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Governo de Minas e Ministério Público de MG assinam acordo que permitirá a simplificação do licenciamento ambiental para silvicultura no estado

O Governo de Minas Gerais e o Ministério Público do estado (MPMG) assinaram, na tarde desta quinta-feira (11), um acordo inédito que vai possibilitar a simplificação do modelo de licenciamento ambiental para a atividade de silvicultura mineira, como ocorre em outros estados brasileiros.

A partir da assinatura, o estado de Minas Gerais não está mais obrigado juridicamente a exigir os Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) para todos os novos empreendimentos de plantios florestais acima de mil hectares de área plantada.

O acordo, homologado pelo Poder Judiciário de Minas Gerais, contou com as assinaturas do Governador Romeu Zema; do Presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, do Advogado-Geral do estado, Sérgio Pessoa Castro; do Procurador-Geral do MPMG, Dr. Jarbas Soares Júnior; e de demais autoridades mineiras.

Segundo Romeu Zema, a alteração dos procedimentos terá o potencial de atrair mais investimentos e empresas do setor, que é o maior do Brasil em área plantada.

“Esse acordo representa muitos avanços, principalmente na área ambiental, já que Minas Gerais terá, a partir de agora, uma condição maior de atrair quem quer fazer florestas cultivadas e reflorestamento no estado. Além desse apelo ambiental, temos também o sequestro de gases estufa e a recuperação de áreas degradadas que passam a ser mais fáceis. Isso representa geração de emprego e mais renda para o mineiro”, enfatizou o governador de Minas.

O desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Júnior ressaltou que o acordo foi construído entre as partes visando o desenvolvimento da economia verde no estado. “Já havia uma anuência entre o MPMG e o Governo de Minas, mas havia ainda uma chancela do Poder Judiciário e, desde que tivemos ciência disto, passamos a analisar esse pleito. E chegamos a este momento de lealdade institucional”.

Segundo o presidente do TJMG, “trata-se de uma ação importante para a economia do estado de Minas Gerais e, também, para os produtores de florestas, que preservam o meio ambiente, geram créditos de carbono e movimentam a economia local. E por isso estamos aqui homologando este acordo”, disse.

O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares, exaltou o processo de construção do acordo e parabenizou as partes pela ação. “A autorização para esse tipo de exploração estava desorganizada, desordenada, simplificada da forma errada, e precisou da intervenção do Ministério Público e do Poder Judiciário. Fico muito feliz por estarmos aqui selando este momento. Para nós, da Justiça, é um ato simples, mas para a sociedade é um ato muito importante o que assinamos hoje”, finalizou.

Histórico

A mudança ocorre no contexto de uma decisão judicial proferida em 2011 que determinou a necessidade de apresentação do EIA/RIMA para os empreendimentos de atividades agropecuárias acima de mil hectares em Minas Gerais, indistintamente.

No entanto, após a recente publicação da Lei Federal nº 14.876 de 2024, a silvicultura foi retirada do rol de atividades com significativo potencial de degradação e poluição ambiental, o que permitiu aos estados mais autonomia e simplificação dos processos de licenciamento.

Diante da atualização federal, fez-se necessária, então, a atualização em Minas Gerais, a começar pelo comando judicial com foco em permitir a modulação dos efeitos ao estado de Minas Gerais sem perder a necessária qualidade e a atenção estatal no processo de licenciamento ambiental.

Impactos e benefícios

Segundo o acordo assinado, o Governo de Minas Gerais está desimpedido judicialmente e retoma a sua autonomia de promoção da simplificação do licenciamento ambiental para os projetos que irão implantar florestas plantadas e ampliar as áreas de vegetação conservadas em todo o estado.

Em Minas, mais de 811 municípios serão beneficiados diretamente com essa medida, uma vez que são os territórios onde há mais de 2,3 milhões de hectares de florestas plantadas e, ao mesmo tempo, mais de 1,3 milhão de hectares de vegetação nativa conservada pelo setor florestal.

Segundo a presidente da AMIF, Adriana Maugeri, a perspectiva que se abre com esse acordo é de um novo ciclo de prosperidade para a agroindústria florestal mineira.

“O estado de Minas Gerais tende a se consolidar cada vez mais como protagonista nacional na economia verde, liderando a produção sustentável de florestas plantadas e ampliando a restauração de vegetações nativas, ao mesmo passo em que amplia a distribuição de renda e a dignidade ao produtor rural em mais de 95% dos municípios mineiros”, destaca.

Impulsos para a economia verde em MG

Promover o desenvolvimento da agroindústria florestal em Minas representa uma forte ação direta no combate ao desmatamento ilegal nos biomas mineiros. Adriana Maugeri explica, ainda, que ao ampliar a oferta dos produtos oriundos de madeira e fibra vegetal, há uma clara redução na pressão por madeira ilegal obtida nas vegetações nativas preservadas.

Outro destaque que recebe os plantios florestais é o papel crucial que as árvores cultivadas possuem na descarbonização da economia mineira, uma vez que capturam e armazenam grandes quantidades de dióxido de carbono, o que contribui para a mitigação os efeitos das mudanças climáticas em escala singular.

De acordo com o Presidente do Conselho Deliberativo da AMIF, Edimar Cardoso, a agroindústria florestal seguramente vislumbrará um novo ciclo de atração de novos investimentos e ampliações dos negócios consolidados no estado.

“Vamos seguir firme para ampliar a produção, fornecer mais bioprodutos à sociedade que demanda por sustentabilidade, incentivar o fortalecimento e a circulação de renda nos municípios, incrementar as conexões de vegetações conservadas e conservação da biodiversidade protegida pelos nossos cuidados”, enfatiza Edimar Cardoso que também é Diretor na Aperam BioEnergia.

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Vem aí o 5º Congresso Brasileiro de Eucalipto em Vitória (ES)

O Congresso Brasileiro de Eucalipto (CBE) está de volta em sua quinta edição, prometendo ser um dos mais importantes Fóruns Brasileiros de intercâmbio e atualização sobre o setor florestal. O evento, que ocorrerá nos dias 08 e 09 de maio, no Auditório do Centro de Treinamento Dom João Batista, na Praia do Canto, em Vitória (ES), é uma realização do Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro). A última edição do evento foi realizada em 2019.

Este ano, o tema central do congresso será “Uso Múltiplo Sustentável”, refletindo o compromisso do setor com práticas que respeitam o meio ambiente e promovem o desenvolvimento econômico e social. O evento visa reunir empresários, gestores, pesquisadores, professores, profissionais do setor, produtores rurais, entre outros agentes de desenvolvimento.

Com a participação esperada de diversos segmentos, como celulose e papel, indústria moveleira e madeireira, carvão vegetal, energia, e atividades afins, o congresso oferecerá oportunidades únicas de aprendizado, networking e troca de experiências. As inscrições já estão abertas no site oficial e as vagas são limitadas.

O setor florestal baseado em florestas plantadas tem ganhado reconhecimento nos últimos anos pela sua importância e contribuição ao desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil. Com 9,94 milhões de hectares plantados de eucalipto, pinus e outras espécies, o Brasil se destaca na produção de celulose, papel, painéis de madeira, pisos laminados, biomassa, entre outros usos.

O eucalipto, representando 76% da área total de florestas plantadas no país, se destaca pela sua diversidade de uso, adaptação a diferentes ambientes naturais, velocidade de crescimento, desenvolvimento tecnológico e retorno econômico. O Estado do Espírito Santo se destaca como líder, possuindo a 9ª maior área plantada de eucalipto no Brasil.

Foto da última edição do evento, em 2019. (*Reprodução site oficial)

Apesar das condições favoráveis, o setor enfrenta desafios como adversidades climáticas, burocratização do licenciamento ambiental, exigências legais e tributárias, e infraestrutura deficiente. O Congresso Brasileiro de Eucalipto surge como uma iniciativa para discutir, sugerir e encaminhar alternativas que solucionem esses desafios, além de apresentar avanços tecnológicos e cenários prospectivos do complexo florestal brasileiro.

Com uma programação rica e diversificada, o congresso abordará temas como cenários e tendências do setor de florestas plantadas, mercado consumidor da madeira de eucalipto, mercado de créditos de carbono, inovação tecnológica, sustentabilidade, restauração florestal, Código Florestal Brasileiro, uso múltiplo de eucaliptos, sistemas agroflorestais, impacto de projetos florestais nas comunidades e mecanização florestal em áreas acidentadas.

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Com investimento em florestas no MS, Suzano busca garantia de madeira para expansão futura

Da área adquirida, 50 mil hectares estão aptos para plantio e 20 mil hectares têm de ser conservadas pela empresa

No apagar das luzes de 2023, a Suzano – maior companhia de produção de celulose de fibra curta de eucalipto do mundo – fechou uma aquisição estratégica de terras em Mato Grosso do Sul, estado em que a companhia da família Feffer está finalizando seu maior empreendimento, o Projeto Cerrado, de R$ 22,2 bilhões. A empresa adquiriu de fundos específicos 70 mil hectares de terras na região Centro Leste, que abriga suas duas unidades industriais: uma em Três Lagoas e a outra em Ribas do Rio Pardo, sendo a primeira em plena operação e a segunda com 80% das obras já realizadas.

“A aquisição tem foco mais voltado para o futuro, pois no momento já temos uma base de suprimento no estado que dá conforto para nossas operações”, disse Marcelo Bacci, Diretor Executivo de Finanças, Relações com Investidores e Jurídico da Suzano, ao IM Business. “O balanço de madeira da empresa em MS, hoje, está praticamente equacionado”, acrescenta o executivo.

O negócio, de R$ 1,83 bilhão, envolveu a compra integral da Timber VII SPE e da Timber XX SPE, ambas sob o guarda-chuva do BTG Pactual Timberland Investiment Group. Da área adquirida, 50 mil hectares estão aptos para plantios (são regiões de pastagens degradadas), com uma parcela já com eucaliptos de diferentes idades plantados. Os demais 20 mil hectares são de preservação do bioma existente e têm de ser conservadas pela empresa. A operação financeira deve ser concluída, com ajustes, em março.

Base florestal é o coração de uma indústria de celulose e papel, o que garante sustentação futura ao negócio. Segundo Bacci, esse movimento da Suzano vai em duas frentes: primeiro, gera uma opção de crescimento no longo prazo e, segundo, aumenta o nível de segurança operacional de geração de madeira. Principalmente, devido à questão climática vista atualmente, que pode influir no rendimento da produção florestal. Para menos, em caso de secas fortes, ou para mais, em épocas de muita chuva.

Marcelo Bacci, Diretor Executivo de Finanças, Relações com Investidores e Jurídico da Suzano (Divulgação).

O executivo informa que a área adquirida  vai entrar no programa anual de plantio de eucalipto da Suzano, que gira na faixa de 300 mil hectares. Ele abrange renovação de florestas existentes e plantios de áreas novas. O orçamento para 2024, já influindo a aquisição, é de R$ 3,3 bilhões em terras e florestas (20% do capex total da companhia). O eucalipto demanda de seis a sete anos para atingir o ponto de corte e então ser levado à unidade industrial para se obter a celulose.

Em Mato Grosso do Sul, a empresa tem atualmente uma grande área de florestas plantadas – não revela números por unidades estaduais. Com o Projeto Cerrado, a capacidade de produção de celulose da Suzano irá das atuais 3,2 milhões de toneladas por ano (em Três Lagoas) para quase 5,8 milhões de toneladas. A unidade de Ribas do Rio Pardo, a 100 quilômetros da capital Campo Campo, adicionará 2,55 milhões de toneladas/ano, sendo a maior fábrica de celulose de eucalipto do mundo em linha de produção única.

Bacci informa que atualmente dois terços do balanço de oferta de madeira da empresa são próprios. A diferença de fornecimento vem de terceiros que são donos de florestas de eucalipto no raio de atuação de suas fábricas. “Nossa meta é atingir, entre 2029 e 2032, próximo de 90% de base própria. Vamos trazer mais áreas, a exemplo dessa que adquirimos do BTG. É fundamental estar sempre plantado”.

A indústria de celulose no Brasil, como um todo, enfrenta uma competição acirrada por terras com o agronegócio, o que levou ao encarecimento das aquisições. Em Mato Grosso do Sul, de acordo com informações do governo estadual, áreas de plantios de grãos (soja e milho) ocupam mais de 4 milhões de hectares. Florestas plantadas, 1,3 milhão de hectares, com crescente expansão devido a novos projetos previstos de fábricas de celulose no estado. A predominância é de culturas de eucalipto (há apenas pequenas áreas de pinus). De cana de açúcar, eram 832 mil hectares em 2023.

As áreas de pastagens vêm se reduzindo ao longo dos últimos anos com a corrida verificada por terras, pelo agronegócio e indústria papeleira em MS. Em 2023 somavam 17,6 milhões de hectares – menos 4,2 milhões comparado a anos anteriores. Por sua vez, áreas remanescentes, com biomas a serem preservados, registraram aumento, alcançado 10,8 milhões no ano passado.

“Vimos um aumento do preço da terra nos últimos anos, de forma geral, devido a essa demanda nos grãos e cana e não foi diferente no Mato Grosso do Sul”, comenta o diretor da Suzano. Ele informa que em cinco anos a área florestal plantada no país cresceu 10%, porém, o consumo de eucalipto para processamento de celulose e outras aplicações teve aumento de 26%, ocorrendo um descasamento entre oferta e demanda.

Há outro fator importante ligado à recente aquisição: ganho de competitividade relativo ao custo logístico de movimentação da matéria-prima. Isso é medido pelo raio médio, em quilometragem. de transporte da madeira desde a área de colheita até a unidade industrial. “Hoje estamos em 200 quilômetros; queremos reduzir para 150 quilômetros dentro de seis anos, para adiante”, informa.

Bacci destaca que a empresa olha constantemente oportunidades de compra de novas áreas de terras e florestas dentro de sua estratégia de assegurar solidez ao negócio. Ele diz que apesar de preços da commodity em período de baixa, como se verificou no ano passado, essa estratégia de incorporar novos ativos imobiliários e florestais não é freada. “Mesmo o preço de celulose ficando bastante pressionado em 2023, a companhia realizou no ano o maior investimento da sua história”, afirmou.

Além de Mato Grosso do Sul, a Suzano tem unidades operacionais de celulose nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Maranhão, com capacidade instalada atual de fazer 11 milhões de toneladas ao ano. No todo, são 1,67 milhão de hectares de áreas plantadas de eucalipto mais 1,18 milhão de áreas de reservas protegidas. “Toda a nossa madeira vem de plantios; não entra nada de florestas naturais”, destaca o executivo. A empresa tem ainda florestas em estados vizinhos, caso de  Minas Gerais.

Além da fibra curta de eucalipto (celulose de mercado), que exporta a quase totalidade da produção para diversos mercados, em especial de Ásia (a China é o grande comprador) e Europa, a companhia é fabricante de papéis de escrever e imprimir (revestidos e não revestidos), papel cartão, papel tissue (para fins sanitários) e celulose tipo fluff (usada na fabricação de fraldas, lenços umedecidos e outros itens de proteção higiênica).

No ano passado, a Suzano gerou receita líquida acumulada, até o final do terceiro trimestre, em base acumulada anual, de R$ 43,75 bilhões, com resultado líquido no mesmo período de R$ 17 bilhões. A dívida líquida consolidada era de US$ 11,5 bilhões em 30 de setembro, com alavancagem de 2,7 vezes na relação com o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) ajustado. O montante é atribuído ao maior ciclo de investimento na história da empresa.

Informações: Notícias do Cerrado.

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O ano que provou por que a silvicultura é importante no Canadá

O ano de 2023 será lembrado por muito tempo como a pior temporada de incêndios de todos os tempos no Canadá. Foi também o ano em que a crise da habitação acessível no Canadá ficou totalmente visível, com urgência para muitos decisores políticos em todo o país.

Estas questões afetaram milhões de canadianos em 2023 – e renovaram um diálogo crítico sobre a importância de gerir mais ativamente as nossas florestas e de fazer mais com os recursos cultivados no Canadá.

Os incêndios florestais sem precedentes que devastaram mais de 18 milhões de hectares de terra mostraram como as nossas florestas estão a ser atingidas por temperaturas mais altas e condições mais secas. A necessidade de uma resposta de nível de crise semelhante à que está a ser tomada nos Estados Unidos é clara, e uma gestão mais activa, como o desbaste e queimadas prescritas, será essencial se quisermos evitar épocas de incêndios mais devastadoras.

Ao mesmo tempo, a crise da habitação e da acessibilidade sublinhou a necessidade de voltar ao básico para que as famílias canadianas possam pagar abrigo, alimentação e outras necessidades. Precisamos de cerca de 5,8 milhões de unidades habitacionais adicionais até 2030 para restaurar a acessibilidade, e temos de fazer mais para apoiar as condições empresariais, para que possamos atrair investimentos para produzir e construir estas casas.

O setor florestal do Canadá oferece caminhos práticos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, apoiar a prosperidade rural e do norte e aliviar a pressão sobre o custo de vida com soluções Made-in-Canada:

  • Nenhuma indústria está melhor equipada para prevenir e mitigar os impactos de incêndios catastróficos e apoiar a saúde e a resiliência das florestas no processo. Os silvicultores canadenses estão entre os melhores do mundo na forma como administramos nossas terras com base em múltiplos valores.
  • Como maiores produtores de materiais de construção, somos essenciais para acelerar a construção de novas casas, aliviar os gargalos na construção e ajudar a resolver a crise imobiliária.
  • Fornecemos uma contribuição descomunal para o clima. As árvores e a madeira são sumidouros naturais de carbono — a tecnologia original de captura de carbono — e os produtos à base de madeira podem substituir materiais com maior intensidade de carbono.
  • Fazemos tudo isto enquanto mantemos mais de 200.000 canadianos empregados nas comunidades rurais e do norte, onde as perspectivas de emprego para sustentar a família são mais limitadas.

Isso é um resultado quádruplo.

Embora o governo possa fazer muito mais para aproveitar as soluções florestais canadenses para o meio ambiente e a economia, temos visto desenvolvimentos positivos nos últimos meses.

Por exemplo, o plano do governo federal de introduzir um catálogo de projetos de habitação pré-aprovados para acelerar as aprovações de licenciamento oferece potencial para produtos de madeira e para atrair mais canadenses para casas que possam pagar mais rapidamente.

Em Novembro, a Ministra das Finanças, Chrystia Freeland, anunciou créditos fiscais verdes para tecnologias relacionadas com a biomassa – encorajando a utilização de sobras de aparas, serradura e casca para a produção de energia – o que contribuirá de alguma forma para colmatar as crescentes lacunas de competitividade com os EUA.

Há muito mais que pode ser feito – desde ser mais pró-ativo na gestão de florestas em abrigos contra incêndios, até aumentar os incentivos para usar mais madeira na construção, melhorar o código nacional de construção do Canadá, melhorar a formação dos trabalhadores, garantir as realidades únicas enfrentadas pelas áreas rurais e as comunidades do norte são tidas em conta nas principais decisões políticas nacionais.

Olhando para 2023, somos certamente lembrados de que o nosso mundo está a mudar rapidamente. A nossa obrigação para com as gerações futuras é enfrentar os nossos desafios prementes com soluções inovadoras. Para esse fim, o setor florestal do Canadá e os seus trabalhadores oferecem uma oportunidade única e um caminho claro a seguir.

Fonte: Forest Products Association of Canada.

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MS Florestal abre vagas para Jovem Aprendiz com inscrições até segunda-feira (08)

O início está previsto para fevereiro e o contrato será de dois anos de duração; os interessados deverão enviar currículo para o e-mail indicado no conteúdo desta publicação

Mato Grosso do Sul, 04 de janeiro de 2024 – A MS Florestal, empresa genuinamente sul-mato-grossense na área de florestas, está com 10 vagas abertas para Jovem Aprendiz para atuar na área administrativa no escritório de Campo Grande. O candidato deverá ter entre 16 e 22 anos, e estar cursando ou ter concluído o Ensino Médio. Será ofertada uma bolsa no valor de R$ 600 e vale transporte. As inscrições ficarão abertas apenas até a segunda-feira, dia 8 de janeiro.

A carga horária de trabalho é de 4h, desempenhando atividades administrativas em diferentes setores da empresa. O início está previsto para fevereiro e o contrato será de dois anos de duração. Os interessados deverão enviar currículo para o e-mail vmsilva@bracell.com.

Vaga para Assistente Administrativo Tributário

A MS Florestal ainda oferece uma vaga aberta de Assistente Administrativo no departamento tributário, também com inscrições até a segunda (8) e para atuação no escritório da Capital. Os requisitos obrigatórios são Ensino Médio completo, além de comunicação e habilidade interpessoais excelentes. Os candidatos que também apresentarem Ensino Superior, e entre 1 ou 2 anos de experiência profissional em funções semelhantes, terão vantagem no processo seletivo, mas não são quesitos desclassificatórios.

Como integrante do departamento tributário, o profissional realizará, sob orientação, registros e conferências dos processos contábeis e fiscais; formação do custo de aquisição; tratamento tributário dos documentos fiscais em geral; análise de relatórios e demonstrativos de acompanhamento das operações fiscais; apoio nas apurações dos tributos municipais, estaduais e federais; apoio nas elaborações e entregas das obrigações acessórias; e apoio no atendimento aos clientes internos dos demais departamentos da companhia.

Todas as informações sobre a inscrição estão disponíveis neste link, ou buscando a vaga no site bracell.com/carreiras.

Sobre a MS Florestal A MS Florestal é uma empresa genuinamente sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, com ênfase na silvicultura, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. A MS Florestal é comprometida com a filosofia empresarial dos 5Cs, de que tudo o que fazemos deve ser bom para a Comunidade, para o País, o Clima e para o Cliente e só então será bom para a Companhia.

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Papel: vilão ou exemplo de sustentabilidade?

Artigo de Luiz Alberto Melchert de Carvalho e Silva.

Há quem correlacione a produção de celulose e papel com o desmatamento da Amazônia, o que requer alguns esclarecimentos, haja vista que se trata de um assunto específico, longe de ser um conhecimento popular.

Quem tem mais de cinquenta anos, durante sua infância, ouviu pessoas a pé puxando carroças e gritando: “Olha o garrafeiro!,Olha o jornal!” Isso está fartamente descrito no livro “Quarto de Despejo, diário de uma favelada” de Carolina de Jesus. Naquele tempo, o papel para imprimir e escrever, como era classificado para fins de comércio exterior, era todo importado, sendo os jornais os maiores importadores. Assim, o comércio de papel reciclado tinha uma participação significativa no mercado.

Na verdade, até o século XIX, o papel era feito de trapos esgarçados e comprimidos depois de cozidos. Quanto mais ensebado o trapo, melhor seria o papel resultante. Os comerciantes de trapos eram chamados de trapistas. Foi nos Estados Unidos que se descobriu que a soda cáustica era capaz de digerir a lignina, mantendo a celulose, daí as primeiras fábricas de papel em larga escala. O processo começa com a decifragem dos troncos transformando-os numa massa, conhecida como pasta mecânica. Em seguida, essa pasta vai para os tanques de digestão, onde a lignina é atacada pela soda cáustica, até sobrar somente a celulose. É então que começa o processo de fabricação de papel. A massa é misturada a branqueadores químicos e ao caulim como alvejante. Finalmente, começa o processo de laminação, quando as trefiladoras comprimem a massa, expondo a água, que é separada por lâminas extremamente afiadas, deixando o papel quase seco para passar pela estufa e ser enrolado em bobinas. Claro  que essa foi uma explicação extremamente simplificada, haja vista que o papel pode ter inúmeros tipos de acabamento e texturas diversas conforme o uso.

Não é preciso ser muito versado em processos industriais para perceber que não é qualquer tipo de árvores que se presta à transformação em celulose e papel em escala. É preciso que o tronco seja o mais cilíndrico possível, o que descarta 99% das espécies. Em segundo lugar, é preciso que tenha crescimento rápido para reduzir custos. Em terceiro lugar, deve ter madeira macia para facilitar a desfibragem. Os dois últimos motivos descartam toda a madeira nobre porque ela demora para crescer e é muito dura e pesada, não se prestando ao maquinário. Aliás, as canaleta por onde correm os troncos têm tamanho fixo, o que requer padronização. Espera-se que o tronco tenha 40 cm de diâmetro para a colheita.

As coníferas como eucalipto e pinheiros são as espécies mais usadas porque seu fuste é reto, nunca se bifurca e crescem muito rapidamente, tornando sua madeira leve. Além disso, as florestas destinadas à produção de celulose estão sujeitas à poda de condução, cuja finalidade é homogeneizar o bosque. Os galhos resultantes da poda, também conhecidos como ponteiros, são destinados à produção de carvão ou lenha para padarias.

A rigor, qualquer fibra vegetal pode virar papel, até calças jeans velhas. Assim, existem fábricas especializadas na fabricação de celulose de cana, seja do bagaço, seja da palhada restante da colheita mecanizada. A sazonalidade faz com que elas percam em volume para a madeira que pode ser armazenada para que as fábricas funcionem o ano inteiro incessantemente. Independentemente do método, a lignina é queimada e transformada em energia elétrica, cujo excedente pode ser vendido à rede pública, e o vapor restante usado no processo produtivo. Isso permite que a soda seja reutilizada, evitando seu descarte nos cursos d’água.

Todas as exigências eliminam a possibilidade de haver qualquer correlação entre a produção de celulose e o desmatamento da Amazônia. Toda a produção desse item se dá no sudeste com plantio controlado, ocupando áreas anteriormente de pasto ou lavoura de cana cuja inclinação não permite a obrigatória colheita mecanizada. Não é à toa que o florestamento é crescente em São Paulo e Mato grosso do Sul. Ademais, o Canadá e várias regiões dos Estados Unidos vivem da exploração racional das florestas de coníferas, por que não nós?

Para quem se interessar, convido a ler o artigo homônimo a este, de autoria de Júlia Fraga, então minha orientanda. Ele está disponível em https://revistas.brazcubas.br/index.php/dialogos/article/view/22/31.

Luiz Alberto Melchert de Carvalho e Silva é economista, estudou mestrado na PUC-SP, é pós-graduado em Economia Internacional pela Columbia University (NY) e doutor em História Econômica pela USP. No terceiro setor, sendo o mais antigo usuário vivo de cão-guia, foi o autor da primeira lei de livre acesso do Brasil (lei municipal de São Paulo 12492/1997), tem grande protagonismo na defesa dos direitos da pessoa com deficiência, sendo o presidente do Instituto Meus Olhos Têm Quatro Patas (MO4P). Nos esportes, foi, por mais de 20 anos, o único cavaleiro cego federado no mundo, o que o levou a representar o Brasil nos Emirados Árabes Unidos, a convite de seu presidente Khalifa bin Zayed al Nahyan, por 2 vezes.

Informações: Jornal GGN.

Imagem: Divulgação Tomgraf.

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Para reduzir riscos na atividade florestal, Embrapa vai testar clones de eucalipto

O Conselho Gestor do Desenvolve Floresta do Estado de Mato Grosso aprovou o financiamento de um projeto de pesquisa liderado pela Embrapa Agrossilvipastoril e Associação dos Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta) para a avaliação de clones de eucalipto.

O projeto testará 60 clones de eucalipto desenvolvidos pela Embrapa visando atender à crescente demanda por madeira para energia. O objetivo é o de recomendar materiais mais adaptados e produtivos para as condições de clima e solo do estado. Com isso, espera-se reduzir os riscos na atividade florestal.

“Hoje basicamente a silvicultura de eucalipto em Mato Grosso é pautada em três materiais. O H13, o VM01 e o I144. Tem um ou outro que vai bem em determinada região, mas esses três são os que se desenvolvem bem em todas as regiões. Então é um risco muito alto, caso surja alguma praga ou doença a qual esses materiais sejam suscetíveis. Então o foco do trabalho é aumentar o leque de opções de materiais para minimizar esse risco que existe”, explica o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril e líder do projeto Maurel Behling.

Serão instalados experimentos em cinco regiões de Mato Grosso, onde os clones serão testados em parcelas de 100 plantas (10×10). Os testes clonais ampliados (TCA) serão conduzidos pela Embrapa e por empresas associadas à Arefloresta.

“A ideia é plantar em locais representativos de onde será cultivado o eucalipto em Mato Grosso. Então são áreas marginais para a agricultura. Geralmente são áreas de solo mais arenosos”, explica Maurel Behling.

No campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, onde o solo é de textura média e argilosa, também haverá um ensaio para acompanhamento e preservação dos materiais genéticos.

Os 60 clones utilizados são oriundos de trabalhos de seleção e melhoramento genético realizados pela Embrapa Florestas  em Goiás e Mato Grosso do Sul, soc coordenação do pesquisador Estefano Paludzyszyn Filho. Anteriormente, uma outra etapa da pesquisa havia sido realizada em Sinop (MT), com auxílio da Flora Sinop, para testar a produção de mudas e o enraizamento dos materiais.

O orçamento aprovado para o novo projeto é de R$ 2,4 milhões, distribuídos ao longo de seis anos de execução. O valor sai do Fundo de Desenvolvimento Florestal do Estado de Mato Grosso, subordinado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

Informações: Sou Agro.

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Ferbasa e Aperam criam empresa para explorar bioenergia

Objetivo é ampliar a competitividade no setor florestal e garantir o suprimento de redutor renovável

A Ferbasa se associou à Aperam Inox América do Sul, empresa controlada pelo grupo ArcelorMittal, para constituição da Bahia Minas Bioenergia Ltda., sediada no estado de Minas Gerais e que terá como propósito específico realizar aquisição de imóveis rurais para exploração da cultura do eucalipto e outras espécies florestais equivalentes.

A empresa baiana informa que, objetivando ampliar sua competitividade no setor florestal e garantir o suprimento de redutor renovável, firmou com Aperam Bioenergia um contrato de fornecimento de carvão, com prazo de 35 anos, envolvendo um volume mínimo de 20 mil toneladas anuais a partir de 2024.

De acordo com a Aperam, a associação com a Ferbasa está em linha com sua estratégia de aumentar em 20% suas operações florestais existentes e expandir para novos modelos de negócio com foco na transição energética.

As operações da Aperam Bioenergia estão localizadas no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, e têm capacidade para produzir anualmente 450 mil toneladas de carvão vegetal proveniente de florestas renováveis.

“A parceria também permite à Aperam otimizar e aumentar ainda mais a produção de carvão vegetal – uma fonte de energia renovável e sustentável baseada em biomassa que já está evitando a emissão de 700 mil toneladas de CO2 por ano. A expansão também permitirá à BioEnergia desenvolver significativamente novos modelos de negócios associados à energia renovável e à descarbonização global”, informa a Aperam.

Informações: Brasil Mineral.

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Exclusivo – Governo Federal divulga repasse de R$ 25 milhões para obras em rodovias de MS; duplicação da BR-262 não está incluída

Importante rodovia no transporte logístico será atendida em um trecho, porém duplicação está “fora” do pacote anunciado

Nesta última quarta-feira (27), o Governo Federal, por meio do Ministério de Estado do Planejamento e Orçamento, divulgou abertura de crédito suplementar. Para Mato Grosso do Sul, serão destinados mais de R$ 25 milhões. De acordo com a portaria, assinada pelo ministro substituto Gustavo José de Guimarães e Souza, fica aberto o orçamento da Seguridade Social da União, em favor do Ministério da Previdência Social.

O valor total é de R$ 2.686.344.524, para atender demandas já programadas. Para Mato Grosso do Sul, são dois programas que receberão os investimentos.

Rodovias contempladas

Para construção de trecho rodoviário no entroncamento da BR-163 em Rio Verde de Mato Grosso e entroncamento da BR-262 em Aquidauana, na BR-419, serão destinados R$ 14.951.393.

Para adequação do trecho rodoviário Bataguassu – Porto Murtinho, na BR-267, serão repassados R$ 10.208.878.

O caso da BR-262

O pacote de obras anunciado, não inclui a duplicação da BR-262, também conhecida como “rodovia da morte”, devido às constantes ocorrências de acidentes em todo o seu percurso. A rodovia liga várias cidades de MS, e segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), um dos trechos mais perigosos inclui as cidades de Três Lagoas a Campo Grande, devido às condições da estrada, e alto fluxo de carretas.

A instalação de novas atividades econômicas na região, ligadas à silvicultura/celulose, influenciam diretamente no fluxo de veículos, também em maior número de acidentes. A BR-262, é um dos principais trechos de transporte logístico, e tem sido há anos alvo de reclamações de motoristas.

Escrito por: redação Mais Floresta.

Crédito imagem: Rádio 90 FM.

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Suzano elevará preço da tonelada de celulose em todos os mercados em janeiro

A Suzano está comunicando a clientes sobre novos aumentos nos preços da celulose de eucalipto, desta vez para encomendas feitas a partir de janeiro, confirmou a empresa nesta quarta-feira, após ser procurada pela Reuters.

Para a China, o preço da commodity será elevado em 10 dólares e para América do Norte e Europa em 80 dólares em cada região.

A maior produtora de celulose de eucalipto do mundo confirmou que na América do Norte o valor do produto será elevado para 1.330 dólares a tonelada enquanto na Europa irá para 1.140 dólares a partir de janeiro.

A Suzano não informou o preço para a China, mas desde setembro, quando o preço estava em 550 dólares, a Suzano anunciou reajustes que somam um total de 110 dólares.

O reajuste de janeiro é o quinto seguido, mas o aumento para a China é menor que o praticado pela empresa em dezembro, quando o preço da celulose para o país asiático foi elevado em 20 dólares.

Nas outras regiões, o reajuste de janeiro foi o mesmo do realizado este mês.

A ação da Suzano subia 3% às 15h41, enquanto o Ibovespa mostrava oscilação positiva de 0,07%.

Informações: Reuters.

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