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Impacto na indústria: Klabin adquire ativos da Arauco por R$ 6 bilhões

A Klabin (KLBN11) protagonizou uma das mais notáveis movimentações no cenário atual da indústria recente ao anunciar a aquisição dos ativos florestais da chilena Arauco, no Paraná, pelo valor expressivo de R$ 6 bilhões. Este passo estratégico representa um dos maiores negócios do ano, marcando significativamente o setor de papel e celulose.

Em suma, a transação envolve a aquisição do “Projeto Caetê”, composto por 150 mil hectares no estado paranaense, dos quais 85 mil hectares correspondem a áreas produtivas. Além disso, o projeto considera a posse de cerca de 31,5 milhões de toneladas de madeira em pé, além de maquinários e equipamentos essenciais para a produção.

Desse modo, a Klabin adquire diretamente 100% dos empreendimentos florestais Santa Cruz e 49% da Vale do Corisco. Em suma, essa aquisição não apenas consolida a presença da Klabin no Paraná, mas também complementa os recursos destinados ao “Projeto Puma II”, gerando sinergias operacionais cruciais para seu desenvolvimento.

Enquanto isso, para a Arauco, o negócio representa um redirecionamento estratégico. Já que planeja investir expressivos R$ 15 bilhões na construção de uma fábrica de celulose de eucalipto em Mato Grosso do Sul ao longo da presente década.

Análise do mercado e projeções futuras

Resumidamente, especialistas do mercado avaliam essa transação como positiva para a Klabin, apesar de um possível impacto inicial no seu endividamento. Uma vez que a antecipação das despesas de capital para os próximos anos permite à Klabin otimizar seus processos de colheita e transporte. Assim, resultando em melhorias significativas nos custos operacionais da empresa.

Rafael Passos, analista da Ajax Asset, destaca que a Klabin prevê alcançar sua meta de autossuficiência em madeira, o que resultará na redução dos investimentos futuros projetados.

Concisamente, o BTG Pactual destaca a lógica por trás dessa aquisição, vendo-a como um desembolso inicial que trará economias anuais consideráveis. Contudo, apesar do potencial aumento do endividamento em 2024, o banco acredita que a transação é sensata e terá efeitos positivos a longo prazo.

Impactos financeiros e tendências na indústria

Em geral, há projeções sobre o impacto financeiro imediato desta aquisição. Em suma, a Genial Investimentos alerta para a possibilidade de um aumento no Capex (Despesas de Capital), podendo afetar a geração de caixa da Klabin e, consequentemente, exercer pressão sobre as unidades da empresa na Bolsa de Valores.

No entanto, o planejamento da Klabin indica uma redução substancial do Capex em anos subsequentes, indicando um desembolso de R$ 3,3 bilhões em 2024, seguido por valores menores nos anos subsequentes, até um retorno gradual a partir de 2027.

Além disso, o JPMorgan também ressalta a pressão no caixa resultante dos custos e investimentos associados ao crescimento orgânico. Assim, apontando os investimentos no Puma II e a flutuação nos preços da celulose como os principais riscos para a Klabin, especialmente considerando a valorização da moeda nacional.

Estratégia industrial

Certamente, a aquisição dos ativos da Arauco pela Klabin representa um movimento estratégico de grande relevância para a indústria de papel e celulose. No entanto, apesar dos desafios financeiros imediatos e da pressão no caixa, a expectativa é de que, a médio e longo prazo, essa transação gere eficiências operacionais significativas.

Sendo assim, esse processo deve consolidar ainda mais a posição da Klabin como um player de destaque nesse setor em constante evolução. Do ponto de vista macroeconômico, a transação também pode ter influência na balança comercial, especialmente se houver um aumento na produção e exportação de produtos relacionados à celulose.

Certamente, isso pode contribuir positivamente para a economia do país. Assim, gerando receitas com exportações e fortalecendo a posição da indústria de celulose brasileira no mercado internacional. Portanto, movimentações como essas são de extrema relevância de forma abrangente, considerando a indústria e a economia.

Informações: PETROSOLGAS.

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Biorrefinaria florestal agrega valor

A biorrefinaria florestal não apenas processa recursos, mas transforma a natureza em uma fonte valiosa de inovação e sustentabilidade

O conceito de biorrefinaria foi emprestado do conceito da refinaria de petróleo, em que a partir do óleo bruto se produz combustíveis e derivados, polímeros, química fina, etc.

Uma biorrefinaria usa a biomassa como matéria-prima para produzir diversos combustíveis e produtos de origem sustentável. Assim, a ideia é ter produtos ou bioenergia com produção em larga escala, valor agregado não muito elevado e outros com menor volume de produção, mas com valor agregado mais elevado.

Dessa forma, a cadeia como um todo passa a ter maior lucratividade. Para o caso da biomassa florestal, é enxergar cada árvore como sendo um poço de petróleo.

Estratégias personalizadas

Não existe um modelo ou estratégia únicos. Para cada caso precisaremos desenvolver estratégias apropriadas. Talvez seja esta a maior dificuldade.

No caso da refinaria de petróleo, o mundo usa o mesmo processo para qualquer tipo de óleo bruto, por isso, nem sempre as tecnologias conseguem usar o petróleo brasileiro adequadamente, já que ele tem composição diversa dos existentes no Oriente Médio.

Mas, ainda assim, a refinaria de petróleo consegue ter uma pequena flexibilidade para produzir as substâncias que precisamos. As biorrefinarias precisam se adequar à biomassa de interesse, por exemplo, no caso florestal, vêm de árvores.

E o que existe em maior volume é a madeira. A estratégia será diversa para outras partes do vegetal, como as cascas ou as folhas.

Versatilidade

A indústria de polpação de celulose é, por si só, considerada uma biorrefinaria completa, pois além da polpa e celulose se produz energia térmica e elétrica a partir da combustão da lignina.

E a polpa de celulose é usada não apenas para produzir papel, ou papelão ou papel cartão e demais tipos de papel. Também é usada para produzir fios de celulose usados na confecção de roupas em geral, como o caso da viscose ou do modal.

Outras aplicações são em tintas, explosivos, celofane, carboximetil celulose, etc. Além dos produtos desta indústria, poderíamos pensar em outros processos e produtos, como lignina usada como antioxidante, cosméticos, resinas com formaldeído em substituição ao fenol proveniente de fontes fósseis, nanopartículas de lignina para ser usadas em sensores, etc.

Da celulose é possível produzir vários tipos de nanocelulose, como a cristalina e fibrilada mecanicamente, além, claro, de combustíveis, como o etanol de segunda geração.

Funciona na prática?

No caso do setor de celulose e papel, já temos nanocelulose sendo produzida e também lignina kraft. No caso da nanocelulose, a maior parte da produção é usada para reforçar papel convencional.

E, no caso da lignina, o uso maciço é na substituição de fenol para produzir adesivos.

Entretanto, antes que os produtos e processos sejam lançados no mercado, é necessário o desenvolvimento das tecnologias em escalas menores para avaliação de desempenho técnico e econômico.

E, se considerarmos os aspectos social e ambiental da tecnologia, as dificuldades só aumentam. Assim, a inovação é fundamental para atender a todos os aspectos da sustentabilidade.

Perspectivas de mercado

Os modelos de negócio não são possíveis de prever, mas acredito que haverá muitas possibilidades, desde a verticalização completa dos processos até a agregação de empresas menores em torno de um grande conglomerado.

O mercado está, no momento, com muitas startups e o número cresce assustadoramente, ou seja, existe muito capital de risco no mercado buscando ideias inovadoras.

Sustentabilidade ambiental e recursos florestais

Os plantios florestais brasileiros são um setor que atende ao Código Florestal, e a maioria deles são certificados até mesmo por organismos internacionais. Nossas florestas são um exemplo de sustentabilidade.

A biorrefinaria é uma das melhores ferramentas para implementar a bioeconomia e permite o desaparecimento de resíduos, ou seja, promove a economia circular. Com ela, usaremos cada vez mais substâncias da química verde e a geração de produtos biodegradáveis.

Mesmo quando não forem biodegradáveis, terão origem sustentável e serão recicláveis. No caso do Brasil, temos uma grande área de plantios florestais, e se por qualquer conjuntura de mercado internacional o volume de celulose ou de chapas vierem a diminuir, poderemos lançar mão de produtos da biorrefinaria para consumir a produção florestal que possuímos.

Desafios

Os maiores desafios são fazer com que as novas tecnologias sejam economicamente viáveis. E a superação tem sido feita pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento em ambiente inovador e competitivo.

Muitos produtos oriundos da biomassa florestal podem ser usados na área médica, como fármacos de liberação lenta, curativos celulósicos, implantes, remédios antitumorais à base de lignina, etc.

Também podem ser úteis na área eletroeletrônica, como plataformas sensoras (aplicações na área de saúde da população, ou controle de qualidade de água com poluentes emergentes (analgésicos, hormônios, glifosato, etc)), painéis fotovoltaicos, etc.

Existem outras aplicações com valor agregado intermediário, como no agronegócio, como aditivos anti-deriva, liberação lenta de fertilizantes e de outros agroquímicos.

Informações: Campo&Negócios / Washington Magalhães, pesquisador da Embrapa Florestas.

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Eldorado Brasil Celulose abre processo seletivo para estágio

Programa Super Talentos é voltado para estudantes do ensino superior, que terão oportunidades de atuar em uma das mais sustentáveis empresas de celulose do mundo

A Eldorado Brasil Celulose abre, em 8 de janeiro, a seleção de estagiários para o Programa Super Talentos 2024. As vagas disponíveis são para trabalho presencial para as áreas corporativas, industrial, florestal, transportadora, planejamento comercial, RH, TI e logística, nas cidades de Três Lagoas (MS), São Paulo e Santos (SP). As inscrições podem ser feitas no site www.ciadeestagios.com.br/vagas/eldorado/ até 9 de fevereiro.

Com o compromisso de promover o crescimento e desenvolvimento profissional em um ambiente dinâmico, a empresa busca pessoas com habilidades diferenciadas, criativas, determinadas e com sede de conhecimento. O programa proporciona uma experiência prática, com foco em inovação e a oportunidade de trabalhar em projetos desafiadores e colaborar com equipes experientes.

A previsão de início do programa é para março de 2023. “Com nosso programa Super Talentos, temos o objetivo de proporcionar uma experiência de valor aos nossos estagiários, permitindo que eles apliquem na Eldorado Brasil os conhecimentos adquiridos na graduação. Além disso, através da trilha de desenvolvimento que construímos, algumas competências e habilidades serão desenvolvidas, contribuindo para que tenham uma jornada de sucesso em suas carreiras”, afirma a gerente de Desenvolvimento Organizacional e de Recrutamento e Seleção, Ana Carolina Tessarini.

Super Talentos Eldorado

Os diferenciais do Super Talentos são a experiência completa para os estagiários, como ocorreu com a Ingrid Padrinho Martins, que hoje é assistente administrativa na área de TI. Ela iniciou na empresa como Jovem Aprendiz e, em 2022, foi selecionada pelo Programa de Estágio na área de Governança de TI.

“O período de estágio foi maravilhoso, tive a honra de ter pessoas incríveis me orientando e sempre dispostas a me incentivar a crescer profissionalmente. Foi um período de desafios e conquistas, pude participar da implementação, como uma das responsáveis, de uma ferramenta de gestão de projetos. No começo de dezembro de 2023, tive a alegria de ser efetivada”, conta a colaboradora de 23 anos.

SERVIÇO: ELDORADO SUPER TALENTOS

Prazo de inscrição: de 8 de janeiro a 9 de fevereiro

Site:  www.ciadeestagios.com.br/vagas/eldorado

Locais de atuação: Três Lagoas (MS), São Paulo (SP) e Santos (SP)

Requisitos:

●     Estar cursando Administração, Agronomia, Análise de Sistemas, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Direito, Economia, Engenharia Cartográfica, Engenharia da Computação, Engenharia de Produção, Engenharia de Software, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Estatística, Geografia, Gestão de TI, Matemática, Sistema da Informação e cursos correlatos; com previsão de término em junho 2025

●     Possuir perfil dedicado, espírito de dono e mão na massa;

●     Ter habilidades de comunicação e trabalho em equipe;

●     Ter disponibilidade para residir no local da vaga de trabalho;

Benefícios: bolsa-auxílio compatível com o mercado, convênio médico, seguro de vida, vale-refeição ou restaurante no local (conforme localidade) e vale-transporte ou fretado.

Etapas: após as inscrições do site, os candidatos passarão pelas seguintes etapas: avaliação dos pré-requisitos; entrevista com a Companhia de Estágios; dinâmica de grupo e entrevista com gestores (as); assessment; avaliação do Comitê de Valores e admissão.

Sobre a Eldorado Brasil

A Eldorado Brasil Celulose é uma das mais eficientes e sustentáveis empresas de base florestal para produção de celulose do mundo. A companhia opera em Três Lagoas (MS) uma fábrica com capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano. Em energia limpa, há geração de 50 megawatts/hora de energia na usina termelétrica Onça Pintada, além da mesma quantidade na planta de celulose – que é autossuficiente. A base florestal é de mais de 293 mil hectares de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul. Para dar condições para operar em níveis de excelência, a companhia conta com o trabalho de mais de 5 mil colaboradores no Brasil e em escritórios internacionais. Em Santos (SP), a Eldorado Brasil opera um dos maiores terminais portuários multimodais da América Latina, com capacidade para exportar até 3 milhões de toneladas de celulose por ano.

Para mais informações, acesse https://eldoradobrasil.com.br/.

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Produtor de cachaça diversifica atividades com plantio de eucalipto 

A Bracell possui o Cultive Eucalipto, programa que viabiliza a participação de produtores rurais da região de atuação da empresa no processo produtivo do eucalipto

Da varanda, Martinho Miranda Barreto contempla o belo jardim florido na frente de sua casa e o plantio de eucalipto mais adiante. À direita, é possível avistar a ponte Gilberto Amado, sobre o rio Piauí, que liga o estado de Sergipe à Bahia. Na propriedade, a Fazenda Priapu da Feira, em Santa Luzia do Itanhy, o empresário sergipano produz, desde 2004, uma das cachaças artesanais mais premiadas de seu estado – a Reserva do Barão. Os cabelos brancos, a fisionomia serena, as boas histórias e a carreira nos setores público e privado sinalizam as décadas de experiência de vida que lhe permitem afirmar, com tranquilidade, hoje, aos 78 anos, que fez a opção certa ao plantar eucalipto.

Martinho é um dos produtores parceiros da Bracell no Programa Cultive Eucalipto, que concilia o cultivo de árvores com outras fontes de renda geradas na Priapu e com os momentos de lazer. Além do alambique com capacidade para produzir, anualmente, até 80 mil litros de cachaça artesanal a partir de cana cultivada na própria fazenda, a propriedade abriga uma fazenda de camarão e uma de criação de gado sob cuidadas dos netos do proprietário.

Segundo ele, a ideia de instalar o alambique foi, ao mesmo tempo, uma oportunidade de negócio e uma forma de resgatar uma tradição do município iniciada com um antepassado da esposa de Martinho, o Barão de Timbó, que montou o primeiro alambique da região, em 1857, com equipamentos de cobre importados da Inglaterra. Intitulado barão, em 1888, pela Princesa Isabel, João José de Oliveira Leite nasceu em Rio Real (BA), em 1821, e faleceu em Salvador, em 1919. Ele se casou três vezes, sendo a segunda com a sergipana Joaquina Hermelina da Costa Vieira.

Para Martinho, o cultivo de eucalipto acrescenta uma fonte de renda à propriedade sem a necessidade de dedicar esforços próprios nas operações. Bom para ele, que pode desfrutar de mais momentos de lazer na fazenda e de degustação de sua famosa cachaça envelhecida de quatro a seis anos em tonéis de carvalho. “Decidir plantar eucalipto não foi desafio. Eu não tinha experiência, mas não é necessário ter. Quando a idade chega, você quer ter mais tranquilidade. É natural”, afirma ele, que é casado há 55 anos e pai de dois filhos.

“A gente vai ficando mais velho e faz comparações. Eu vi que estava malhando em ferro frio criando gado e plantando coco, porque não dava o retorno esperado. Aqui, originalmente, não era área de mata? E eucalipto é o quê? É árvore. A natureza é a coisa mais sábia do mundo. Não podemos lutar contra ela”, observa. “Eu tenho outras fontes de renda, mas eu quis mostrar uma alternativa muito viável e lucrativa para quem quiser trabalhar com eucalipto, sendo parceria, arrendamento ou qualquer outra forma. E essa ideia vingou”, acrescenta.

Na propriedade, de aproximadamente 330 hectares, ele destina ao plantio de eucalipto pouco mais de 88 hectares. O primeiro trecho foi plantado há cerca de 18 meses e o outro, há menos de 1 ano. “Fico tranquilo olhando os filhotes crescerem lá”, brinca ele, referindo-se às árvores. “Eu acho que não errei e vejo a possibilidade de evoluir o plantio de eucalipto para uma área maior. Então, é porque eu estou satisfeito, né?”, indaga.

Programa Cultive Eucalipto

É um programa de parceria florestal criado pela Bracell para complementar a oferta de madeira de eucalipto para abastecer a fábrica de celulose solúvel no Polo Industrial de Camaçari. O programa viabiliza a participação de produtores rurais da região de atuação da empresa no processo produtivo do eucalipto, sempre com os mesmos cuidados técnicos e ambientais que a Bracell adota em suas próprias áreas.

O Programa Cultive Eucalipto ajuda a diversificar as fontes de renda das propriedades, contribuindo para a geração de renda no campo, para a manutenção da posse dos imóveis pelos proprietários originais, que podem seguir desenvolvendo outras atividades econômicas no imóvel, como agricultura, pecuária, lazer e outras.

As áreas com potencial para ingressar no programa precisam atender a critérios técnicos, logísticos, legais e ambientais, que são analisados e discutidos com os interessados. Com a parceria, o proprietário passa a contar com toda a tecnologia oferecida pela Bracell para obter níveis satisfatórios de produtividade, com excelentes possibilidades de retorno financeiro. Para divulgar o programa, a Bracell criou o site www.cultiveeucalipto.com.br

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Suzano está com dois processos seletivos para atender as suas demandas em Ribas do Rio Pardo (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está com dois processos seletivos abertos paraatender suas demandas em Ribas do Rio Pardo (MS). As inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://suzano.gupy.io/).

Para concorrer à vaga de Consultor(a) de Projetos Florestal, pessoas interessadas precisam atender aos seguintes pré-requisitos: ter Ensino Superior completo; possuir experiência de 1 a 2 anos em operações florestais, projetos, planejamento; afinidade com Gestão de Projetos e Gestão de Contratos; ter capacidade de fazer análises e gerenciamento de riscos; e é preciso conhecimento de software de planejamento de projetos (MS Project). As inscrições ficam abertas até o dia 17 de janeiro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/6516904?jobBoardSource=gupy_portal.

Para concorrer à vaga de Assistente Administrativo II, os pré-requisitos são: ter Ensino Médio completo; ter conhecimento em Pacote Office 360 e disponibilidade para trabalhar em período diurno e/ou noturno. As inscrições ficam abertas até o dia 15 de janeiro e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/5234858?jobBoardSource=gupy_portal.

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa

 Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Nova metodologia projeta crescimento de árvores nativas, elevando rentabilidade de restauração florestal

Pesquisa usou como base dados de 13 áreas de recuperação ecológica na Mata Atlântica e dez espécies de interesse da indústria madeireira; resultado é publicado em meio à Década da Restauração da ONU

O tema da restauração florestal tem ganhado destaque nos últimos anos tanto na iniciativa privada e no mercado financeiro como na academia e entre governos, principalmente no caso do Brasil, que assumiu o compromisso, desde o Acordo de Paris, em 2015, de recuperar com floresta nativa 12 milhões de hectares, ou seja, praticamente o equivalente ao território da Coreia do Norte. No entanto, as iniciativas ainda dependem do caro processo de plantio de árvores e padecem com a falta de dados sobre o crescimento das espécies e do total de áreas recuperadas.

Pesquisa publicada na revista científica Perspectives in Ecology and Conservation contribui com o avanço do setor. Mostra que a aplicação de métodos silviculturais em projetos de restauração florestal em larga escala pode aumentar a produtividade e a rentabilidade, viabilizando o abastecimento da indústria madeireira e reduzindo a pressão sobre os biomas naturais, como a Amazônia.

Os cientistas concluíram que, para alcançar alta produtividade, as cadeias de valor da restauração devem incorporar critérios específicos envolvendo uma combinação de espécies nativas; modelos de crescimento das árvores que permitam montar os planos de manejo e colheita com prazos mais curtos; bem como aliar o desenvolvimento de pesquisa e inovação a tratamentos silviculturais.

Liderado pelo engenheiro florestal Pedro Medrado Krainovic, o estudo criou um modelo que projeta o tempo de crescimento de espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica até que elas obtenham “maturidade” necessária para atender à indústria madeireira. Normalmente, as taxas de crescimento para comercialização são definidas de acordo com o tempo que a árvore leva até atingir 35 centímetros de diâmetro.

Com o novo método, os pesquisadores obtiveram uma redução de 25% no tempo de colheita e um aumento de 38% da área basal das árvores. Isso representou uma antecipação média de 13 anos na idade ideal do corte.

“Identificamos os padrões de produtividade versus tempo, o que fornece o indicativo de quando uma dada espécie pode ser manejada para obtenção de madeira para o mercado. Isso ajuda a dar viabilidade à restauração florestal em larga escala, melhorando sua atratividade para proprietários de terra e indo ao encontro dos acordos globais pró-clima. Com base nos nossos dados, projetamos um cenário em que o conhecimento silvicultural estaria melhorado, proporcionando uma restauração mais atrativa para as múltiplas partes interessadas“, diz Krainovic, que desenvolveu o trabalho durante seu pós-doutorado no Laboratório de Silvicultura Tropical (Lastrop) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, vinculada à Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

projeto foi conduzido no âmbito do Programa BIOTA-FAPESP. Também recebeu apoio por meio de outros quatro projetos, entre eles o Temático “Compreendendo florestas restauradas para o benefício das pessoas e da natureza – NewFor“ e as bolsas de estudo concedidas aos pesquisadores Danilo Roberti de Almeida (18/21338-3), Catherine Torres de Almeida (20/06734-0) e Angélica Faria de Resende (19/24049-5), coautores do artigo.

O trabalho foi supervisionado pelos pesquisadores Ricardo Ribeiro Rodrigues, do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (Lerf), e Pedro Brancalion, vinculado ao Lastrop e ao projeto BIOTA Síntese.

Contexto

Mesmo tendo sido eleita pelas Nações Unidas (ONU) em 2022 como uma das dez referências mundiais em restauração, a Mata Atlântica é o bioma brasileiro que mais perdeu área florestal até hoje. Dos cerca de 140 milhões de hectares no Brasil, restam 24% de cobertura florestal. Desse total, somente 12% correspondem a florestas bem conservadas (cerca de 16,3 milhões de hectares), segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica.

Porém, os esforços para conter o desmatamento vêm conseguindo resultados positivos – queda de 42% entre janeiro e maio de 2023 em relação a 2022 (de 12.166 hectares devastados para 7.088 hectares) –, além de as ações de restauração terem surtido efeito. Em 2021, a ONU estabeleceu até 2030 a Década da Restauração de Ecossistemas, um apelo para a proteção e revitalização dos ecossistemas em todo o mundo, para o benefício das pessoas e da natureza.

“A restauração precisa ter mais dados que tragam horizontes favoráveis de uso do solo. Para uma política pública, é preciso ter mais informações que suportem as tomadas de decisão. E esse artigo serve de várias formas, inclusive com uma lista de espécies que pode oferecer subsídios para o proprietário de terra. Abre uma porta para o enriquecimento de restauração florestal com finalidade econômica, mais atrativa e atingindo múltiplos objetivos, como devolver serviços ecossistêmicos a determinadas áreas”, explica Krainovic.

Os resultados do estudo devem alimentar o programa Refloresta-SP, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado, que tem, entre seus objetivos, a restauração ecológica, a recuperação de áreas degradadas e a implantação de florestas multifuncionais e de sistemas agroflorestais.

Krainovic morou por 12 anos na Amazônia e trabalhou não só em projetos de recuperação de áreas degradadas usando espécies arbóreas com potencial econômico como em cadeias produtivas de produtos florestais não madeireiros que abastecem a indústria de cosméticos, como sementes, óleos essenciais e manteigas. “Um diferencial da minha trajetória é não ter ficado somente na academia. Conheço como são as empresas, a interface com os povos tradicionais nessas cadeias produtivas e a área acadêmica”, completa.

Passo a passo

O estudo analisou uma cronossequência de 13 áreas de restauração florestal não manejada distribuídas pelo Estado de São Paulo, que se encontravam em diferentes estágios – entre seis e 96 anos de plantio. Essas regiões têm uma mistura diversificada de espécies nativas – entre 30 e 100 –, o que contribui para a promoção de serviços ecossistêmicos com características semelhantes às da floresta espontânea.

Os cientistas escolheram dez espécies arbóreas nativas comerciais, com diferentes densidades de madeira e historicamente exploradas pelo mercado. São elas: guatambu (Balfourodendron riedelianum); jequitibá-rosa (Cariniana legalis); cedro-rosa (Cedrela fissilis); araribá (Centrolobium tomentosum); guarantã (Esenbeckia leiocarpa); jatobá (Hymenaea courbaril); acácia-amarela (Peltophorum dubium); ipê-roxo (Handroanthus impetiginosus); aroeira (Astronium graveolens) e pau-vermelho ou cabreúva (Myroxylon peruiferum).

Atualmente, a maioria dessas espécies é protegida por lei e não pode ser vendida legalmente porque são endêmicas da Mata Atlântica e do Cerrado e estão ameaçadas de extinção. No entanto, algumas, como jatobá e ipê-roxo, ainda são exploradas na Amazônia.

Para cada uma delas foram desenvolvidos modelos de crescimento, com base nos dados coletados nos plantios. Com as curvas de crescimento foi aplicado o método GOL (sigla em inglês para Growth-Oriented Logging), para determinação de critérios técnicos de manejo, incluindo um cenário otimizado focado na produção de madeira.

Após testes iniciais, os pesquisadores modelaram o crescimento do diâmetro e da área basal de cada espécie selecionada ao longo da cronossequência. Foram construídos cenários de produtividade usando os 30% maiores valores de diâmetro encontrados para cada espécie por local e idade, o “cenário otimizado”, que representa a aplicação de tratos silviculturais, proporcionando maior produtividade.

As espécies foram classificadas usando o tempo necessário para atingir os 35 centímetros de diâmetro para a colheita em três faixas: crescimento rápido (menos de 50 anos), intermediário (50-70 anos) e lento (maior que 70 anos). Ao aplicar a abordagem GOL, foram agrupadas em taxa de crescimento rápida (menor que 25 anos); intermediária (25-50 anos); lenta (50-75 anos) e superlenta (75-100 anos).

O cenário otimizado teve o tempo de colheita reduzido em 25%, representando uma antecipação média de 13 anos na idade ideal de colheita.

As exceções foram o jequitibá-rosa e o jatobá, que apresentaram seu período ideal de colheita prolongado, mas a área basal aumentou mais de 50%. Por outro lado, o cedro-rosa teve redução de 36,6% na área basal de colheita (646,6 cm2/árvore), mas uma antecipação de 47 anos em tempo de colheita (51% mais rápido que o GOL).

No total, nove das dez espécies atingiram diâmetro de 35 cm antes dos 60 anos – a exceção foi o guarantã, com alta densidade de madeira.

O estudo Potential native timber production in tropical forest restoration plantations pode ser encontrado em: www.perspectecolconserv.com/en-potential-native-timber-production-in-avance-S2530064423000640.

Informações: Agência FAPESP.

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Pecuária sustentável brasileira atrai atenção de muitos países

Os estudos da Embrapa Pecuária Sudeste com sistemas integrados de produção, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), todos os anos apresentam resultados positivos na diminuição de GEE, na incorporação de carbono no solo e nas árvores, no bem-estar animal, na produtividade, na reprodução, qualidade dos solos, etc. “Grande parte das delegações internacionais solicitam a inclusão do ILPF na programação das visitas. Além disso, a gestão da Embrapa Pecuária Sudeste entende que é importante a divulgação desta tecnologia nacional para mostrar ao mundo que é possível ser sustentável e ter alta produtividade”, destacou o o pesquisador Alberto Bernardi, articulador internacional da unidade.

No ano de 2023, a Embrapa recebeu 196 visitantes estrangeiros, em 18 missões, representando 37* países dos cinco continentes África (29%), Ásia (27%), América (22%), Europa (14%) e Oceania (8%). O fato indica que o desenvolvimento de pesquisas relacionadas a sistemas de produção sustentáveis, mudanças climáticas, bem-estar animal, pecuária de precisão e melhoramento genético, está posicionando a Embrapa Pecuária Sudeste, localizada em São Carlos (SP), como um centro de referência nacional e internacional. De acordo com o articulador internacional, a pecuária sustentável é um tema que tem atraído a atenção do planeta, além de ser uma aposta do Brasil para contribuir no combate às mudanças climáticas.

Para o chefe-geral  Alexandre Berndt, a equipe de pesquisa está empenhada e estuda esses e outros modelos para produção de carne e leite de forma responsável, garantindo a conservação do meio ambiente, sem necessidade de aumento de área e que proporcionem bem-estar aos animais e reduzam os impactos das mudanças no clima. Segundo ele, é importante que esses resultados sejam levados ao maior número de pessoas e de países. “Precisamos mostrar como a ciência tem contribuído para tornar a pecuária brasileira cada vez mais resiliente, adaptada às modificações climatológicas e sustentável”, diz.

A partir das visitas internacionais também podem surgir oportunidades de relacionamento e celebração de parcerias institucionais, governamentais e privadas para o estabelecimento de memorandos de entendimento, projetos de cooperação técnica, intercâmbio de pesquisadores, etc. Além disso, a articulação internacional é uma área tática para subsidiar decisões estratégicas dos gestores em ações corporativas e de negócios.

Atualmente, com apoio e articulação da Embrapa Pecuária Sudeste, há em execução memorando de entendimento com a Universitá di Bologna (Itália), University of Florida (EUA), Texas A&M (EUA) e University of Iowa. Um acordo de transferência de material com a Universidade de Queensland (Austrália) e um Projeto de Cooperação Científica com a Universidade de Lisboa.

Informações: Sou Agro.

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Agricultura urbana pode ser resposta criativa à crise climática, e SP dá exemplos

Estudo comparou soluções desenvolvidas em São Paulo e em Melbourne, na Austrália. E destaca o grande potencial de expansão na capital paulista

Aquela que, décadas atrás, seria considerada uma proposta utópica passou a ser reconhecida, agora, como uma necessidade urgente: ocupar o espaço urbano com hortas e pomares, aumentando a cobertura vegetal da cidade e o aporte de alimento saudável para a população.

“Há hoje uma consciência da necessidade de fortalecer a agricultura local e a segurança alimentar, diante das incertezas geradas pela crise climática global”, diz o engenheiro ambiental Luís Fernando Amato-Lourenço, doutor em ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pós-doutor pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA – USP) e pela Freie Universität, de Berlim, Alemanha.

Lourenço é o primeiro autor do artigo “Building knowledge in urban agriculture: the challenges of local food production in São Paulo and Melbourne”, publicado no periódico Environment, Development and Sustainability.

O estudo foi apoiado pela FAPESP por meio de Bolsa, concedida a Lourenço, e de um Auxílio à Pesquisa, no âmbito do Projeto SPRINT (São Paulo Researchers in International Collaboration), coordenado por Thais Mauad, ex-orientadora de Lourenço e também autora do artigo.

“Nós comparamos a agricultura urbana desenvolvida em duas situações muito diferentes: na cidade de São Paulo e na cidade de Melbourne, na Austrália. Em Melbourne, a agricultura urbana é articulada com estratégias de saúde pública, como a promoção de exercícios físicos e outras atividades destinadas ao controle do sobrepeso e ao combate à obesidade. Em São Paulo, existem predominantemente dois modos: um de caráter socioeducativo, baseado em trabalho voluntário e princípios agroecológicos, como o desenvolvido no Parque das Corujas, na Vila Madalena; outro voltado para a geração de renda, principalmente em áreas periféricas das regiões Sul e Leste”, diz Lourenço.

O pesquisador informa que, em Melbourne, a atividade agrícola urbana, que pode ser coletiva, em espaços comuns, ou particular, em propriedades privadas, é regulamentada por políticas públicas, que definem as áreas para a implantação das hortas e fazem a testagem do solo. Nos espaços comuns, os beneficiários das hortas pagam uma taxa por mês. É um modelo que ainda não existe em São Paulo.

“Uma forte característica da agricultura urbana em São Paulo é que as iniciativas aparecem e desaparecem muito rapidamente. Como se baseiam em trabalho voluntário, são mais fáceis de começar do que continuar. As exceções ocorrem quando há uma pessoa muito empenhada na liderança. É o caso da nutricionista, consultora gastronômica e influenciadora Neide Rigo, que mantém o blog ‘Come-se’ e cuida de uma horta de muito sucesso na City Lapa. Uma de suas contribuições é a valorização das chamadas ‘Plantas Alimentícias Não Convencionais’ (PANCs), que apresentam grande resiliência diante de intempéries e constituem importantes opções nutricionais em tempos de mudanças climáticas”, exemplifica Lourenço.

O pesquisador ressalta, a propósito, que a criatividade é um diferencial que conta pontoa favor de São Paulo. Se em Melbourne as coisas são mais organizadas, em São Paulo as soluções inovadoras predominam. “Os pesquisadores australianos ficaram muito interessados em conhecer as iniciativas de agricultura orgânica desenvolvidas aqui”, conta.

Há uma crescente disposição de parte da população para a agricultura urbana. Se as iniciativas voluntárias são mais difíceis de quantificar, os números dos empreendimentos voltados para a geração de renda são mais bem conhecidos. “Sabemos que o município de São Paulo possuía, no período 2017 – 2028, 323 unidades de produção agropecuária, em sua maior parte com propriedades menores que 10 hectares e com culturas temporárias, totalizando uma área de cerca de 4.388 hectares. Entre proprietários, familiares e mensalistas, 802 pessoas estavam envolvidas diretamente na produção”, afirma Lourenço.

Segundo o pesquisador, na região Sul, onde a produção é mais expressiva, a agricultura é tipicamente familiar. “Nessa região, 64% da população ocupada na atividade são constituídos por proprietários e 78% moram nas propriedades. No total, 65% das propriedades contam com mão de obra exclusivamente familiar. E produzem uma grande diversidade de itens, entre legumes, verduras, raízes, ervas e frutas”, contabiliza.

Horta urbana na favela de Manguinhos, no Rio de Janeiro — Foto: Hortas Cariocas
Horta urbana na favela de Manguinhos, no Rio de Janeiro — Foto: Hortas Cariocas.

Um subtema cada vez mais comentado é o das hortas verticais, estabelecidas nos topos ou mesmo em andares dos edifícios. Essa solução, na qual Barcelona se destaca em primeiro lugar no mundo, também tem sido adotada em Berlim e São Paulo. Por exemplo, uma horta cultivada no topo do Shopping Eldorado fornece legumes, verduras e ervas livres de defensivos agrícolas aos funcionários e suas famílias.

“São Paulo tem um enorme potencial para a implantação de hortas nos topos dos edifícios. Além de possibilitar a produção de alimentos muito perto dos consumidores finais e de constituir espaços de socialização e educação ambiental, essas áreas verdes elevadas são também uma alternativa para a mitigação das ilhas de calor. Falta implantar políticas públicas duradouras que contribuam para isso”, pondera Lourenço.

Considerando a agricultura urbana como um todo, a professora Thais Mauad comenta: “Frente ao cenário das mudanças climáticas, produzir alimentos na cidade traz vários benefícios. A expansão da cobertura vegetal, a permeabilidade do solo, o aumento da umidade do ar, a promoção da biodiversidade, o enriquecimento do solo por matéria orgânica e por compostagem, aliados a métodos agroecológicos, são certamente elementos mitigadores de caráter local das mudanças climáticas. Além disso, a produção de alimentos a curtas distâncias também traz vantagens na menor emissão de CO2 pelo transporte veicular. E, em situações extremas de inundações, queimadas e outras, que podem interromper o fluxo de alimentos para a cidade, as hortas urbanas constituem alternativas para garantir a segurança alimentar”.

O artigo “Building knowledge in urban agriculture: the challenges of local food production in São Paulo and Melbourne” pode ser acessado aqui.

Informações: Um Só Planeta.

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Grupo chileno CMPC busca startups

No Brasil, o programa do grupo chileno deve priorizar o setor logístico

CMPC, grupo chileno especializado na fabricação de celulose e papel, lançou o CMPC Ventures, projeto para se aproximar de startups que possam impactar sua cadeia produtiva e estejam alinhadas às práticas de governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês).

No Brasil, o foco inicial é otimizar e modernizar o transporte de celulose e madeira, que atualmente é feito por vias fluviais e terrestres. Para isso, a fábrica de Guaíba, no Rio Grande do Sul, está selecionando startups locais e do restante do Brasil.

“As startups já nasceram em um ecossistema alicerçado na inovação e poderão nos acompanhar nesta jornada de evolução e transformação, com o objetivo de aperfeiçoar processos que irão refletir no uso racional de recursos e colaborar ainda mais com a preservação do meio ambiente”, explica Mauricio Harger, diretor-geral da CMPC no Brasil.

Fundada em 1920 em Puente Alto, no Chile, a CMPC tem 48 plantas industriais em oito países, incluindo o Brasil, onde está presente desde 2009. Anualmente, a empresa produz 2 milhões de toneladas de celulose com 20 mil colaboradores.

Informações: Fusões&Aquisições.

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Veracel abre vaga de estágio para universitários; inscrições vão até dia 10

A Veracel Celulose acaba de abrir uma oportunidade de estágio para estudantes de nível superior, em Eunápolis, para atuar na Coordenação de Relações Trabalhistas, Recrutamento e Benefícios. O período de inscrições vai até a próxima quarta-feira, 10 de janeiro.

O candidato selecionado será responsável pelas seguintes tarefas:

Organizar e registrar dados do planejamento, acompanhar os pagamentos de empresas prestadoras de serviços (EPS), com a elaboração de planilhas e relatórios eletrônicos, visando a subsidiar a área com informações;

Solicitar e enviar documentos ao Centro de Documentação (CEDOC), utilizando o sistema de solicitação de documentos, atendendo demandas das áreas afins;

Apoiar, quando necessário, as demandas de RH (análise de documentação admissional, análise de documentação do processo rescisório, apoio com treinamento de RH online e home office, entrega de holerites, aviso de férias, cartões do plano de saúde e odontológico), por meio do preenchimento de formulários, a fim de dar apoio aos colaboradores da área;

Apoio às demandas de RH (atualização das modalidades de trabalho via sistema, atendimento ao colaborador, apoio aos colaboradores com regularização, fechamento e conferência para folha, envio de documentos via DocuSign, preparação de pasta física com documentação e controle para arquivar, análise de documentação trabalhista, apoio no lançamento e acompanhamento do auxílio escolar, monitoramento de bobinas para os Relógios de Ponto Eletrônicos (REPs), confecção e entrega de crachá), com o preenchimento de formulários, a fim de colaborar com os colaboradores da
área;

Programar, quando necessário, o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) dos colaboradores da área às empresas prestadoras de serviço (EPS), usando a planilha de controle, visando ao atendimento de procedimentos de segurança.

Acompanhar a admissão dos novos colaboradores no sistema, cadastrando
dados pessoais e de dependentes;

Orientar os colaboradores sobre assuntos da área de Relações Trabalhistas, mantendo-os informado sobre horários, pagamentos, crachás, confidencialidade de informações, hierarquia, entre outros assuntos;

Atualizar as carteiras de trabalho (CTPS) dos colaboradores, de acordo com movimentações no sistema SAP, visando ao cumprimento da legislação trabalhista;

Informar áreas afins sobre a demissão de colaboradores, utilizando a agenda de desligamento, a fim de atualizar os sistemas e acessos da empresa (das áreas de TI, Infraestrutura, Financeiro, Jurídico, Desenvolvimento Humano e Organizacional, entre outras);

Atualizar informações dos colaboradores no sistema SAP, conferindo e lançando documentos evidenciados;

Separar contracheques dos colaboradores, enviando-os às áreas e controlando os recibos;

Realizar atividades externas, de acordo com demandas específicas, a fim de apoiar a área de Relações Trabalhistas.

Para concorrer a essa posição, espera-se que o candidato tenha:

Cursos complementares na área de recrutamento, benefícios ou relações
trabalhistas;

Conhecimento em elaboração de relatórios, arquivamento e controle.

Mais informações sobre essas e outras oportunidades, acesse a página de carreiras da empresa: https://www.veracel.com.br/vagas/

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