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Exclusivo – Comportamento do mercado mundial de pellets de madeira

*Artigo de Marcio Funchal

Na Figura a seguir, tem-se uma fotografia do comportamento do mercado mundial de pellet de madeira. Os dados mostram o comércio internacional representa o maior destino para a produção mundial.

A produção mundial vem crescendo forte e modo sustentado. No acumulado do período considerado, tem-se um aumento médio da produção de quase 9% ao ano. Já os preços registram um crescimento médio mais tímido, na casa dos 2% a.a. (em termos nominais, em Dólar).


*Marcio Funchal é administrador de empresas, Mestre em administração estratégica e Especialista em Planejamento e Gerenciamento Estratégico. Coordena equipes multidisciplinares há mais de 27 anos nos mais diversos negócios. Nos últimos 21 anos tem se concentrado à atividade agroflorestal, industrial e de gestão de negócios. Possui grande vivência em praticamente todas as regiões do país, atuando como consultor de estratégia, gestão e mercado. Implementou e auditou as operações de silvicultura e colheita de 3 das maiores TIMOs em operação no Brasil. Participou de diversos projetos empresariais para apoio de tomada de decisões e investimentos em negócios no Brasil e alguns países da América Latina, América Central e África. Já atuou como Consultor do BID, IFC e do Banco Mundial.

Contato: marcio@marciofunchal.com.br

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Brasil tem 913 focos de incêndio, sendo 66,6% na Amazônia

Dados são de 3ª feira (15/10); Pará é o Estado com mais focos de incêndio: 311 ocorrências do tipo

O Brasil registrava 913 focos de incêndio na 3ª feira (15/10). Os dados são do sistema  BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgados nesta 4ª feira (16.out). A Amazônia concentra a maior parcela dos focos de incêndio, com 608 –ou 66,6%. Pará é o Estado com o maior número de queimadas, com 311 focos registrados em 24h. É seguido por Maranhão (135) e Acre (134).

Dos 6 biomas brasileiros, 4 registraram a incidência de fogo. O Cerrado teve o 2º maior número, com 257 focos –28,2% do total.

O Brasil encerrou o mês de agosto de 2024 com o pior número de queimadas em 14 anos. Foram 68.635 ocorrências –o 5º maior da série histórica, iniciada em 1998. Foi uma alta de 144% em relação ao mesmo período de 2023.

Setembro teve 83.157 focos de incêndio –o pior mês do ano em número de queimadas até o momento. O mês passado foi o setembro com maior número de queimadas desde 2010, quando foram contabilizados 109.030 focos de incêndio.

Em relação ao último ano, que registrou 46.498 pontos de fogo em setembro, o aumento foi de 78,74%. Tradicionalmente, este é o mês em que costuma ser registrado o pico de queimadas no Brasil, que segue até outubro.

O país acumula, em outubro, 17.997 focos de incêndio. Em 2024, já são 228.205 ocorrências do tipo.

O país vive, além da alta dos focos de incêndio, uma seca histórica, com a pior estiagem em 75 anos, segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes da Conservação e Biodiversidade). Entenda as causas: A seca e a estiagem que afetam grande parte dos municípios são comuns no inverno brasileiro. A temporada teve início em junho e segue até o final de setembro. No entanto, a intensidade em que ocorrem na estação, este ano, é atípica. São 2 os fatores que mais impactam no cenário:

  • fortes ondas de calor – foram 6 desde o início da temporada, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Por outro lado, as ondas de frio foram somente 4;
  • antecipação da seca – em algumas regiões do Brasil, o período de seca começou antes do inverno. Na amazônica, por exemplo, a estiagem se intensificou quase 1 mês antes do previsto, já no início de junho.

Na região da Amazônia, além dos focos de incêndio, a seca toma formas preocupantes. Os municípios amazônicos enfrentam cerca de 1 ano de estiagem. É a seca mais longa já registrada. São 3 as principais causas:

  • intensidade do El Niño – o regime de chuvas foi impactado pelo fenômeno que aquece as águas do Oceano Pacífico. Ele teve o pico no início deste ano e influenciou o começo da seca;
  • aquecimento anormal das águas do Atlântico Tropical Norte – a temperatura na região marítima, que fica acima da América do Sul, chegou a aumentar de 1,2 °C a 1,4 °C em 2023 e 2024;
  • temperaturas globais recordes – em julho, o mundo bateu o recorde de maior temperatura já registrada na história. O cenário cria condições para ondas de calor mais fortes.

Informações: Poder 360.

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Crédito de carbono: o que é e como funciona esse mercado

Os chamados créditos de carbono são um mecanismo criado como uma das estratégias para reduzir o processo das mudanças climáticas, especialmente o aquecimento global. Estabelecido o consenso de que o planeta está em processo de aquecimento causado pelas emissões de gases poluentes, como dióxido de carbono e metano, foi definido que a sociedade – países, empresas e pessoas – se comprometam com a redução, ou até mesmo a eliminação, das emissões desses gases.

Para isso, acordos feitos ao longo de cúpulas do clima e outros encontros multilaterais, o principal deles a COP de 2015 em Paris, em que se estabeleceu que o aquecimento global não pode passar de 1,5ºC em relação à temperatura média do período pré-industrial, a solução foi criar metas escalonadas de redução de emissões.

Neste período de transição para uma economia de baixo carbono, uma das alternativas é o mercado de carbono, em que empresas e países que conseguem superar suas metas de redução de emissões possam vender essa quantidade de gases não emitidos em forma de crédito para outras empresas que ainda não alcançam suas metas de redução.

Para isso, precisa criar metas, e metas intermediarias. E é necessário estimular que as empresas emitam menos ou que arrumem formas de capturar as emissões da atmosfera. Para isso que foi imaginado e elaborado o mercado de carbono, para justamente regular esse controle de emissões. Assim, se consegue limitar a quantidade de emissões globais no planeta.

No mercado informal, algumas empresas, ainda que não obrigadas, já buscam essas compensações. No mercado regulado, em locais como União Europeia, Japão, Austrália, Coreia do Sul, é estabelecida uma meta de emissões – com uma curva decrescente – para cada empresa ou país poluente. Caso elas não atinjam suas metas, podem comprar crédito com aquelas que reduziram suas emissões além do estabelecido.

Se convencionou que 1 tonelada de carbono equivalente (gases que contribuem para o aquecimento global como dióxido de carbono e metano) vale um 1 crédito de carbono.

Entre as iniciativas que podem reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa estão a redução do desmatamento, utilização maior de fontes de energia menos poluentes e redução no uso de combustíveis fósseis.

Esses créditos são certificados por instituições especializadas e com metodologia científica reconhecida para calcular e validar as emissões e os créditos de carbono.

No Brasil, o mercado de créditos de carbono continua travado, aguardando a aprovação final de um Projeto de Lei que, em breve, completará dez anos de tramitação no Congresso. O Projeto de Lei 2.148/15, conhecido como PL do Carbono, foi aprovado pelos deputados em dezembro. Agora aguarda votação no Senado e depois terá que passar novamente na Câmara. O texto cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE).

Informações: Isto É.

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Reflorestamento urbano: Estado do Paraná plantou 123 mil mudas de espécies nativas em 67 cidades

Parceria entre as secretarias do Desenvolvimento Sustentável e das Cidades, por meio dos programas Paraná Mais Verde e Asfalto Novo, Vida Nova está permitindo o reflorestamento urbano de pequenos municípios do Paraná em paralelo a obras de pavimentação asfáltica e iluminação pública

Uma parceria entre as secretarias do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e das Cidades (Secid) está permitindo o reflorestamento urbano de pequenos municípios do Paraná. Por meio dos programas Paraná Mais Verde e Asfalto Novo, Vida Nova, o Governo do Estado já plantou 123,6 mil mudas de espécies nativas em 67 cidades com até 7 mil habitantes, em localidades como Cafeara (região Norte), Jardim Olinda (Noroeste) e Santa Lúcia (Oeste), entre outras.

A recuperação ambiental integra o pacote do Asfalto Novo, Vida Nova, programa coordenado pela Secid que prevê, até 2026, a pavimentação de toda a área urbana e a troca da iluminação por lâmpadas de LED de municípios do Estado com até 25 mil moradores. O investimento global é superior a R$ 1 bilhão. Além do aspecto paisagístico, o plantio de árvores ajuda a compensar a emissão de carbono decorrente das obras. A estimativa é que, ao fim do projeto, pelo menos 250 mil mudas sejam cultivadas em 330 cidades, em três fases distintas do programa. A iniciativa vai beneficiar cerca de 3 milhões de pessoas.

Entre as mudas que estão ganhando as ruas municipais estão espécies como araçá, cerejeira-do-mato, jabuticaba, pitanga, guabiroba, ipê-amarelo, louro-pardo, canafístula e guajuvira, além de árvores ameaçadas de extinção como a araucária, peroba-rosa, cedro-rosa, imbuia e ipê-roxo. Elas são cultivadas nos viveiros do Instituto Água e Terra (IAT) que abastecem o programa Paraná Mais Verde e distribuídas para as prefeituras, que se tornam responsáveis pelo plantio. A Secid acompanha todo esse processo, da definição do local do plantio até a elaboração de relatórios sobre a mortalidade das mudas. O IAT é vinculado à Sedest.

“O escopo desse programa é ampliar a área de cobertura vegetal nos municípios por meio do plantio de mudas nativas. Isso visa compensar a emissão de carbono que é produzida na execução das obras em prol de um desenvolvimento urbano sustentável”, afirma a bióloga do IAT, Roberta Scheidt Gibertoni. “Além, é claro, de promover a melhoria da qualidade do meio ambiente e a melhoria na qualidade de vida das pessoas”, acrescenta.

Há, ainda, o aspecto educativo da ação, como explica Paula Silveira, engenheira ambiental do Paranacidade, serviço social autônomo ligado à Secid. “Uma das coisas interessantes do programa é o contato da sociedade com o plantio das mudas. Algumas prefeituras pegam as mudas e levam até as escolas para incentivar as crianças a plantarem. Esse contato é justamente para fazer com que a população cuide daquilo que foi plantado, para que não haja depredação. Ou seja, uma aula prática de educação ambiental”, diz ela.

PARANÁ MAIS VERDE – O programa foi criado em 2019 e tem como objetivo despertar a consciência ambiental e aliar o desenvolvimento ambiental, econômico e social por meio da produção e plantio de árvores nativas nas áreas urbanas e rurais. As mudas são plantadas em áreas que precisam ser recuperadas ou melhor arborizadas, bem como incentivar a população a cultivar árvores, seja em área urbana ou rural, para colaborar no equilíbrio do clima. Desde 2019, o Governo do Estado já distribuiu 10 milhões de mudas.

ASFALTO NOVO, VIDA NOVA – Lançado em 2023, o programa contemplou na primeira fase todos os municípios de até 7 mil habitantes com recursos para pavimentar toda a área urbana e trocar a iluminação por lâmpadas de LED. A segunda etapa foi lançada em novembro do ano passado e envolve investimento de R$ 132 milhões para contemplar 68 municípios, de 7 mil a 12 mil habitantes, que cheguem a 100% de pavimentação nas vias urbanas. A terceira fase, prevista para iniciar em 2025, atingirá municípios com até 25 mil moradores.

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Ponsse realiza demonstração do PONSSE Mammoth em florestas brasileiras

À toda prova, o maior forwarder da marca vai operar por algumas semanas nas grandes empresas florestais do país, testando diferentes cenários de operação

A Ponsse Brasil iniciou nesta última terça-feira (15), um evento dinâmico para promover a
experimentação do seu maior forwarder e apresentar os resultados positivos que o
equipamento tem demonstrado no Brasil e no mundo, desde seu lançamento em 2022. O Road Show do PONSSE Mammoth vai disponibilizar dois desses gigantes para operarem nas principais empresas florestais do país.

Com o intuito de atender às solicitações dos clientes para conhecer a fundo o
PONSSE Mammoth, o evento proporcionará a oportunidade única de testar e validar
a performance do forwarder de 25 toneladas em operações típicas de baldeio de
cada empresa. “Dessa forma, será possível fornecer uma análise personalizada do
desempenho, identificar benefícios específicos para cada operação, e permitir que
as empresas tomem decisões de compra mais embasadas”, destacou o Gerente de
Vendas da Ponsse Brasil, Rodrigo Marangoni. Além disso, essa experiência prática
visa aumentar a confiança no investimento e vai possibilitar ajustes personalizados
para otimização, garantindo que o PONSSE Mammoth atenda às expectativas e
necessidades de cada cliente.

Durante o período de teste de algumas semanas, a empresa terá todo o suporte das
equipes Ponsse, desde treinamentos técnicos até suporte aos serviços de
manutenções, além de uma gestão de dados completa. Ao final deste período, será
realizado um dia de campo em cada cliente para compartilhar os resultados obtidos,
oferecendo uma análise detalhada e insights valiosos sobre o desempenho do
PONSSE Mammoth.

A primeira empresa que testou o forwarder de 25 toneladas foi a Veracel, nas suas operações, em Eunápolis no Sul da Bahia. Ao todo foram selecionadas seis empresas para validar o forwarder, de diferentes estados do país. “Ao passarmos por diferentes realidades, cada uma com demandas específicas de baldeio e de terreno, vamos colocar o PONSSE Mammoth à prova e demonstrar os excelentes resultados possíveis de se conquistar quando o assunto é eficiência energética, isto é, alta produtividade e baixo consumo de combustível”, disse o Gerente de Vendas da Ponsse Brasil, Rodrigo Marangoni.

“Essa dinâmica vai permitir que nossos clientes e potenciais clientes tenham uma
visão mais concreta dos resultados e potenciais ganhos com o nosso maior
forwarder. Acreditamos muito que essa solução Ponsse seja ideal para atender o
mercado brasileiro, com operações intensas, de 24 horas, sete dias por semana,
grandes volumes de colheita, longas distâncias de baldeio, alta eficiência
energética, além dos quesitos de sustentabilidade e tecnologia relacionadas”,
destaca a Gerente de Marketing e Comunicação da América do Sul da Ponsse,
Éllen Bianchi.

Sobre o PONSSE Mammoth

Criado especialmente para altas demandas de baldeio de madeira, o forwarder
PONSSE Mammoth é capaz de transportar 25 toneladas em uma única viagem. A
eficiência energética é o grande destaque deste novo modelo de forwarder. Com
transmissão CVT (Continuously Variable Transmission) original de fábrica, ele
automatiza as trocas de marchas atuando sempre no melhor cenário de consumo
de combustível. Esse diferencial proporciona deslocamentos de até 20 km/h,
trazendo com isso ganhos em produtividade especialmente para baldeios em longas
distâncias.

A super dimensão do equipamento é o que impressiona num primeiro momento. A
caixa de carga, mais comprida e larga que os modelos anteriores, resulta em uma
área de seção transversal de até 8 m² conferindo maior capacidade volumétrica.
Para suportar toda essa carga, as estruturas dos chassis e bogies foram reforçadas,
um motor mais potente foi adicionado e o sistema hidráulico com duas bombas foi
desenvolvido para entregar movimentos mais ágeis e precisos.

Adicionalmente, esse é o primeiro forwarder da marca em que a caixa de carga foi
desenvolvida com um leve declínio para o sentido da máquina base, possibilitando
melhor acomodação da carga, especialmente para madeiras cônicas.

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Setor florestal mobilizado no monitoramento e combate aos incêndios rurais

Uma parceria entre a Florestar São Paulo (Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas) e a Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo), vem contribuindo intensamente no monitoramento de focos de incêndios rurais dentro do território paulista. Nesta ação estão envolvidas algumas empresas associadas à Florestar, como: Bracell, Dexco, Suzano e Sylvamo.  

As empresas de base florestal monitoram 1,5 milhão de hectares de plantios comerciais e de vegetação nativa dentro destas propriedades, utilizando 63 torres de vigilância que, adicionalmente, cobrem mais 700 mil hectares de Unidades de Conservação no estado de São Paulo. Ao todo, são mais de 2,2 milhões de hectares, entre áreas produtivas e de preservação, que o setor monitora. “Temos um grupo de comunicação direta com a Fundação Florestal, que é vinculada à Semil, em que qualquer ocorrência identificada por estas empresas, é comunicada imediatamente aos órgãos competentes”, explica Fernanda Abilio, diretora-executiva da Florestar São Paulo.

Desde 11 de setembro, quando a colaboração foi acordada e estabelecido o grupo de comunicação, foram identificadas 13 ocorrências de incêndios pelas câmeras de monitoramento das torres de vigilância. Elas aconteceram nas regiões de Itapetininga, Piratininga, Bauru, Luiz Antônio, Campo Largo e Casa Branca e foram devidamente comunicadas em tempo real às equipes da Fundação Florestal para que o governo de São Paulo pudesse providenciar atendimento o mais rápido possível.

Nos últimos dias, a associada Bracell atuou em um incêndio de grandes proporções que atingiu áreas rurais e de preservação na região de Botucatu. Duas fazendas experimentais da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp), Lageado e Edgárdia, foram seriamente afetadas, causando grandes prejuízos ecológicos e acadêmicos. Para esta missão, a associada Bracell disponibilizou duas equipes de brigadistas, um caminhão-pipa, veículos e equipamentos de combate.

“Temos como missão proteger nossas florestas, o meio ambiente e as comunidades onde atuamos. No combate às chamas, o tempo é algo essencial e neste período crítico, reforço que fazemos parte desse ecossistema e que todos possuem a missão de protegê-lo”, afirma Alex Mário Oliveira Almeida, gerente de Prevenção e Combate a Incêndios da Bracell.

A diretora-presidente da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf), vinculada à Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, Renata Cristina Batista Fonseca lamentou o ocorrido. “Foi um dia muito triste, quando tive a infelicidade de presenciar um dos maiores incêndios aqui dessa região. A Fazenda Edgardia é um santuário da vida silvestre, com muitos trabalhos de pesquisas. A ação das equipes da Bracell e dos demais envolvidos, Defesa Civil, Bombeiros, Prefeitura, Sabesp, brigadistas e servidores voluntários da Unesp foi fundamental.”

“Vivemos um momento muito crítico em nossa sociedade, com a mudança do clima. Então, é muito importante que cada um faça sua parte para evitar incêndios e tragédias como esta. Um incêndio que começa pequeno, pode se tornar gigante. Qualquer faísca é suficiente para causar um estrago enorme”, alerta ela.

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STF marca conciliação em disputa sobre controle da Eldorado Brasil Celulose

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, marcou para o dia 18 de novembro, às 17h, uma audiência de conciliação sobre o controle acionário da Eldorado Brasil Celulose. A disputa corporativa envolve a venda de ações da empresa, integrante da J&F Investimentos, para a CA Investment, controlada pela Paper Excellence, da Indonésia. Na mesma decisão, o relator negou liminar e manteve a suspensão da transferência das ações.

Nas Reclamações 68.986 e 68.988, a Paper Excellence contestou a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que manteve suspensa a transferência das ações da J&F para a CA Investment pela venda da Eldorado. A corte entendeu que a aquisição de áreas rurais por pessoa jurídica estrangeira ou brasileira constituída de capital estrangeiro deve ser previamente submetida à apreciação do Incra e/ou do Congresso Nacional, nos termos da Lei 5.709/71.

Nas duas reclamações, a CA Investment sustenta que a decisão do TRF-4 violou a decisão do STF na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 342 e na Ação Cível Originária (ACO) 2.463.

Ao indeferir o pedido de liminar, Nunes Marques explicou que o Plenário do Supremo, em análise preliminar da ADPF 342, negou a suspensão de todas as ações judiciais sobre a validade do dispositivo da Lei 5.709/1971, mas não retirou dos juízes e dos tribunais o poder de fazê-lo, com base em elementos concretos.

O ministro lembrou ainda que a questão constitucional está pendente de solução pelo STF. Segundo ele, circunstâncias particulares podem justificar a suspensão de atos negociais, sem que isso viole a decisão do Supremo.

Disputa bilionária

A disputa entre a J&F e a Paper Excellence é uma das maiores do país e se arrasta desde 2017. A empresa brasileira vendeu 49,41% da Eldorado para a Paper Excellence em 2017, por R$ 3,8 bilhões. O contrato incluía a opção de compra da empresa toda, por R$ 15 bilhões, válida por um ano. E a multinacional só poderia adquirir o restante das ações, 50,59%, depois de assumir as dívidas da empresa.

Esgotado o prazo, a Paper não havia liberado as garantias (ativos da J&F que lastreavam os empréstimos feitos para a estruturação da Eldorado).

Pouco antes, sem perspectiva de conseguir o dinheiro para a operação, a Paper entrou na Justiça para pedir o controle imediato da Eldorado e prazo indeterminado para quitar a compra. O juiz do caso, então, percebendo a artimanha nada ortodoxa, negou os pedidos da Paper. Com informações da assessoria de imprensa do STF.

Clique aqui para ler a decisão
RCJ 68.986

Informações: Conjur.

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Exclusivo – Fotografia da produção industrial no Brasil: fabricação de móveis

*Artigo de Marcio Funchal

Com a aproximação do final do ano, as indústrias correm para atualizar o Planejamento Estratégico e consolidar o Plano Operacional para 2025. Em razão disso, compreender o cenário atual de negócios se torna imprescindível.

Para apoiar as empresas fabricantes e toda a cadeia produtiva de suporte (indústria, comércio e serviços), elaborei um conjunto de três artigos exclusivos para o Portal Mais Floresta, compreendendo as seguintes indústrias: (1) Fabricação de Móveis, (2) Desdobro de Madeira (madeira serrada, chapas de madeira, esquadrias, pisos e etc.) e (3) Indústria de Celulose, Papel, Papelão e produtos de Papel e Papelão (incluindo embalagens).

Neste PRIMEIRO ARTIGO, vou abordar a Indústria de Móveis. Aqui você verá uma análise do comportamento da produção industrial brasileira nos anos recentes. Para cada cadeia produtiva escolhida, eu apresento duas situações:

  • Primeiro um recorte temporal da evolução recente da produção industrial, considerando a produção do ano de 2019 como referência (último período antes da crise sanitária mundial, que mudou o comportamento do consumidor em diversas cadeias produtivas globais).
  • Em seguida, eu mostro o comportamento padrão para essa mesma indústria, levando em conta a distribuição da produção, mês a mês, ao longo do ano. Para avaliar o comportamento padrão, considerei os dados de 2023 e 2024 (até o mês mais atual disponível), comparando com o comportamento médio dos anos 2021 e 2022. O ano de 2020 foi excluído da análise histórica em razão da obrigatoriedade de paralização da produção no Brasil e no exterior, por vários meses e em diferentes intensidades.

Todos os dados foram organizados e padronizados em gráficos com a mesma escala e amplitude. Isso facilita a comparação da volatilidade da produção industrial entre as cadeias produtivas selecionadas.

A Figura a seguir mostra o comportamento recente da produção da Indústria de Móveis. Para fins de comparação, trago também o comportamento da produção da Indústria da Transformação no Brasil.

Olhando para a Indústria da Transformação, é fácil ver que há uma estagnação dos níveis de produção, no horizonte considerado, assim como uma clara sazonalidade da produção industrial, onde o pico se dá anualmente entre Maio e Outubro. Ainda considerando o período de análise, os menores volumes de produção da Indústria da Transformação no Brasil ocorrem entre Dezembro e Abril. Olhando para 2024, os dados mostram que a produção vem “acompanhando” o perfil da produção histórica setorial, sem as oscilações vistas nos anos anteriores. 

Levando em conta agora os números da Indústria de Móveis, temos um cenário bastante desafiador. Os níveis de produção vêm caindo, e não se vê, claramente, uma constância da distribuição da produção mês a mês. Em geral, o 2º semestre dessa indústria tende a ser mais ativo do que o 1º semestre, embora Dezembro seja um mês com muita ociosidade. Em 2024, a Indústria de Móveis começou o ano em ritmo mais lento do que o usual, mas retomou a “energia” nos meses mais recentes.


*Marcio Funchal é administrador de empresas, Mestre em administração estratégica e Especialista em Planejamento e Gerenciamento Estratégico. Coordena equipes multidisciplinares há mais de 27 anos nos mais diversos negócios. Nos últimos 21 anos tem se concentrado à atividade agroflorestal, industrial e de gestão de negócios. Possui grande vivência em praticamente todas as regiões do país, atuando como consultor de estratégia, gestão e mercado. Implementou e auditou as operações de silvicultura e colheita de 3 das maiores TIMOs em operação no Brasil. Participou de diversos projetos empresariais para apoio de tomada de decisões e investimentos em negócios no Brasil e alguns países da América Latina, América Central e África. Já atuou como Consultor do BID, IFC e do Banco Mundial.

Contato: marcio@marciofunchal.com.br

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Bracell recebe selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol pela segunda vez consecutiva

Desenvolvido pelo FGVces e WRI, o selo é referência na gestão de emissões de Gases de Efeito Estufa no Brasil

A Bracell, produtora global de celulose solúvel, conquistou pelo segundo ano consecutivo o selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, um reconhecimento que certifica empresas pela excelência na mensuração e gerenciamento de suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Essa certificação, concedida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), destaca o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a transparência no monitoramento de suas emissões de carbono.

Imagem: Divulgação

Segundo Amanda Lemos, especialista de Sustentabilidade da Bracell em SP, a obtenção desse selo foi possível graças à colaboração de diversas áreas da empresa, incluindo as operações de São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul. “A integração entre as equipes foi essencial para garantir a qualidade das informações reportadas. Ser reconhecidos pela segunda vez consecutiva com o Selo Ouro comprova nosso compromisso com a transparência nos reportes de sustentabilidade”, ressalta.

O Programa Brasileiro GHG Protocol, desenvolvido pelo FGVces e pelo World Resources Institute (WRI), em parceria com entidades como o Ministério do Meio Ambiente e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), é considerado o principal referencial no Brasil para o cálculo de emissões de gases de efeito estufa, utilizando metodologias reconhecidas globalmente. Esse programa estabelece padrões rigorosos que as empresas devem seguir para garantir a precisão e a transparência na sua contabilização de emissões.

De acordo com João Augusti, gerente de Sustentabilidade da Bracell em SP, a empresa se mantém firme em seu compromisso com a transparência na divulgação de seus indicadores ambientais e na melhoria contínua de suas práticas operacionais. “A verificação dos dados de emissões por uma entidade independente e posterior submissão na plataforma da FGV reforça a importância de um gerenciamento robusto e confiável das emissões”, complementa.

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Warner Bros. Discovery anuncia desenvolvimento de documentário sobre manejo florestal sustentável

Produção é resultado da parceria com a Indústria Brasileira de Árvores e mais 15 marcas do setor e irá abordar práticas inovadoras de sustentabilidade fundamentais para o combate à crise climática

São Paulo, 14 de outubro de 2024 – Warner Bros. Discovery anunciou hoje a produção de um novo documentário que vai abordar o manejo florestal sustentável no Brasil, destacando práticas inovadoras e o impacto direto no meio ambiente e na vida das pessoas. O documentário, fruto de parceria entre a WBD, a produtora Casa Redonda e a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), busca aprofundar as discussões em torno das mudanças climáticas, tema cada vez mais urgente e relevante no cenário global.

A WBD será responsável pela distribuição, utilizando de toda a robustez do seu ecossistema de mídia e entretenimento, abrangendo desde canais lineares até o digital. O documentário, que ainda não tem título, será exibido na Max, plataforma de streaming do grupo, e no canal Discovery, sem previsão de data de estreia.

Além da Ibá, outras 15 marcas da indústria de base florestal, sendo BO Paper, Bracell, CMPC, Eldorado, Ibema, Irani, Klabin, Norflor, Papirus, RMS, Suzano, TTG, Unilin, Veracel e Smurfit Westrock, também apoiam o projeto. Com o aumento do debate mundial sobre a crise climática, o documentário oferecerá uma nova e instigante perspectiva, abordando o tema em antecipação à COP30, que ocorrerá no país, em Belém (PA), em 2025.

O documentário é uma coprodução com a Casa Redonda, direção de Eduardo Rajabally; pesquisa e roteiro de Kenya Zanatta.

SOBRE A WARNER BROS. DISCOVERY   

A Warner Bros. Discovery (NASDAQ: WBD) é uma empresa líder global de mídia e entretenimento que cria e distribui o portfólio de conteúdo e marcas mais diferenciado e completo do mundo em televisão, filmes e streaming. Disponível em mais de 220 países e territórios e em 50 idiomas, a Warner Bros. Discovery inspira, informa e entretém o público em todo o mundo por meio de suas marcas e produtos icônicos, incluindo: Discovery Channel, Max, discovery+, CNN, DC, Eurosport, HBO, HBO Max, HGTV, Food Network, OWN, Investigação Discovery, TLC, Magnolia Network, TNT, truTV, Travel Channel, MotorTrend, Animal Planet, Science Channel, Warner Bros. Film Group, Warner Bros. Television Group, Warner Bros. Games, New Line Cinema, Cartoon Network, Adult Swim, Turner Classic Movies, Discovery en Español, Hogar de HGTV e outros. Para obter mais informações, acesse aqui.  

SOBRE A IBÁ

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional do setor que planta árvores no Brasil para fins industriais e para restauração. A entidade representa empresas e entidades estaduais florestais. É um setor protagonista mundial da bioeconomia de larga escala, oferecendo soluções para um mundo que precisa descarbonizar com serviços ecossistêmicos e produtos de fonte renovável, recicláveis, com pós-uso e biodegradável, removendo carbono.

Com inovação e olhar para o futuro, é fornecedor global de bioprodutos, alimentos e energia renovável. As árvores cultivadas colocam o Brasil como referência mundial na produção de celulose e papel, de matéria-prima para laminados e carvão vegetal, utilizado na indústria do aço. Das árvores cultivadas também saem produtos não madeireiros como viscose para a indústria têxtil, mel, desinfetantes, aromatizantes, espessantes, solventes, vernizes, colas, borracha sintética, tintas para impressão, tecidos, ceras e graxas, papéis para impressão, papéis para fins sanitários, fraldas, embalagens, móveis, pellets, caixotarias, entre outros.

SOBRE A CASA REDONDA

A Casa Redonda é uma produtora cultural brasileira com atuação internacional nas áreas de cinema e TV, artes visuais, consultoria cultural e plataformas criativas. A empresa fundada em 2004, cria, planeja e produz conteúdos audiovisuais e expositivos e empreende plataformas de desenvolvimento do setor cultural brasileiro por meio de concursos, editais, fundos de investimento, seminários, laboratórios e residências revelando novos talentos e fomentando novos conhecimentos, negócios e intercâmbios. É responsável pela produção dos documentários Espaço Além – Marina Abramovic e o Brasil, CRAVOS, Pessoas – Contar para Viver, Moto Contínuo e Meu Querido Supermercado. Para mais informações, acesse www.casaredonda.com.br.

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