um novo diagnóstico após um ano, avaliando o real impacto das estratégias aplicadas. Com isso, a Bracell reafirma seu compromisso de atuar como agente de transformação e desenvolvimento em suas áreas de atuação.

Sobre a Bracell
A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Eldorado divulga informações falsas ao mercado para favorecer J&F em disputa bilionária

São Paulo, 9 de janeiro – A Paper Excellence, uma das maiores produtoras de papel e celulose do mundo, acusou os gestores da Eldorado Brasil Celulose de agir com deslealdade em favor da J&F na tentativa de obstruir a transferência do controle da companhia. Em notificação encaminhada nesta segunda-feira (08/01) ao diretor presidente da Eldorado, Carmine de Siervi Neto, a Paper alega que a empresa distorceu os efeitos jurídicos de uma nota técnica emitida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e transmitiu informações falsas ao mercado, promovendo campanha da J&F que busca descumprir obrigações contratuais.

Em comunicado ao mercado emitido no dia 02 de janeiro, a Eldorado havia sugerido desfazer o acordo de compra e venda firmado em 2017, informando que orientaria seus acionistas a adotar as providências cabíveis para tratar do cancelamento da aquisição. A orientação aconteceu a partir de uma manifestação em primeira instancia de técnicos do Incra em um processo administrativo, que orientaram pela busca de autorização do Congresso Nacional e demais órgãos competentes antes da transferência do controle da Eldorado, que tem contratos com proprietários de terras envolvendo imóveis rurais.

A Paper Excellence esclarece que a nota técnica do Incra é um ato administrativo sujeito a recurso, e representa um entendimento sobre um tema que já é objeto de processos em instâncias estaduais e no Supremo Tribunal Federal (STF). A exigência, ou não, de aprovações do Incra ou do Congresso Nacional para a transferência do controle da Eldorado será decidida pelo Poder Judiciário. “A Nota Técnica não será, em nenhuma hipótese, a última manifestação sobre este tema”, diz a notificação.

Além de sustentar que o Incra não teria poder jurisdicional para determinar a nulidade de um contrato debatido no foro apropriado, a Paper, na notificação, acusa os líderes da Eldorado de distorcer os termos da nota técnica do Incra. A empresa também diz que tomará as medidas necessárias para que os administradores da Eldorado sejam responsabilizados por sacrificar o melhor interesse da companhia e descumprir seus deveres legais e fiduciários para atender “interesses escusos da J&F”.

Ao contrário do que afirma o comunicado divulgado pela Eldorado, a nota técnica do Incra ressalta que qualquer desfazimento do negócio exigiria “comum acordo entre o adquirente ou transmitente”.

A Paper diz ainda na notificação que tomará medidas cabíveis perante a administração pública para reformar o ato administrativo que encampou a nota do INCRA. Para a Paper Excellence, a interpretação da autarquia não reflete o melhor entendimento acerca da validade e aplicação ao caso concreto das normas constitucionais e infraconstitucionais que regem a compra de terras rurais no Brasil, dado que, entre outras razões, a Paper comprou um complexo industrial produtor de papel e celulose, não tendo interesse em ser proprietária de terras rurais no Brasil.

Informações: Assessoria de Imprensa Paper Excellence.

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Segmento agropecuário foi responsável por 70% da exportação paranaense em 2023

O setor agropecuário, que inclui alimentos, madeira compensada, papel e celulose, foi responsável por 70% do volume exportado em 2023 pelo Paraná. O montante estadual no período foi de US$ 25,2 bilhões, enquanto os produtos que compõem a agropecuária somaram valor superior a US$ 17,6 bilhões.

Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), compilados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Eles apontam que, em relação a 2022, o crescimento do setor agropecuário foi de 21%. Naquele período o segmento exportou US$ 14,5 bilhões.

A análise feita pelo Ipardes mostra que os US$ 25,2 bilhões oriundos de vendas do Paraná em 2023 superaram em 13,7% os US$ 22,1 bilhões acumulados ao longo de 2022, estabelecendo um novo recorde de exportações pelo Estado. Com isso, o Paraná passou de sexto para quinto maior exportador do País, ultrapassando o Rio Grande do Sul, que alcançou US$ 22,3 no ano passado.

“O Paraná viveu um ano muito difícil em 2022 devido às geadas e sobretudo a estiagem, que nos tirou mais de 31 bilhões de reais da produção agrícola”, analisou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “No ano passado, ainda que tenha havido excesso de chuva entre outubro e novembro, conseguimos recuperar aquilo que o Estado é capaz”. Somente em grãos, a safra ultrapassou 45,6 milhões de toneladas.

PRODUTOS – Entre eles, a soja segue como principal produto paranaense de exportação. Em 2023 o item campeão de vendas ao exterior bateu a marca de US$ 5,9 bilhões comercializados, respondendo por 23,5% de toda a exportação paranaense. Na segunda colocação veio a carne de frango in natura, com US$ 3,6 bilhões (14,5% de participação). O terceiro produto mais exportado no período foi o farelo de soja (US$ 1,9 bilhão) e em quarto, os cereais (US$ 1,2 bilhão).

Nos últimos cinco anos o Paraná acumula consecutivas altas nas exportações anuais de alimentos, passando de US$ 9,7 bilhões em 2019 para US$ 15,8 bilhões em 2023. No entanto, os segmentos de madeira, papel e celulose, que também fazem parte do setor agropecuário, não tiveram o mesmo desempenho positivo, em consequência da redução nos preços.

O papel, que tinha alcançado US$ 871 milhões em 2022, reduziu para US$ 758 milhões, queda de 12,9%. A celulose teve decréscimo ainda mais acentuado, passando de US$ 766 milhões para US$ 599 milhões (-21,8%). A principal redução ficou com a madeira compensada ou contraplacada, com 26,9% a menos de arrecadação nas vendas exteriores, vindo de US$ 643 milhões para US$ 470 milhões.

De acordo com o estudo do Ipardes, apesar da preponderância dos produtos do agronegócio na pauta de exportações do Paraná, os bens manufaturados de alta tecnologia também tiveram importante participação. Como no caso dos automóveis, cujas vendas ao mercado internacional totalizaram US$ 545 milhões, alta de 3,6% em relação aos US$ 526 milhões de 2022.

DESTINOS – No total, as mercadorias produzidas no Paraná desembarcaram em 215 destinos. Os maiores compradores foram a China (US$ 7,1 bilhões), a Argentina (US$ 1,5 bilhão) e os Estados Unidos (US$ 1,4 bilhão), responsáveis por 28%, 6,3% e 5,8%, respectivamente, do total comercializado pelo Paraná em 2023. O México aparece em quarto, com US$ 1 bilhão.

No caso da China, que já era a maior compradora dos produtos paranaenses em 2022, o volume de exportações quase dobrou no último ano. O valor passou de US$ 3,6 bilhões para cerca de US$ 7,1 bilhões, correspondendo por boa parte do superávit anual. 

Mesmo pequenos países como Tuvalu e Papua Nova Guiné, ambos da Oceania, também adquiriram produtos paranaenses.

IMPORTAÇÕES – Em sentido oposto, as importações estaduais de itens fabricados no exterior somaram US$ 18,2 bilhões no ano passado, uma queda de 18,8% em relação a 2022, quando houve US$ 22,4 bilhões em compras externas. Com isso o saldo da balança comercial no Paraná terminou o ano com um superávit de US$ 7 bilhões.

Adubos e fertilizantes lideraram as importações pelo Estado, totalizando US$ 2,1 bilhões. O volume, entretanto, foi 40% menor do que os US$ 3,5 bilhões comprados pelo Paraná em 2022.

Na segunda colocação apareceram os óleos e combustíveis, que também tiveram redução na importação. Enquanto em 2022 esses produtos movimentaram US$ 2,5 bilhões, no ano passado o montante caiu para US$ 1,8 bilhão – redução de 27,6%.

Confira o relatório AQUI.

Informações: Notícias Agrícolas.

Foto: GOVPR.

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J&F define data para devolver R$ 3,77 bilhões pela rescisão de venda da Eldorado

Grupo dos irmãos Batista notificou a multinacional da Indonésia a desfazer a sociedade de forma consensual

A J&F, conglomerado empresarial brasileiro, anunciou a data para cumprir a determinação do Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária) e encerrar de forma consensual o contrato de venda da Eldorado Celulose à empresa indonésia Paper Excellence, firmado em 2017. A decisão do Incra de considerar nulo o negócio devido à ausência de cumprimento da legislação nacional levou a esse desfecho.

A notificação da J&F à Paper Excellence convoca um encontro para o próximo dia 23 de janeiro de 2024, às 9h30 (de MS), em um escritório de advocacia em São Paulo, para formalizar o distrato. A comunicação, assinada pelo presidente atual da J&F, Aguinaldo Ramos, reforça o compromisso de desfazer o contrato em acordo mútuo.

Nessa reunião, a J&F propõe a imediata devolução do montante pago pela Paper Excellence na aquisição das ações da Eldorado, ultrapassando a cifra de 3,77 bilhões de reais. Em contrapartida, a gigante brasileira comandada pelos irmãos Batista vai receber as mais de 750 milhões de ações que estão atualmente em posse da empresa indonésia. Em comunicado, a J&F diz que o “acordo destrava R$ 20 bilhões de investimentos na empresa de celulose, com criação de 10.000 empregos” na planta instalada em Três Lagoas.

A Eldorado, por sua vez, já comunicou tanto a J&F quanto a Paper sobre a nulidade reconhecida pela AGU (Advocacia Geral da União) e pelo Incra. A empresa emitiu uma notificação, no dia 2 de janeiro, solicitando voluntariamente o distrato do acordo de compra e venda até o dia 8 de janeiro, alinhando à recomendação da autarquia e respeitando as determinações da legislação nacional.

O embasamento para a invalidação do contrato reside na falta de autorização prévia do Congresso Nacional por parte da Paper Excellence para formalizar a aquisição da Eldorado em 2017, conforme exigido pela lei brasileira. O MPF (Ministério Público Federal) também emitiu parecer alinhado com o entendimento do Incra e da AGU nesse caso.

A Paper Excellence, por sua vez, garante que que o acordo de compra da Eldorado atende às preocupações do Incra, do MPF e da Justiça. De acordo com a empresa da Indonésia, o contrato não implica na aquisição de terras por estrangeiros, mas sim no controle de um complexo industrial de celulose. Até a publicação da reportagem a empresa não confirmou se participará da reunião de distrato.

“A Paper adquiriu uma fábrica de celulose, em que a madeira é insumo e não a atividade principal, não sendo necessário, portanto, ter propriedades rurais ou arrendamentos de terras. A Eldorado consome um volume significativo de sua madeira por meio de contratos de parcerias com proprietários de terras brasileiros, que não estão sujeitos a restrições relativas ao capital estrangeiro. A Eldorado Celulose é proprietária apenas de 5% (14.464 hectares) das terras que utiliza em sua operação, que estão localizadas em áreas urbanas – isso representa menos de 1% do preço pago pela Paper na transação de compra das ações da Eldorado (R$ 15 bilhões)”, diz trecho da nota.

Informações: Campo Grande News.

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Novo negócio da Votorantim mistura floresta e agro e fatura no Cerrado e no Pantanal

CEO da Reservas Votorantim, David Canassa fala das parcerias recentes com o agronegócio e diz já estar gerando receitas com arrendamento de terras conservadas e a venda de créditos de carbono em dois biomas

O faturamento de R$ 53 bilhões do grupo Votorantim envolve diversos produtos como cimento, alumínio, energia renovável e até suco de laranja, mas a mais nova fonte de receita é “a árvore em pé”, por meio de uma de suas empresas investidas – a Reservas Votorantim. Em entrevista ao AgFeed o diretor executivo da Reservas Votorantim, David Canassa, fala entusiasmado das oportunidades de negócio que vem sendo geradas pela empresa.

Um dos principais pilares da companhia é a gestão de territórios conservados, aqueles que tem vegetação nativa preservada, mesmo que em conjunto com atividades agropecuárias. Além de cumprir a legislação e ajudar produtores e empresas a atingir metas de sustentabilidade, a missão é criar oportunidades de negócio, o que está ocorrendo, na prática.

“Fomos os primeiros a produzir crédito de carbono no Cerrado brasileiro, o que abriu uma vertente muito importante. É uma receita que antes não existia”, conta o executivo. Ele se refere ao chamado “Legado Verdes do Cerrado”, uma área de 32 mil hectares, em Niquelândia, no Norte de Goiás, administrada pela Reservas Votorantim.

Deste total, uma porção de 10,5 mil hectares foi certificada, internacionalmente, para gerar 50 mil créditos de carbono por ano. A primeira comercialização foi feita em 2023 por US$ 15 por tonelada, quando a empresa embolsou cerca de R$ 3,8 milhões.

A certificação foi atingida à medida que a empresa se comprometeu a preservar uma área que, por lei, estava apta a ser desmatada. Mas esse foi o primeiro passo e a expectativa é seguir avançando, inclusive em outros biomas, não apenas gerando créditos para a própria empresa, mas também atuando como uma espécie de consultoria para outros interessados.

“É um projeto muito importante de possibilidades para proprietários rurais que queiram pensar em outras oportunidades que não apenas o agronegócio em si”, explica Canassa.

O executivo diz que a empresa já está auxiliando produtores que queiram ter projetos
semelhantes, mas todos estão em andamento, levando até dois anos para ficar pronto. “Quando fizemos no Cerrado, era o primeiro fora do bioma amazônico, por isso fomos extremamente conservadores. Agora, vamos avançar, talvez incluir também áreas de APPs e reserva legal”, disse.

Projeto no Pantanal

David Canassa revelou ao AgFeed que a Reservas Votorantim está finalizando um novo projeto de créditos de carbono, desta vez no Pantanal. Será uma área da famosa Fazenda Bodoquena, em Mato Grosso do Sul, que hoje pertence à Votorantim, mas até a década de 1950 era da família Moreira Salles, e ficou conhecida por receber ilustres como os integrantes da banda Rolling Stones.

O diretor prefere não revelar, por enquanto, qual o tamanho da área que foi destinada ao projeto de carbono na fazenda. Mas admite que será superior aos 10 mil hectares do projeto do Cerrado.

A expectativa é de que a certificação para o projeto do Pantanal saia ao longo de 2024 (o chamado concept note, com a metodologia da Verra, já foi feito), mas a primeira comercialização de carbono pode ficar para o início de 2025.

Canassa explica que a cotação do carbono oscila bastante e que as melhores oportunidades de venda costumam ocorrer no primeiro quadrimestre do ano. Além da área própria, o projeto no Pantanal também deve envolver parceria com outros produtores rurais.

Ao todo, a Reservas Votorantim administra atualmente 150 mil hectares de terra, que englobam 3 diferentes biomas: Mata Atlântica, Pantanal e Cerrado.

Na Mata Atlântica a empresa também já começou a faturar com a venda de créditos de carbono. Para isso, foi lançada em setembro de 2023 uma nova metodologia, já que a Verra não aceitava gerar este crédito pelo mecanismo conhecido como REDD. A metodologia é chamada de PSA Carbonflor, foi lançada em Nova York e permitiu a geração de 20 mil créditos de carbono.

David Canassa disse que estavam acumulados os créditos dos últimos 6 anos, portanto o total é de 120 mil. Segundo ele, uma pequena parte já foi vendida. Como se trata de algo novo, o valor foi de US$ 10 por tonelada, mas a empresa agora espera nova oportunidade de mercado para o comercializar o restante.

Parcerias no agronegócio

A Reservas Votorantim espera avançar também em outra vertente de negócio, as oportunidades em conservação e reflorestamento. Durante a COP 28, anunciou uma parceria com a Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável, grupo que reúne 70 organizações de produtores rurais, venda de insumos, frigoríficos e até restaurantes.

Pelo acordo, as chamadas “soluções baseadas na natureza”, da Reservas Votorantim, serão oferecidas no marketplace da organização.

Um dos principais serviços é o chamado “arrendamento de reserva legal”. Proprietários rurais que precisem se adequar ao Código Florestal e não queiram substituir lavouras por espécies nativas pagam um valor anual por hectare à Reservas Votorantim, que cuida não apenas da vegetação, mas também da burocracia envolvida.

Vista aérea do Legado Verdes do Cerrado, em Niquelândia, no Norte de Goiás (Foto: Luciano Candisani/Divulgação).

“Ajudamos o proprietário com o CAR. É um processo rápido, em 2 meses resolve o problema. É uma solução mais atrativa do ponto de vista de custo para o agricultor”, explicou o CEO da empresa.

Um acordo semelhante também já existe com a cooperativa Canaoeste, segundo Canassa, e a intenção é conquistar novos clientes no agro. “No último ano fechamos 25 novos contratos, agora que os produtores estão conhecendo essa modalidade de arrendamento de reserva. Muitos achavam que não era possível do ponto de vista legal, mas é”, acrescentou.

A empresa está oferecendo reserva legal para arrendamento nos estados do Paraná, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. “É pouco mais de mil hectares já arrendados até agora, mas temos muita área ainda pra arrendar”.

Outro serviço oferecido ao produtor rural é o plantio de espécies nativas. Como nas APPs não é possível fazer este arrendamento, a saída é reflorestar, uma atividade que a Votorantim faz há bastante tempo.

No reflorestamento, a empresa também sugere alternativas de receita, como o plantio de frutíferas, por exemplo. Em 2023, a Reservas Votorantim diz ter plantado 150 hectares para recuperar APPs em propriedades de terceiros, uma tarefa trabalhosa, segundo Canassa.

A Reservas foi criada em 2015, mas já existia como projeto na Votorantim, desde 2012. “Somente em 2022 fomos a mercado, nossa aproximação com os agricultores é bem recente”, afirma o CEO.

Em 2023, foi o ano do crescimento e de “escalar a receita”, segundo ele, embora não revele os números. A Votorantim deve divulgar os resultados do último ano somente em março.

Canassa garante que não é um “braço” do grupo para cumprir metas. “Se as outras investidas da Votorantim quiserem contratar nossos serviços, podem, vou cobrar preço de mercado”.

O terceiro pilar estratégico está relacionado à biodiversidade das áreas nativas. O diretor diz que estão estudando o futuro mercado de créditos de biodiversidade, ainda muito incipiente. Mas diz que a prioridade é reinvestir os recursos que vem arrecadando em ações de pesquisa, para descobrir mais riquezas na floresta.

“Temos parcerias com universidades e outras instituições para ver o que pode virar produto, como seivas e extratos. Não é só remédio, mas pode vir adstringentes, novos bioprodutos pra agricultura, tem muita coisa interessante para ser pesquisada. É uma vertente de longo prazo”, concluiu.

Informações: Agfeed.

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Biorrefinaria florestal agrega valor

A biorrefinaria florestal não apenas processa recursos, mas transforma a natureza em uma fonte valiosa de inovação e sustentabilidade

O conceito de biorrefinaria foi emprestado do conceito da refinaria de petróleo, em que a partir do óleo bruto se produz combustíveis e derivados, polímeros, química fina, etc.

Uma biorrefinaria usa a biomassa como matéria-prima para produzir diversos combustíveis e produtos de origem sustentável. Assim, a ideia é ter produtos ou bioenergia com produção em larga escala, valor agregado não muito elevado e outros com menor volume de produção, mas com valor agregado mais elevado.

Dessa forma, a cadeia como um todo passa a ter maior lucratividade. Para o caso da biomassa florestal, é enxergar cada árvore como sendo um poço de petróleo.

Estratégias personalizadas

Não existe um modelo ou estratégia únicos. Para cada caso precisaremos desenvolver estratégias apropriadas. Talvez seja esta a maior dificuldade.

No caso da refinaria de petróleo, o mundo usa o mesmo processo para qualquer tipo de óleo bruto, por isso, nem sempre as tecnologias conseguem usar o petróleo brasileiro adequadamente, já que ele tem composição diversa dos existentes no Oriente Médio.

Mas, ainda assim, a refinaria de petróleo consegue ter uma pequena flexibilidade para produzir as substâncias que precisamos. As biorrefinarias precisam se adequar à biomassa de interesse, por exemplo, no caso florestal, vêm de árvores.

E o que existe em maior volume é a madeira. A estratégia será diversa para outras partes do vegetal, como as cascas ou as folhas.

Versatilidade

A indústria de polpação de celulose é, por si só, considerada uma biorrefinaria completa, pois além da polpa e celulose se produz energia térmica e elétrica a partir da combustão da lignina.

E a polpa de celulose é usada não apenas para produzir papel, ou papelão ou papel cartão e demais tipos de papel. Também é usada para produzir fios de celulose usados na confecção de roupas em geral, como o caso da viscose ou do modal.

Outras aplicações são em tintas, explosivos, celofane, carboximetil celulose, etc. Além dos produtos desta indústria, poderíamos pensar em outros processos e produtos, como lignina usada como antioxidante, cosméticos, resinas com formaldeído em substituição ao fenol proveniente de fontes fósseis, nanopartículas de lignina para ser usadas em sensores, etc.

Da celulose é possível produzir vários tipos de nanocelulose, como a cristalina e fibrilada mecanicamente, além, claro, de combustíveis, como o etanol de segunda geração.

Funciona na prática?

No caso do setor de celulose e papel, já temos nanocelulose sendo produzida e também lignina kraft. No caso da nanocelulose, a maior parte da produção é usada para reforçar papel convencional.

E, no caso da lignina, o uso maciço é na substituição de fenol para produzir adesivos.

Entretanto, antes que os produtos e processos sejam lançados no mercado, é necessário o desenvolvimento das tecnologias em escalas menores para avaliação de desempenho técnico e econômico.

E, se considerarmos os aspectos social e ambiental da tecnologia, as dificuldades só aumentam. Assim, a inovação é fundamental para atender a todos os aspectos da sustentabilidade.

Perspectivas de mercado

Os modelos de negócio não são possíveis de prever, mas acredito que haverá muitas possibilidades, desde a verticalização completa dos processos até a agregação de empresas menores em torno de um grande conglomerado.

O mercado está, no momento, com muitas startups e o número cresce assustadoramente, ou seja, existe muito capital de risco no mercado buscando ideias inovadoras.

Sustentabilidade ambiental e recursos florestais

Os plantios florestais brasileiros são um setor que atende ao Código Florestal, e a maioria deles são certificados até mesmo por organismos internacionais. Nossas florestas são um exemplo de sustentabilidade.

A biorrefinaria é uma das melhores ferramentas para implementar a bioeconomia e permite o desaparecimento de resíduos, ou seja, promove a economia circular. Com ela, usaremos cada vez mais substâncias da química verde e a geração de produtos biodegradáveis.

Mesmo quando não forem biodegradáveis, terão origem sustentável e serão recicláveis. No caso do Brasil, temos uma grande área de plantios florestais, e se por qualquer conjuntura de mercado internacional o volume de celulose ou de chapas vierem a diminuir, poderemos lançar mão de produtos da biorrefinaria para consumir a produção florestal que possuímos.

Desafios

Os maiores desafios são fazer com que as novas tecnologias sejam economicamente viáveis. E a superação tem sido feita pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento em ambiente inovador e competitivo.

Muitos produtos oriundos da biomassa florestal podem ser usados na área médica, como fármacos de liberação lenta, curativos celulósicos, implantes, remédios antitumorais à base de lignina, etc.

Também podem ser úteis na área eletroeletrônica, como plataformas sensoras (aplicações na área de saúde da população, ou controle de qualidade de água com poluentes emergentes (analgésicos, hormônios, glifosato, etc)), painéis fotovoltaicos, etc.

Existem outras aplicações com valor agregado intermediário, como no agronegócio, como aditivos anti-deriva, liberação lenta de fertilizantes e de outros agroquímicos.

Informações: Campo&Negócios / Washington Magalhães, pesquisador da Embrapa Florestas.

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Paper Excellence acusa Eldorado de deslealdade após J&F encerrar contrato de venda bilionário

A empresa marcou data e horário para anular o contrato e devolver os R$ 3,7 bilhões

Nesta semana, a J&F Investimentos S.A. notificou a Paper Excellence, afirmando que deve cumprir a recomendação do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de Mato Grosso do Sul. A nota técnica solicitava a nulidade da compra.

Ainda conforme a nota do Incra, a data limite para manifestação da J&F era nesta segunda-feira (8). Assim, a empresa se manifestou sobre o posicionamento do Incra, em pedido pela nulidade do contrato de compra e venda das ações da Eldorado, firmado em dezembro de 2017 com a Paper Excellencee.

Conforme a nota divulgada na íntegra pelo Poder 360, a J&F notificou a CA Investment a distratar o contrato. Para isso, foi convocada uma reunião entre as partes no dia 23 de janeiro, às 10h30, em São Paulo (SP).

Com isso, na oportunidade a J&F propõe receber as ações em posse da CA e imediatamente devolver o valor pago, equivalente a R$ 3.777.097.851,00. Assim, o grupo volta a ser o único proprietário da Eldorado.

Paper acusa Eldorado de deslealdade

Em nota emitida no fim da tarde de terça-feira (9), a Paper Excellence acusou os gestores da Eldorado Brasil Celulose de agirem com deslealdade, em favor da J&F, na tentativa de obstruir a transferência do controle da companhia.

“Em notificação encaminhada nesta segunda-feira (08/01) ao diretor presidente da Eldorado, Carmine de Siervi Neto, a Paper alega que a empresa distorceu os efeitos jurídicos de uma nota técnica emitida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e transmitiu informações falsas ao mercado, promovendo campanha da J&F que busca descumprir obrigações contratuais”, diz a nota.

Ainda na nota, a Paper também diz que tomará as medidas necessárias para que os administradores da Eldorado sejam responsabilizados “por sacrificar o melhor interesse da companhia e descumprir seus deveres legais e fiduciários para atender ‘interesses escusos da J&F’”.

Venda da Eldorado

Em outubro de 2023, a novela que virou a compra da Eldorado Celulose, em Três Lagoas, ganhou um novo capítulo. Em audiência da 1ª Vara Federal de Três Lagoas, procuradores disseram que o acordo de compra por parte da Paper Excellence deve ser anulado, já que a empresa não obteve autorização do Congresso Nacional para realizar a compra.

Acontece que a Paper Excellence é uma empresa de capital estrangeiro e, para adquirir terras no Brasil, precisa de autorização do Congresso Nacional. O que não ocorreu na época da compra da Eldorado Brasil, em 2017.

Desde então, a compra se arrasta em ações judiciais. Na audiência da última semana, o MPF (Ministério Público Federal) propôs acordo entre as partes onde a Paper Excellence tenha apenas parte das ações ou o desfazimento do negócio, conforme informações do Conjur.

Acontece que a J&F, proprietária da Eldorado e a compradora travam batalha judicial desde 2017, o que inviabilizaria totalmente um acordo entre as partes. Dessa forma, a J&F propôs devolver recursos já pagos em até 30 dias e assim se livrar de possíveis multas por ter feito um negócio irregular.

Disputa impede duplicação de fábrica

Há anos a Paper Excellence enfrenta uma guerra judicial com a J&F pelo controle da Eldorado Brasil. O impasse tem travado a duplicação da planta industrial localizada em Três Lagoas, que já tem projeto pronto para ser executado.

A Paper Excellence se comprometeu com o Governo de Mato Grosso do Sul a duplicar a planta da Eldorado, em Três Lagoas, quando a disputa judicial acabar. O projeto da segunda linha de produção da Eldorado está pronto, licenciado em termos ambientais e pago.

Na estimativa do Governo do Estado, em valores atuais, o investimento da Eldorado na duplicação da unidade passaria dos R$ 10 bilhões. A unidade tem capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano.

Informações: midiamax.

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Eldorado Brasil Celulose abre processo seletivo para estágio

Programa Super Talentos é voltado para estudantes do ensino superior, que terão oportunidades de atuar em uma das mais sustentáveis empresas de celulose do mundo

A Eldorado Brasil Celulose abre, em 8 de janeiro, a seleção de estagiários para o Programa Super Talentos 2024. As vagas disponíveis são para trabalho presencial para as áreas corporativas, industrial, florestal, transportadora, planejamento comercial, RH, TI e logística, nas cidades de Três Lagoas (MS), São Paulo e Santos (SP). As inscrições podem ser feitas no site www.ciadeestagios.com.br/vagas/eldorado/ até 9 de fevereiro.

Com o compromisso de promover o crescimento e desenvolvimento profissional em um ambiente dinâmico, a empresa busca pessoas com habilidades diferenciadas, criativas, determinadas e com sede de conhecimento. O programa proporciona uma experiência prática, com foco em inovação e a oportunidade de trabalhar em projetos desafiadores e colaborar com equipes experientes.

A previsão de início do programa é para março de 2023. “Com nosso programa Super Talentos, temos o objetivo de proporcionar uma experiência de valor aos nossos estagiários, permitindo que eles apliquem na Eldorado Brasil os conhecimentos adquiridos na graduação. Além disso, através da trilha de desenvolvimento que construímos, algumas competências e habilidades serão desenvolvidas, contribuindo para que tenham uma jornada de sucesso em suas carreiras”, afirma a gerente de Desenvolvimento Organizacional e de Recrutamento e Seleção, Ana Carolina Tessarini.

Super Talentos Eldorado

Os diferenciais do Super Talentos são a experiência completa para os estagiários, como ocorreu com a Ingrid Padrinho Martins, que hoje é assistente administrativa na área de TI. Ela iniciou na empresa como Jovem Aprendiz e, em 2022, foi selecionada pelo Programa de Estágio na área de Governança de TI.

“O período de estágio foi maravilhoso, tive a honra de ter pessoas incríveis me orientando e sempre dispostas a me incentivar a crescer profissionalmente. Foi um período de desafios e conquistas, pude participar da implementação, como uma das responsáveis, de uma ferramenta de gestão de projetos. No começo de dezembro de 2023, tive a alegria de ser efetivada”, conta a colaboradora de 23 anos.

SERVIÇO: ELDORADO SUPER TALENTOS

Prazo de inscrição: de 8 de janeiro a 9 de fevereiro

Site:  www.ciadeestagios.com.br/vagas/eldorado

Locais de atuação: Três Lagoas (MS), São Paulo (SP) e Santos (SP)

Requisitos:

●     Estar cursando Administração, Agronomia, Análise de Sistemas, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Direito, Economia, Engenharia Cartográfica, Engenharia da Computação, Engenharia de Produção, Engenharia de Software, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Estatística, Geografia, Gestão de TI, Matemática, Sistema da Informação e cursos correlatos; com previsão de término em junho 2025

●     Possuir perfil dedicado, espírito de dono e mão na massa;

●     Ter habilidades de comunicação e trabalho em equipe;

●     Ter disponibilidade para residir no local da vaga de trabalho;

Benefícios: bolsa-auxílio compatível com o mercado, convênio médico, seguro de vida, vale-refeição ou restaurante no local (conforme localidade) e vale-transporte ou fretado.

Etapas: após as inscrições do site, os candidatos passarão pelas seguintes etapas: avaliação dos pré-requisitos; entrevista com a Companhia de Estágios; dinâmica de grupo e entrevista com gestores (as); assessment; avaliação do Comitê de Valores e admissão.

Sobre a Eldorado Brasil

A Eldorado Brasil Celulose é uma das mais eficientes e sustentáveis empresas de base florestal para produção de celulose do mundo. A companhia opera em Três Lagoas (MS) uma fábrica com capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano. Em energia limpa, há geração de 50 megawatts/hora de energia na usina termelétrica Onça Pintada, além da mesma quantidade na planta de celulose – que é autossuficiente. A base florestal é de mais de 293 mil hectares de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul. Para dar condições para operar em níveis de excelência, a companhia conta com o trabalho de mais de 5 mil colaboradores no Brasil e em escritórios internacionais. Em Santos (SP), a Eldorado Brasil opera um dos maiores terminais portuários multimodais da América Latina, com capacidade para exportar até 3 milhões de toneladas de celulose por ano.

Para mais informações, acesse https://eldoradobrasil.com.br/.

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