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Bracell fortalece apoio as colaboradoras gestantes com ‘Programa Pessoinhas’

Por meio do programa, pais têm mais tempo para ficar com seus filhos com licenças ampliadas

Para ampliar o apoio às (aos) colaboradoras (es) na maternidade e paternidade, a Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, desenvolveu o Programa Pessoinhas. A iniciativa, liderada pela área de Saúde e Bem-Estar da empresa tem como objetivo humanizar ainda mais essa fase tão importante da vida de seus colaboradores e tornar o acolhimento aos futuros pais em um momento memorável. Para isso, o programa conta com uma série de ações especiais que aproximam o cuidado com a família do dia a dia da empresa.

Juliana Porto, gerente de Saúde e Bem-Estar da Bracell em São Paulo ressaltou que a chegada de um filho é motivo de muita comemoração afinal, é resultado de meses de espera, planejamento e preparativos. Para muitos casais, é a concretização de um sonho. Por tudo isso, cada minuto a mais ao lado do bebê é como um presente. “Na Bracell temos como valor que ‘só é bom para nós se for bom para a comunidade’ e isso inclui a humanização de processos e acolhimento das pessoas nesse momento tão especial e transformador, que é a chegada de um filho ou uma filha. O Programa Pessoinhas traz uma programação intensa, com orientações aos pais e práticas de cuidados com o bebê”, contou Juliana.

Como integrante do programa Empresa Cidadã (do Governo Federal), na Bracell em SP, a licença maternidade foi estendida para 180 dias e a licença paternidade passou a ser de 20 dias, incentivando as figuras parentais a vivenciarem integralmente o período com a família.

Bianca Caroline de Oliveira, Analista de RH da empresa foi uma das atendidas pelo Programa. “Sempre sonhei em ser mãe e durante minha gestação ter a licença maternidade ampliada por mais 60 dias foi uma oportunidade de ficar mais tempo com meu bebê. Mas a empresa não parou por aí, junto veio o Programa Pessoinhas. Foram várias ações voltadas aos cuidados conosco, gestantes, com ciclos de palestras e atenção dedicada de profissionais com relação a qualquer dúvida e suporte durante a gestação. Sem dúvidas fez com que me sentisse mais amparada, preparada e cuidada no momento mais encantador da minha vida”, comentou.

No Pessoinhas, as gestantes têm o acompanhamento completo com equipe multidisciplinar que irá guiar as famílias durante todos os passos da gestação e no pós-parto. São enfermeiros (as) obstetras, psicólogos (as), nutricionistas e outros profissionais de saúde que fornecerão orientações para manterem a qualidade de vida nessa fase tão importante.

“Na Bracell, nossa preocupação com a família de nossos colaboradores (as) se inicia nos primeiros passos da nova jornada, desde o começo com o Programa Pessoinhas até a última etapa, que é o retorno humanizado ao ambiente de trabalho”, complementa Juliana. Com isso, a empresa reitera sua missão: promover uma melhor qualidade de vida às famílias.

Sobre a Bracell
A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Fatores positivos e negativos para quem deseja investir em Mogno Africano

*Artigo de Milton Dino Frank Junior.

Pontos positivos:

1- Lucro – Se o plantio for bem cuidado durante seu ciclo, o produtor poderá ter um lucro líquido por hectare entre R$350.000,00 a R$550.000,00. Dificilmente esta faixa de rentabilidade será ultrapassada.
2- Mercado internacional – O produtor que planta todo ano conquistará clientes internacionais e exportará.
3- Ecologia – Se as pressões ecológicas continuarem, o preço da madeira irá aumentar significativamente aumentando consideravelmente o lucro do produtor.
4- Meio ambiente – A floresta de mogno africano sequestra carbono.
5- Social – Plantar mogno africano gera empregos
6- Consórcios – É possível se cultivar na entrelinha do plantio outras culturas e gerar dinheiro.

Pontos negativos:

1- Incêndios florestais – É possível perder parte ou a totalidade da sua floresta se não estiver preparado para combatê-los.
2- Pragas e doenças – Tirando o Khaya ivorensis, as demais espécies não apresentaram nenhuma praga que condenasse a cultura, porém na época do desbaste todos os produtores estão enfrentando problemas com a broca, o que dá para controlar, porém gera perdas.
3- Longo prazo – Trata-se de um investimento onde o investidor irá apenas colocar dinheiro até a colheita que poderá acontecer entre 18 a 24 anos dependendo do solo, tratos culturais e região.
4- Desbaste – Até agora nenhum produtor conseguiu ganhar dinheiro extraindo madeira de desbaste. Existem aqueles que conseguem pagar as despesas do desbaste, perder dinheiro e quando ganham é uma quantia relativamente pequena em relação ao que foi investido.
5- Venda da madeira – Quem planta mogno africano tem de estar ciente que venderá madeira serrada, pois caso contrário entregará todo o seu potencial de lucro para quem comprar a madeira em tora, e isso implica também num investimento numa estrutura de serragem e secagem, o que não é barato.
6- Maquinário – Tirar a madeira de campo será uma tarefa onde equipamentos caros serão necessários, então o produtor terá ou de comprá-los ou então alugá-los.
7- Terras – As terras onde o mogno foi plantado não irá gerar dinheiro pelo menos durante 18 a 24 anos a não ser que o plantio seja consorciado.
8- Mão de obra – Não são todas as regiões do Brasil que possui mão de obra especializada em silvicultura. O mogno africano requer cuidado, vigilância e dedicação, e este perfil está escasso no mercado brasileiro.

Agora resta ao investidor refletir e decidir.


*Milton Dino Frank Junior é Diretor Técnico e Consultor Florestal da ABPMA – Associação Brasileira Dos Produtores De Mogno Africano.

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Celulose da CMPC é a única carga movimentada pela hidrovia gaúcha, no momento

A navegação interior está praticamente inativa hoje no modal aquaviário gaúcho. Conforme informações do Sindicato dos Armadores de Navegação Interior dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul (Sindarsul), até à noite desta quarta-feira (8), apenas a celulose produzida pela CMPC estava usando a hidrovia indo de Guaíba para Rio Grande.

“O único fluxo hidroviário que está operando é o que envolve a carga da celulose, a madeira não está sendo buscada (matéria-prima que, em situações de normalidade, vem pela hidrovia de Pelotas até Guaíba)”, detalha o diretor do Sindarsul, Ronei D. Calgaro. Ele explica que está sendo dada prioridade operacional ao transporte de celulose, em virtude dos compromissos de exportação que esse produto possui.

O Sindarsul representa em torno de 50 embarcações envolvidas na navegação interior que transportam cargas líquidas, sólidas e contêineres. O presidente da entidade, Werner Barreiro, acrescenta que atualmente, além das dificuldades de obstáculos nas hidrovias, como troncos boiando, os terminais não estão conseguindo carregar as embarcações. Ele lembra que, no complexo Santa Clara, em Triunfo, houve contêineres que ficaram flutuando e alguns chegaram a cair no canal do rio Jacuí. Os danos, lamenta o dirigente, foram severos.

“O tamanho do estrago que aconteceu (nos terminais gaúchos em geral), com equipamentos elétricos, estrutura de pátio e outros, isso terá que ser avaliado com um trabalho de engenharia criterioso”, antecipa Barreiro. Sobre a sugestão do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Marítimos e Fluviais do Estado do Rio Grande do Sul (Sinflumar), Valdez Francisco de Oliveira, da decência de barcos para auxiliar no resgate de desabrigados, Barreiro argumenta que navios cargueiros não são adequados para levar pessoas e são muito grandes para chegar aos pontos alagados. Ele comenta que esse tipo de atividade seria mais para o perfil de embarcações menores.

presidente do Sindicato dos Depósitos, Distribuidores e Comerciantes de Areia no Estado do Rio Grande do Sul (Sindareia-RS), Laércio Thadeu Pereira da Silva, concorda com Barreiro e diz que as dragas que fazem a extração de areia nos rios gaúchos também não teriam como realizar esse tipo de trabalho de resgate. Sobre os impactos nas empresas do setor com as enchentes, ele confirma que os reflexos foram intensos. “Mais de 90% das atividades estão paradas”, comenta o dirigente.

Para Silva, depois que passar o “pico” dos problemas enfrentados com as enchentes, será necessário retomar o debate da possibilidade de extração de areia no Guaíba (questão que no passado chegou a ser encaminhada para ser discutida na Justiça). De acordo com o representante do Sindareia-RS, essa atividade ajudaria no desassoreamento do Guaíba, aumentando sua profundidade, e mitigaria os efeitos da enchente.

Informações: Jornal do Comércio.

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Arauco antecipa investimento de R$ 25 bilhões em Inocência

Início das obras da 1ª planta produtora de celulose da multinacional chilena do Brasil, em Mato Grosso do Sul, estava prevista para o ano que vem, mas foi antecipada para o 2º semestre

A atencipação do início das construção da planta processadora de celulose da Arauco, no município de Inocência – distante 333 km de Campo Grande – também antecipará os investimentos de R$ 25 bilhões que a multinacional chilena prevê para a construção da linha 1 da planta.

A notícia, revelada ontem pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, anima economistas e quem pode se beneficiar dos empregos que serão gerados no município. 

A expectativa dos analistas é que a geração de emprego, com a mobilização antecipada do canteiro de obras, é que o setor imobiliário da cidade e o setor de serviços sejam ainda mais impactados. 

A previsão inicial era de que as obras na Arauco começassem apenas em 2025, mas antecipação dos trabalhos deve-se, conforme apurou o Correio do Estado, a uma conjuntura que envolve pelo menos dois fatores: o aquecimento do mercado de celulose e a conclusão do Projeto Cerrado, a fábrica que a Suzano acabou de concluir em Ribas do Rio Pardo e que é a maior planta processadora de celulose do mundo e será inaugurada ainda neste semestre. 

“Na próxima segunda-feira deve ser entregue a Licença de Instalação para os investidores chilenos e já em agosto ou setembro serão iniciados os trabalhos de terraplanagem”, disse o secretário Jaime Verruck durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (6) durante lançamento do MS Day, evento que a Federação das Indústrias e o governo do Estado promoverá em Nova York (EUA).

A planta da Arauco, a quarta do setor de celulose em Mato Grosso do Sul, será instalada a cerca de 50 quilômetros da cidade de Inocência, às margens da MS-377 e do Rio Sucuriú, nome dado ao projeto no Estado.

Conforme o cronograma oficial, a indústria deve iniciar sua operação no primeiro trimestre de 2028. Forte no segmento, a gigante chilena possui em Mato Grosso do Sul, a Mahal, empresa florestal que conta com mais de 60 mil hectares de florestas cultivadas em seis municípios da região: Inocência, Água Clara, Três Lagoas, Aparecida do Taboado, Selvíria e Chapadão do Sul.

Diante da novidade, economistas consultados pelo Correio do Estado projetam uma movimentação imediata entre os setores econômicos do Estado que já devem começar a se preparar para atender as grandes demandas do empreendimento.

“Em termos econômicos, a construção e operação da planta representam um influxo de investimento no estado. Isso não apenas impulsionará a economia local através da geração de empregos e aumento da atividade econômica, mas também pode atrair outros investimentos e empresas relacionadas à indústria de celulose, criando uma cadeia de valor mais robusta e diversificada”, analisa o mestre em economia Lucas Mikael.

O doutor em administração Leandro Tortosa, destaca que apesar de se tratar de uma possibilidade, é possível analisar o contexto levando em consideração os movimentos ocorridos em Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, locais que já receberam ou estão em fase de implementação de megaempreendimentos semelhantes ao de Inocência.

“O Boom imobiliário, caracterizado pelo aumento da procura por imóveis para aluguel e compra, pode ser um dos primeiros. O que impulsionará o mercado imobiliário local, seguido pelo aquecimento do comércio, com crescimento da movimentação em lojas, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais e ainda expansão do setor de serviço, aumentando a demanda por serviços como transporte, alimentação e turismo”, lista Tortosa.

O economista Eduardo Matos acrescenta que a partir de um grande investimento, outros muitos devem ser atraídos, provocando o que é chamado de efeito multiplicador.

“Essa aplicação não traz frutos somente quando a fábrica passa a funcionar, sabemos que no momento de sua construção, deve atrair trabalhadores responsáveis por levantar a estrutura e também trabalhadores da própria empresa, responsáveis pelo acompanhamento da implantação”, explica.

Dessa forma, Matos, pontua que o simples anúncio do início das obras deve atrair empreendedores para o município de Inocência e região, provocando um impacto positivo mesmo antes da efetiva construção da planta industrial.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Um dos segmentos mais impactados com a primeira fase é o setor da construção civil, que conforme a previsão, no auge das obras deve gerar uma média de 12 mil empregos. Segundo o último dado do IBGE, Inocência tem 8,4 mil habitantes. Sendo assim, durante o período de obras, a quantidade de moradores vai aumentar em 150%.

Nesse sentido o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), Geraldo Paiva afirma que o maior efeito será sobre a demanda para a necessidade de mão de obra para a construção.

Mesmo com gargalos a serem enfrentados como é a escassez de mão de obra para o segmento no Estado o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Campo Grande (Sintracom), José Abelha Neto ressalta que os efeitos serão positivos.

“Realmente a construção no Mato Grosso do Sul está a todo vapor e sabemos que vamos ter desafios com mão de obra, mas o que posso dizer é que devemos investir em aperfeiçoamento, treinamento e assim possamos ter mão de obra suficiente no Estado”, conclui Abelha.

O presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul (Sinduscon-MS), Kleber Luiz Recalde, exalta a importância da obra em inocência e destaca que o setor já vem trabalhando para mudar o cenário e garantir mão obra qualificada.

“Vamos mobilizar o setor e a cadeia produtiva, os órgãos públicos pra iniciar um programa continuo de capacitações, com a visão das necessidades do mercado”, conclui.

SEGUNDA PLANTA

Segundo o projeto original, a indústria da Arauco tem previsão de produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose, 1,5 milhão de toneladas a mais do que é produzido no Chile.

Isso faria da Arauco a segunda maior planta de Mato Grosso do Sul (e do Brasil), ficando atrás somente da unidade da Suzano de Ribas do Rio Pardo (2,9 milhões de toneladas/ano).

Após a conclusão da primeira parte (edificação) serão cerca de 2 mil postos de trabalho para as operações industrial e florestal.

Para ativar a fábrica, Arauco deve buscar áreas alugadas ou mediante usufruto para cultivar em torno de 400 mil hectares de florestas de eucalipto.

Até o fim de 2023 já estavam assegurados 280 mil hectares e a previsão era chegar a 320 mil durante este ano.

Antes mesmo de iniciar as obras da primeira etapa a direção da Arauco já fala em dobrar a capacidade de produção em uma segunda fase. 

Caso opte pela construção de uma segunda planta, a Arauco seguirá caminho semelhante ao das outras unidades processadoras de celulose do Estado

VALE DA CELULOSE

Atualmente, o Estado conta com uma capacidade instalada de produção de 4,9 milhões de toneladas anuais de celulose nas três linhas que operam no município de Três Lagoas, duas da Suzano e uma da Eldorado.

Entretanto, é esperada uma ampliação desse total para mais de 7,8 milhões de toneladas com a entrada em operação do Projeto Cerrado, da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, cuja inauguração está prevista ainda para este ano.

Ainda no mês passado a Eldorado Brasil Celulose anunciou que deve investir R$ 25 bilhões para erguer a fábrica no município de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, sendo a segunda linha de produção. A expectativa é iniciar “em breve” o projeto.

A construção da segunda fábrica em Três Lagoas era um antigo projeto voltado para fortalecer a produção de celulose de fibra curta da Eldorado e chega para aumentar o potencial produtivo da atividade no Estado.

2,5 MILHÕES DE TONELADAS

A 1ª planta da Arauco deve ter a capacidade de produção de 2,5 milhões de toneladas de celulose. A partir de 2030, ela poderá dobrar de tamanho. 

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Plano de Desenvolvimento Florestal Capixaba (MADEIRA-ES) é lançado no “V Congresso Brasileiro de Eucalipto”


O Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro) lançou na data de ontem (08/05), durante o “V Congresso Brasileiro de Eucalipto” – realizado em Vitória do Espírito Santo -, o Plano de Desenvolvimento Florestal Capixaba (MADEIRAES) elaborado em parceria com a Secretaria de Agricultura do Espírito Santo (Seag).

“A partir de um diagnóstico minucioso do setor de base florestal (2021/2022) foi elaborado o MADEIRA-ES com o objetivo de desenvolver as ações necessárias e estratégias para superação dos desafios e delinear as atribuições das diferentes instituições/empresas do setor que compõe a cadeia produtiva florestal madeireira de forma dialogada e pactuada”, informou Gilmar Dadalto, Presidente do Cedagro.

“O Espírito Santo é particularmente favorecido para o desenvolvimento da atividade florestal econômica. Em função da localização geográfica estratégica, infraestrutura e condições agroclimáticas, junto ao desenvolvimento tecnológico, o estado apresenta vantagens competitivas importantes para o desenvolvimento de atividades de base florestal”, completou Pedro Galvêas, pesquisador da Embrapa/Incaper e coordenador geral do MADEIRA-ES.

O setor de base florestal capixaba contempla atividades desde a produção até o consumo de madeira por segmentos como a indústria de celulose, de painéis reconstituídos (MDF), moveleira, as unidades de desdobro para a produção de madeira serrada, a siderurgia, a agropecuária, a acomodação e arrumação de cargas, a construção civil, as residências e comércios, entre outros.

“Para compreender a grandiosidade e pujança socioeconômica e ambiental, é preciso conhecer os números desse setor: geram mais de 66 mil postos de trabalho, resultando em uma renda superior a R$ 1 bilhão anuais. O PIB do setor florestal corresponde a 7,89% do total do Espírito Santo e cerca de 26% do agronegócio capixaba. Além disso, esse setor representa aproximadamente 50% de toda a exportação de produtos do agro capixaba. Os tributos gerados anualmente correspondem a aproximadamente 7% do total arrecadado pelo Espírito Santo”, informa Dadalto.

De acordo com as informações levantadas pela instituição em 2021/2022, o setor florestal promove grande preservação ambiental. A cada 100 hectares (ha) de área com eucalipto, outros 54 ha são preservados. De modo geral, 34% da área total das empresas de base florestal são ocupadas por florestas naturais preservadas. Ao considerar apenas os últimos 10 anos, somam 15.850 ha as iniciativas de restauração florestal concretas.

Com tudo diagnosticado, o Cedagro elaborou em 2023/2024 o MADEIRA-ES que contém os desafios, as propostas de soluções e a governança do plano. Os principais desafios referem-se a falta de matéria prima florestal para atender aos diferentes segmentos, em quantidade e qualidade; necessidade de adequação da legislação florestal; restrição na logística de transporte, especialmente na Região Serrana; elevados custos de operações florestais nas áreas declivosas; baixa disponibilidade de mudas com qualidade genética entre outros.

Um dos principais gargalos identificados é que a área estadual ocupada por eucalipto (264.298,73 ha) e pinus (1.823,40 ha) é insuficiente para suprir a demanda dos diferentes segmentos consumidores, dimensionada em 13.363.906,41 m³ de madeira por ano, pois seriam necessários 425.602,00 ha de plantios (417.675ha de eucalipto e 7.927 ha de pinus). Assim, o déficit total de madeira, considerando oferta e demanda no Espírito Santo, é de 159.481 ha. Também existe escassez de área plantada de madeira nativa, principalmente para atender aos segmentos moveleiro e construção civil. Convém ressaltar que o Estado possui cerca de 367 mil ha de áreas degradadas, especialmente em pasto.

Com a implantação do MADEIRA-ES pretende-se garantir o suprimento de madeira em quantidade e qualidade aos diversos segmentos consumidores, melhorar o clima de negócios visando ampliação dos empreendimentos florestais já existentes e atrair novos negócios e investidores para o setor. Além disso, busca-se estimular a produção rural, industrial e comercial e ampliar a renda e empregos nos diferentes elos da corrente produtiva florestal, o que consequentemente aumentaria a arrecadação estadual e ampliaria o número de pessoas beneficiadas nos programas sociais das empresas de base florestal.

“Atingindo todas as metas vamos também conseguir reduzir os níveis de pobreza, recuperar o solo agrícola degradado, especialmente ocupado com pastagem e, ampliar a cobertura florestal natural”, frisou Dadalto.


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Atualização da atividade de silvicultura em relação ao potencial de poluição é aprovada no plenário da Câmara dos Deputados

Na tarde de ontem, 8 de maio, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 1366 que retira a silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras e consumidoras de recursos naturais. Agora, o PL segue para sanção do Presidente da República

Com a atual classificação, estipulada na Lei nº 6.938, do ano de 1981, a atividade de plantar e manejar economicamente florestas é considerada de médio potencial poluidor. Desta forma, os processos de licenciamento e autorizações ambientais seguem ritos incompatíveis com a realidade da atividade praticada hoje no Brasil.

Ao promover a necessária atualização da classificação normativa, o manejo de árvores passa a ser considerado uma atividade que não apresenta potencial significativo de impacto e degradação ambiental.

O PL 1366 é de autoria do Senador Álvaro Dias e, desde 2014, tramita no Congresso brasileiro.O relator do projeto na Câmara, Deputado Federal Covatti Filho, defende que o PL corrige um equívoco histórico de manter a atividade da silvicultura no rol de potenciais poluidores. Segundo ele, “a silvicultura é uma atividade agrícola sustentável e contribui para a proteção da biodiversidade, a conservação do solo e das nascentes de rios, a recuperação de áreas degradadas e a redução das emissões de gases de efeito estufa”.

Após a sanção presidencial e publicação do PL, o Brasil crescerá em competitividade justa com as melhores e modernas normas com os principais países produtores de madeira de reflorestamento, que baseados em evidências científicas já promovem, há tempo, a silvicultura como uma atividade que impulsiona benefícios ambientais e sociais nas regiões onde é cultivada.

Associação Mineira da Indústria Florestal comenta aprovação

Minas Gerais é o estado que possui a maior floresta plantada do Brasil. No total, o estado abriga mais de 2,3 milhões de hectares de produção em consórcio com mais 1,3 milhão de hectare de matas nativas, áreas conservadas e cuidadas pela agroindústria mineira.

Os 3,6 milhões de hectares de árvores estão em mais de 803 municípios mineiros. Em cerca de 55% dos casos os cultivos estão sob responsabilidade de pequenos e médios produtores rurais que exercem a vocação e aquecem a economia local, com geração de renda, trabalho e dignidade.

Para a Presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF), Adriana Maugeri, a aprovação do PL 1366 é um passo sólido para a retomada dos plantios de florestas em Minas Gerais. A Presidente destaca que a silvicultura é uma atividade nobre que possui ampla capacidade de ser monitorada pelo Estado. Também, enfatiza que eventuais impactos ambientais são mapeados e conhecidos pela ciência, atestados pela qualidade ambiental e pelos serviços de recuperação e promoção de áreas de baixa produtividade exercidos pelo setor há mais de 60 anos.

Adriana Maugeri vai além e explicita que, quando a atividade florestal é realizada conforme as melhores práticas de manejo, são nítidos os múltiplos benefícios proporcionados em escala, tais como: conservação e regeneração de solo, conexão de áreas para fluxo da biodiversidade, conservação e recuperação de cursos de água, por exemplo.

“Com a simplificação da importante etapa do licenciamento, certamente o setor vai voltar a crescer e, de fato e em singular volume, atuar frontalmente contra o desmatamento ilegal e em prol da remoção de carbono e sua fixação no solo, mitigando os indesejados efeitos que já vivenciamos das alterações climáticas”, afirma.

Segundo o Presidente do Conselho Deliberativo da AMIF, Edimar Cardoso, o setor florestal trabalha para recuperar áreas de baixa produtividade no Brasil há várias décadas. Com sua capacidade de produzir, plantar e conservar sempre em grandes escalas, a agroindústria florestal é o motor da economia verde de Minas Gerais e do Brasil. Para ele, a atualização normativa faz justiça e abre caminhos para o cumprimento de importantes metas de descarbonização da economia assumidas pelos governos estaduais e federal.

“A agroindústria florestal é o motor que impulsiona a economia verde e a descarbonização no Brasil. A obsoleta classificação de potencial poluidora atribuída à prática de plantio de florestas precisava, de fato, ser revista, adequada e atualizada. O setor atualmente conserva quase sete milhões de hectares de mata nativa e produz mais de nove milhões de hectares de floresta plantada, tudo isso para prover toda madeira legal que precisamos”, enfatiza Edimar Cardoso.

Ainda de acordo com Adriana Maugeri, que também é presidente da Câmara Técnica de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura (Mapa), sem a aprovação do PL o setor florestal brasileiro não conseguiria expandir a produção de forma a  atender a meta do Governo Federal de mais quatro milhões de hectares de florestas cultivadas em todos país até 2030, conforme anunciou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no lançamento do Plano Nacional de Florestas Plantadas realizado em março deste ano.

“A aprovação do PL tem sido pauta prioritária da atuação da AMIF, das associações estaduais, da IBÁ, de Federações do agro e da indústria de todo o país para a viabilização do pleito. Só é contra este PL quem ainda está ancorado no passado, é alimentado por falsas informações e narrativas que não são comprovadas pela ciência, ou que ainda tem como exemplo práticas não indicadas da atividade florestal que degradam o ambiente, assim como qualquer atividade quando não é conduzida corretamente”, finaliza Adriana Maugeri.

O setor de florestas plantadas no Brasil

De acordo com dados do mais recente relatório publicado pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), o setor de florestas plantadas no Brasil não para de crescer.

No total, o setor cultiva uma área de 9,94 milhões de hectares espalhados pelo território nacional. Além das áreas produtivas, o setor conserva, simultaneamente, outros 6,7 milhões de hectares de mata nativa, o que equivale ao território do estado do Rio de Janeiro.

Em 2022, a agroindústria florestal brasileira gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos, alcançou uma receita bruta de R$ 260 bilhões e bateu recorde de produção ao atingir 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel e 8,5 milhões de m³ de painéis de madeira. Além disso, conta com uma carteira de investimentos de quase R$ 62 bilhões, abrindo uma nova fábrica a cada ano e meio, em média. “É um setor que está do lado certo da equação climática e motivo de orgulho para os brasileiros e brasileiras”, afirma o Presidente Executivo da IBÁ, Paulo Hartung.

Assim como ocorre na agricultura de alto desempenho tecnológico, na última década observa-se o desenvolvimento da silvicultura de precisão. A agroindústria florestal brasileira está pronta para entregar um futuro mais sustentável e saudável com seus mais de cinco mil bioprodutos.

Informações: Amif.

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Exclusiva – Prospecção: Eldorado Brasil ultrapassa 290 mil hectares de florestas cultivadas em MS

Em entrevista, Diretor Florestal Germano Vieira comenta sobre o crescimento da área florestal; e anuncia a implantação de um moderno Centro de Tecnologia Florestal

A Eldorado Brasil, uma das principais referências na produção de celulose, divulgou recentemente a ampliação de 30 mil hectares de floresta plantada em 2023. Com esse incremento significativo, ultrapassa 290 mil hectares de florestas cultivadas, além de 117 mil hectares em áreas de conservação. A crescente operação sustentável e eficiente da companhia contribui diretamente para que o estado de Mato Grosso do Sul seja o segundo em área de cultivo de eucalipto, com 1,1 milhão de hectares.

No ano passado, segundo dados divulgados pela companhia, por meio de um consistente plano de manejo, combinado ao uso de tecnologias e clima favorável, foi possível garantir um acréscimo de 10% no IMA (Incremento Médio Anual) e 15% no ICA (Incremento Corrente Anual) em produtividade de madeira. Os resultados atestam que produção e o maciço florestal da companhia caminham juntos.

Unidade fabril da empresa, em Três Lagoas (MS).

A Eldorado Brasil possui ações que aliam inovação e sustentabilidade, que atestam fonte segura e a qualidade de sua madeira e ao mesmo tempo oferecem benefícios ambientais, econômicos e sociais que garantem o seu alto nível de performance, tais como:

  • Referência global em sustentabilidade e eficiência, toda a operação florestal da Eldorado Brasil envolve boas práticas, levando a companhia a alcançar em 2023, 100% de conformidade em padrões internacionais de certificações – algo inédito para o setor no Brasil;
  • Programa de Melhoramento Genético, com desenvolvimento de híbridos adaptados ao clima, solo e temperatura locais;
  • Redução de inseticidas químicos para o controle de pragas com o uso de inimigos naturais, resultando em uma diminuição de 7,4% no uso de agentes químicos em suas áreas florestais;                                                                                                                                 
  • A empresa teve um importante índice de rendimento de 40 metros cúbicos de madeira por hectare/ano, que posiciona o Brasil como destaque no mundo, graças ao conhecimento do time e inovações que vão do campo à indústria;
  • Os resultados da produção florestal contribuem diretamente com o desempenho da fábrica de celulose, que consome 6,3 milhões de metros cúbicos de madeira por ano, para uma produção anual de 1,8 milhão de toneladas de celulose/ano;
  • Centro de Treinamento Itinerante Florestal, para treinamentos especializados de colaboradores em operação e manutenção florestal e métodos inovadores de ensino.

O Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br) falou com Germano Vieira, Diretor Florestal da Eldorado Brasil, sobre os dados divulgados pela empresa, e as novidades para os próximos meses.

Germano Vieira – Diretor Florestal da Eldorado Brasil. Crédito: Eldorado Brasil.

Mais Floresta – O que representa para a empresa a ampliação de 30 mil hectares de área plantada no estado?

Germano Vieira – Temos um planejamento de longo prazo, o que prevê anualmente um incremento de novas áreas de florestas. Desses 30 mil hectares plantados em 2023, parte são para reposição do que colhemos, e outra parte são plantios novos, o que significa que atualmente temos mais de 290 mil hectares em Mato Grosso do Sul, já de efetivo plantio, por meio de áreas próprias, parcerias com proprietários da região e arrendamentos de áreas, sendo esta última a modalidade predominante.   

E para nós, essa operação representa prospecção e resultados dos investimentos constantes em inovação, tecnologia e no time Eldorado. O que garante que possamos continuar nossa evolução, nos posicionando cada vez mais como referência na produção de celulose por meio de processos que garantem eficiência e sustentabilidade.

Mais Floresta – Há planos para ampliar ainda mais esses números em áreas de florestas plantadas no estado?

Germano Vieira – Temos atualmente 190 mil hectares de florestas plantadas que já garantem o abastecimento de nossa primeira linha da fábrica, e os outros mais de 100 mil hectares são florestas excedentes, que estão dentro do nosso planejamento de longo prazo, já pensando em um aumento na produção de celulose.

Vamos aumentando a quantidade de áreas plantadas, de acordo com estudos previamente feitos de demanda e orçamento, mas sempre pensando em prospecção.

Floresta Eldorado. Crédito Eldorado Brasil. Empresa possui planejamento anual para novos plantios, sempre pensando prospecção e aumento na produção de celulose, ressalta Diretor Florestal.

Mais Floresta – Segundo o Relatório Anual da Ibá, em 2023 o setor florestal brasileiro teve um crescimento de 6,3%, com receita agregada de R$ 260 bilhões. Como a empresa enxerga a relevância deste segmento para a região onde atua, e para o país?

Germano Vieira – A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) congrega várias empresas desse setor, que está muito bem! E isso porque o Brasil tem empreendedores que acreditam na cadeia produtiva da atividade florestal, que engloba uma vasta variedade de produtos como: celulose, carvão vegetal, painéis de madeira, madeira serrada, pisos laminados, papel, móveis, além de produtos não madeireiros.

O setor florestal brasileiro nasceu com uma vocação vencedora. Atualmente somos o país que mais produz biomassa por hectare, por exemplo. Isso devido a condições únicas que nos favorecem, devido ao nosso clima, solo, bem como investimentos em tecnologia para o alcance desses resultados. E é um setor promissor, que cresce, e vai crescer mais, naturalmente.

No caso de Mato Grosso do Sul, onde temos a fábrica e nossa área de florestas, há também uma particularidade, de que, além de ter esses atributos todos já citados a nível nacional, o estado também possui um “ambiente institucional” interno, que permite que as empresas cresçam. Costumo dizer que Mato Grosso do Sul é um estado “bem resolvido”. O estado também tem uma lei estadual que rege o Código Florestal, para um “passo a passo” no âmbito ambiental, e é fácil isso, basta seguirmos o que está na lei. Então, não é um estado que fica nos colocando empecilhos num modo geral, ele é um facilitador para o desenvolvimento. Existe um voto de confiança entre estado e empreendedores, por isso é o local escolhido como candidato para novos grandes projetos do segmento, e também de outros.

Mais Floresta – Sendo uma das principais referências a nível global no setor, quais técnicas e tecnologias a empresa dispõe para gerir a mais de 290 mil ha de áreas produtivas? O que se destaca nessa área em inovação e tecnologia? 

Germano Vieira – Atualmente com tecnologias existentes é possível agregar muito na área florestal. Visando inovação, temos incorporado cada vez mais o uso de drones na gestão das fazendas. Por meio da tecnologia é possível obter, por exemplo, imagens trabalhadas com algoritmos específicos para um planejamento muito interessante que garantem uma melhor ocupação do solo, tais como: mapeamento 3D, demarcação de áreas e até uma simulação de chuva, para uma previsão de subsolagem que o trator deve fazer para evitar erosão no solo. Por meio do implemento desta tecnologia, até recebemos um prêmio, em 2017.

Com a área demarcada, um pen drive com os dados é inserido no trator, que segue para a linha de plantio, nas demarcações milimetricamente alinhadas via sistema. O motorista apenas monitora, não precisa dirigir. Apesar de ser plaino, o solo de Mato Grosso do Sul é muito arenoso, então essa tecnologia veio para somar e corrigir algumas lacunas existentes na área.

Por meio de telemetria e sensoriamento remoto, também conseguimos identificar a distância as condições técnicas e localização de nossas máquinas florestais, por exemplo: se estão paradas, se estão trabalhando, se estão superaquecendo, deslocamentos, entre outros monitoramentos. O que garante a produtividade e o que chamamos de “disponibilidade mecânica”, os equipamentos tem condições de trabalhar mais, porque agimos preventivamente.

Já no monitoramento de nossas florestas, ainda voltado para esta parte de tecnologia, para sabermos o “quanto crescem” utilizamos sensores dendrômetros, assim conseguimos ter medidas precisas hora a hora por exemplo, com dados precisos sobre o desenvolvimento do eucalipto. Através desses dados, conseguimos coletar diversas informações daquele daquela espécie, considerando solo e clima, para calibrarmos melhor o material genético para cada localidade.

Por meio de 150 nanossatélites também acompanhamos a evolução das nossas operações florestais, o que também auxilia no combate a incêndios, avaliações ambientais e outros assuntos.

E para proteger nossas florestas, além de contarmos com nossos monitores terrestres e brigadistas, temos também uma alta tecnologia, através de uma central que monitora a nossa base florestal por meio de 22 câmeras de longo alcance, instaladas em torres, com alerta automático de focos de incêndio acionado por IA (inteligência artificial). E isso tem dado muito resultado. Em 2023 conseguimos atingir um recorde de “menor área perdida” ao longo de 13 anos. Apesar de termos tido muitos focos de incêndios, principalmente na época de estiagem – o que é mais comum para o período – conseguimos reduzir significantemente os números. 

No controle e combate de pragas e doenças, também buscamos inovar a cada dia, priorizando a redução de inseticidas químicos. Temos nossa própria biofábrica, e realizamos em nossas áreas florestais também por meio de drones, a soltura de inimigos naturais específicos para cada praga. 

Essas e outras muitas técnicas garantem a gestão inovadora e sustentável de nossas áreas florestais, feitas por nossa gente.

Torre de monitoramento em floresta da Eldorado. Crédito: Eldorado Brasil.

Mais Floresta – Para a Eldorado, quais processos são considerados essenciais para a garantia da sustentabilidade na produção florestal?

Germano Vieira – Boas práticas. Impactar o menos possível. Quando falamos em “impactar o menos possível”, destaco como uma das principais medidas, utilizar menos químicos para conduzir a floresta, por exemplo, é um dos passos essenciais para isso.

 A biodiversidade em nossas florestas, também é constantemente monitorada. A empresa realiza um amplo trabalho de gestão ambiental, investimentos e estudos para avaliar áreas naturais para a melhor preservação ambiental. Até mesmo espécies raras já foram vistas em nossas florestas, como uma família de ‘cachorros-vinagres’, e esse grau de biodiversidade vem aumentando. 

Outro ponto importante para a Eldorado é a forma de se relacionar nas comunidades vizinhas às nossas operações. Essa ação é feita por uma equipe especializada, pois além de produzir, ser um ambiente saudável, a empresa valoriza a relação com as pessoas que vivem nas comunidades em que atua.

Mais Floresta – Um dos pilares da gestão florestal e empresa como um todo é a valorização de pessoas. Quais são as oportunidades de trilha de carreira no setor florestal?

Germano Vieira – Sim, a valorização de pessoas está no centro da estratégia de crescimento da empresa e integra nossa cultura organizacional. Constantemente investimos em ações e programas de desenvolvimento, engajamento e capacitação profissional de nosso time. E mais recentemente, inauguramos um centro de treinamento completo. 

No Centro de Treinamento Itinerante Florestal (CTIF) contamos com cerca de 14 instrutores, e mais de 50 cursos técnicos e obrigatórios para os colaboradores da área, em reforço com nosso compromisso com a valorização das pessoas. A unidade possui equipamentos modernos e arrojados, que engajam o colaborador para a rotina profissional. Desde a inauguração já foram treinados mais de 1.270 colaboradores no CTIF, e até o final deste ano, temos a expectativa de treinarmos internamente aproximadamente 2.090.

Centro de Treinamento Itinerante Florestal (CTIF). Crédito: Eldorado Brasil.

Mais Floresta – O que podemos esperar da Eldorado Brasil para os próximos meses?

Germano Vieira – Para este ano ainda, estaremos anunciando a instalação de um Centro de Tecnologia Florestal, que ficará junto ao nosso viveiro de mudas, em Andradina (SP). Após visitarmos os 15 melhores Centros de Tecnologia do mundo, em países como Estados Unidos, China e Japão, resgatamos e trouxemos o que há de melhor e mais inovador na área. A unidade terá o intuito de aprimorar a qualidade dos produtos e criar novas tecnologias, visando antecipar tendências. Não paramos por aí, queremos em breve anunciar ainda mais novidades, com foco em inovação, competitividade, valorização das pessoas e sustentabilidade.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Não foi a 1ª vez: por que o rumor de apetite por compras da Suzano preocupou mercado

Ações despencaram na véspera com notícias de possível oferta de US$ 15 bi por International Paper, com baixa visão sobre sinergias e risco de endividamento alto

A indústria de papel e celulose está em fase de consolidação e novos rumores de mercado envolveram a Suzano (SUZB3) na última terça-feira (7), fazendo a ação despencar 12,3% durante o pregão após a Reuters informar que a companhia queria comprar ativos da International Paper com uma oferta toda em dinheiro que pode ser avaliada em quase US$ 15 bilhões.

Diversos analistas torceram o nariz para a possível operação, que foi negada pela companhia brasileira. A Suzano publicou um fato relevante na noite de ontem explicando que: (a) a empresa está continuamente analisando oportunidades de mercado e de investimentos alinhadas à sua estratégia e ; (b) que não existe nenhum documento formal, acordo ou resolução sobre qualquer aquisição que confirme notícias da imprensa.

O JPMorgan ressaltou ter, atualmente, uma visão positiva sobre a Suzano e que é baseada em uma série de fatos: valuation, crescimento de volume, tendências de fluxo de caixa livre (FCF) pós projeto Cerrado, perfil de baixo custo, execução operacional superior, entre outros. Mas um tema central do case é que o banco gosta muito da sua exposição à celulose, sendo o principal catalisador da criação histórica de valor para os acionistas. É aqui que a empresa tem uma verdadeira vantagem competitiva em relação aos seus pares, proveniente principalmente dos seus ativos terrestres e florestais. Além disso, os preços da celulose têm surpreendido positivamente e o JPMorgan vê uma janela de alguns anos de preços fortes da celulose, dada a falta de novas fábricas de celulose, pelo menos até meados de 2028.

“Durante este período, a Suzano também desfrutará de crescimento de volume com o comissionamento do projeto Cerrado, aumentando ainda mais o impulso positivo do seu negócio de celulose”, avalia o banco, ressaltando que gostaria que a companhia continuasse focada no negócio de celulose mesmo em um cenário de consolidação do setor”, aponta o banco.

Para os analistas, a consolidação traz muitas vezes oportunidades para crescer mais rapidamente do que organicamente, para procurar e explorar sinergias, para entrar em novos mercados ou produtos. Contudo, também acarreta um custo de financiamento. Os rumores de mercado referiam-se a uma transação potencial de US$ 15 bilhões, que é mais ou menos igual ao valor de mercado da própria Suzano.” Transações maiores trazem riscos adicionais, uma vez que o financiamento sempre tem um custo, especialmente porque, após o investimento do Cerrado, a alavancagem atingiu agora um pico de aproximadamente 3,1 vezes. Por último, a remuneração dos acionistas também poderá ser potencialmente adiada num cenário de maior alavancagem”, avalia o banco, que tem recomendação atualmente overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para SUZB3.

Na avaliação do Bradesco BBI, embora a Suzano tenha afirmado que não há documento formal ou qualquer acordo e apesar do histórico de sucesso da empresa na alocação de capital, vê agora investidores preocupados com os próximos passos da empresa após o projeto Cerrado.

“Além disso, a gestão da Suzano tem sido muito vocal sobre a busca de iniciativas de fusões e aquisições em mercados internacionais e não foi a primeira vez que vimos esse tipo de fluxo de notícias”, apontam os analistas do BBI. Para eles, há mais desafios do que benefícios neste momento para essa operação. Os benefícios dependeriam da melhoria da diversificação dos resultados da Suzano, da redução da exposição às receitas da Ásia e do ciclo da celulose de fibra curta.

“No entanto, os desafios parecem ser mais relevantes: (i) não é o melhor momento, pois a Suzano ainda precisa executar o projeto Cerrado e avançar com o seu processo de desalavancagem; (ii) parece haver sinergias limitadas entre ambas as empresas; e (iii) é um negócio maior do que o esperado, uma vez que os investidores aguardavam iniciativas de fusões e aquisições que pudessem ser mais fáceis de digerir”, aponta. O banco mantém recomendação de compra para as ações da Suzano, mas pondera que os ativos poderão seguir pressionados até que a visibilidade de sua estratégia de alocação de capital melhore.

A XP também aponta que, com os preços da celulose em níveis fortes (e ascendentes), os investidores procurando nomes defensivos com hedge em câmbio em meio a riscos internos mais elevados e um valuation descontado no horizonte pós-Cerrado esperado para 2025, a história de investimento de longo prazo da Suzano continua positiva. De qualquer forma, consideram razoáveis as preocupações dos investidores após as notícias da última terça-feira. Especificamente sobre a negociação com a IP, os analistas da casa ressaltam as preocupações dos investidores com: (i) alavancagem em níveis mais elevados por mais tempo, (ii) preocupações de valuation e (iii) baixa visibilidade de sinergias claras como os riscos mais debatidos.

Informações: InfoMoney.

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Governo de MS apresenta Lei do Pantanal em seminário sobre conservação do bioma

Encontro foi organizado por embaixador da Bélgica no Brasil, na tarde desta última terça-feira (7)

Durante agenda em Brasília (DF), o governador Eduardo Riedel (PSDB) participou de debate sobre o bioma pantaneiro no contexto global com membros da União Europeia. O gestor foi palestrante, na tarde desta terça-feira (7), em evento ambiental coordenado pelo embaixador da Bélgica no Brasil, Dinah Opoczunski.

No encontro, o gestor estadual frisou a biodiversidade e o grau de preservação ainda existente. Ele pontuou também a produtividade da região sul-mato-grossense na busca por convergência de ações de preservação.

“O Pantanal se internacionaliza pelos 84% preservados. É uma das maiores biodiversidades do planeta e que traz em conjunto uma cultura. […] Quando todos passam a conhecer melhor o ponto de vista de cada um, passamos a buscar políticas convergentes e aí sim os resultados aparecem. Fica mais fácil o diálogo, entender os desafios, e a construção de um mesmo caminho”, destacou.

Riedel estava acompanhado do secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, e do secretário-executivo de Meio Ambiente, Artur Falcette, no encontro. Em seu discurso, classificou como fundamental a discussão junto à União Europeia sobre a realidade do bioma.

“São países que além de formadores de opinião também são grandes consumidores dos produtores brasileiros, têm uma relação comercial estreita com o nosso país. Conhecer a realidade de nossas políticas públicas e dos nossos biomas ajuda a própria comunidade europeia a criar um ponto de vista bem embasado sobre o Pantanal, e isso tem suas consequências no ponto de vista comercial também. Trazer essa discussão ajuda na convergência de opiniões”, concluiu o governador.

Verruck concordou com este pensamento e completou ao apresentar a Lei do Pantanal cujo grande objetivo é reduzir o desmatamento. “Apresentamos isso, o sistema de alerta adequado que desenvolvemos quanto a isso, apresentamos o Fundo Clima Pantanal e uma série de ações em implementação, as compensações econômicas aos que sofrem restrições diante desse novo cenário, as medidas de combate aos incêndios florestais, os processos integrados”, discorreu.

Informações: Campo Grande News.

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Portaria autoriza contratação de brigadistas para combate a incêndios florestais em Roraima

Documento foi publicado na última sexta-feira (3), no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) publicou a autorização para que seja realizada a contratação temporária de 30 brigadistas para prevenção e combate a incêndios florestais em Alto Alegre, no interior de Roraima, além da contratação de um supervisor estadual para combate a queimadas em todo o estado.

A portaria foi publicada nesta última sexta-feira (3), no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho. Para Alto Alegre, serão destinadas duas brigadas compostas por um brigadista chefe de brigada, dois brigadistas chefes de esquadrão e 12 brigadistas.

As equipes serão alocadas de acordo com a seleção de áreas críticas feita pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) em 18 estados que declararam situação de emergência ambiental. Em fevereiro, o Governo Federal já havia divulgado calendário nacional que declarou os períodos de emergência ambiental em Roraima e outros estados e regiões mais suscetíveis aos incêndios florestais.

Normalmente o Ibama costuma iniciar a contratação das equipes de brigadistas a partir de abril, para que os profissionais tenham tempo de desenvolver ações de prevenção como aceiros e a queima prescrita, que diminuem a chance de grandes incêndios durante a temporada seca.

O próximo passo é a publicação de edital, através do qual será feita a seleção e contratação dos brigadistas, sob responsabilidade do Centro Especializado Prevfogo, que gerencia as atividades das brigadas.

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