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O capital humano como essência da revolução tecnológica florestal

*Artigo de Igor Dutra de Souza

O Brasil, um dos líderes globais no agronegócio florestal, enfrenta um desafio crescente: a escassez de mão de obra especializada. Com o setor em expansão, as empresas têm encontrado dificuldades para preencher as vagas necessárias para a ampliação e manutenção dos projetos florestais, um problema que exige soluções urgentes e inovadoras.

A silvicultura, uma das atividades que mais demanda mão de obra dentro do segmento, tem sido particularmente afetada. Para enfrentar esse déficit, a mecanização das operações surge como uma necessidade imperativa. No entanto, essa solução por si só não é suficiente. A procura por trabalhadores qualificados se intensificou, e as empresas precisam repensar suas estratégias, não apenas do ponto de vista operacional, mas também na gestão e no desenvolvimento de pessoas.

Ações estratégicas nos setores de Recursos Humanos (RH) e Treinamento e Desenvolvimento (T&D) são fundamentais para a ampliação da mão de obra especializada. Embora o investimento em novas tecnologias e maquinário seja importante para melhorar a performance, o sucesso reside na capacitação dos profissionais que “comandam” essas máquinas.

Cada função dentro do setor florestal exige um perfil específico de colaborador, e é essencial definir, com base em dados concretos, as habilidades técnicas e comportamentais (soft e hard skills) necessárias para cada cargo. Esse cuidado deve começar já no processo de Recrutamento e Seleção (R&S), onde a escolha dos candidatos precisa considerar não apenas as demandas imediatas, mas também o potencial de crescimento futuro dos colaboradores dentro da empresa. Assim, a cultura organizacional é fortalecida, e a necessidade por nova mão de obra é reduzida.

Nas empresas do setor florestal, o foco deve estar no desenvolvimento das características comportamentais dos colaboradores, uma vez que a parte técnica pode ser ensinada por profissionais mais experientes. A empatia, a humildade e a capacidade de trabalhar em equipe são essenciais para criar um ambiente de trabalho produtivo e harmonioso. Portanto, não é possível pensar em mecanização sem colocar as pessoas no centro da estratégia.

A Reflorestar Soluções Florestais, única empresa prestadora de serviços no país que fornece uma solução totalmente mecanizada em todas as etapas da cadeia de produção florestal, investe continuamente em treinamento e desenvolvimento dos seus colaboradores, tanto nas competências técnicas quanto nas comportamentais e emocionais.

As capacitações oferecidas aos colaboradores da Reflorestar têm como objetivo aprimorar as habilidades interpessoais e desenvolver equipes altamente eficientes, promovendo o desenvolvimento de suas competências emocionais e comportamentais. Essa abordagem contribui para a melhoria do desempenho tanto no âmbito profissional quanto no pessoal.

Tecnologias como simuladores, realidade virtual, inteligência artificial e drones têm sido incorporadas ao treinamento para atrair mão de obra. Contudo, para que essas inovações gerem resultados concretos, é essencial que sejam complementadas por um ambiente de trabalho que valorize o bem-estar dos profissionais. A empresa que não considera o RH um setor estratégico, terá que transformá-lo com urgência.

A evolução do setor florestal brasileiro depende de uma abordagem equilibrada que una tecnologia de ponta e valorização do capital humano. É necessário investir em pessoas para garantir um futuro sustentável e produtivo para o setor.


*Igor Dutra de Souza é Diretor Florestal da Reflorestar.

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Reflorestar vai à Finlândia conhecer as novidades da Ponsse

O gerente-geral da Reflorestar, Nilo Neiva, esteve na fábrica da empresa finlandesa e participou da FinnMETKO – um dos maiores eventos do setor florestal no país

A colheita florestal em áreas reflorestadas no Brasil utiliza equipamentos altamente automatizados e de precisão. Apesar disso, o setor segue em constante desenvolvimento para se antecipar aos desafios diários do segmento. Para conhecer as novidades do mercado internacional em máquinas de colheita, a Reflorestar Soluções Florestais esteve na Finlândia, visitando a fábrica da Ponsse e participando da feira FinnMETKO, no fim de agosto.

A convite da Timber, representante da Ponsse no Brasil, o gerente-geral de operações da Reflorestar, Nilo Neiva, esteve no centro mundial de distribuição de peças da empresa, na oficina mecânica e no centro de montagem dos equipamentos. “Acreditamos na inovação e na tecnologia para oferecer as melhores soluções para os nossos clientes. Presenciar diretamente o processo de fabricação dessas máquinas reforça nossa confiança e proporciona mais segurança ao determinar qual equipamento poderá ser utilizado em nossas atividades”, explica o gerente-geral.

A Ponsse é uma empresa finlandesa especializada na fabricação de máquinas florestais, particularmente colheitadeiras e forwarders, usados no corte, processamento e transporte de madeira. Ela está focada em desenvolver e melhorar a linha Cut-To-Length (CTL) – sistema utilizado na colheita florestal, caracterizado pelo corte, desgalhamento e processamento das árvores diretamente no local da colheita.

O CTL envolve o uso de duas principais máquinas, especialidades da Ponsse: o Harvester (que faz o corte da árvore, remove os galhos e a corta em toras de comprimento específico) e o Forwarder (que transporta as toras processadas da área de colheita até o local de carregamento ou armazenamento).

Cultura sustentável

Neiva foi recebido na empresa pelo Juha Vidgrén, filho do Einari, fundador da Ponsse. A empresa, assim como a Reflorestar, defende as florestas como solução sustentável, pois são renováveis. De acordo com Vidgrén, as máquinas são projetadas para as necessidades dos clientes, tendo como pilar as práticas ambientais.

A valorização dos colaboradores também chamou a atenção do gerente-geral de operações da Reflorestar. “Do projeto até a montagem, a cultura fala mais alto, uma combinação de foco, prazer e honestidade naquilo que fazem, e isso é visível no rosto das pessoas que ali trabalham”, comenta Neiva.

O gerente-geral aproveitou para conhecer a EPEC – empresa de desenvolvimento tecnológico dos equipamentos da Ponsse. “Percebemos que as inovações do setor estão alinhadas com a comunicação entre floresta, topografia, condições do clima, equipe e máquina. Sensores já são utilizados para bloquear as máquinas diante de declives e ventos fortes, por exemplo. A transmissão de dados entre o sistema das máquinas e os ERPs – sistema de gestão da empresa florestal – também é uma realidade”.

Feira florestal

A FinnMETKO é uma amostra das habilidades e tecnologias florestais desenvolvidas na Finlândia. O país é um dos mais fortes e influentes no setor florestal global. Aproximadamente 75% do território finlandês é coberto por florestas. A indústria do setor representa cerca de 20% das exportações locais e é responsável por muitos empregos diretos e indiretos.

A Finlândia é também líder no desenvolvimento de tecnologias florestais, como sistemas avançados de máquinas para colheita. O CTL é amplamente utilizado na região, além de automação e tecnologias de sensoriamento remoto para monitorar as florestas. O país é conhecido por adotar práticas de manejo florestal sustentáveis, com foco na regeneração das florestas e na minimização do impacto ambiental.

Para o gerente-geral, foi importante perceber que os “fornecedores florestais finlandeses se adaptam à demanda de seus clientes, produzindo ferramentas e máquinas para todos os tipos de necessidades, seja para grande, seja pequeno produtor. E tudo isso, respeitando os princípios sustentáveis”.

Essa viagem reafirma o compromisso da Reflorestar em manter uma atitude proativa ao estreitar sua relação com o setor de fabricação de equipamentos. “A troca de experiência agrega conhecimento para aprimorarmos, cada vez mais, nossas soluções. O mercado de colheita florestal brasileiro desempenha um papel crucial na economia e na preservação ambiental. E cabe a nós trabalharmos para um crescimento significativo do setor”, conclui Nilo Neiva.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Em quase 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br .

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Reflorestar vai ao Chile conhecer triturador por controle remoto

A máquina da FAE é muito utilizada para terrenos inclinados, oferecendo segurança para o operador e agilidade para o cliente

A limpeza de área e as roçadas são fundamentais para a silvicultura. Em terrenos declivosos de até 50°, o manejo é feito, predominantemente, de forma manual no Brasil, colocando operadores em possível situação de risco. Mas já existe no mercado internacional um triturador, controlado a distância por controle remoto, onde o operador fica até 150 metros da máquina, eliminando riscos e automatizando o processo. Para conhecer a novidade, a Reflorestar Soluções Florestais foi, na última semana de julho, até Concepción, no Chile, para conhecer o triturador RCU 75 da FAE em operação.

O gerente de Silvicultura, Paulo Gustavo Souza, viajou a convite da FAE – empresa italiana referência no mundo na fabricação de trituradores, e da Roder Máquinas e Equipamentos Ltda, representante da FAE no Brasil. Para Souza, essa máquina contribuirá para dar agilidade ao processo de silvicultura em solo brasileiro. “Viemos conhecer de perto o funcionamento deste triturador em área florestal chilena com declividade em condições semelhantes às encontradas no Brasil. Ele é como um trator autônomo, conduzido por rádio controle, muito eficiente para triturações mais leves, roçadas e limpeza de entrelinha de eucalipto, por exemplo”, explica Souza.

De acordo com o gerente de Silvicultura da Reflorestar este é um dos únicos equipamentos no mundo que consegue operar nesse grau de declividade e controlado a uma distância de 150 metros, proporcionando segurança durante o trabalho. Ainda não existe nenhum em operação no Brasil. “Geralmente, a limpeza de área e roçadas em terrenos inclinados expõem o operador ao risco por ter que subir e descer constantemente o local e usar ferramentas manuais cortantes, como foice. Um grande diferencial deste triturador é evitar a exposição dos operadores a possíveis acidentes, pois ela é operada a distância, permitindo que a pessoa fique segura em uma área plana”.

Produtividade

Um outro diferencial é o aumento de produtividade, já que o mesmo serviço é feito de modo automatizado, ganhando em eficiência e segurança. Além disso, o triturador pode ser otimizado para pulverizações, adubação, controle de mato e de formigas em áreas declivosas, atividades que são realizadas manualmente no Brasil. “Foi muito importante conhecer a máquina em funcionamento e como podemos transformá-la em mais uma solução para os clientes da Reflorestar. A segurança oferecida aos operadores é algo que a Reflorestar considera muito importante por ser um valor intrínseco da empresa”, comenta Souza.

Paulo Gustavo aproveitou para conhecer alguns modelos maiores de trituradores para serem adaptados em tratores agrícolas e carregadeiras, muito utilizadas no setor florestal para triturar árvores esparsas que ficam no meio do talhão, onde será plantado eucalipto e precisam ser retiradas.

O gerente de Silvicultura da Reflorestar estava acompanhado do gerente comercial da FAE, Conrado de Vita, que veio diretamente da Itália para a visita. Também estavam presentes o representante de vendas da RODER no Brasil, Marlos Schmidt; o gerente comercial da RAICO, Cristian Martinez, representante da FAE no Chile.

A visita foi um passo significativo na construção de uma parceria com a FAE, que está interessada em expandir seus investimentos na produção de novos equipamentos autônomos voltados para a silvicultura, e vê a Reflorestar como uma aliada essencial no desenvolvimento desse projeto.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo silvicultura, colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Em quase 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br

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Visita ao Canadá aproxima Reflorestar das novidades da Tigercat

Para conhecer as tendências de máquinas da marca canadense, o diretor florestal da Reflorestar esteve nas fábricas da Tigercat e acompanhou de perto a linha de montagem da empresa

O setor florestal brasileiro tem se destacado mundialmente por sua produtividade e pela qualidade dos produtos ofertados no mercado. De acordo com o Relatório Anual Ibá 2023, divulgado neste ano, o segmento foi o quarto no ranking de exportação do agronegócio no país, em 2022. Por traz dos grandes players do mercado, estão as empresas prestadoras de serviços (EPS), responsáveis por atividades, como silvicultura, colheita e carregamento de madeira em áreas plantadas.

Para contribuir com o desenvolvimento pujante do setor, a Reflorestar Soluções Florestais, única empresa prestadora de serviços no país que oferece uma solução totalmente mecanizada em todas as etapas da cadeia de produção florestal, está de olho nas novidades que as indústrias de máquinas e implementos estão ofertando.

Por esta razão, o diretor florestal da Reflorestar, Igor Dutra de Souza, esteve na primeira quinzena de julho, na sede da Tigercat, em Toronto, no Canadá. A convite da Tracbel, representante da marca no Brasil, Souza conheceu as fábricas e acompanhou de perto a linha de montagem de skidders da série 600, além de feller bunchers série 800, mulchers e cabeçotes.

“Visitas, como essas, são essenciais para o nosso processo decisório de quais máquinas e implementos vão ampliar o portfólio oferecido pela Reflorestar aos clientes. Ver de perto como ocorre a montagem aumenta a nossa confiabilidade e segurança na hora de escolher qual máquina comprar”, explica o diretor florestal da Reflorestar.

Produtividade

A visita foi acompanhada pelo diretor florestal Cairon Costa Faria e pelo diretor de vendas internacionais da Tigercat para o Hemisfério Sul, Gary Olsen. Eles apresentaram as estratégias adotadas pela marca para reduzir a dependência dos fornecedores externos, facilitando a produção das máquinas e respeitando a entrega final para o cliente. “A segurança, a qualidade e a produtividade são os pilares defendidos pela Tigercat, valores que foram percebidos, durante a nossa visita, em toda a linha de produção. Os equipamentos foram desenvolvidos para serem totalmente funcionais e eficientes, pontos que consideramos muito importantes para o nosso negócio”, comenta Souza.

A Reflorestar possui um skidder, da série 600, da Tigercat. A marca canadense de equipamentos florestais é líder de vendas desse modelo no Brasil. A Tracbel é a única distribuidora da marca no país. Com essa viagem, mais uma vez, a Reflorestar reforça sua postura proativa ao se aproximar do setor de produção de máquinas. “Tivemos oportunidade para discutir sugestões para que as máquinas e/ou implementos se adequem às necessidades florestais brasileiras. Também conhecemos alguns projetos estratégicos interessantes, que esperamos que, em breve, estejam disponíveis no Brasil”, conclui Souza.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo silvicultura, colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Em quase 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br

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Empresa Reflorestar investe em eficiência energética e sustentabilidade

Empresa reduziu o consumo de combustíveis e a emissão de CO2, impulsionando a produtividade

A busca por eficiência energética e práticas sustentáveis tem se destacado como uma prioridade para empresas do mercado florestal, que reconhecem a importância de alinhar suas operações aos princípios de sustentabilidade. A Reflorestar Soluções Florestais, única empresa prestadora de serviços no país que fornece uma solução totalmente mecanizada em todas as etapas da cadeia de produção florestal, tem se destacado em iniciativas que visam reduzir o consumo de combustíveis e emissões de CO2.

Para o diretor florestal, Igor Dutra de Souza, a adoção de máquinas modernas, profissionais capacitados e práticas inovadoras tem sido fundamental para alcançar a eficiência energética na empresa. “Em 2021, começamos uma reestruturação na empresa para oferecer aos clientes soluções com maior eficiência energética aliadas ao crescimento de produtividade.” 

Desde 2021, a empresa investiu cerca de R$ 37,7 milhões em máquinas e implementos mais modernos e eficientes. Esses investimentos resultaram em uma redução significativa no consumo de diesel e nas emissões de CO2. Por exemplo, as operações de colheita de árvores em áreas reflorestadas registraram uma redução de aproximadamente 330 mil litros de diesel de 2021 a 2023, evitando a emissão de mais de 850 toneladas de CO2 no meio ambiente.

Estas iniciativas proporcionaram um aumento na produtividade do sistema Full Tree ao longo dos anos. Em 2023, a Reflorestar alcançou uma média de 127,55 m³/h, superando a marca de 2021 que estava em 107,96 m³/h. A projeção para 2024 é ainda mais otimista, com uma estimativa de 140,17 m³/h.

Inovação e Sustentabilidade

A manutenção mecânica também é um ponto fundamental para a conquista dos valores sustentáveis. No ano passado, a Reflorestar desenvolveu a “Oficina de Afiação Móvel para Manutenção do Conjunto de Corte”, também conhecida como “Casinha de Afiação”. Essa inovação, focada na atividade de traçamento, contribuiu para a redução da necessidade de deslocamento de equipamentos, diminuindo assim o consumo de diesel e as emissões de CO2.

Além disso, a empresa enfatiza a importância da capacitação técnica e comportamental dos colaboradores para garantir a eficiência operacional e ambiental. “Os princípios sustentáveis fazem parte da nossa cultura empresarial, e nossos colaboradores são parte integrante desses valores”, destaca Souza.

A Reflorestar reafirma seu compromisso com a eficiência energética e a sustentabilidade, destacando esses valores como pilares estratégicos para o setor florestal. “Contribuir para a sustentabilidade ambiental e reforçar nossa responsabilidade corporativa são objetivos essenciais para o nosso crescimento sustentável”, conclui o diretor florestal.

Essas iniciativas da Reflorestar Soluções Florestais não apenas demonstram seu compromisso com o meio ambiente, mas também reflete uma tendência crescente no setor, onde empresas estão buscando soluções inovadoras para operar de forma mais sustentável e eficiente.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo silvicultura, colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Em quase 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br

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Reflorestar amplia sua frota para carregamento de madeira

Para conhecer as tendências de máquinas oferecidas pelo mercado, o gerente-geral de operações da empresa foi à China conhecer as inovações tecnológicas para o setor

O mercado florestal brasileiro está em franca expansão e para oferecer as melhores soluções, as empresas do setor precisam investir em novas máquinas e equipamentos que garantam eficiência e agilidade nos processos realizados. A Reflorestar Soluções Florestais acaba de fazer um investimento para turbinar o seu portfólio em carregamento de madeira. A empresa adquiriu mais duas escavadeiras Sany 2454, equipadas com garra de 1,35 m², para fortalecer as operações na região da Bahia.

“Decidimos intensificar ainda mais a nossa capacidade, visando sempre a eficiência e a segurança de nossas operações. O desempenho que estamos conquistando com essas máquinas no carregamento de madeira nos impulsiona para mais resultados e um atendimento eficaz das necessidades dos nossos clientes”, explica o gerente-geral de operações da Reflorestar, Nilo Neiva.

Sany 2454.

A empresa já possuía seis máquinas deste mesmo modelo, que somadas aos demais modelos/marcas, perfazem um total de 25 escavadeiras dedicadas, exclusivamente, para o carregamento de madeira. “Essa renovação reitera nosso compromisso de basear nossas atividades e procedimentos em tecnologia avançada, visando à excelência e eficiência. A incorporação de novos equipamentos fortalece nossas práticas de manutenção e assegura a pontualidade de nossas entregas”, garante Neiva.

China

E de olho no futuro e na inovação tecnológica, Neiva esteve, no fim de março, na China para conhecer as principais tendências do mercado de máquinas. Ele visitou a fábrica da Sany de escavadeiras, pás carregadeiras, caminhões elétricos e o campo de testes dos equipamentos. O encontro foi liderado pelo vice-presidente da Sany, Wang Zhen, e seus engenheiros de projetos. A viagem foi um convite da empresa Timber, distribuidora Sany no Brasil, marca que representa parte do maquinário da Reflorestar.

“Percebemos que o futuro já chegou no mundo das máquinas e equipamentos que o mercado tem a oferecer para o setor florestal. A evolução da autonomia dos carros elétricos, por exemplo, já é uma realidade. Cerca de 40% das carregadeiras vendidas pela Sany no mercado chinês, são elétricas. Como um dos nossos compromissos é com a sustentabilidade, voltamos para o Brasil com novas perspectivas e ideias para a Reflorestar”, comenta entusiasmado o gerente-geral de operações.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Em quase 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br

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Capacitação amplia presença das mulheres em trabalho na área florestal

Profissionais indicam que é preciso vencer medos e se aprimorar para conquistar espaços

Como uma mulher – sozinha – pode fazer o traçamento de centenas de árvores de eucalipto ou carregar esse material, em poucos minutos, sem suar, sem se machucar e, até mesmo, sem atrapalhar a maquiagem? A resposta é: pilotando uma garra traçadora ou uma grua de carregamento, entre outras máquinas pesadas para as quais se preparam para trabalhar na rotina do campo.

Este cenário fica cada dia mais comum no meio rural, ainda mais em empresas que investem na mecanização de suas atividades. Nelas, a presença masculina, ainda que predominante em algumas atividades, não é deixada de lado, mas passa a conviver com a atuação feminina. Afinal, há espaço para todos.

Além disso, trabalhar em atividades que eram exclusivas para homens pode representar a realização de um sonho, para muitas. Este é o caso de três mulheres que trabalham no interior da Bahia e de Minas Gerais.

“A primeira vez que eu vi uma máquina dessas, tive a certeza de que era o que queria para mim”, lembra a operadora Lucilene Soares Santos Cruz. Ela trabalha como operadora de máquina florestal, no comando de uma garra traçadora de 36 toneladas, na Reflorestar Soluções Florestais, no Norte de Minas. Mas, Lucilene, operar máquinas pesadas no campo realmente é serviço para mulher? “Sim! Basta se qualificar”, ensina.

“Qualquer mulher, hoje em dia, pode operar uma máquina pesada. Basta que ela queira. E quando a gente quer, a gente corre atrás daquilo para se aperfeiçoar, para melhorar e aprender sempre”, concorda a operadora de grua de carregamento, na mesma empresa, Raiane Amaral da Silva. Raiane trabalha na atividade de carregamento de madeira no interior da Bahia.

Busca de capacitação

A pesquisa “Elas fazendo história”, de 2021, aponta que, para 64% das entrevistadas, a desigualdade de gênero ainda existe no agronegócio. Porém, 79% delas reconhecem que a situação naquele ano era melhor do que há uma década. Os números apontam ainda outro dado importante: entre as maiores preocupações das trabalhadoras do agronegócio está a opção “melhorar a minha capacitação profissional”, resposta que veio de 95% das entrevistadas.

O levantamento foi realizado pela entidade Agroligadas, em parceria com a Associação Brasileiras do Agronegócio (Abag), com o Sicred e com a Corteva Agriscience. O estudo trouxe dados sobre a participação feminina no agronegócio brasileiro e ouviu 408 mulheres que atuavam no agronegócio, de norte a sul do Brasil. A íntegra está disponível em e-book no site da entidade.

A operadora Raiane sabe que a capacitação no agro tem sido cada vez mais fundamental. Ela viu a possibilidade de atuar na profissão, quando soube que a Reflorestar abriria um processo seletivo especial apenas para mulheres. “E eu me joguei e fui passando pelas etapas. E sempre tive aquilo comigo: vou passar em tudo. Hoje, é uma área que eu amo”, reafirma. A empresa selecionou as colaboradoras e, depois, as capacitou para o trabalho. “Veio aquele medo inicial, mas eu falo que é um eco que a gente tem que silenciar dentro de nós. Você tem que amar o que você faz e, principalmente, fazer com segurança”, alerta Raiane.

Liderança capacitada

A capacitação também prova que, nos cargos de liderança em várias áreas do agronegócio, as mulheres também marcam presença. Engenheira florestal e administradora de empresas, Miliana Rui, é gerente de operações florestais na Reflorestar Soluções Florestais e atua no distrito de Posto da Mata, em Nova Viçosa (BA). Ela trabalha no agro desde 2004, quando ingressou como técnica agrícola, no Espírito Santo, estado onde nasceu.

“Quando comecei, eu era a única mulher atuando em silvicultura na região em que trabalhava e era encarregada de turma. Mesmo sendo a única mulher, sempre fui respeitada e acho muito tranquilo liderar pessoas do sexo masculino”, afirma ela, que além das duas graduações, também possui MBA em Gestão Empresarial, pela Fundação Getulio Vargas. Mesmo com o currículo calibrado, ela ainda passa por treinamentos constantes na empresa em que trabalha junto dos colegas.

Dados do último Censo Agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2006 e 2017, indicam que, no segmento agro como um todo, o aumento de mulheres à frente da tomada de decisões foi de 28%. Por sua vez, o aumento de mulheres na liderança – mas apenas de estabelecimentos agropecuários – aumentou 46%, em Minas Gerais. Em 2006, eram 59,3 mil estabelecimentos agropecuários liderados por elas no estado. Em 2017, eram 86,7 mil.

Miliana acredita que toda empresa tem conquistas quando investe em capacitação e treinamento dos colaboradores – homens ou mulheres. “O gestor que se atenta para isso, tem mais tempo de olhar para o que realmente precisa e não fica apagando fogo de problemas o tempo todo”, descreve, sobre sua atuação, que também vai de encontro com a filosofia de trabalho da Reflorestar.

Fortaleza, sem perder a essência

Miliana Rui define que as mulheres que atuam na área florestal têm “perfil desbravador”. E quando alguém bate o olho em uma mulher que atua nesta área já dizem: “Essa mulher é forte”. “Para eu ser boa na área em que atuo, percebi que precisava ter a capacidade de adaptação com o ambiente. É preciso desenvolver a humildade, sem perder a nossa essência – e cada mulher tem a sua e merece ser respeitada. A área florestal é um grande aprendizado”, avisa a gestora.

Para Miliana, sua profissão não a impede, por exemplo, de ser feminina e de viver esta que é a sua essência pessoal. “Eu me cuido muito. Uso todos os EPIs (equipamento de proteção individual), abuso do protetor solar, minhas unhas estão sempre feitas e levo uma vida fitness”, descreve-se.

Por sua vez, a operadora Raiane Amaral da Silva, afirma com todas as letras: “Eu tenho orgulho de mim!”. Ela faz questão de acrescentar que o filho dela também se orgulha da mãe operadora de máquinas pesadas. “Agradeço a Deus e à equipe da Reflorestar, por ter aberto esta oportunidade para as mulheres. Você que é mulher e quer entrar nesse ramo florestal, lembre-se: tudo é possível”, anuncia.

Lucilene diz que o trabalho na área lhe traz alegrias diárias e recorre a um trecho bíblico para justificar a escolha inusitada que fez ao escolher a carreira de operadora de máquinas: “Sejam fortes e corajosos. Não tenham medo nem fiquem apavorados por causa delas, pois o Deus vai com vocês”. “Vivo assim, colocando uma pedrinha de cada vez na minha bagagem e tendo a oportunidade de contemplar a natureza deixada para nós no trabalho no campo: pode ser uma chuva de estrelas cadentes no céu ou a perfeição de um arco-íris no horizonte”, diz, cheia de gratidão. 

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, é especializada em soluções florestais 100% mecanizadas, incluindo silvicultura, colheita, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes. Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Em quase 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br

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Com distribuição recorde, Paraná vai alcançar 10 milhões de mudas plantadas em 2024

O ano de 2023 deixou o Paraná mais verde. O IAT entregou 1.850.427 mudas de espécies nativas em todo o Estado, um aumento de 6% em relação a 2022. Esse foi o maior volume de distribuição desde 2019, quando o programa Paraná Mais Verde foi implementado pelo Governo do Estado. Nos últimos cinco anos, o projeto superou a marca de nove milhões e 300 mil plantas, o equivalente a 8.300 campos de futebol de restauração florestal. A perspectiva, ao manter a média, é que o Paraná alcance 10 milhões de mudas distribuídas ainda neste semestre. O gerente de restauração ambiental do IAT, Mauro Scharnik, destacou fatores que colaboraram com esse resultado.

Ele reforça que boa parte das autorizações ambientais ou penas por supressão vegetal emitidas pelo IAT incluem como condicionante o replantio com plantas na nativas do Estado, fornecidas em grande parte pelo instituto.

De acordo com levantamento da diretoria de Patrimônio Natural do órgão ambiental, os núcleos regionais de Curitiba, Guarapuava e Campo Mourão lideraram o ranking de distribuição, respondendo por 30% do total de plantas. As mudas que ajudam no reflorestamento do Paraná são cultivadas nos 19 viveiros florestais e nos dois laboratórios de sementes do IAT. O órgão produz plantas de mais de 100 espécies diferentes, incluindo 25 ameaçadas de extinção, como a araucária e a imbuia.

O programa foi criado em 2019 e tem como objetivo despertar a consciência ambiental e aliar o desenvolvimento ambiental, econômico e social, por meio da produção e plantio de árvores nativas nas áreas urbanas e rurais. As mudas são plantadas em locais que precisam ser recuperados ou melhor arborizados, bem como incentivar a população a cultivar árvores para colaborar no equilíbrio do clima.

Informações: GOVPR.

Imagem: Blog da Plantei.

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Nova metodologia projeta crescimento de árvores nativas, elevando rentabilidade de restauração florestal

Pesquisa usou como base dados de 13 áreas de recuperação ecológica na Mata Atlântica e dez espécies de interesse da indústria madeireira; resultado é publicado em meio à Década da Restauração da ONU

O tema da restauração florestal tem ganhado destaque nos últimos anos tanto na iniciativa privada e no mercado financeiro como na academia e entre governos, principalmente no caso do Brasil, que assumiu o compromisso, desde o Acordo de Paris, em 2015, de recuperar com floresta nativa 12 milhões de hectares, ou seja, praticamente o equivalente ao território da Coreia do Norte. No entanto, as iniciativas ainda dependem do caro processo de plantio de árvores e padecem com a falta de dados sobre o crescimento das espécies e do total de áreas recuperadas.

Pesquisa publicada na revista científica Perspectives in Ecology and Conservation contribui com o avanço do setor. Mostra que a aplicação de métodos silviculturais em projetos de restauração florestal em larga escala pode aumentar a produtividade e a rentabilidade, viabilizando o abastecimento da indústria madeireira e reduzindo a pressão sobre os biomas naturais, como a Amazônia.

Os cientistas concluíram que, para alcançar alta produtividade, as cadeias de valor da restauração devem incorporar critérios específicos envolvendo uma combinação de espécies nativas; modelos de crescimento das árvores que permitam montar os planos de manejo e colheita com prazos mais curtos; bem como aliar o desenvolvimento de pesquisa e inovação a tratamentos silviculturais.

Liderado pelo engenheiro florestal Pedro Medrado Krainovic, o estudo criou um modelo que projeta o tempo de crescimento de espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica até que elas obtenham “maturidade” necessária para atender à indústria madeireira. Normalmente, as taxas de crescimento para comercialização são definidas de acordo com o tempo que a árvore leva até atingir 35 centímetros de diâmetro.

Com o novo método, os pesquisadores obtiveram uma redução de 25% no tempo de colheita e um aumento de 38% da área basal das árvores. Isso representou uma antecipação média de 13 anos na idade ideal do corte.

“Identificamos os padrões de produtividade versus tempo, o que fornece o indicativo de quando uma dada espécie pode ser manejada para obtenção de madeira para o mercado. Isso ajuda a dar viabilidade à restauração florestal em larga escala, melhorando sua atratividade para proprietários de terra e indo ao encontro dos acordos globais pró-clima. Com base nos nossos dados, projetamos um cenário em que o conhecimento silvicultural estaria melhorado, proporcionando uma restauração mais atrativa para as múltiplas partes interessadas“, diz Krainovic, que desenvolveu o trabalho durante seu pós-doutorado no Laboratório de Silvicultura Tropical (Lastrop) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, vinculada à Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

projeto foi conduzido no âmbito do Programa BIOTA-FAPESP. Também recebeu apoio por meio de outros quatro projetos, entre eles o Temático “Compreendendo florestas restauradas para o benefício das pessoas e da natureza – NewFor“ e as bolsas de estudo concedidas aos pesquisadores Danilo Roberti de Almeida (18/21338-3), Catherine Torres de Almeida (20/06734-0) e Angélica Faria de Resende (19/24049-5), coautores do artigo.

O trabalho foi supervisionado pelos pesquisadores Ricardo Ribeiro Rodrigues, do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (Lerf), e Pedro Brancalion, vinculado ao Lastrop e ao projeto BIOTA Síntese.

Contexto

Mesmo tendo sido eleita pelas Nações Unidas (ONU) em 2022 como uma das dez referências mundiais em restauração, a Mata Atlântica é o bioma brasileiro que mais perdeu área florestal até hoje. Dos cerca de 140 milhões de hectares no Brasil, restam 24% de cobertura florestal. Desse total, somente 12% correspondem a florestas bem conservadas (cerca de 16,3 milhões de hectares), segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica.

Porém, os esforços para conter o desmatamento vêm conseguindo resultados positivos – queda de 42% entre janeiro e maio de 2023 em relação a 2022 (de 12.166 hectares devastados para 7.088 hectares) –, além de as ações de restauração terem surtido efeito. Em 2021, a ONU estabeleceu até 2030 a Década da Restauração de Ecossistemas, um apelo para a proteção e revitalização dos ecossistemas em todo o mundo, para o benefício das pessoas e da natureza.

“A restauração precisa ter mais dados que tragam horizontes favoráveis de uso do solo. Para uma política pública, é preciso ter mais informações que suportem as tomadas de decisão. E esse artigo serve de várias formas, inclusive com uma lista de espécies que pode oferecer subsídios para o proprietário de terra. Abre uma porta para o enriquecimento de restauração florestal com finalidade econômica, mais atrativa e atingindo múltiplos objetivos, como devolver serviços ecossistêmicos a determinadas áreas”, explica Krainovic.

Os resultados do estudo devem alimentar o programa Refloresta-SP, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado, que tem, entre seus objetivos, a restauração ecológica, a recuperação de áreas degradadas e a implantação de florestas multifuncionais e de sistemas agroflorestais.

Krainovic morou por 12 anos na Amazônia e trabalhou não só em projetos de recuperação de áreas degradadas usando espécies arbóreas com potencial econômico como em cadeias produtivas de produtos florestais não madeireiros que abastecem a indústria de cosméticos, como sementes, óleos essenciais e manteigas. “Um diferencial da minha trajetória é não ter ficado somente na academia. Conheço como são as empresas, a interface com os povos tradicionais nessas cadeias produtivas e a área acadêmica”, completa.

Passo a passo

O estudo analisou uma cronossequência de 13 áreas de restauração florestal não manejada distribuídas pelo Estado de São Paulo, que se encontravam em diferentes estágios – entre seis e 96 anos de plantio. Essas regiões têm uma mistura diversificada de espécies nativas – entre 30 e 100 –, o que contribui para a promoção de serviços ecossistêmicos com características semelhantes às da floresta espontânea.

Os cientistas escolheram dez espécies arbóreas nativas comerciais, com diferentes densidades de madeira e historicamente exploradas pelo mercado. São elas: guatambu (Balfourodendron riedelianum); jequitibá-rosa (Cariniana legalis); cedro-rosa (Cedrela fissilis); araribá (Centrolobium tomentosum); guarantã (Esenbeckia leiocarpa); jatobá (Hymenaea courbaril); acácia-amarela (Peltophorum dubium); ipê-roxo (Handroanthus impetiginosus); aroeira (Astronium graveolens) e pau-vermelho ou cabreúva (Myroxylon peruiferum).

Atualmente, a maioria dessas espécies é protegida por lei e não pode ser vendida legalmente porque são endêmicas da Mata Atlântica e do Cerrado e estão ameaçadas de extinção. No entanto, algumas, como jatobá e ipê-roxo, ainda são exploradas na Amazônia.

Para cada uma delas foram desenvolvidos modelos de crescimento, com base nos dados coletados nos plantios. Com as curvas de crescimento foi aplicado o método GOL (sigla em inglês para Growth-Oriented Logging), para determinação de critérios técnicos de manejo, incluindo um cenário otimizado focado na produção de madeira.

Após testes iniciais, os pesquisadores modelaram o crescimento do diâmetro e da área basal de cada espécie selecionada ao longo da cronossequência. Foram construídos cenários de produtividade usando os 30% maiores valores de diâmetro encontrados para cada espécie por local e idade, o “cenário otimizado”, que representa a aplicação de tratos silviculturais, proporcionando maior produtividade.

As espécies foram classificadas usando o tempo necessário para atingir os 35 centímetros de diâmetro para a colheita em três faixas: crescimento rápido (menos de 50 anos), intermediário (50-70 anos) e lento (maior que 70 anos). Ao aplicar a abordagem GOL, foram agrupadas em taxa de crescimento rápida (menor que 25 anos); intermediária (25-50 anos); lenta (50-75 anos) e superlenta (75-100 anos).

O cenário otimizado teve o tempo de colheita reduzido em 25%, representando uma antecipação média de 13 anos na idade ideal de colheita.

As exceções foram o jequitibá-rosa e o jatobá, que apresentaram seu período ideal de colheita prolongado, mas a área basal aumentou mais de 50%. Por outro lado, o cedro-rosa teve redução de 36,6% na área basal de colheita (646,6 cm2/árvore), mas uma antecipação de 47 anos em tempo de colheita (51% mais rápido que o GOL).

No total, nove das dez espécies atingiram diâmetro de 35 cm antes dos 60 anos – a exceção foi o guarantã, com alta densidade de madeira.

O estudo Potential native timber production in tropical forest restoration plantations pode ser encontrado em: www.perspectecolconserv.com/en-potential-native-timber-production-in-avance-S2530064423000640.

Informações: Agência FAPESP.

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UFV elabora zoneamento para implantação de florestas na Colômbia

A UFV entregou ao Ministério da Agricultura da Colômbia um projeto de zoneamento florestal para desenvolver a economia da região denominada Orinoquia, na fronteira com a Venezuela. O projeto prevê a substituição de pecuária extensiva por espécies florestais e frutíferas, que, segundo os coordenadores, geram mais emprego, renda e estão de acordo com a exigência mundial de promoção de sequestro de carbono da atmosfera, reduzindo os impactos das mudanças climáticas. O trabalho na Colômbia deve-se ao resultado de uma concorrência internacional vencida pela Universidade.

O zoneamento da região do Orinoquia é parte do Biocarbono, um grande projeto de desenvolvimento patrocinado pelo Banco Mundial com recursos internacionais. O documento foi apresentado à vice-ministra da Agricultura da Colômbia, Aura Maria Rojas, durante um seminário realizado na capital, Bogotá, no dia 21 de novembro.

O projeto é coordenado pelo professor Gleison dos Santos, do Departamento de Engenharia Florestal (DEF), e diretor científico da Sociedade de Investigações Florestais (SIF), que gerencia a parceria da UFV com o governo da Colômbia. Há cerca de um ano, ele e os professores Sebastião Valverde, também do DEF; Júlio Neves e João Carlos Ker, do Departamento de Solos (DPS), e André Luiz Lopes de Faria, do Departamento de Geografia, além de Gabriel Braune, da Universidade Federal do Espírito Santo, trabalharam na elaboração do zoneamento da região. Os especialistas avaliaram as condições de solo e clima para adaptação e implantação de árvores frutíferas, como os cajueiros, e de gêneros florestais já bastante conhecidos e com potencial econômico para a região, como o eucalipto, pinus, bambu e corymbia.

Logo após o seminário, os professores Gleison e André seguiram para uma viagem de campo pela bacia do rio Orinoco, com empresários e técnicos de diversas empresas do setor florestal no Brasil, interessados em conhecer o potencial de negócios na região. Além da implantação de plantios florestais, o projeto de zoneamento prevê a possibilidade de compra, parcerias, arrendamento e fomentos para pequenos produtores colombianos e, futuramente, plantas industriais para a produção de celulose.

Várias pessoas, na maioria homens, posam para a foto em meio ao duas longas fileiras de eucaliptos.

De acordo com o professor Gleison, a Orinoquia é uma região de planícies, com solo e clima muito semelhantes aos do Cerrado brasileiro, o que facilita a adaptação das espécies florestais. Atualmente, a pecuária extensiva é a principal atividade econômica da região, com 0,1 cabeça por hectare; ou seja, é muito pouco produtiva. A bacia do rio Orinoco é formada por três grandes rios, o que favorece ainda o escoamento da produção para exportação. “Tem sido uma experiência para todos nós colaborar com o governo de outro país em uma área na qual a UFV já tem muita experiência e expertise, que é a de florestas plantadas. Temos certeza de que o trabalho também irá ajudar no desenvolvimento econômico daquele país”, disse o professor.

Uma pequena embarcação branca e azul navega por um rio largo de águas calmas. Ao longe, a margem formada por morros baixos.

Defesa internacional

Na mesma expedição à Colômbia, a mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal da UFV Juliana Neves defendeu sua dissertação em Bogotá, com banca formada pelos professores André Faria e César Polanco, da Colômbia. O trabalho teve como tema Zoneamento da área produtiva e recomendação de espécies para plantio florestal comercial na Orinoquia Colombiana .

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