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Projeto planta 234 mil mudas no Vale do Araguaia com apoio de produtores e aldeias indígenas

Concessionária RZK Agro promove reflorestamento em parceria que envolve universidade

Iniciado através do projeto “Juntos por um Brasil Mais Verde”, da multinacional John Deere em 2022, a ação que tinha a missão de doar três mudas de árvores para cada máquina vendida, ganhou dimensões maiores. A concessionária RZK Agro, do grupo RZK, superou essa meta, plantando mais de 104 mil mudas nativas nos dois primeiros anos do projeto. O objetivo é unir produtores, instituições públicas e privadas e povos indígenas, para promover grandes ações ambientais no reflorestamento, recuperar áreas degradadas, nascentes, e sensibilizar a comunidade sobre cuidados ambientais.

Superando as expectativas do projeto, a RZK Agro se tornou uma referência nacional em sustentabilidade no campo. Em 2023, foram plantadas 100 mil árvores, um número que destacou a concessionária em toda a América Latina no programa de sustentabilidade da John Deere. Para 2024, foram entregues mais de 130 mil mudas nativas. O plantio foi realizado em oito etapas, iniciadas em dezembro de 2023 e concluídas em abril deste ano, totalizando mais de 234 mil mudas nativas plantadas e a recuperação de mais de 150 hectares no Vale do Araguaia.

As mudas foram destinadas a atender diversas necessidades da região do Vale do Araguaia, como a recuperação de áreas degradadas e nascentes. Com o projeto, a RZK Agro avaliou as áreas com maior urgência de recuperação, desenvolvendo ações de reflorestamento em colaboração com proprietários e a comunidade. Isso contribuiu para a recuperação do ecossistema e o fortalecimento da produção sustentável, refletindo o compromisso social das empresas do Grupo RZK e de seus parceiros.

Fazendas e aldeias beneficiadas

Localizada em Nova Xavantina, Mato Grosso, a Fazenda Boa Esperança destacou-se pelo trabalho ambiental realizado e recebeu mais de 77 mil mudas nativas para recuperar e ampliar áreas de proteção permanente (APPs). Essa parceria foi crucial, pois muitos produtores enfrentam dificuldades em realizar reflorestamento devido à escassez de viveiros na região. “Foi um dia especial para todos os funcionários da fazenda e membros da equipe da Primavera Máquinas, que se reuniram para o plantio das mudas. Esse projeto foi importante não apenas para nossa propriedade, mas também para toda a região”, afirma Lucas Duvale, engenheiro agrônomo da Fazenda Boa Esperança. “A parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), a Prefeitura Municipal de Nova Xavantina e a Organização Brasileira de Sustentabilidade, supriu a carência de mudas. Com isso, o produtor se comprometeu com as demais necessidades como preparar o solo e realizar a adubação para executar o plantio das mudas nativas do cerrado,” concluiu Lucas.

Para possibilitar a produção e o plantio dessas mudas, foram estabelecidas parcerias com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), nas unidades de Nova Xavantina e Querência. O Grupo RZK e a RZK Agro financiaram a reestruturação do viveiro para a produção de mais de 50 mil mudas nativas do cerrado para 2024 e contribuíram com a compra de mudas de produtores locais para atender às demandas do projeto. As mudas não só ajudaram no reflorestamento, mas também serviram como base para pesquisas na universidade. Além disso, será montada uma área experimental para avaliar o processo de retenção de carbono no solo com a integração lavoura-pecuária-floresta.

O Grupo RZK também estabeleceu uma parceria com a Aldeia Kisêdjê para a coleta de sementes e produção de mudas. Essa colaboração proporcionou a imersão de colaboradores e produtores na cultura indígena e possibilitou a integração da comunidade indígena com os produtores em ações de reflorestamento. Segundo Lewayki Suya, representante da Aldeia Kisêdjê, “A parceria com a RZK Agro é de extrema importância. Nosso engajamento na preservação da natureza é essencial para manter a floresta em pé e recuperar áreas degradadas. Essa colaboração é crucial na nossa luta contra as mudanças climáticas”, comenta Lewayki Suya. O projeto também irá implantar a construção de mais três viveiros nas aldeias: Khikatxi, da etnia Kisêdjê-Suyá, Santa Vitória e Etenhiritipá, da etnia Xavante.  O objetivo é realizar ações sustentáveis e inclusivas, demonstrando o compromisso com a preservação e o cuidado com o meio ambiente.

Para 2025, o Grupo RZK e a RZK Agro planejam novas parcerias, incluindo a Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), Organização Brasileira de Sustentabilidade (OBRAS) e o Projeto Mais um Viveiro na Aldeia. 

Atuação no Mato Grosso
 

Reconhecida como líder no fornecimento de soluções para o agronegócio, a RZK Agro, com um portfólio diversificado de máquinas John Deere, tem expandido sua relevância no mercado agrícola. O Grupo RZK, com sua visão apurada e estratégia ousada, ampliou significativamente sua atuação ao adentrar neste segmento como concessionário John Deere. Atualmente, o Grupo opera nove lojas sob a marca RZK Agro, localizadas estrategicamente na principal região agrícola do país, com forte presença em 30 cidades no Vale do Araguaia, no estado de Mato Grosso.

Como representantes de uma marca mundialmente reconhecida por seu maquinário de última geração e soluções integradas, as Concessionárias da RZK Agro estão comprometidas em fornecer atendimento de excelência. Participando das principais feiras agrícolas do país, a empresa realiza demonstrações, lançamentos, campanhas especiais e workshops, destacando os benefícios das soluções integradas para a melhoria da produtividade no campo.

O Grupo RZK também tem um compromisso firme com o desenvolvimento social das comunidades em que atua, refletindo os valores fundamentais do Grupo em cada uma das lojas RZK Agro. Esse empenho demonstra um sólido comprometimento com o crescimento sustentável do negócio e com o bem-estar das comunidades locais.

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Projeto lança sementes de helicóptero para ajudar no reflorestamento do Vale do Taquari

Ação das Forças Armadas, Sema e Ibama realizada nesta quarta-feira também proporcionou plantio de mudas nativas na região

Uma ação do Comando Militar do Sul (CMS), com apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e Ibama, nesta última quarta-feira (17), Dia de Proteção às Florestas, contribuiu para o lento processo de reflorestamento do Vale do Taquari após a tragédia das enchentes de abril e maio. Por meio do projeto SemeAr, cerca de 500 quilos de sementes de espécies nativas da região e forrageiras foram lançadas de helicópteros sobre encostas devastadas dos municípios de Santa Clara do Sul, Marques de Souza e Pouso Novo.

Mais cedo, mudas foram também plantadas no Parque Linear de Santa Clara do Sul, junto ao Arroio Saraquá, por alunos de escolas públicas. A missão, integrante da Operação Taquari II, foi presenciada por autoridades civis e militares. A imprensa pôde acompanhar a operação a partir da Base Aérea de Canoas, na região metropolitana. “Aqui estamos tendo a consciência desta preservação e mostrando para as crianças a importância disto. É um momento que fizemos todos juntos. Trabalhamos este tema por meio de ações pedagógicas na escola”, afirmou a professora Bruna Griesang, do 3º anos da EMEF Sereno Afonso Heiseler.

Suas alunas Martina, de 8 anos, e Isabela, 9, plantaram uma muda de angico no local. “Eu gostei porque estou ajudando o meio ambiente”, observou Isabela. “Sujei um pouco as mãos, e agora vou prestar ainda mais atenção no parque porque eu ajudei a plantar”, comentou Martina. A titular da Sema, Marjorie Kauffmann, disse que mais de quatro mil áreas foram afetadas por deslocamentos de massa após a tragédia no estado, e, por isso, a ideia de mesclar as sementes também leva em conta a maior velocidade de desenvolvimento das plantas.

Operação Taquari 2, IBAMA e Secretaria Estadual de Meio Ambiente realizam a revegetação de encostas e o plantio de mudas de árvores nativas em áreas atingidas pelas enchentes no Vale do Taquari.

“A maior prevenção é mesmo a educação. Precisamos conscientizar nossas crianças da proteção das florestas, mas também falarmos que há áreas de risco e que estes movimentos ocorrem, assim como as enchentes”, afirmou ela. Já o prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Cézar Kohlrausch, disse que o evento em si demonstrou a capacidade de resiliência do povo gaúcho. “Definitivamente entendemos que temos a obrigação e a responsabilidade pela manutenção da vida através da manutenção do meio ambiente”, declarou.

O comandante da 3ª Divisão de Exército (DE), general de divisão Paulo Roberto Rodrigues Pimentel, afirmou que se há alguma boa lição a ser tirada da calamidade, é a capacidade de união da população. “Muitas agências estão trabalhando em prol desta reconstrução, e o que se viu foi o empenho geral para este único objetivo. Ter a marca do Exército aqui demonstra que estamos sempre presentes”, comentou ele “Mais do que recuperar estas encostas, queremos que estas sementes tragam esperança para os corações destas pessoas tão brutalmente afetadas”, disse a superintendente do Ibama no RS, Diara Maria Sartori.

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Em defesa do reflorestamento

Ex-presidente do Capes, Claudio de Moura Castro lança livro em que reflete sobre a importância das florestas brasileiras para evitar a desertificação no país

Reflorestamento requer inteligência, cuidado e pesquisa para eficiência. É o que acredita Claudio de Moura Castro, pesquisador, economista e ativista do meio ambiente em tempo integral. Aos 85 anos, Castro se mantém ativo como crítico e observador das políticas públicas que pesam sobre as florestas, rios e a biodiversidade brasileira. Ele lança “O mutirão das árvores: queremos sombra e água fresca”, síntese de anos de estudos e pesquisa de campo nos assuntos.

Ex-presidente do Capes, Castro construiu uma sólida trajetória acadêmica nos EUA nas décadas de 1960 e 1970, tendo passado pelas universidades de Yale e Vanderbilt, onde fez mestrado e doutorado, respectivamente. No país, teve contato com a primeira grande onda ecológica e com o movimento hippie, trazendo ao Brasil, anos mais tarde, o conceito de sustentabilidade – até então malvisto em nosso país. Em entrevista exclusiva ao ((o))eco, Castro analisa a política de reflorestamento, a questão do manejo das águas, a agricultura brasileira e como ecologia e cultura precisam estar alinhadas para impedir que parte do território brasileiro se torne um deserto.

Claudio de Moura Castro no lançamento do seu novo livro, o Mutirão das Árvores. Foto: Rodrigo Valente © BEĨ Editora.

Uma das questões centrais que o senhor traz no livro é: não basta plantar árvores de maneira indiscriminada, é preciso saber plantar. Conhecer biomas, espécies e a terra de cada região que se vai realizar um plantio. O senhor dá o exemplo da fazenda do fotógrafo Sebastião Salgado, um projeto de sucesso em matéria de reflorestamento. É possível reflorestar o país seguindo o exemplo de Salgado? Qual caminho o senhor considera o mais viável? 

Partamos da hipótese bastante realista de que qualquer reflorestamento em área degradada deixa um balanço positivo. Mas há, necessariamente, vários caminhos. Se bem trilhados, são complementares. A Fazenda de Sebastião Salgado é uma solução purista: recriar o bioma original. Poucos conseguirão uma reprodução tão perfeita do que era, pois os estudos e as ações requeridas são demoradas e caras. Mas mesmo um reflorestamento meio improvisado é bem melhor do que nada. Além disso, reflorestamento com algo parecido à cobertura original não é lucrativo. E podemos imaginar que a combinação do lucro com o ganho ambiental pode alavancar um gigantesco soerguimento das nossas matas. Isso significa monoculturas, multiculturas com poucas espécies, consorciamento e alternativas que se revelaram lucrativas. Ou seja, estamos falando de muitas soluções em paralelo.

O senhor faz uma síntese de uma pesquisa muito interessante do Imperial College, de Londres, assinada por Ana Rodrigues, que diz: “Onde o meio ambiente fracassa, aí estão os bolsões da pobreza”. Como esta frase se encaixa no Brasil de hoje? 

Observou-se que os lugares desmatados nas últimas décadas são pobres. Há evidência suficientemente persuasiva demonstrando que, nos lugares onde houve desmatamento, isso pode haver criado um surto momentâneo de prosperidade. Mas não dura, o que fica é uma pobreza ainda maior e persistente.

O brasileiro leva a sério a questão ecológica? A ecologia está arraigada nos valores básicos do cidadão médio? 

Como não existe uma escala de medida de “consciência ecológica”, não podemos senão fazer algumas comparações. Quando vi o céu do vale do Ruhr, totalmente coberto da fumaça das fábricas, fiquei admirado: isso é que é progresso! Nenhum jovem hoje pensaria assim. Tínhamos legislação que premiava o desmatamento. Não temos mais. Obviamente, os jovens estão muito mais alertas para os pecados ambientais. No todo, não estamos tão mal assim. Porém, quando pensamos que leis draconianas de reflorestamento na Suíça vem do século XIX, há que se admitir, estamos longe de um nível adequado de percepção e seriedade no lidar com o meio ambiente

Nos últimos 20 anos, pelo que me lembro, a reciclagem, antes um assunto periférico, virou um tema amplamente discutido. O senhor traz isso no livro. Mas hoje o Brasil vive uma outra tragédia sanitária: a questão da ineficiência do tratamento de esgoto. Como tornar esta pauta tão importante quanto a reciclagem? 

Reciclagem é um processo barato e visível. É um trabalho para todos darem a sua pequena contribuição e ficarem felizes com isso. Pegou, virou símbolo de bom comportamento ecológico. Esgoto é caro e invisível. Por longo tempo, penamos com uma legislação inadequada. E a equação política é fatal: Entre construir um estádio e tratar o esgoto, qual dá mais votos de um eleitorado pouco educado? De fato, o cidadão comum desconhece as consequências nefastas de esgoto não tratado. E ainda menos os pobres que são os principais prejudicados.

No livro, o senhor faz menção à crise do petróleo, nos anos 1970, e afirma que a crise hoje é hídrica. Como chegamos a este ponto? 

Quando os gregos clássicos viajaram para a Mesopotâmia, ficaram impressionados com a quantidade e variedade de alimentos. Ou seja, era uma região de extraordinária fertilidade. Hoje, é quase um deserto. Muitos dos desertos que conhecemos eram férteis no passado. Regiões como o Oriente Médio foram progressivamente se desertificando, pelos maus tratos com florestas e águas. E, em muitos lugares, não paramos ainda de devastar florestas. Opta-se pelos benefícios de curto prazo. Dá-se as costas à saúde do meio ambiente no longo e médio prazo. As projeções dos cientistas são muito pessimistas. Diante do quadro que veem, concluem que haverá uma dramática falta de água nos próximos anos. O contra exemplo é a Europa, que soube preservar suas florestas. Nesse particular, a América do Norte pecou, porém menos do que em outras regiões.

O senhor nos conta, logo no início do livro, sobre como os ciclos de chuva na Amazônia impactam todo o Brasil. Classifica esses ciclos como viciosos e virtuosos. Poderia explicar esses conceitos e, tendo em vista a recente tragédia no Rio Grande do Sul, seria correto afirmar que a região sucumbiu a um ciclo vicioso? 

O ciclo da água refere-se às consequências de haver ou não cobertura vegetal onde cai a chuva. É um processo estável e previsível. Se, por descuido ou irresponsabilidade, cuidamos mal das florestas, a atmosfera aquece mais e desaparece a água à nossa disposição. O que aconteceu no Rio Grande do Sul é algo diferente. É o resultado do aquecimento global e de uma travessura imprevisível do El Nino. Mas na cadeia de causação, essas enchentes podem haver sido o resultado de cuidar mal da água e do excesso de gás carbônico na atmosfera.

O senhor escreve que os mais pobres de países africanos pagam mais pela água que consomem em relação aos ingleses. Como a distribuição de água e a tributação responsável podem sanar dilemas sociais e humanitários? 

A diferença do preço da água não é uma malvadeza de alguém, mas o resultado da existência de muita ou pouca água na região. Da África ao Sul do Saara, o clima é desértico e a água é inevitavelmente cara. Na Inglaterra, chove quase todos os dias. Isso até pode ser desagradável, mas torna a água mais barata. Falta dizer que as florestas inglesas são hoje muito bem cuidadas e muitas das africanas desapareceram. Novamente, floresta e água estão intimamente imbricadas.

No livro, o senhor traz exemplos de agricultura produtiva e agricultura responsável, qual é a diferença entre as duas? 

Se quisermos ser logicamente rigorosos, uma agricultura produtiva é aquela que gera resultados abundantes. Mas nada fica dito sobre a saúde do meio ambiente onde ela ocorre. No caso da responsável, queremos dizer que não lesa o meio ambiente. Ou seja, permite que o futuro não seja comprometido por consequências negativas do que fazemos hoje.

Hoje, no Brasil, a agricultura e a indústria utilizam 90% da água distribuída. Por quê? Isso é falta de modernização? 

Sempre foi mais ou menos assim. Resulta da natureza dos processos produtivos. Só que com a escassez de água, é preciso economizar. Algo é possível nas cidades, mas nem tanto assim. Já no campo e nas fábricas, é possível alterar os processos produtivos e gastar muito menos água. Dois exemplos: cada vez mais, as fábricas estão reciclando suas águas servidas. Na agricultura, aspergir água sobre as culturas gera muito mais desperdício do que os sistemas subterrâneos de gotejamento.

Vazamentos de água potável, pastos e florestas devastadas, ojeriza a discursos em favor do meio ambiente, precarização do trabalho, estes são alguns fatores que pesam na conta do Brasil e do Agro. No livro, o senhor faz um diagnóstico do nosso sistema, como resolver estes gargalos?

Antes de tudo, se é verdade que há hoje muito mais consciência ecológica, ainda falta muito para chegarmos a um nível satisfatório – com em vários países europeus. Se o povo não liga, prevalecem os interesses privados de alguns poucos beneficiários de práticas e políticas perniciosas. Sem uma oposição séria e bem organizada, o bem-estar do meio ambiente irá quase sempre perder para os lobbies e militâncias de quem ganha no curto prazo. Tais derrapagens acontecem pela via de leis permissivas e de controles fracos. Quando tais comportamentos se tornarem politicamente inaceitáveis, as mudanças virão.

O sequestro de carbono pelas florestas resolveria o problema? Por que não há uma política séria de preservar – que é muito mais barato – do que reflorestar?

Já não vivemos mais os dias de liberdade para depredar ou até de estímulos fiscais para isso. Atualmente, o marco legal é bastante satisfatório e há punições para os recalcitrantes. Porém, em um país do tamanho do nosso, fazer funcionar essa máquina de monitoramento e de punições legais não é nada fácil. Agrava-se a situação quando alguns governos fazem vistas grossas. No Centro-Sul, as leis são cumpridas, até com exagero. Mas o país é grande. E nas regiões em que há mais desmatamento ilegal, o acesso é precário. O lado positivo é que, de meio século para cá, o ritmo de desmatamento vem caindo de forma bem impressionante – apesar de algumas recaídas.

Informações: O Eco.

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A Restauração Florestal é muito mais que apenas um plantio de árvores

A importância do monitoramento em projetos de reflorestamento

Eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes e intensos ao redor do mundo, desencadeando uma série de impactos negativos na qualidade de vida da população. Fenômenos naturais que incluem tempestades fortes, secas prolongadas, ondas de calor extremo e inundações, mostram o desequilíbrio climático provocado por ações antrópicas. Esses episódios não apenas causam danos materiais e humanos, mas também destacam a urgência de medidas para mitigar os efeitos da crise climática.

A restauração florestal emerge com um papel crucial no combate a este cenário. As árvores sequestram o gás carbônico da atmosfera, reduzindo o efeito estufa, além disso, as florestas são importantes para conservação da biodiversidade, controle de enchentes, melhoria da qualidade do ar, dentre outros. Entretanto, o processo de reflorestamento é muito mais complexo que realizar um simples plantio adensado de árvores em uma determinada localidade. O objetivo é restaurar ecossistemas complexos, que apresentam diferentes interações e dinâmicas ecológicas.

Para o êxito desses projetos é de suma importância realizar um preciso diagnóstico da área e utilizar metodologias de restauração adequadas. Além disso, o sucesso não depende apenas do plantio, mas também da implementação de práticas de manejo apropriadas ao longo da implantação e manutenção do projeto, emprego de mão de obra qualificada, do acompanhamento contínuo do processo e do monitoramento. Um trabalho de muitas frentes a fim de permitir medidas adaptativas para o melhor desenvolvimento ecológico.

O monitoramento da restauração florestal desempenha um papel multifacetado e fundamental na garantia do sucesso e da eficácia desses projetos, permitindo uma avaliação regular do crescimento da floresta ao longo do tempo.

Ao acompanhar de perto o desenvolvimento das áreas, é possível verificar se as metas estabelecidas estão sendo alcançadas, identificar eventuais desvios em relação ao planejamento, como maior mortalidade das mudas ou alguma deficiência.

O monitoramento pode ser realizado almejando diferentes objetivos e para isso existem diversos protocolos de monitoramento. Atualmente muito se fala sobre o cálculo do estoque de carbono em áreas de restauração florestal e para esta mensuração existem distintos protocolos de sequestro de CO2. Normalmente estes protocolos estão relacionados ao acúmulo de biomassa por parte das árvores (acima do solo) e, por vezes, também é verificado o estoque de carbono abaixo do solo. A partir destas estimativas, o reflorestamento adiciona créditos de carbono aos projetos, que podem ser utilizados para neutralização de atividades ou empreendimentos com alta pegada de carbono.

O estado de São Paulo possui a Resolução SMA nº 32 de 2014, que trata sobre monitoramento de áreas em processo de restauração e a Portaria CBRN nº 01/2015 que estabelece o protocolo de monitoramento para diferentes formações florestais e ecossistemas abertos. Esses documentos apresentam como característica uma fácil e rápida aplicação em campo, sendo coletados dados para avaliar três indicadores ecológicos: cobertura do solo com vegetação nativa; densidade de indivíduos nativos regenerantes; e número de espécies nativas regenerantes.

Esta resolução tem como diferencial a utilização de variáveis ecológicas que, dentro do processo de formação e manutenção dos ecossistemas naturais, contribuem a longo prazo para que a área manejada se perpetue e possa se aproximar do ecossistema de referência. Por exemplo, a utilização de indicadores relacionados a quantidade e variedade de espécies que regeneram na área, isto é, que ocorrem espontaneamente, é muito importante para a resiliência da área. Afinal, estas novas plântulas serão os futuros seres a ocupar o local manejado pelo projeto.

Além disso, a resolução indica valores de referência que devem ser atendidos para atestar que a área se encontra restaurada. Isso é, se a área possui condições para se perpetuar ao longo do tempo sem intervenções humanas.

Em suma, o monitoramento permite avaliar o impacto ambiental positivo do reflorestamento, fornecendo dados sobre o aumento da biodiversidade, a melhoria da qualidade do solo e da água e o sequestro de carbono atmosférico. Essas informações são essenciais para comunicar os benefícios da restauração florestal para a sociedade, em especial para se obter novos financiadores e auxiliar os tomadores de decisão visando o melhor emprego de recursos.

Outro aspecto crucial é a melhoria contínua das práticas de restauração florestal. Com base nos dados obtidos por meio do monitoramento, é possível aprender com as experiências passadas e aprimorar as técnicas de plantio, seleção de espécies e manejo do ecossistema. Isso não apenas aumenta a eficiência dos projetos, mas também contribui para a sustentabilidade a longo prazo dos ecossistemas restaurados.

Informações: Um Só Planeta.

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Veracel: reflorestamento para produção sustentável de celulose terá R$ 200 milhões do BNDES

Projeto florestal da empresa produtora de celulose fará plantio de eucaliptos em área superior a 20 mil hectares no interior da Bahia

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 200 milhões para o programa florestal da Veracel Celulose S/A. Os recursos permitirão o plantio e reflorestamento de eucaliptos no interior da Bahia, garantindo a produção de celulose de forma sustentável.

Mais de 20 mil hectares receberão eucaliptos, permitindo a conservação dessas áreas. O investimento do projeto contribuirá com a manutenção de empregos e renda em municípios de baixo IDH do interior do estado da Bahia.

“O BNDES é uma instituição estratégica para o processo de neoindustrialização e tem um papel histórico para o desenvolvimento da indústria de papel e celulose no país, da forma como ela é hoje. Nesse sentido, continuaremos apoiando o setor, com a utilização de mecanismos tradicionais de financiamento, novas modelagens de crédito que poderão ser implementadas, ou novos instrumentos financeiros voltados para uma indústria verde, sustentável e inclusiva, prioridades do governo Lula”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Um projeto florestal que tem como objetivo a produção sustentável de celulose está perfeitamente alinhado com a Nova Indústria Brasil. E o BNDES cumpre o papel de apoiar as empresas brasileiras em projetos sustentáveis, exportadores e voltados à economia verde”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon.

O programa florestal da Veracel tem como finalidade aumentar a produtividade e a competitividade da empresa. O produto final, a celulose, tem grande potencial exportador e, portanto, contribui para manutenção do saldo positivo do setor na balança comercial brasileira.

“O BNDES possui um importante papel para o desenvolvimento sustentável do setor de papel e celulose no país, permitindo sua competitividade. O Banco contribui diretamente para colocar o Brasil como um dos maiores produtores e exportadores de celulose do mundo”, destaca Rodrigo Louzada, diretor Administrativo Financeiro da Veracel.

BNDES e o apoio ao setor – Entre 2014 e 2023, o Banco financiou aproximadamente R$ 21,7 bilhões para empresas do setor de base florestal, correspondendo a 48% do valor investido, o que demonstra a forte presença do BNDES na execução de investimentos importantes dessa indústria. Esse apoio foi fundamental para que o Brasil alcançasse uma privilegiada condição competitiva, considerando que o país é hoje o 2º maior produtor global de celulose e o 10º produtor mundial de papéis.

A empresa – A Veracel Celulose é uma empresa de bioeconomia brasileira que integra operações florestais, industriais e de logística, que resultam em uma produção anual média de 1,1 milhão de toneladas de celulose a partir da fibra de eucalipto. A atuação florestal da Veracel abrange mais de 200 mil hectares, em onze municípios do Sul e Extremo Sul Bahia, incluindo áreas de plantio próprias, arrendadas e de fomento, além de áreas protegidas ambientalmente. É guardiã da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural de Mata Atlântica do Nordeste brasileiro.

Informações: Agro+/UOL.

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Com distribuição recorde, Paraná vai alcançar 10 milhões de mudas plantadas em 2024

O ano de 2023 deixou o Paraná mais verde. O IAT entregou 1.850.427 mudas de espécies nativas em todo o Estado, um aumento de 6% em relação a 2022. Esse foi o maior volume de distribuição desde 2019, quando o programa Paraná Mais Verde foi implementado pelo Governo do Estado. Nos últimos cinco anos, o projeto superou a marca de nove milhões e 300 mil plantas, o equivalente a 8.300 campos de futebol de restauração florestal. A perspectiva, ao manter a média, é que o Paraná alcance 10 milhões de mudas distribuídas ainda neste semestre. O gerente de restauração ambiental do IAT, Mauro Scharnik, destacou fatores que colaboraram com esse resultado.

Ele reforça que boa parte das autorizações ambientais ou penas por supressão vegetal emitidas pelo IAT incluem como condicionante o replantio com plantas na nativas do Estado, fornecidas em grande parte pelo instituto.

De acordo com levantamento da diretoria de Patrimônio Natural do órgão ambiental, os núcleos regionais de Curitiba, Guarapuava e Campo Mourão lideraram o ranking de distribuição, respondendo por 30% do total de plantas. As mudas que ajudam no reflorestamento do Paraná são cultivadas nos 19 viveiros florestais e nos dois laboratórios de sementes do IAT. O órgão produz plantas de mais de 100 espécies diferentes, incluindo 25 ameaçadas de extinção, como a araucária e a imbuia.

O programa foi criado em 2019 e tem como objetivo despertar a consciência ambiental e aliar o desenvolvimento ambiental, econômico e social, por meio da produção e plantio de árvores nativas nas áreas urbanas e rurais. As mudas são plantadas em locais que precisam ser recuperados ou melhor arborizados, bem como incentivar a população a cultivar árvores para colaborar no equilíbrio do clima.

Informações: GOVPR.

Imagem: Blog da Plantei.

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Evento na UFV vai promover o plantio de cerca de 2 mil mudas neste sábado

No próximo sábado (16), o programa UFV+Sustentável, em conjunto com o Departamento de Engenharia Florestal (DEF), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Conservador da Mata Atlântica e Grupo de Estudos em Economia Ambiental e Manejo Florestal (GEEA), realizará, no campus Viçosa, o Dia de Plantio de Mudas, das 7h às 13h.

O evento visa esclarecer sobre diferentes técnicas de reflorestamento e realizar o plantio de cerca de 2 mil mudas em áreas de Preservação Permanente (APP), ao redor de nascentes e cursos d’água. O plantio das mudas, que está ligado à compensação ambiental de diversos licenciamentos da UFV, ocorrerá na Unidade Demonstrativa de Recomposição da Vegetação Nativa em Áreas Protegidas da Universidade, próxima à Uepe- Frigorífico Escola. Todos os participantes terão à disposição um ônibus, que sairá de frente do Restaurante Universitário I.

Toda a comunidade universitária poderá participar das atividades. Haverá emissão de certificados e, para isso, é necessário preencher o formulário de inscrição.

A UFV ressalta que, no dia da atividade, é importante que os participantes usem calçados fechados, calças, blusas de manga comprida, bonés/chapéus e protetor solar, além de levar sua garrafinha de água.

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Microsoft compra 1,5 milhão de créditos de remoção de carbono de startup brasileira

Aquisição deve ser feita até 2032 e incentiva projeto que pretende reflorestar parte da Amazônia

Microsoft está investindo no mercado voluntário de carbono do Brasil com um acordo para comprar créditos de um projeto em grande escala para reflorestar partes degradadas da Amazônia.

gigante de tecnologia concordou em comprar até 1,5 milhão de créditos de remoção de carbono até 2032 da startup brasileira Mombak Gestora de Recursos, que está plantando mais de 100 espécies de árvores nativas em terras desmatadas na floresta.

Os valores não foram divulgados, mas a Microsoft passou os últimos dois anos fazendo uma diligência e aconselhando sobre o projeto antes de concordar em comprar créditos, e é o maior acordo da empresa até o momento para créditos de carbono baseados na natureza.

“Tentamos construir os mercados dos quais compramos”, disse Brian Marrs, diretor sênior de energia e remoção de carbono da Microsoft. “Esperamos que este seja um modelo para o futuro. Queremos vê-lo em jurisdições no Brasil e além.”

A Mombak está aproveitando uma mudança nos mercados voluntários de carbono, onde os compradores estão dispostos a pagar mais por projetos que realmente removem carbono, em vez de compensações, que geram créditos mantendo as árvores existentes em pé.

A empresa sediada em São Paulo espera que o Brasil se torne o maior exportador mundial de créditos de remoção de carbono devido à vasta quantidade de terras desmatadas disponíveis na Amazônia, onde as árvores crescem mais rápido do que em climas mais frios. Cada crédito representa uma tonelada de carbono removida da atmosfera.

O acordo da Microsoft faz parte de um projeto para plantar mais de 30 milhões de árvores no estado do Pará. As florestas cobrirão cerca de 70 mil acres, ou cinco vezes o tamanho de Manhattan.

A companhia também planeja fazer parte do plano de se tornar carbono negativa até 2030. O anúncio coincide com as negociações climáticas da COP28 em Dubai, evento no qual a Microsoft e a Mombak estão participando.

Em um mercado que ganhou uma reputação negativa devido a projetos que não eram cientificamente defensáveis, ou até fraudulentos, o acordo com a Microsoft dá à Mombak um selo de aprovação importante que ajudará a levantar dinheiro para mais projetos de reflorestamento no Brasil, de acordo com o principal executivo da startup de remoção de carbono.

“Temos uma das cinco empresas mais valiosas obtendo seu maior suprimento baseado na remoção de carbono no Brasil”, disse o CEO da Mombak, Peter Fernandez, em uma entrevista. “Isso será estratégico para o nosso negócio. Isso nos permitirá levantar mais dinheiro para o reflorestamento.”

A Mombak atraiu investidores, incluindo o Canada Pension Plan Investment Board e a Capital Partnership Strategies, para um fundo de reflorestamento. São os compradores finais dos créditos —neste caso, a Microsoft— e não os investidores que os usam para compensar emissões.

Para a Microsoft, o uso da tecnologia em nuvem, aprendizado de máquina e drones pela startup para selecionar os locais mais adequados para o reflorestamento foi particularmente atraente.

“A Mombak desvendou o código das soluções baseadas na natureza de uma maneira que muitos outros provedores não conseguem”, disse Marrs.

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Projeto Aloy’s Forest: PlayStation anuncia 600 mil árvores plantadas

A PlayStation compartilhou uma atualização sobre o projeto Aloy’s Forest, parte do compromisso da empresa com a Aliança das Nações Unidas Playing for the Planet. A iniciativa visa aumentar a conscientização sobre a biodiversidade e plantar 1 milhão de árvores com a indústria de jogos, em parceria com a ONU-REDD.

A Guerrilla Games e a Sony Interactive Entertainment, junto com a comunidade PlayStation e parceiros selecionados, apoiaram projetos de reflorestamento em todo o mundo. Até agora, mais de 600.000 árvores foram plantadas globalmente, e cerca de 1.800 acres de terras indígenas e habitats de vida selvagem foram restaurados.

No Brasil, 333 mil árvores estão em processo de plantio para ajudar a restaurar 946 hectares de terras indígenas na Amazônia. Essas iniciativas visam melhorar a segurança alimentar e as alternativas de renda para os povos indígenas, além de contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.

Aproveite para conferir o vídeo que retrata o progresso da PlayStation e seus parceiros:

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Programa da Jungheinrich Brasil planta mais de 10 mil árvores e poupa outras 420 mil na Mata Atlântica

Iniciativa planta 30 mudas nativas a cada empilhadeira à combustão convertida em elétrica no mercado nacional

A Jungheinrich Brasil, uma das líderes em intralogística no mundo, acabou de alcançar a marca de mais de 10 mil árvores plantadas na Mata Atlântica. A iniciativa faz parte do programa “O meio ambiente ganha em dobro”, lançado em 2021, e consiste no plantio de 30 mudas nativas para cada empilhadeira à combustão convertida em elétrica no mercado nacional — a campanha já poupou mais de 420 mil árvores.

Anualmente, são emitidas mais de 35 bilhões de toneladas de CO2 em todo o mundo, dos quais 4% são causados pela intralogística. Embora seja um percentual baixo e com efeitos indiretos, esse impacto acompanha setores-chave que contabilizam altas emissões, como é o caso do transporte, que responde por cerca de 20% das emissões globais. Por isso, a iniciativa da marca alemã tem o intuito de colaborar para a redução do CO2, a partir do reflorestamento da Mata Atlântica e conta com a parceria da Associação Ambientalista Copaíba — o plantio acontece na região do Socorro, em São Paulo.

“Estamos muito felizes de alcançar esse marco com o nosso programa. O meio ambiente deve ser uma preocupação de todos e nos sentimos realizados sabendo que, mais uma vez, estamos reforçando o nosso compromisso como empresa em preservar a natureza com ações palpáveis”, comenta Lauro Carvalho, Head de Marketing e Treinamento Latam da Jungheinrich Brasil.

Sobre a Jungheinrich

A Jungheinrich é uma das líderes globais em soluções, gestão de armazenagem e fluxo de materiais. Inovadora, oferece a seus clientes consultoria e soluções de intralogística, com um abrangente portfólio de empilhadeiras e sistemas automatizados de armazenagem. Em 2023, a organização lançou uma campanha com foco no bem-estar dos condutores das máquinas, mais um movimento que ocorre com o intuito de promover ações alinhadas com o propósito da marca de ‘inspirar pessoas a cuidar de pessoas’. Sediada em Hamburgo- GER, é uma empresa de capital aberto, com ações negociadas na bolsa alemã. Representada mundialmente em 41 países, emprega mais de 18.000 colaboradores. No Brasil, possui sede em Itupeva (SP) e filiais nas cidades de Belo Horizonte (MG), Cabo de Santo Agostinho (PE), São José dos Pinhais (PR), Itajaí (SC), Rio de Janeiro (RJ) e São Leopoldo (RS).

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