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Inovação: plantio mecanizado de mudas florestais vira realidade na Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS)

A empresa é a primeira no setor a operar o primeiro módulo mecanizado de plantio de eucalipto, em Ribas do Rio Pardo (MS)

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está operando o primeiro módulo mecanizado de plantio de eucalipto do mundo, em Ribas do Rio Pardo (MS). A inovação no setor é resultado da parceria com a japonesa Komatsu, uma das maiores fabricantes do mundo de equipamentos para construção, mineração e florestal. As duas empresas desenvolveram a patente da Planter D61 e foram responsáveis pelas adequações do maquinário à especificidade da operação florestal. Com isso, o módulo tornou-se o primeiro a ser considerado viável para ser conduzido em escala comercial, demandando também um programa de capacitação para os(as) colaboradores(as) responsáveis por sua operação.

As Planters são máquinas do tipo esteira, rápidas, seguras e confortáveis para os(as) operadores(as), possuem sistema de localização por satélite e realizam o plantio irrigado e mapeamento automático das mudas. O processo de implantação da nova tecnologia teve início em julho do ano passado. Desde então, foram realizados diversos testes de eficiência e ajustes até que todo o módulo fosse automatizado. Atualmente, o módulo conta com quatro Planters e já emprega 10 pessoas operadores(as), sendo que cada máquina tem capacidade de plantar três linhas de mudas de forma simultânea a uma produtividade de 0,75 hectare por hora, o que equivale a quase um campo de futebol profissional.

“O Projeto Cerrado foi concebido para fazer da nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo uma das mais modernas e competitivas do mundo, inovações estas que também se aplicam ao setor florestal com foco na ecoeficiência”, enfatiza Maurício Miranda, diretor de Engenharia da Suzano.
“Foram anos de trabalho intenso, entre pesquisas, estudos e testes, para o desenvolvimento da Planter D61, inovação que coloca a Suzano mais uma vez na vanguarda em novas tecnologias florestais. Estamos falando de um sistema pioneiro de plantio mecanizado, que assegura, além da maior eficiência em nossas operações, maior segurança e bem-estar para os nossos colaboradores no campo”, destaca Luiz Carlos Cabral, gerente executivo de Silvicultura da Suzano no Mato Grosso do Sul.

Foram mais de cinco anos de pesquisas até que a Planter entrasse em operação. Além da alta produtividade proporcionada pela inovação, a adoção da máquina também fornece uma condição melhor de trabalho para os(as) operadores(as), uma vez que os maquinários são mais seguros, dotados de ar-condicionado, sistema de localização por satélite e capacidade completa de operar em todos os estágios de plantio do eucalipto em um só equipamento.

Qualificação profissional

Devido ao pioneirismo do módulo, a formação das pessoas que operam as Planters foi realizada pela própria Suzano, em parceria com a Komatsu. Boa parte dos operadores e operadoras é composta por pessoas residentes na região de Ribas do Rio Pardo, que tiveram a oportunidade de se qualificar dentro do módulo de plantio florestal da empresa.

“Ao colocarmos uma máquina totalmente nova para operar, tornou-se necessário formar a mão de obra especializada. Com isso, conduzimos um processo completo de qualificação das pessoas que já faziam parte da própria equipe, em que ajudantes de colheita foram qualificados e se tornaram operadores. Ao investirmos nesses trabalhadores estamos contribuindo para gerar e compartilhar valor com a sociedade, como estabelece um de nossos direcionadores”, complementa Rodrigo Zagonel, gerente executivo florestal da Suzano.

O operador Avelino Aguero, de 40 anos, integra o módulo mecanizado desde dezembro de 2021. Ele foi contratado pela Suzano após concluir um dos cursos de qualificação oferecidos pela empresa em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e conta que fazer parte desse primeiro módulo mecanizado do mundo é motivo de grande orgulho. “Desde o início, minha adaptação com a Planter D61 foi muito boa, graças à oportunidade que tive de fazer o curso de operadores de máquinas agrícolas, de ser selecionado para fazer parte desse time e por ter ao meu lado profissionais altamente qualificados que tiveram paciência e compressão para me ensinar. Espero que eu possa compartilhar todo esse aprendizado com aqueles que estão chegando”, acrescenta.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Jovens Talentos: MS Florestal forma primeiras turmas de alunos com capacitação profissional

Foram oferecidos cursos de Ajudante de Viveiro e Assistente Administrativo e estudantes realizaram estágio e vivência na própria empresa

Mato Grosso do Sul, 15 de dezembro – Em Água Clara, 42 alunos entre 17 e 21 anos conquistaram oficialmente a formação profissionalizante nos cursos de Ajudante de Viveiro e Assistente Administrativo. As capacitações fazem parte do Programa Jovens Talentos, oferecido pela MS Florestal, empresa genuinamente sul-mato-grossense no ramo de atividades florestais, em parceria com Bracell Social, Prefeitura de Água Clara e Governo do Estado. A formatura aconteceu na noite de ontem (14), na Escola Luciano Silvério de Oliveira, com a presença de autoridades da companhia e do poder público. Dos alunos, 28% dos participantes acima dos 18 anos já foram contratados.

O Programa Jovens Talentos tem como objetivo proporcionar oportunidades de educação profissional em áreas de potencial atuação dentro da própria empresa. Os alunos participantes foram contemplados com bolsa-educação, além de material didático e uniformes. Os cursos gratuitos começaram em abril, com aulas presenciais em Água Clara. Depois da parte teórica, vivências práticas foram oferecidas em diferentes setores da empresa e no viveiro de mudas.

Dos 42 participantes, 10% retornaram à escola para concluir o Ensino Médio com o objetivo de poder participar dos cursos. Dos28% contratados pela empresa, todos estão atuando no viveiro de mudas em Água Clara. Aqueles que ainda são menores de 18 anos, mas com potencial de contratação, poderão ser efetivados posteriormente. O processo de contratação dos alunos do curso de Assistente Administrativo ainda está em andamento.

O Jovens Talentos veio para mudar a vida das irmãs Arieli Fernandes da Silva, de 21 anos, e Ariadne Fernandes da Silva, de 20 anos. Ambas descobriram o curso quando tentaram entregar currículos na empresa. A contratação no viveiro, agora unida à qualificação profissional, já está garantida. “O curso foi maravilhoso. Nosso professor nos explicava tudo muito bem, então me senti muito bem-preparada para o estágio e a parte prática. Foi uma experiência incrível, quero continuar estudando, agora no ensino superior”, declarou Arieli.

“Nossos pais ficaram muito felizes, porque era algo que a gente queria muito. Era uma experiência nova para nós, e recebemos muito apoio, minha mãe sempre falava que era uma oportunidade de crescimento. Vamos completar o primeiro mês de contrato, e adoramos”, reforçou Ariadne.

“O Jovens Talentos representa uma oportunidade valiosa de contribuição direta no futuro dos nossos estudantes. Um programa como este auxilia não apenas nas habilidades técnicas, como fomenta a autonomia e a confiança desses alunos engajados e capacitados. Reconhecer e nutrir esses talentos impacta positivamente em suas vidas e ainda inspira uma geração a acreditar em seu potencial. O Jovens Talentos é mais do que um projeto, é uma semente que plantamos hoje, colhendo frutos de crescimento e transformação amanhã”, comenta Marisa Coutinho, Gerente de Relações Institucionais, Governamentais e com Comunidades da MS Florestal.

“A nossa prefeita Gerolina me pediu para passar um recado aos estudantes: o estudo é muito importante e é a porta de entrada para todo o sucesso. Através do estudo, simbolizamos todos os objetivos da vida. Nossa prefeita fez uma trajetória muito linda, através do estudo, do esforço e da dedicação. Essa é a mensagem eu gostaria de deixar para todos os formandos dessa noite. Dizer que é possível, através do estudo, mudar a vida, mudar a sua própria história”, ainda expressou Paula Rocha, Procuradora-Geral do Município, que representou a Prefeita durante a solenidade da formatura.

Projeto Padrinho

O Jovens Talentos também envolveu os próprios funcionários da empresa por meio do Projeto Padrinho. Colaboradores puderam, de forma voluntária, apadrinhar um dos estudantes com objetivo de auxiliar e mentorear durante a trajetória do estudante no período de estágio para todos os alunos. Essa iniciativa teve como foco apoiar os estagiários nos pilares de carreira, educação e planejamento pessoal de vida. Ao todo, 70 profissionais participaram do Projeto Padrinho, como mentores e palestrantes.

“Acreditamos que investir no crescimento individual é investir no sucesso coletivo. Essa oportunidade de aprendizado técnico e prático dentro da nossa organização, não apenas os preparamos para enfrentar os desafios do mercado, mas também cultivamos talentos que contribuirão para o nosso crescimento a longo prazo. Além disso, a capacitação profissional contínua é uma peça fundamental na construção de uma equipe resiliente e inovadora. Esses jovens deixaram um legado com sua dedicação, que cativou nossa atenção e nos deixou ansiosos em acompanhar a trajetória desses futuros profissionais”, acrescenta Amanda Barreira, Gerente de Recursos Humanos da MS Florestal.

O Programa Jovens Talentos continua em 2024, mas modificado para atender mais estudantes da rede pública de Ensino Médio.

Sobre a MS Florestal

 A MS Florestal é uma empresa genuinamente sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, com ênfase na silvicultura, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. A MS Florestal é comprometida com a filosofia empresarial dos 5Cs, de que tudo o que fazemos deve ser bom para a Comunidade, para o País, o Clima e para o Cliente e só então será bom para a Companhia.

Sobre o Bracell Social

Bracell Social é um programa de investimento social, alinhada às diretrizes do Grupo RGE, norteado por 3 pilares (3E’s – Educação, Empoderamento e Bem-estar). São realizados projetos que contribuem com o desenvolvimento das comunidades locais, conectando a inclusão social e a sustentabilidade, de modo que as pessoas possam desenvolver suas capacidades individuais e ter acesso a oportunidades para uma vida melhor.

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Suzano está com vaga aberta para Técnico(a) em Operações Florestais em Ribas do Rio Pardo (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está com vaga aberta para Técnico(a) em Operações Florestais III, paraatender suas operações da área florestal em Ribas do Rio Pardo (MS). As inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://suzano.gupy.io/).

Os pré-requisitos são: ter curso Técnico completo ou Superior cursando/completo; possuir CNH na categoria B; ter experiência nos processos de operações florestais e possuir experiência em gestão de equipes. As inscrições ficam abertas até o dia 17 de dezembro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/6183083?jobBoardSource=gupy_portal.

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Evento na UFV vai promover o plantio de cerca de 2 mil mudas neste sábado

No próximo sábado (16), o programa UFV+Sustentável, em conjunto com o Departamento de Engenharia Florestal (DEF), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Conservador da Mata Atlântica e Grupo de Estudos em Economia Ambiental e Manejo Florestal (GEEA), realizará, no campus Viçosa, o Dia de Plantio de Mudas, das 7h às 13h.

O evento visa esclarecer sobre diferentes técnicas de reflorestamento e realizar o plantio de cerca de 2 mil mudas em áreas de Preservação Permanente (APP), ao redor de nascentes e cursos d’água. O plantio das mudas, que está ligado à compensação ambiental de diversos licenciamentos da UFV, ocorrerá na Unidade Demonstrativa de Recomposição da Vegetação Nativa em Áreas Protegidas da Universidade, próxima à Uepe- Frigorífico Escola. Todos os participantes terão à disposição um ônibus, que sairá de frente do Restaurante Universitário I.

Toda a comunidade universitária poderá participar das atividades. Haverá emissão de certificados e, para isso, é necessário preencher o formulário de inscrição.

A UFV ressalta que, no dia da atividade, é importante que os participantes usem calçados fechados, calças, blusas de manga comprida, bonés/chapéus e protetor solar, além de levar sua garrafinha de água.

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Jari Celulose para atividades, mais uma vez

Última retomada dos serviços se deu em 21 de agosto passado, para manutenção da fábrica que agora se encontra sem combustível para funcionar  

Com menos de três meses depois que anunciou a retomada de atividades, causando alvoroço, alegria e esperança nas populações de Laranjal e Vitória do Jari, no Amapá, e Monte Dourado e Almeirim, ambos locais no Pará, a Jari Florestal paralisa de novo, desta vez alegando que não dispõe de recursos para comprar o combustível que faria a fábrica funcionar na produção de celulose.

A notícia da paralisação das atividades, nesta quarta-feira, 13, caiu com uma bomba no Vale do Jari, região no sul do Amapá e norte do Pará, dependente econômica e socialmente do funcionamento da fábrica da tradicional Jari Celulose, empresa que com o empreendimento foi responsável pelo povoamento de Laranjal do Jari, Vitória do Jari e Monte Dourado, esse último, distrito de Almeirim, município paraense.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose dos Estados do Pará e Amapá (Sintracel), Ivanildo Quaresma Uchoa, disse ao correspondente do Diário do Amapá, no Vale do Jari, Dalto Pacheco, que em conversa com a direção da Jari Celulose teve a informação de que a paralisação é, por ora, por tempo indefinido.

Relembrando

A Jari Celulose retornou às atividades em 21 de agosto passado, depois de cerrar as portas em 2022. De acordo com o que foi anunciado na ocasião, a volta inicialmente seria para serviços de manutenção da fábrica. A fiação e peças das três caldeiras existentes e do tubo gerado do parque industrial estariam seriamente comprometidas.

Para fazer a manutenção da fábrica e pagar os salários dos mais de 2.500 funcionários da empresa, a Jari Celulose teria disponível 27 milhões de reais. Esse dinheiro, segundo a direção da Jari informou ao sindicalista Ivanildo Quaresma, foi usado no cumprimento do plano, mas agora não há recursos para continuar, já que a fábrica de celulose se encontra sem combustível.

Informações: Diário do Amapá.

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Ouro crescendo em árvores? É o que afirmam cientistas da Austrália

Ao contrário da crença popular, o ouro não é apenas extraído das profundezas da terra; ele está, literalmente, crescendo nas folhas de árvores de eucalipto na Austrália. Os cientistas da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO) revelaram em um estudo publicado na Nature Communications que certas árvores na região de Kalgoorlie têm a capacidade de absorver partículas microscópicas de ouro do solo por meio de suas raízes. Esse fenômeno intrigante oferece uma nova perspectiva para a exploração mineral, sugerindo que as árvores podem ser aliadas valiosas na busca por depósitos de ouro e outros minerais

Mecanismo de absorção das árvores de eucalipto

Sistema de prospecção do ouro pelo eucalipto. (Fonte: Nature Communications/Reprodução) Sistema de prospecção do ouro pelo eucalipto. (Imagem: Nature Communications/Reprodução)

O mecanismo de absorção de ouro pelas árvores de eucalipto revela uma adaptação extraordinária a ambientes ricos em minerais. As raízes dessas árvores, capazes de penetrar o solo a profundidades superiores a 30 metros, desempenham um papel fundamental ao extrair água contendo partículas de ouro, atuando como verdadeiras “bombas hidráulicas”.

Esse processo, segundo os geoquímicos, é crucial para a absorção do ouro pelas raízes, e uma vez no sistema vascular da planta, o ouro é transportado para as folhas e galhos. Surpreendentemente, as árvores parecem contornar a potencial toxicidade do ouro, possivelmente por meio de transformações químicas, antes de liberá-lo ou depositá-lo no solo. A natureza deste processo destaca a adaptação surpreendente das árvores a ambientes ricos em minerais.

Aplicações na exploração mineral

As implicações dessa descoberta para a exploração mineral são significativas. A presença de ouro nas folhas dos eucaliptos pode indicar a existência de depósitos de minério de ouro abaixo da superfície, a dezenas de metros de profundidade. A capacidade de usar árvores como indicadores naturais pode proporcionar uma abordagem mais econômica e ambientalmente amigável para a detecção de depósitos minerais, sem a necessidade de perfurações extensivas, complementando os métodos tradicionais de perfuração.

Uso da tecnologia de raios-x

(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução) Foto: Wikimedia Commons/Reprodução.

A confirmação da presença de ouro nas folhas dos eucaliptos representou um avanço significativo graças à aplicação de tecnologia de raios-x no Síncrotron Australiano, em Melbourne. A utilização dessa tecnologia proporcionou uma visualização detalhada das partículas de ouro, que possuem dimensões incrivelmente pequenas, com aproximadamente um quinto do diâmetro de um fio de cabelo humano.

O Síncrotron permitiu mapear com precisão a distribuição e a concentração dessas partículas nas folhas e galhos das árvores de eucalipto, proporcionando uma compreensão mais aprofundada do processo de absorção e acúmulo de ouro.

Em um cenário em que a busca por minerais valiosos demanda tecnologias avançadas e métodos cada vez mais inovadores, a descoberta de ouro nas folhas de eucalipto na Austrália apresenta uma reviravolta fascinante. Ela pode se tornar aliada na busca por recursos minerais, oferecendo uma abordagem mais direcionada, econômica e ecologicamente sustentável para a indústria de mineração.

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Oregon Tool oferece maior segurança durante operações florestais

Correntes com bumper link apresentam melhor amortecimento durante uso da motosserra

Os acidentes de trabalho são um dos principais motivos de preocupação no setor florestal. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), somente na Região Sul do Brasil, foram registradas mais de 1,2 mil ocorrências dentro desse segmento em 2021 – representando 60% dos registros de todo Brasil.

Como forma de evitar essas ocorrências, a Oregon Tool oferece ao mercado madeireiro e de silvicultura correntes e componentes para motosserras que permitem maior segurança nas operações. A empresa é líder mundial na produção de correntes e guias para motosserras.

Um dos exemplos é a inserção do bumper link nas correntes de corte. O componente oferece um antirrebote na operação, consistindo em um elo de tração em formato de rampa que diminui as possibilidades de rebote e vibração durante o uso, propiciando uma operação mais segura e confortável ao operador.

Outros componentes importantes para a segurança dos operadores são o LubriTec e o Lubri-Well. Com foco na lubrificação da corrente e do sabre durante a utilização da motosserra, essas tecnologias permitem maior fluidez do óleo pelo equipamento. Dessa forma, existe menos atrito entre as superfícies, que geram superaquecimento e danos ao maquinário.

“A falta de lubrificação gera superaquecimento na corrente, que é feita de aço. Esse material, quando trabalha em temperaturas extremas, acaba danificando o conjunto de corte e a motosserra não consegue trabalhar mais. Por isso, na compra de uma motosserra, é importante fazer a instalação do sabre, colocar óleo e deixar ela trabalhar por alguns segundos sem a corrente. Ou, então, colocar a corrente já lubrificada no sabre para dar tempo de funcionamento à bomba de óleo”, explica Eduardo Garcia, especialista técnico em correntes da Oregon Tool.

Já o Witness Mark, é um indicador da vida útil das correntes de fácil visualização pelos operadores. Quando o cortador atinge essa marca, demonstra ao usuário a necessidade de troca no momento correto. Além disso, o componente também auxilia na verificação do ângulo correto de corte do equipamento.

“O operador sabe que precisa trocar o equipamento quando o cortador chega ao final da vida útil, bem como vários componentes danificados. Também é necessário fazer a substituição quando o elo de tração apresenta desgaste, indicando que o sabre e a coroa precisam ser trocados. Os cuidados com o tensionamento correto da corrente são importantes, bem como a afiação correta, lubrificação constante e corte com a motosserra apenas em madeira”, finaliza Garcia.

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Projeto Cerrado: Valmet firma contrato de manutenção na nova fábrica de celulose da Suzano

Contrato abrange serviços para válvulas de controle, cilindros pneumáticos e dampers em toda a instalação, além de suporte em campo com técnicos residentes

A multinacional finlandesa líder no fornecimento de tecnologia, automação e serviços para os setores de papel, celulose e energia, Valmet, acaba de conquistar um contrato de manutenção para a fábrica da Suzano que está sendo construída em Ribas do Rio Pardo, estado de Mato Grosso do Sul. Com capacidade de produção anual de 2.55 milhões de toneladas, a planta industrial será considerada a maior em produção de celulose de eucalipto do mundo.  

O contrato entre a Valmet e a Suzano abrange diversos módulos de manutenção para todas as ilhas de processo e equipamentos da nova fábrica. Os módulos compreendem a manutenção de válvulas de controle, cilindros pneumáticos e dampers, além de suporte à manutenção de campo. “ Serão aproximadamente 3.200 ativos sob nossa responsabilidade, entre válvulas de controle pneumático como esfera, globo, borboleta, on-off, posicionadores, chaves de fim de curso e pistões”, detalha o gerente de serviços e MRO da Valmet, Anderson Lopes. 

Com o conceito “Jeito Valmet de Servir”, a multinacional finlandesa busca oferece a melhor combinação de serviços para as necessidades dos clientes, garantindo a confiabilidade e melhorando a performance nas fábricas. Com uma oferta ampla e integrada, a empresa procura proporcionar a melhor experiência em todas as etapas do ciclo produtivo. “Nesta nova parceria com a Suzano, a Valmet disponibilizará residentes na planta do cliente durante todo o processo de manutenção e escopo de serviço para atender às necessidades específicas do projeto”, finaliza o gerente de Agreements e MMO da Valmet, Fernando Rieger. 

Sobre a Valmet

A Valmet é líder global no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias de processos, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia. A multinacional finlandesa atende uma ampla base de indústrias de processo, oferecendo sistemas de automação e soluções em válvulas de controle de fluxo. Com mais de 19.000 profissionais em todo o mundo, a Valmet compromete-se em alavancar a performance, atuando de maneira próxima aos clientes. Com uma história industrial que ultrapassa 220 anos, a Valmet é caracterizada por um sólido histórico de melhoria e renovação contínuas. A Valmet América do Sul opera com unidades em Araucária (PR), Sorocaba (SP), Belo Horizonte (MG), Imperatriz (MA), Joinville (SC), Guarulhos (SP)  e Antofagasta, Santiago e Concepción, no Chile. Em 2022, as vendas líquidas da empresa alcançaram aproximadamente 5,1 bilhões de euros. As ações da Valmet estão listadas na Nasdaq Helsinki, e a sede da empresa está localizada em Espoo, na Finlândia. Mais informações em: valmet.com.br | X | LinkedIn | Facebook | YouTube | Instagram |

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Suzano está com três vagas abertas para atender suas demandas em Ribas do Rio Pardo (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está com três vagas abertas para atender suas operações da área florestal em Ribas do Rio Pardo (MS). As inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://suzano.gupy.io/).

Para concorrer à vaga de Coordenador(a) de Saúde Ocupacional épreciso atender aos seguintes pré-requisitos: formação Superior em Medicina; especialização em Medicina do Trabalho e Título de Especialista pela ANANT (com RGE), com certificado expedido pelo Associação Médica Brasileira (AMB) e Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANANT); será necessário ter vivência previa em medicina do trabalho e programas de promoção à saúde, conhecimento em implementação de programas de saúde ocupacionais e de promoção à saúde em ambientes organizacionais, de preferência em indústrias; é Importante possuir conhecimento em gestão de custos de saúde organizacional e assistencial, gestão em Saúde ou Qualidade de Vida e será um diferencial ter inglês avançado. As inscrições ficam abertas até o dia 17 de dezembro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5257845?jobBoardSource=gupy_portal.

Há também uma vaga para Agente Florestal. Para concorrer, os pré-requisitos são: ter Ensino Fundamental completo; possuir CNH B e/ou acima; ter direção preventiva; conhecimento em combate a incêndio florestal e primeiros socorros e é desejável ter conhecimento em áreas rurais. As inscrições ficam abertas até o dia 08 de janeiro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5717692?jobBoardSource=gupy_portal.

Por fim, interessados(as) em concorrer à vaga de Analista de Recursos Humanos JR, os pré-requisitos são: ter Ensino Superior completo em Administração, Recursos Humanos, Ciências Contábeis, Psicologia e/ou área afins; possuir CNH B e/ou acima; ter disponibilidade para trabalhar em horário diurno e noturno; possuir experiencia com atividades de serviços de apoio em RH e Facílities, preferencialmente em ambientes florestais ou rurais; ter capacidade de lidar com prazos e trabalhar em um ambiente dinâmico; possuir excelente habilidade organizacional e atenção aos detalhes; ter capacidade de trabalhar de forma autônoma e gerenciar múltiplas tarefas simultaneamente e possuir fortes habilidades de comunicação oral e escrita. As inscrições ficam abertas até o dia 20 de janeiro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/6092667?jobBoardSource=gupy_portal.

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Cultura da erva-mate conta agora com calculadora de carbono

Com o objetivo de medir os estoques de carbono e as emissões de gases de efeito estufa (GEE) durante o cultivo de erva-mate (Ilex paraguariensis), a Embrapa Florestas (PR) e a Fundação Solidaridad desenvolveram uma calculadora de carbono a Carbon Matte. A tecnologia proporcionará melhor compreensão sobre a relação entre a produção da erva-mate e a mitigação das emissões de GEE mediante o armazenamento de carbono.

A ferramenta poderá ser utilizada como um instrumento de gestão de propriedades rurais e empresas para contabilizar emissões de GEE e estoques de carbono a partir das práticas de manejo adotadas e auxiliar nas tomadas de decisão. Além disso, pode apoiar processos de certificação ou rotulagem de produtos ambientalmente sustentáveis, bem como mensurar ativos ambientais e contribuir para atingir as metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 13) da Organização das Nações Unidas (ONU), relacionado à mudança global do clima.

A produção de erva-mate figura entre as 13 práticas tecnológicas consideradas potencialmente mitigadoras pelo Plano ABC+, do Ministério da Agricultura (Mapa) que consiste na segunda fase do Plano ABC (Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura).

Os primeiros resultados obtidos com a calculadora apontam para um balanço de carbono negativo, ou seja, retirada de CO2 da atmosfera e armazenamento no sistema produtivo, e poderão subsidiar iniciativas na qual a erva-mate está incluída, como é o caso do Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizantes (Programa Carbono + Verde), do Mapa. “A ferramenta de cálculo permitirá quantificar a contribuição dos sistemas de produção de erva-mate para a mitigação das emissões de GEE, poderá também testar combinações de práticas de manejo que resultem em cenários mais promissores para a qualidade ambiental”, explica a pesquisadora da Embrapa Josileia Zanatta.

Como funciona o Carbon Matte

A Carbon Matte, disponível aqui para download, é composta por uma planilha eletrônica na qual são inseridos dados dos sistemas produtivos de erva-mate (sistema adensado, arborizado e a pleno sol). Entre as variáveis coletadas e inseridas na planilha, estão a produção de biomassa e as práticas silviculturais adotadas. A planilha calcula as emissões e remoções totais de carbono do sistema (biomassa vegetal e solo) e as fontes de emissão de alguns dos principais GEE como o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4). Seu uso é voltado para produtores rurais, ervateiras, agentes de extensão rural e comunidade científica. Os interessados podem baixar também o Manual Técnico e Operacional da calculadora.

Segundo Gabriel Dedini, engenheiro-agrônomo da Fundação Solidaridad, os parâmetros técnicos foram desenvolvidos para o cultivo da erva-mate em propriedades rurais parceiras, nos municípios paranaenses de Cruz Machado e Bituruna. A condição de produção nessas cidades é bastante representativa para os sistemas de cultivo no estado do Paraná, servindo como ambiente de testes e calibração para o uso da calculadora. “A calculadora poderá ser adotada em outras regiões, com adequações específicas que levem em conta as peculiaridades de clima e solo, expressos pelos indicadores e fatores de emissão”, comenta Dedini.

Inserção de dados

A Carbon Matte foi desenhada para atender às especificidades dos sistemas de cultivo da erva-mate. Para isso, vários dados são solicitados ao usuário, de forma a detalhar se o sistema de produção ocorre a pleno sol ou se é um adensamento com sombreamento (baixo, médio ou elevado). A ferramenta registra também o carbono armazenado em outras espécies nativas.

Entre as informações solicitadas estão o histórico de uso e manejo do solo, a área do talhão, a densidade de plantas, o intervalo de podas, a fase atual do erval (de plantio, de formação de copa ou produtiva), a idade do erval, a altura das plantas e a produtividade. “Essas informações são facilmente obtidas na propriedade, permitindo que o produtor ou técnico possa inserir os dados, sem necessidade de nenhum equipamento sofisticado além de uma fita métrica, trena ou aplicativos de celular”, explica Zanatta.

Assim como em qualquer sistema produtivo, no erval a entrada de insumos é um item fundamental a ser considerado nas emissões de GEE, pois contribuem para as emissões de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso. “As emissões de GEE estimadas pela Calculadora de Carbono da Erva-Mate se referem ao manejo de implantação dos ervais, fertilização de condução e produção, manejo de plantas de cobertura, defensivos agrícolas, condução das podas e consumo de combustível, ou seja, todas as práticas realizadas na fase agrícola da cadeia”, destaca a cientista da Embrapa.

No que se refere à adubação, existe uma lista de fertilizantes disponíveis, para que o usuário selecione qual foi utilizado e sua dose. “Todos esses dados são combinados e geram as informações sobre as emissões e remoções de carbono. Os dados podem ser inseridos continuamente ao longo dos anos, permitindo que vejamos a evolução do talhão em termos de estoques de carbono, quantificados individualmente para a parte aérea, raiz e plantas de cobertura, assim como da emissão de gases”, acrescenta a pesquisadora.

“Portanto, o produtor poderá usar a Carbon Matte também como uma ferramenta de planejamento do seu erval, encontrando um equilíbrio entre a produtividade e a emissão de GEE dentro de cada sistema de produção. Ao analisar os resultados, é possível, por exemplo, que o produtor constate que esteja adotando práticas que emitam muito CO2. Assim, as práticas de manejo podem ser repensadas, fazendo com que o erval esteja cumprindo seu papel em armazenar carbono e gerar renda”, conta o pesquisador da Embrapa Marcos Rachwal.

Como a erva-mate armazena carbono

Dentro do sistema de produção do erval, o carbono é armazenado pela biomassa vegetal via fotossíntese, e pelo solo, por meio dos resíduos vegetais que formam a matéria orgânica. “Isso proporciona não só a mitigação de GEE, mas também outros aspectos positivos em termos de fertilidade do solo e ciclagem de nutrientes”, detalha Zanatta.

Outro aspecto que faz a erva-mate ser considerada mitigadora é a absorção de metano por solos florestais. “A erva-mate adensada está associada à Floresta Ombrófila Mista, garantindo em muitos casos a preservação da floresta nativa. Monitoramentos dessas áreas que a Embrapa Florestas vem fazendo há vários anos demonstraram que o solo florestal absorve metano. As taxas são bastante significativas e variam de 5 a 10 quilos por hectare ao ano. Esse montante, transformado em CO2 equivalente, corresponde à remoção de cerca de 250 quilos de CO2 equivalente por hectare a cada ano”, relata Zanatta. Isso porque o metano tem potencial de aquecimento global entre 25 a 30 vezes maior que o CO2.

Os resultados obtidos em Cruz Machado revelam a sustentabilidade dos ervais, independentemente de seu sistema, quando bem manejado. Zanatta explica que isso se deve a vários fatores. A erva-mate armazena carbono na sua biomassa (tronco, galhos, folhas e raízes), e também no solo. Por outro lado, a cultura emite pequena quantidade de GEE por demandar baixas quantidades de insumos em relação à biomassa produzida.

“O sistema produtivo de erva-mate se confirma como uma tecnologia que contribui para a mitigação de GEE, e a calculadora de carbono da erva-mate contabiliza numericamente essa contribuição”, diz Zanatta. Por exemplo, ervais com produtividade de aproximadamente 20 t/ha/ciclo, com idade entre sete e dez anos, armazenam quase 50 toneladas de carbono por hectare (tC/ha) como biomassa do erval. E a cada ciclo, mantendo a produtividade, o estoque de carbono do erval aumenta em aproximadamente 2,5 a 3 tC/ha. Nos sistemas adensados, soma-se ainda o carbono presente em outras espécies florestais, que pode chegar a aproximadamente 60 tC/ha.

De acordo com a pesquisadora, a calculadora de carbono dos ervais promove ainda a valorização e a oferta de um produto diferenciado para os consumidores. “Com base em outras cadeias que utilizam o cálculo de emissões e remoções em suas atividades, podemos vislumbrar a possibilidade de valorização de produtos, acesso a mercados que são mais exigentes ou abertura de novos negócios”, acredita.

Expansão para outras regiões produtoras

Para a realização dos cálculos de emissão dos GEE, foram usados dados gerados exclusivamente para a região, com base em valores tabelados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC). “A perspectiva desta pesquisa é que sejam validados os indicadores da calculadora para outras regiões produtivas por meio de novas parcerias de trabalho, permitindo o aprimoramento dos coeficientes técnicos e dos fatores de emissão da cultura da erva-mate. Pretendemos aprimorar a validação dos indicadores para todas as regiões produtivas”, afirma Zanatta.

A Fundação Solidaridad

Em parceria com a Leão Alimentos e Bebidas e a Coca-Cola Brasil, a Fundação Solidaridad apoiou financeiramente as atividades de campo para o desenvolvimento da Carbon Matte. Organização internacional da sociedade civil há quase 15 anos no Brasil, a Solidaridad busca acelerar a transição para uma produção inclusiva e de baixo carbono, contribuindo para a segurança alimentar e climática do País e do mundo. Atualmente desenvolve com parceiros iniciativas de sustentabilidade nas cadeias de cacau, café, cana-de-açúcar, erva-mate, laranja, pecuária e soja. Globalmente, a Solidaridad conta com mais de meio século de atuação em mais de 50 países.

Metodologia alternativa para a quantificação de carbono em pequenas propriedades

Com o objetivo de suprir parte das demandas para a implantação de programas de pagamento por serviços ambientais, a Embrapa Florestas publica Erva-mate sombreada: proposta de metodologia para avaliação e monitoramento de carbono em programas de pagamento por serviços ambientais. Esse trabalho apresenta uma metodologia alternativa para a quantificação de carbono de biomassa florestal que deve facilitar os levantamentos em florestas nativas, nas pequenas propriedades rurais. Esses levantamentos são necessários para se estabelecer a base de referência de estoque de carbono, bem como acompanhar periodicamente a captura de carbono de biomassa com o crescimento das árvores.

Segundo Denise Jeton Cardoso, pesquisadora da Embrapa e autora da publicação, o método de área fixa, tradicionalmente utilizado, consiste em instalar unidades amostrais retangulares, quadradas ou circulares nas quais se mede o diâmetro e altura de todas as árvores. “O preço de equipamentos e serviços nessa área ainda é inacessível para produtores rurais de pequeno e médio portes. Por isso, a metodologia proposta nesse trabalho inclui a adoção de unidades amostrais de área variável, por meio do método de Bitterlich, que requer menor tempo de medição. Ele consiste em contar as árvores em um giro de 360° na área florestal, cujos diâmetros à altura do peito são iguais ou maiores que uma determinada abertura angular, previamente definida. Para a medição de altura das árvores propõe-se o uso de aplicativo de celular”, explica a pesquisadora.

Informações: Embrapa.

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