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Atualização da atividade de silvicultura em relação ao potencial de poluição é aprovada no plenário da Câmara dos Deputados

Na tarde de ontem, 8 de maio, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 1366 que retira a silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras e consumidoras de recursos naturais. Agora, o PL segue para sanção do Presidente da República

Com a atual classificação, estipulada na Lei nº 6.938, do ano de 1981, a atividade de plantar e manejar economicamente florestas é considerada de médio potencial poluidor. Desta forma, os processos de licenciamento e autorizações ambientais seguem ritos incompatíveis com a realidade da atividade praticada hoje no Brasil.

Ao promover a necessária atualização da classificação normativa, o manejo de árvores passa a ser considerado uma atividade que não apresenta potencial significativo de impacto e degradação ambiental.

O PL 1366 é de autoria do Senador Álvaro Dias e, desde 2014, tramita no Congresso brasileiro.O relator do projeto na Câmara, Deputado Federal Covatti Filho, defende que o PL corrige um equívoco histórico de manter a atividade da silvicultura no rol de potenciais poluidores. Segundo ele, “a silvicultura é uma atividade agrícola sustentável e contribui para a proteção da biodiversidade, a conservação do solo e das nascentes de rios, a recuperação de áreas degradadas e a redução das emissões de gases de efeito estufa”.

Após a sanção presidencial e publicação do PL, o Brasil crescerá em competitividade justa com as melhores e modernas normas com os principais países produtores de madeira de reflorestamento, que baseados em evidências científicas já promovem, há tempo, a silvicultura como uma atividade que impulsiona benefícios ambientais e sociais nas regiões onde é cultivada.

Associação Mineira da Indústria Florestal comenta aprovação

Minas Gerais é o estado que possui a maior floresta plantada do Brasil. No total, o estado abriga mais de 2,3 milhões de hectares de produção em consórcio com mais 1,3 milhão de hectare de matas nativas, áreas conservadas e cuidadas pela agroindústria mineira.

Os 3,6 milhões de hectares de árvores estão em mais de 803 municípios mineiros. Em cerca de 55% dos casos os cultivos estão sob responsabilidade de pequenos e médios produtores rurais que exercem a vocação e aquecem a economia local, com geração de renda, trabalho e dignidade.

Para a Presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF), Adriana Maugeri, a aprovação do PL 1366 é um passo sólido para a retomada dos plantios de florestas em Minas Gerais. A Presidente destaca que a silvicultura é uma atividade nobre que possui ampla capacidade de ser monitorada pelo Estado. Também, enfatiza que eventuais impactos ambientais são mapeados e conhecidos pela ciência, atestados pela qualidade ambiental e pelos serviços de recuperação e promoção de áreas de baixa produtividade exercidos pelo setor há mais de 60 anos.

Adriana Maugeri vai além e explicita que, quando a atividade florestal é realizada conforme as melhores práticas de manejo, são nítidos os múltiplos benefícios proporcionados em escala, tais como: conservação e regeneração de solo, conexão de áreas para fluxo da biodiversidade, conservação e recuperação de cursos de água, por exemplo.

“Com a simplificação da importante etapa do licenciamento, certamente o setor vai voltar a crescer e, de fato e em singular volume, atuar frontalmente contra o desmatamento ilegal e em prol da remoção de carbono e sua fixação no solo, mitigando os indesejados efeitos que já vivenciamos das alterações climáticas”, afirma.

Segundo o Presidente do Conselho Deliberativo da AMIF, Edimar Cardoso, o setor florestal trabalha para recuperar áreas de baixa produtividade no Brasil há várias décadas. Com sua capacidade de produzir, plantar e conservar sempre em grandes escalas, a agroindústria florestal é o motor da economia verde de Minas Gerais e do Brasil. Para ele, a atualização normativa faz justiça e abre caminhos para o cumprimento de importantes metas de descarbonização da economia assumidas pelos governos estaduais e federal.

“A agroindústria florestal é o motor que impulsiona a economia verde e a descarbonização no Brasil. A obsoleta classificação de potencial poluidora atribuída à prática de plantio de florestas precisava, de fato, ser revista, adequada e atualizada. O setor atualmente conserva quase sete milhões de hectares de mata nativa e produz mais de nove milhões de hectares de floresta plantada, tudo isso para prover toda madeira legal que precisamos”, enfatiza Edimar Cardoso.

Ainda de acordo com Adriana Maugeri, que também é presidente da Câmara Técnica de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura (Mapa), sem a aprovação do PL o setor florestal brasileiro não conseguiria expandir a produção de forma a  atender a meta do Governo Federal de mais quatro milhões de hectares de florestas cultivadas em todos país até 2030, conforme anunciou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no lançamento do Plano Nacional de Florestas Plantadas realizado em março deste ano.

“A aprovação do PL tem sido pauta prioritária da atuação da AMIF, das associações estaduais, da IBÁ, de Federações do agro e da indústria de todo o país para a viabilização do pleito. Só é contra este PL quem ainda está ancorado no passado, é alimentado por falsas informações e narrativas que não são comprovadas pela ciência, ou que ainda tem como exemplo práticas não indicadas da atividade florestal que degradam o ambiente, assim como qualquer atividade quando não é conduzida corretamente”, finaliza Adriana Maugeri.

O setor de florestas plantadas no Brasil

De acordo com dados do mais recente relatório publicado pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), o setor de florestas plantadas no Brasil não para de crescer.

No total, o setor cultiva uma área de 9,94 milhões de hectares espalhados pelo território nacional. Além das áreas produtivas, o setor conserva, simultaneamente, outros 6,7 milhões de hectares de mata nativa, o que equivale ao território do estado do Rio de Janeiro.

Em 2022, a agroindústria florestal brasileira gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos, alcançou uma receita bruta de R$ 260 bilhões e bateu recorde de produção ao atingir 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel e 8,5 milhões de m³ de painéis de madeira. Além disso, conta com uma carteira de investimentos de quase R$ 62 bilhões, abrindo uma nova fábrica a cada ano e meio, em média. “É um setor que está do lado certo da equação climática e motivo de orgulho para os brasileiros e brasileiras”, afirma o Presidente Executivo da IBÁ, Paulo Hartung.

Assim como ocorre na agricultura de alto desempenho tecnológico, na última década observa-se o desenvolvimento da silvicultura de precisão. A agroindústria florestal brasileira está pronta para entregar um futuro mais sustentável e saudável com seus mais de cinco mil bioprodutos.

Informações: Amif.

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Exclusiva – Prospecção: Eldorado Brasil ultrapassa 290 mil hectares de florestas cultivadas em MS

Em entrevista, Diretor Florestal Germano Vieira comenta sobre o crescimento da área florestal; e anuncia a implantação de um moderno Centro de Tecnologia Florestal

A Eldorado Brasil, uma das principais referências na produção de celulose, divulgou recentemente a ampliação de 30 mil hectares de floresta plantada em 2023. Com esse incremento significativo, ultrapassa 290 mil hectares de florestas cultivadas, além de 117 mil hectares em áreas de conservação. A crescente operação sustentável e eficiente da companhia contribui diretamente para que o estado de Mato Grosso do Sul seja o segundo em área de cultivo de eucalipto, com 1,1 milhão de hectares.

No ano passado, segundo dados divulgados pela companhia, por meio de um consistente plano de manejo, combinado ao uso de tecnologias e clima favorável, foi possível garantir um acréscimo de 10% no IMA (Incremento Médio Anual) e 15% no ICA (Incremento Corrente Anual) em produtividade de madeira. Os resultados atestam que produção e o maciço florestal da companhia caminham juntos.

Unidade fabril da empresa, em Três Lagoas (MS).

A Eldorado Brasil possui ações que aliam inovação e sustentabilidade, que atestam fonte segura e a qualidade de sua madeira e ao mesmo tempo oferecem benefícios ambientais, econômicos e sociais que garantem o seu alto nível de performance, tais como:

  • Referência global em sustentabilidade e eficiência, toda a operação florestal da Eldorado Brasil envolve boas práticas, levando a companhia a alcançar em 2023, 100% de conformidade em padrões internacionais de certificações – algo inédito para o setor no Brasil;
  • Programa de Melhoramento Genético, com desenvolvimento de híbridos adaptados ao clima, solo e temperatura locais;
  • Redução de inseticidas químicos para o controle de pragas com o uso de inimigos naturais, resultando em uma diminuição de 7,4% no uso de agentes químicos em suas áreas florestais;                                                                                                                                 
  • A empresa teve um importante índice de rendimento de 40 metros cúbicos de madeira por hectare/ano, que posiciona o Brasil como destaque no mundo, graças ao conhecimento do time e inovações que vão do campo à indústria;
  • Os resultados da produção florestal contribuem diretamente com o desempenho da fábrica de celulose, que consome 6,3 milhões de metros cúbicos de madeira por ano, para uma produção anual de 1,8 milhão de toneladas de celulose/ano;
  • Centro de Treinamento Itinerante Florestal, para treinamentos especializados de colaboradores em operação e manutenção florestal e métodos inovadores de ensino.

O Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br) falou com Germano Vieira, Diretor Florestal da Eldorado Brasil, sobre os dados divulgados pela empresa, e as novidades para os próximos meses.

Germano Vieira – Diretor Florestal da Eldorado Brasil. Crédito: Eldorado Brasil.

Mais Floresta – O que representa para a empresa a ampliação de 30 mil hectares de área plantada no estado?

Germano Vieira – Temos um planejamento de longo prazo, o que prevê anualmente um incremento de novas áreas de florestas. Desses 30 mil hectares plantados em 2023, parte são para reposição do que colhemos, e outra parte são plantios novos, o que significa que atualmente temos mais de 290 mil hectares em Mato Grosso do Sul, já de efetivo plantio, por meio de áreas próprias, parcerias com proprietários da região e arrendamentos de áreas, sendo esta última a modalidade predominante.   

E para nós, essa operação representa prospecção e resultados dos investimentos constantes em inovação, tecnologia e no time Eldorado. O que garante que possamos continuar nossa evolução, nos posicionando cada vez mais como referência na produção de celulose por meio de processos que garantem eficiência e sustentabilidade.

Mais Floresta – Há planos para ampliar ainda mais esses números em áreas de florestas plantadas no estado?

Germano Vieira – Temos atualmente 190 mil hectares de florestas plantadas que já garantem o abastecimento de nossa primeira linha da fábrica, e os outros mais de 100 mil hectares são florestas excedentes, que estão dentro do nosso planejamento de longo prazo, já pensando em um aumento na produção de celulose.

Vamos aumentando a quantidade de áreas plantadas, de acordo com estudos previamente feitos de demanda e orçamento, mas sempre pensando em prospecção.

Floresta Eldorado. Crédito Eldorado Brasil. Empresa possui planejamento anual para novos plantios, sempre pensando prospecção e aumento na produção de celulose, ressalta Diretor Florestal.

Mais Floresta – Segundo o Relatório Anual da Ibá, em 2023 o setor florestal brasileiro teve um crescimento de 6,3%, com receita agregada de R$ 260 bilhões. Como a empresa enxerga a relevância deste segmento para a região onde atua, e para o país?

Germano Vieira – A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) congrega várias empresas desse setor, que está muito bem! E isso porque o Brasil tem empreendedores que acreditam na cadeia produtiva da atividade florestal, que engloba uma vasta variedade de produtos como: celulose, carvão vegetal, painéis de madeira, madeira serrada, pisos laminados, papel, móveis, além de produtos não madeireiros.

O setor florestal brasileiro nasceu com uma vocação vencedora. Atualmente somos o país que mais produz biomassa por hectare, por exemplo. Isso devido a condições únicas que nos favorecem, devido ao nosso clima, solo, bem como investimentos em tecnologia para o alcance desses resultados. E é um setor promissor, que cresce, e vai crescer mais, naturalmente.

No caso de Mato Grosso do Sul, onde temos a fábrica e nossa área de florestas, há também uma particularidade, de que, além de ter esses atributos todos já citados a nível nacional, o estado também possui um “ambiente institucional” interno, que permite que as empresas cresçam. Costumo dizer que Mato Grosso do Sul é um estado “bem resolvido”. O estado também tem uma lei estadual que rege o Código Florestal, para um “passo a passo” no âmbito ambiental, e é fácil isso, basta seguirmos o que está na lei. Então, não é um estado que fica nos colocando empecilhos num modo geral, ele é um facilitador para o desenvolvimento. Existe um voto de confiança entre estado e empreendedores, por isso é o local escolhido como candidato para novos grandes projetos do segmento, e também de outros.

Mais Floresta – Sendo uma das principais referências a nível global no setor, quais técnicas e tecnologias a empresa dispõe para gerir a mais de 290 mil ha de áreas produtivas? O que se destaca nessa área em inovação e tecnologia? 

Germano Vieira – Atualmente com tecnologias existentes é possível agregar muito na área florestal. Visando inovação, temos incorporado cada vez mais o uso de drones na gestão das fazendas. Por meio da tecnologia é possível obter, por exemplo, imagens trabalhadas com algoritmos específicos para um planejamento muito interessante que garantem uma melhor ocupação do solo, tais como: mapeamento 3D, demarcação de áreas e até uma simulação de chuva, para uma previsão de subsolagem que o trator deve fazer para evitar erosão no solo. Por meio do implemento desta tecnologia, até recebemos um prêmio, em 2017.

Com a área demarcada, um pen drive com os dados é inserido no trator, que segue para a linha de plantio, nas demarcações milimetricamente alinhadas via sistema. O motorista apenas monitora, não precisa dirigir. Apesar de ser plaino, o solo de Mato Grosso do Sul é muito arenoso, então essa tecnologia veio para somar e corrigir algumas lacunas existentes na área.

Por meio de telemetria e sensoriamento remoto, também conseguimos identificar a distância as condições técnicas e localização de nossas máquinas florestais, por exemplo: se estão paradas, se estão trabalhando, se estão superaquecendo, deslocamentos, entre outros monitoramentos. O que garante a produtividade e o que chamamos de “disponibilidade mecânica”, os equipamentos tem condições de trabalhar mais, porque agimos preventivamente.

Já no monitoramento de nossas florestas, ainda voltado para esta parte de tecnologia, para sabermos o “quanto crescem” utilizamos sensores dendrômetros, assim conseguimos ter medidas precisas hora a hora por exemplo, com dados precisos sobre o desenvolvimento do eucalipto. Através desses dados, conseguimos coletar diversas informações daquele daquela espécie, considerando solo e clima, para calibrarmos melhor o material genético para cada localidade.

Por meio de 150 nanossatélites também acompanhamos a evolução das nossas operações florestais, o que também auxilia no combate a incêndios, avaliações ambientais e outros assuntos.

E para proteger nossas florestas, além de contarmos com nossos monitores terrestres e brigadistas, temos também uma alta tecnologia, através de uma central que monitora a nossa base florestal por meio de 22 câmeras de longo alcance, instaladas em torres, com alerta automático de focos de incêndio acionado por IA (inteligência artificial). E isso tem dado muito resultado. Em 2023 conseguimos atingir um recorde de “menor área perdida” ao longo de 13 anos. Apesar de termos tido muitos focos de incêndios, principalmente na época de estiagem – o que é mais comum para o período – conseguimos reduzir significantemente os números. 

No controle e combate de pragas e doenças, também buscamos inovar a cada dia, priorizando a redução de inseticidas químicos. Temos nossa própria biofábrica, e realizamos em nossas áreas florestais também por meio de drones, a soltura de inimigos naturais específicos para cada praga. 

Essas e outras muitas técnicas garantem a gestão inovadora e sustentável de nossas áreas florestais, feitas por nossa gente.

Torre de monitoramento em floresta da Eldorado. Crédito: Eldorado Brasil.

Mais Floresta – Para a Eldorado, quais processos são considerados essenciais para a garantia da sustentabilidade na produção florestal?

Germano Vieira – Boas práticas. Impactar o menos possível. Quando falamos em “impactar o menos possível”, destaco como uma das principais medidas, utilizar menos químicos para conduzir a floresta, por exemplo, é um dos passos essenciais para isso.

 A biodiversidade em nossas florestas, também é constantemente monitorada. A empresa realiza um amplo trabalho de gestão ambiental, investimentos e estudos para avaliar áreas naturais para a melhor preservação ambiental. Até mesmo espécies raras já foram vistas em nossas florestas, como uma família de ‘cachorros-vinagres’, e esse grau de biodiversidade vem aumentando. 

Outro ponto importante para a Eldorado é a forma de se relacionar nas comunidades vizinhas às nossas operações. Essa ação é feita por uma equipe especializada, pois além de produzir, ser um ambiente saudável, a empresa valoriza a relação com as pessoas que vivem nas comunidades em que atua.

Mais Floresta – Um dos pilares da gestão florestal e empresa como um todo é a valorização de pessoas. Quais são as oportunidades de trilha de carreira no setor florestal?

Germano Vieira – Sim, a valorização de pessoas está no centro da estratégia de crescimento da empresa e integra nossa cultura organizacional. Constantemente investimos em ações e programas de desenvolvimento, engajamento e capacitação profissional de nosso time. E mais recentemente, inauguramos um centro de treinamento completo. 

No Centro de Treinamento Itinerante Florestal (CTIF) contamos com cerca de 14 instrutores, e mais de 50 cursos técnicos e obrigatórios para os colaboradores da área, em reforço com nosso compromisso com a valorização das pessoas. A unidade possui equipamentos modernos e arrojados, que engajam o colaborador para a rotina profissional. Desde a inauguração já foram treinados mais de 1.270 colaboradores no CTIF, e até o final deste ano, temos a expectativa de treinarmos internamente aproximadamente 2.090.

Centro de Treinamento Itinerante Florestal (CTIF). Crédito: Eldorado Brasil.

Mais Floresta – O que podemos esperar da Eldorado Brasil para os próximos meses?

Germano Vieira – Para este ano ainda, estaremos anunciando a instalação de um Centro de Tecnologia Florestal, que ficará junto ao nosso viveiro de mudas, em Andradina (SP). Após visitarmos os 15 melhores Centros de Tecnologia do mundo, em países como Estados Unidos, China e Japão, resgatamos e trouxemos o que há de melhor e mais inovador na área. A unidade terá o intuito de aprimorar a qualidade dos produtos e criar novas tecnologias, visando antecipar tendências. Não paramos por aí, queremos em breve anunciar ainda mais novidades, com foco em inovação, competitividade, valorização das pessoas e sustentabilidade.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Exclusiva – Ranieri Souza assume cargo no corpo técnico da CM Florestal

Recém-chegado, o engenheiro florestal comenta sobre sua nova rotina e objetivos na empresa

A CM Florestal reconhecida no mercado pelo trabalho de silvicultura para altas produtividades por meio das metodologias desenvolvidas pelo seu Diretor Celso Medeiros, acaba de receber em seu corpo técnico o engenheiro florestal Ranieri Souza.

Com amplo know how, Ranieri atuou mais recentemente, na área de pesquisa e desenvolvimento de produto em uma multinacional do segmento com atuação no Brasil.

A CM passa a contar com toda a expertise de recomendação, alocação clonal, novas tecnologias, técnicas de gestão e conhecimento da silvicultura e melhoramento genético a nível nacional trazida pelo seu novo integrante.

“Estou muito entusiasmando com a nova empreitada. Dar seguimento ao legado da CM Florestal ao lado do nosso diretor é sem dúvida uma oportunidade extraordinária e desafiadora ao mesmo tempo. Sinto que a cada dia aprendo um pouco mais na presença do Celso, o que agrega muito ao meu conhecimento já acumulado”, destaca Ranieri.

Ranieri Souza.

Sobre a CM Florestal

Com sede em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e fundada em 2.000, a CM Florestal é uma empresa brasileira, que atua em diversas áreas do setor florestal. Seu escopo profissional inclui assistência técnica em mais de 80.000 hectares de florestas em todo o país, com destaque para os estados de MS, MT, GO, PA. A empresa tem uma ampla gama de atividades relacionadas à exploração sustentável e comercialização de recursos florestais. Presente nos principais mercados florestais, atua fortemente nas áreas de: prevenção de incêndios, inteligência florestal, inventário florestal, recomendação técnica de manejo, estudo de viabilidade, planejamento, manejo florestal para altas produtividades, e recomendação técnica de cultivares, entre outras do segmento.

Contatos CM Florestal: (67) 992810257 / 996907914

Escrito por: redação Mais Floresta.

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CNA discute políticas para florestas plantadas e situação do setor de borracha natural

Comissão Nacional de Silvicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, na terça-feira (26), reunião para tratar sobre políticas para florestas plantadas, como o Plano de Ação para Recuperação e Manejo de Florestas (Floresta+Sustentável) e o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PNDF), além de abordar a situação do setor de borracha natural e as principais ações do grupo para 2024.

A reunião foi aberta pelo diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, para apresentar o novo presidente da Comissão, Antônio Ginack. O ex-presidente, Moacir Reis, assume o cargo de vice-presidente.

“Essa comissão é palco de grandes e importantes discussões e vamos buscar, cada vez mais, trazer temas ao debate que nos impactam diretamente, seja em relação à crise vivenciada pelos produtores de borracha, seja em relação às demais espécies florestais cultivadas”, disse Ginack.

Durante a reunião, a coordenadora do Departamento de Reflorestamento e Recuperação de Áreas Degradadas do Ministério da Agricultura, Jaine Cubas, fez uma apresentação sobre o Plano Floresta+Sustentável e o PNDF 2024, lançado recentemente Ministério da Agricultura.

“O objetivo do Plano de Ação para Recuperação e Manejo de Florestas é sustentabilidade ambiental, o desenvolvimento das cadeias produtivas, a inclusão social, geração de renda rural e aumento da produtividade”, destacou Jaine.

Segundo ela, para o desenvolvimento das ações é importante a parceria entre diversos setores da silvicultura brasileira. “A CNA representa diretamente o produtor rural, para quem esses planos são direcionados, precisamos trabalhar em sinergia para o desenvolvimento do setor”, disse a coordenadora do Mapa.

Ginack apresentou aos membros da comissão o atual cenário da borracha natural no país, com um recorte específico do estado de São Paulo, e mostrou toda a problemática vivenciada pelos produtores rurais.

“Nos últimos anos, tivemos quedas bruscas nos preços e aumento dos custos de produção. Somado a isso, estamos com uma grande escassez de mão de obra. Precisamos discutir estratégias para o setor e propor ações que minimizem as perdas para os produtores rurais”, explicou o presidente da Comissão.

A analista técnica da CNA, Eduarda Lee, destacou os principais eixos de atuação da comissão durante o ano, ressaltando a importância do índice da borracha natural e sua metodologia desenvolvida pela CNA. Ela também falou sobre o foco em energias renováveis, principalmente em relação a incentivos à produção e incremento da participação de biomassas na matriz energética brasileira, e ressaltou o acompanhamento e articulação nas esferas executiva e legislativa dos temas relacionados ao setor da silvicultura.

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Europa: Projeto FOREST4EU lança inquérito online para recolher perspectivas sobre inovações no setor florestal e agroflorestal

O projeto FOREST4EU, dedicado à investigação e desenvolvimento no setor florestal e agroflorestal, anunciou o lançamento de um inquérito online para recolher opiniões e perspectivas sobre como melhorar as inovações neste campo.

O inquérito, disponível em 11 idiomas europeus, estará ativo apenas até hoje, dia 29 de fevereiro de 2024.

Os resultados serão utilizados para informar decisões europeias sobre a importância das inovações nestes setores e para identificar potenciais obstáculos à sua implementação. Os dados recolhidos serão anonimizados e utilizados para fins científicos, estando também disponíveis no website e página do LinkedIn do projeto FOREST4EU.

O projeto agradece a colaboração de todos os participantes, podendo os interessados participar respondendo a este questionário.

Sobre o FOREST4EU 

O projeto FOREST4EU é uma Rede Europeia de Parcerias para a Inovação que promove o grupo operacional dedicado à silvicultura e agrossilvicultura é um projeto do Horizonte Europa que visa conectar Grupos Operacionais (GO) existentes de diferentes países da Europa, a fim de favorecer a transferência de conhecimento e melhores práticas entre especialistas nesta área.

Informações: Rede Rural/Gov/Portugal.

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Engenheiro Agrônomo e Silvicultor Paulo Ferreira de Souza – Patrono da Engenharia Florestal no Brasil

Paulo Ferreira de Souza nasceu em 7 de março 1898, Engenheiro Agrônomo formado pela Escola Agrícola Luiz de Queiroz, em Piracicaba-SP no ano de 1917, especializou-se em Silvicultura pela Universidade de Yale, Estados Unidos (1918-1920).

A proposta de criação da Escola Nacional de Florestas (ENF) foi elaborada por Paulo Ferreira de Souza, que encontrou respaldo no movimento ambientalista e ajudou a mobilizar a opinião pública a respeito dos problemas da exploração florestal, a trajetória do Professor Paulo Ferreira de Souza nem sempre amplamente divulgada e reconhecida no meio florestal.

Antes da implantação do primeiro curso de Engenharia Florestal, os especialistas que atuavam na área florestal eram os agrônomos silvicultores. Após concluírem a graduação, eles precisavam realizar um curso complementar com duração aproximada de 2 anos para se especializarem nessa área específica.

Em 1929, Paulo Ferreira de Souza, que já possuía expertise na área florestal, expõe a realidade do ensino da Silvicultura no Brasil. O ensino da ciência florestal se limitava à disciplina ou abordagens de Silvicultura, em cursos de Agronomia, sem maiores ênfases.

O Decreto n° 23.196 de 12 de outubro de 1933 regulamenta o exercício da atividade agronômica (reflorestamento, conservação, defesa, exploração e industrialização de matas). A exploração das florestas da bacia amazônica ocorria de maneira empírica, sem a aplicação de métodos específicos para garantir sua sustentabilidade e conservação.

Os cursos de Engenharia Florestal surgiram na América Latina por meio interferência da Sub-Comissão sobre Florestas Inexploradas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), isso ocorreu devido à importância ambiental e econômica das florestas nativas no pós-guerra, buscando a produção de produtos florestais como madeira e energia.

No ano de 1948 foi realizada a primeira Conferência Latino-americana de Florestas e Produtos Florestais no Brasil que recomendou a criação de escolas florestais, de grau universitário, para a formação de engenheiros florestais, capazes de realizarem trabalhos de direção, de política florestal, de administrações, etc

Em 1953,  no I Congresso Florestal Brasileiro promovido pelo Instituto Nacional do Pinho, foram abordados diversos temas, como  a deficiência do ensino superior da silvicultura no Brasil, no programa de Horticultura e Silvicultura, do 3° ano dos cursos de agronomia, era praticamente impossível de ser ministrado em sua totalidade, em virtude da exiguidade de tempo no ano letivo – o qual, sem dúvida, reflete no deficiência dos conhecimentos que deve possuir o agrônomo recém-formado, para enfrentar os problemas práticos de sua profissão.

A Alemanha, no que tange o cuidado quanto à Silvicultura está na vanguarda com os suas diversas Escolas Superiores. Também na Rússia há numerosos estabelecimentos de ensino de Engenharia florestal. Na França funcionam diversas escolas superiores do especialização, notadamente a Escola Nacional de Águas e Florestas, bem como a Escola Superior da Madeira. O ensino da Silvicultura na Inglaterra, é ministrado inclusive no Universidade de Oxford, onde funciona o Forestry lnstitute of the Commonweolth. No Bélgica a École Forestiere de I’Etot, em cursos gerais e técnicos, prepara especialistas em Silvicultura, exploração de florestas, afiação, comércio de madeiros, com teoria e prática nas florestas, estabelecimentos industriais, oficinas e escritórios

No Brasil o ensino do Silvicultura limita-se ao que resultar pode do desdobramento do cadeira de Horticultura e Silvicultura, no 3° ano do Escola Superior de Agronomia.

Na proposição, moção e recomendação n° 45 apresentada e aprovada pelo Plenário do 1° Congresso Florestal Brasileiro:

Considerando a grande extensão territorial brasileiro, onde existe um patrimônio florestal que preciso ser preservado e explorado racional e economicamente como fonte de renda;

Considerando que há no Brasil, escassez de técnicos florestais, devido justamente ao foto de não existir no País uma escola especializado para a formação de tais técnicos;

Considerando que todos os Países adiantados já compreenderam que a técnica florestal difere do técnico agrícola e, por isso mesmo, já possuem Escolas Florestais;

Considerando que o Governo Federal mantém, no Km 47 do antigo rodovia Rio-São Paulo, uma Universidade de assuntos rurais, o qual, possuindo amplos edifícios, é constituída de apenas duas Escolas – Agronomia e Veterinária, propomos ao 1° Congresso Florestal que recomende ao Congresso Nacional:

A decretação de uma lei criando a Escola Nacional de Florestas, nos moldes dos Escolas Nacional de Agronomia e Nacional de Veterinária, como porte integrante da mesmo Universidade Rural.

Os agrônomos foram os primeiros a discutir e propagar a importância da criação de uma escola de ensino superior em Engenharia Florestal.

Em 1956 o Engenheiro Agrônomo Silvicultor David de Azambuja publica “Problemas florestais brasileiros”, pelo Serviço Florestal, resultado de uma exposição apresentada à Comissão de Recursos Naturais da Câmara Federal, onde foi revelado que em 1955 existiam apenas 20 Engenheiros Agrônomos Silvicultores no país; não havia técnicos suficientes e nem programa de pesquisa florestal; o autor propunha a criação de estações florestais experimentais nas distintas regiões do país e afirmava que o curso de Tecnologia da Madeira criado no Instituto Tecnológico de São Paulo era uma forma de fortalecer o setor.

Alguns países sul-americanos já haviam implantado Escolas de Engenharia Florestal, como na Venezuela em 1948, a Colômbia em 1950, o Chile em 1952 e a Argentina em 1958.

Em 1958, Paulo Ferreira de Souza apresenta um panorama relevante do ensino de florestas brasileiro em seu livro “Escola Nacional de Florestas, Necessidade de sua criação”. O país precisava de uma política florestal que incentivasse o conhecimento de nossas próprias árvores e florestas para que pudesse conter a devastação.

Ainda em 1958, Paulo Ferreira de Souza juntamente com o Prof. Wanderbilt Duarte de Barros, acompanharam uma delegação da FAO em um despacho com Juscelino Kubitschek, onde foi levada a proposta de uma Escola de Florestas no Brasil. Antes, queriam que fosse em Seropédica, no Rio de Janeiro. Juscelino concordou, no entanto, determinou que fosse em Viçosa, Minas Gerais. Em 1960 a escola foi criada com o nome de ENF – Escola Nacional de Florestas. O professor Paulo Mário del Giudice deu uma aula no dia 09/05/1960.

Paulo Ferreira de Souza foi o primeiro diretor nomeado pelo Governo para exercer o cargo e implantar a Escola Nacional de Florestas, tomou posse em março de 1962, tendo exercido o cargo até ser substituído pelo Dr. João Maria Belo Lisboa, teve uma vida dedicada a engenharia florestal, ocupou funções técnicas e magistério, participou de várias reuniões científicas e de várias entidades de classe e várias honrarias, possuindo ainda vasta publicação, esse entusiasta da Engenharia Florestal, faleceu em 2 de maio de 1973.

No mesmo ano é publicada em 29 de junho a Resolução Confea n° 218, que discrimina as atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia que traz no  Art. 10 – Competência  do engenheiro florestal:  Desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a engenharia rural; construções para fins florestais e suas instalações complementares, silvimetria e inventário florestal; melhoramento florestal; recursos naturais renováveis; ecologia, climatologia, defesa sanitária florestal; produtos florestais, sua tecnologia e sua industrialização; edafologia; processos de utilização de solo e de floresta; ordenamento e manejo florestal; mecanização na floresta; implementos florestais; economia e crédito rural para fins florestais; seus serviços afins e correlatos.

A engenharia florestal contribuiu para os avanços no Código Florestal de 1965, que aperfeiçoou o Código de 1934, incluindo a proibição da exploração empírica das florestas primitivas da região amazônica, que só poderiam ser exploradas mediante planos técnicos de condução e manejo.

O Professor Paulo Ferreira de Souza, que trabalhou incansavelmente, lançou a semente da engenharia florestal, resultando em excelentes frutos. Atualmente, o Brasil conta com 66 cursos de Engenharia Florestal e 24 programas de pós-graduação na área florestal.

A Engenharia Florestal surgiu a partir da determinação dos corajosos Agrônomos Silvicultores que que perceberam a carência de ensino da ciência florestal no Brasil em comparação com outros países.

Informações: CREA-MT.

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1° Encontro de Biodefesa em Eucalipto será no dia 29 em Três Lagoas (MS)

Encontro abordará temas cruciais para o manejo sustentável das florestas de eucalipto

A Reflore-MS, Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas, em parceria com a empresa VITTIA, promoverá o1° Encontro de Biodefesa em Eucalipto. O evento será realizado no dia 29 de fevereiro, com início às 7h30, e promete ser uma oportunidade ímpar para a troca de conhecimento e experiências no campo da biodefesa florestal.

O encontro abordará temas cruciais para o manejo sustentável das florestas de eucalipto, com foco especial no controle de pragas e doenças. Dentre os assuntos em destaque, serão discutidos o uso de Crisó-VIT no manejo do Psilídeo de Concha, agentes biológicos para o controle de lagartas e tecnologia de aplicação para liberação desses agentes biológicos.

O evento acontecerá em Três Lagoas-MS, uma localidade estratégica para o setor florestal, e contará com atividades práticas na Fazenda Eldorado Brasil, proporcionando aos participantes uma experiência de campo enriquecedora. Além disso, será realizada uma palestra técnica no Senai Biomassa, onde especialistas compartilharão informações atualizadas e práticas sobre as melhores estratégias de biodefesa no cultivo de eucalipto.

A inscrição é gratuita pelo link: https://bit.ly/EncontroBiodefesaReflore

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‘Oscar da sustentabilidade’: Klabin está no Top 10 das melhores estratégias do mundo em clima, água e florestas

A lista é elaborada pelo Carbon Disclosure Project (CDP), organização internacional que administra um sistema mundial de divulgação de informações ambientais por empresas, cidades, Estados e regiões

Todo ano o CDP (Carbon Disclosure Project), organização internacional que administra o maior sistema mundial de divulgação de dados ambientais para empresas, cidades, Estados e regiões, divulga sua lista global de companhias mais comprometidas com três temáticas: mudanças climáticas, segurança hídrica e florestas.

A chamada “A List” (lista A) é vista pelo mercado como um “Oscar da Sustentabilidade”, uma vez que utiliza critérios rigorosos para avaliar as companhias por nível de engajamento e qualidade da estratégia de sustentabilidade. Quem mostra uma estratégia consistente e factível de mudanças em um ou mais dos três principais programas recebe nota “A”.

Dentre as companhias na vanguarda das práticas de sustentabilidade, há quem se destaque ainda mais, conquistando a nota “A” em duas ou três categorias. Em 2023, só 10 empresas no mundo todo entraram para a chamada ‘Triple A’, ou seja, receberam pontuação máxima nos três programas. Na América Latina, apenas uma companhia figurou na lista ainda mais seleta: a fabricante brasileira de papel e celulose Klabin. Essa é a terceira vez consecutiva que a Klabin recebe nota Triple A.

Na “A List” deste ano, divulgada na terça-feira (06), apenas 1,7% (ou 396) das 23 mil organizações que submeteram seus dados e planos, alcançaram a nota máxima (A) em ao menos uma das frentes: 346 em mudanças climáticas, 30 empresas em Florestas e 101 empresas em segurança hídrica (lembrando que elas podem estar em mais de uma categoria).

Dessas 396, 14 (0,7% do total) são de origem latinoamericana, sendo 11 brasileiras, duas mexicanas e uma chilena. Em 2022, eram oito representantes latinos, o que mostra um crescimento e amadurecimento do setor corporativo da região nos temas de sustentabilidades.

“Na região, o crescente número de organizações que conquistaram a classificação máxima reflete o maior engajamento de empresas que são líderes em seus segmentos de atuação e podem influenciar a transformação de suas cadeias produtivas. Temos potencial para nos tornarmos um excelente modelo global de desenvolvimento sustentável”, comenta Rebeca Lima, diretora-executiva do CDP Latin America, no material de divulgação da lista

O Brasil é o 6º país no mundo com o maior número de companhias reportando dados sobre seus desempenhos ambientais. Em 2023, foram 1.158 participantes, aumento em relação ao ano anterior. A ‘A List’ também cresceu: passou de 5 integrantes nacionais em 2022 para 11 em 2023.

Quatro brasileiras já são veteranas no grupo: Klabin, Companhia Brasileira de Alumínio, EDP Brasil e Dexco. As outras sete representantes nacionais estão, pela primeira vez na lista: Compass, CPFL Energia, Lojas Renner, M Dias Branco, TIM Brasil, Marfrig e Votorantim Cimentos.

“Alcançar a nota A demonstra que elas estão respondendo ao chamado de aumento de ambição, isto é, entregar mais ações concretas em menos tempo. Neste processo, os investidores e a sociedade têm um papel importantíssimo de exigir comprometimento em práticas sustentáveis”, enfatiza Rebeca sobre o processo.

No Brasil, a nota do CDP conta também para as candidatas a integrar a carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da B3, bolsa de valores brasileiras. Lima acredita que isso também contribui como um incentivo para as companhias melhorarem sua performance.

Como entrar na lista

De acordo com o CDP, para obter nota A, as empresas precisam divulgar publicamente ações sobre mudanças climáticas, desmatamento e/ou segurança hídrica, além de apresentar as melhores iniciativas em estratégia e ações.

As empresas que integram a ‘A List’ de mudanças climáticas, por exemplo, têm, entre outros critérios, metas com base científica para redução de gases de efeito estufa (GEE) e planos de transição alinhados ao limite máximo de 1,5ºC, como definido no Acordo de Paris. Já as reconhecidas no questionário de florestas, têm compromissos firmes de redução de desmatamentos. A rastreabilidade da origem de commodities também é um pré-requisito.

Em 2023 passou a ser exigida também a verificação de 100% das emissões de escopos 1 e 2 (emissões diretas e indiretas de energia, respectivamente) e 70% de escopo 3 (emissões indiretas na cadeia produtiva). Antes, a verificação obrigatória era de apenas 70% para todos os escopos. Agora também é necessário indicar o engajamento com os fornecedores.

Em seu site, o CDP informa que eleva regularmente o nível do que se qualifica como liderança ambiental, em linha com o que dita a ciência, o feedback das partes interessadas e as necessidades do mercado para uma maior transparência ambiental. As empresas da Lista A, portanto, são aquelas que acompanham esses requisitos em evolução.

“A divulgação é um primeiro passo essencial, não o destino. Quer uma empresa esteja no início da sua jornada, trabalhando arduamente para melhorar a sua pontuação ano após ano, ou liderando o caminho em termos de transparência ambiental. A divulgação abrangente serve como base para planos de transição e – o que é crucial – permite que as empresas sigam em frente. suas ambições”, aponta no site.

A organização também diz que sua metodologia de pontuação está alinhada com o Taskforce for Climate-Related Financial Disclosures (TCFD) e com os principais padrões ambientais. Por isso, suas listas fornecem um conjunto de dados comparável em todo o mercado.

Informações: Um Só Planeta.

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Brasil tem 9,5 milhões de hectares de florestas plantadas. Minas Gerais é líder

O Brasil, com 9,5 milhões de hectares de florestas plantadas, é hoje um dos gigantes do agronegócio florestal. Este setor, vital para a economia nacional, abrange a silvicultura, a colheita e o transporte de madeira, com cada etapa contribuindo significativamente para a qualidade do produto final ofertado no mercado. O avanço das tecnologias desempenha um papel crucial nesse processo, especialmente no contexto atual de crescimento e demanda. Essa prática é importante nos dias atuais porque recupera espaços degradados, reduzindo os impactos ambientais, através da captura de CO2.

Segundo os dados da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um aumento de 14,9% no plantio de florestas em relação ao ano anterior, com um valor de produção na silvicultura atingindo R$27,4 bilhões. Minas Gerais lidera em valor de produção, enquanto Mato Grosso do Sul mostra um crescimento notável na área plantada.

O Brasil, já estabelecido como líder no agronegócio florestal, agora enfrenta o desafio de desenvolver uma silvicultura totalmente mecanizada. Este avanço é crucial para os próximos sete anos, período que precede a próxima grande colheita. Com o setor em alta, é essencial que aproveitemos este momento para expandir nossa visão, assegurando um futuro inovador e competitivo no mercado global.

O cultivo de florestas plantadas com foco na sustentabilidade ambiental tem aumentado. De acordo com o Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), o Brasil é o segundo país com a maior área de florestas do mundo, possuindo cerca de 7,84 milhões de hectares de florestas (1 hectare equivale a 1 campo de futebol oficial). Desse total, 5,6 milhões de hectares são florestas plantadas sustentáveis de espécies de eucalipto ou pinus.

Na questão de conservação de solo, sua cobertura vegetal recupera áreas degradadas, contribui para o abastecimento dos recursos hídricos e preserva o habitat natural para a fauna e flora nativa. São árvores que se desenvolvem aliando produtividade, equilíbrio do ecossistema e a melhoria ambiental das comunidades ao seu entorno.

MECANIZAÇÃO

Historicamente, a mecanização focou-se nos setores de colheita e transporte, ressaltando um compromisso contínuo com a sustentabilidade. Entretanto, a automatização na silvicultura, ainda em seus estágios iniciais, se apresenta como um desafio emergente. Predominantemente manual ou semimecanizado, o plantio de florestas está na vanguarda da inovação, buscando aprimorar eficiência e produtividade.

Durante e após a pandemia, a silvicultura experimentou um crescimento exponencial, impulsionado pela alta demanda por biomassa florestal, especialmente no segmento de celulose, onde o Brasil lidera globalmente em produção e exportação. Com essa crescente demanda, surgem inovações tecnológicas significativas.

A silvicultura mecanizada já provou eficácia na colheita e no carregamento, se expande para o plantio. Um exemplo notável é a plantadora com cabeçote duplo, capaz de plantar duas mudas simultaneamente, o que otimiza o processo em diferentes tipos de terreno e solos. Esta abordagem mecanizada não apenas garante alta performance, integrando plantio, adubação e irrigação, mas também assegura um menor índice de reposição de mudas, além de eficiência energética e segurança operacional.

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Exclusiva – Relatório inédito aponta quais as principais tendências para o setor de base florestal em 2024

Consultoria especializada realizou um levantamento com um panorama geral sobre o futuro do setor nos próximos meses; confira

2024 começou, e com ele novidades para o agronegócio no Brasil. Bons ventos sopram a área, movidos por um mercado que segue aquecido, e com expectativas de expansão. A inovação e a sustentabilidade são vertentes que se unem para o progresso e a consolidação do setor de base florestal, que tem elevado o país a ocupar posições de destaque em rankings internacionais.

Para se ter uma ideia, em 2022, o setor de florestas plantadas no Brasil atingiu um novo recorde de valor adicionado ao Produto Interno Bruto (PIB) do país, chegando a R$ 107,2 bilhões, o que representa 1,3% do total – maior índice registrado desde o ano de 2012 –, de acordo com dados do Relatório Anual 2023 da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

No mesmo ano, em exportações os números também foram surpreendentes. No agro brasileiro, a celulose foi o quarto item mais exportado, movimentando US$ 14,29 bilhões, com 19,1 milhões de toneladas de celulose e 2,5 milhões de toneladas de papel. Segundo o levantamento, o Brasil é atualmente o maior exportador de celulose do mundo.

Nesse sentido, com o intuito de melhor informar sobre ‘o que vem pela frente’, Marcio Funchal, CEO da Marcio Funchal Consultoria lançou na data de hoje (01/02) em seu LinkedIn (https://www.linkedin.com/in/marciofunchal/), em parceria com o Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br), o relatório: Tendências 2024 para o Setor de Base Florestal, que traz um panorama completo com insights, vetores estratégicos e novidades do setor direcionados para empresas, profissionais e estudantes se antenarem sobre os temas abordados.

A redação do Mais Floresta, falou com exclusividade com o CEO,  sobre como foi preparar o relatório. Confira.

Qual o intuito de preparar o relatório “Tendências 2024 para o Setor de Base Florestal”? E para quem este material é destinado?

Puxa, super pertinente esta dúvida, obrigado. Eu trabalho com consultoria empresarial há quase 30 anos. E neste período participei de dezenas de projetos orientando a gestão e estratégia para diferentes segmentos de negócio, e as empresas que produzem e processam madeira são um destes segmentos. Por vivenciar realidades e modelos de negócio tão distintos, eu me sinto superconfortável para conectar os insights mais disruptivos da gestão estratégia e de negócios de setores altamente competitivos, com o modelo de gestão conservador das companhias do setor de base florestal.

Então este material é voltado para todos os níveis de lideranças das companhias, desde o produtor florestal até a indústria de produtos acabados. O objetivo do material é sintetizar aspectos que já interferem nos negócios das corporações brasileiras, mas que muitas vezes fogem do radar tradicional dos gestores.

 O que o leitor poderá encontrar no relatório?

O leitor encontra disponível um conjunto de insights que norteiam rumos para o mercado de base florestal no Brasil para os próximos anos, mas já com desdobramentos em 2024. Ao todo, são apresentadas 12 tendências setoriais, agrupadas em 4 vetores estratégicos:

  • Política Nacional e Crédito;
  • Produção Florestal e Abastecimento de Indústrias;
  • Bioeconomia; 
  • Mercado de Produtos Industriais Baseados na Madeira.

Estas tendências visam apoiar as discussões sobre as Estratégias e Negócios das empresas. Independente do posicionamento da companhia, são assuntos que precisam estar na pauta de estudos internos e das reuniões de planejamento e coordenação.

Como foi preparar, e levantar as informações para o relatório?

Este material foi elaborado com a colaboração de players relevantes do mercado. Nós organizamos um grupo de trabalho envolvendo especialistas de renome de várias áreas do conhecimento: produção industrial, silvicultura, agricultura, conservação e restauração ambiental, logística, saúde e comportamento, educação corporativa, fintechs, edtechs, crédito e investimento, inteligência empresarial, marketing e políticas públicas. Entrevistamos atores de vários segmentos, cada um dentro do seu ramo de especialidade. Isso nos permitiu criar um conjunto de materiais para vários diferentes segmentos empresariais, tanto para a Indústria, Comércio e Serviços. Por fim, nós elaboramos este mesmo tipo de material (Tendências Setoriais para 2024) para vários segmentos. Claro, cada convidado do grupo tem sua estratégia individual para divulgar o documento produzido para o seu público. Eu escolhi fazer o lançamento do “Tendências 2024 para o Setor de Base Florestal” em parceria com o Mais Floresta, pela credibilidade do veículo e pela trajetória de sucesso Portal.

Qual a relevância de um levantamento como este para o setor?

Eu acredito que é uma excelente forma de impulsionar as discussões internas na companhia. Como consultor e conselheiro empresarial, eu sempre recomendo que o gestor tire os integrantes de sua equipe das suas respectivas zonas de conforto… Algo como o jargão do “pensar fora da caixa” ou “a maioria sempre está errada”, forma de pensar de Paul Rulkens, referência em gestão de alta performance. Por isso propor discussões e análises que fogem do pensamento comum são fundamentais… Testar os limites de uma ação, medir efeitos de riscos, tudo isso ajuda a avaliar os múltiplos resultados que uma ação pode proporcionar à empresa. Espero que eu alcance este propósito.

Confira o relatório completo:

Escrito por: redação Mais Floresta.

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