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Suzano recebe da Cosco Shipping navio especializado para o transporte de celulose

Com capacidade para 77 mil toneladas, embarcação é a maior do mundo desta categoria

Suzano, uma das principais referências globais na fabricação de bioprodutos a partir do cultivo de eucalipto, celebra com a Cosco Shipping Specialized Carriers a entrega do “Green Santos”, nome dado ao primeiro navio projetado especificamente pela empresa chinesa para atender a Suzano. A embarcação, lançada ao mar no dia 22 de dezembro, no Porto de Dalian, na província de Liaoning, na China, possui capacidade (deadweight tonnage – DWT, na sigla em inglês) para transportar 77 mil toneladas e é o maior navio desta categoria em todo o mundo. A maior capacidade da embarcação resulta em uma menor pegada de carbono por tonelada transportada, tornando o modelo mais amigável ao meio ambiente.

A partir desse semestre, o “Green Santos” terá um papel relevante no transporte da celulose da Suzano que parte do Porto de Santos, no estado de São Paulo, para vários destinos no mundo, principalmente a China. A embarcação, integrante de uma frota de navios com porte semelhante que deve ser entregue em 2024, foi construída para atender o aumento previsto das exportações de celulose proveniente da fábrica da Suzano em construção em Ribas do Rio Pardo (MS). Conhecida como Projeto Cerrado, a unidade entrará em operação até junho de 2024 e terá sua produção escoada a partir da cidade do litoral paulista, primeiro destino do “Green Santos”.

Uma vez iniciada, a nova unidade industrial será a maior fábrica de celulose de linha única do mundo e aumentará a capacidade de produção da Suzano em mais de 20%, ou 2,55 milhões de toneladas por ano. Além disso, a unidade será autossuficiente em energia, com 100% da energia proveniente de fontes renováveis, e exportará um excedente de 180 megawatts (MW) para o sistema nacional de energia.

‘’Estamos orgulhosos de testemunhar a entrega bem-sucedida do primeiro navio desse porte e que será operado pela Suzano. Essa embarcação nos permite atender a demanda crescente por produtos sustentáveis à base de celulose no mundo todo”, diz o diretor comercial da Suzano na Ásia, Jeff Yang.

“A ampliação da parceria com a Cosco Shipping reforça o nosso compromisso com o aumento de produtividade, com a qualidade do serviço prestado aos nossos clientes e com a sustentabilidade, uma vez que os novos navios terão maior capacidade de carregamento de celulose e permitirão a otimização do fluxo marítimo em nossas operações”, complementa a diretora de Logística e Planejamento Comercial da Suzano, Silvia Krueger Pela.

Inicialmente, a Suzano e a Cosco Shipping Corporation se tornaram parceiras no transporte de celulose em 2017. Desde então, a parceria se expandiu tanto em volume quanto no escopo do serviço, à medida que o negócio da Suzano crescia na China. Em 2022, as empresas assinaram um novo contrato de longo prazo, que prevê que Cosco Shipping irá construir um lote de novas embarcações customizadas para a Suzano.

O comunicado sobre a entrega do “Green Santos” foi feito pela companhia (BOV:SUZB3) nesta quarta-feira (03/01).

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ILPF: inúmeras vantagens, mas que exigem dedicação

O tradicionalismo, principalmente dos pecuaristas, ainda é um desafio para a implantação dos sistemas integrados nas propriedades rurais

Há mais de 30 anos, a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) tem sido objeto de pesquisas no Paraná. A adoção desse sistema – que pode combinar dois ou os três componentes – possibilita a recuperação de áreas degradadas, tanto de pastagens como de lavouras, além de proporcionar benefícios ambientais e incrementar a produtividade agropecuária, avançando sobre áreas menos produtivas.

Na região do Arenito Caiuá, no Noroeste do Estado, onde mais de 40% do território são dedicados à pecuária, a ILPF surgiu como oportunidade para aumentar a produção de grãos sobre áreas de pastagens degradadas, possibilitando o cultivo da soja em solos arenosos. É o caso do produtor Gerson Magnoni Bortoli, que possui duas propriedades sob esse sistema, uma em Perobal, com 465 hectares em Integração Lavoura Pecuária (ILP), e outra em Umuarama, com 424 hectares em Integração Pecuária Floresta (IPF), ainda em fase de testes.

Até então pecuarista, Bortoli começou a plantar a soja em 2004, com assistência técnica da cooperativa Cocamar, que, na época, havia dado início aos projetos com sistemas de integração no Arenito Caiuá. O produtor rural queria reformar as pastagens da propriedade em Perobal, adquirida em 2001. Hoje são327 hectares dedicados ao cultivo: 100% ocupados com soja no verão e, no inverno, com braquiária –ora solteira, ora consorciada com milho.

Na estação fria, Bortoli faz a transferência da maior parte do rebanho que estava em Umuarama para Perobal, para fazer o pastejo sobre as forrageiras. A média varia entre 350 e 500 animais – em Umuarama ficam apenas as vacas de cria (cerca de 200). “Quando o mercado está bom, compramos mais animais para fazer o acabamento em Perobal. Também faço semiconfinamento, se tem perspectiva boa de preço, faço a terminação no cocho. Entre final de agosto e início de setembro, tiramos o gado para dessecar o capim e plantar a soja”, explica o produtor.

Infraestrutura

Com a integração do sistema, os resultados não demoraram a aparecer. Segundo Bortoli, no primeiro ano já foi possível mensurar os benefícios. No entanto, a propriedade carecia de equipamentos e maquinários para a agricultura. Esse é um dos desafios para os produtores que estão começando no sistema de integração: investimento em infraestrutura para implantação de cada um dos componentes. Por isso, Bortoli agiu com cautela: começou terceirizando os serviços, até obter mais segurança financeira para comprar maquinário próprio. Somente após colocar toda a propriedade em ILP que investiu em máquinas novas e de primeira linha.

Outro desafio apontado pelo produtor é a falta de mão de obra qualificada. Como a região é tradicionalmente voltada para a pecuária extensiva, há poucos profissionais especializados em agricultura, principalmente em sistema de integração. “A pecuária da nossa região não exige tanta presença na lida diária. Na agricultura, o planejamento é mais rígido, pois cada hora é certeira”, avalia.

Desde 2008, quando a propriedade de Perobal atingiu a amplitude do sistema ILPF, a produtividade média está em 66 sacas de soja por hectare. Na safra de 2022/23, Bortoli colheu 88 sacas por hectare –número que impressiona, levando em consideração as condições de clima e solo do Arenito Caiuá. Na propriedade, o teor de argila no solo não passa dos 20%. “Para a nossa região não tem outra saída se não o sistema de integração”, garante o produtor.

Na pecuária, Bortoli viu a transformação nas pastagens – desde que começou com a ILP, tem pasto de sobra. Mesmo se houver geada, a braquiária resiste ou acaba rebrotando com facilidade. No inverno, o ganho de peso por animal é de 1 a 1,5 quilo por dia.

Capacitação

O tradicionalismo, principalmente dos pecuaristas, ainda é um desafio para a implantação dos sistemasintegrados nas propriedades rurais. Apesar dos exemplos práticos, muitos produtores apresentamresistência às mudanças que o sistema exige. Hoje, no Paraná, 633 mil hectares são ocupados pela ILPF,6,74% das áreas de uso agropecuário, conforme dados da Rede ILPF. Já no Brasil, são 17,4 milhões dehectares, 8,35% do total. Para reverter essa situação e ampliar o cenário, segundo especialistas, o ILPFexige planejamento e assistência técnica.

Na avaliação de Edemar Moro, professor e pesquisador na Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), ainda é preciso destravar o acesso ao conhecimento multidisciplinar para profissionais de assistência técnica, produtores e trabalhadores rurais. “Tem espaço para formar profissionais para aproximar a pesquisa do campo. É importante trazer quem tenha domínio ou proporcionar treinamento para a equipe que já está na propriedade”, afirma.

De acordo com Vanderley Porfírio-da-Silva, pesquisador da Embrapa Florestas, para que o sistema funcione plenamente, o produtor precisa “mergulhar de cabeça” em uma nova visão estratégica de manejo e de negócio e, principalmente, se capacitar. “Ele vai ter que aumentar sua capacidade de gerir tecnologia, de acordo com o grau de complexidade da integração. Para isso, é preciso capacitação técnica, e também de marketing, do ponto de vista do mercado, para vender o seu produto”, resume.

A Rede ILPF, por exemplo, divulga, por meio de uma plataforma de ensino, esses sistemas produtivos, com foco em trabalhar a transferência de tecnologia e capacitação de assistência técnica. Em parceria, outras entidades do setor também têm contribuído para levar capacitação e conhecimento aos produtores rurais paranaenses, como o Sistema FAEP/SENAR-PR e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), por meio do Programa de Capacitação em ILPF.

A iniciativa está treinando profissionais para prestar assistência técnica e fomentar a tecnologia entre os produtores rurais do Estado. O programa, que já está em campo desde março deste ano, tem duração até abril de 2024. Uma das estratégias para a formação continuada dos técnicos e instrutores é o desenvolvimento de projetos em propriedades rurais de cooperados da Cocamar para implementação das técnicas de ILPF de acordo com as demandas de cada negócio.

“Para que este conhecimento seja transferido e colocado em prática pelos produtores, treinamos nossa equipe técnica constantemente com a colaboração de diversos pesquisadores. Como alternativa para facilitar a conversão, propomos um sistema de parcerias entre o pecuarista e o produtor de grãos, o qual acelera o processo de implementação do sistema com benefícios mútuos”, destaca Emerson Nunes, gerente de ILPF na Cocamar, que atua há mais de 20 anos para alavancar mais áreas ocupadas pelo sistema.

Sistema integrado se adapta a qualquer realidade do campo

Em 2015, a Colaboradores do Brasil (Colab), organização missionária e filantrópica que desenvolve trabalhos agrícolas no Paraná, iniciou a implantação da ILP nas propriedades de Altônia e Xambrê, no Noroeste do Paraná. Juntas, elas somam 1,15 mil hectares de área cultivável. A primeira etapa envolveu o plantio da soja por meio de parcerias com agricultores da região, para recuperar as pastagens. Os produtores faziam a correção do solo e, ao término do contrato de dois anos, entregavam a área reformada.

“A estratégia barateou os custos. O pasto depois da soja passou a suportar mais gado em quatro meses de inverno do que o pasto antigo suportava o ano inteiro”, aponta Valdenir Alberto Seidel, gerente financeiro da Colab. Antes da ILP, a produtividade média do rebanho destinado à cria, com 2,6 mil cabeças, era 8 arrobas por hectare por ano. Atualmente, são cerca de 13 arrobas por hectare.

Em 2018, a Colab assumiu a gestão da agricultura em Altônia e, a partir deste ano, em Xambrê – que,além da soja, vai receber o plantio de 10 mil pés de eucalipto. Com o complemento florestal, a curto e médio prazos, o planejamento é oferecer sombra e conforto térmico para o gado e, a longo prazo, fazer a extração e comercialização da madeira, além de colaborar para questões ambientais, como o sequestro de carbono.

“A diversificação de atividades das fazendas também promove ganhos sociais, trazendo novas oportunidades de emprego e capacidade de melhoria na renda dos colaboradores”, afirma Seidel. “A princípio houve um desafio cultural, porque somos pecuaristas por natureza. Mas hoje isso está superado. A ILPF deu viabilidade para a agricultura na nossa região”, reconhece.

Além de exigir uma abordagem sistêmica de planejamento, a ILPF é adaptável a qualquer realidade do campo. Pode combinar os componentes (lavoura, gado e floresta) de diferentes maneiras, com diversas culturas e espécies animais, adequando-se às características regionais, condições climáticas, mercado local e perfil do produtor, seja pequeno, médio ou grande.

Cada propriedade exige um modelo de integração

Os sistemas de Integração Lavoura Pecuária são excelentes estratégias produtivas para o desenvolvimento sustentável, aumento da produtividade e redução de riscos financeiros, garantem especialistas. “Temos cases de sucesso na cooperativa [Cocamar] que têm conseguido vantagens como redução da sazonalidade de produção, maior rentabilidade, maior eficiência de utilização dos recursos naturais, geração de empregos diretos e indiretos no campo, e melhoria da qualidade de vida do produtor e de sua família”, destaca Nunes, da Cocamar.

O produtor José Rogério Volpato transformou suas propriedades após adotar sistemas de integração,sendo ILPF na propriedade em Presidente Castelo Branco, com 145 hectares, e ILP na outra em NovaEsperança, com 242 hectares. “Antes de trabalhar com ILPF, eu fazia somente o plantio de braquiáriasolteira no inverno para cobertura de solo e aumentar a palhada para o verão, mas não fazia pastejo.Hoje eu faço a rotação das áreas, então, a fim de comparação, onde tem pastejo, a produtividade da sojaé de 5% a 10% maior”, aponta.

O rebanho de, em média, 250 cabeças de gado, chegando a 400 no inverno, tem potencial de lotação de até quatro cabeças por hectare. Em Nova Esperança, a terminação das novilhas no pastejo resulta em ganho diário de peso de 750 gramas por animal. Na safra 2022/23, o produtor também investiu no plantio de sorgo e aveia em parte de área para ajudar na terminação. “Está provado que o sistema funciona em áreas menores. O gado veio para pagar o custo do capim e ainda dá resultado na soja”, comemora Volpato.

Na propriedade em Presidente Castelo Branco, que conta com o componente florestal há sete anos, está chegando a época do primeiro corte do eucalipto. Segundo o produtor, a expectativa para comercialização da lenha está boa. “E eu ainda continuo trabalhando com o gado na mesma lotação. O eucalipto não tirou quase nada do potencial da área”, garante.

Componente florestal ainda é desafiador

De acordo com a Rede ILPF, dentre as quatro possibilidades de configuração do sistema produtivo, a ILP é a mais adotada pelos produtores paranaenses, com 87%, seguida da ILPF, com 5%. Essa diferença expressiva está ligada ao maior nível de complexidade de manejo do complemento florestal, além do tempo para extração da madeira, de, no mínimo, sete anos.

No caso de regiões onde há indústrias do setor florestal, o produtor pode fechar contratos na época do plantio das árvores. Já onde o setor não é consolidado, a incerteza com a comercialização aumenta, sendo mais um fator limitante. Outro aspecto tem relação com a diversificação de espécies de árvores plantadas.

“Um receio, principalmente de quem trabalha com grãos, é achar que a floresta sempre vai causar prejuízos por causa do sombreamento excessivo das plantas. Por isso existe a necessidade de um acompanhamento do desenvolvimento do componente florestal. Às vezes o produtor conhece exemplos que deram errado por implantação inadequada”, aponta Marcelo Müller, engenheiro florestal e coordenador da Caravana da Rede ILPF, que difunde os sistemas ILPF, além de realizar diagnósticos regionais nas diversas regiões produtoras do país.

Durante os eventos da Caravana, é utilizada uma ferramenta de previsão de resultados que ajuda a identificar os gargalos para adoção da tecnologia ILPF no campo. Os resultados têm indicado que a transmissão de conhecimento a respeito da introdução do componente florestal para os produtores ainda é deficitária, limitando sua implantação. O tempo para retorno financeiro também aparece entre os principais gargalos.

Segundo Müller, há espaço para o componente florestal crescer no Brasil e no Paraná. Afinal, a associação de cultivos anuais com árvores ganha importância para proteção contra intempéries, principalmente ventos, que podem determinar grandes perdas na produção agrícola. É o chamado efeito quebra-ventos. Outras melhorias estão associadas ao controle da erosão, proteção de populações de inimigos naturais de pragas e manutenção da biodiversidade.

Informações: Compre Rural.

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TJ-SP pode julgar venda da Eldorado em janeiro, mas caso está longe do fim

Disputa entre J&F e Paper Excellence segue na Justiça Federal e deve ir a tribunais superiores

Os advogados da Paper Excellence estão confiantes para o fim do julgamento sobre a venda da Eldorado Celulose na 2ª instância do Tribunal de Justiça de São Paulo neste mês. Após os desembargadores José Benedito Franco de Godói, relator do caso, e Alexandre Lazzarini votarem contra um recurso da J&F sobre o negócio, a análise foi interrompida por um pedido de vista de Eduardo Azuma Nishi. Se o magistrado acompanhar o entendimento dos dois colegas, o caso se encerra no TJ-SP. Se o voto for contrário ao do relator, outros dois desembargadores devem analisar o caso.

Mesmo que Nishi dê vitória à Paper, a novela continua na Justiça Federal e pode chegar ao STJ. O imbróglio iniciou em 2017, quando a J&F negociou a Eldorado Celulose por 15 bilhões de reais. A venda nunca foi concluída e a J&F acionou a Justiça. O julgamento no Tribunal de São Paulo é de um recurso sobre uma decisão arbitral favorável a Paper.

O capítulo mais recente da peleja foi uma nota técnica publicada, em dezembro, pelo Incra sobre a venda de terras a estrangeiros, que representa parte do negócio. O órgão afirma que, para aquisição de imóveis rurais por uma empresa estrangeira, o Congresso deve ser avisado, por meio do Incra, e autorizar a transferência das terras.

A nota diz que, em comum acordo, há possibilidade de “cancelar a aquisição e após permanecendo o interesse, solicitar previamente ao Incra e demais órgãos competentes a autorização”. Para a defesa da Paper Excellence, nesse trecho, os técnicos reconhecem a validade do contrato.

A manifestação do Incra, porém, foi interpretada de outra forma pela J&F e deu brecha a uma troca de notas públicas espinhosas entre as empresas nesta semana.

“Em razão da conclusão técnica do Incra de que o contrato de venda da Eldorado não poderia ter sido firmado, e considerando que a AGU já afirmou em três pareceres que ‘a consequência é a nulidade de pleno direito’, a J&F aguarda a concordância da Paper Excellence para o desfazimento amigável e voluntário do negócio, como recomendado pela autarquia, com a devolução do valor já pago, evitando assim prejuízos ainda mais graves às operações da Eldorado”, escreveu a J&F.

“A nota emitida pela J&F Investimentos é mentirosa”, respondeu a Paper Excellence. “Não há qualquer manifestação da AGU, do MPF ou mesmo do INCRA declarando a nulidade do contrato de compra e venda de ações da Eldorado, até porque nenhum destes órgãos sequer possui competência para tanto (…) o que há são manifestações e orientações no âmbito de processos administrativos e judiciais em fase inicial e que referem-se exclusivamente à eventual aquisição de direitos sobre terras rurais o que, ainda que fosse ocorrer, somente se concretizaria mediante a transferência do controle acionário da empresa, que é justamente o que a J&F despudoramente – após sucessivas derrotas – procura fazer por vias indiretas e interpostas”, seguiu. Ainda que a etapa da disputa no TJ-SP seja superada, o imbróglio segue no TRF4. O desembargador Rogério Favreto suspendeu, por liminar, a aquisição

da Eldorado por conta do entrave que envolve as autorizações do Incra e do Congresso para a aquisição de terras pela Paper Excellence. A defesa da empresa nutre a esperança de que a suspensão seja revertida já em fevereiro, mas os advogados da J&F devem recorrer ao STJ. A guerra nos tribunais ainda vai longe.

Informações: Veja.

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Incra oficia órgãos para impedir venda da Eldorado à Paper Excellence

Incra enviou ofícios à Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 

Em procedimento administrativo, o Instituto determinou que a Paper Excellence deveria ter obtido autorização prévia do Congresso Nacional para formalizar o contrato de aquisição da Eldorado em 2017. Como isso não aconteceu, o Incra enviou ofícios à Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para tentar barrar a venda.

O contrato, segundo o Incra, representa a aquisição de empresa com propriedade e arrendamento de imóveis rurais por empresa estrangeira, exigindo autorização prévia. A conclusão é baseada na análise das leis brasileiras sobre compra e arrendamento de terras por estrangeiros.

Como o contrato terá que ser desfeito, a J&F terá que restituir os recursos à Paper Excellence, visto que o Incra emitiu notificações à Jucesp e à CVM com o objetivo de vetar a realização do negócio. 

Considerando a nulidade do contrato, o Incra abriu em seu processo administrativo a possibilidade de uma solução negociada entre J&F e Paper Excellence, orientando sobre a possibilidade de as empresas desfazerem o negócio voluntariamente.

Já a Eldorado divulgou nesta primeira semana de janeiro, um Comunicado ao Mercado sobre o ofício do Incra, afirmando que as medidas  necessárias incluem “a anulação da aquisição” e “se houver interesse de ambas as partes em nova transação, solicitar ao INCRA e aos demais órgãos competentes prévia autorização para o negócio”. Confira o Comunicado emitido:

Comunicado ao Mercado

A Eldorado Brasil Celulose S.A. (“Companhia” ou “Eldorado”), sociedade por ações de capital aberto, com sede no estado de São Paulo, na cidade de São Paulo, na Avenida Marginal Direita do Tietê, 500, Vila Jaguara, vem, por meio deste, comunicar a seus acionistas e ao mercado em geral que foi emitida Nota Técnica pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (“INCRA”), aprovada pela Superintendência Regional do INCRA, concluindo que o Contrato de Compra e Venda de Ações celebrado entre a J&F Investimentos S.A. e a CA Investment (Brazil) S.A., tendo por objeto a transferência do controle da Companhia, demandava prévia autorização do Congresso Nacional e demais órgãos competentes, em razão de tal transação representar a aquisição da Eldorado, empresa proprietária e arrendatária de imóveis rurais, por empresa equiparada a estrangeira. Como tal autorização não foi obtida, o INCRA comunica a Eldorado e suas acionistas que como o Contrato violou as Leis nº 5.709/1971 e 9.629/1993, o Decreto nº 74.965/1974 e a Instrução Normativa nº 88/2017 e é nula de pleno direito, nos termos do art. 15 da Lei nº 5.709/1971, tendo como solução o desfazimento do negócio entabulado em 2017, e determina a comunicação à Junta Comercial do Estado de São Paulo e CVM. 

A Eldorado informa que orientará as suas acionistas a adotar as providências cabíveis que, nos termos da Nota Técnica, incluem cancelar a aquisição e, se houver interesse de ambas as partes em nova transação, solicitar ao INCRA e aos demais órgãos competentes prévia autorização para o negócio. A Companhia manterá o mercado oportuna e adequadamente informado sobre quaisquer outros desdobramentos relevantes relativos a esse tema, nos termos da legislação e regulamentação aplicáveis. São Paulo, 02 de janeiro de 2024. Fernando Storchi, diretor de Relações com Investidores.

Nota técnica do INCRA/MS:

Um parecer da Advocacia-Geral da União, emitido em agosto, reforça que a realização do negócio em desacordo com a lei resultaria na nulidade da aquisição dos imóveis.

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Novas fábricas aceleram corrida por terras e madeira

Mato Grosso do Sul conta atualmente com três fábricas de celulose instaladas e em operação no município de Três Lagoas

Em setembro deste ano, o presidente da Suzano, Walter Schalka, disse que não há madeira para novas fábricas de celulose no Brasil. Embora a oferta de celulose de fibra curta vá crescer até 2024, não há previsão de novas plantas a partir do ano que vem e não há madeira disponível para mais projetos no curto e médio prazo no Brasil, Paraguai e Uruguai, ressaltou Schalka. “Não há disponibilidade de fibra no curto prazo no Brasil e nos países limítrofes. Existe a perspectiva de terras disponíveis para que novos projetos aconteçam, mas não no curto prazo”, afirmou.

A mesma opinião tem Dito Mário, diretor da Reflore-MS, entidade que reúne produtores de madeira de florestas plantadas no Estado. Ele disse que a curto prazo realmente não tem, mas é só plantar, pois áreas disponíveis para isso tem, inclusive, em Mato Grosso do Sul. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Jaime Verruck, Mato Grosso do Sul tem 1,3 milhão de hectares de florestas de eucalipto plantadas. O plano florestal do governo do Estado prevê uma base florestal de 2 milhões de hectares.

Mato Grosso do Sul conta atualmente com três fábricas de celulose instaladas e em operação no município de Três Lagoas: uma da Eldorado Brasil, com capacidade de produção de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano; duas da Suzano, que produzem 3,25 milhões de toneladas por ano. A Suzano iniciou a construção de mais uma fábrica no Estado, em Ribas do Rio Pardo, que será a maior planta industrial de celulose do mundo, produzindo 2,55 milhões toneladas/ano.

A Arauco, de origem chilena, vai instalar uma unidade em Inocência, e através da empresa florestal Mahal, conta com mais de 60 mil hectares de florestas cultivadas em seis cidades da Costa Leste. Além dessas, a Bracell, empresa de celulose com fábrica em Lençóis Paulista (SP), tem plantado em Mato Grosso do Sul 50 mil hectares de florestas. A Bracell possui áreas de cultivo no Estado desde 2021, com unidades operacionais em Campo Grande e Água Clara. Embora a fábrica esteja instalada no Estado de São Paulo, a empresa emprega mais de 400 colaboradores diretos e cerca de mil terceirizados em Mato Grosso do Sul

Informações: JP News.

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Para reduzir riscos na atividade florestal, Embrapa vai testar clones de eucalipto

O Conselho Gestor do Desenvolve Floresta do Estado de Mato Grosso aprovou o financiamento de um projeto de pesquisa liderado pela Embrapa Agrossilvipastoril e Associação dos Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta) para a avaliação de clones de eucalipto.

O projeto testará 60 clones de eucalipto desenvolvidos pela Embrapa visando atender à crescente demanda por madeira para energia. O objetivo é o de recomendar materiais mais adaptados e produtivos para as condições de clima e solo do estado. Com isso, espera-se reduzir os riscos na atividade florestal.

“Hoje basicamente a silvicultura de eucalipto em Mato Grosso é pautada em três materiais. O H13, o VM01 e o I144. Tem um ou outro que vai bem em determinada região, mas esses três são os que se desenvolvem bem em todas as regiões. Então é um risco muito alto, caso surja alguma praga ou doença a qual esses materiais sejam suscetíveis. Então o foco do trabalho é aumentar o leque de opções de materiais para minimizar esse risco que existe”, explica o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril e líder do projeto Maurel Behling.

Serão instalados experimentos em cinco regiões de Mato Grosso, onde os clones serão testados em parcelas de 100 plantas (10×10). Os testes clonais ampliados (TCA) serão conduzidos pela Embrapa e por empresas associadas à Arefloresta.

“A ideia é plantar em locais representativos de onde será cultivado o eucalipto em Mato Grosso. Então são áreas marginais para a agricultura. Geralmente são áreas de solo mais arenosos”, explica Maurel Behling.

No campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, onde o solo é de textura média e argilosa, também haverá um ensaio para acompanhamento e preservação dos materiais genéticos.

Os 60 clones utilizados são oriundos de trabalhos de seleção e melhoramento genético realizados pela Embrapa Florestas  em Goiás e Mato Grosso do Sul, soc coordenação do pesquisador Estefano Paludzyszyn Filho. Anteriormente, uma outra etapa da pesquisa havia sido realizada em Sinop (MT), com auxílio da Flora Sinop, para testar a produção de mudas e o enraizamento dos materiais.

O orçamento aprovado para o novo projeto é de R$ 2,4 milhões, distribuídos ao longo de seis anos de execução. O valor sai do Fundo de Desenvolvimento Florestal do Estado de Mato Grosso, subordinado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

Informações: Sou Agro.

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Confira as vagas de emprego na Klabin

A Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, é líder na produção de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado e sacos industriais, além de comercializar madeira em toras.

É também a única empresa do país a fornecer simultaneamente ao mercado celulose de fibra curta (eucalipto), celulose de fibra longa (pínus) e celulose fluff.

Toda a gestão da empresa está orientada para o Desenvolvimento Sustentável, buscando crescimento integrado e responsável, que une rentabilidade, desenvolvimento social e compromisso ambiental.

Clique no titulo sublinhado abaixo  para saber mais detalhes das vagas:

Técnica (o) Eletrônica II

Mantenedora (or) Civil I

Aprendiz

Aprendiz

Banco de Talentos – Projeto Figueira – Vaga Exclusiva PCD

Engenheira(o) de desenvolvimento de processos júnior

Balanceiro

Coordenadora (or) Contábil

Operadora(or) de Embalagem III – Onduladeira

Consultora (or) de Valuation e M&A

Banco de Talentos Afirmativo para pessoas com deficiência- Ajudante de Expedicao II – Jundiaí/SP

Analista meio ambiente pleno

Analista de planejamento estratégico pleno – Inteligência de mercado

Analista de suprimentos pleno – Matéria prima

Supervisora (or) de Logística Internacional – Shipping

Observação: dependendo do dia que estiver vendo esta publicação a vaga poderá não estar mais disponível.

Para conferir mais oportunidades clique aqui.

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A importância da mecanização na silvicultura

A base econômica desse setor, que abrange silvicultura, colheita e transporte de madeira, desempenha um papel importante na definição das características do produto final oferecido no mercado. O avanço de tecnologias é fundamental em cada uma dessas etapas.

Inicialmente, a mecanização se concentrou nos setores de colheita e transporte, evidenciando um compromisso crescente com padrões rigorosos de sustentabilidade. Esse desenvolvimento tecnológico está pavimentando o caminho para um futuro ambientalmente responsável. A mecanização da silvicultura emerge como um desafio a ser enfrentado. Atualmente, o plantio de florestas é predominantemente manual ou semimecanizado, e a automação desse processo é essencial para aprimorar a eficiência e a produtividade.

Desde o início da pandemia, a silvicultura está em franca expansão, tornando-se “a menina dos olhos” da cadeia florestal. As indústrias e o agronegócio estão com alta demanda por biomassa florestal, impulsionando o crescimento do setor. Destaca-se o ramo de celulose, no qual o Brasil é atualmente o maior produtor e exportador mundial.

Com o aumento da demanda, surgem inovações tecnológicas para aplicação em plantios florestais. A Reflorestar Soluções Florestais, referência na colheita e no carregamento de madeira em áreas plantadas, está expandindo suas atividades para a silvicultura. Seu processo totalmente mecanizado na colheita e no carregamento de madeira agora se estende à silvicultura. Um exemplo é a plantadora com cabeçote duplo, que planta duas mudas simultaneamente, acelerando o processo e sendo eficiente em áreas planas ou inclinadas, em diversos tipos de solo. 

Este processo mecanizado não só proporciona alta performance, integrando plantio, adubação e irrigação, mas também resulta em baixo índice de reposição de mudas. Além disso, destaca-se pelo baixo consumo de combustível, contribuindo para uma eficiência energética aprimorada e garantindo total segurança para o operador.

Os dados da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) de 2022, divulgados em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam um aumento de 14,9% no plantio de florestas em comparação ao ano anterior. O valor da produção da silvicultura chegou à marca de R$27,4 bilhões. Minas Gerais é o estado com maior valor de produção – R$7,5 bilhões. Vale ressaltar o crescimento da área plantada no Mato Grosso do Sul, alcançando 1,2 milhão de hectares, representando um aumento de 13,2%.

O Brasil está se destacando como líder no agronegócio florestal, impulsionando avanços tecnológicos no campo. O desafio de desenvolvermos uma silvicultura totalmente mecanizada agora fará a diferença para os próximos sete anos, quando chegar o momento da colheita. A cadeira produtiva florestal está aquecida, e é preciso aproveitar este momento para ampliarmos nossa visão para garantir um futuro mais inovador e competitivo no mercado global.

Informação: Rede Comunicação.

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Exclusivo – Diagnóstico inédito do IPEF e Reflore identifica principais demandas em recursos humanos para plantações florestais em MS

Para o estudo, foi desenvolvido um questionário respondido pelas principais empresas de base florestal que atuam na região, aplicado no período de maio a julho de 2023

O estado de Mato Grosso do Sul concentra o mais intenso desenvolvimento de ações ligadas ao setor de plantações florestais do Brasil. Diante deste cenário, o IPEF e a Reflore-MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) realizaram um diagnóstico inédito visando o estabelecimento de estratégias de treinamento e qualificação de recursos humanos para o setor florestal do estado.

O estudo teve como base um questionário respondido pelas principais empresas de base florestal que atuam na região, aplicado no período de maio a julho de 2023, e que abordou itens das principais operações destinadas ao plantio de florestas, considerando as etapas de produção de mudas em viveiro, até a colheita de madeira.

Demandas que lideram

De acordo com o estudo, confirmou-se se que a demanda por recursos humanos para atuação na área de plantios florestais no MS é altamente expressiva, numa estimativa mínima total de 9.350 pessoas, considerando-se o contingente vinculado apenas às atividades de produção de mudas, operações de plantio, operações de colheita de madeira e atividades complementares afins.

O conjunto líderes-supervisores nas operações de plantio (4.350) foi a demanda mais expressiva dentre todos os resultados alcançados, distribuídos em cinco principais itens, que foram: o combate de pragas e doenças (975), o plantio (900), a irrigação (775) a mato competição (400) e a aplicação de fertilizante (400).

O segundo maior conjunto de demandas ficou por conta dos trabalhadores rurais polivalentes (1.450), divididos entre plantio (750) e viveiro (700). 

Em terceiro lugar ficaram as demandas por operadores de máquinas de plantio (1.850) com destaque para trator agrícola (675) e operadores de máquinas de colheita (800), sobretudo para operações de harvester e forwarder (450).

Operador em treinamento. Foto: Komatsu.

Segundo o diretor executivo da Reflores-MS, Benedito Mario Lazaro, a alta demanda por esses profissionais em específico, seria o aumento de áreas de florestas plantadas na região. “A expansão da silvicultura, são as principais causadoras do aumento dessas demandas por profissionais dessas áreas, como no plantio, por exemplo. Há o aumento das áreas, e também a instalação de novas empresas, e por vezes, não há mão de obra o suficiente para acompanhar o crescimento e desenvolvimento do setor. E este estudo que realizamos, visa estabelecer um treinamento e qualificação de recursos humanos para o setor florestal no estado”, destaca.

“Com a instalação das novas empresas do setor de celulose no estado, como a Suzano, com previsão de conclusão já para o primeiro semestre de 2024, e em seguida a Arauco, com previsão para 2028, temos ainda uma estimativa de expansão de área florestal de eucalipto de 2 milhões de hectares. Empresas desse setor são propulsoras na economia de Mato Grosso do Sul, e do país, têm alta relevância na geração de emprego, renda, e na parte socioeconômica nas regiões em que possuem atuação. O mercado segue aquecido, e demanda por profissionais preparados para atuação desde o plantio, máquinas pesadas, e indústria”, informa Benedito.

Outras áreas em destaque

Ainda de acordo com o levantamento, entre outras demandas gerais para o setor, destacaram-se os mecânicos para manutenção de máquinas e equipamentos (575), e os motoristas para transporte de caminhão em geral e motoristas para transporte de madeira (500).

Empresas participantes

No total, 11 empresas participaram, o que equivale à cerca de 1 milhão de hectares de plantações florestais, sendo ARAUCO, Brasilwood, Copa Investimentos, Eldorado Brasil Celulose S.A, Grupo Atallah, Grupo Innovatech, Manulife, Quilombo, Reflortec, TTG Brasil Investimentos Florestais LTDA e Suzano.

Confira a síntese do diagnóstico, disponível no site do IPEF:

Escrito por: redação Mais Floresta.

Foto em destaque: Mais Floresta.

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Exclusivo – Suzano compra cerca de 70 mil hectares de terras no MS por R$ 1,8 bilhão; saiba detalhes

Com acordo, a empresa visa maior opcionalidade em seu negócio e autossuficiência no suprimento de madeira

A Suzano anunciou a assinatura de contrato para aquisição de ativos florestais geridos pelo BTG Pactual Timberland Investment Group no Mato Grosso do Sul. A transação foi avaliada em R$ 1,83 bilhão, e ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e demais condições precedentes habituais deste tipo de operação, informou a produtora de papel e celulose em fato relevante na noite de sábado (23/12).

Cerca de 50 mil hectares da terra adquirida são considerados “úteis”, disse a Suzano, acrescentando que parte da área tem plantios de eucaliptos em idades variadas. A empresa disse que a operação “está alinhada a sua estratégia de criar opcionalidade em seu negócio e ampliar a sua autossuficiência no suprimento de madeira no estado”, onde opera um complexo industrial no município de Três Lagoas e avança com a construção de uma fábrica de celulose no município de Ribas do Rio Pardo (MS).

Maior linha única de produção de celulose do mundo, o Projeto Cerrado terá capacidade anual de 2,55 milhões de toneladas e tem início de operação previsto para até junho de 2024. “Essa transação consolida a autonomia da Suzano em sua estratégia de suprimento de madeira para o abastecimento no Mato Grosso do Sul, ampliando a competividade de suas operações, incluindo a nova fábrica, que terá o menor custo de produção de celulose do mundo”, afirma Carlos Aníbal, diretor executivo das áreas Florestal e de Suprimentos da Suzano.

Competitividade de mercado

A transação ocorre poucos dias após a Klabin anunciar uma aquisição de terras e florestas da chilena Arauco no Paraná, por US$ 1,16 bilhão. Essa aquisição surpreendeu o mercado e tem como objetivo também reduzir a dependência de madeira de terceiros.

Segundo a Suzano, a operação prevê que o pagamento será realizado à vista, na data de fechamento da transação, e que o preço de aquisição poderá ser ajustado para refletir a posição das empresas a serem adquiridas na data de conclusão. Caso o acordo seja finalizado após o dia 31 de março de 2024, está previsto que o valor da transação será convertido para o dólar.

Revisão de investimento (Capex)

Como há expectativa de que a transação ocorra ao longo do próximo ano, a Suzano também anuncia hoje a revisão do investimento de capital (Capex) previsto para 2024. O valor estimado foi elevado de R$ 14,6 bilhões para cerca de R$ 16,5 bilhões.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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