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Exclusiva – Eldorado Brasil Celulose celebra 12 anos com histórico de sustentabilidade, inovação e de crescimento junto ao setor florestal

Relembre duas grandes inaugurações feitas pela Eldorado neste ano, e entrevista exclusiva com o Diretor Florestal da empresa

A Eldorado Brasil Celulose (www.eldoradobrasil.com.br), reconhecida globalmente como uma das empresas de celulose mais competitivas e inovadoras do mundo, celebrou nesta quinta-feira (12), 12 anos de história, mantendo um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, sua produção anual é de aproximadamente 1,8 milhão de toneladas por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional, e coleciona recordes e cases inéditos e relevantes no setor.

Atualmente a empresa conta com o trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhões de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países.

A empresa escreve seu histórico de crescimento junto ao setor florestal, e agrega com inovação, sustentabilidade e oportunidades.

Inovação & genética avançada

Um dos principais marcos neste ano da empresa, e que a consolida nos campos da inovação e pesquisas florestais, foi a inauguração do ELDTECH Centro de Tecnologia Florestal, em Andradina (SP). Anexo ao seu viveiro de mudas na cidade, o novo espaço possui 728 m2 e é um marco projetado para impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento em manejos de pragas e doenças, e de solos e nutrição. Também conta áreas dedicadas à meteorologia e ecofisiologia florestal, melhoramento genético florestal, biotecnologia e tecnologia da madeira.

O programa de melhoramento genético da empresa, desde 2012, já selecionou e registrou 7 clones próprios. E com o ELDTECH, essa capacidade será expandida com a geração de clones de alto desempenho, adaptados às condições climáticas das áreas de plantio da Eldorado. Um dos diferenciais é o Banco de Germoplasma, que permite o beneficiamento e armazenamento de sementes e pólen, garantindo a preservação da diversidade genética.

Energia Verde

O complexo industrial da Eldorado Brasil é autossuficiente em energia renovável, gerada a partir da biomassa de materiais não aproveitados no processo produtivo como a lignina e resíduos de madeira. Essa biomassa é processada em uma caldeira especial, que produz vapor e movimenta duas turbinas responsáveis pela geração da energia. Essa dinâmica garante energia verde, de base renovável, para as operações da nossa planta e para as indústrias parceiras localizadas no nosso complexo industrial. Em 2023 foram gerados 1.536 mil MWh de energia verde, dos quais 21% foram injetados no sistema elétrico nacional para comercialização.

Nesse mesmo contexto, em agosto deste ano, a empresa inaugurou outro relevante projeto em seu complexo industrial, um sistema inédito no mundo para a geração de energia verde. O BFTEs (Bombas Funcionando como Turbinas com Efluentes), que funciona como uma mini hidrelétrica, irá abastecer seu prédio administrativo e anexos, em Três Lagoas (MS). Com mais um case de inovação no segmento, desta vez aproveitando efluentes tratados para reverter o fluxo de água e gerar energia, a indústria otimiza o processo antes da devolução ao rio Paraná, tornando ainda mais eficiente a gestão operacional de seus recursos hídricos na região.

A tecnologia com bombas inversas, funcionando como turbinas, já é modelo no mercado de refluxo para águas, mas para fins de efluentes é algo inédito e reforça a essência da Companhia em ser inovadora e estar alinhada com práticas ESG (Ambiental, Social e Governança).

Referência em sustentabilidade

De acordo com o Relatório de Sustentabilidade da Eldorado, a empresa alcançou em 2023 a marca de 42 milhões de toneladas de carbono capturadas da atmosfera desde o início de suas operações. Atualmente possui 293 mil hectares de florestas de eucalipto plantadas e 121 mil hectares de áreas de conservação no Mato Grosso do Sul, números que demonstram o compromisso da empresa com a redução das emissões de CO2 e evidenciam como as florestas plantadas contribuem significativamente para o equilíbrio ambiental, ajudando a regular as temperaturas e a conservar a biodiversidade.

Como signatária do Pacto Global da ONU, a empresa segue alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que entre eles está manter uma indústria inclusiva e sustentável e ações para conter a mudança climática global.

O documento anual também destaca uma conquista significativa ocorrida em 2023, a certificação pelos Serviços Ecossistêmicos, que reconhece o papel da Eldorado na captura de carbono e a atuação na Fazenda Pântano, em Selvíria (MS), considerada Área de Alto Valor de Conservação (AAVC), com manutenção da qualidade do corpo d’água. O mesmo local também foi reconhecido pela proteção da biodiversidade, servindo como refúgio para espécies ameaçadas. As ações de sustentabilidade também garantiram 100% de conformidade na auditoria externa de manejo florestal.

Geradora de oportunidades

A Eldorado Brasil também se destaca por ser uma das principais geradoras de empregos em Mato Grosso do Sul, demonstrando o papel crucial das florestas plantadas e seu envolvimento com as comunidades locais, além disso, proporciona benefícios e plano de carreira para os seus colaboradores. Através de programas de estágio como o Super Talentos, jovens de todo o país podem participar de um processo seletivo para trilhar uma carreira em uma empresa pautada pela inovação, aprendizado e colaboração. As inscrições vão até 6 de janeiro de 2025, com vagas abertas para quatro localidades: Três Lagoas (MS), São Paulo, Santos e Andradina (SP). Clique aqui e saiba mais.

A redação do Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br) falou com o Diretor Florestal da Eldorado Brasil Celulose, Germano Vieira, que destacou o que contribui para o histórico de crescimento da empresa, a relevância da comemoração, expectativas para o mercado de base florestal – em especial o de celulose –, entre outros detalhes. Confira.

Mais Floresta – A Eldorado Brasil possui um histórico de crescimento e conquistas contribuindo diretamente para o desenvolvimento da região e Estado de MS. Ao que e a quem são atribuídos esses resultados?

Germano – Os resultados alcançados pela Eldorado Brasil Celulose são atribuídos a um conjunto de fatores estratégicos compostos por pilares: competitividade, sustentabilidade, inovação e valorização das pessoas. Sem dúvidas, esses eixos transversais a todas as áreas, incluindo nossa equipe altamente comprometida e as parcerias construídas ao longo dos anos são os agentes que contribuem para o sucesso. Desde a fundação da Eldorado, priorizamos práticas sustentáveis, investimentos em infraestrutura de ponta e valorizamos as comunidades locais.

Em Três Lagoas (MS), contribuímos para o desenvolvimento econômico e social da região por meio da geração de empregos, do fortalecimento da cadeia produtiva e de ações voltadas à cultura e capacitação profissional, além de incentivar constantemente a preservação ambiental. Nosso crescimento é resultado de um trabalho coletivo muito bem articulado e engajado de todos os nossos colaboradores, fornecedores, parceiros e do apoio das autoridades locais, consolidando a Eldorado Brasil como uma referência no setor de celulose.

Mais Floresta – O que os 12 anos da Eldorado Brasil, celebrados nesta semana em 12/12, representa para a empresa?

Germano – Para a Eldorado Brasil Celulose essa celebração não é apenas uma conquista interna e sim um marco compartilhado com a comunidade e todos aqueles que integraram a jornada da empresa. Com os olhos voltados para o futuro e os novos desafios, reafirmamos nossa posição como líderes em sustentabilidade e inovação, e seguimos comprometidos com a transformação da indústria de celulose em uma cadeia logística cada vez mais equilibrada e próspera.

A Eldorado Brasil continuará entregando valores e tendo orgulho do seu crescimento pautado na sustentabilidade, sendo uma das líderes do mercado de celulose global. A companhia pode olhar para esses 12 anos e sentir orgulho do que foi construído até aqui, com engajamento de todos os times, com uma cultura muito própria da empresa e sempre apostando em tecnologia, inovação e formação.

Mais Floresta – Na parte operacional, o quanto é possível mensurar em crescimento da empresa em produção? Sabemos que empresa bateu próprios recordes. Isso já era esperado inicialmente para este projeto?

Germano – Os resultados alcançados estão sempre alinhados com as nossas metas e expectativas projetadas, mas obviamente que, quando a fábrica começou a operar, não sabíamos que alguns anos depois ela estaria produzindo 20% mais celulose, na mesma estrutura. Porém, foi algo construído aos poucos. A integração entre a tecnologia de ponta, a sustentabilidade e a gestão estratégica faz com que o nosso crescimento seja consistente e alcance patamares de produtividade que solidificam a posição da empresa como uma das maiores referências globais.     

Mais Floresta – Como é olhar para trás e relembrar a planta deste projeto quando estava ainda no papel, e agora, depois de 12 anos concretizado, e em plena operação e com recordes em produção alcançados, sendo uma das principais referências produtoras de celulose do mundo?

Germano – A Eldorado Brasil é uma empresa consolidada ao comemorar 12 anos de operação e isso é motivo de orgulho para todos que participaram dessa construção. A concretização do projeto da Eldorado virou realidade e hoje é referência nacional em celulose. Os registros de progressos de produção e o reconhecimento no mercado mundial reforçam que o sucesso é fruto desse trabalho consistente que realizamos ao longo dos últimos 12 anos. Ver que tudo o que planejamos está de pé e segue com olhar no futuro e com perspectivas desafiadoras, sem dúvidas é muito satisfatório e motivo de inspiração para novos passos com a mesma determinação.

O projeto inicial da fábrica em Três Lagoas previa 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano. Ao longo dos anos, fomos avançando neste número e chegamos a 1,8 milhão. Isso só foi possível com trabalho e tecnologia de ponto aplicada na produção industrial, nos tornando ainda mais eficientes. 

Mais Floresta – Qual sua visão para o mercado de base florestal de anos atrás para o atual? O que destacaria em evolução e novas expectativas?

Germano – O mercado de base florestal, especialmente no segmento de celulose, evoluiu significativamente ao longo dos últimos anos, impulsionado por diversos avanços tecnológicos, e sempre com foco importante na sustentabilidade. No passado, os processos eram menos automatizados e as questões ambientais, mais limitadas. Hoje, o cenário é diferente e as empresas investem fortemente em inovação tecnológica, como automação, inteligência artificial e digitalização, o que permite uma gestão florestal mais precisa e maior produtividade. A sustentabilidade se tornou um pilar fundamental e com isso as organizações estão comprometidas com práticas de manejo florestal sustentável e certificações ambientais.

Essa mudança é notada na diversificação do mercado de celulose, pois antes a celulose era quase que totalmente destinada à produção de papéis para impressão e escrita, já hoje está presente em embalagens sustentáveis, papéis tissue e até em bioprodutos inovadores. A demanda global também aumentou, especialmente com o consumo na Ásia, liderado pela China.

O setor de celulose está mais integrado à agenda de inovação e sustentabilidade e no desenvolvimento de soluções renováveis para substituir materiais de origem. É um setor que evolui para atender às demandas do presente e se preparar para desafios e possibilidades ainda mais promissoras. O Brasil, principal player de celulose no mundo, é crucial no setor e a Eldorado, uma das principais empresas produtoras de celulose no país, tem ciência da sua importância no segmento.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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CVM emite comunicado que não há providências a tomar sobre a venda da Eldorado Brasil à investidores internacionais

Recentemente o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) expediu ofícios para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e para a Junta Comercial do Estado de São Paulo comunicando sobre parecer técnico da entidade contra a transferência do controle da Eldorado Celulose para a companhia Paper Excellence, do indonésio Jackson Wijaya, por meio do veículo CA Investment. O instituto ainda tomará uma decisão sobre o caso, mas deu ciência às entidades do entendimento e orientou que a multinacional e o Grupo J&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista, atual controlador, cheguem a um comum acordo para cancelar o processo de venda iniciado em 2017.

A Eldorado Brasil é uma das maiores produtoras de celulose do país, com uma unidade fabril em Três Lagoas (MS) e um terminal portuário no Porto de Santos, de onde exporta para 40 países. Foi fundada em 2010 pelo Grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

A CVM respondeu ao ofício da Superintendência Regional do INCRA no Mato Grosso do Sul que, em 28 de dezembro, comunicou a autarquia “para ciência e providências cabíveis” de modo a evitar a formalização da transferência do controle acionário da fábrica de celulose Eldorado pela J&F.

Para a CVM, no entanto, não há providências a tomar uma vez que não é de sua competência autorizar ou não a alienação de controle de uma companhia aberta. “Cabe esclarecer que, com base na Lei n o 6.385/76, na Lei n o 6.404/76 (notadamente o artigo 254-A) e na regulamentação do mercado de valores mobiliários, a alienação de controle de companhia aberta não depende de autorização da CVM, cabendo a esta Autarquia o registro de eventual oferta pública de aquisição de valores mobiliários”, diz a CVM na resposta ao ofício do Incra sul-mato-grossense. E continua: “Especificamente com relação à Eldorado Brasil Celulose SA, considerando que não há outros acionistas além de CA Investment (Brazil) SA e J&F Investimentos SA, não seria aplicável a realização de oferta pública de aquisição de ações.”

A continuação do julgamento do mérito da decisão em segunda instância que confirmou a decisão arbitral a favor da Paper Excellence — determinando a transferência do controle da Eldorado pela J&F — está prevista para o dia 24 de janeiro. O seguimento do julgamento deve ser na quarta-feira da próxima semana.

A Paper já detém 49% das ações e negociou a compra da fatia de 51% da J&F em 2017, mas a empresa tenta anular a venda sob o argumento de que a Paper não obteve autorização do Congresso Nacional e do Incra para adquirir terras no Brasil.

Em fato relevante emitido aos investidores recentemente, a Eldorado diz que recebeu nota do Incra comunicando que como a autorização do Congresso não foi obtida, a “solução” seria “o desfazimento do negócio” – e que a Junta Comercial do Estado de São Paulo e a CVM deveriam ser comunicadas.

O que diz a lei sobre venda de terras a estrangeiros?

A tentativa de cancelamento da venda se baseia em leis que restringem a compra de territórios nacionais por estrangeiros. De acordo nota técnica emitida pelo Incra em 21 de dezembro de 2023, o contrato de compra e venda celebrado entre a J&F e a CA Investment, subsidiária da Paper Excellence, demandava prévia autorização do Congresso Nacional e do próprio instituto em razão de a Eldorado ser proprietária e arrendatária de imóveis que seriam transferidos à empresa estrangeira.

A legislação exige autorização do Congresso em certos casos, como para aquisição ou arrendamento de áreas acima de 100 módulos de exploração indefinida por pessoas jurídicas estrangeiras requerem autorização prévia do Legislativo. As propriedades da Eldorado, que têm 14.464 hectares de terras, excedem esses limites.

Empresa deve expandir sua produção nos próximos anos

Independentemente do desfecho da disputa de acionistas entre a holding J&F e a indonésia Paper Excellence em torno de seu controle, a Eldorado Brasil continua se preparando para ampliar a produção. No mercado em que atua, o de celulose de fibra curta, a demanda global está firme, sobretudo na Ásia e na América do Norte, a queda de preços arrefeceu e as perspectivas de longo prazo são positivas. Não seria estranho que aportes para a expansão da fábrica da empresa em Três Lagoas (MS), que está perto do limite, fossem anunciados, mas o imbróglio que se arrasta há cinco anos trava qualquer passo nessa direção.

Informações: CompreRural.

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Nota J&F: Paper Excellence tem distorcido fatos incontroversos, divulgando inverdades

A J&F divulgou nota para esclarecimentos sobre o assunto, que mais recentemente, envolve nota técnica do Incra no caso de encerramento de contrato de venda bilionário

Nota da J&F Investimentos – A Paper Excellence tem distorcido fatos incontroversos, divulgando inverdades à imprensa. Órgãos como o Incra, a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério Público Federal (MPF) concluíram e reafirmaram em diversas ocasiões que era necessário que a Paper Excellence tivesse obtido autorizações legais prévias para compra e arrendamento de terras por estrangeiros antes da assinatura do contrato de compra da Eldorado.

Conforme a nota técnica do Incra, resultante de um processo administrativo no qual a Paper Excellence expôs seus argumentos, ficou estabelecido que o contrato “representa aquisição de empresa proprietária e arrendatária de imóveis rurais por empresa equiparada a estrangeira” e, portanto, obrigava a compradora “a requerer previamente à celebração do contrato junto às instâncias competentes (a saber, o Congresso Nacional por meio do Incra) as autorizações indeléveis ao caso”.

Devido a essas irregularidades, o Incra, em obediência aos pareceres da AGU, notificou a Junta Comercial do Estado de São Paulo e a Comissão de Valores Mobiliários para prevenir a finalização do negócio.

O posicionamento do Incra é tão evidente que o órgão solicitou atuar como assistente do Ministério Público Federal em uma Ação Civil Pública que busca a nulidade do contrato. A Paper Excellence recorreu contra a admissão do Incra como assistente, e perdeu por unanimidade.

Existe, conforme resolução normativa do Incra, a opção de desfazer o contrato voluntariamente para evitar futuras condenações que possam acarretar prejuízos adicionais gravíssimos para a Eldorado.

Lamentavelmente, a Paper Excellence mostra mais uma vez que não tem qualquer preocupação com os interesses da Eldorado, chegando ao ponto de ameaçar processar a própria companhia, da qual ainda é sócia minoritária, mediante a construção de uma interpretação mentirosa dos fatos e flagrantemente contrária à lei brasileira.

Informações: Assessoria de Imprensa J&F.

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Eldorado divulga informações falsas ao mercado para favorecer J&F em disputa bilionária

São Paulo, 9 de janeiro – A Paper Excellence, uma das maiores produtoras de papel e celulose do mundo, acusou os gestores da Eldorado Brasil Celulose de agir com deslealdade em favor da J&F na tentativa de obstruir a transferência do controle da companhia. Em notificação encaminhada nesta segunda-feira (08/01) ao diretor presidente da Eldorado, Carmine de Siervi Neto, a Paper alega que a empresa distorceu os efeitos jurídicos de uma nota técnica emitida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e transmitiu informações falsas ao mercado, promovendo campanha da J&F que busca descumprir obrigações contratuais.

Em comunicado ao mercado emitido no dia 02 de janeiro, a Eldorado havia sugerido desfazer o acordo de compra e venda firmado em 2017, informando que orientaria seus acionistas a adotar as providências cabíveis para tratar do cancelamento da aquisição. A orientação aconteceu a partir de uma manifestação em primeira instancia de técnicos do Incra em um processo administrativo, que orientaram pela busca de autorização do Congresso Nacional e demais órgãos competentes antes da transferência do controle da Eldorado, que tem contratos com proprietários de terras envolvendo imóveis rurais.

A Paper Excellence esclarece que a nota técnica do Incra é um ato administrativo sujeito a recurso, e representa um entendimento sobre um tema que já é objeto de processos em instâncias estaduais e no Supremo Tribunal Federal (STF). A exigência, ou não, de aprovações do Incra ou do Congresso Nacional para a transferência do controle da Eldorado será decidida pelo Poder Judiciário. “A Nota Técnica não será, em nenhuma hipótese, a última manifestação sobre este tema”, diz a notificação.

Além de sustentar que o Incra não teria poder jurisdicional para determinar a nulidade de um contrato debatido no foro apropriado, a Paper, na notificação, acusa os líderes da Eldorado de distorcer os termos da nota técnica do Incra. A empresa também diz que tomará as medidas necessárias para que os administradores da Eldorado sejam responsabilizados por sacrificar o melhor interesse da companhia e descumprir seus deveres legais e fiduciários para atender “interesses escusos da J&F”.

Ao contrário do que afirma o comunicado divulgado pela Eldorado, a nota técnica do Incra ressalta que qualquer desfazimento do negócio exigiria “comum acordo entre o adquirente ou transmitente”.

A Paper diz ainda na notificação que tomará medidas cabíveis perante a administração pública para reformar o ato administrativo que encampou a nota do INCRA. Para a Paper Excellence, a interpretação da autarquia não reflete o melhor entendimento acerca da validade e aplicação ao caso concreto das normas constitucionais e infraconstitucionais que regem a compra de terras rurais no Brasil, dado que, entre outras razões, a Paper comprou um complexo industrial produtor de papel e celulose, não tendo interesse em ser proprietária de terras rurais no Brasil.

Informações: Assessoria de Imprensa Paper Excellence.

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J&F define data para devolver R$ 3,77 bilhões pela rescisão de venda da Eldorado

Grupo dos irmãos Batista notificou a multinacional da Indonésia a desfazer a sociedade de forma consensual

A J&F, conglomerado empresarial brasileiro, anunciou a data para cumprir a determinação do Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária) e encerrar de forma consensual o contrato de venda da Eldorado Celulose à empresa indonésia Paper Excellence, firmado em 2017. A decisão do Incra de considerar nulo o negócio devido à ausência de cumprimento da legislação nacional levou a esse desfecho.

A notificação da J&F à Paper Excellence convoca um encontro para o próximo dia 23 de janeiro de 2024, às 9h30 (de MS), em um escritório de advocacia em São Paulo, para formalizar o distrato. A comunicação, assinada pelo presidente atual da J&F, Aguinaldo Ramos, reforça o compromisso de desfazer o contrato em acordo mútuo.

Nessa reunião, a J&F propõe a imediata devolução do montante pago pela Paper Excellence na aquisição das ações da Eldorado, ultrapassando a cifra de 3,77 bilhões de reais. Em contrapartida, a gigante brasileira comandada pelos irmãos Batista vai receber as mais de 750 milhões de ações que estão atualmente em posse da empresa indonésia. Em comunicado, a J&F diz que o “acordo destrava R$ 20 bilhões de investimentos na empresa de celulose, com criação de 10.000 empregos” na planta instalada em Três Lagoas.

A Eldorado, por sua vez, já comunicou tanto a J&F quanto a Paper sobre a nulidade reconhecida pela AGU (Advocacia Geral da União) e pelo Incra. A empresa emitiu uma notificação, no dia 2 de janeiro, solicitando voluntariamente o distrato do acordo de compra e venda até o dia 8 de janeiro, alinhando à recomendação da autarquia e respeitando as determinações da legislação nacional.

O embasamento para a invalidação do contrato reside na falta de autorização prévia do Congresso Nacional por parte da Paper Excellence para formalizar a aquisição da Eldorado em 2017, conforme exigido pela lei brasileira. O MPF (Ministério Público Federal) também emitiu parecer alinhado com o entendimento do Incra e da AGU nesse caso.

A Paper Excellence, por sua vez, garante que que o acordo de compra da Eldorado atende às preocupações do Incra, do MPF e da Justiça. De acordo com a empresa da Indonésia, o contrato não implica na aquisição de terras por estrangeiros, mas sim no controle de um complexo industrial de celulose. Até a publicação da reportagem a empresa não confirmou se participará da reunião de distrato.

“A Paper adquiriu uma fábrica de celulose, em que a madeira é insumo e não a atividade principal, não sendo necessário, portanto, ter propriedades rurais ou arrendamentos de terras. A Eldorado consome um volume significativo de sua madeira por meio de contratos de parcerias com proprietários de terras brasileiros, que não estão sujeitos a restrições relativas ao capital estrangeiro. A Eldorado Celulose é proprietária apenas de 5% (14.464 hectares) das terras que utiliza em sua operação, que estão localizadas em áreas urbanas – isso representa menos de 1% do preço pago pela Paper na transação de compra das ações da Eldorado (R$ 15 bilhões)”, diz trecho da nota.

Informações: Campo Grande News.

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Paper Excellence acusa Eldorado de deslealdade após J&F encerrar contrato de venda bilionário

A empresa marcou data e horário para anular o contrato e devolver os R$ 3,7 bilhões

Nesta semana, a J&F Investimentos S.A. notificou a Paper Excellence, afirmando que deve cumprir a recomendação do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de Mato Grosso do Sul. A nota técnica solicitava a nulidade da compra.

Ainda conforme a nota do Incra, a data limite para manifestação da J&F era nesta segunda-feira (8). Assim, a empresa se manifestou sobre o posicionamento do Incra, em pedido pela nulidade do contrato de compra e venda das ações da Eldorado, firmado em dezembro de 2017 com a Paper Excellencee.

Conforme a nota divulgada na íntegra pelo Poder 360, a J&F notificou a CA Investment a distratar o contrato. Para isso, foi convocada uma reunião entre as partes no dia 23 de janeiro, às 10h30, em São Paulo (SP).

Com isso, na oportunidade a J&F propõe receber as ações em posse da CA e imediatamente devolver o valor pago, equivalente a R$ 3.777.097.851,00. Assim, o grupo volta a ser o único proprietário da Eldorado.

Paper acusa Eldorado de deslealdade

Em nota emitida no fim da tarde de terça-feira (9), a Paper Excellence acusou os gestores da Eldorado Brasil Celulose de agirem com deslealdade, em favor da J&F, na tentativa de obstruir a transferência do controle da companhia.

“Em notificação encaminhada nesta segunda-feira (08/01) ao diretor presidente da Eldorado, Carmine de Siervi Neto, a Paper alega que a empresa distorceu os efeitos jurídicos de uma nota técnica emitida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e transmitiu informações falsas ao mercado, promovendo campanha da J&F que busca descumprir obrigações contratuais”, diz a nota.

Ainda na nota, a Paper também diz que tomará as medidas necessárias para que os administradores da Eldorado sejam responsabilizados “por sacrificar o melhor interesse da companhia e descumprir seus deveres legais e fiduciários para atender ‘interesses escusos da J&F’”.

Venda da Eldorado

Em outubro de 2023, a novela que virou a compra da Eldorado Celulose, em Três Lagoas, ganhou um novo capítulo. Em audiência da 1ª Vara Federal de Três Lagoas, procuradores disseram que o acordo de compra por parte da Paper Excellence deve ser anulado, já que a empresa não obteve autorização do Congresso Nacional para realizar a compra.

Acontece que a Paper Excellence é uma empresa de capital estrangeiro e, para adquirir terras no Brasil, precisa de autorização do Congresso Nacional. O que não ocorreu na época da compra da Eldorado Brasil, em 2017.

Desde então, a compra se arrasta em ações judiciais. Na audiência da última semana, o MPF (Ministério Público Federal) propôs acordo entre as partes onde a Paper Excellence tenha apenas parte das ações ou o desfazimento do negócio, conforme informações do Conjur.

Acontece que a J&F, proprietária da Eldorado e a compradora travam batalha judicial desde 2017, o que inviabilizaria totalmente um acordo entre as partes. Dessa forma, a J&F propôs devolver recursos já pagos em até 30 dias e assim se livrar de possíveis multas por ter feito um negócio irregular.

Disputa impede duplicação de fábrica

Há anos a Paper Excellence enfrenta uma guerra judicial com a J&F pelo controle da Eldorado Brasil. O impasse tem travado a duplicação da planta industrial localizada em Três Lagoas, que já tem projeto pronto para ser executado.

A Paper Excellence se comprometeu com o Governo de Mato Grosso do Sul a duplicar a planta da Eldorado, em Três Lagoas, quando a disputa judicial acabar. O projeto da segunda linha de produção da Eldorado está pronto, licenciado em termos ambientais e pago.

Na estimativa do Governo do Estado, em valores atuais, o investimento da Eldorado na duplicação da unidade passaria dos R$ 10 bilhões. A unidade tem capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano.

Informações: midiamax.

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Recompra de parte da Eldorado custaria R$ 3,8 bilhões ao grupo J&F

Grupo brasileiro trava disputa com sócia estrangeira desde que desistiu de venda de fábrica de celulose

O desfazimento do contrato de venda da Eldorado Celulose custaria à J&F Investimentos o desembolso de cerca de R$ 3,8 bilhões para o grupo indonésio dono da sócia Paper Excellence. A fábrica está instalada em Três Lagoas e há anos é alvo de uma disputa entre os grupos empresarias, com litígio já em várias esferas do Poder Judiciário.

Em 2017, os dois grupos fizeram negociação para a parceira estrangeira adquirir 49,5% das ações, no valor que eventualmente terá que ser devolvido, e pagar para obter o restante das ações no ano seguinte. Em nota, a Paper informou que a transação total envolve R$ 15 bilhões.

Ocorre que a J&F, no ano seguinte, desistiu de seguir com as tratativas, desencadeando primeiro uma arbitragem, na qual o sócio estrangeiro teve reconhecido o direito, e, depois, ação na Justiça Paulista e também na Justiça Federal, em Três Lagoas. Até ao STF (Supremo Tribunal Federal) alegou vício na transação.

Essa semana veio à tona novo capítulo, com a divulgação de um parecer, elaborado pelo Incra de Mato Grosso do Sul, que considera que as normas não foram plenamente cumpridas à época da aquisição. Por envolver empresa estrangeira, a legislação brasileira exige autorização do Poder Público (União e Congresso) quando envolver aquisição de áreas.

Como a empresa possui fazendas para cultivo da celulose, o Incra considerou que a situação estava ilegal. A J&F divulgou nota ao mercado apontando que a situação reforçava a hipótese de recompra de suas ações ou uma nova negociação dentro dos parâmetros legais.

A Paper também se manifestou por meio de nota, considerando que o documento do Incra não indica a obrigação de anulação do contrato, o que poderia ocorrer de comum acordo, pontua. A empresa argumenta que não se trata da compra de terras, mas de um empreendimento, um complexo industrial, cujas áreas envolvidas, para produção de matéria priva, compreendem apenas 5% do capital da transação (14,6 mil hectares).

A empresa sócia da J&F diz que a nota técnica envolve questão “pontual e irrelevante” da transação e compara que há muitas companhias estrangeiras realizando negócios no País, envolvendo a mesma área de atuação- celulose- ou outras, sem que represente violação às normas do Brasil sobre terras. Ainda apela às autoridades para a necessidade de haver segurança jurídica para os investimentos.

Essa mesma questão já estava sendo discutida pela Justiça Federal. Uma ação foi apresentada em Três Lagoas e ainda tramita com pedido de reconhecimento da nulidade da compra da empresa pela Paper por se tratar de um grupo empresarial estrangeiro.

Informações: Campo Grande News.

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Eldorado Brasil completa 11 anos batendo recordes de produção

A semana que começa nesta segunda-feira, 11 tem um significado muito especial para a família Batista, dona da J&F – maior grupo empresarial do Brasil. Na terça, dia 12, a fábrica de celulose Eldorado Brasil, de Três Lagoas (MS), completa 11 anos de operação batendo recordes de produção. No dia seguinte (13), José Batista Sobrinho – o Zé Mineiro, o patriarca da família, completa 90 anos.

José Batista Sobrinho, patriarca da família Batista, completa 90 anos na próxima quarta-feira, dia 13/12 (Foto: Divulgação)

Pode até parecer que essas duas histórias nem tenham conexão uma com a outra. Mas foi justamente a visão de futuro, herdada de Zé Mineiro que motivou a entrada da família num ramo que – até então – era completamente desconhecido para quem tinha se tornado, ao longo de algumas décadas, o maior produtor de proteína animal do mundo.

A decisão veio de uma “tumultuada” relação com o megainvestidor andradinense Mário Celso Lopes que, na época, era amigo próximo dos Batista. Passados 11 anos, os números da Eldorado Brasil colocam a fábrica como uma das mais rentáveis do mundo.

Considerada também uma das mais sustentáveis do setor, a eficiência operacional da fábrica chega a 96% e é referência para outras empresas.

Novo terminal portuário, em Santos (SP), triplicou capacidade de exportação da empresa (Foto: Divulgação)

Foi assim que a Eldorado Brasil, conseguiu antecipar – em um ano – a produção esperada para 11 anos. Em 2023, foi a vez de inaugurar o novo terminal portuário em Santos que triplicou a capacidade de exportação da empresa.

Os resultados divulgados no fim do terceiro trimestre já demonstravam motivos para se comemorar: “Mesmo em condições adversas no mercado de celulose, as operações da Eldorado tiveram mais um trimestre de destaque apresentando novos recordes trimestrais de produção e vendas”, afirmou, recentemente, Fernando Storchi, diretor de Financeiro e de Relações com Investidores da Eldorado.

Nesse mesmo período, a empresa comercializou 534 mil toneladas de celulose.

Na prática, esses resultados são consequência de uma empresa que soube “envolver” a comunidade local. Talvez esse, inclusive, seja um dos motivos pelo qual a Eldorado Brasil é considerada uma das mais lindas e bem cuidadas fábricas do setor.

O colaborador, na ponta, tem atitude de dono. Seus principais diretores vivem o dia-a-dia da cidade. Não é incomum encontrar quem veio de fora para trabalhar na Eldorado Brasil e, depois de um tempo, constituiu família, investiu em outros negócios em Três Lagoas e acabou motivando outros familiares a migrarem para o Mato Grosso do Sul.

Economicamente falando, os impactos são tão expressivos quanto os números da empresa. Além dos impostos arrecadados, só a Eldorado Brasil é responsável pela geração de mais de 4 mil empregos diretos.

Parte dessa turma, inclusive, participou – no último sábado, 9, de uma “churrascada” que – de certa forma – também evidenciou a grandeza da Eldorado Brasil.

Equipe Brutus serviu mais de 6 toneladas de alimento entre proteína e guarnições (Foto: Arthur Hassan)

Com um público de mais de 5 mil pessoas, entre colaboradores e familiares, a confraternização contou com a presença dos Brutus, equipe de churrasco mais consagrada de Mato Grosso do Sul, para assar e servir mais de 250 “costelas”, obviamente, todas da JBS Friboi.

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