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‘Oscar da sustentabilidade’: Klabin está no Top 10 das melhores estratégias do mundo em clima, água e florestas

A lista é elaborada pelo Carbon Disclosure Project (CDP), organização internacional que administra um sistema mundial de divulgação de informações ambientais por empresas, cidades, Estados e regiões

Todo ano o CDP (Carbon Disclosure Project), organização internacional que administra o maior sistema mundial de divulgação de dados ambientais para empresas, cidades, Estados e regiões, divulga sua lista global de companhias mais comprometidas com três temáticas: mudanças climáticas, segurança hídrica e florestas.

A chamada “A List” (lista A) é vista pelo mercado como um “Oscar da Sustentabilidade”, uma vez que utiliza critérios rigorosos para avaliar as companhias por nível de engajamento e qualidade da estratégia de sustentabilidade. Quem mostra uma estratégia consistente e factível de mudanças em um ou mais dos três principais programas recebe nota “A”.

Dentre as companhias na vanguarda das práticas de sustentabilidade, há quem se destaque ainda mais, conquistando a nota “A” em duas ou três categorias. Em 2023, só 10 empresas no mundo todo entraram para a chamada ‘Triple A’, ou seja, receberam pontuação máxima nos três programas. Na América Latina, apenas uma companhia figurou na lista ainda mais seleta: a fabricante brasileira de papel e celulose Klabin. Essa é a terceira vez consecutiva que a Klabin recebe nota Triple A.

Na “A List” deste ano, divulgada na terça-feira (06), apenas 1,7% (ou 396) das 23 mil organizações que submeteram seus dados e planos, alcançaram a nota máxima (A) em ao menos uma das frentes: 346 em mudanças climáticas, 30 empresas em Florestas e 101 empresas em segurança hídrica (lembrando que elas podem estar em mais de uma categoria).

Dessas 396, 14 (0,7% do total) são de origem latinoamericana, sendo 11 brasileiras, duas mexicanas e uma chilena. Em 2022, eram oito representantes latinos, o que mostra um crescimento e amadurecimento do setor corporativo da região nos temas de sustentabilidades.

“Na região, o crescente número de organizações que conquistaram a classificação máxima reflete o maior engajamento de empresas que são líderes em seus segmentos de atuação e podem influenciar a transformação de suas cadeias produtivas. Temos potencial para nos tornarmos um excelente modelo global de desenvolvimento sustentável”, comenta Rebeca Lima, diretora-executiva do CDP Latin America, no material de divulgação da lista

O Brasil é o 6º país no mundo com o maior número de companhias reportando dados sobre seus desempenhos ambientais. Em 2023, foram 1.158 participantes, aumento em relação ao ano anterior. A ‘A List’ também cresceu: passou de 5 integrantes nacionais em 2022 para 11 em 2023.

Quatro brasileiras já são veteranas no grupo: Klabin, Companhia Brasileira de Alumínio, EDP Brasil e Dexco. As outras sete representantes nacionais estão, pela primeira vez na lista: Compass, CPFL Energia, Lojas Renner, M Dias Branco, TIM Brasil, Marfrig e Votorantim Cimentos.

“Alcançar a nota A demonstra que elas estão respondendo ao chamado de aumento de ambição, isto é, entregar mais ações concretas em menos tempo. Neste processo, os investidores e a sociedade têm um papel importantíssimo de exigir comprometimento em práticas sustentáveis”, enfatiza Rebeca sobre o processo.

No Brasil, a nota do CDP conta também para as candidatas a integrar a carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da B3, bolsa de valores brasileiras. Lima acredita que isso também contribui como um incentivo para as companhias melhorarem sua performance.

Como entrar na lista

De acordo com o CDP, para obter nota A, as empresas precisam divulgar publicamente ações sobre mudanças climáticas, desmatamento e/ou segurança hídrica, além de apresentar as melhores iniciativas em estratégia e ações.

As empresas que integram a ‘A List’ de mudanças climáticas, por exemplo, têm, entre outros critérios, metas com base científica para redução de gases de efeito estufa (GEE) e planos de transição alinhados ao limite máximo de 1,5ºC, como definido no Acordo de Paris. Já as reconhecidas no questionário de florestas, têm compromissos firmes de redução de desmatamentos. A rastreabilidade da origem de commodities também é um pré-requisito.

Em 2023 passou a ser exigida também a verificação de 100% das emissões de escopos 1 e 2 (emissões diretas e indiretas de energia, respectivamente) e 70% de escopo 3 (emissões indiretas na cadeia produtiva). Antes, a verificação obrigatória era de apenas 70% para todos os escopos. Agora também é necessário indicar o engajamento com os fornecedores.

Em seu site, o CDP informa que eleva regularmente o nível do que se qualifica como liderança ambiental, em linha com o que dita a ciência, o feedback das partes interessadas e as necessidades do mercado para uma maior transparência ambiental. As empresas da Lista A, portanto, são aquelas que acompanham esses requisitos em evolução.

“A divulgação é um primeiro passo essencial, não o destino. Quer uma empresa esteja no início da sua jornada, trabalhando arduamente para melhorar a sua pontuação ano após ano, ou liderando o caminho em termos de transparência ambiental. A divulgação abrangente serve como base para planos de transição e – o que é crucial – permite que as empresas sigam em frente. suas ambições”, aponta no site.

A organização também diz que sua metodologia de pontuação está alinhada com o Taskforce for Climate-Related Financial Disclosures (TCFD) e com os principais padrões ambientais. Por isso, suas listas fornecem um conjunto de dados comparável em todo o mercado.

Informações: Um Só Planeta.

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Brasil tem 9,5 milhões de hectares de florestas plantadas. Minas Gerais é líder

O Brasil, com 9,5 milhões de hectares de florestas plantadas, é hoje um dos gigantes do agronegócio florestal. Este setor, vital para a economia nacional, abrange a silvicultura, a colheita e o transporte de madeira, com cada etapa contribuindo significativamente para a qualidade do produto final ofertado no mercado. O avanço das tecnologias desempenha um papel crucial nesse processo, especialmente no contexto atual de crescimento e demanda. Essa prática é importante nos dias atuais porque recupera espaços degradados, reduzindo os impactos ambientais, através da captura de CO2.

Segundo os dados da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um aumento de 14,9% no plantio de florestas em relação ao ano anterior, com um valor de produção na silvicultura atingindo R$27,4 bilhões. Minas Gerais lidera em valor de produção, enquanto Mato Grosso do Sul mostra um crescimento notável na área plantada.

O Brasil, já estabelecido como líder no agronegócio florestal, agora enfrenta o desafio de desenvolver uma silvicultura totalmente mecanizada. Este avanço é crucial para os próximos sete anos, período que precede a próxima grande colheita. Com o setor em alta, é essencial que aproveitemos este momento para expandir nossa visão, assegurando um futuro inovador e competitivo no mercado global.

O cultivo de florestas plantadas com foco na sustentabilidade ambiental tem aumentado. De acordo com o Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), o Brasil é o segundo país com a maior área de florestas do mundo, possuindo cerca de 7,84 milhões de hectares de florestas (1 hectare equivale a 1 campo de futebol oficial). Desse total, 5,6 milhões de hectares são florestas plantadas sustentáveis de espécies de eucalipto ou pinus.

Na questão de conservação de solo, sua cobertura vegetal recupera áreas degradadas, contribui para o abastecimento dos recursos hídricos e preserva o habitat natural para a fauna e flora nativa. São árvores que se desenvolvem aliando produtividade, equilíbrio do ecossistema e a melhoria ambiental das comunidades ao seu entorno.

MECANIZAÇÃO

Historicamente, a mecanização focou-se nos setores de colheita e transporte, ressaltando um compromisso contínuo com a sustentabilidade. Entretanto, a automatização na silvicultura, ainda em seus estágios iniciais, se apresenta como um desafio emergente. Predominantemente manual ou semimecanizado, o plantio de florestas está na vanguarda da inovação, buscando aprimorar eficiência e produtividade.

Durante e após a pandemia, a silvicultura experimentou um crescimento exponencial, impulsionado pela alta demanda por biomassa florestal, especialmente no segmento de celulose, onde o Brasil lidera globalmente em produção e exportação. Com essa crescente demanda, surgem inovações tecnológicas significativas.

A silvicultura mecanizada já provou eficácia na colheita e no carregamento, se expande para o plantio. Um exemplo notável é a plantadora com cabeçote duplo, capaz de plantar duas mudas simultaneamente, o que otimiza o processo em diferentes tipos de terreno e solos. Esta abordagem mecanizada não apenas garante alta performance, integrando plantio, adubação e irrigação, mas também assegura um menor índice de reposição de mudas, além de eficiência energética e segurança operacional.

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Exclusiva – Relatório inédito aponta quais as principais tendências para o setor de base florestal em 2024

Consultoria especializada realizou um levantamento com um panorama geral sobre o futuro do setor nos próximos meses; confira

2024 começou, e com ele novidades para o agronegócio no Brasil. Bons ventos sopram a área, movidos por um mercado que segue aquecido, e com expectativas de expansão. A inovação e a sustentabilidade são vertentes que se unem para o progresso e a consolidação do setor de base florestal, que tem elevado o país a ocupar posições de destaque em rankings internacionais.

Para se ter uma ideia, em 2022, o setor de florestas plantadas no Brasil atingiu um novo recorde de valor adicionado ao Produto Interno Bruto (PIB) do país, chegando a R$ 107,2 bilhões, o que representa 1,3% do total – maior índice registrado desde o ano de 2012 –, de acordo com dados do Relatório Anual 2023 da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

No mesmo ano, em exportações os números também foram surpreendentes. No agro brasileiro, a celulose foi o quarto item mais exportado, movimentando US$ 14,29 bilhões, com 19,1 milhões de toneladas de celulose e 2,5 milhões de toneladas de papel. Segundo o levantamento, o Brasil é atualmente o maior exportador de celulose do mundo.

Nesse sentido, com o intuito de melhor informar sobre ‘o que vem pela frente’, Marcio Funchal, CEO da Marcio Funchal Consultoria lançou na data de hoje (01/02) em seu LinkedIn (https://www.linkedin.com/in/marciofunchal/), em parceria com o Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br), o relatório: Tendências 2024 para o Setor de Base Florestal, que traz um panorama completo com insights, vetores estratégicos e novidades do setor direcionados para empresas, profissionais e estudantes se antenarem sobre os temas abordados.

A redação do Mais Floresta, falou com exclusividade com o CEO,  sobre como foi preparar o relatório. Confira.

Qual o intuito de preparar o relatório “Tendências 2024 para o Setor de Base Florestal”? E para quem este material é destinado?

Puxa, super pertinente esta dúvida, obrigado. Eu trabalho com consultoria empresarial há quase 30 anos. E neste período participei de dezenas de projetos orientando a gestão e estratégia para diferentes segmentos de negócio, e as empresas que produzem e processam madeira são um destes segmentos. Por vivenciar realidades e modelos de negócio tão distintos, eu me sinto superconfortável para conectar os insights mais disruptivos da gestão estratégia e de negócios de setores altamente competitivos, com o modelo de gestão conservador das companhias do setor de base florestal.

Então este material é voltado para todos os níveis de lideranças das companhias, desde o produtor florestal até a indústria de produtos acabados. O objetivo do material é sintetizar aspectos que já interferem nos negócios das corporações brasileiras, mas que muitas vezes fogem do radar tradicional dos gestores.

 O que o leitor poderá encontrar no relatório?

O leitor encontra disponível um conjunto de insights que norteiam rumos para o mercado de base florestal no Brasil para os próximos anos, mas já com desdobramentos em 2024. Ao todo, são apresentadas 12 tendências setoriais, agrupadas em 4 vetores estratégicos:

  • Política Nacional e Crédito;
  • Produção Florestal e Abastecimento de Indústrias;
  • Bioeconomia; 
  • Mercado de Produtos Industriais Baseados na Madeira.

Estas tendências visam apoiar as discussões sobre as Estratégias e Negócios das empresas. Independente do posicionamento da companhia, são assuntos que precisam estar na pauta de estudos internos e das reuniões de planejamento e coordenação.

Como foi preparar, e levantar as informações para o relatório?

Este material foi elaborado com a colaboração de players relevantes do mercado. Nós organizamos um grupo de trabalho envolvendo especialistas de renome de várias áreas do conhecimento: produção industrial, silvicultura, agricultura, conservação e restauração ambiental, logística, saúde e comportamento, educação corporativa, fintechs, edtechs, crédito e investimento, inteligência empresarial, marketing e políticas públicas. Entrevistamos atores de vários segmentos, cada um dentro do seu ramo de especialidade. Isso nos permitiu criar um conjunto de materiais para vários diferentes segmentos empresariais, tanto para a Indústria, Comércio e Serviços. Por fim, nós elaboramos este mesmo tipo de material (Tendências Setoriais para 2024) para vários segmentos. Claro, cada convidado do grupo tem sua estratégia individual para divulgar o documento produzido para o seu público. Eu escolhi fazer o lançamento do “Tendências 2024 para o Setor de Base Florestal” em parceria com o Mais Floresta, pela credibilidade do veículo e pela trajetória de sucesso Portal.

Qual a relevância de um levantamento como este para o setor?

Eu acredito que é uma excelente forma de impulsionar as discussões internas na companhia. Como consultor e conselheiro empresarial, eu sempre recomendo que o gestor tire os integrantes de sua equipe das suas respectivas zonas de conforto… Algo como o jargão do “pensar fora da caixa” ou “a maioria sempre está errada”, forma de pensar de Paul Rulkens, referência em gestão de alta performance. Por isso propor discussões e análises que fogem do pensamento comum são fundamentais… Testar os limites de uma ação, medir efeitos de riscos, tudo isso ajuda a avaliar os múltiplos resultados que uma ação pode proporcionar à empresa. Espero que eu alcance este propósito.

Confira o relatório completo:

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Suzano abre 40 vagas em cursos do Senai para qualificar mão de obra em Ribas do Rio Pardo (MS)

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, em parceria com a Prefeitura de Ribas do Rio Pardo (MS), abriu 40 novas vagas para cursos profissionalizantes no município, onde constrói sua nova fábrica, oferecidos por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Pessoas interessadas podem escolher entre os cursos de Mecânica Básica de Veículos a Diesel e de Mecânica Básica de Veículos Leves, com 20 vagas cada um.

As inscrições ficam abertas até o dia 2 de fevereiro ou até o preenchimento das vagas e devem ser feitas somente no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Central de Ribas do Rio Pardo, que fica na Rua José Coletto Garcia, n. 1430, das 8h às 11 horas e das 13h às 16 horas, de segunda a quinta-feira. Para participar, candidatos(as) devem ter idade mínima de 16 anos e o quinto ano completo (4ª série) do Ensino Fundamental.

“A promoção de cursos de formação profissional faz parte do compromisso da companhia de contribuir para o desenvolvimento social e a geração de trabalho e renda na região, cujo mercado de trabalho segue aquecido devido às obras de construção da nova fábrica da empresa na região. Na Suzano, temos um direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’, e entendemos que, por meio dessas várias qualificações, estamos formando a mão de obra para atender a uma demanda crescente do setor de serviços local, fomentando assim o desenvolvimento socioeconômico da região”, destaca Maurício Miranda, Diretor de Engenharia da Suzano.

Os cursos de Mecânica Básica de Veículos a Diesel e de Mecânica Básica de Veículos Leves têm início marcado para dia 5 de fevereiro, com aulas ministradas no período noturno. As inscrições ficam abertas até o dia 2 de fevereiro e podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual. As capacitações estão vinculadas a uma das metas de longo prazo da empresa, que é a de reduzir as desigualdades sociais e retirar mais de 200 mil famílias da linha da pobreza em suas áreas de atuação até 2030.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Suzano ingressa na Coalizão Florestal Sustentável Internacional

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, se tornou membro da Coalizão Florestal Sustentável Internacional (em inglês, International Sustainable Forestry Coalition – ISFC). Lançada há quatro meses, por um grupo de empresas líderes do setor de florestas sustentáveis de todo mundo, a Coalizão tem como objetivo contribuir de forma positiva com os diálogos globais focados na transição de uma economia baseada em combustíveis fósseis para uma bioeconomia circular.

“Com a inclusão da Suzano na ISFC, o grupo representa mais de 12,6 milhões de hectares (31 milhões de acres) de florestas destinadas à conservação e produção em 30 países em todos os seis continentes que cultivam florestas. As empresas-membros da ISFC possuem operações em geografias que abrangem desde as florestas boreais do Norte até os trópicos do sudeste da África e da Ásia e as florestas plantadas da América do Sul, Austrália e Nova Zelândia”, explica David Brand, presidente da ISFC. “O que os membros têm em comum é que todos eles reconhecem a crescente importância do setor florestal em apoiar as transições para uma bioeconomia circular e para sistemas de uso sustentável da terra que ajudam a mitigar as mudanças climáticas e contribuem com a adaptação e a conservação da natureza”, complementa.

“É um enorme prazer fazer parte da Coalizão Florestal Sustentável Internacional (ISFC) porque reconhecemos a importância da união com outras empresas, grupos e o nosso próprio setor para sermos protagonistas na transição para a bioeconomia, trazendo soluções sustentáveis para toda a sociedade. Entendemos que somos parte da solução para os desafios climáticos e de biodiversidade, uma temática essencial para a estratégia da companhia, e estamos constantemente vendo oportunidades para desempenhar um papel de liderança”, afirma Walter Schalka, presidente da Suzano.

A Suzano possui um conjunto de 15 metas de longo prazo na frente ESG, também chamadas de “Compromissos para Renovar a Vida”, que mostram a atuação e o desempenho da companhia para os desafios climáticos, ambientais e sociais. A evolução das metas da companhia pode ser acessada na Central de Sustentabilidade: https://centraldesustentabilidade.suzano.com.br/

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de ‘Renovar a vida a partir da árvore’. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br   

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ANAC aprova 3 novos modelos chineses de drones para pulverização agrícola

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou, em dezembro de 2023, três novos modelos chineses de drones para uso em pulverização agrícola no Brasil. Fabricados pela empresa chinesa DJI, uma das maiores fabricantes desse tipo de drone no mundo, os projetos aprovados abrem portas para o lançamento de novos modelos no país e reforça as relações de cooperação na aviação entre Brasil e China. 

A parceria entre os países na aviação mantém atividades de cooperação desde 2011, por meio de um Memorando de Entendimento e um Procedimento de Implementação Técnica, sendo a autoridade chinesa, Civil Aviation Administration of China (CAAC), um importante parceiro de cooperação com a ANAC. 

Atualmente, as duas autoridades de aviação civil estão trabalhando em conjunto na revisão de procedimentos de implementação técnica para modernizar e otimizar ferramentas de trabalho, bem como ampliar reconhecimentos entre a ANAC e a CAAC. 

Os modelos chineses aprovados pela Agência são: 

Todos os modelos foram aprovados para operar a 120 metros acima do nível do solo e com alcance de até 1.000 metros para operações em linha de visada visual (VLOS) ou visual estendida (EVLOS). A comercialização dos equipamentos deverá ser realizada pelo próprio fabricante no país. 

A aprovação dos drones de pulverização agrícola pela ANAC é um processo de certificação voluntária de projetos visando promover um diferencial na segurança operacional dos produtos por iniciativa do próprio fabricante. Com a autorização, os modelos aprovados poderão operar com um Certificado de Aeronavegabilidade Especial para RPA (CAER), que demanda uma declaração de conformidade do fabricante para cada número de série do equipamento. A declaração será gerada diretamente no Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (SISANT)

Dessa forma, o fabricante e os representantes legais podem realizar um acompanhamento da frota, permitindo uma avaliação mais rápida para a implantação de melhorias operacionais dos drones.  

Informações: ANAC.

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MS deixa de ser apenas “celeiro” e torna-se “supermercado” do mundo

Produção industrial já representa 50% das exportações; na venda per capita, Estado é o segundo maior do País

Com forte atuação nos produtos primários, Mato Grosso do Sul caminha para ser mais que “celeiro” e se tornar “supermercado” do mundo. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) mostram recorde da balança comercial, com acentuada participação da indústria de transformação na economia em 2023.

O resultado alcançado na balança comercial do Estado, resultado da diferença entre importações e exportações, conforme divulgado pelo Correio do Estado na edição do dia 8 de janeiro, é de US$ 7,56 bilhões (R$ 36,9 bilhões). Os destaques são a celulose, o açúcar, os farelos de soja, as gorduras e os óleos vegetais, itens que passam por processo industrial e que representaram cerca de 50% de toda a produção comercializada com o mercado internacional no ano passado.

O segundo maior produto da pauta de exportações de Mato Grosso do Sul foi a celulose. Foi negociado US$ 1,48 bilhão de janeiro a dezembro de 2023, o que representa 14% do volume financeiro arrecadado com vendas externas no ano. O açúcar representou 8,1% das vendas, seguido pelo farelo de soja, com 7%, e as gorduras vegetais, com 2,6% do total.

De acordo com o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, Mato Grosso do Sul é um “celeiro”. “Passamos, nos últimos anos de produtor de grãos e carne, a industrializadores de matérias-primas. Agora, temos o desafio de levar isso até as prateleiras”, analisa.

Verruck ainda destaca que a produção com valor agregado já vem ocorrendo com eficiência nos últimos anos no Estado.

“Fomos muito bem como ‘celeiro’ em produzir com competitividade. Agora é a nova fase do ‘celeiro’, e precisamos industrializar nossa matéria-prima e fazer com que ela chegue nas prateleiras de qualquer lugar do mundo. Temos um conjunto de novos produtos e vamos dar valor agregado e levar a marca de nosso Estado”, salienta.

O especialista em mercado exterior, Aldo Barrigosse acompanha a balança comercial desde os anos 1990 e destaca o crescimento estadual. 

“O Estado não exportava mais do que US$ 200 milhões ao ano e hoje exporta US$ 10 bilhões. Então, o nosso estado cresceu muito, mostrando a potência de MS com auxílio dos produtos industrializados”, analisa.

Enfatizando a capacidade dos produtos que passam pela indústria de transformação, Barrigosse destaca a soja, que é plantada, colhida e transformada, em óleo de soja, em farelo, no Estado. O mesmo vale para celulose, milho, cana-de-açúcar e outros produtos.

“A gente vê essas transformações em vários segmentos, por meio das indústrias que acabam por fomentar toda a cadeia de econômica. É nítido quando se observa segmentos como esses, que representam 50% de tudo que nós exportamos para o mercado internacional. A indústria, aqui, tem a vocação de produzir e vender, não só para o Brasil, como para o mundo”, afirma Barrigosse.

A China permanece como principal parceira comercial de Mato Grosso do Sul, e o crescimento das vendas contribuiu para o salto na balança comercial local.

Foram vendidos ao país asiático um total de US$ 4,2 bilhões em produtos, 43,4% a mais que em 2022. A China foi responsável por 39,9% das importações de produtos feitos por Mato Grosso do Sul ao mercado externo.

O segundo maior destino comercial do Estado foi a Argentina. O país vizinho desbancou os Estados Unidos no comércio exterior: as vendas foram de US$ 1,1 bilhão, US$ 802 milhões a mais que em 2022. A participação no comércio exterior de MS foi de pouco mais de 10%.

Os Estados Unidos são o terceiro maior parceiro, destino de 4,96% das vendas. Foram vendidos US$ 521 milhões aos EUA.

COMPARATIVO

Outro dado que mostra a importância do comércio exterior é que Mato Grosso do Sul aparece como o segundo no ranking de maior valor exportado por habitante. 

Ao dividir o total exportado em 2023 pelo número de habitantes de MS é possível perceber que o Estado é o segundo maior em venda bruta per capita, perdendo apenas para Mato Grosso. 

Em todo o ano passado, MS vendeu para o mercado exterior R$ 18,111 mil per capita, considerando produtos in natura e processados. O Estado comercializou R$ 51,323 bilhões de janeiro a dezembro de 2023, com população estimada em 2,8 milhões de habitantes. 

Mato Grosso lidera o ranking, com R$ 41,281 mil vendidos per capita, resultado de R$ 156,118 bilhões em exportação e população estimada em 3,7 milhões de pessoas. 

Utilizando o mesmo parâmetro de comparação, o Rio de Janeiro tem o terceiro maior índice, com R$ 13,470 mil por habitante. A unidade da Federação exportou R$ 223,823 bilhões em 2023 e tem população estimada em 16,6 milhões de habitantes. 

CELEIRO

Apesar do peso dos produtos transformados, as commodities agrícolas foram os destaques nas exportações recordes de 2023. A soja em grão dominou, sendo responsável por 37% da pauta de exportações durante todo o ano passado.

A comercialização da oleaginosa resultou em um montante de US$ 3,9 bilhões, quase o dobro (91,2%) do volume exportado no ano anterior. Os números da soja são expressivos em função da produção recorde, mesmo com a queda no preço da saca da oleaginosa.

O milho em grão foi o terceiro produto da pauta de exportações de MS. Foram US$ 960 milhões vendidos ao mercado externo, volume que representa 9,1% das vendas externas do Estado em 2023.

A exportação de carne bovina, por sua vez, teve um revés financeiro no ano passado e caiu da terceira para a quarta posição na balança comercial do Estado. Foram comercializados com outros países um total de US$ 916 milhões, US$ 185 milhões a menos que em 2022. As vendas de carne bovina representaram 8,7% do volume comercializado por Mato Grosso do Sul.

“Soja e celulose seguem se destacando, mas nós tivemos outro movimento importante. O milho, que respondeu por praticamente 10% das exportações, com cerca de US$ 1 bilhão. Também tivemos bom desempenho do açúcar, do farelo e da carne bovina”, acrescenta o titular da Semadesc. 

BALANÇA COMERCIAL

Mato Grosso do Sul encerrou 2023 com o maior saldo na balança comercial de toda a série histórica. Os 12 meses do ano passado registraram recorde de exportações e atingiram um total de US$ 7,56 bilhões (R$ 36,9 bilhões).

O expressivo resultado na balança comercial do Estado teve como um dos motores o aumento nas exportações. Na comparação com 2022, MS exportou US$ 10,5 bilhões, valor 28,1% maior que os US$ 8,2 bilhões de 2022.

Para contribuir com o sucesso da balança comercial de Mato Grosso do Sul em 2023, as importações tiveram queda de 10,8%. Enquanto, em 2022, o Estado importou US$ 3,3 bilhões em mercadorias, no ano passado, foram importados US$ 2,95 bilhões em produtos.

Informações: Correio do Estado.

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Sensores monitoram evolução das florestas de eucalipto da Suzano, no Espírito Santo

Investimentos em inovação e sustentabilidade permitem aumentar produção sem ter de ampliar área de plantio

Referência mundial em celulose, a indústria capixaba está atenta às inovações no manejo das florestas de eucalipto e no aprimoramento de toda a cadeia produtiva para tornar a produção mais sustentável e competitiva. As novidades abrangem variedades de plantas mais resistentes a pragas e tolerantes a herbicidas, automação e inteligência artificial (IA).

Na avaliação do engenheiro, PhD florestal e membro da Academia Nacional de Engenharia Renato Moraes de Jesus, essas iniciativas contribuem para que o Espírito Santo continue se destacando no setor de celulose. “Hoje, temos estimativas volumétricas, podemos calcular o volume da floresta com drones. É possível mapear, contar o plantio por talhão (unidade de plantio), sem ter de ir a campo, o que é muito mais rápido e efetivo. Tudo evoluiu a partir do sensoriamento remoto. O custo é muito menor e mais imediato”, explica.

Ele destaca o impacto na produção. “Tivemos ganhos impressionantes, antes eram em torno de 15 estéreos (unidade de medida) por hectare, agora são 60. Foi possível selecionar material genético que produz mais e aumentar a capacidade da fábrica sem a necessidade de ampliar a área de plantio. Tudo é mapeado para definir o que deve ser plantado em cada local. É possível fazer o mapa de produtividade com maior teor de celulose e menor teor de extrativos”, compara o engenheiro.

No Espírito Santo, essas inovações já estão incorporadas ao processo produtivo da Suzano, maior exportadora de celulose do mundo. O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Diogo Strapasson, conta que 2023 foi um ano marcado pela aprovação de novas mudas de eucalipto, que melhoraram a competitividade das florestas da companhia.

“Sem dúvida, um dos principais objetivos da inovação é reduzir custos de produção, como um diferencial competitivo dos nossos negócios. Na produção de madeira, celulose ou de diversos tipos de papéis, sempre buscamos qualidade e diversificação, com redução de custos. Nesse ponto, o aumento da produtividade é importante em todas as etapas, com iniciativas na formação de florestas, com cultivares de eucaliptos cada vez mais produtivas e sustentáveis, na logística florestal e de celulose, nas unidades industriais, bem como no modelo de negócio”, avalia.

Tendência em diversos segmentos da economia por superar algumas limitações tecnológicas, a inteligência artificial também foi adotada pela companhia. Na planta de Três Lagoas (MS), a empresa faz o uso de uma ferramenta que permite detectar falhas em maquinários industriais antes mesmo de elas ocorrerem. Outro sistema, de monitoramento em tempo real, utiliza sensores para analisar a condição dos equipamentos por meio de vibração, garantindo uma manutenção mais célere. “O orçamento em inovação cresceu consistentemente ao longo dos últimos cinco anos. O valor dedicado às inovações representa 1% do faturamento anual da empresa”, aponta Strapasson.

Em Aracruz, no Norte do Estado, a companhia investe na construção de uma caldeira de biomassa. A unidade está inserida em uma nova onda de modernização alinhada à preocupação com a sustentabilidade da floresta, como explica o gerente-executivo de Engenharia da Suzano, James Ferretti.

“Essa caldeira será instalada com as melhores tecnologias do mercado, aumentando a eficiência da fábrica, ampliando a estabilidade da unidade, reduzindo custos e resultando em ganhos ambientais à operação. A nova caldeira de biomassa trará maior estabilidade à geração de vapor, menor custo de manutenção, maior geração de energia e menor consumo de óleo combustível”, projeta. O principal ganho ambiental dessa nova caldeira está no menor consumo de óleo combustível e na redução da emissão de CO2.

Outras inovações relacionadas à preocupação em ter a cadeia de produção mais eficiente e, ao mesmo tempo, sustentável estão presentes no lançamento de novos produtos, como os papéis Greenpack e Greenbag, que possibilitam a substituição de embalagens de plástico. O objetivo é reduzir o uso de produtos derivados do petróleo, trocando-os por soluções sustentáveis, produzidas a partir da árvore de eucalipto.

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Com investimento em florestas no MS, Suzano busca garantia de madeira para expansão futura

Da área adquirida, 50 mil hectares estão aptos para plantio e 20 mil hectares têm de ser conservadas pela empresa

No apagar das luzes de 2023, a Suzano – maior companhia de produção de celulose de fibra curta de eucalipto do mundo – fechou uma aquisição estratégica de terras em Mato Grosso do Sul, estado em que a companhia da família Feffer está finalizando seu maior empreendimento, o Projeto Cerrado, de R$ 22,2 bilhões. A empresa adquiriu de fundos específicos 70 mil hectares de terras na região Centro Leste, que abriga suas duas unidades industriais: uma em Três Lagoas e a outra em Ribas do Rio Pardo, sendo a primeira em plena operação e a segunda com 80% das obras já realizadas.

“A aquisição tem foco mais voltado para o futuro, pois no momento já temos uma base de suprimento no estado que dá conforto para nossas operações”, disse Marcelo Bacci, Diretor Executivo de Finanças, Relações com Investidores e Jurídico da Suzano, ao IM Business. “O balanço de madeira da empresa em MS, hoje, está praticamente equacionado”, acrescenta o executivo.

O negócio, de R$ 1,83 bilhão, envolveu a compra integral da Timber VII SPE e da Timber XX SPE, ambas sob o guarda-chuva do BTG Pactual Timberland Investiment Group. Da área adquirida, 50 mil hectares estão aptos para plantios (são regiões de pastagens degradadas), com uma parcela já com eucaliptos de diferentes idades plantados. Os demais 20 mil hectares são de preservação do bioma existente e têm de ser conservadas pela empresa. A operação financeira deve ser concluída, com ajustes, em março.

Base florestal é o coração de uma indústria de celulose e papel, o que garante sustentação futura ao negócio. Segundo Bacci, esse movimento da Suzano vai em duas frentes: primeiro, gera uma opção de crescimento no longo prazo e, segundo, aumenta o nível de segurança operacional de geração de madeira. Principalmente, devido à questão climática vista atualmente, que pode influir no rendimento da produção florestal. Para menos, em caso de secas fortes, ou para mais, em épocas de muita chuva.

Marcelo Bacci, Diretor Executivo de Finanças, Relações com Investidores e Jurídico da Suzano (Divulgação).

O executivo informa que a área adquirida  vai entrar no programa anual de plantio de eucalipto da Suzano, que gira na faixa de 300 mil hectares. Ele abrange renovação de florestas existentes e plantios de áreas novas. O orçamento para 2024, já influindo a aquisição, é de R$ 3,3 bilhões em terras e florestas (20% do capex total da companhia). O eucalipto demanda de seis a sete anos para atingir o ponto de corte e então ser levado à unidade industrial para se obter a celulose.

Em Mato Grosso do Sul, a empresa tem atualmente uma grande área de florestas plantadas – não revela números por unidades estaduais. Com o Projeto Cerrado, a capacidade de produção de celulose da Suzano irá das atuais 3,2 milhões de toneladas por ano (em Três Lagoas) para quase 5,8 milhões de toneladas. A unidade de Ribas do Rio Pardo, a 100 quilômetros da capital Campo Campo, adicionará 2,55 milhões de toneladas/ano, sendo a maior fábrica de celulose de eucalipto do mundo em linha de produção única.

Bacci informa que atualmente dois terços do balanço de oferta de madeira da empresa são próprios. A diferença de fornecimento vem de terceiros que são donos de florestas de eucalipto no raio de atuação de suas fábricas. “Nossa meta é atingir, entre 2029 e 2032, próximo de 90% de base própria. Vamos trazer mais áreas, a exemplo dessa que adquirimos do BTG. É fundamental estar sempre plantado”.

A indústria de celulose no Brasil, como um todo, enfrenta uma competição acirrada por terras com o agronegócio, o que levou ao encarecimento das aquisições. Em Mato Grosso do Sul, de acordo com informações do governo estadual, áreas de plantios de grãos (soja e milho) ocupam mais de 4 milhões de hectares. Florestas plantadas, 1,3 milhão de hectares, com crescente expansão devido a novos projetos previstos de fábricas de celulose no estado. A predominância é de culturas de eucalipto (há apenas pequenas áreas de pinus). De cana de açúcar, eram 832 mil hectares em 2023.

As áreas de pastagens vêm se reduzindo ao longo dos últimos anos com a corrida verificada por terras, pelo agronegócio e indústria papeleira em MS. Em 2023 somavam 17,6 milhões de hectares – menos 4,2 milhões comparado a anos anteriores. Por sua vez, áreas remanescentes, com biomas a serem preservados, registraram aumento, alcançado 10,8 milhões no ano passado.

“Vimos um aumento do preço da terra nos últimos anos, de forma geral, devido a essa demanda nos grãos e cana e não foi diferente no Mato Grosso do Sul”, comenta o diretor da Suzano. Ele informa que em cinco anos a área florestal plantada no país cresceu 10%, porém, o consumo de eucalipto para processamento de celulose e outras aplicações teve aumento de 26%, ocorrendo um descasamento entre oferta e demanda.

Há outro fator importante ligado à recente aquisição: ganho de competitividade relativo ao custo logístico de movimentação da matéria-prima. Isso é medido pelo raio médio, em quilometragem. de transporte da madeira desde a área de colheita até a unidade industrial. “Hoje estamos em 200 quilômetros; queremos reduzir para 150 quilômetros dentro de seis anos, para adiante”, informa.

Bacci destaca que a empresa olha constantemente oportunidades de compra de novas áreas de terras e florestas dentro de sua estratégia de assegurar solidez ao negócio. Ele diz que apesar de preços da commodity em período de baixa, como se verificou no ano passado, essa estratégia de incorporar novos ativos imobiliários e florestais não é freada. “Mesmo o preço de celulose ficando bastante pressionado em 2023, a companhia realizou no ano o maior investimento da sua história”, afirmou.

Além de Mato Grosso do Sul, a Suzano tem unidades operacionais de celulose nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Maranhão, com capacidade instalada atual de fazer 11 milhões de toneladas ao ano. No todo, são 1,67 milhão de hectares de áreas plantadas de eucalipto mais 1,18 milhão de áreas de reservas protegidas. “Toda a nossa madeira vem de plantios; não entra nada de florestas naturais”, destaca o executivo. A empresa tem ainda florestas em estados vizinhos, caso de  Minas Gerais.

Além da fibra curta de eucalipto (celulose de mercado), que exporta a quase totalidade da produção para diversos mercados, em especial de Ásia (a China é o grande comprador) e Europa, a companhia é fabricante de papéis de escrever e imprimir (revestidos e não revestidos), papel cartão, papel tissue (para fins sanitários) e celulose tipo fluff (usada na fabricação de fraldas, lenços umedecidos e outros itens de proteção higiênica).

No ano passado, a Suzano gerou receita líquida acumulada, até o final do terceiro trimestre, em base acumulada anual, de R$ 43,75 bilhões, com resultado líquido no mesmo período de R$ 17 bilhões. A dívida líquida consolidada era de US$ 11,5 bilhões em 30 de setembro, com alavancagem de 2,7 vezes na relação com o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) ajustado. O montante é atribuído ao maior ciclo de investimento na história da empresa.

Informações: Notícias do Cerrado.

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Suzano quer produzir 10 milhões de toneladas de papel para substituir plástico; O Boticário e Faber-Castell já fizeram a troca

Muito além do papel, a celulose tem se mostrado uma alternativa sustentável para substituir materiais plásticos em indústrias de diversos segmentos. A Suzano, indústria de papel e celulose que tem um quarto de sua produção no Espírito Santo, está liderando esse movimento no Brasil e até 2030 quer produzir 10 milhões de toneladas de produtos renováveis em substituição a materiais de origem fóssil. Dois grupos de grande relevância no mercado de cosméticos, a Faber-Castell Cosmetics e O Boticário, já fizeram essa mudança verde em parceria com a Suzano.

Embalagens de papel tem menor pegada de carbono que similares plásticos

Em um movimento recente, a Suzano se uniu à Faber-Castell Cosmetics, divisão da multinacional focada em terceirização de maquiagem para abastecer grandes marcas, e ao Grupo Boticário, um dos maiores grupos de beleza do mundo para trazer mais inovação e sustentabilidade para a indústria de cosméticos.

Hoje, todos os lápis de maquiagem da Faber-Castell Cosmetics são produzidos com madeira de reflorestamento certificada, cultivados em uma área equivalente a 11 mil campos de futebol no parque florestal de sua unidade em Prata, em Minas Gerais, onde planta anualmente mais de 300 mil mudas de árvores

A partir de agora, as tampas desses lápis de maquiagem da Faber-Castell Cosmetics serão produzidas com o papel Loop+, material biodegradável 100% brasileiro desenvolvido pela Suzano, uma alternativa sustentável em substituição ao plástico que era utilizado até então, contribuindo para a economia local e reduzindo a pegada de carbono associada ao transporte de importações.

Em parceria com a Suzano, a Faber-Castell estudou toda a jornada de compra do cliente até o descarte, desenvolvendo soluções para substituir o plástico. “A tampa de papel utiliza uma matéria-prima de fonte renovável e que pode ser reciclada ou biodegradada se cair na via de destinação final adequada. A tampa do lápis de maquiagem é usada poucas vezes e não tem reuso, se a tampa de plástico cair em uma via destinação inadequada, corre o risco de não ser reciclada e ainda contribuir para o acúmulo de microplásticos na natureza”, explica o setor de sustentabilidade da Suzano, por meio de nota.

“A Faber-Castell está sempre preocupada em oferecer inovações alinhadas com seu propósito de disponibilizar produtos cada vez mais sustentáveis e inovadores, mas sem abrir mão da qualidade que sempre foi o nosso grande diferencial de mercado”, destaca a diretora da área de Cosméticos da Faber-Castell, Ivonne Ascher.

A própria Suzano já fez a mudança de plástico para papel em sua embalagem do papel higiênico Mimmo, que é produzido no Espírito Santo. A meta da companhia é seguir ampliando seu leque de soluções à base de celulose para substituir o plástico.

“Essa parceria é mais uma importante iniciativa alinhada ao nosso compromisso de oferecer 10 milhões de toneladas de produtos de origem renovável, até 2030, em substituição a produtos de origem fóssil. São soluções como essas que nos ajudam a trazer cada vez mais consciência ambiental para a sociedade, mostrando que é possível desenvolver alternativas mais sustentáveis para os mais diferentes produtos e indústrias”, afirma Fabio Almeida, diretor executivo da Unidade de Papel e Embalagens da Suzano.

Informações: Folha Vitória.

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