*Artigo de Igor Dutra de Souza
O Brasil, um dos líderes globais no agronegócio florestal, enfrenta um desafio crescente: a escassez de mão de obra especializada. Com o setor em expansão, as empresas têm encontrado dificuldades para preencher as vagas necessárias para a ampliação e manutenção dos projetos florestais, um problema que exige soluções urgentes e inovadoras.
A silvicultura, uma das atividades que mais demanda mão de obra dentro do segmento, tem sido particularmente afetada. Para enfrentar esse déficit, a mecanização das operações surge como uma necessidade imperativa. No entanto, essa solução por si só não é suficiente. A procura por trabalhadores qualificados se intensificou, e as empresas precisam repensar suas estratégias, não apenas do ponto de vista operacional, mas também na gestão e no desenvolvimento de pessoas.
Ações estratégicas nos setores de Recursos Humanos (RH) e Treinamento e Desenvolvimento (T&D) são fundamentais para a ampliação da mão de obra especializada. Embora o investimento em novas tecnologias e maquinário seja importante para melhorar a performance, o sucesso reside na capacitação dos profissionais que “comandam” essas máquinas.
Cada função dentro do setor florestal exige um perfil específico de colaborador, e é essencial definir, com base em dados concretos, as habilidades técnicas e comportamentais (soft e hard skills) necessárias para cada cargo. Esse cuidado deve começar já no processo de Recrutamento e Seleção (R&S), onde a escolha dos candidatos precisa considerar não apenas as demandas imediatas, mas também o potencial de crescimento futuro dos colaboradores dentro da empresa. Assim, a cultura organizacional é fortalecida, e a necessidade por nova mão de obra é reduzida.
Nas empresas do setor florestal, o foco deve estar no desenvolvimento das características comportamentais dos colaboradores, uma vez que a parte técnica pode ser ensinada por profissionais mais experientes. A empatia, a humildade e a capacidade de trabalhar em equipe são essenciais para criar um ambiente de trabalho produtivo e harmonioso. Portanto, não é possível pensar em mecanização sem colocar as pessoas no centro da estratégia.
A Reflorestar Soluções Florestais, única empresa prestadora de serviços no país que fornece uma solução totalmente mecanizada em todas as etapas da cadeia de produção florestal, investe continuamente em treinamento e desenvolvimento dos seus colaboradores, tanto nas competências técnicas quanto nas comportamentais e emocionais.
As capacitações oferecidas aos colaboradores da Reflorestar têm como objetivo aprimorar as habilidades interpessoais e desenvolver equipes altamente eficientes, promovendo o desenvolvimento de suas competências emocionais e comportamentais. Essa abordagem contribui para a melhoria do desempenho tanto no âmbito profissional quanto no pessoal.
Tecnologias como simuladores, realidade virtual, inteligência artificial e drones têm sido incorporadas ao treinamento para atrair mão de obra. Contudo, para que essas inovações gerem resultados concretos, é essencial que sejam complementadas por um ambiente de trabalho que valorize o bem-estar dos profissionais. A empresa que não considera o RH um setor estratégico, terá que transformá-lo com urgência.
A evolução do setor florestal brasileiro depende de uma abordagem equilibrada que una tecnologia de ponta e valorização do capital humano. É necessário investir em pessoas para garantir um futuro sustentável e produtivo para o setor.
*Igor Dutra de Souza é Diretor Florestal da Reflorestar.