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Famato discute parcerias com Embrapa para promover sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) em MT

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Vilmondes Tomain, e o vice-presidente Ilson Redivo, receberam no Edifício Famato, nesta quinta-feira (28/11), a chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, a pesquisadora Laurimar Gonçalves Vendrusculo. O encontro teve como objetivo discutir projetos e parcerias estratégicas para fortalecer os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e fomentar a agricultura regenerativa no estado.

“Estamos aqui para unir forças com a Famato, uma entidade que tem o respeito e a confiança do setor produtivo. Nosso objetivo é levar as tecnologias e conhecimentos que desenvolvemos para mais produtores, gerando impacto econômico, social e ambiental.”, disse Laurimar.

Durante a reunião, Laurimar apresentou o projeto “O Futuro da Agricultura Regenerativa”, que reúne tecnologias de baixo carbono já em uso por produtores rurais, destacando os resultados expressivos de produtividade e os benefícios ambientais associados aos sistemas ILPF. A pesquisadora enfatizou que a unidade da Embrapa em Sinop (MT) abriga a maior plataforma experimental de sistemas ILPF do mundo, um espaço de referência para o desenvolvimento de sistemas produtivos mais sustentáveis.

Além de Laurimar, participaram do encontro de forma online os pesquisadores e representantes da Embrapa Cornélio Alberto Zolin, Flávio Jesus, Flávio Wruck e Rafael Pitta. O superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Marcelo Lupatini, também esteve presente, reforçando o compromisso do Sistema Famato em promover a inovação no campo.

A Embrapa busca ampliar suas parcerias com empresas privadas, organizações não governamentais, fundos de investimento e órgãos públicos para fortalecer o desenvolvimento dos sistemas ILPF e contribuir para uma agricultura de baixo impacto ambiental. “Queremos a Famato como uma grande parceira nesse trabalho, dada sua capilaridade e liderança junto aos produtores rurais”, destacou Laurimar.

O presidente Vilmondes Tomain destacou a relevância da integração entre pesquisa e produção rural. “A Famato está comprometida em apoiar iniciativas que promovam uma agricultura cada vez mais sustentável. A parceria com a Embrapa é essencial para levarmos tecnologias de baixo carbono ao produtor rural e reforçarmos o protagonismo de Mato Grosso como referência em produção responsável. Projetos como o da ILPF mostram que é possível aumentar a produtividade e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo.”

Representando a cidade de Sinop, sede da Embrapa Agrossilvipastoril, o vice-presidente Ilson Redivo, que também é presidente do Sindicato Rural de Sinop, destacou os impactos positivos das pesquisas para o setor.

“Como presidente do Sindicato Rural de Sinop, vejo de perto o impacto positivo que as pesquisas da Embrapa têm gerado para os produtores da nossa região. A integração lavoura-pecuária-floresta já é uma realidade para muitos, e reforçar essa parceria com a Famato é um passo importante para expandirmos ainda mais essas práticas.”

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Secretaria de Agricultura de SP promove desenvolvimento regional com a sustentabilidade do ILPF

Na maior feira da cadeia produtiva da carne, o governo paulista avançou no incentivo à implementação dos sistemas integrados de produção

Incentivando o aumento da produtividade sustentável do setor de carne paulista, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP leva à Feicorte 2024 espaços físicos e virtuais demonstrando a integração-lavoura-pecuária-floresta (ILPF), estratégia de produção que integra diferentes sistemas produtivos, otimizando o uso da terra, elevando produtividade e qualidade e diversificando a produção.

“Nossa parceria com a Rede ILPF ajudará os produtores paulistas a produzirem mais alimentos e melhorarem a produtividade, gerando maior distribuição de renda. Com segurança jurídica no Pontal do Paranapanema, iniciaremos um novo ciclo de desenvolvimento sustentável para o oeste paulista”, afirmou o secretário de Agricultura, Guilherme Piai.

O espaço ILPF na Feicorte, que ocorre em Presidente Prudente, até o dia 23 de novembro, conta com ambientes de interação, como a imersão em uma fazenda com integração-lavoura-pecuária-floresta por meio de realidade virtual, além de contar com a presença de empresas associadas divulgando projetos e recebendo clientes e parceiros.

Também há uma área demonstrativa de 2.000m² do sistema ILPF, disponível para visitação do público durante a feira. O espaço demonstra as possibilidades de trabalho com os componentes deste sistema, com exposição de tecnologias e soluções, no âmbito das ações realizadas pela CATI no Programa Integra SP Agro junto à Rede ILPF − parceria público-privada formada por empresas da iniciativa privada e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o objetivo de contribuir para o aumento da produtividade agrícola de forma sustentável.

Integra Pontal

A 1ª edição da Feicorte em Presidente Prudente levou a Secretaria de Agricultura e Abastecimento a firmar, na abertura da Feicorte 2024, um protocolo de intenções com a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) para a criação do programa Integra Pontal.

Com a presença do governador de SP, Tarcísio de Freitas, durante a abertura da feira, o governo de SP deu mais um passo para promover regularizações ambientais e fundiárias, garantindo segurança jurídica na região. “Vamos gerar um novo ciclo de desenvolvimento sustentável no Pontal do Paranapanema, gerando prosperidade para o produtor rural”, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai.

Rede ILPF

Formada pela parceria público-privada entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Bradesco, a Cocamar, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Syngenta, Suzano e Timac Agro, a Rede ILPF promove os sistemas integrados de produção − Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) − como uma solução sustentável e lucrativa para agropecuária brasileira.

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Embrapa apresenta oportunidade de patrocínio a iniciativa de agropecuária regenerativa

Empresas, organizações não governamentais e instâncias públicas que tenham interesse em investir em iniciativas sustentáveis na agropecuária poderão conhecer nesta quarta-feira, dia 30, uma oportunidade apresentada pela Embrapa Agrossilvipastoril. Por meio de uma live, às 10h (horário de Brasília), no canal da Embrapa no Youtube, será apresentado o projeto de patrocínio da maior plataforma experimental de agropecuária regenerativa do mundo.

O experimento de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) com foco na produção de grãos e carne da Embrapa Agrossilvipastoril tem 72 hectares de parcelas experimentais, além de áreas de pastagem periféricas usadas para manter animais quando é necessário reduzir o rebanho dentro do ensaio. A plataforma foi instalada no fim de 2011 e desde então vem gerando uma série de resultados de pesquisa que servem de embasamento para recomendações técnicas para o setor produtivo.

Após 12 anos de avaliações, as árvores usadas no primeiro ciclo foram colhidas e será iniciado um segundo ciclo de pesquisas. O foco será o de aprofundar as investigações em resultados já obtidos, avançar em dados ainda não coletados e testar outras configurações e espécies. Na agricultura, por exemplo, a sucessão soja-milho passa a se alternar com as culturas do arroz e feijão-caupi. Na pecuária, outras categorias animais e possivelmente outras raças poderão ser testadas. Já no componente florestal, além do eucalipto, a teca também será estudada na ILPF. Além dos componentes e das interações entre eles, serão continuadas pesquisas sobre conservação do solo e balanço de carbono dos sistemas.

 O projeto que será apresentado nesta quarta-feira oferta, por meio de edital público, cotas de patrocínio às instituições interessadas. O valor arrecadado será usado integralmente para custear as pesquisas, que são onerosas em um experimento deste tamanho e com a multidisciplinaridade necessária.

Em contrapartida, as patrocinadoras poderão participar de conselho consultivo do projeto, terão acesso aos resultados em primeira mão, terão exclusividade em eventos técnicos, além de contrapartidas de imagem e participação em eventos da Embrapa Agrossilvipastoril. Além disso, poderão contribuir diretamente com a geração de conhecimento para tornar a agropecuária brasileira cada vez mais sustentável.

O edital prevê três categorias de cotas, sendo limitado a uma cota ouro, duas cotas prata e três cotas bronze. Poderão participar instituições de qualquer segmento, desde que cumpram os requisitos do edital. 

Conheça a plataforma experimental de ILPF da Embrapa Agrossilvipastoril: https://www.youtube.com/watch?v=sjVd3P4C2P4

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Manhã de Campo na Embrapa apresenta pesquisas de ILPF para o bioma Pampa

O projeto conta com a participação das Unidades da Embrapa Pecuária Sul, Clima Temperado, Trigo, Agrobiologia e Meio Ambiente

A Embrapa e a Associação de Agricultores da Região da Campanha (Agricampanha) promovem no próximo dia 17 uma Manhã de Campo sobre o Projeto Integra Pampa.

O evento será realizado nos campos experimentais da Embrapa Pecuária Sul, em Bagé (RS), com início às 8 horas – acesso pela BR 293, próximo a Polícia Rodoviária Federal.

O projeto Integra Pampa tem como objetivo principal avaliar os melhores arranjos para sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) no bioma Pampa, a partir de diferentes desenhos envolvendo a produção de grãos, carne e madeira.

Os experimentos estão sendo realizados em uma área de pouco mais de 300 hectares e posteriormente serão validados em unidades de referência tecnológica e unidades demonstrativas em áreas de associados da Agricampanha.

O projeto conta com a participação das Unidades da Embrapa Pecuária Sul, Clima Temperado, Trigo, Agrobiologia e Meio Ambiente.

Para o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul Naylor Perez, coordenador do projeto, um dos grandes diferenciais da iniciativa é a possibilidade de realizar experimentos de campo de ILPF em uma escala compatível com empreendimentos comerciais.

Na programação está prevista a apresentação de resultados desde o início do projeto, como o uso de diferentes cultivares de grãos e forrageiras, produção agrícola e pecuária nesse tipo de sistema, entre outros temas.

Confira a programação:

8h – Inscrições e Café

8h30 às 10h30 – Estações

Estação 1: Avaliação de genótipos de trigo e controle de plantas daninhas em sistema de integração Lavoura-Pecuária;

Estação 2: Ensaios com soja em sistema de integração Lavoura-Pecuária;

Estação 3: Produção animal em sistema de integração Lavoura-Pecuária;

Estação 4: Sistema agrícola: a palavra do produtor;

Estação 5: Perspectivas da meteorologia para a próxima safra.

Mercado Pecuário

Quer mais análises sobre o mercado do boi gordo? Acompanhe o programa Mercado Pecuáriotoda quarta-feira no DBO Play. Apesentado pela jornalista Juliana Camargo, o programa é uma referência para o pecuarista que quer se manter atualizado sobre os principais assuntos que cercam o setor.

E-DBO

Chegou o e-DBO, o novo canal de conteúdo digital da DBO, tradicional referência jornalística em pecuária de corte do Brasil. Confira uma série de e-books sobre temas essenciais para a gestão e desenvolvimento das  fazendas, produzidos a partir de coletâneas de reportagens de cunho técnico publicadas na Revista DBO e de conteúdos exclusivos elaborados especialmente para esse canal.

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Sinop: Embrapa divulga resultados após 12 anos de pesquisa em sistemas lavoura-pecuária-floresta

A Embrapa Agrossilvipastoril está fechando o primeiro ciclo de 12 anos do maior experimento do mundo com sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), em Sinop (MT). As pesquisas trouxeram resultados que ajudam a fazer recomendações sobre uso do componente arbóreo nesses sistemas produtivos.

Segundo levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a estratégia de uso das árvores em sistemas de integração varia entre as propriedades, conforme o interesse do produtor. Fatores como destinação da madeira, mercado consumidor, forma de colheita, uso das árvores como adição ou substituição de renda, características da propriedade, entre outros, devem ser avaliados. Porém, a tomada de decisão deve ser baseada em fundamentos técnicos como os obtidos na pesquisa.

O trabalho utilizou o eucalipto (clone H13), uma vez que é uma espécie com crescimento rápido, com técnicas silviculturais desenvolvidas e com múltiplos usos. As árvores foram testadas em sistema de integração lavoura-floresta (ILF), integração pecuária-floresta (IPF) e ILPF, além da monocultura utilizada como testemunha. O plantio ocorreu inicialmente em renques de três linhas distantes 30 metros entre si e, após intervenções, alguns dos tratamentos tiveram as linhas externas suprimidas e ficaram como linhas simples espaçadas em 37 metros.

Ao longo dos 12 anos os sistemas integrados produziram entre 87 m³ e 114 m³ de madeira por hectare (ha). Os volumes variaram conforme o número de árvores conduzidas até o fim do experimento. Entretanto, quanto mais árvores, maior o impacto sobre a produção de grãos e forragem dentro do sistema produtivo. “Quando falamos em sistemas de integração, temos que pensar na produtividade de todo o sistema. Se eu aumento o número de árvores, terei redução na produção da lavoura e da pecuária. Sendo assim, o maior número de árvores tem que fazer sentido na avaliação global”, explica o pesquisador Maurel Behling, através da assessoria.

A área testemunha, com monocultura de eucalipto, produziu 350 m³/ha ao longo dos 12 anos, ficando dentro da média de incremento anual do H13 em áreas de silvicultura em Mato Grosso, que é de 32 m³/ha. Os dados de crescimento em altura, diâmetro à altura do peito (DAP) e volume de madeira medidos ao longo dos anos indicaram que os sistemas integrados proporcionam o chamado efeito bordadura. É o efeito causado nas árvores externas da monocultura por receberem mais luz, água e nutrientes que aquelas do interior e por terem menor competição com árvores vizinhas. Na ILPF esse efeito foi observado nos renques de linhas triplas, com a árvore do meio tendo menor DAP, assim como as árvores do tratamento só com eucalipto.

O efeito bordadura foi ainda mais acentuado na avaliação de biomassa e de acúmulo de carbono nas árvores. O sistema ILPF, que inicialmente teve renques triplos e passou a ter renque simples após corte das linhas laterais, foi o que mais acumulou carbono, passando dos 30 kg/ano por indivíduo. O valor se diferenciou estatisticamente dos demais e ficou bem acima dos cerca de 20 kg/ano por árvore na monocultura.

“Além de favorecer o ganho em volume das árvores, com maior potencial para aproveitamento na serraria, há uma maior taxa de acúmulo de carbono nas árvores na ILPF. É um carbono que teoricamente terá um ciclo de vida maior do que aquele usado como biomassa”, destaca Behling.

O pesquisador lembra ainda que o carbono não fica somente estocado na madeira. As árvores no sistema produtivo ainda deixam grande volume de carbono na área em forma de folhas, galhos, serrapilheira e matéria orgânica “Cerca de 10 toneladas de resíduos por hectare que permanecem são originárias da área útil com árvores. Isso sem considerar tocos e raízes que em média representam 20% da biomassa total da árvore”, informa o pesquisador.

Behling enfatiza que os resultados obtidos neste experimento, somadas às experiências de produtores em Unidades de Referência Tecnológica em Mato Grosso, dão subsídios para a tomada de decisão no planejamento de sistemas ILPF. De acordo com ele, se o objetivo é adicionar renda ou melhorar o conforto térmico para o gado, os sistemas com linha simples são mais indicados. Já se o produtor quer um modelo com maior número de árvores e que sua venda compense as perdas de produção na lavoura e pecuária, é possível fazer renques de múltiplas linhas.

A análise do mercado que consumirá a madeira é outro fator primordial no planejamento do sistema. A madeira conduzida para serraria tem maior valor agregado, mas depende de haver estrutura de processamento. Na região médio-norte de Mato Grosso, por exemplo, o surgimento recente de usinas de etanol de milho mudou o cenário em relação a 2011, quando o experimento foi iniciado. Atualmente a demanda por biomassa para as caldeiras é grande e tende a ser ainda maior nos próximos anos com a inauguração de novas plantas. “No caso da madeira serrada de eucalipto, ainda não é uma realidade na região, mas já existe demanda para a madeira tratada para mourões de cerca, postes e construção civil”, acrescentou o pesquisador.

O primeiro ciclo do experimento de ILPF com foco na pecuária de corte e produção de grãos está sendo finalizado com o corte raso dos eucaliptos após 12 anos. Em todo o experimento ainda restam 3.666 árvores ocupando uma área de 43 hectares, sendo 3 ha com monocultura e 40 ha com IPF, ILF ou ILPF. Dados preliminares indicam um volume total a ser colhido de 3.568,33 m³ de madeira. Considerando o valor de 100 reais por metro estéreo, são quase 514 mil reais. Se a venda fosse para serraria, o valor seria ainda maior. Deve-se lembrar que, além da madeira, a área também produziu carne e grãos.

A Embrapa destaca que, com o fim do ciclo, um novo trabalho já deverá começar no próximo período chuvoso. Desta vez, além do eucalipto, será usada a teca como componente arbóreo do sistema. Também será testado o consórcio com as duas espécies, uma vez que a teca perde suas folhas no período seco, reduzindo a sombra para os animais. A ideia é que o eucalipto contribua para manutenção do conforto térmico e com o escalonamento de receitas obtidas com as árvores.

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Brasil intensifica sustentabilidade na pecuária com inovações da Embrapa

O Brasil, autossuficiente na produção de carne bovina e líder mundial em exportação desde 2004, está intensificando a sustentabilidade na pecuária através da Embrapa Pecuária Sudeste.

Localizada entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado, a unidade de pesquisa de 2.538 hectares foca em práticas sustentáveis e automação na produção de carne e leite. Parcerias com a iniciativa privada permitem a testagem de novas tecnologias, como brincos de identificação e ordenha robotizada.

Além disso, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) está promovendo um crescimento sustentável, com uma adoção anual de quase 1 milhão de hectares em sistemas integrados, visando atingir 30 milhões de hectares até 2030. A Embrapa também está na vanguarda da abordagem de “Saúde Única”, conectando saúde humana, ambiental e animal.

O governo destaca a importância de políticas públicas eficientes para a implementação de testes rápidos e precisos, essencial para uma produção sustentável e certificável. A tecnologia e o melhoramento genético são componentes essenciais para a melhoria contínua da pecuária no Brasil.

Informações: Canal Rural.

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Rede ILPF apresenta vantagens da ILPF para a sustentabilidade agropecuária brasileira durante reunião no MAPA

A Rede ILPF, representada pelo Diretor Executivo Francisco Matturro e Roberto Castro, diretor de sustentabilidade e negócios da Syngenta, participou das discussões dos Grupos de Trabalho “Financeiro e Investimento” e “Tecnologia e Conhecimento”, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em Brasília.

Francisco Matturro teve uma posição de destaque e apresentou o panorama do agronegócio no Brasil e a importância da Integração Lavoura Pecuária Floresta neste contexto. A ILPF foi destacada e exemplificada com casos de sucesso em diversas regiões brasileiras. Os projetos executados pela Associação (Integra MT e SP), em parceria com os governos de SP e MT, também foram apresentados.

A reunião foi conduzida pelo presidente do Conselho de Administração da Embrapa, Carlos Augustin que se mostrou bastante interessado no potencial da ILPF. O gestor afirmou que a Rede ILPF precisa receber aporte não reembolsável para execução de projetos.

Representantes da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia, Instituto Arapyaú, Corteva Agriscience para América Latina e Acelen Renováveis também estavam na renião.

Por meio dessas reuniões junto ao governo e diversas iniciativas, a Rede ILPF contribui para a formulação de políticas públicas relevantes para o desenvolvimento da agropecuária brasileira.

Pontos de destaque:

  • Rede ILPF: Francisco Matturro apresentou o panorama do agronegócio no Brasil, bem como os desafios e oportunidades. A tecnologia ILPF foi evidenciada com casos de sucesso e também foram citados projetos existentes em parceria com os governos de SP e MT. Além disso foi discutida a necessidade de aporte financeiro para a maior implementação do sistema GeoABC+. O secretário Carlos Augustin se mostrou bastante interessado na ILPF e em seu potencial. Afirmou que a Rede ILPF precisa receber aporte não reembolsável para execução de projetos e ressaltou a importância de que não é necessário abrir mais áreas para produção, e sim intensificar a produção nas áreas que já estão abertas.
  • Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia: Projeto promove a produção de cacau em áreas não tradicionais, como o cerrado, com foco na rentabilidade e sustentabilidade do processo. Destacou a importância da otimização do uso dos recursos naturais, a criação de modelos de produção sustentável, a restauração de áreas, o aumento da produtividade e a rastreabilidade nos processos.
  • Corteva Agriscience: Enfatizou a necessidade de ajudar pequenos produtores a expandirem renda e produtividade através do Programa Prospera, que tem apoio do MAPA e visa ampliar a produtividade de milho no semiárido nordestino (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas).
  • Instituto Arapyaú: Abordou a viabilidade do cultivo de cacau em sistemas agroflorestais (SAF) como uma forma de restauração produtiva.
  • Acelen Renováveis: Apresentou soluções escaláveis para a recuperação de terras de pastagens degradadas, promovendo o plantio de macaúba. Discutiu os benefícios ambientais e sociais, como o desenvolvimento econômico local, a geração de empregos e a movimentação econômica, além do impacto positivo na agricultura familiar.

Informações: Rede ILPF.

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Integração Lavoura-Pecuária-Floresta em Goiás é um dos casos de sucesso do Balanço Social 2023 da Embrapa

A Integração Lavoura-Pecuária com a adição do “F”, o componente florestal, no estado de Goiás, tem se mostrado uma forma inovadora de condução das atividades na propriedade rural, ao proporcionar aumento da rentabilidade, da sustentabilidade e diversificação das fontes de renda. O território goiano possui quase 65% de áreas com algum grau de degradação e com baixa rentabilidade, que podem ser melhor aproveitadas, recuperadas e ter sua produção otimizada. Um exemplo deste trabalho ocorreu na fazenda Boa Vereda, de Abílio Pacheco, pesquisador da Embrapa Florestas e produtor rural.

A introdução do componente florestal resultou em diversificação da renda na propriedade rural, com a produção de madeira, e ainda gerou serviços ambientais, com a mitigação dos efeitos de gases de efeito estufa. Este caso de sucesso da Embrapa Florestas compõe a lista de tecnologias, produtos e serviços do Balanço Social da Embrapa 2023, que será lançado, no dia 25 de abril, no aniversário de 51 anos da Embrapa e que contará com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Os sistemas de integração se constituem em um modelo de exploração versátil que possibilita consorciar os componentes agrícola, arbóreo e animal, de maneira simultânea ou sequencial no tempo e no espaço, em caráter temporário ou permanente, com benefícios econômicos, ambientais e sociais. Esses sistemas são reconhecidos por permitir a diversificação de atividades, diminuir os riscos e aumentar a produção agropecuária e florestal, além de garantir conforto aos animais. 

Devido aos resultados promissores de aumento da rentabilidade e da sustentabilidade ocorridos na Fazenda Boa Vereda, o trabalho foi expandido para a Fazenda Varjão/Macaúba, ambas na região sudoeste do estado de Goiás. Tais propriedades eram casos típicos de condução de pecuária de corte tradicional, com rentabilidade econômica muito baixa, além de serem compostas por pastagens com considerável grau de degradação, como grande parte das propriedades na região. 

Buscou-se trabalhar de forma que Boa Vereda e Macaúba se tornassem unidades de referência tecnológica (URT) da Embrapa e exemplos de modelo de negócios factível a pequenas, médias e grandes propriedades. O componente florestal recebeu bastante atenção no sistema adotado e, tendo sido testadas várias configurações de arranjos do sistema, em especial, quanto ao arranjo espacial das árvores, de forma a se aprimorar o sistema e a amenizar a baixa produtividade da pastagem dentro dos renques de eucaliptos. 

Assim, ao longo dos anos, essas URTs têm funcionado como uma plataforma de geração ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) e de transferência de tecnologia (TT). Atualmente, a tecnologia se expandiu para cerca de 120 propriedades rurais do sudoeste de Goiás, com a parceria da extensão rural e outras instituições. 

Em paralelo, diversos trabalhos de pesquisa foram realizados nas áreas, especialmente dissertações de mestrado e teses de doutorado que, com isso, geraram dados e informações seguras sobre os resultados da adoção da tecnologia. Além disso, um amplo programa de transferência de tecnologia tem sido realizado junto a produtores rurais e formadores de opinião em parceria com a Emater/GO. As URTs recebem, anualmente, eventos como dias de campo e visitas de caravanas de produtores rurais, órgãos nacionais e internacionais interessados em conhecer a ILPF e os benefícios do manejo do componente florestal.

Informações: Embrapa Florestas.

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Integra SP pretende ampliar para um milhão de hectares de ILPF até 2030

Além da preparação para o processo de implantação de ILPF nas fazendas, durante 2024, uma vez ao mês, vai ocorrer um ciclo de debates de temas técnicos para fortalecer o conhecimento dos profissionais e tirar dúvidas

Mais de 50 técnicos da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) participaram, na última semana, das ações de continuidade do Integra SP, em Jaú (SP). O programa é uma parceria entre Embrapa, Rede ILPF e Governo de São Paulo. O grupo de extensionistas se prepara para implementar nas propriedades rurais os projetos de integração desenvolvidos com auxílio de especialistas da Embrapa Pecuária Sudeste e da Rede.

O objetivo da Integra SP é a adoção de diferentes modelos integrados de produção no Estado. Com isso, pretende-se ampliar em cerca de um milhão de hectares a área de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) até 2030.

De acordo com José Alberto Portugal, supervisor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste, além da preparação para o processo de implantação de ILPF nas fazendas, durante 2024, uma vez ao mês, ocorrerá um ciclo de debates de temas técnicos para fortalecer o conhecimento dos profissionais e tirar dúvidas.

Os técnicos desenvolveram esse processo de capacitação ainda em 2022. Desde então estão sendo preparados para serem multiplicadores dos sistemas integrados nas propriedades que atendem.

A iniciativa vai restaurar a capacidade produtiva de áreas degradadas ou em fase inicial de manipulação, por meio desses sistemas mais sustentáveis. Além disso, a ação contribui para o combate às mudanças climáticas, às emissões de gases de efeito estufa com tecnologias com a recuperação dos solos, o planejamento de árvores (em algumas situações), o manejo das pastagens e a melhoria das condições dos animais.

Além de capacitações continuadas, a Embrapa Pecuária Sudeste oferece treinamentos, dias de campo e simpósios com foco em ILPF e tecnologias que aliam economia, meio ambiente e social. A Embrapa está comprometida com a proposta da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) para colaborar com a construção e implementação de políticas públicas em prol do desenvolvimento sustentável.

Informações: Embrapa Pecuária Sudeste.

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Morte e vida ILPF

Artigo de Moacir José Sales Medrado [1]

Em “Morte e Vida Severina”, a “morte morrida”, como descrita na obra, representa não apenas a morte natural, muitas vezes ocasionada pela fome devido à miséria implacável do sertão, mas também a morte simbólica da dignidade e da esperança para aqueles que vivem em condições desumanas. Na obra, Severino, um retirante nordestino simboliza a luta pela sobrevivência em meio à pobreza e à injustiça.

A paisagem desolada de milhões de hectares de terras degradadas no Brasil, em especial os milhões de hectares de pastagens, também representa uma história de morte. Abandonadas pelo tempo e pelo mau uso agrícola, essas terras testemunham a devastação causada pelo descaso, pela ignorância técnica e pela exploração desenfreada. Onde outrora havia vida exuberante e fértil, passa a reinar a escuridão da degradação ambiental.

Assim, ao unir as narrativas de “Morte e Vida Severina” e de “Morte e Vida ILPF”, desejamos mostrar que sempre continuaremos sendo confrontados, com a dualidade da existência humana e ambiental, onde a morte e a vida se entrelaçam em uma busca constante por renovação e esperança.

Como Severino buscava uma nova chance de vida em meio à sua dura realidade, nesta crônica “Severinos” somos todos nós, embrapianos ou não, que resolvemos nos insurgir contra uma situação deplorável de degradação agrícola e juntos em uma reunião simbólica na Embrapa Milho e Sorgo, patrocinada pela Embrapa, geramos a estratégia ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), a nossa “Zona da Mata” onde a vida da terra não é vivida junto com a morte.

A ILPF surgiu como um raio de esperança rompendo o horizonte árido, trazendo consigo, dentre outros objetivos ressuscitar essas terras moribundas geradas pelo mau uso; a ILPF veio como um tratamento de última esperança para uma pessoa à beira da morte. Era a UTI de alta complexidade que essas terras tanto necessitavam.

A primeira fase do processo de implantação da ILPF nas terras degradadas compara-se a uma cirurgia delicada, onde cada ação é crucial para a sobrevivência do paciente. Os solos são avaliados e decisões sobre sua melhoria são tomadas, as sementes são plantadas, a pastagem ou a agricultura começa a brotar e as árvores começavam a crescer. É um processo lento e árduo, mas cheio de promessas de renascimento.

À medida que o tempo passa, as terras começam a se recuperar lentamente, como se estivessem em uma UTI clínica, onde os cuidados intensivos são mantidos, mas já se vislumbra uma luz no fim do túnel; as plantas crescem, os animais se reproduzem e a biodiversidade começa a florescer novamente.

A terceira fase assemelha-se a uma recuperação em apartamento, onde as terras já são capazes de sustentar a vida de forma mais autônoma. Os sinais de vida são evidentes, e a esperança se transforma em certeza de que a ILPF cumpriu sua missão de ressuscitar aquelas terras outrora condenadas à morte.

Por fim, a volta à vida plena em quem voltam a ser produtivas, sustentáveis e repletas de vida. É como se tivessem passado por uma transformação milagrosa, onde a morte foi vencida pela força da vida e da resiliência.

Assim, a história das terras antes condenadas à morte se torna uma história de vida, renascimento e esperança. Graças à ILPF, transformada em lei (Lei Nº 12.805, de 29 de abril de 2013) estão podendo experimentar uma nova chance de viver, um novo modo de existir onde os cuidados com a saúde do solo e do meio ambiente passam a ser mais valorizados do que nunca. Além de sua transformação em Lei Federal e sua organização como Rede ILPF, tem sido amplamente promovida em políticas de fomento em todo o Brasil, como o Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) e outras iniciativas implementadas pelo Ministério da Agricultura (MAPA) em colaboração com a Embrapa e o Serviço Brasileiro de Aprendizagem Rural (Senar), como os projetos Rural Sustentável e ABC Cerrado.

E assim, sob o título de “Morte, Vida ILPF”, contamos a história de ressurreição, das áreas de terras degradadas lembrando a todos nós que, mesmo nos momentos mais sombrios, há sempre uma luz no fim do túnel, uma esperança de renascimento e uma promessa de vida.


[1] Engenheiro Agrônomo (UFCE), Doutor em Agronomia (ESALQ/USP), Especialista em Planejamento Agrícola (SUDAM/SEPLAN – Ministério da Agricultura), Pesquisador Sênior em Sistemas Agroflorestais (EMBRAPA – aposentado), Proprietário e Diretor Técnico da Medrado e Consultores Agroflorestais Associados Ltda.

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