PÁGINA BLOG
Featured Image

Governo do Estado fará túnel para hexatrens na MS-338 entre Camapuã e Ribas do Rio Pardo

A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), do Governo Estadual, lançou licitação com valor estimado de R$ 8.780.957,26 para a construção de uma passagem, ou túnel, para que caminhões de grande porte, os chamados hexatrens, possam atravessar a rodovia estadual MS-338, levando eucalipto para empresas de celulose da região leste do Estado. Esses veículos maiores passarão a se tornar mais comuns, atendendo as empresas por ampliar a capacidade de transporte de matéria-prima para as indústrias, com condição de levar 200 toneladas de madeira.

O edital da licitação, publicado no dia 30 de outubro, aponta que o critério de escolha será o menor preço, devendo ser as propostas apresentadas no dia 26 de novembro. A localização exata da intervenção de passagem na rodovia é a região de entrada da BR-060 com a MS-357. A MS-388 é uma rodovia ainda em pavimentação. Ela vai ligar Camapuã a Ribas do Rio Pardo, com 111,5 quilômetros de extensão, tendo começado na região de Camapuã. No começo do ano passado, o governo informou que a primeira metade envolveria investimentos de  R$ 120,1 milhões e outros 132,5 milhões seriam para o trecho que chegará em Ribas.

A Suzano, que tem uma fábrica em Três Lagoas e ativou outra em Ribas do Rio Pardo em julho, informa em seu site que utiliza 25 hexatrens, que são composições com seis semirreboques, consideradas as maiores do mundo para esse tipo de transporte. A companhia aponta que o aumento da quantidade em um único veículo favorece a logística e também tem um papel ecológico, com redução de emissão de carbono na natureza com o transporte. A empresa tem no Estado 457 mil hectares de florestas plantadas, algumas estão em cidades mais distantes da nova fábrica, de Ribas, mas revelou o plano de concentrar a matéria-prima em áreas próximas à fábrica.

Os veículos são utilizados para transporte fora de rodovias, em áreas de fazenda. A fabricante, Volvo, divulga em seu site que o uso já é uma tradição para a empresa, desde a unidade de Três Lagoas, há mais de dez anos.

Imagem: Bruno Rezende

Segundo a fabricante, o conjunto possui capacidade para transportar até 200 toneladas, um aumento de 127% em relação aos tritrens e de 27% em relação aos pentatrens.

Conforme a Agesul, na MS-338 já existe uma passagem para hexatrem, mas surgiu a necessidade de mais uma estrutura para garantir a travessia segura do eucalipto até a fábrica, evitando risco de acidente. O órgão também informa que, com o uso das estradas internas, há preservação da vida útil da rodovia.

A região leste de Mato Grosso do Sul concentra investimentos bilionários na produção de eucalipto e fabricação de celulose. Além de quatro plantas já ativas, o Estado ainda receberá uma unidade da Arauco, em Inocência, e recentemente foi anunciada uma planta em Água Clara. O Estado obteve recentemente do BNDES financiamento de R$ 2,3 bilhões para investimentos em estradas, com ênfase na região das empresas, para melhorar as opções de transporte de pessoas e produtos.

Informações: Campo Grande News.

Featured Image

Governo muda data para ‘bater o martelo’ da Rota da Celulose

Ajuste de agenda com bolsa de valores de São Paulo altera em um dia a concessão das rodovias do leste de MS

O governo do Estado mudou a data do leilão do projeto ‘Rota da Celulose’, que prevê a concessão de trechos das rodovias BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395. Conforme publicação do DOE (Diário Oficial do Estado), o martelo será batido no dia 6 de dezembro, às 10h, na sede da B3, em São Paulo (SP).

As propostas comerciais e os documentos necessários à participação na licitação serão recebidos no local no dia 2 de dezembro, das 10h às 12h. Conforme a assessoria de imprensa do EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas), a alteração de um dia a mais do previsto foi feita por motivo de ajuste de agenda com a B3.

O bloco de rodovias que vai para o leilão passa por nove municípios do Estado, entre eles Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Água Clara, Três Lagoas, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e Anaurilândia. A concessão será de 30 anos, em um trecho de 870 km de rodovias (estaduais e federais).

Compreende os seguintes trechos: MS-040, de Campo Grande a Santa Rita do Pardo (226,3 Km); MS-338, que liga Santa Rita do Pardo e o entroncamento com a MS-395 (60,1 Km); e MS-395, de Bataguassu ao entroncamento com a MS-338 (7,7 Km); além da BR-262, ligando Campo Grande a Três Lagoas (328,2 Km) e BR-267, de Bataguassu a Nova Alvorada do Sul (248,1 Km).

Nesse pacote estão previstos 114,5 km de duplicações, 457 km de acostamentos, 251 km de terceiras faixas, 12 km de via marginal e 82 dispositivos, que vão proporcionar mais segurança. Ainda terá a prestação de serviços aos usuários por meio de 50 veículos operacionais, entre ambulâncias, guinchos, combate a incêndios, desobstrução de pistas e inspeção para controle do tráfego.

Informações: Campo Grande News.

Featured Image

‘Boom’ da celulose conta com investimento pesado na recuperação e pavimentação de estradas

A expansão da indústria de celulose está transformando a infraestrutura rodoviária e aeroportuária de Mato Grosso do Sul. Para atender às demandas desse crescimento, o Governo do Estado está intensificando investimentos em obras na região que abriga a megafábrica de celulose da Arauco, próxima ao município de Inocência, promovendo avanços tanto em vias terrestres quanto aéreas.

Equipes da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seilog) e da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) visitaram recentemente as obras que impactarão o desenvolvimento econômico da Costa Leste, com foco nas rodovias MS-377 e MS-320. Sob a coordenação do secretário Guilherme Alcântara, o grupo percorreu trechos dessas rodovias, que estão no planejamento para receber melhorias e facilitar o transporte de insumos e a circulação de produtos da fábrica, prevista para operar em 2028.

Entre as principais obras, destaca-se a restauração de 48 km da rodovia MS-377, que liga Inocência a Água Clara, com previsão de licitação para o início de 2025. Em paralelo, um estudo de Parceria Público-Privada (PPP) com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) está em andamento para a recuperação e manutenção de outros trechos da MS-377 e da MS-240, facilitando o trânsito entre Água Clara até Paranaíba.

A Agesul também desenvolve o projeto de pavimentação de 63 km da MS-320, atualmente uma estrada de terra. Esse novo asfalto, com terceira faixa em pontos estratégicos e substituição de três pontes de madeira por estruturas de concreto, facilitará o tráfego entre a MS-377 até Três Lagoas, melhorando a segurança e conectividade da região até Inocência. Para garantir acesso seguro à fábrica da Arauco, o Governo do Estado também construirá um novo acesso rodoviário pela MS-377.

O secretário Guilherme Alcântara ressaltou a importância de uma infraestrutura bem planejada para acompanhar o crescimento socioeconômico da região. “Estamos promovendo essas vistorias para definir os serviços a serem executados em 2025. Essas obras não só atendem à demanda das empresas, mas transformam a realidade e melhoram a qualidade de vida da população”, explicou.

Rudi Fiorese, diretor de Infraestrutura Rodoviária (DIR), comentou que a Agesul está finalizando o edital para a obra de pavimentação da MS-320, fundamental para interligar Três Lagoas e o município de Paraíso das Águas.

Desenvolvimento visto de cima

Além das melhorias nas rodovias, o Governo do Estado também investe na ampliação da infraestrutura aeroportuária. Às margens da MS-240, entre Paranaíba e Inocência, a construção de um novo aeródromo em Inocência está a pleno vapor. Segundo o superintendente de Logística e coordenador de Transporte Aéreo da Seilog, Derick Hudson Machado de Souza, a obra visa impulsionar a competitividade e atrair novos investimentos. Com recursos de R$ 15,4 milhões, o projeto inclui pistas de pouso e taxiway, pátio de aeronaves e alambrado operacional.

“Atualmente, temos cerca de 45% dos serviços concluídos. Já finalizamos a terraplenagem e estamos iniciando a pavimentação, com previsão de operação para janeiro, quando a pista, com 30 metros de largura e 1,6 km de extensão, poderá receber aeronaves de médio porte”, informou Derick.

O aeródromo de Paranaíba, também está na rota do que vem se consolidando como o ‘Vale da Celulose’ – devido à relevância da indústria na região – também recebeu R$ 5 milhões para a restauração de pistas e pátio de aeronaves, fortalecendo ainda mais a infraestrutura local para receber o crescimento impulsionado pela instalação da fábrica da Arauco. O dispositivo já está em operação.

Considerada um dos maiores empreendimentos globais do setor, a unidade da Arauco, multinacional chilena, tem gerado desenvolvimento sustentável e consolidado Mato Grosso do Sul como liderança nacional na produção de celulose.

As vistorias foram acompanhadas pelo diretor-presidente da Agesul, Mauro Azambuja e pelo diretor de Projetos e Orçamentos (DPO), Magno Mendes.

Featured Image

Celulose: investimento de R$ 75 bilhões, sete fábricas e 12 milhões de toneladas de produção; futuro do MS é o desenvolvimento

Em Inocência, a chilena Arauco tem a previsão de entrar em operação em 2028. Já em Água Clara, mais um mega investimento deve acontecer em breve: a construção da Bracell

Um investimento de R$ 75 bilhões e mais de 12 milhões de toneladas de celulose. Esta deve ser a produção de Mato Grosso do Sul muito provavelmente daqui uns 5 anos. O Estado que já é uma potência mundial do setor, deve se consolidar como maior exportador de celulose do planeta com sete fábricas.

O fato é que Mato Grosso do Sul virou o ‘pai’ da celulose. Abrigando três fábricas, Três Lagoas é pioneira no assunto. A cidade tem já tem a Eldorado e duas linhas da Suzano, podendo, em breve, receber a segunda linha da Eldorado e se consolidar como destaque mundial no setor e a primeira no ranking quando o assunto é exportação. O município ajuda o Estado a cada vez mais trazer novas fábricas e novos grandes investidores, sempre alavancando a economia e a gerar milhares de empregos.

Vale da celulose

A região já é conhecida como o Vale da Celulose e vai crescer ainda mais já que grandes indústrias estão sendo instaladas na região. Em Inocência, a chilena Arauco tem a previsão de entrar em operação em 2028. Já em Água Clara, mas um mega investimento deve acontecer em breve: a construção da Bracell.

Produção de celulose.

Somando a produção de todas as sete fábricas que Mato Grosso do Sul deve ter nos próximos anos, o Estado pode chegar a produzir mais de 12 milhões de toneladas de celulose que são exportadas para os quatro cantos do mundo.

Para tanta produção, não podemos esquecer da geração de emprego. No pico da obra de uma fábrica, é preciso que pelo menos 10 mil pessoas trabalhem no empreendimento. Com isso, pessoas de todos os lugares do mundo se instalam em Mato Grosso do Sul em busca de melhores condições de vida.

Impactos

E se tem demanda, o que acontece? Empresários das cidades se reinventam para conseguirem atender a nova clientela. A construção de uma fábrica movimenta toda economia de uma região. Afinal, são milhares de novos moradores que precisam de serviços de hotéis, alimentação, vestuário, mercado, etc.

Para receber tamanha quantidade de pessoas, as fábricas, juntamente com órgãos públicos realizam um estudo de como as indústrias impactam um município. As empresas, prefeitos e o governador se unem em prol do desenvolvimento.

E o desenvolvimento vêm em várias áreas, incluindo na qualificação. Devido à grande demanda que as fábricas precisam, nem sempre conseguem a devida mão de obra qualificada. Em parcerias, as indústrias oferecem cursos gratuitos e muitas vezes até pagam para as pessoas conseguirem a qualificação. No Mato Grosso do Sul a população cresce com as fábricas.

MS: potência mundial

Mato Grosso do Sul era um Estado conhecido por sua agropecuária, mas hoje em dia já é conhecido por suas mega industrias. Em uma rede social, o secretário da Semadesc Jaime Verruck também destacou as metas do Estado para se tornar uma potência mundial na produção e destino de grandes empreendimentos.

“Mato Grosso do Sul registrou aumento de 15% em sua área de florestas plantadas em relação ao ano de 2023, maior crescimento do Brasil. Com seis plantas confirmadas em investimentos de R$ 75 bilhões, o Estado tem atualmente a segunda maior área de florestas plantadas do País, com 1,5 milhão de hectares, sendo 98% dessa área destinada ao cultivo de eucalipto, utilizado principalmente pela indústria de papel e celulose, que tem forte presença no Estado”, disse Verruck.

Empregos

A cadeia produtiva florestal gera mais de 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos no Estado, sendo o primeiro em exportação de celulose e o segundo em produção. Em julho de 2024 a Suzano iniciou a operação da sua nova Fábrica em Ribas do Rio Pardo, sendo a maior indústria de celulose de linha única do mundo. Na grande região de Três Lagoas, conhecido como ‘Vale da Celulose’ estão aproximadamente 1,35 milhão de hectares de eucalipto, 93% da produção estadual.

O MS é 1º estado em produção de madeira em tora para papel e celulose e responde por 24% da produção nacional de celulose (aproximadamente 5,5 milhões de toneladas/ano).

Carbono neutro

“Nós queremos no futuro ser um Estado próspero. Então nós vamos fazer todo esforço para continuar crescendo acima da média nacional. Nosso indicador de prosperidade é o Produto Interno Bruto, que nós continuássemos a ser um estado sustentável, e aí nós temos uma meta de Estado Carbono Neutro 2030. Então todas as nossas políticas públicas, elas têm a questão da sustentabilidade inserida. Que fossemos um Estado Digital e em todas as nossas ações, nós queremos cada vez mais que o nosso cidadão acesse o poder público”, salientou o secretário durante um evento realizado há algumas semanas. Verruck detalhou o PROFLORESTA, Plano Estadual de Desenvolvimento do setor florestal que prevê a consolidação da cadeia produtiva de papel e celulose; ampliação e diversificação da base florestal; diversificação da matriz econômica e estabelecimento de uma base industrial competitiva.

Secretário da Semadesc Jaime Verruck.

Além disso, o secretário apresentou aos participantes a política do Estado Carbono Neutro, alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, preservação da biodiversidade, implantação da política de mudanças climáticas e o Plano Estadual de Transição Energética.

“Esta é uma oportunidade de mostrarmos o nosso setor florestal. MS já tem uma pauta de exportações robusta de celulose com 23% de participação da indústria. Então, discutimos também os desafios: da moradia, da qualificação da mão de obra, e principalmente o horizonte de novos investimentos”, acrescentou.

Informações: Perfil News.

Featured Image

Celulose em Mato Grosso do Sul: protagonista na produção e aliada contra as mudanças climáticas

Estudo realizado pela Embrapa Cerrados e pela Universidade de Brasília (UNB) revela que um hectare de eucalipto é capaz de fixar 674,17 toneladas de CO₂

Mato Grosso do Sul assume em 2024 um papel de liderança na produção de celulose no Brasil. Já consagrado como o maior exportador brasileiro, o estado agora se destaca como o maior produtor do país com a entrada em operação da quarta fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo.

Esse crescimento impressionante é relativamente recente, com a primeira indústria instalada em 2009, mas já demonstra um compromisso firme com os princípios de ESG (Environmental, Social and Governance), priorizando sustentabilidade e ações contra as mudanças climáticas.

Um dos maiores trunfos do setor de celulose para a preservação ambiental está nas florestas plantadas, principalmente de eucalipto, que desempenham um papel crucial na captura de dióxido de carbono (CO₂) e outros gases de efeito estufa.

Estudo realizado pela Embrapa Cerrados e pela Universidade de Brasília (UNB) revelou que um hectare de eucalipto é capaz de fixar 674,17 toneladas de CO₂. Com uma área cultivada de aproximadamente 1,5 milhão de hectares, estima-se que Mato Grosso do Sul tenha cerca de 1,011 bilhão de toneladas de CO₂ equivalentes estocados em suas florestas, um valor próximo às emissões anuais do Japão, um dos maiores emissores globais de carbono.

A indústria da celulose em MS — Foto: g1 MS

A indústria da celulose em MS — Foto: g1 MS

Especialistas destacam o papel do eucalipto no sequestro de carbono

A pesquisadora Karina Pulrolnik, da Embrapa Cerrados, enfatiza a eficácia das florestas plantadas, especialmente do eucalipto, na captura de CO₂ por meio da fotossíntese e no armazenamento de carbono na biomassa e no solo.

“O cultivo de florestas é considerado um meio eficiente na retirada do CO₂ da atmosfera, e o eucalipto, devido ao seu rápido crescimento, é uma das árvores mais eficazes para estocar carbono e mitigar gases de efeito estufa”, explica Pulrolnik.

Ela ressalta que esse cultivo deve ocorrer em áreas degradadas ou já utilizadas para atividades agropecuárias, evitando a substituição de florestas nativas.

Adriano Scarpa, gerente de Mudança do Clima da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), destaca a importância do manejo florestal sustentável.

“As empresas mantêm reservas de florestas para garantir a continuidade da produção e, ao mesmo tempo, estocar carbono. Esse ciclo de plantio e colheita garante que o carbono retirado da atmosfera fique retido na biomassa das árvores, reduzindo os efeitos das mudanças climáticas”.

Contribuição para a biodiversidade e sustentabilidade

Além de mitigar as mudanças climáticas, as plantações de eucalipto em Mato Grosso do Sul também têm um impacto positivo na preservação da biodiversidade.

Aves da espécie Águia-cinzenta são avistadas pelas torres de monitoramento nas florestas da Suzano em Mato Grosso do Sul — Foto: Divulgação/Suzano

Aves da espécie Águia-cinzenta são avistadas pelas torres de monitoramento nas florestas da Suzano em Mato Grosso do Sul — Foto: Divulgação/Suzano

A Suzano, uma das principais empresas do setor, adota práticas de manejo que incluem a criação de corredores ecológicos que permitem a circulação de animais e a conexão entre áreas de conservação. Em suas propriedades, já foram catalogadas mais de 1.500 espécies de fauna e flora, incluindo espécies ameaçadas como a águia-cinzenta e o cachorro-vinagre, indicando a alta qualidade ambiental das suas áreas de cultivo.

“Nas nossas florestas, encontramos ambientes seguros para espécies ameaçadas se reproduzirem, como o tatu-canastra e a onça-pintada, que dependem de uma grande diversidade de presas para sobreviver”, destaca Renato Cipriano Rocha, coordenador de Meio Ambiente Florestal da Suzano em MS.

A Eldorado também adota diversas técnicas de manejo florestal que trazem benefícios ambientais. Historicamente, já foram observadas nas áreas da companhia 460 espécies de fauna, muitas das quais são bioindicadores da saúde dos ecossistemas e estão incluídas em listas de espécies ameaçadas de extinção, incluindo espécies raras e endêmicas como a raposinha.

Raposinha encontrada nas florestas da Eldorado — Foto: Divulgação

Raposinha encontrada nas florestas da Eldorado — Foto: Divulgação

Benefícios adicionais: uso de biocombustíveis e redução do uso de fósseis

Outro benefício do setor de celulose está no uso de biocombustíveis derivados do processamento da madeira, como o licor preto, que é utilizado como fonte de energia renovável, substituindo combustíveis fósseis. Isso contribui para que aproximadamente 87% da energia consumida no setor de celulose provenha de fontes limpas e sustentáveis, ampliando ainda mais os benefícios ambientais.

“Ao utilizar biocombustíveis de origem renovável, estamos evitando o uso de combustíveis fósseis e prolongando os efeitos positivos da redução de gases de efeito estufa”, explica Scarpa, reforçando que essa prática é essencial para a sustentabilidade do setor.

Floresta de eucalipto em Mato Grosso do Sul. — Foto: Reprodução

Floresta de eucalipto em Mato Grosso do Sul. — Foto: Reprodução

Mato Grosso do Sul não só lidera a produção de celulose no Brasil como também se posiciona como um exemplo de sustentabilidade e preservação ambiental. Com práticas de manejo florestal que equilibram a produção econômica e a proteção da biodiversidade, o estado contribui significativamente para a captura de carbono e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, mostrando que desenvolvimento e sustentabilidade podem caminhar juntos.

Crescimento robusto do setor de celulose em Mato Grosso do Sul

O crescimento do setor de celulose em Mato Grosso do Sul tem sido um dos motores mais significativos do desenvolvimento econômico do estado. Atualmente, com três plantas industriais em operação — duas da Suzano e uma da Eldorado em Três Lagoas — o estado processa cerca de 5 milhões de toneladas de celulose por ano. Em 2024, esse número foi ampliado com a entrada em operação da quarta fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, que adicionou 2,55 milhões de toneladas à capacidade anual.

A linha do tempo da celulose em Mato Gtosso do Sul — Foto: g1 MS

A linha do tempo da celulose em Mato Gtosso do Sul — Foto: g1 MS

Além das plantas em funcionamento, novos investimentos estão a caminho, como a instalação de uma unidade da Arauco em Inocência, prevista para 2028, com capacidade de 2,5 milhões de toneladas, uma nova linha de produção da Eldorado em Três Lagoas e uma linha de produção da Bracell, em Água Clara. Esses projetos consolidarão ainda mais a posição de Mato Grosso do Sul como líder nacional na produção de celulose.

Fatores como a aptidão para o cultivo do eucalipto, a localização estratégica, condições climáticas favoráveis, grandes áreas de terras disponíveis e um ambiente institucional propício foram fundamentais para impulsionar essa expansão.

Desde 2009, o volume de produção no estado cresceu 523,6%, saltando de 806,2 mil toneladas para 5 milhões de toneladas, e o Valor Bruto de Produção (VBP) aumentou 1.250%, de R$ 958 milhões para R$ 12,9 bilhões.

Além disso, o setor de celulose é intensivo em mão de obra, registrando um crescimento de 279,3% no número de colaboradores, que passou de 2.731 para 10.361 entre 2009 e 2021. O aumento na geração de empregos reflete a importância do setor tanto na área industrial quanto na agrícola, contribuindo significativamente para a economia local e a melhoria salarial dos trabalhadores.

Informações: G1/MS.

Featured Image

Exportações de celulose crescem 62,7% em MS

Crescimento do setor está alinhado à consolidação de novas fábricas; Estado tem potencial para receber a oitava planta

A consolidação do Vale da Celulose em Mato Grosso do Sul já pode ser percebida pela expansão de 62,75% nas exportações neste ano. O segmento movimentou US$ 1,765 bilhão de janeiro a setembro, enquanto no mesmo período do ano passado o Estado negociou US$ 1,085 bilhão – diferença de US$ 680,8 milhões.

Os dados constam na Carta de Conjuntura do Setor Externo, elaborada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), e apontam ainda que o volume de comercialização também registrou aumento na comparação do período, uma vez que em 2023 foram enviadas 3,061 milhões de toneladas ao exterior, contra 3,135 milhões até setembro deste ano.

A celulose representa 22,7% do total da pauta de exportações do Estado, ficando somente atrás da soja (34,48%). Os números que comprovam o potencial do segmento evidenciam ainda a importância do núcleo produtivo localizado em Mato Grosso do Sul.

“Quando olhamos para a celulose, realmente o Estado hoje é um destaque mundial”, analisa o titular da Semadesc, Jaime Verruck.

Ao Correio do Estado, o secretário destaca que Mato Grosso do Sul ainda dispõe de capacidade para expandir o setor. 

“Com a quinta planta industrial sendo construída em Inocência, da Arauco, e o anúncio da sexta planta industrial, no município de Água Clara, tenho certeza de que nós temos espaço para a sétima e para a oitava, consolidando realmente o Vale da Celulose e um estado, obviamente, de uma maneira significativa, exportador”, afirma Verruck.

O mestre em Economia Eugênio Pavão explica que, com a chegada da indústria de celulose, Mato Grosso do Sul obteve enormes ganhos financeiros.

“Com a exportação do produto e os investimentos maciços em florestas plantadas e recebendo até investimentos estrangeiros, por meio de fundos de pensões estrangeiros. Hoje, temos a indústria chilena Arauco se instalando no Estado, com possibilidades de maior crescimento do PIB até 2030”, detalha.

Atualmente, MS ocupa a segunda maior área de florestas plantadas do Brasil. Segundo dados do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga MS), a área total atingiu 1,48 milhão de hectares neste ano, área que deverá chegar a 2,5 milhões de hectares nos próximos anos. 

Desse total, 98% são dedicados ao cultivo de eucalipto, que é predominantemente utilizado pela indústria de papel e celulose, amplamente presente no Estado.

Investimentos

Conforme adiantado pelo Correio do Estado na edição do dia 2 de outubro, dados divulgados pelo presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) apontam que mais de 70% dos R$ 105 bilhões de investimentos previstos no setor de celulose para o País serão realizados em Mato Grosso do Sul. 

Paulo Hartung informou, durante um evento, que quase R$ 75 bilhões serão investidos em território sul-mato-grossense nos próximos três anos.

“Estivemos com o presidente da República, Lula, e nós levamos para ele o número de investimento do setor nos próximos três anos. A carteira de investimento do setor é uma das maiores carteiras de investimento do setor privado brasileiro. São R$ 105 bilhões contratados para serem investidos no nosso País, dos quais mais de R$ 70 bilhões serão em Mato Grosso do Sul”, afirmou o presidente da Ibá.

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), reiterou que o setor tem ajudado a transformar MS.

“Da nossa parte, vamos criar um ambiente de negócios que fique cada vez mais atrativo para setores em que somos competitivos, e a celulose é, sem dúvida, uma das estrelas deste processo. O setor investe R$ 75 bilhões no Estado”.

Mato Grosso do Sul tem uma capacidade instalada de produção de 4,9 milhões de toneladas anuais de celulose, produzidas em três linhas operacionais no município de Três Lagoas, sendo duas da Suzano e uma da Eldorado. 

A capacidade foi ampliada em mais 2,55 milhões de toneladas com a entrada em operação do Projeto Cerrado, da Suzano, elevando o total para 7,4 milhões de toneladas anuais.

A reportagem também adiantou que a Arauco anunciou a expansão da capacidade de produção e deverá se tornar a maior fábrica de celulose do mundo.

Com investimento de US$ 4,6 bilhões (equivalente a R$ 25,1 bilhões), a empresa do grupo chileno informou o aumento da capacidade produtiva da planta de Inocência, saindo dos iniciais 2,5 milhões de toneladas para 3,5 milhões de toneladas de fibra de eucalipto por ano. 

Outro investimento que pode chegar a MS é da Bracell. O grupo indonésio é um dos principais produtores de celulose solúvel do mundo e anunciou o interesse de construir uma nova fábrica em Água Clara, com investimentos previstos de R$ 25 bilhões. 

Também estão planejadas as segundas linhas de produção da Eldorado Celulose, em Três Lagoas (com uma capacidade prevista de 2,3 milhões de toneladas por ano), e da Arauco, em Inocência (2,5 milhões de toneladas anuais).

A reportagem também informou, na edição do dia 4 de maio de 2024, que os municípios de Figueirão e Alcinópolis são apontados como possíveis locais para a instalação de uma unidade que seria resultado de negociações com a multinacional Portucel Moçambique.

US$ 7,7 bi

De janeiro a setembro de deste ano, as exportações de MS alcançaram US$ 7,79 bilhões, impulsionadas por soja, celulose, carne e açúcares.

Informações: Correio do Estado.

Featured Image

Exportações de celulose impulsionam balança comercial do setor

Crescem vendas externas de celulose, papel, painéis de madeira e compensados

A balança comercial do setor florestal brasileiro encerrou o primeiro semestre de 2024 com um saldo positivo de US$ 7 bilhões, representando um aumento de 14,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho, detalhado no boletim Mosaico Ibá, produzido pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), reflete o crescimento expressivo das exportações de produtos florestais, que aumentaram 13,8%, enquanto as importações tiveram uma elevação de 3%.

A celulose, principal produto de exportação do setor, registrou um crescimento considerável no segundo trimestre, após um início de ano estável. As vendas externas de celulose totalizaram US$ 4,95 bilhões, um aumento de 19% em comparação aos primeiros seis meses de 2023. As exportações de papel também mostraram avanço, com um crescimento de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado, somando US$ 1,27 bilhão. Os painéis de madeira, por sua vez, destacaram-se com um aumento robusto de 50,8% nas vendas, atingindo US$ 218,3 milhões.

A produção do setor também apresentou resultados positivos. No primeiro semestre de 2024, foram produzidas 12,7 milhões de toneladas de celulose, um aumento de 5,9% em relação ao mesmo período de 2023. A produção de papel alcançou 5,7 milhões de toneladas, com destaque para o segmento de papel para embalagem, que teve um crescimento de 10,3%, chegando a 3,2 milhões de toneladas.

O setor de árvores cultivadas reafirma sua importância na economia brasileira, sendo responsável por 4% da balança comercial do país no primeiro semestre de 2024 e ocupando o quarto lugar na pauta de exportações do agronegócio. No mesmo período, o setor representou 8,1% das exportações do agronegócio brasileiro.

A China permanece como o principal destino das exportações florestais brasileiras, com compras que totalizaram US$ 2,1 bilhões, dos quais 95% foram de celulose. A demanda chinesa por celulose, papel e painéis de madeira aumentou, com crescimentos de 11,7%, 140,2% e 104,8%, respectivamente. A Europa e a América do Norte também aumentaram suas importações, com crescimentos de 27,1% e 14,9%, totalizando US$ 1,84 bilhão e US$ 1,76 bilhão, respectivamente.

Paulo Hartung, presidente da Ibá, destacou a importância do setor para o mercado global, especialmente em um cenário de transição para uma economia de baixo carbono. “O Boletim Mosaico mostra como o setor nacional de árvores cultivadas é importante fornecedor planetário desse insumo. A pauta da transição ecológica rumo à economia de baixo carbono está cada vez mais presente e mais urgente. O Brasil se destaca com a oferta de produtos que são renováveis, recicláveis e biodegradáveis, e com o compromisso histórico com a sustentabilidade do nosso setor”, afirmou Hartung.

Com informações da assessoria*

Featured Image

De olho na celulose: como MS se tornou o epicentro de uma nova corrida verde

No Florestas 360º, evento realizado em Campo Grande, a Arauco debateu a expansão da celulose no Brasil, com foco no desenvolvimento sustentável e nos desafios logísticos em Mato Grosso do Sul

Na semana passada, no dias 20 e 21 de agosto, enquanto os jacarés do Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), descansavam ao sol, um debate aquecido acontecia nas salas do complexo. A indústria florestal, que há tempos encontrou um lar fértil no Mato Grosso do Sul, discutia seu futuro durante o evento Florestas 360º – Centro – Oeste. A estrela da vez? A celulose, aquele material que pode parecer apenas um pedaço de papel, mas que carrega consigo uma complexa cadeia produtiva.

Mato Grosso do Sul e a ascensão da celulose – O governador Eduardo Riedel subiu ao palco e deixou claro: o estado vive um momento especial na produção de celulose. Segundo ele, o crescimento não veio por acaso, mas foi pavimentado por uma combinação de menos burocracia, mais segurança jurídica e um diálogo constante entre governo e empresas. “O que estamos vendo é fruto de muito trabalho, tanto do governo quanto das empresas que decidiram apostar no nosso estado,” afirmou Riedel, com a confiança de quem vê um futuro promissor.

Realizado no Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), o evento reuniu especialistas e líderes do setor florestal para discutir o futuro da celulose e outras questões estratégicas

A Arauco e o grande plano para o futuro – Entre as gigantes do setor, a Arauco, uma empresa chilena com presença global, marcou presença e trouxe uma novidade que promete sacudir o mercado: o Projeto Sucuriú. Alberto Pagano, diretor de Logística da Arauco do Brasil, sentou-se para discutir os desafios de um setor que cresce rápido, mas enfrenta barreiras, especialmente na logística. O Projeto Sucuriú, que será construído a 50 km de Inocência (MS), é ambicioso. Com um investimento de US$ 3 bilhões, a nova planta de celulose branqueada promete produzir 2,5 milhões de toneladas de fibra curta por ano. Tudo isso deve começar a funcionar em 2028.

Mas por que tanto interesse em Mato Grosso do Sul? – Pagano foi direto ao ponto: “O potencial de crescimento aqui é imenso, mas precisamos garantir que a infraestrutura acompanhe esse ritmo.” E não se trata apenas de crescer. A Arauco quer deixar um legado. O discurso é claro: a expansão tem que ser sustentável, respeitando o meio ambiente e trazendo benefícios reais para as comunidades locais.

Com o auditório do Bioparque Pantanal lotado, a Arauco destacou-se como uma das principais empresas presentes, trazendo sua expertise global para os debates

Uma gigante verde – A Arauco não é uma novata no jogo da sustentabilidade. Com operações em cinco continentes, a empresa foi a primeira do setor florestal a ser certificada como Carbono Neutro. No Brasil, a Arauco está presente desde 2002, com fábricas que produzem painéis de madeira e resinas químicas. Mas o Projeto Sucuriú é diferente. É uma aposta que pode redefinir o papel da empresa no país.

A importância da sustentabilidade no futuro da celulose – Os debates no Florestas 360º mostraram que não dá mais para separar o crescimento do setor de celulose das questões ambientais. O consenso é que o sucesso a longo prazo só será possível se as empresas conseguirem equilibrar a expansão econômica com a responsabilidade ambiental. E é exatamente nisso que a Arauco está apostando.

Alberto Pagano, diretor de Logística da Arauco do Brasil, representou a empresa na mesa-redonda onde foram discutidos os desafios e oportunidades do setor em MS

O que vem por aí? – Se o que foi discutido no Bioparque Pantanal é uma indicação do futuro, o setor de celulose no Brasil – e especialmente em Mato Grosso do Sul – tem um longo caminho pela frente. Com projetos gigantescos como o Sucuriú e um compromisso renovado com a sustentabilidade, o estado parece estar no centro de uma transformação que promete impactos econômicos e ambientais de grande escala.

Featured Image

Breaking news exclusiva – Bracell protocola Termo de Referência no Imasul para nova fábrica de celulose em Água Clara (MS)

Inicialmente, o empreendimento terá capacidade de produção de 2,8 milhões de toneladas de celulose

Mato Grosso do Sul segue nos holofotes para as grandes indústrias do setor florestal. Nesta sexta-feira (23), a redação do Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br) obteve a informação em primeira mão de mais um projeto que visa o estado como berço para instalação de uma nova fábrica de celulose. A Bracell protocolou no Imasul, um Termo de Referência para fazer o Estudo de Impacto Ambiental para instalação para do megaempreendimento em Água Clara (MS), com capacidade estimada de produção de 2,8 milhões de toneladas de celulose.

Nos bastidores do segmento, o assunto já circulava, e nesta data, foi formalizado, conforme informou com exclusividade ao Mais Floresta, Jaime Verruck, Secretário de Estado de Meio Ambiente Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc/MS): “Tivemos nas duas últimas semanas reuniões com a diretoria do Bracell, inclusive juntamente com o Governador Eduardo Riedel, e na data de hoje a Bracell protocolou no Imasul, o Termo de Referência para fazer o estudo EIA/RIMA para instalação de fábrica, à 15km de Água Clara, com capacidade estimada de 2,8 milhões de toneladas de celulose.”

Secretário de Estado – Jaime Verruck

“Havíamos já há um tempo conversado com a diretoria da Bracell, mas foi nesta sexta, que nos foi permitido que fizessémos a comunicação, e, inclusive que ela protocolou. Agora a gente entra no processo de EIA/RIMA. Então esse processo tem a duração de no mínimo 12 meses, até um pouquinho mais, para a autorização da licença ambiental. Então o foco nesse momento é o licenciamento ambiental. Já fizemos a primeira reunião hoje cedo com a equipe, para emitir o Temo de Referência, e a partir dessa primeira etapa,  a empresa poder proceder com todos outros estudos necessários para instalação no município de Água Clara, no Mato Grosso do Sul”, finalizou Verruck.  

Secretário Jaime Verruck – SEMADESC, faz anúncio oficial sobre a nova fábrica, em Água Clara.

Investimentos recentes

A multinacional asiática é uma das gigantes do mercado global de papel e celulose e investiu R$ 2,5 bilhões em uma nova planta em Lençóis Paulista (SP), empregando mais de 2 mil pessoas durante as obras, e gerando mais de 500 vagas permanentes ao longo da operação. A fábrica entrou em operação no início deste ano.

A Bracell tem ainda outros investimentos anunciados, como a construção de uma fábrica de Clorato de Sódio e Peroxido de Hidrogênio, componentes químicos utilizados no processo produtivo de celulose, uma fábrica de óleo de palma e a linha férrea até Pederneiras.

Nova fábrica opera com energia 100% renovável por meio de painéis fotovoltaicos.

Vale da Celulose

Em 2024, o Mato Grosso do Sul (MS) deve atingir uma produção de quase 6 milhões de toneladas de celulose. A nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, que entrou em operação em 21 de julho de 2024, deve produzir cerca de 900 mil toneladas até o final do ano. A fábrica tem a maior linha única de produção de celulose do mundo e foi construída com um investimento de R$ 22,2 bilhões. Com o início das operações, a capacidade instalada de produção da empresa saltou de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, o que representa um aumento de mais de 20% na produção atual da companhia.

O MS também está a construir outras fábricas de celulose, como o Projeto Sucuriú, que terá capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada ao ano. O investimento industrial previsto para o projeto, que estará localizado a 50km do centro urbano de Inocência, é de aproximadamente R$ 15 bilhões.

O novo investimento da Bracell vem de encontro para elevar ainda mais as potencialidades do setor florestal do Mato Grosso do Sul, prospectando-o como um pólo em destaque a nível internacional, colaborando diretamente para o desenvolvimento do estado, e geração de renda.

Setor de base florestal no Brasil

Recentemente a Ibá – Ibá – Indústria Brasileira de Árvores, divulgou o dinamismo e a potencialidade da indústria de árvores cultivadas brasileira, apontando ser a mais sustentável do mundo. O setor planta 1,8 milhão de árvores por dia. Confira no quadro abaixo, os investimentos previstos e anunciados para os próximos anos:

Fonte: Ibá.

Escrito por: redação Mais Floresta.

Featured Image

Com nova fábrica de celulose, MS deve atingir em 2024 produção de quase 6 milhões de toneladas

Até o fim do ano, nova unidade deve processar 900 mil toneladas, segundo a empresa

A fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, que entrou em operação no domingo (21), deve produzir, até o fim do ano, cerca de 900 mil toneladas. Com esse volume, o estado, que já conta com outras três linhas em operação em Três Lagoas – duas da mesma empresa – deve atingir o volume de 5,9 milhões de toneladas ainda em 2024.

Segundo o diretor de Engenharia da Suzano e responsável pelas obras de implantação da nova fábrica, Maurício Miranda, após a partida, se iniciou a curva de aprendizado da planta que deve durar cerca de 9 meses. Após esse período, a fábrica deve atingir sua capacidade nominal de produção, 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, a maior em linha única do mundo.

Miranda explicou que já está ocorrendo um processo de desmobilização dos trabalhadores que construíram a fábrica. Disse que, no pico da obra, o empreendimento chegou a contar com 10 mil operários e que, nesta etapa, tinha cerca de 5 mil. Uma parte desse efetivo, cerca de 300, deverá ainda continuar a executar serviços complementares, principalmente de urbanização da fábrica.

Diretor de Engenharia da Suzano e responsável pelas obras de implantação da nova fábrica, Maurício Miranda — Foto: Reprodução/TV Morena

Diretor de Engenharia da Suzano e responsável pelas obras de implantação da nova fábrica, Maurício Miranda — Foto: Reprodução/TV Morena.

Na operação da planta, o diretor comenta que estão trabalhando cerca de 3 mil pessoas, sendo 2 mil na área florestal e mil na industrial. Mesmo operando com quadro completo, ele revela que a empresa vai manter a parceria com o Sistema S para manter a capacitação de mão de obra, visando suprir demandas com eventuais movimentações de trabalhadores.

Construída com o chamado “estado da arte” do setor, Miranda aponta que a nova planta apresenta várias novidades tecnológicas da indústria 4.0, como dispositivos inteligentes, monitoramento de ativos, uso de modelos matemáticos em processos e inteligência artificial.

Ele ressalta que um dos aspectos mais importantes da nova planta é a sustentabilidade do empreendimento. A partir da gaseificação da biomassa, vai produzir singás, que alimentará os fornos de cal da indústria. Será a primeira planta da empresa a utilizar esse insumo.

Miranda comenta que, com a biomassa sólida e líquida, a planta vai cogerar energia. A bioeletricidade produzida tornará a planta autossuficiente e o excedente, 180 MW, será exportado para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Esse volume, conforme ele, é suficiente para abastecer uma cidade com 2,5 milhões de habitantes.

O diretor falou ainda da continuidade das ações sociais da empresa em Ribas do Rio Pardo, assegurando a continuidade do trabalho e destacando a implementação de projetos de longo prazo focados na busca por alternativas de geração de renda e na melhoria das condições de vida e de educação da população.

Em relação à produção da unidade, ele ressaltou que pelo menos 98% será destinada ao mercado externo e que a celulose será escoada inicialmente pelo modal rodoviário até um terminal ferroviário da companhia em Inocência, no leste do estado, de onde seguirá pela ferrovia Malha Norte até os dois terminais que a empresa mantém no Porto de Santos, em São Paulo.

Inauguração da nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS). Créditos: Canal YouTube Suzano.

Informações: G1/MS.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S