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Exclusivo – Diagnóstico inédito do IPEF e Reflore identifica principais demandas em recursos humanos para plantações florestais em MS

Para o estudo, foi desenvolvido um questionário respondido pelas principais empresas de base florestal que atuam na região, aplicado no período de maio a julho de 2023

O estado de Mato Grosso do Sul concentra o mais intenso desenvolvimento de ações ligadas ao setor de plantações florestais do Brasil. Diante deste cenário, o IPEF e a Reflore-MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) realizaram um diagnóstico inédito visando o estabelecimento de estratégias de treinamento e qualificação de recursos humanos para o setor florestal do estado.

O estudo teve como base um questionário respondido pelas principais empresas de base florestal que atuam na região, aplicado no período de maio a julho de 2023, e que abordou itens das principais operações destinadas ao plantio de florestas, considerando as etapas de produção de mudas em viveiro, até a colheita de madeira.

Demandas que lideram

De acordo com o estudo, confirmou-se se que a demanda por recursos humanos para atuação na área de plantios florestais no MS é altamente expressiva, numa estimativa mínima total de 9.350 pessoas, considerando-se o contingente vinculado apenas às atividades de produção de mudas, operações de plantio, operações de colheita de madeira e atividades complementares afins.

O conjunto líderes-supervisores nas operações de plantio (4.350) foi a demanda mais expressiva dentre todos os resultados alcançados, distribuídos em cinco principais itens, que foram: o combate de pragas e doenças (975), o plantio (900), a irrigação (775) a mato competição (400) e a aplicação de fertilizante (400).

O segundo maior conjunto de demandas ficou por conta dos trabalhadores rurais polivalentes (1.450), divididos entre plantio (750) e viveiro (700). 

Em terceiro lugar ficaram as demandas por operadores de máquinas de plantio (1.850) com destaque para trator agrícola (675) e operadores de máquinas de colheita (800), sobretudo para operações de harvester e forwarder (450).

Operador em treinamento. Foto: Komatsu.

Segundo o diretor executivo da Reflores-MS, Benedito Mario Lazaro, a alta demanda por esses profissionais em específico, seria o aumento de áreas de florestas plantadas na região. “A expansão da silvicultura, são as principais causadoras do aumento dessas demandas por profissionais dessas áreas, como no plantio, por exemplo. Há o aumento das áreas, e também a instalação de novas empresas, e por vezes, não há mão de obra o suficiente para acompanhar o crescimento e desenvolvimento do setor. E este estudo que realizamos, visa estabelecer um treinamento e qualificação de recursos humanos para o setor florestal no estado”, destaca.

“Com a instalação das novas empresas do setor de celulose no estado, como a Suzano, com previsão de conclusão já para o primeiro semestre de 2024, e em seguida a Arauco, com previsão para 2028, temos ainda uma estimativa de expansão de área florestal de eucalipto de 2 milhões de hectares. Empresas desse setor são propulsoras na economia de Mato Grosso do Sul, e do país, têm alta relevância na geração de emprego, renda, e na parte socioeconômica nas regiões em que possuem atuação. O mercado segue aquecido, e demanda por profissionais preparados para atuação desde o plantio, máquinas pesadas, e indústria”, informa Benedito.

Outras áreas em destaque

Ainda de acordo com o levantamento, entre outras demandas gerais para o setor, destacaram-se os mecânicos para manutenção de máquinas e equipamentos (575), e os motoristas para transporte de caminhão em geral e motoristas para transporte de madeira (500).

Empresas participantes

No total, 11 empresas participaram, o que equivale à cerca de 1 milhão de hectares de plantações florestais, sendo ARAUCO, Brasilwood, Copa Investimentos, Eldorado Brasil Celulose S.A, Grupo Atallah, Grupo Innovatech, Manulife, Quilombo, Reflortec, TTG Brasil Investimentos Florestais LTDA e Suzano.

Confira a síntese do diagnóstico, disponível no site do IPEF:

Escrito por: redação Mais Floresta.

Foto em destaque: Mais Floresta.

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Como o Brasil se tornou líder mundial em celulose

São números impressionantes: em 2022, gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos, alcançou uma receita bruta de R$ 260 bilhões e bateu recorde de produção, ao atingir 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel e 8,5 milhões de m³ de painéis de madeira

O Brasil conta com uma carteira de investimentos de quase R$ 62 bilhões, abrindo uma nova fábrica a cada ano e meio, em média. É um setor que está do lado certo da equação climática e motivo de orgulho para os brasileiros e brasileiras. É, atualmente, um dos motores da economia brasileira. Para se ter uma ideia, foi o quarto item da pauta de exportações do pujante agro brasileiro em 2022, consolidando-se como um forte segmento da agroindústria. Gerou divisas no montante de US$ 14,29 bilhões, resultantes de exportações na ordem de 19,1 milhões de toneladas de celulose, 2,5 milhões de toneladas de papel e 1,5 milhão de m³ de painéis de madeira.

Setor consolidado

O Brasil é o maior exportador de celulose do mundo, segundo dados da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). A indústria de base florestal plantada vem se consolidando há décadas como um modelo de bioeconomia em larga escala, se submetendo voluntariamente a rigorosas certificações internacionais há anos.

Atua ao lado da sociedade para gerar valor compartilhado e crescimento mútuo, comprovando, todos os dias, a compatibilidade entre produzir e conservar. No Brasil, 100% do papel provém de árvores cultivadas para essa finalidade.

O setor planta, colhe e replanta em uma área de 9,94 milhões de hectares. A expansão dos cultivos tem ocorrido em áreas previamente antropizadas, substituindo pastos de baixa produtividade por florestas cultivadas, principalmente de pinus e eucalipto, manejadas com as mais modernas técnicas e amplamente apoiadas em ciência.

Esse processo de recuperação de áreas degradadas amplia ainda mais a relevância do segmento no importante desafio planetário de combate aos efeitos das mudanças climáticas, já que as árvores são a mais eficiente solução baseada na natureza para a mitigação das mudanças climáticas.
Sequestram e estocam gás carbônico, cujas altas concentrações são a principal responsável por empurrar o planeta para o aquecimento global.

Além das áreas produtivas, este setor conserva, simultaneamente, outros 6,7 milhões de hectares de mata nativa, o que equivale ao território do Estado do Rio de Janeiro.

Oportunidades

Paulo Hartung, presidente-executivo da Ibá, relata que, competitivo globalmente, o setor enxerga enormes oportunidades na economia de baixo carbono, por meio da oferta de produtos oriundos de fonte renovável, que são recicláveis e biodegradáveis.

Usando a árvore como uma biorrefinaria, este segmento separa duas matérias-primas centrais: a fibra da árvore, que é usada na fabricação de mais de 5.000 bioprodutos, como livros, embalagens de papel, roupas e lenços de papel; e a lignina, parte da estrutura que dá sustentação para as árvores, usada para produção de energia.

O executivo se orgulha de informar que quase toda a energia consumida pelo setor de árvores cultivadas para fins industriais é limpa, produzida pelo próprio setor a partir da biomassa florestal.

Setor de celulose não para de crescer

O Brasil é o maior exportador de celulose no mundo, e 2º maior produtor (atrás dos EUA). Foram 19,1 milhões de toneladas exportadas em 2022, um total de US$ 8,4 bi (EUA exportou US$ 7,7 mi).
Estima-se que 25 milhões de toneladas foram produzidas, sendo 22 mi para fibra curta; 2,5 mi fibra longa e 0,5 mi para pasta de alto rendimento (recorde do setor no Brasil); EUA produziu 49,7 milhões de toneladas, um crescimento de 10,9% na produção em relação a 2021. As informações são do Relatório Anual Ibá 2023.

Receita
R$ 260,0 bilhões/ano (RECORDE)
1,3% do PIB nacional
4,1% do PIB do Agro, 4º item da balança de exportação do agro
7,2% do PIB industrial

Empregos
614 mil diretos
2,6 milhões diretos e indiretos (RAIS & ESG Tech)

Tributos
R$ 25 bilhões/ano federais e estaduais

Presença
9,94 milhões de hectares de área de plantação (novo indicador com dados mais avançados)
6,7 milhões de hectares de florestas naturais para conservação

Exportação
US$ 14,3 bilhões (RECORDE)
19,1 milhões toneladas celulose
2,5 milhões toneladas papel
1,5 milhão m³ painéis de madeira

Produção
25 milhões de toneladas de celulose (RECORDE)
11 milhões de toneladas de papel (RECORDE)
8,5 milhões de m³ de painéis de madeira

Autogeração de fonte renovável
86% de tudo que consome (RECORDE)
+44% frente a 2021
132,5 milhões de GJ

Investimento até 2028
R$ 61,9 bilhões
Média de abertura de, pelo menos, 1 fábrica a cada ano e meio

Produtividade florestal: (novo indicador com dados mais avançados)
Eucalipto – 32,7 m³/há/ano
Pinus – 30,9 m³/há/ano

Remoção e estoque de CO2
4,8 milhões de toneladas

Ascensão

Paulo Hartung atribui o crescimento acelerado do setor de celulose no Brasil ao investimento maciço em ciência e tecnologia aplicada. “Na década de 70, a produtividade média era de aproximadamente 10 metros cúbicos por hectare/ano. Atualmente, o país atinge uma impressionante marca de 33 metros cúbicos por ano, posicionando-se como um dos líderes mundiais em produtividade na produção de pinos e eucaliptos”.
Ainda segundo ele, o setor abraçou a inovação como pilar fundamental para o sucesso, resultando em técnicas de silvicultura tropical que se destacam globalmente. Esse avanço é crucial para atender à crescente demanda por celulose de forma eficiente e sustentável.

Capital humano e formação profissional

Outro fator-chave é a formação de capital humano. Empresas como a antiga Aracruz Celulose (hoje Suzano) e a Klabin desempenharam um papel crucial na formação de profissionais do setor.

“O envio de funcionários para estudar no exterior possibilitou a aplicação de conhecimentos globais na silvicultura tropical brasileira. Essa estratégia não apenas impulsionou a eficiência operacional, mas também estimulou a inovação contínua”, opina o executivo.

Nos últimos 20 anos, o setor brasileiro de celulose desenvolveu uma abordagem proativa em relação à busca por certificações internacionais, como o FSC (Forest Stewardship Council) e o PFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification).

Tais certificações não apenas validam as práticas sustentáveis adotadas pelas empresas, mas também conferem substituição aos produtos no mercado internacional.

Expansão global e competitividade

Enquanto muitos setores industriais buscam subsídios, o setor de celulose brasileiro expande sua presença global. Com uma forte participação nas exportações para a Ásia, China, Europa, América do Norte e América Latina, as empresas brasileiras competem de igual para igual.

Paulo Hartung avalia que essa expansão é resultado de décadas de busca pelas melhores tecnologias industriais no mundo, resultando em um parque industrial avançado e sustentável.

“As plantas industriais, como o Projeto Puma II, da Klabin e Rio Pardo, da Suzano, estão utilizando tecnologias de descarbonização e gaseificação da biomassa, transformando resíduos em fertilizantes e buscando formas de reutilização na própria área agrícola. O sucesso do setor agrícola está mais ligado à ciência aplicada do que aos fatores naturais, como terra, clima e sol”, expõe.

Os fatores naturais ajudam, mas ter terra não é o suficiente para fazer o setor crescer. É preciso fazê-lo sem desmatar ou destruir as florestas nativas. “O setor não apenas utiliza a terra de forma inteligente, cuidando do meio ambiente e das pessoas, mas também a preserva. Nossa área de plantio é de 9,9 milhões de hectares, enquanto a área de conservação de florestas nativas em nossas fazendas é de 6,7 milhões de hectares. Você não encontrará nenhuma outra atividade que utiliza terra no Brasil com números tão impressionantes como esses”, garante Hartung.

Os olhos do mundo se voltam para nós

O Brasil abriga uma gama diversificada de players nacionais e internacionais no setor de base florestal. Entre os nomes nacionais, destacam-se Suzano, Klabin, Dexco e o grupo Berneck. A presença de investidores chilenos, como a CMPC Arauco, e de grupos tradicionais americanos, a exemplo da WestRock e Sylvamo, evidencia a importância do país no mapa global.

Hartung destaca ainda a entrada de gigantes asiáticos, como a RGE, detentora da Bracell, e o Paper Excellence, este último em processo de disputa pelo controle da Eldorado. O interesse estrangeiro e nacional no Brasil, segundo o presidente da Ibá, reflete a visão de que o país se configura como um terreno fértil para investimentos.

“O Brasil é a bola da vez”, ressalta Hartung, apontando para a vastidão de terras degradadas e a tecnologia tropicalizada, características que tornam o país singular no contexto global.

Floresta sustentável e biodiversidade

Além da quantidade abundante de terras disponíveis, o Brasil se destaca pelo desenvolvimento de tecnologias inteligentes, como o manejo florestal. Este sistema inovador utiliza mosaicos, nas quais árvores cultivadas coexistem harmoniosamente com espécies nativas, formando corredores ecológicos que enriquecem a biodiversidade no setor.

“Nossas plantas industriais são de última geração e estão entre as mais competitivas do mundo”, afirma Hartung, evidenciando o compromisso do setor com a sustentabilidade e a eficiência.

Apesar dos desafios globais, Hartung enfatiza que o Brasil possui ações ambientais competitivas, destacando a importância de aprender com setores bem-sucedidos, como o de tecnologia e agronegócio.

Do laboratório para o campo

A versátil celulose tem sido objeto de estudos e suas micropartículas já dão origem a incontáveis itens essenciais e de origem renovável no dia a dia das pessoas.

Na dimensão nanométrica, a nanocelulose é considerada um “supermaterial”, por ser resistente, leve e impermeável. As indústrias automotiva e aeronáutica já vêm sendo beneficiadas pelo desenvolvimento desse tipo de material inovador.

Já as nanofibrilas de celulose têm como uma de suas características a menor capacidade de absorção de água, por isso são ideais para aplicações como barreiras, usadas em embalagens de alimentos, biomedicina, contenção para gases e até mesmo cosméticos. Nesse sentido, a Klabin investiu na startup israelense Melodea para desenvolvimento de novas soluções para as barreiras.

Transparentes e com alta resistência, os cristais de nanocelulose podem ser empregados na condução elétrica. Uma das aplicações é na tela do celular dobrável. De origem renovável e mais sustentável, os bio-óleos já são empregados na geração de energia, como aditivos para melhorar a eficiência de combustíveis ou como o combustível em si, após refino.

Nesse mesmo sentido, empresas do setor já vêm usando bio-gases e bio-óleos derivados da queima de biomassa, em substituição ao óleo combustível na operação de caldeiras dos fornos de cal, uma importante etapa do processo de recuperação dos coprodutos da fabricação de celulose e que tem papel de destaque na descarbonização das operações industriais.

Inovação originada da celulose

Na indústria têxtil, por outro lado, a ascensão da viscose oriunda da celulose solúvel é outro fenômeno notável, como parte do movimento global pela sustentabilidade, já representando cerca de 6% do mercado têxtil global.

No Brasil, para essa demanda específica, temos a Bracell, com duas fábricas habilitadas, em São Paulo e na Bahia; e a LD Celulose, em Minas Gerais, um joint venture entre a Dexco e a austríaca Lenzing. A viscose vem sendo utilizada como opção em roupas, inclusive em tecidos delicados, para dar textura, como em gravatas, roupas íntimas, vestidos e até jeans, além de toalhas e roupa de cama. Outra versão da celulose, a microfibrilada, também está sendo desenvolvida para ampliar a oferta de fios têxteis, com investimentos como o da Suzano na startup finlandesa Spinnova.

Com constantes investimentos em inovação, ciência e tecnologia, a indústria de base florestal segue desenvolvendo inesgotáveis soluções sustentáveis, ajudando a construir um mundo melhor.

COP 28

No cenário global, a Conferência do Clima de Paris, mais conhecida como COP28, marcou um ponto de virada nas discussões ambientais, reunindo líderes de todo o mundo em busca de soluções concretas para os desafios climáticos.

“A COP de Paris foi um marco não só para o Brasil, mas para o mundo. O Brasil esteve na mesa com protagonismo, e decidiu muita coisa importante naquele momento”, destaca Hartung. Ele se refere à relevância do mercado regulado de carbono e do financiamento climático para os países mais impactados pelos problemas ambientais, resultantes, em grande parte, da revolução industrial. No entanto, ao olhar da COP de Paris para os dias atuais, Hartung ressalta que o mundo avançou pouco em relação à ambição inicial. Ele alerta que soluções simplistas para problemas complexos não são viáveis e destaca a necessidade de paciência na busca por respostas efetivas.

Quando o foco volta para o Brasil, Hartung aponta para as características únicas do país. “Com uma matriz energética diferenciada, com mais de 40% proveniente de fontes renováveis, e mais de 80% de energia elétrica gerada a partir de fontes renováveis, o Brasil está à frente de muitos países desenvolvidos nesse aspecto”, opina.

O território brasileiro também abriga a maior floresta tropical do planeta, cobrindo quase 60% do país e contribuindo para a maior biodiversidade global. Além disso, detém 12% da água doce do planeta e apresenta uma experiência notável em biomassa, tanto da cana como da biomassa florestal. Hartung destaca que os brasileiros muitas vezes subestimam ou não registram regularmente esses ativos ambientais prejudiciais.

“É preciso compreender a importância e o potencial que o Brasil possui. Nossa responsabilidade vai além das fronteiras. Temos uma riqueza ambiental que, se bem gerida, pode contribuir significativamente para os esforços globais na mitigação das mudanças climáticas”, ressalta Hartung.

Direto ao ponto

Hartung provoca uma reflexão sobre a necessidade de o Brasil abandonar a cultura de criar soluções exclusivas, as chamadas “jabuticabas”, e buscar a integração com os mercados globais, especialmente o europeu.

Ele enfatiza a importância de desenvolver um mercado de carbono alinhado às práticas internacionais, fazendo com que o Brasil não seja apenas consumidor, mas também fornecedor de energia limpa e produtos sustentáveis.

“É urgente a criação de incentivos para o desenvolvimento de fontes de energia limpa no Brasil, não apenas para a sustentabilidade ambiental, mas também para a oportunidade de se tornar um líder global na oferta desses recursos. A possibilidade de uma reindustrialização do país, impulsionada por práticas sustentáveis, cria uma nova dinâmica econômica”, justifica.

Política pública baseada em evidências

Hartung é incisivo ao afirmar que a elaboração de políticas públicas não pode ser feita de maneira improvisada. Ele destaca a importância de embasar as decisões em ciência e evidências, evitando o aumento das despesas energéticas do país.

Para ele, é essencial desenhar políticas que atendam aos desafios específicos do Brasil, levando em conta a desigualdade social e a pobreza existentes, e ressalta o papel fundamental de que o Brasil desempenha na produção global de alimentos, fornecendo 10% do que a população mundial consome.

Pesquisas à frente do tempo

A pesquisa científica desempenha um papel imprescindível para o avanço da indústria de celulose. Flavio Hirotaka Mine, coordenador da Comissão Técnica de Transformação Digital da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), destaca as seguintes contribuições:

  • Melhorias em processos: otimizações em métodos de extração, redução na geração de resíduos, elevação da eficiência energética, redução consumo de água e reuso da água nos processos produtivos.
  • Tecnologias: a inteligência Artificial, sensoriamento remoto de precisão tem elevado a eficiência e segurança dos processos.
  • Biotecnologia: contribuição para o desenvolvimento de árvores geneticamente modificadas contribuindo para maior produtividade, resistência a pragas, maior qualidade de fibra.
  • Desenvolvimento de novos produtos: avanços na diversificação de produtos derivados de celulose como a nanocelulose e celulose microfibrilada.
  • Sustentabilidade: desenvolvimento de métodos mais eficientes de reciclagem de produtos e reutilização de resíduos.

Tendências de mercado

“Temos a crescente demanda por produtos cada vez mais sustentáveis que levam ao desenvolvimento de produtos derivados da celulose, avançando em setores como a indústria têxtil e de biomateriais. Além disso, o setor enfrenta desafios relacionados à infraestrutura e logística para envio dos produtos até os mercados consumidores”, pontua Flavio Hirotaka.

Ainda assim, ele diz que as oscilações nas taxas de câmbio impactam a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Consciência da sustentabilidade

O aumento da conscientização sobre questões ambientais tem impulsionado a demanda por produtos mais sustentáveis. Neste sentido, as recentes descobertas estão na reutilização dos resíduos industriais gerados no processo de fabricação, no desenvolvimento de novos produtos que contribuem com a redução do uso do plástico, relacionado ao desenvolvimento de embalagens à base de celulose.

De acordo com Flavio Hirotaka, práticas sustentáveis têm pressionado os setores econômicos para o alinhamento das demandas por responsabilidade ambiental e social. “A pesquisa científica aborda os desafios técnicos e ambientais para o desenvolvimento de processos mais limpos, a redução de resíduos, o uso eficiente de recursos naturais e a minimização do impacto ambiental”, considera.

No 55° Congresso Internacional de Celulose e Papel promovido pela ABTCP foram compartilhados exemplos de avanços sustentáveis para o setor de celulose e papel. Produção de SAF (Sustainable Aviation Fuel) à partir do Bioetanol, Celulose Nano Fibrilada (CNF), usos da nanocelulose.

Informações: Campo & Negócios.

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Com apoio da Suzano, projeto de hortas urbanas colabora para o empoderamento de mulheres em Três Lagoas (MS)

Iniciativa é desenvolvida em parceria com a Missão Salesiana e beneficia cerca de 40 famílias em Três Lagoas, desse total 89% são mulheres, a maioria delas chefes de família

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, em parceria com a Missão Salesiana de Mato Grosso (MSMT), tem colaborado para o empoderamento feminino e geração de trabalho e renda para famílias chefiadas por mulheres em Três Lagoas. Com o objetivo de colaborar com a segurança alimentar e geração de renda por meio da produção de alimentos agroecológicos, o projeto Hortas Urbanas teve início do ano passado. Desde então, foram cerca de 40 famílias em situação de vulnerabilidade social – com renda de até R$ 468,00 mês – atendidas, o que corresponde a uma média de 160 pessoas beneficiadas direta e indiretamente pelo projeto. Destas famílias, 89% são lideradas por mulheres.

Atualmente, são 26 famílias atuando de forma mais efetiva no projeto, sendo 23 delas comandadas por mulheres. Com apoio técnico especializado, essas mulheres e homens recebem orientações e cursos específicos para melhores métodos de cultivo de alimentos agroecológicos, assim como recebem auxílio no manejo das culturas e no processo de comercialização do excedente da produção.

“Na Suzano, nós temos um direcionador que diz que ‘Só é bom para nós, se for bom para o mundo’, e o projeto Hortas Urbanas é uma das iniciativas que mais representam esse objetivo. Ao apoiarmos a utilização de espaços para a produção de alimentos na área urbana, estamos contribuindo para a promoção da segurança alimentar das famílias, que terão alimentos saudáveis na mesa, para a geração de renda e, neste caso específico, para o empoderamento feminino, uma vez que muitas das famílias beneficiadas são lideradas por mulheres. Promover a geração de renda entre mulheres é reduzir desigualdades sociais e colaborar para a construção de um futuro mais sustentável e igualitário para todos e todas”, reforça Eduardo Ferraz, gerente Executivo da Unidade de Três Lagoas.

O projeto vem ao encontro de um dos “Compromissos para Renovar a Vida” da Suzano, que tem como objetivo retirar 200 mil pessoas que se encontram abaixo da linha da pobreza em suas áreas de atuação, até 2030. Por meio da parceria com a Missão Salesiana, iniciada em 2022, a companhia apoiou as famílias com os equipamentos e insumos iniciais para a instalação da horta comunitária, implantada em uma área dos salesianos, situada atrás da Igreja Matriz.  O objetivo é incentivar o cultivo de alimentos agroecológicos – sem o uso de defensivos agrícolas – para consumo das famílias e comercialização da produção excedente.

Sadi Silva, coordenadora da Missão Salesiana em Três Lagoas, a horta em que as famílias cultivam os alimentos passou por extensão e hoje compreende uma área de 50 mil metros quadrados. “Com o apoio da Suzano, conseguimos alavancar o número de participantes, colocar o Hortas Urbanas para funcionar e até expandir a atuação com o tempo. A Missão Salesiana nos ajudou com o terreno e a partir daí conseguimos atender famílias em situação de vulnerabilidade a cultivar diversos tipos de alimentos. As famílias vêm até a horta para trabalhar aqui no projeto, e além de conseguirem alimentos para consumo, também comercializam a produção e dividem o lucro entre os participantes”, revela.

Ana Karen Roman Gil, de 34 anos, foi uma das mulheres que teve a vida transformada pelo Hortas Urbanas. Mãe de duas crianças, uma de 5 anos e a outra de 3 anos, ela entrou no programa em um momento difícil que passava. “O projeto foi uma das melhores coisas que aconteceu, ele trouxe a minha vida de volta. Desde que passei a trabalhar nas hortas, há seis meses, passei a ter um dinheirinho para poder comprar minhas coisas, recebo minhas verduras todas as semanas e isso melhorou muito como a minha família come. Meu ânimo é outro agora, voltei a sorrir novamente. Todo dia de manhã vou para o trabalho me sentindo melhor, a horta acabou sendo minha terapia”, revela.

Trabalho coletivo

O modelo de cultivo é coletivo. Aqueles(as) que atuam no cultivo recebem o pagamento por hora trabalhada e têm participação na venda dos alimentos. Atualmente, todas as pessoas que participam do projeto revezam em diferentes atividades. Elas podem atuar tanto no período vespertino ou matutino, com três horas de trabalho por dia.

De acordo com Sadi, assim como Ana Karen, várias mulheres afirmaram aumento na renda após adesão ao Hortas Urbanas e melhor adesão ao consumo de alimentos saudáveis. Este foi o caso de Geiza Ferreira Miranda, de 29 anos, mãe de um menino. “O Hortas Urbanas me ajuda a complementar a renda, que compartilho com o meu trabalho de colocar tranças e apliques no cabelo. Desde que eu comecei, o projeto mudou muito a minha vida, principalmente na parte da alimentação, eu não comia verduras e passei a comer”, ressalta.

Onde adquirir

Para as pessoas interessadas em adquirir os alimentos produzidos no sistema agroecológico, o projeto conta com dois pontos de vendas, sendo a sede na av. Antônio Trajano, atras da Igreja Matriz e na Feira Central, onde as famílias colocam os produtos para venda.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Suzano forma novos Operadores de Máquinas Florestais no Norte do ES

O curso foi destinado exclusivamente para moradores de comunidades rurais de São Mateus e Conceição da Barra

O Programa Cultivar, desenvolvido pela Suzano e realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), realizou na última quarta-feira, dia 20, a formatura de 20 Operadores(as) de Máquinas Florestais de Colheita, todos residentes de comunidades rurais de São Mateus e Conceição da Barra, no Norte do Espírito Santo. O evento ocorreu no auditório da Suzano Mucuri (BA).

De acordo com a analista de Desenvolvimento de Pessoas da Suzano, Gabriela Letícia Ramos Carvalho, além de capacitar moradores de regiões de atuação da empresa, o programa também tem o objetivo de contribuir com a geração de renda local. Com a formação, os participantes serão cadastrados no Banco de Talentos da empresa e convocados para participar dos futuros processos seletivos, conforme disponibilidade de vagas.

O curso contou com 50% das vagas reservadas para mulheres. A formanda Nicole Santos Pereira, moradora de Córrego Grande, em São Mateus, não contia as lágrimas de emoção durante a cerimônia. “Quase todos os homens da minha família trabalharam com operação de tratores e máquinas pesadas, desde o meu avô, até meu pai e tios. Agora eu vou ser a primeira mulher da família a exercer essa função, que sempre foi muito masculina, mas que está mudando. Hoje já temos várias mulheres operadoras, e eu fico feliz por ser mais uma”, comemora.

Já o formando Denielson de Oliveira, morador da comunidade Nova Vista, também em São Mateus, conta que o curso surgiu no momento em que ele buscava novas oportunidade de trabalho. “Eu atuava como instalador de ar-condicionado, mas buscava uma chance em alguma grande empresa. Foi quando a minha esposa ficou sabendo do curso e me inscreveu. Tive a grata surpresa de ser aprovado na seleção, com tantos inscritos, e fiquei bastante feliz porque sempre sonhei em trabalhar na área”.

Durante a evento, os formandos tiveram um momento para interagir, tirar dúvidas e conhecer gerentes, coordenadores e grandes profissionais da Suzano, que contaram sobre suas funções e histórias dentro da empresa. Houve ainda um passeio pelos setores da unidade fabril de Mucuri, onde os formandos conheceram de perto todo o processo de fabricação da celulose.

Durante o curso, os(as) participantes receberam bolsa-auxílio mensal, transporte e alimentação (durante a fase prática), além de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), seguro de vida e uniforme. Foram contemplados moradores das comunidades Córrego da Contenda, Córrego do Chiado, Dilô Barbosa, Morro da Arara, Nova Vista, São Domingos de Itauninhas, São Jorge e Santa Maria, em São Mateus. Já em Conceição da Barra, foram beneficiadas as comunidades de Córrego do Alexandre, Córrego Grande, Coxi, Linharinho, Morro da Onça, Roda D’Água, São Domingos (eixo de Bahia e Manoel Pinheiros) e Santana.

O Técnico de Desenvolvimento Operacional da Suzano, Pablo Roberto Soares da Silva, ressalta que o Programa Cultivar tem o objetivo de promover o desenvolvimento social contínuo em comunidades dos cinco estados onde a empresa mantém operações (ES, BA, MG, SP e MS). Somente no Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais, o programa formou mais de 400 pessoas nos últimos três anos, focado nas áreas de colheita florestal e mecânica.

“Nós cultivamos a diversidade em nossa empresa, então é gratificante ver tantas mulheres e pessoas em situação de vulnerabilidade social, se formarem e terem a oportunidade de mudar a própria realidade e de suas famílias”, ressalta Pablo.

Sobre a Suzano – A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de ‘Renovar a vida a partir da árvore’. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br

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Suzano e Senai oferecem 38 vagas em curso gratuito de Operador(a) de Máquinas Florestais em Água Clara (MS) 

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) estão realizando o quinto curso gratuito de qualificação profissional para Operador(a) de Máquinas Florestais. Desta vez, são 38 vagas abertas para a cidade de Água Clara (MS). As inscrições para a formação vão até o dia 12 de janeiro e devem ser feitas exclusivamente pelo link https://bit.ly/operadort5.

O curso visa atender à demanda da empresa nas operações florestais, especialmente na colheita de eucalipto, para a nova fábrica de celulose atualmente em construção Ribas do Rio Pardo (MS). As pessoas que se inscreverem e forem selecionadas receberão uma bolsa-auxílio no valor de R$ 1.400,00 durante o período de qualificação, além de alimentação no local e certificado de formação profissional.

Podem participar da iniciativa pessoas de todos os gêneros, sem distinção de idade, etnia, origem, classe social, formação, deficiência e orientação sexual. Para se inscrever no curso, é preciso ter 18 anos completos ou mais, Ensino Fundamental completo e CNH (Carteira Nacional de Habilitação) categoria B vigente, sendo desejável ter categoria C ou acima. As pessoas interessadas devem ter disponibilidade para participar integralmente do programa e residir em Água Clara.

A primeira etapa do curso será teórica com duração de 30 dias e será ministrada de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas, com aulas que ocorrerão presencialmente em Água Clara. A segunda parte será 100% prática em campo, com duração de 90 dias, em sistema de turno rotativo com operação 24 horas que deverá ocorrer acompanhando a operação da colheita florestal nas áreas da Suzano naquele município.

Como se inscrever?

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo link https://bit.ly/operadort5. Mais informações sobre o processo seletivo podem ser obtidas pelos telefones (67) 98465 7734 ou (67) 98412 4490. 

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Exclusivo – Içamento de peça mais pesada da construção e estação de qualidade do ar e meteorológica em Ribas do Rio Pardo (MS)

Confira algumas das curiosidades citadas no Boletim do Projeto cerrado; ed. 29, de dezembro de 2023

O ano de 2023 sem dúvidas foi de desafios, e também de consolidação para o setor de florestas plantadas no país. Gigantes do setor constroem e investem “pesado” em seus empreendimentos, com a expectativa positiva de crescimento do mercado. À exemplo, a Suzano, uma das principais referências globais na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, constrói em Ribas do Rio Pardo (MS), com um investimento de R$ 22,2 bilhões,  o seu megaempreendimento denominado ‘Projeto Cerrado’, que compreende na maior fábrica de celulose em linha única do mundo, com capacidade produtiva de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, um dos maiores do setor privado no Brasil na atualidade.

Cerca de 10 mil empregos diretos foram gerados durante o pico da construção, além de milhares de empregos indiretos. Quando entrar em operação, no final do primeiro semestre de 2024, a nova unidade contará com 3 mil colaboradores próprios e terceiros.

Últimos acontecimentos

No início deste mês de dezembro, um incêndio atingiu uma das torres de resfriamento da construção, as chamas se concentraram em apenas uma das torres de resfriamento. Foram aproximadamente 40 minutos para o incêndio ser controlado e extinto. Por nota, a empresa informou que o cronograma da construção não será afetado com o incidente, e seguirá normalmente.

Demonstrando competitividade e robustez no setor, a empresa anunciou recentemente, a assinatura de contrato para aquisição de ativos florestais geridos pelo BTG Pactual Timberland Investment Group no Mato Grosso do Sul. A transação foi avaliada em R$ 1,83 bilhão, informou a produtora de papel e celulose em fato relevante na noite de sábado (23), e envolve a compra de duas sociedades de propósito específico que detém aproximadamente 70 mil hectares de terra no MS, onde a empresa já possui operações. Segundo a compradora, o objetivo da transação é aumentar o suprimento próprio da madeira.

Confira abaixo, novas curiosidades do megaempreendimento da Suzano, na edição 29 deste mês.

Para onde sopra o vento

A Suzano instalou e vai operar uma estação de qualidade do ar e meteorológica no centro de Ribas do Rio Pardo. A tecnologia fornece dados online que são enviados ao órgão ambiental estadual e tornam-se públicos em seguida. Os equipamentos instalados medem diversos parâmetros de qualidade do ar como material particulado e gases, bem como dados meteorológicos (temperatura, umidade, pressão, pluviometria, radiação solar, radiação ultravioleta, velocidade e direção do vento).

Com essas informações em mãos, gestores públicos terão um melhor entendimento de variáveis importantes que proporcionam um planejamento mais adequado no município. Dessa forma, terão mais condições de desenvolver políticas públicas que visem à melhoria da saúde e qualidade de vida da população.

 2023: um ano de muitos avanços

Em 2023, a fábrica da Suzano tomou forma, passando do estágio de obras de infraestrutura e obas civis para o de montagem eletromecânica, ou seja, a instalação das principais estruturas, equipamentos e instrumentos da futura unidade. Algumas delas representaram verdadeiros marcos do projeto.

 São exemplos a energização da subestação principal de energia elétrica, responsável pelo abastecimento elétrico da fábrica, e a partida parcial da Estação de Tratamento de Água (ETA), que irá tratar toda a água utilizada no complexo industrial.

 O que chamou mais atenção foi o içamento da peça mais pesada de toda a construção, o ‘balão de vapor’ da Caldeira de Recuperação. Considerada uma peça-chave e mesmo pesando 312 toneladas, ele é apenas uma pequena parte da complexa engrenagem da Caldeira.

 Com uma estrutura metálica de 9 mil toneladas que suporta 18 mil toneladas de equipamentos (inclusive o balão) e tubulações, esse conjunto todo equivale a 94 Antonov 225, um titã da aviação soviética da década de 1980 de 285 toneladas.

 Você sabia?

Outro grande destaque de 2023 no empreendimento foi a conclusão da montagem do digestor. Essa panela de pressão gigante medindo 81 metros de altura e 15 metros de diâmetro é essencial para a operação da fábrica, pois é ela que separa as fibras da madeira para a produção da celulose.

Na operação florestal, o destaque também impressiona pela grandeza dos números: foi iniciada a construção do viveiro de mudas de Ribas do Rio Pardo que, quando finalizado no início de 2024, irá empregar mais de 200 pessoas, a maioria de moradores da região e produzir 35 milhões de mudas por ano, ou seja, mais de 66 mudas por minuto.

Viveiro de mudas.

Escrito por: redação Mais Floresta, com informações Imprensa Cerrado.

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Exclusivo – Suzano compra cerca de 70 mil hectares de terras no MS por R$ 1,8 bilhão; saiba detalhes

Com acordo, a empresa visa maior opcionalidade em seu negócio e autossuficiência no suprimento de madeira

A Suzano anunciou a assinatura de contrato para aquisição de ativos florestais geridos pelo BTG Pactual Timberland Investment Group no Mato Grosso do Sul. A transação foi avaliada em R$ 1,83 bilhão, e ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e demais condições precedentes habituais deste tipo de operação, informou a produtora de papel e celulose em fato relevante na noite de sábado (23/12).

Cerca de 50 mil hectares da terra adquirida são considerados “úteis”, disse a Suzano, acrescentando que parte da área tem plantios de eucaliptos em idades variadas. A empresa disse que a operação “está alinhada a sua estratégia de criar opcionalidade em seu negócio e ampliar a sua autossuficiência no suprimento de madeira no estado”, onde opera um complexo industrial no município de Três Lagoas e avança com a construção de uma fábrica de celulose no município de Ribas do Rio Pardo (MS).

Maior linha única de produção de celulose do mundo, o Projeto Cerrado terá capacidade anual de 2,55 milhões de toneladas e tem início de operação previsto para até junho de 2024. “Essa transação consolida a autonomia da Suzano em sua estratégia de suprimento de madeira para o abastecimento no Mato Grosso do Sul, ampliando a competividade de suas operações, incluindo a nova fábrica, que terá o menor custo de produção de celulose do mundo”, afirma Carlos Aníbal, diretor executivo das áreas Florestal e de Suprimentos da Suzano.

Competitividade de mercado

A transação ocorre poucos dias após a Klabin anunciar uma aquisição de terras e florestas da chilena Arauco no Paraná, por US$ 1,16 bilhão. Essa aquisição surpreendeu o mercado e tem como objetivo também reduzir a dependência de madeira de terceiros.

Segundo a Suzano, a operação prevê que o pagamento será realizado à vista, na data de fechamento da transação, e que o preço de aquisição poderá ser ajustado para refletir a posição das empresas a serem adquiridas na data de conclusão. Caso o acordo seja finalizado após o dia 31 de março de 2024, está previsto que o valor da transação será convertido para o dólar.

Revisão de investimento (Capex)

Como há expectativa de que a transação ocorra ao longo do próximo ano, a Suzano também anuncia hoje a revisão do investimento de capital (Capex) previsto para 2024. O valor estimado foi elevado de R$ 14,6 bilhões para cerca de R$ 16,5 bilhões.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Suzano apoia Projeto GAMT promovendo empregos no Vale do Paraíba

O projeto oferece capacitação profissional e orientação para o mercado de trabalho, beneficiando jovens em situação de vulnerabilidade social. Do total de beneficiados, 58% são mulheres

Com o objetivo de fomentar a inclusão de jovens no mercado de trabalho, a Suzano, líder global na produção de bioprodutos derivados do cultivo de eucalipto, está apoiando as iniciativas do Grupo de Assessoria e Mobilização de Talentos, mais conhecido como Projeto GAMT.

A ação da Suzano está em sintonia com os Compromissos para Renovar a Vida, que abrange um conjunto de 15 metas de longo prazo alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre esses objetivos, destaca-se o compromisso de elevar 200 mil pessoas para fora da situação de pobreza nas regiões em que a empresa opera até o ano de 2030.

“Na Suzano acreditamos que só é bom pra nós, se for bom para o mundo e, investir na educação e na qualificação profissional é uma forma de contribuir para a transformação social e sustentabilidade econômica das comunidades”, afirma Adriano Silva Martins, consultor de Desenvolvimento Social da Suzano.

Localizado em Caçapava (SP), o GAMT possui 48 anos de trajetória e trabalha a formação profissional de jovens e adultos baseada na metodologia de ensino ABP ? Aprendizagem Baseada em Projetos, na qual o estudante é o centro do processo de aprendizagem, permitindo que sejam protagonistas e tragam mais significado para seu estudo, e o professor tem um papel de norteador.

O ciclo dos jovens no GAMT se inicia aos 16 anos, quando é feita a inscrição no Programa de Aprendizagem Jovens Talentos. Dentro do programa os jovens são direcionados ao ciclo de formação do Mapa de Oportunidades, de onde são encaminhados para compor o Banco de Talentos. O próximo passo, é o encaminhamento para vagas de aprendiz, onde os jovens terão a oportunidade de acessar o mercado de trabalho. “Nosso papel é dar condições destas pessoas ampliarem seus repertórios e conectá-las com as várias oportunidades de geração de renda”, diz Juliana Ferro, coordenadora do GAMT.

O projeto conta com uma rede de empresas parceiras que facilita a inserção dos jovens no mercado de trabalho. “A Suzano é uma parceira de longa data, que entende a razão de ser do GAMT, e nos auxilia a manter nosso impacto com famílias em situação de vulnerabilidade social. Manter projetos qualificados exige um custo que não podemos repassar ao nosso público, que já está sofrendo para conseguir uma oportunidade de geração de renda. A Suzano nos mantém ativos e ofertando cada vez mais oportunidades gratuitas para que estes jovens tenham orientações que muitas vezes estão distantes de seu meio de convívio. É uma parceria crucial para mantermos vivo nosso propósito de forma qualificada e para o público que mais precisa”, destaca Juliana.

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Unidade Três Lagoas da Suzano alcança marco de 30 milhões de toneladas de celulose produzidas em tempo recorde

A Unidade de Três Lagoas da Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos a partir do cultivo de eucalipto, fecha o ano de 2023 com marco histórico para a companhia e o setor de celulose. Com 14 anos e duas fábricas em operação, a unidade atingiu, em 20 de dezembro, o total de 30 milhões de toneladas de celulose produzidas, sendo a primeira unidade do mundo a alcançar esse marco em tão pouco tempo. Para transportar esse volume até o Porto de Santos (SP) foram percorridos 10 milhões de quilômetros, o suficiente para dar a volta ao mundo 250 vezes.

“Esse marco representa o empenho de todos da nossa equipe e a parceria de sucesso que temos com Três Lagoas e o Mato Grosso do Sul. São 30 milhões de toneladas de celulose com o selo três-lagoense para o mundo, cuja produção, de forma direta e indireta, teve a participação e beneficiou toda a população local.  E não estamos falando somente de emprego ou de arrecadação de tributos, mas do desenvolvimento orgânico gerado pela nossa unidade”, destaca Eduardo Ferraz, gerente Executivo da Unidade de Três Lagoas.

A história da Suzano em Mato Grosso do Sul está diretamente ligada ao desenvolvimento socioeconômico de Três Lagoas e da Costa Leste. A companhia foi uma das primeiras do setor a apostar no potencial da região para a silvicultura e a indústria de celulose.  A primeira fábrica da companha entrou em operação no ano de 2009. Na época, eram cerca de dois mil postos de trabalho entre diretos e indiretos, além de centenas de empreendimentos abertos para atender a nova indústria e as novas demandas que surgiram com o desenvolvimento acelerado.

Em 2017, a companhia inaugurou a segunda fábrica, fazendo da Unidade Três Lagoas a maior unidade em capacidade produtiva do mundo, com 3,25 milhões de celulose ao ano, volume que se mantém até hoje. Com isso, o número de colaboradores teve que acompanhar a nova demanda e mais que dobrou: hoje são cerca de seis mil empregos diretos e indiretos, muitos deles destinados ao setor florestal.

Para chegar ao marco de 30 milhões de toneladas, a Suzano colheu nada menos que 100 milhões de metros cúbicos de madeira, o que equivale a algo em torno de 500 milhões de eucaliptos plantados pela companhia ao longo de quase duas décadas.

“Temos uma campanha institucional sobre esse marco de produção que diz “Da muda ao mundo’, por que tudo começa em nossos viveiros de mudas de eucalipto, pesquisas, plantio, colheita, produção fabril até chegar aos mercados internacionais que abastecemos. São centenas de pessoas envolvidas nesse processo de colheita de eucalipto ao longo desses anos e que tiveram as suas vidas transformadas e renovadas a partir da árvore.  Hoje, por exemplo, temos operações em 13 municípios de Mato Grosso do Sul, que, de alguma forma, são beneficiados com as nossas ações, seja de forma orgânica ou direcionada, por meio dos nossos projetos sociais”, completa Ferraz.

Atualmente, a Suzano mantém uma base florestal de 599.996 hectares de florestas plantadas de eucalipto e nativas em Mato Grosso do Sul. Deste total, 143.129 hectares são exclusivamente para a conservação da biodiversidade.

De pai para filhos

Quem acompanhou de perto todas essas transformações foi Genalro Adair da Silva, 54 anos, Técnico de Manutenção 2. Natural de Três Lagoas, Silva ingressou na empresa no dia 7 de maio de 2008, como técnico de manutenção elétrica, depois de ouvir um nas rádios da cidade uma chamada para um programa de treinamento. Hoje, além dele, trabalham na empresa dois de seus três filhos.

“Quando fiz a inscrição, eram cerca de 200 vagas para 1,6 mil inscritos, fui selecionado e antes mesmo de encerrar o curso já estava contratado. E eu sempre falei que ia preparar meus filhos para trabalhar na empresa também. Fui exemplo para eles e fiz com que eles estudassem para ingressar em uma empresa como a Suzano. E foi o que aconteceu. Tem um que acabou de entrar, o Erik Willian. Antes ele estava no quartel, fez o curso de técnico em automação. Eu queria que ele fosse para o lado da manutenção, mas não teve jeito, ele gostou da operação. E o outro, o Allan Cristian, fez um curso também de eletrotécnica e está trabalhando aqui já há 6 anos”, conta o colaborador.

Genalro completa: “Hoje, o que eu tenho, foi fruto daqui [Unidade da Suzano], do meu trabalho, mas, também por a empresa cumprir com seus compromissos. É uma empresa que traz segurança para que a gente trabalhe com amor no que a gente faz”, destaca.

Movimentação na economia

Para contribuir com o desenvolvimento orgânico e sustentável da região, a Suzano possui uma série de programas e ações voltadas para a valorização da mão de obra e empresariado locais. Mais de 500 empresas de Mato Grosso do Sul, de pequeno médio e grande portes, cadastradas no Programa de Fornecedores da Suzano e que, somente em 2023, forneceram algum tipo de bem ou serviços para a Unidade Três Lagoas da empresa, o que colabora diretamente para o aquecimento da economia local.

Paralelamente, no ano passado, a companhia investiu R$ 3,5 milhões em projetos e programas com o objetivo de promover o desenvolvimento socioeconômico de Três Lagoas e região visando, principalmente, a geração de trabalho e renda. Ao todo, foram mais de 40 mil pessoas beneficiadas direta e indiretamente por iniciativas apoiadas pela empresa em sete municípios da região Leste do Estado. Isso, sem contar os investimentos sociais da empresa em virtude da construção da nova fábrica da Suzano no município de Ribas do Rio Pardo.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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Exclusivo – Klabin compra madeira e áreas florestais da Arauco por cerca de 6 bilhões de reais

As terras adquiridas estão numa área adjacente ao Puma II, complexo industrial que a Klabin inaugurou no Paraná em 2021

Depois de mais de um ano de negociações, a Klabin está pagando US$ 1,160 bilhão por terras e madeira ‘em pé’ que pertenciam à Arauco. A transação (Projeto Caetê) – um dos maiores M&A do ano – envolve 150 mil hectares, dos quais 85 mil são produtivos, 31,5 milhões de toneladas de madeira, além de máquinas e equipamentos florestais. As terras estão localizadas no Paraná, uma das regiões mais produtivas do mundo devido ao seu solo e clima. Com a aquisição, a companhia antecipa um capex que teria que fazer nos próximos seis anos, tendo mais opcionalidades que podem gerar um valor relevante em resultados.

Entre as áreas adquiridas nas negociações, a Florestal Vale do Corisco S.A., teve 49% do capital social comprados indiretamente. Foto por: Paulo Cardoso.

A madeira adquirida está numa área adjacente ao Puma II – o complexo industrial que a Klabin inaugurou no Paraná em 2021, e demandou investimentos de quase R$ 13 bilhões – e será usada ao longo dos próximos seis anos para abastecer suas fábricas. “Quando fizemos Puma II, optamos por uma estratégia diferente do que normalmente acontece no setor de papel e celulose, que é ficar anos investindo em terras e florestas e, quando a floresta já tiver crescido, só então construir a fábrica,” informou o CEO Cristiano Teixeira ao Brazil Journal.

“A gente inverteu a ordem. Fizemos a fábrica e concomitantemente compramos terra e plantamos para abastecer o segundo ciclo de madeira. O primeiro ciclo – sete anos para o eucalipto e 15 para o pinus – será alimentado com madeira comprada de terceiros”, concluiu Cristiano.

Florestal Vale do Corisco. Vídeo por: Paulo Cardoso.

Projeto Caetê

Saiba mais sobre o novo projeto da Klabin:

Investimentos

Do valor total da aquisição (R$ 5,8 bilhões), ao câmbio de R$ 5, cerca de R$ 3 bilhões são atribuídos à madeira ‘em pé’, usando como base os preços atuais de mercado. Os R$ 2,8 bilhões restantes são a terra, o que implica um preço de R$ 33 mil por hectare, abaixo do preço médio praticado hoje no Paraná. Segundo dados da FNP Consultoria, o preço médio da terra no Paraná foi de R$ 72 mil por hectare no ano passado, depois de ter ficado em R$ 50 mil/hectare em 2021 e em R$ 36 mil/hectare no ano anterior. 

Fato relevante Klabin

Por meio de ‘Fato Relevante’, a brasileira Klabin, divulgou na data de ontem (20/12), que: “Com a Operação, a Klabin conclui a expansão de terras no Paraná para o abastecimento do Projeto Puma II, antecipa o atingimento da autossuficiência alvo de madeira e como consequência diminui os investimentos futuros estimados, principalmente relacionados a compra de madeira em pé de terceiros”.

Confira a publicação na íntegra:

Nota Arauco

Já a chilena Arauco, na manhã de hoje divulgou a seguinte nota, em comunicado oficial:

“Comunicamos a assinatura de acordo de venda de 150 mil hectares de nossos ativos florestais localizados principalmente no Estado do Paraná para a Klabin, que atua na produção e exportação de papéis para embalagens.

Essa venda de ações e direitos societários não se estende a ativos industriais relacionados a fábricas de painéis no Brasil, nem a ativos florestais localizados principalmente no Estado de Mato Grosso do Sul, e que estão relacionados ao projeto industrial para construir uma fábrica de celulose no futuro.

De acordo com Carlos Altimiras, nosso diretor-presidente, a empresa entende que a oportunidade capacita o direcionamento de recursos para áreas de crescimento e desenvolvimento da Companhia. “Esse acordo é uma boa notícia para Arauco. Isso nos permitirá promover o desenvolvimento de investimentos, bem como o negócio de celulose no Brasil.”

A negociação precisa passar por procedimentos legais e aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Até lá continuaremos a administrar as áreas e daremos seguimento às atividades de silvicultura, colheita, transporte, comercialização de madeira e atividades administrativas.

Impactos financeiros

A transação representa naturalmente, um impacto relevante na alavancagem da Klabin, que fechou o terceiro tri em 3,2x EBITDA. Para a aquisição, o desembolso virá de recursos que a companhia já tem em caixa e deve aumentar a alavancagem para algo ao redor de 4x, ainda dentro do limite estipulado pelo estatuto da companhia, de entre 2,5x e 4,5x EBITDA.  “No segundo ano pós-aquisição, a alavancagem já volta a cair, porque a redução do capex vai melhorar o fluxo de caixa e aumentar o EBITDA,” disse o CFO Marcos Ivo.  Ele notou ainda que mesmo com o desembolso a Klabin vai continuar com uma liquidez robusta.

A companhia que recentemente levantou R$ 3 bilhões no mercado de crédito, vai continuar com R$ 5,8 bilhões em caixa, o suficiente para cobrir as amortizações dos próximos três anos.  A Klabin fechou o dia (20/12) valendo R$ 24 bilhões na Bolsa. O Itaú BBA foi o adviser conjunto das duas companhias na transação.  O Bank of America também assessorou a Klabin, que trabalhou com o BMA Advogados.  O Veirano Advogados foi o assessor jurídico da Arauco.

“Na prática estamos reduzindo em R$ 2 bi os gastos da companhia e trazendo mais segurança para a operação, porque não ficamos mais sujeitos às oscilações do preço da madeira,” disse o CFO.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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