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Silvicultura de Passo Fundo (RS) se aproxima do fim do ciclo de produção

Silvicultura enfrenta desafios com pouca expansão no RS

O Boletim Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (13), revelou que a taxa de expansão da silvicultura na região de Passo Fundo está reduzida, refletindo uma estagnação no aumento das áreas destinadas ao plantio de florestas. O estudo aponta que, nas últimas décadas, a implantação de novos plantios praticamente foi interrompida, o que limita a base produtiva a bosques estabelecidos entre os anos de 2000 e 2010. Esses plantios estão em fase avançada de maturação, chegando ao fim do ciclo produtivo, que varia de 15 a 20 anos para espécies de rápido crescimento, como Eucalyptus spp. e Pinus spp.. O quadro indica que, nos próximos ciclos econômicos, haverá redução estrutural na disponibilidade de matéria-prima.

O preço da madeira para serraria na região de Passo Fundo foi registrado em R$ 300,00/m³, enquanto o preço da lenha entregue na indústria ficou em R$ 120,00/st.

Em outras áreas, como em Frederico Westphalen, os cultivos de eucalipto continuam com ações de controle de formigas, inços e adubação. As florestas de eucalipto com 2 a 3 anos de idade estão passando por poda, e as de 6 a 7 anos recebem raleio para otimizar o crescimento das árvores.

Informações: AgroLink.

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Nova iniciativa pode destravar mercado de carbono regulado no Brasil

Um relatório inédito do ICC Brasil e WayCarbon lançado recentemente dá subsídio técnico para o governo federal no desenvolvimento de políticas públicas e aponta caminhos para o uso de créditos de carbono

O fim de 2024 foi marcado pela conquista da tão esperada aprovação do mercado de carbono regulado pelo Senado brasileiro, o que já estava em discussão há pelo menos 10 anos. Ainda com muitas indefinições sobre mecanismos e instrumentos, a estimativa é que este comece a comercializar créditos apenas em 2030. Até lá, as expectativas são altas: o setor pode atingir um valor de US$ 50 bilhões até o final da década e o Brasil pode ter posição de liderança pela sua abundância em soluções verdes, segundo a consultoria McKinsey. 

Pensando em alavancar e destravar aspectos da lei, uma iniciativa fruto da parceria do ICC Brasil (Câmara de Comércio Internacional) e da WayCarbon trabalha desde 2023 para coletar e fornecer subsídios técnicos ao governo federal na elaboração dos próximos passos, por meio da análise de um ‘framework’ do mercado nacional. Com financiamento da UK PACT Brasil, o primeiro relatório foi lançado na quinta-feira (13) e aponta caminhos para a utilização de créditos de carbono, além de garantir a adoção de padrões robustos e alinhados com as melhores práticas internacionais. A análise considerou os sistemas de comércio adotados na Califórnia (EUA), Coreia do Sul e China

Entre as principais recomendações do relatório, estão a definição de critérios rigorosos para a aceitação de créditos de carbono no Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), priorizando projetos nacionais e setores estratégicos. Além disso, sugere a adoção de padrões de certificação reconhecidos internacionalmente, como VCS e Gold Standard, para garantir a confiabilidade dos créditos.

Para assegurar a integridade e os benefícios socioambientais dos projetos, há a proposta de criação de mecanismos de monitoramento e verificação.

O relatório apoia diretamente o trabalho da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) no levantamento de subsídios para a tomada de decisão sobre aspectos da regulamentação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE).

Rodrigo Rollemberg, Secretário de economia verde, descarbonização e bioindústria na MDIC, disse à EXAME que a criação das estruturas institucionais necessárias para a operacionalização e implementação do sistema é o primeiro passo.Neste sentido, uma das recomendações em destaque é a inclusão de créditos compensatórios offsets (de origem no mercado voluntário) dentro do regulado.  

Este é o primeiro relatório fruto da iniciativa, com o objetivo de levantar informações sobre como estes créditos são gerados no mercado. Um segundo está previsto e deve ser publicado ainda no primeiro semestre de 2025, trazendo como foco a infraestrutura e os registros das compensações.

“As atividades garantem que a construção do mercado de carbono seja baseada em um processo participativo e alinhado às melhores práticas, permitindo um ambiente regulatório mais eficiente e funcional”, destacou Rollemberg. 

Gabriela Dorlhiac, diretora executiva da ICC Brasil, destacou que a regulação já era uma demanda forte do setor privado nos últimos anos e que definir as regras não é algo trivial. “Buscamos não apenas apoiar tecnicamente o governo nessa jornada, mas criar essas pontes de diálogo e cooperação público-privada a fim de acelerar a descarbonização da economia”, disse à EXAME. 

Henrique Pereira, COO da WayCarbon, complementa que o documento faz uma avaliação de outros mercados internacionais com o olhar de integridade, entendendo quais projetos são considerados mais robustos e relevantes. “Isso com o olhar da tecnologia para o contexto do Brasil — um país rico em biomassa, renováveis, etanol e mais — e também pensando em volume e custos“, destacou. 

Por fim, o estudo também enfatiza a necessidade de um engajamento contínuo entre governo, setor privado e sociedade civil para o sucesso da regulamentação. 

O que está em jogo

Na prática, há alguns instrumentos primordiais que estabelecem o mercado de carbono brasileiro. O primeiro deverá definir quais empresas vão ter que reportar suas emissões em inventários e comunicá-las no âmbito federal. Aquelas que ultrapassarem as 20 mil toneladas de C02 por ano vão ser obrigadas a compensar, por exemplo.

Em seguida, entra o mais importante: o chamado plano de alocação. Este ainda precisa estabelecer três regras: uma meta de tempo para a redução das emissões brasileiras, quais empresas deverão participar obrigatoriamente, e em terceiro, em qual proporção cada setor vai contribuir.

Além do volume reportado no inventário, o custo da redução da pegada de carbono por algumas indústrias deverá ser considerado, explicou Henrique Pereira, em entrevista à EXAME. 

“O objetivo do instrumento de mercado é o custo-efetividade. Ao permitir que os agentes regulados comparem custos relativos de redução, ou seja, o valor de reduzir internamente em comparação ao do carbono no mercado, espera-se atingir a meta da maneira mais barata”, disse.Além das empresas obrigadas a reduzir pela lei, o governo também pode optar por aceitar créditos de outras que estão investindo, por exemplo, em reflorestamento ou outros projetos de baixo carbono – esses são chamados de “offsets”, de origem no mercado voluntário

Segundo Henrique, a aceitação de créditos offsets é importante por dois motivos. Primeiro, pois setores como o químico e o siderúrgico, que demandam altos investimentos em infraestrutura e tecnologia, podem encontrar nos offsets uma forma de reduzir o custo efetivo de sua participação no sistema de emissões ao comprar créditos gerados por outros projetos sustentáveis.

Em segundo, por incluir setores não regulados no mercado de carbono, como é o caso do próprio agronegócio, e que ao mesmo tempo podem trazer benefícios ambientais, seja por meio de reflorestamento, conservação de biomas ou energia renovável.

“A lógica é trazer eficiência para o setor industrial. No regulado, o governo não quer saber o que você está fazendo, é mais sobre ter uma meta limite de emissões“, ressaltou Henrique. Enquanto a companhia que for ‘ultrapassar’ este teto poderá optar por comprar créditos no mercado, a que tiver uma ‘sobra’ poderá vender.

No mercado regulado de carbono, os preços dos créditos variam conforme a região e a dinâmica de oferta e procura. No Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia, por exemplo, os preços são significativamente mais altos do que no mercado voluntário. Em fevereiro de 2025, os contratos futuros estavam sendo negociados a aproximadamente € 76,59 por crédito (R$ 460,77).

No Brasil, estes valores ainda não foram definidos, devido às brechas que ainda precisam ser regulamentadas na lei. Mas transações significativas já aconteceram no país: a exemplo do estado do Pará, que vendeu créditos de carbono a US$15 (R$ 86,55), valor acima da média do mercado voluntário.

Impacto na meta climática brasileira

A nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) divulgada pelo governo brasileiro durante a Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP29) em Baku, no Azerbaijão, estabeleceu a meta climática de redução entre 59% e 67% das emissões até 2035 – em relação aos níveis de 2005.

A peça-chave para seu cumprimento é alcançar o desmatamento zero, mas o mercado de carbono também pode impulsionar o país de forma mais eficiente e estruturada para agir na mitigação em indústrias altamente emissoras e ao trazer mais projetos verdes.

“Com o compromisso do Código Florestal de zerar o desmatamento ilegal, nós já chegaríamos lá. O plano de energia reduz emissões, mas contribui pouco, assim como outras indústrias”, ressaltou Henrique. 

Práticas internacionais

O relatório destaca que há hoje em torno de 30 mercados de carbono regulados no mundo. Entre os analisados, a China aceita créditos offsets, mas apenas de projetos nacionais.

Já a Europa, maior mercado global regulado, abrange cerca de 40% das emissões totais de gases de efeito estufa da União Europeia e desde 2020, deixou de aceitar os offsets. 

Nos EUA, onde a posse de Trump coloca em xeque políticas de combate à crise climática, não existe um mercado nacional, apenas estaduais. O mais abrangente foi implementado em 2012 na Califórnia e abrange geração de energia, manufatura e distribuição de combustíveis. 

Coreia do Sul adotou o mercado em 2015, e hoje lidera como segundo maior do mundo, contemplando 70% das emissões nacionais. 

Informações: Exame.

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Armac avança no mercado florestal com nova operação em um dos principais polos do Brasil

Companhia expande e diversifica atuação em serviços especializados e locação no Centro-Oeste

Barueri, 18 de fevereiro de 2025 – A Armac, referência nacional na prestação de serviços especializados e complexos e locação de equipamentos, iniciou, neste mês, uma nova operação florestal no Mato Grosso do Sul. O acordo marca o avanço da empresa no setor após a consolidação e estruturação de uma área exclusiva para atender às demandas deste mercado.

A companhia irá atender em Três Lagoas (MS), um dos principais polos florestais do País na atualidade, com construção e manutenção de vias e estradas florestais e todo apoio referente a esse serviço, como construção de pontes, bueiros, ‘mata-burros’ etc. A Armac já é presença importante no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com quatro estruturas de manutenção nestes dois estados, que apoiam e dão suporte logístico para todas as operações nas regiões que estão no entorno. Além disso, a empresa tem o maior complexo de manutenção da América Latina, no interior paulista, com mais de 300 mil m².

“Operações na região de Três Lagoas são importantes para todo o setor florestal brasileiro. O mercado reúne boa parte das empresas do segmento em um raio de cerca de 300 km desta área”, afirma Bruno Damazo, gerente sênior da Unidade de Negócios Florestais da Armac. Engenheiro florestal formado pela USP, tem mais 15 anos de experiência no setor e assumiu a cadeira na empresa há seis meses.

Mais três estruturas da Armac no estado de São Paulo estão próximas deste núcleo, uma delas em Araçatuba, distante apenas 170 km de Três Lagoas. “É fundamental um suporte de manutenção próximo, para atender com agilidade e eficiência e manter os equipamentos rodando para garantir alta produtividade às operações florestais”, analisa Damazo.

Experiência em serviços especializados e portfólio multimarcas

A entrada em um mercado importante logo no início do ano faz parte da estratégia de uma empresa com um portfólio de soluções para diversas fases importantes das operações florestais. Com especialistas nas equipes comerciais e operacionais (mecânicos, operadores e encarregados), a companhia oferece ao segmento os serviços de abertura e manutenção de vias e estradas, movimentação de eucalipto, toras de madeira e cavaco (biomassa proveniente dos resíduos de madeira), preparo de solo, carregamento e descarregamento de caminhões e combate a incêndios florestais.

Com mais de três anos de experiência em importantes operações florestais no Brasil, como em Guaíba e Pinheiro Machado, ambas no Rio Grande do Sul, a Armac fechou 2024 atuando em 13 grandes projetos do setor, espalhados por cinco estados, mobilizando mais de 100 equipamentos e 125 colaboradores. O mercado está em expansão no Brasil: só no ano passado, foram plantadas mais de 10,2 milhões de hectares de florestas em todo o País, segundo o relatório da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores).

“Estamos prontos para atender um setor que se mostra cada vez mais importante para a economia brasileira. Temos expertise para trabalhar com excelência e segurança em todo o mercado florestal, com serviços essenciais para o bom funcionamento das operações. Trabalhar em APPs (áreas de preservação permanente) exige conhecimento técnico e uma frota de equipamentos em excelentes condições e com a manutenção em dia”, salienta Damazo.

A companhia coloca à disposição do segmento a maior frota de equipamentos multimarcas do Brasil, com mais de 11,2 mil ativos em Linha Amarela (escavadeiras, retroescavadeiras, pás-carregadeiras, rolos compactadores, motoniveladoras, tratores de esteira, linha de compactos, entre outros) e os principais implementos para operações florestais, além de caminhões e empilhadeiras. A frota de caminhões conta com basculantes, de 14, 16 e 20m³, caminhões-pipas de 20 mil litros, modelos muncks, de 25, 33 e 45 toneladas, e comboios, de 6 e 10 mil litros. 

Sobre a Armac

Fundada há 30 anos, a Armac é referência na prestação de serviços especializados e complexos e na locação de equipamentos. Com mais de 11,2 mil ativos de Linha Amarela, caminhões, empilhadeiras e plataformas elevatórias, apoia setores estratégicos da economia brasileira, em operações de mineração, siderurgia, portos e terminais ferroviários, fertilizantes, florestais, agroindústria, indústria, infraestrutura e construção. 

A empresa se destaca pela excelência operacional, eficiência em produtividade e compromisso com a segurança. Conta com uma equipe de mais de 6 mil colaboradores, entre eles mais de mil mecânicos e 2,8 mil operadores e motoristas. Com cerca de 200 operações de longo prazo em todo o Brasil, movimenta anualmente mais de 140 milhões de toneladas de materiais, entre minérios, fertilizantes, biomassa, açúcar, sal, grãos, enxofre, metais, madeira, produtos industrializados, alimentos, bebidas, peças automotivas, entre outros.

Com um complexo de manutenção de 300 mil m² em Vargem Grande Paulista (SP), o maior da América Latina, e um estoque de R$ 65 milhões em peças e componentes, é referência em serviços de manutenção, com 30 estruturas próprias em todo País, entre oficinas, filiais e apoio logístico. Além disso, a companhia possui lojas de seminovos Cotia (SP), Betim (MG), Rondonópolis (MT), Feira de Santana (BA) e, em breve, São José dos Pinhais (PR), além de outras unidades que serão abertas ao longo de 2025.

Listada no Novo Mercado da B3, a companhia adota as melhores práticas de governança corporativa e continua expandindo suas operações para apoiar as pessoas que constroem o Brasil.

Saiba mais na página de notícias: www.armac.com.br/noticias

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Silvicultura sustentável: inovações tecnológicas melhoram a eficiência e sustentabilidade no setor

Produtos que aprimoram a retenção de água e favorecem o desenvolvimento das mudas florestais têm transformado as práticas no manejo de florestas plantadas

A silvicultura, que se dedica ao manejo e cultivo de florestas plantadas, é essencial não apenas para a economia, mas também para a preservação ambiental. Ela é responsável pela produção de matérias-primas imprescindíveis, como papel, celulose e madeira, além de ser um setor em expansão, com inovações como bioplásticos e alternativas aos derivados do petróleo. As florestas desempenham ainda um papel crucial na captura de carbono, na redução das emissões de gases de efeito estufa e na preservação da biodiversidade.

O Brasil se destaca mundialmente pela produtividade florestal, resultado de um conjunto de fatores como o clima favorável, as práticas de manejo eficientes e os investimentos em novas tecnologias que visam aumentar a eficiência do cultivo e a responsabilidade ambiental, especialmente no uso de recursos hídricos.

A retenção de água no solo é um dos principais fatores que influenciam o desenvolvimento saudável das mudas, sobretudo em solos degradados ou com baixa capacidade de retenção. Para atender a essa necessidade, novas metodologias vêm sendo empregadas, como os produtos que estabilizam o solo e evitam a lixiviação de nutrientes, contribuindo para a melhoria do manejo florestal.

O HB10 PLUS, produto exclusivo da Hydroplan-EB, é um exemplo de inovação que se destaca nesse contexto. Trata-se de um gel agrícola único no mercado, que não só potencializa a retenção de água no solo, como também otimiza o uso de fertilizantes essenciais para o desenvolvimento das árvores. Sua fórmula enriquecida com aminoácidos e alto conteúdo nutricional favorece o crescimento do sistema radicular e diminui o estresse hídrico nas plantas.

Diferente dos polímeros tradicionais, que atuam apenas na retenção de água, o HB10 PLUS também oferece nutrição, fortalecendo as mudas de forma mais equilibrada. “Com a utilização do produto, é possível reduzir significativamente o consumo de água e aumentar a produtividade nas áreas de plantio. É uma solução prática e sustentável para os desafios da silvicultura, especialmente em solos arenosos ou inclinados”, afirma João Quirino, Coordenador Técnico de Silvicultura e gel agrícola da Hydroplan-EB.

Os benefícios de seu uso incluem a redução de até 50% no consumo de água na irrigação, a manutenção da estrutura do solo e a melhoria na absorção de nutrientes pelas mudas, promovendo um manejo florestal mais sustentável. Ao contrário das soluções convencionais, tecnologias como o HB10 PLUS não apenas promovem o desenvolvimento das mudas de forma mais eficiente, mas também reduzem os custos operacionais e o impacto ambiental do setor, alinhando-se às práticas de sustentabilidade e ESG (Environmental, Social and Governance).

Informações: Portal do Agronegócio.

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Suzano bate recorde de vendas em 2024 com expansão no Brasil e aquisições nos EUA

Empresa registra alta de 7% no volume comercializado e reforça presença global

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global em bioprodutos de eucalipto, anunciou um desempenho histórico em 2024. Com a comercialização de 12,3 milhões de toneladas de celulose e papéis, a empresa registrou um crescimento de 7% em relação a 2023. O resultado foi impulsionado pelo início das operações da nova unidade em Ribas do Rio Pardo (MS) e pela aquisição de fábricas de papelcartão nos Estados Unidos.

O aumento nas vendas e um câmbio favorável às exportações elevaram a receita líquida da companhia para R$ 47,4 bilhões, um avanço de 19% sobre o ano anterior. O EBITDA ajustado também apresentou crescimento expressivo, subindo 31% e alcançando R$ 23,8 bilhões, enquanto a geração de caixa operacional teve alta de 40%, atingindo R$ 16,2 bilhões. O resultado líquido, porém, ficou negativo em R$ 6,7 bilhões, devido ao impacto contábil da variação cambial sobre a dívida e operações de hedge, sem efeitos imediatos no caixa.

Investimentos e Redução de Custos

Ao longo de 2024, a Suzano investiu R$ 17,1 bilhões, sendo R$ 4,5 bilhões destinados à nova fábrica de celulose, que se tornou a maior linha única de produção do mundo. A unidade entrou em operação em julho e estabilizou sua produção em tempo recorde, em menos de seis meses. Além disso, a nova planta contribuiu para a redução do custo caixa de produção de celulose, que caiu 6% em relação a 2023, atingindo R$ 828 por tonelada.

“Concluímos com êxito a construção do Projeto Cerrado e avançamos em nossa estratégia global com a aquisição de ativos nos Estados Unidos e participação na austríaca Lenzing, do setor de têxteis. Apesar desses investimentos, encerramos 2024 com um nível de alavancagem financeira menor do que o do ano anterior, o que demonstra nossa disciplina na alocação de capital e a robustez financeira da companhia”, afirmou o presidente da Suzano, Beto Abreu.

Em dólares, a relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado recuou de 3,1 vezes em dezembro de 2023 para 2,9 vezes ao final de 2024, alinhando-se à política de alavancagem da empresa. No período, a Suzano também manteve um forte plano de investimentos, além de destinar R$ 2,8 bilhões para recompra de ações e R$ 1,5 bilhão para distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas.

Compromisso com Sustentabilidade e Educação

Em 2024, ano em que celebrou seu centenário, a Suzano atingiu a marca de 56 mil colaboradores diretos e indiretos e lançou um compromisso de investir até US$ 100 milhões em uma década em pesquisa, educação e geração de conhecimento voltados à sustentabilidade. A iniciativa ocorre em parceria com instituições renomadas, como a Universidade de Cambridge e a organização não-governamental IUCN.

O objetivo é impulsionar esforços globais na proteção e restauração da natureza, por meio da formação de especialistas em sustentabilidade, além de acelerar pesquisas em conservação ambiental, mudanças climáticas e gestão de recursos hídricos.

Informações: Portal do Agronegócio.

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Suzano fecha 2024 com mais de 1,2 mil contratações em Três Lagoas (MS) e região

No ano passado, a companhia intensificou a iniciativa Você na Suzano, com o objetivo de tornar os processos seletivos mais acessíveis à comunidade por meio de mutirões realizados em bairros da cidade

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, fechou 2024 com mais de 1,2 mil contratações para atender as operações florestais e industriais da Unidade Três Lagoas (MS). Ao longo do ano, foram realizadas 1.079 contratações no setor florestal e preenchidas 140 vagas na indústria em Três Lagoas e municípios da região para atender às operações da unidade.

De acordo com Mônica Catânia, gerente de Gente e Gestão da companhia, as novas contratações refletem o cenário econômico de Mato Grosso do Sul, principalmente a região Leste, e a maturidade alcançada pela unidade de Três Lagoas. “Mato Grosso do Sul, especificamente a região leste, vive um novo momento de aquecimento do mercado de trabalho, do qual nós da Suzano temos muito orgulho de fazer parte. Fomos uma das primeiras empresas a apostar no potencial do Estado e seguimos gerando centenas de vagas, reforçando o nosso compromisso com a valorização da mão de obra local, desenvolvimento sustentável da região e promoção da equidade de oportunidades”, destaca.

Cerca de 400 vagas foram ocupadas por mulheres, o que representa 33% das contratações realizadas no ano passado. Atualmente, a Unidade de Três Lagoas mantém cerca de 6 mil postos de trabalho diretos, entre próprios e terceiros. Considerando somente o total de colaboradores(as) próprios(as), 61,9% dos postos de trabalho são ocupados por pessoas negras. A unidade emprega também 145 pessoas com deficiência nas operações industriais e florestais. Somente no ano passado, foram contratadas 60 pessoas com deficiência para atuarem em todas as áreas da empresa, com destaque para as atividades de Silvicultura, Viveiro de Transição e Logística Florestal.

“Está nos compromissos de Renovar a Vida da companhia tornar as operações mais diversas. Para isso, todas as nossas ações de atração de novos talentos são traçadas visando promover cada vez mais a igualdade e equidade de oportunidades, o que inclui iniciativas visando promover a formação e qualificação profissional da comunidade local para o mercado de trabalho. Dentre elas, podemos destacar o Programa Escola de Motoristas, Programa Cultivar e o Somar PCD e Mulheres, que visam ofertar a profissionalização da mão de obra local e, consequentemente, promover o desenvolvimento sustentável da região”, acrescenta Mônica.

Somente por meio do Programa Cultivar de qualificação profissional foram três turmas abertas em 2024, uma delas ainda em andamento, nos municípios de Itapura (SP), Bataguassu, Brasilândia e Três Lagoas, totalizando 65 pessoas capacitadas para o mercado de trabalho. Em uma das formações, para Operador(a) de Máquinas, das 45 pessoas formadas, 37 foram contratadas pela Suzano após o término do curso.

Já por meio do Projeto Escola de Motoristas Profissionais, em parceria com o SEST/SENAT, foram 32 motoristas qualificados(as) para o mercado de trabalho de logística florestal no ano passado e a terceira turma, com 24 pessoas, deve ser iniciada no próximo mês.

Você na Suzano

Para tornar o processo mais inclusivo e acessível, a Suzano ampliou a iniciativa Você na Suzano no ano passado, levando oportunidades de emprego aos bairros de Três Lagoas, com atendimento presencial e cadastramento de interessados. Nas duas últimas edições do mutirão, realizadas nos bairros Vila Verde e Paranapungá, foram atendidas 264 pessoas.

Entre elas, estava José Eduardo Alves de Melo, 30 anos. O profissional conta que estava desempregado há cerca de três meses quando soube, por meio de um anúncio em um carro de som, que teria a ação Você na Suzano no seu bairro e achou que seria uma boa oportunidade de conseguir a recolocação no mercado de trabalho. Hoje, ele trabalha na Suzano como Mecânico I. “Eu já tinha experiência na área de manutenção. Fiquei muito feliz que deu tudo certo. Já estou trabalhando na Suzano desde a segunda quinzena de dezembro e estou muito animado. A Suzano valoriza os funcionários e proporciona oportunidades de crescimento. Por isso, quero mostrar resultados e fazer uma carreira dentro da empresa”, destaca.

Para José Eduardo, ações como o Você na Suzano são extremamente importantes para aproximar a empresa da comunidade e garantir maior participação da população nos processos seletivos. “A ação é importante porque, por meio dela, até quem não tem acesso à internet fica sabendo e pode participar da seleção”, destaca. A iniciativa deve ser retomada em 2025, com previsão de passar pelos bairros Vila Haro/Vila Guanabara e Vila Santa Rita/Parque São Carlos/Nossa Senhora Aparecida. As datas e locais ainda estão em definição e deverão ser anunciadas pela companhia em momento oportuno.  

Plataforma de Oportunidades

Enquanto isso, as pessoas interessadas em trabalhar na empresa podem conferir as vagas abertas ou se cadastrarem no banco de talentos da unidade por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (Trabalhe Conosco (suzano.com.br). A página divulga vagas disponíveis em Mato Grosso do Sul e outras regiões do país, permitindo aos interessados filtrar por área de atuação, unidade ou localidade desejada.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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ASBR debate sobre controle e combate de nova vespa do pinus

Representando a Associação Sul Brasileira de Empresas Florestais (ASBR), o diretor-executivo da ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais), Mauro Murara Jr. esteve em Brasília na quarta-feira (12) para uma reunião sobre fitossanidade em florestas plantadas. Compõem a ASBR, as três associações florestais da Região Sul do Brasil: Ageflor (RS), ACR (SC) e APRE (PR).

Na foto estão, da esquerda para a direita: Diego Camelo (Ibá), Tiago Rodrigo Lohmann (Mapa), Mariane, Camargo (Ibá), Claudini Deboni (Mapa) e Mauro Murara Jr (ABSR/ACR).

No fim de 2023, uma nova espécie de vespa, da família de insetos denominada “Siricidae”, a mesma da Vespa da Madeira (Sirex noctilio), foi registrada pela primeira vez no País por uma equipe de pesquisadores do Departamento de Proteção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp.

Até agora só foram feitos registros desta nova vespa, denominada Sirex obesus, em plantios de pinus tropicais, no interior de São Paulo. Os indícios de infestação são bem parecidos com os da Vespa da Madeira: respingos de resina no tronco, que indicam a postura de ovos; e orifícios circulares, típicos da emergência de insetos adultos.

Originária do sul dos Estados Unidos e do México, esta espécie ainda não possui um inimigo natural no Brasil, como é o caso da Sirex noctilio (Vespa da Madeira) cujo controle biológico é feito com sucesso por meio de nematoides.

Na reunião com representantes do Ministério da Agricultura (Mapa), e da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), foram discutidas as possibilidades de combate à esta nova praga. “Estivemos com uma equipe do departamento quarentenário do Mapa, e do GT de Defesa Fitossanitária da Ibá, para a avaliação sobre possibilidades de introdução de inimigos naturais para a Sirex obesus no Brasil. A ideia é que a Embrapa Florestas possa desenvolver pesquisas para encontrar uma solução, assim como aconteceu com a Vespa da Madeira e o Nematec, no passado. Para isto, temos o Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais – FUNCEMA”, explicou o diretor-executivo da ACR, Mauro Murara Jr.

Imagem destaque: divulgação.

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International Paper anuncia fechamento de instalações nos EUA

International Paper fechará quatro unidades nos EUA até abril de 2025, reduzindo em 800 mil toneladas sua capacidade anual

A International Paper (NYSE: IP; LSE: IPC) anunciou na quinta-feira, 13 de fevereiro, o fechamento permanente da fábrica de papel Red River da empresa em Campti, Louisiana, da planta de reciclagem em Phoenix, Arizona, da planta de caixas em Hazleton, Pensilvânia, e da unidade de alimentação de folhas em St. Louis, Missouri. Todas as instalações encerrarão as operações até o final de abril de 2025. O fechamento da fábrica Red River deve reduzir a capacidade de containerboard da empresa em aproximadamente 800.000 toneladas em uma base anualizada. 

No total, 495 funcionários horistas e 179 funcionários assalariados serão afetados. A empresa trabalhará para minimizar o impacto sobre os funcionários usando rotatividade, aposentadorias e vagas atuais em outros locais da International Paper. Os membros da equipe nesses locais receberão assistência de recolocação, acesso a recursos de suporte à saúde mental e, quando possível, benefícios de rescisão.

“A decisão de fechar qualquer instalação é difícil por causa do impacto sobre os membros da nossa equipe, suas famílias e as comunidades vizinhas”, disse Tom Hamic, vice-presidente executivo e presidente da North American Packaging Solutions da International Paper. “Agradecemos muito as contribuições dos membros da nossa equipe que estão saindo e faremos tudo o que pudermos para apoiá-los.”

A International Paper está passando por uma jornada transformacional para se tornar uma empresa de soluções de embalagens sustentáveis ​​mais forte. Um passo crítico nessa jornada é otimizar a pegada da IP para concentrar os investimentos em instalações que atenderão melhor os clientes e acelerar as iniciativas estratégicas para melhorar a qualidade, a confiabilidade e a entrega de serviços.

Declarações prospectivas

“Este comunicado à imprensa contém declarações prospectivas dentro do significado do Private Securities Litigation Reform Act de 1995, conforme alterado. Essas declarações prospectivas refletem as visões atuais da administração e estão sujeitas a riscos e incertezas que podem fazer com que os resultados reais e o momento dos eventos sejam materialmente diferentes daqueles expressos ou implícitos nessas declarações prospectivas. Esses riscos e incertezas incluem os riscos de que não seremos capazes de realizar os benefícios previstos do nosso fechamento da fábrica de papelão para contêineres de Campti, Louisiana , e outras instalações. Essas declarações prospectivas também estão sujeitas aos riscos e incertezas contidos no Relatório Anual da Empresa no Formulário 10-K para o ano fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2023 , arquivado na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (“SEC”) em 16 de fevereiro de 2024 , e relatórios subsequentes arquivados na SEC. Além disso, outros riscos e incertezas não conhecidos atualmente pela Empresa ou que atualmente acreditamos serem imateriais podem afetar a precisão de quaisquer declarações prospectivas. A Empresa não assume nenhuma obrigação de atualizar publicamente quaisquer declarações prospectivas contidas neste comunicado à imprensa, seja como resultado de novas informações, eventos futuros ou mudanças nas expectativas.”

Sobre a International Paper A

International Paper (NYSE: IP; LSE: IPC) é líder global em soluções de embalagens sustentáveis. Com sede em Memphis, Tennessee, EUA, e sede na EMEA (Europa, Oriente Médio e África) em Londres, Reino Unido, empregamos mais de 65.000 membros de equipe e atendemos clientes em todo o mundo com operações em mais de 30 países. Junto com nossos clientes, tornamos o mundo mais seguro e produtivo, uma solução de embalagem sustentável por vez. As vendas líquidas em 2024 foram de US$ 18,6 bilhões. Em 2025, a International Paper adquiriu a DS Smith, criando uma líder do setor focada nas atraentes e crescentes regiões da América do Norte e EMEA. Mais informações em www.internationalpaper.com.

Informações: PR Newswire.

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Nova planta da CMPC pode gerar cerca de 12 mil vagas de empregos em Barra do Ribeiro (RS)

Secretário Gilmar Sossella detalhou alinhamento estratégico firmado entre a empresa e o Estado

Na manhã desta última terça-feira (11), o secretário estadual do Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella, destacou em entrevista a importância do alinhamento estratégico para a geração de empregos na região da Costa Doce, impulsionado pela instalação da nova planta industrial de produção de celulose da multinacional CMPC em Barra do Ribeiro. Este projeto, que representa o maior investimento privado na história do Rio Grande do Sul, promete gerar cerca de 12 mil vagas de emprego diretas durante a construção da nova unidade.

A CMPC, uma das líderes no setor de celulose, está ampliando suas operações com um investimento que pode chegar a R$ 25 bilhões. Para a construção da nova fábrica, estima-se que será necessário mobilizar entre 25 mil a 30 mil trabalhadores, o que demonstra a proporção do projeto e a necessidade de uma preparação adequada para novas vagas de emprego. Sossella enfatizou que a qualificação da população é fundamental, e que a Secretaria do Trabalho, em parceria com a CMPC, já está organizando um plano para capacitar os trabalhadores que virão de 75 municípios da região.

Além das 12 mil vagas de emprego diretas, o projeto também deverá criar cerca de 4 mil empregos indiretos, abrangendo diversas áreas de atuação, desde a construção civil até serviços de manutenção e logística. A expectativa é de que a nova planta produza 2,5 milhões de toneladas de celulose anualmente, sendo escoada pela Lagoa dos Patos até o Porto.

O secretário ressaltou que a estratégia não se limita apenas à construção da fábrica, mas também à criação de um ecossistema de fornecedores e prestadores de serviços que acompanharão o crescimento da indústria. Isso inclui desde fornecedores de insumos até empresas de transporte e manutenção.

Para garantir que a mão de obra local seja priorizada, Sossella destacou a importância de um “mutirão” para mobilizar e qualificar os trabalhadores da região. O programa “RS Qualificação”, que está sendo implementado, visa oferecer cursos em diversas áreas, como mecânica, eletricidade e construção civil, para preparar a população para as novas vagas de emprego.

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Oportunidades e desafios do crédito de carbono no agronegócio brasileiro

O mercado de crédito de carbono no Brasil cresce com potencial global. O agronegócio e tecnologias como blockchain impulsionam a geração de créditos, mas desafios como regularização fundiária e padronização ainda precisam ser superados

O mercado de crédito de carbono está em forte expansão no Brasil, com destaque para o agronegócio, setor que reúne grande potencial de mitigação de emissões. Estudos indicam que o país pode atender até 37,5% da demanda global, consolidando-se como um dos principais atores desse mercado. A adoção de práticas sustentáveis não apenas reduz impactos ambientais, mas também gera novas oportunidades econômicas para os produtores rurais.

Expansão e Potencial do Brasil

Os projetos brasileiros voltados para créditos de carbono incluem iniciativas como reflorestamento, manejo sustentável e integração lavoura-pecuária-floresta. Segundo o Banco Mundial, o mercado global de créditos de carbono ultrapassou US$ 850 bilhões em 2023 e deve crescer 15% ao ano até 2030. O Brasil, com vasta cobertura florestal e diversidade de biomas, está bem posicionado para capturar uma fatia significativa desse crescimento.

No entanto, desafios como regularização fundiária e padronização metodológica ainda dificultam o avanço pleno do setor. Sem uma regulamentação clara, produtores e investidores enfrentam insegurança jurídica e operacional.

Regulamentação e Segurança Jurídica

O governo brasileiro busca estruturar o setor por meio do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões, que alinha o país a mercados regulados internacionais, como o da União Europeia. Empresas que emitem mais de 25 mil toneladas de CO₂ equivalente por ano precisarão cumprir metas de compensação, gerando uma demanda interna expressiva por créditos de carbono.

Um estudo do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPAM) aponta que o Brasil pode gerar mais de 1 bilhão de toneladas de créditos de carbono até 2030, com protagonismo do agronegócio. A regulação garante maior previsibilidade para investidores e produtores, favorecendo a participação de novos agentes no setor.

Inovação: Blockchain e Tokenização de Créditos de Carbono

A incorporação de tecnologias emergentes, como blockchain, vem revolucionando o mercado de créditos de carbono. A tokenização de ativos ambientais permite digitalizar e fragmentar créditos em tokens negociáveis, facilitando operações e conferindo maior transparência às transações.

Com essa Tecnologia, os créditos de carbono podem conter dados detalhados sobre origem, geolocalização e certificação, permitindo que produtores rurais acessem o mercado de forma simplificada. Além disso, a tokenização reduz fraudes e amplia a rastreabilidade dos ativos ambientais.

Impacto da Regularização Fundiária

A segurança jurídica dos projetos passa diretamente pela regularização fundiária. Somente propriedades com documentação regularizada podem ser incluídas em iniciativas de crédito de carbono, garantindo a integridade e a transparência do processo.

Com o uso de contratos inteligentes, a tokenização pode assegurar que apenas áreas legalmente regularizadas sejam utilizadas, minimizando riscos administrativos e litigiosos.

Sustentabilidade Contratual e Projetos de Longo Prazo

O crédito de carbono exige contratos de longa duração, muitas vezes superiores a 30 anos. A adoção da blockchain pode simplificar essa gestão, permitindo a automação de cláusulas contratuais e reduzindo litígios. Essa inovação dá maior segurança aos proprietários rurais e investidores, tornando o mercado mais acessível e confiável.

A tecnologia também facilita a inserção do Brasil no comércio internacional de créditos de carbono, permitindo negociações mais ágeis e transparentes. Empresas brasileiras já começam a adotar soluções digitais para atrair investimentos e fortalecer a governança ambiental.

Oportunidades para Pequenos Produtores

A expansão do mercado de crédito de carbono também representa uma nova fonte de renda para pequenos e médios produtores. Estudos apontam que a comercialização de créditos pode representar até 20% do faturamento anual de propriedades rurais, principalmente em regiões como o Cerrado e o Pantanal, onde a preservação dos biomas é essencial.

Esse incentivo financeiro pode ser decisivo para que produtores adotem práticas mais sustentáveis, promovendo ganhos ambientais e econômicos simultaneamente.

Perspectivas para o Mercado Brasileiro

Para que o Brasil consolide sua posição como líder global no mercado de crédito de carbono, alguns desafios precisam ser superados. Regularização fundiária, padronização de metodologias e incentivos fiscais são medidas essenciais para viabilizar a participação de mais produtores e empresas nesse setor.

Além disso, é fundamental garantir que projetos desenvolvidos em diferentes biomas, como Amazônia, Cerrado e Caatinga, sejam reconhecidos e valorizados conforme suas especificidades ambientais.

Com planejamento estratégico e colaboração entre governos, setor privado e instituições internacionais, o Brasil tem potencial para se tornar um dos maiores fornecedores globais de créditos de carbono, contribuindo diretamente para o combate às mudanças climáticas e para o desenvolvimento sustentável.

Informações: Capital Econômico.

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