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Oportunidade: MS Florestal promove mutirão para captação de currículos em Itapura (SP)

Evento ocorre no próximo sábado, dia 15, no Centro de Juventude do município

Mato Grosso do Sul, 10 de março de 2025 – A MS Florestal, empresa genuinamente sul-mato-grossense na área especializada de florestas plantadas, fará uma ação de recrutamento e seleção, no dia 15 de março, sábado, em Itapura (SP) para captação de currículos nos cargos de auxiliar serviço de campo, motoristas, operadores, técnicos de operações e supervisores.

O mutirão acontece no Centro da Juventude, localizado na Rua Getúlio Vargas, das 9h até às 13h, horário local. A oportunidade é para trabalhar em Bataguassu (MS) na operação de plantio e irrigação, dentro do padrão de qualidade e segurança da companhia.

Os benefícios para quem trabalha na empresa são os seguintes: plano de saúde, plano odontológico, wellhub, auxílio farmácia, seguro de vida, transporte fretado, vale alimentação, refeição fornecida pela empresa.

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Para mais informações, acesse: www.msflorestal.com

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Eldorado Brasil está com mais de 50 vagas de emprego abertas para ajudante florestal em Selvíria e Inocência (MS)

Os interessados podem participar das entrevistas a partir desta terça-feira (11)

A Eldorado Brasil Celulose está com mais de 50 vagas de emprego abertas para a função de ajudante florestal nas cidades de Selvíria e Inocência, na região leste de Mato Grosso do Sul. Durante os dias 11, 12, 13 e 14 de março será realizada uma série de entrevistas com os interessados em ocupar os cargos. A agenda começa nesta terça-feira, em Inocência, a partir das 8 horas, no escritório de silvicultura da Eldorado. Na quarta-feira, dia 12 de março, as entrevistas serão em Castilho – SP, a partir das 8h (horário local), na quinta-feira, dia 13 de março, às 9 horas, a equipe de Recursos Humanos estará em Selvíria, e na sexta-feira, dia 14, às 8 horas, em Três Lagoas, no Senai.

Para concorrer a uma das vagas é necessário levar documentos pessoais, carteira de vacinação e currículo.

Importante: a seleção em Três Lagoas será para atuação em Inocência e os candidatos aprovados terão transporte diariamente.

Vaga

Ajudante florestal: responsável em executar trabalhos na área florestal desde o início do processo de formação de florestas, tais como: plantio, irrigação, replantio, combate a formigas, aplicação de herbicida, adubação, roçada, capina, manejo de mudas, dentre outras.

Requisitos: Ensino fundamental incompleto, vivência em atividades de campo e disponibilidade para alojar.

Locais de seleção:

Inocência – MS Dia: 11 de março – quarta-feira
Local: escritório de silvicultura da Eldorado
Endereço: Avenida Três Lagoas, 536B
Horário: 8h

Castilho – SP
Dia: 12 de março – quarta-feira
Local: Secretaria da Agricultura
Endereço: Anel Viário Sebastião Antônio da Silca, 50, Bairro Alvorada
Horário: 8h (horário local)

Selvíria- MS
Dia: 13 de março – quinta-feira
Local: escritório de Silvicultura da Eldorado em Selvíria
Rua Vereador José Antônio Trindade, 1570
Horário: 9h

Três Lagoas – MS
Dia: 14 de março – sexta-feira Local: Senai
R. José Amílcar Congro Bastos, 1313 – Vila Nova
Horário: 8h

A Eldorado Brasil

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhão de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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Créditos de carbono sem dono: o impasse da titularidade da terra

*Artigo de Luiz Ugeda.

Não adianta se preocupar com as peças do xadrez se não se conhece as regras do tabuleiro. No mercado de créditos de carbono, avanços tecnológicos permitem medir a captura de CO₂ com alta precisão, mas essa sofisticação de nada vale se não há clareza sobre a titularidade das terras onde as florestas estão localizadas. Sem uma base jurídica sólida, qualquer tentativa de comercialização desses créditos se torna um risco.

O mercado de créditos de carbono tem sido impulsionado por avanços tecnológicos que buscam medir com precisão a captura de CO₂ pelas florestas. Sensores ultrassensíveis, inteligência artificial e modelagem molecular são algumas das técnicas utilizadas para quantificar o estoque de carbono em cada árvore. No entanto, há um problema que nenhuma dessas inovações consegue resolver: a indefinição sobre a titularidade da terra onde essas árvores estão plantadas.

O direito de vender créditos de carbono não se resume à comprovação da captura de CO₂. É imprescindível que haja clareza sobre quem detém a propriedade da área florestal, já que, sem essa definição, não há segurança jurídica para as transações. Empresas e fundos interessados em adquirir esses ativos ambientais enfrentam riscos elevados quando a posse do território é incerta ou contestada.

A questão fundiária é particularmente complexa em países onde a governança da terra apresenta fragilidades. Em muitas regiões da Amazônia, por exemplo, há sobreposição de títulos, registros imprecisos e ocupações informais. Isso significa que, mesmo que uma floresta seja rigorosamente monitorada em termos de captura de carbono, o crédito correspondente pode estar vinculado a uma propriedade cuja titularidade não é incontroversa.

Além da insegurança jurídica, a ausência de definição clara sobre a propriedade da terra pode gerar conflitos socioambientais. Comunidades indígenas e populações tradicionais frequentemente reivindicam direitos sobre territórios utilizados para a venda de créditos de carbono por empresas privadas. Sem um marco regulatório sólido, esses conflitos podem se agravar, colocando em risco a viabilidade de projetos de conservação.

Organismos internacionais e investidores exigem garantias antes de ingressar no mercado de carbono. Um dos critérios fundamentais para a certificação de projetos de carbono florestal é a comprovação de que a terra tem um titular legítimo e que este possui o direito de explorar economicamente o sequestro de carbono. A falta dessa comprovação inviabiliza negócios e afugenta potenciais compradores.

O problema não se restringe a países em desenvolvimento. Nos Estados Unidos, por exemplo, disputas sobre direitos de uso da terra e sobre propriedade de árvores plantadas em áreas privadas têm gerado litígios envolvendo créditos de carbono. Em alguns casos, há divergências sobre se o proprietário da terra é o único detentor dos direitos sobre o carbono sequestrado pelas árvores ou se arrendatários e concessionários podem reivindicar participação.

Para que o mercado de carbono avance, é necessário investir tanto na regularização fundiária quanto na criação de mecanismos claros de reconhecimento da titularidade dos créditos. Empresas brasileiras, como a Infotech JusMapp, têm se dedicado exclusivamente a lidar com esse caos fundiário, desenvolvendo soluções tecnológicas para garantir segurança jurídica ao mercado de carbono. Sem essa base jurídica, qualquer medição científica de CO₂ armazenado se torna irrelevante para fins comerciais.

A digitalização dos registros de terras e a interoperabilidade entre diferentes bases de dados podem contribuir para reduzir a incerteza. No entanto, esses esforços devem ser acompanhados por reformas legais que garantam que os títulos emitidos tenham validade incontestável. A ausência de políticas eficazes nessa área pode fazer com que mercados emergentes de carbono fracassem antes mesmo de se consolidarem.

O paradoxo atual é que há tecnologia para medir a captura de carbono no nível molecular, mas questões básicas sobre quem tem direito a vender os créditos correspondentes seguem sem solução. Isso cria um ambiente de negócios arriscado e reduz a credibilidade do próprio mercado de carbono como instrumento de mitigação climática.

A ausência de clareza fundiária também abre brechas para fraudes e especulação. Há casos de áreas desmatadas que, anos depois, são reflorestadas artificialmente e utilizadas para gerar créditos de carbono sem que haja comprovação de que os novos plantios representam um adicional real na captura de CO₂. Sem uma governança transparente, o mercado se torna vulnerável a abusos.

Governos, reguladores e investidores precisam compreender que o sucesso dos mercados de carbono não depende apenas de avanços tecnológicos, mas também da capacidade de garantir que as transações tenham segurança jurídica. A regulamentação clara da propriedade da terra é um requisito tão relevante quanto a precisão na medição da captura de carbono.

Enquanto essa questão permanecer sem solução, iniciativas sofisticadas de monitoramento de carbono continuarão fracassando na prática. Nenhum modelo científico ou sensor de última geração pode compensar a falta de regras claras sobre a titularidade da terra. Sem essa base jurídica, o mercado de carbono seguirá sendo uma promessa frustrada, incapaz de cumprir seu papel na transição para uma economia de baixo carbono.


*Luiz Ugeda é Advogado e Geógrafo. Pós-doutor em Direito (Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG) e doutor em Geografia (Universidade de Brasília, UnB). Doutorando em Direito (Universidade de Coimbra, FDUC). Ocupou funções de gestão em diversas empresas, associações e órgãos públicos do setor elétrico, do aeroportuário e de concessões de rodovias. É fundador de startups de dados para setores regulados. Autor da obra “Direito Administrativo Geográfico”.

Origem da publicação: https://geocracia.com/creditos-de-carbono-sem-dono-o-impasse-da-titularidade-da-terra/

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Engenharia florestal: a ciência por trás do manejo de florestas nativas

*Artigo de Cícero Ramos.

Há mais de 300 anos, o saxão Hans Carl von Carlowitz defendeu o uso sustentável das florestas, argumentando que o consumo de madeira deve respeitar os limites de produção e regeneração das áreas florestais. Em outras palavras, não se deve derrubar o estoque de árvores maduras da floresta até que se observe que há crescimento suficiente no local. Carlowitz baseia seus argumentos no interesse do “bem comum”, da comunidade e da “querida posteridade”, ou seja, das gerações futuras, apresentando uma ideia claramente definida de sustentabilidade.

As florestas e biomas exigem a capacidade exata da visão do presente e do futuro em todas as ações que nelas efetua. A profissão de engenheiro florestal surgiu justamente com esse propósito: garantir que o uso dos recursos florestais seja sustentável. Afinal, a madeira e outros produtos florestais são essenciais para a humanidade, mas exigem tempo para serem produzidos. Com o crescimento populacional e a demanda crescente, é fundamental planejar atividades que sejam economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente responsáveis.

No Brasil, o curso de Engenharia Florestal foi criado há 65 anos. No entanto, é importante esclarecer alguns aspectos sobre essa profissão: será que esse curso foi uma invenção nacional? A resposta é não. O curso já existia há décadas em países como Alemanha, Suécia, França, Estados Unidos. Na América do sul, Venezuela, Colômbia, Chile e Argentina também haviam implementado cursos de Engenharia Florestal muito antes do Brasil.

Mas por que criar um curso tão específico, não teria sentido a criação da Escola Nacional de Florestas pela União e dos cursos de Engenharia Florestal por algumas Universidades, para formar o Engenheiro Florestal? outras formações não poderiam cobrir essas necessidades? A resposta está na complexidade dos ecossistemas florestais. Recursos abundantes e ecossistemas florestais diferenciados, recomposição de florestas, técnicas de regeneração e plantio, manutenção de habitas, alternativas de uso do solo, previsões de produção em floresta, produtos não madeireiros oriundos da floresta, manutenção de florestas, necessidades econômicas, dentre outras variáveis heterogenias, clamavam, como clamaram antes na Europa, por alternativas técnicas e ciências que pudessem responder de forma organizada há estas questões que variavam de ambiental a econômica. A criação da Engenharia Florestal surgiu da necessidade de formar profissionais qualificados para enfrentar os desafios do setor florestal brasileiro. Essa iniciativa não apenas fortaleceu a formação de especialistas, mas também impulsionou a adoção de práticas sustentáveis e inovadoras no manejo dos recursos florestais.

Em que pese a legislação, de forma bem intencionada, tentar simplificar as normas para o manejo de florestas naturais (esse é o tema que abordaremos aqui), e isso é compreensível, continuam subjacentes as necessidades de conhecimentos técnico-científicos para elaboração e execução dos planos de manejo.

O engenheiro florestal é um gerente dos recursos florestais, desempenhando um papel essencial na conservação e no manejo sustentável das florestas, desse modo ele precisa saber o ambiente ideal para a regeneração natural de determinada espécies, e também se algum tratamento silvicultural adicional será necessário. Precisa saber planejar e calcular a rede ideal   de estradas, pátios e trilhas de arraste visando menor dano a floresta e com menor custo aplicando conhecimentos de exploração de impacto reduzido (EIR) e precisa de conhecimento sólidos de estratificação das diferentes tipologias e sub-tipologias, e sua combinação de espécies florestais para um melhor lançamento amostral estatístico, o qual não comprometa a regeneração da floresta quando explorada.

Além disso, o engenheiro florestal precisa saber identificar a qualidade, sanidade e potencial dos fustes a serem manejados e quais devem ficar como árvores matrizes ideais. Precisa estudar a capacidade de suporte da floresta a ser manejada e qual a intensidade de exploração que deve ser utilizada de maneira a que não ponha em risco a sustentabilidade da mesma. A floresta, e dentro dela, todas a suas espécies, possuem uma “faixa de variação ótima” na sua curva de desenvolvimento e formação. Retiradas que perturbem esta faixa de variação, implicarão no “ponto de não retorno” mencionado por especialistas e seguidamente mencionado na mídia.

O engenheiro florestal precisa saber monitorar a floresta em exploração. Para isso não são suficientes a correta instalação de parcelas permanentes, mas saber calcular sua intensidade ideal, e mais que isso, interpretar seus resultados a luz das informações das fases sucessionais da floresta. Quais classes diametricas merecem abertura para luminosidade? E para qual espécie? E em que intensidade? Como está a estrutura da floresta? Os ciclos de corte estarão adequados? Quando ela estará produtiva de novo? Já pode haver uma reentrada no talhão? Como pleitear isto junto aos órgãos ambientais? Quais medidas mitigadoras devem ser utilizadas no caso de impactos imprevistos?

Atualmente, há uma grande preocupação ambiental, e muitas profissões passaram a opinar sobre o meio ambiente de acordo com suas próprias visões de mundo, muitas vezes sem uma direção clara ou base técnica sólida. No entanto, é importante destacar que já existe uma formação específica e consolidada que permite trabalhar com as florestas naturais de forma produtiva e sustentável quando necessário. Grandes cientistas do passado, como Carlowitz, Hartig, Cotta, Liocourt, Brandis, Odum, Osmaston, Whitmore, Dawkins e, mais recentemente, Natalino Silva, entre outros, já haviam refletido sobre o uso sustentável das florestas naturais. Todo esse conhecimento acumulado está organizado e disponível no curso de Engenharia Florestal, que continua sendo a base para o manejo responsável e científico dos recursos florestais.

O engenheiro florestal precisa saber identificar as áreas de ocorrência principal das espécies e diferenciar das ocasionais e identificar o risco local de determinada espécie, se esse for o caso. Ele também precisa entender de modelos matemáticos de crescimento e volume de madeira, ajustar equações hipsométricas.  Combinar variáveis dendrométricas com ambientais.

Por outro lado sabemos, que todas estas preocupações não utilizam talvez até o momento, 20 ou 30% do aporte e estoque cientifico que a Engenharia Florestal possui. Mas ela possui!!! E ela está qualificada para enfrentar os novos desafios que surgirão quando das necessidades já em discussão sobre o aperfeiçoamento do manejo florestal se tornarem mais fortes. Manejo de precisão, manejo por espécie são novos desafios! A ciência florestal não para! Embrapa, INPA, faculdades, continuam apresentando sugestões de modernização do manejo florestal. Mais e mais especialistas com sólida formação em Ciência Florestal serão necessários. Novos protocolos de manejo florestal estão sendo desenvolvidos.

A Engenharia Florestal não é apenas uma profissão — é uma ciência. Ela se baseia em diversas disciplinas, entre as quais destacam-se: Entomologia Florestal, Anatomia da Madeira, Tecnologia da Madeira, Ecologia Florestal, Experimentação Florestal, Dendrologia, Tecnologia e Produção de Sementes Florestais, Dendrometria, Melhoramento Genético Florestal, Inventário Florestal, Métodos e Tratamentos Silviculturais, Silvicultura Tropical, Economia Florestal, Colheita, Transporte e Logística Florestal, além de outras que complementam o conhecimento necessário. Todas essas áreas convergem em uma disciplina que integra e aplica esses conhecimentos de forma prática e abrangente: o Manejo de Florestas Naturais.

O manejo florestal na Amazônia está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, nos objetivos 8 (trabalho decente e crescimento econômico), 12 (consumo e produção responsáveis), 13 (ação contra a mudança global do clima), 15 (vida terrestre) e 17 (parcerias e meios de implementação). É crucial promover um entendimento mais profundo sobre o manejo florestal sustentável e da cadeia produtiva da madeira de florestas nativas, considerando aspectos socioeconômicos e ecológicos. Reforçando práticas florestais sustentáveis e a inovação baseada na ciência e engenharia florestal são essenciais para proteger as florestas, gerar renda e mitigar as mudanças climáticas, integrando o uso dos recursos florestais com estratégias de conservação ambiental.

No Brasil, a Engenharia Florestal foi responsável por introduzir o manejo florestal sustentável, antes a exploração das florestas nativas era feita de maneira empírica, sem o suporte técnico necessário. O manejo florestal sustentável é, de fato, uma das poucas atividades de uso do solo que mantém a cobertura florestal enquanto gera renda a partir da floresta em pé. Essa prática é fundamental para conciliar a produção econômica com a conservação ambiental, garantindo a sustentabilidade dos recursos naturais.

É importante deixar claro que a silvicultura envolve uma série de atividades essenciais — como a produção de sementes, mudas, preparo da área e do solo para o plantio, controle de plantas invasoras, pragas e doenças, além do plantio, replantio, adubação e calagem, sempre com o devido acompanhamento técnico —, essas práticas não devem ser confundidas com o manejo de florestas nativas.

Agora, imagine o que acontece quando profissionais sem a qualificação adequada assumem essas tarefas. Os princípios da administração pública, como legalidade e eficiência são ignorados, projetos acabm mal elaborados, sem base científica sólida, e os danos materiais e ambientais são inevitáveis. No final, quem paga o preço é a floresta — e, por consequência, todos nós.

Reduzir o ensino da ciência florestal apenas à disciplina de Silvicultura é um erro grave. A Engenharia Florestal é muito mais ampla. Permitir que profissionais sem formação completa atuem no manejo de florestas nativas é como deixar alguém operar um paciente só porque leu um manual de cirurgia. Conhecimento técnico e científico não são opcionais — são fundamentais.

Sendo a Engenharia Florestal uma ciência, é impossível assimilar todo o conhecimento acumulado acerca desta ciência com apenas uma carga horária de 60, 75 ou 90 horas. Se fosse assim, em três, quatro ou cinco anos, o ser humano poderia dominar todas as ciências da humanidade e poderia exercer todas as profissões existentes no mundo. o que é claramente inviável e impossível de se conceber.

O conhecimento técnico e científico não é uma opção, mas uma necessidade. Transferir essa responsabilidade para quem não está preparado é, no mínimo, irresponsável. A ciência florestal não é apenas uma palavra bonita — é a base que sustenta práticas seguras, eficazes e sustentáveis. E quando se trata de florestas nativas, não há espaço para atalhos.


*Cícero Ramos é engenheiro florestal e vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais-AMEF.

Origem da publicação: https://www.remade.com.br/noticias/20567/engenharia-florestal:-a-ciencia-por-tras-do-manejo-de-florestas-nativas

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Brasil sem desmatamento: documento propõe 12 ações integradas para responder à crise ambiental no país

Para a Coalizão Brasil, é necessário adotar uma abordagem inovadora e ágil para erradicar a derrubada de vegetação nativa e, ao mesmo tempo, fomentar atividades produtivas sustentáveis

A erradicação do desmatamento no Brasil até 2030 demanda uma série de medidas, como a implementação efetiva do Código Florestal, a promoção da rastreabilidade nas cadeias produtivas, o controle das queimadas e o combate ao crime organizado na Amazônia. Estas iniciativas estão entre as recomendações reunidas na publicação “Brasil sem desmatamento: 12 propostas integradas para a conservação e o desenvolvimento sustentável”, lançada nesta terça-feira (11) pela Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

O documento será entregue a diversos órgãos federais, como o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Ibama e o Serviço Florestal Brasileiro. O movimento ressalta que o Brasil se comprometeu em fóruns internacionais a zerar o desmatamento até o fim da década. O debate ganha ainda mais relevância no momento em que o país se prepara para sediar em novembro a Conferência do Clima (COP 30), em Belém (PA), e tenta se posicionar como líder na conservação dos ecossistemas e na transição para uma economia de baixo carbono.

A nova publicação propõe seis ações para zerar o desmatamento ilegal e outras seis medidas para desestimular o desmatamento legal, trazendo uma abordagem integrada e considerando os desafios específicos de cada cenário. Segundo Ane Alencar, colíder da Força-Tarefa (FT) Combate ao Desmatamento da Coalizão, o documento coloca no centro do debate medidas estruturantes que exigem articulação imediata entre todos os setores da sociedade.

“Diante do cenário crítico da crise climática, é imperativo que atualizemos e expandamos nossas propostas para combater o desmatamento com soluções multifacetadas”, avalia Alencar, que também é diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). “O contexto atual nos aponta que já não é o bastante tentarmos deter somente o desmatamento ilegal, mas urge encontrar formas de incentivar que o desmatamento legal também não aconteça. Isso exige a criação de incentivos econômicos para que a floresta em pé tenha mais valor”.

O documento propõe soluções consensuais entre representantes do agro e do movimento ambientalista para o uso adequado da terra, garantindo incentivo à biodiversidade e à segurança alimentar. 

A publicação também inclui ações preventivas e mecanismos de governança que envolvam estados e municípios, de acordo com as dinâmicas distintas que existem nas regiões da Amazônia e do Cerrado. Na Amazônia, por exemplo, a destruição é principalmente ilegal, impulsionada pela grilagem de terras, queimadas e atividades criminosas. Já no Cerrado, grande parte do desmatamento ocorre dentro dos limites do Código Florestal, que permite a supressão de até 80% da vegetação nativa em propriedades rurais. Essas realidades exigem soluções específicas e adaptadas a cada contexto.

Leia a seguir as 12 propostas.

Para acessar o documento completo, acesse neste link: https://coalizaobr.com.br/brasilsemdesmatamento/

1. Ações para zerar o desmatamento ilegal:

1.1 – Implementação efetiva do Código Florestal

• Assegurar a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) como ferramenta essencial de regularização ambiental e de suporte para controle, monitoramento e combate ao desmatamento, viabilizando o monitoramento integrado das propriedades rurais pelo Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), em coordenação com o governo federal e as administrações subnacionais.

• Concluir a análise do CAR por meio de investimentos em equipes técnicas de órgãos ambientais estaduais e empresas especializadas, além da implementação de sistemas de análise dinamizada. Atualmente, apenas 3,3% dos cadastros no país foram analisados (Climate Policy Initiative/PUC-Rio, 2024). Esse trabalho é essencial para suspender o registro de propriedades privadas sobre florestas públicas, Terras Indígenas (TI), territórios quilombolas e áreas desmatadas ilegalmente.

• Desestimular alterações nas legislações de âmbito federal ou estadual que comprometam a implementação do Código Florestal, considerando a importância de acordos multissetoriais para a conservação da vegetação nativa.

1.2 – Combate ao crime organizado relacionado ao desmatamento ilegal

• Investir em recursos humanos, financeiros e tecnológicos para viabilizar a ampliação de operações de inteligência contra o crime organizado ambiental;

• Integrar a atuação estratégica de órgãos como a Polícia Federal, Ministérios Públicos, forças estaduais e instituições do Sistema Nacional de Meio Ambiente, reagindo de forma efetiva e coordenada contra redes criminosas;

• Desmantelar economias ilícitas e crescentemente entrelaçadas que, em muitos casos, têm o desmatamento ilegal, a invasão e apropriação de terras públicas como ponto de partida (Instituto Igarapé, 2022).

1.3. – Promoção de rastreabilidade e transparência nas cadeias produtivas

• Desenvolver, consolidar e dar transparência a ferramentas de monitoramento que integrem diferentes bases de dados relacionadas ao ordenamento territorial e à produção agropecuária, como CAR, Guia de Trânsito Animal (GTA) e autorizações de supressão da vegetação (ASV);

• Aprovar legislações federais e estaduais que determinem o monitoramento de todos os elos das cadeias de suprimento, em especial da carne e da soja, e incluindo fornecedores indiretos;

• Fortalecer os sistemas estaduais de licenciamento e fiscalização ambiental com recursos e tecnologia.

1.4 – Aumento da destinação de florestas públicas para proteção e uso sustentável

• Promover a destinação de áreas públicas com vegetação nativa, por meio do Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP), para sua proteção como áreas de uso restrito ou sustentável, especialmente em regiões sob forte pressão de desmatamento.

• Estabelecer políticas abrangentes de ordenamento territorial e regularização fundiária, com ampla participação pública e social, eliminando conflitos e garantindo segurança jurídica a todos para o uso e ocupação sustentáveis do solo. Esta medida reconhece, entre outros fatores, o papel desempenhado pelas Terras Indígenas na contenção do desmatamento, já que essas áreas perderam apenas 1,2% de sua vegetação nativa nos últimos 30 anos, enquanto nas propriedades privadas a perda foi de 19,9% (MapBiomas, 2023).

• Expandir o manejo florestal sustentável por meio da destinação de florestas públicas a concessões florestais federais e estaduais. Ampliar a escala e diversificar as atividades econômicas dessas concessões, incluindo possibilidade de restauração, é fundamental para impulsionar modelos produtivos sustentáveis e frear o avanço da fronteira do desmatamento.

1.5 – Aprimoramento de processo de autorização da supressão da vegetação e de uso do fogo

• Fortalecer a estrutura dos sistemas de licenciamento de Autorização da Supressão da Vegetação (ASV) dos estados, garantindo apoio técnico e financeiro e pessoal qualificado;

• Dar maior transparência às ASVs e às autorizações para Uso do Fogo Controlado;

• Estabelecer critérios e padrões mínimos para a inserção de dados sobre licenças no Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor), promovendo a integração dos sistemas estaduais de licenciamento de ASV e Uso do Fogo Controlado com a plataforma.

• Promover ações de comando e controle nos estados baseada na análise qualificada das ASVs.

1.6 – Estabelecimento de ações para prevenção e controle do fogo

• Ampliar ações de sensibilização para produtores rurais e comunidades locais sobre os riscos do uso inadequado do fogo e as consequências das queimadas, aliando essa iniciativa à disseminação e capacitação sobre a legislação de Manejo Integrado do Fogo (MIF);

• Reforçar a necessidade de regulamentação da aplicação da lei de MIF na escala estadual, promovendo o uso planejado e controlado do fogo em casos autorizados, como práticas culturais e agrícolas tradicionais, e desenvolvendo protocolos claros para sua autorização e monitoramento.

• Investir na formação de brigadas locais, construir centros regionais de combate às queimadas e fortalecer parcerias para pesquisas e práticas sustentáveis baseadas na legislação de MIF.

• Reforçar a fiscalização e a integração de diferentes instâncias do poder público, instituindo novos mecanismos para responsabilização criminal pelo uso irregular do fogo, aplicando penalidades rigorosas contra esta prática.

2. Ações para desestimular o desmatamento passível de autorização:

2.1 – Promover a implementação da estratégia nacional de bioeconomia

• Instituir políticas públicas e incentivos financeiros voltados à bioeconomia, visando aliar o uso sustentável da biodiversidade à geração de empregos e renda para produtores familiares, povos e comunidades tradicionais.

• Reduzir custos operacionais e financeiros para viabilizar e impulsionar projetos de bioeconomia, mitigando as principais barreiras à atividade, como infraestrutura precária, falta de conectividade, insegurança, complexidade regulatória, informalidade, desafios logísticos e escassez de mão de obra qualificada. A medida busca criar um ambiente de negócios favorável, dando escala a produtos, insumos e serviços, e atrair empreendedores de alta integridade, fomentando uma economia alternativa a do desmatamento e do tráfico.

2.2 – Fortalecimento do setor de restauração de paisagens e florestas

• Garantir recursos e investimentos que possibilitem a execução de políticas públicas de recuperação da vegetação nativa em nível federal e estaduais.

• Impulsionar a cadeia da restauração em diferentes frentes, com destaque para fortalecimento do setor de produção de sementes e mudas de espécies nativas.

• Fortalecer modelos de parceria público-privada para concessões, para restauração florestal e manejo florestal, que atuam como barreira ao avanço do desmatamento e viabilização econômica para manutenção da floresta em pé, a partir de uma distribuição mais equilibrada de riscos, incluindo aqueles relacionados à segurança pública e incêndios.

• Estruturar incentivos financeiros e contratuais que atraiam investidores de alta integridade e assegurem a viabilidade econômica da restauração.

• Promover uma abordagem integrada de paisagem em concessões florestais, com políticas públicas que beneficiem comunidades e áreas no entorno das áreas restauradas, criando um ambiente propício para investimentos sustentáveis.

2.3 – Incentivo à silvicultura de espécies nativas

• Aprimorar os marcos regulatórios federal e estaduais, visando remover barreiras para o plantio e comercialização de produtos provenientes de espécies nativas, considerando seu potencial de gerar renda, serviços ecossistêmicos e promover conservação da biodiversidade.

• Aumentar o volume de investimento público e privado para projetos com espécies nativas, garantindo linhas de financiamento e seguro agrícola para o setor.

• Incentivar programas de P&D voltados para o desenvolvimento tecnológico relacionado à produção e consumo sustentáveis de produtos ligados à silvicultura de espécies nativas, tendo como objetivo elevar o potencial da atividade à escala dos principais setores agroindustriais do país.

2.4 – Regulamentação da Lei de Pagamento por Serviços Ambientais

• Garantir segurança jurídica para projetos, planos ou programas, públicos ou privados, que visem à conservação dos ecossistemas, dos recursos hídricos, do solo, da biodiversidade, do patrimônio genético e do conhecimento tradicional.

• Implementar uma política inclusiva capaz de valorar, em especial, esforços de comunidades tradicionais, povos indígenas, produtores familiares e proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN).

2.5 – Regulação do mercado de carbono

• Regulamentar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), assegurando a possibilidade de remuneração para produtores que preservem ou restaurem a vegetação em sua propriedade.

2.6 – Estabelecimento de incentivos financeiros e técnicos para evitar o uso do fogo

• Fomentar entre os produtores rurais a transição para modelos de agricultura regenerativa, de forma a reduzir o uso do fogo na paisagem. Isso pode ser viabilizado por meio da promoção de alternativas produtivas de baixo carbono, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e a rotação de culturas; além da ampliação de linhas de crédito específicas para práticas agrícolas sustentáveis;

• Promover oportunidades de emprego e renda relacionadas ao manejo integrado do fogo, incentivando a formação de profissionais capacitados para ações contínuas e diversificadas neste campo.

Sobre a Coalizão

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento composto por mais de 400 organizações, entre entidades do agronegócio, empresas, organizações da sociedade civil, setor financeiro e academia. A rede atua por meio de debates, análises de políticas públicas, articulação entre diferentes setores e promoção de iniciativas que contribuam para a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

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Irani investe R$ 15 milhões em P&D e inovação em 2024

Projetos abrangem temáticas como a gestão de resíduos sólidos, uso eficiente de água e efluentes

A Irani, indústria brasileira de papel e embalagens sustentáveis, investiu, desde 2020, mais de R$ 34 milhões em plataformas de PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) em suas unidades fabris em Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Durante esse período, a empresa desenvolveu mais de 100 projetos na área, dos quais 60 já foram concluídos.

Somente em 2024, foram R$ 15 milhões destinados para os projetos, que resultaram em 43 iniciativas mapeadas. Os projetos de PD&I abrangem temáticas como a gestão de resíduos sólidos, uso eficiente de água e efluentes e o manejo florestal, reforçando a preocupação com a preservação dos recursos naturais. Além disso, há um movimento importante na busca por novas embalagens e papeis mais resistentes, garantindo soluções mais sustentáveis e eficientes para o mercado. Temas como eficiência energética, emissões atmosféricas e novas tecnologias florestais também ganham espaço, mostrando a diversidade de iniciativas voltadas para a redução de impactos ambientais e o desenvolvimento de processos mais inovadores.

Os projetos de PD&I também se beneficiam da Lei do Bem. Desde 2022, por exemplo, houve um aumento de 102% no número de projetos que receberam o benefício fiscal. Atualmente, as plataformas de PD&I contam com 18 temas prioritários, que servem como norteadores das iniciativas que são desenvolvidas. Os temas seguem o direcionamento das áreas de negócios, sempre em sinergia com o mercado e com o alinhamento estratégico da Irani.

De acordo com o diretor de Pessoas, Estratégia e Gestão da Irani, Fabiano Alves de Oliveira, visando a construção de um portfólio competitivo, a área de PD&I da Irani atua plenamente integrada a todos níveis de inovação com os quais a companhia opera. “As plataformas olham para desafios do nosso negócio e desenham oportunidades para traçar o melhor futuro possível da organização. Acreditamos muito que o trabalho em equipe é essencial para atingir resultados assim, por isso defendemos tanto esse modelo de atuação”, afirma.

Atualmente, a Irani conta, ao todo, com 4 plataformas de PD&I que integram o pilar de gestão de inovação da empresa: Florestal e Resina; Celulose e Papel; Papelão Ondulado; Ambiental e Energia. Essas plataformas abrigam projetos com impactos diretos em eficiência operacional, fiscal e financeira, sustentabilidade, foco no cliente, indústria 4.0 e novos produtos. Times multidisciplinares, organizados em grupos táticos e operacionais, identificam oportunidades, planejam e implementam projetos.

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Suzano chega a mais de 1,4 mil mulheres atuando em suas operações em Mato Grosso do Sul

Em 2024, a empresa contratou 849 mulheres, o que corresponde a 32% das contratações da empresa realizadas ao longo do ano em MS; foram 402 para atender a Unidade Três Lagoas e 447 para a Unidade Ribas do Rio Pardo

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, segue com o propósito de aumentar a diversidade em suas operações e inicia 2025 com mais de 1,4 mil mulheres atuando em diferentes áreas no Mato Grosso do Sul. Somente no ano passado, 849 mulheres foram contratadas para as áreas industriais e florestais, o que corresponde a cerca de 32% das contratações. Desse total, foram 402 para atender a Unidade Três Lagoas e 447 para a Unidade Ribas do Rio Pardo.

De acordo com Angela Aparecida dos Santos, gerente executiva de Gente e Gestão da Suzano, a empresa segue ampliando a contratação de mulheres. “Esse aumento de mulheres em diferentes áreas de atuação reflete um trabalho iniciado há muito tempo pela companhia, envolvendo não apenas mudanças em nossos processos seletivos, mas também ações de atração de talentos e investimentos na formação dessas profissionais. A Suzano acredita que a criação de um ambiente de trabalho em que a mulher possa ser protagonista é essencial para o fortalecimento do ambiente de negócios e para a construção de um mercado de trabalho mais justo e igualitário”, reforça.

Atualmente, a Unidade Três Lagoas mantém cerca de 6 mil postos de trabalho, dentre os quais 3,5 são próprios. Desse total, 836 postos são ocupados por mulheres, sendo que 183 atuam na operação industrial e 653 na área florestal. Já a Unidade Ribas do Rio Pardo, que conta com 3 mil colaboradores, entre próprios e terceiros, tem 642 mulheres em seus quadros próprios, das quais 181 atuam na operação industrial e 461 na área florestal. O número de mulheres em cargos de liderança, que incluem posições como supervisão, coordenação e acima, também tem aumentado ao longo dos anos, chegando a 21% em todo o estado.

“A Suzano está no caminho certo para alcançar o compromisso de atingir 30% de mulheres em cargos de gerência e acima até o final de 2025. Alinhados ao nosso direcionador, que diz que ‘só é bom para nós, se for bom para o mundo’, seguimos investindo em programas de mentoria, no fortalecimento de lideranças femininas em cargos de supervisão e coordenação e na construção de um plano de sucessão que priorize a equidade de gênero, acelerando essa transformação”, completa Angela.

Desenvolvimento

Entre as mulheres que estão fazendo a diferença em posições de liderança na Unidade de Três Lagoas, Ester Storck, 33 anos, é um exemplo do compromisso da empresa com a equidade de oportunidades. Formada em Engenharia Florestal, ela está desde 2020 na Suzano e acumulou experiência em diversas regiões antes de ingressar na companhia. Iniciou sua trajetória no Mato Grosso do Sul, liderando um módulo de colheita durante a pandemia, o que fortaleceu sua capacidade de gestão. Dois anos depois, foi promovida a consultora da área e, posteriormente, à coordenação de Governança de Processo.

Ela destaca que a presença feminina na liderança traz um olhar mais equilibrado e humanizado para a gestão. “Meu gerente comentou que eu era a primeira supervisora mulher de colheita de Mato Grosso do Sul, o que me deu um frio na barriga, mas também uma enorme satisfação em poder abrir caminho para outras mulheres. A colheita é um setor desafiador, com operação 24 horas e alta exigência, mas acredito que, como mulheres, conseguimos trazer um olhar diferenciado, com mais proximidade e cuidado na gestão da equipe”, destaca.

Ester Storck. Crédito imagem: Suzano.

Em Ribas do Rio Pardo, a engenheira de produção Palloma Vigiani, 34 anos, foi a primeira mulher contratada pela Suzano na área industrial da Unidade de Ribas do Rio Pardo. Com uma trajetória de qualificação, Palloma consolidou sua carreira na indústria e hoje contribui ativamente para o desenvolvimento de novas profissionais na Suzano, onde encontrou um ambiente que valoriza a diversidade e incentiva a presença feminina.

Atualmente, Paloma faz parte de um time de 181 mulheres que atuam na operação industrial, muitas das quais ajudou a formar. “A Suzano confia na força das mulheres, e essa valorização me deu coragem para avançar e inspirar outras profissionais a seguirem o mesmo caminho. Por muito tempo, fui a única mulher nos setores em que atuei. Hoje, tenho o privilégio de acompanhar e formar novas colegas, que agora fazem parte da operação e ajudam a transformar a indústria”, destaca.

Palloma Vigiani.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.

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Suzano e SEST/SENAT abrem turma do Programa Escola de Motoristas para pessoas com deficiência

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, e o SEST/SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), abriram inscrições para a primeira turma do Programa Escola de Motoristas Profissionais afirmativa para Pessoas com Deficiência (PCDs) em Três Lagoas (MS). A iniciativa visa qualificar pessoas interessadas em ingressar no mercado de trabalho, com foco na Logística Florestal, e vem ao encontro do compromisso da companhia em tornar as operações mais inclusivas e igualitárias.

“A Suzano acredita que a diversidade nos fortalece enquanto empresa e que a inclusão social e a equidade de oportunidades são essenciais na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Visando contribuir com o aumento da diversidade em nossas operações, e no mercado de trabalho como um todo, a primeira turma do Programa Escola de Motoristas foi voltada para mulheres. Nas seguintes, elas seguiram sendo prioritárias e, agora, estamos abrindo a primeira turma afirmativa para pessoas com deficiência”, destaca Gustavo Henning, gerente executivo de Logística Florestal da Suzano em Três Lagoas.

A turma para PCDs conta com 12 vagas disponíveis inicialmente – podendo aumentar de acordo com a demanda – e oferece uma bonificação de R$ 1,4 mil aos alunos(as) que forem aprovados(as). As inscrições para o processo seletivo seguem abertas até o dia 25 de março e devem ser feitas pelo link: https://forms.office.com/pages/responsepage.aspx?id=W7wJhsp6BEK0sM6c-QAuU8eJre2_JRlImSBrVHEfAbxUQ0hHU1pUVE9OMUs4TDdRSkZCUlg2OUFBOS4u&route=shorturl.

Para participar da seleção, candidatos(as) devem atender aos seguintes pré-requisitos: ter idade mínima de 18 anos (completos na data de inscrição), inserir Cadastro de Pessoa Física (CPF) no momento da inscrição e possuir CNH (Carteira Nacional de Habilitação) na categoria “E” e a apresentação/envio do laudo médico no momento da inscrição.

Equidade de Oportunidades

Para Luciano Gomes da Silva, 43 anos e natural de Três Lagoas, iniciativas como a Escola de Motoristas são fundamentais para promover a inclusão de profissionais, especialmente pessoas com deficiência, no mercado de trabalho. “Essa formação facilita o acesso ao primeiro emprego na área de transporte, melhorando a condição financeira do trabalhador, a qualidade de vida de sua família e, indiretamente, impulsionando o comércio e outros setores, já que essas famílias passam a consumir mais”, destaca.

Luciano Gomes da Silva.

Com mobilidade reduzida nas mãos e menor força no braço direito, Luciano trabalhava no transporte escolar e, até então, não considerava seguir a profissão de “carreteiro”, como seu pai. No entanto, decidiu obter a CNH na categoria “E” para se preparar para futuras oportunidades – e uma delas surgiu. Em dezembro do ano passado, ele ingressou no setor de Logística Florestal da Suzano como condutor florestal (caminhão tritrem), por meio de um dos programas afirmativos da companhia voltados à inclusão de pessoas com deficiência.

“Meu processo de ingresso na Suzano foi muito tranquilo. Passei por todas as entrevistas e, depois, fui convidado a conhecer a nova frota de caminhões da empresa e realizar um teste prático. Todo o processo de contratação durou poucos dias e, logo em seguida, iniciei as viagens acompanhado por uma Master Driver”, conta o trabalhador.

Os(as) Master Drives são motoristas mais experientes da Suzano que auxiliam na formação e treinamento de novos profissionais, acompanhando-os em suas primeiras viagens até que estejam aptos a conduzir os veículos sem supervisão. Desde o dia 25 de janeiro, Luciano já está autorizado a viajar sozinho.

O Programa

Lançado em julho do ano passado, o Programa Escola de Motoristas tem como um de seus objetivos contribuir para o desenvolvimento socioeconômico de Três Lagoas, qualificando a mão de obra local e promovendo a igualdade de oportunidades, com foco na formação de condutores de veículos florestais. Desde então, 33 profissionais já foram capacitados, sendo 50% mulheres, e uma nova turma, com 24 participantes, está em andamento. Além do certificado de conclusão, os(as) aprovados(as) recebem uma bonificação de R$ 1,4 mil ao final do curso.

Mais informações sobre o programa podem ser obtidas presencialmente na sede do SEST/SENAT (Av. Júlio Ferreira Xavier, 2.640, ao lado da Faculdade AEMS – Jardim Alvorada, Três Lagoas – MS, 79610-320), em horário comercial, ou pelo telefone (67) 2105-5302.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Palestra sobre tecnologia Continuous Cooking da Valmet é destaque do Symposium on Wood Quality, Pulping and Energy

Simpósio reúne especialistas da indústria de celulose e papel, bioprodutos e biorrefinaria para debate com renomados professores da USP

Promovendo um espaço de troca de conhecimentos entre a academia e o mercado, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), sediará a primeira edição do Symposium on Wood Quality, Pulping and Energy (SWQPE). O evento reunirá especialistas dos setores de celulose e papel, bioprodutos e biorrefinaria, além de professores da USP, no anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais, para debater temas como qualidade da madeira, energia renovável e tecnologias avançadas em polpação.

Com 18 horas de programação, o simpósio será realizado ao longo de dois dias e contará com diversas palestras sobre inovações na indústria. Entre os destaques, o gerente de Processos da Valmet na América do Sul, André Domingues, apresentará a palestra “Histórico e nova geração da Tecnologia Continous Cooking”, abordando seus impactos na produção de celulose e os resultados obtidos. O Continous Cooking é o sistema de cozimento contínuo da Valmet, desenvolvido para fábricas de celulose kraft de fibra longa, fibra curta ou bambu, proporcionando maior eficiência e redução de custos”.

Reafirmando seu compromisso com o setor de celulose e papel no Brasil, a multinacional finlandesa também é uma das patrocinadoras do evento. “Este simpósio representa uma oportunidade única para debater novas tecnologias e perspectivas para o futuro, honrando a história do setor ; da ESALQ, que sempre foi uma instituição pioneira nas pesquisas de melhoramento genético florestal, polpação e branquemanto; e incentivando o diálogo entre especialistas acadêmicos e da indústria. Para a Valmet, fazer parte deste encontro é um orgulho e grande satisfação, destaca o diretor da linha de negócios de Celulose e Energia da Valmet na América do Sul, Fernando Scucuglia. 

O SWQPE ocorrerá nos dias 18 e 19 de março, das 7h30 às 18h e das 8h30 às 12h15, respectivamente. A expectativa é reunir 120 participantes, incluindo estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores e profissionais de inovação de instituições públicas e privadas, além de demais interessados no tema. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas no site do evento.

Informações:

Evento: 2025 SWQPE – Symposium on Wood Quality, Pulping and Energy

Data: 18 e 19 de março de 2025

Local: Anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais – ESALQ/USP, Piracicaba/SP

Inscrições: https://fealq.org.br/eventos/2025swqpe/

Contatoswqpe2025@gmail.com

Sobre a Valmet

A Valmet possui uma base global de clientes em diversas indústrias de processo. Somos líderes globais no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia e, com nossas soluções de automação e controle de fluxo, atendemos uma base ainda mais ampla de indústrias de processo. Nossos mais de 19.000 profissionais em todo o mundo trabalham próximos aos nossos clientes e estão comprometidos em impulsionar o desempenho de nossos clientes – todos os dias. A empresa tem mais de 220 anos de história industrial e um forte histórico de melhoria e renovação contínuas. As vendas líquidas da Valmet em 2023 foram de aproximadamente 5,5 bilhões de euros. As ações da Valmet estão listadas na Nasdaq Helsinki e sua sede fica em Espoo, na Finlândia

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Como a liderança feminina ajuda a construir um futuro inclusivo

*Artigo por Priscilla Sena Reuter.

Iniciativas de diversidade e inclusão, temas cada vez mais relevantes no contexto global, enfrentam atualmente um período desafiador que pode influenciar práticas corporativas e resultar uma desaceleração em meio aos avanços que tivemos nos últimos anos.

Por isso, falar de lideranças femininas e igualdade de gênero se torna ainda mais expressivo enquanto sociedade e mostra a importância das empresas em criarem iniciativas sólidas de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão).

Um exemplo é a Bracell, onde esse tema é tão significativo que se tornou um dos pilares da Agenda 2030, um compromisso com diversas metas que, dentre elas, estabelece aumentar para 30% a proporção de mulheres em cargos de liderança. Em um setor (papel e celulose) predominantemente masculino, ações desse nível são essenciais para um ambiente mais igualitário. 

Até 2023, considerando o número total de líderes da companhia, as mulheres somam 26,4%, totalizando 93 mulheres na liderança da companhia. Dentre as iniciativas que adotamos para que a meta não seja apenas palavras escritas no papel, desenvolvemos treinamentos específicos para lideranças, apoiados com o Bracell Learning Institute, abrangendo todas as unidades de negócio da companhia.

E na minha visão, isso é especialmente relevante, pois ver mulheres em cargos de liderança é um motor que inspira outras mulheres a buscarem posições semelhantes. Quando uma mulher se depara com outra em um papel de poder, ela começa a perceber que esses espaços não são exclusivos de homens. Isso não só amplia suas próprias referências, mas também fortalece a ideia de que o acesso ao poder deve ser plural e inclusivo.

Além disso, a presença de mulheres em posições de liderança acrescenta competências que complementam um sistema corporativo cada vez mais complexo e dinâmico. As mulheres tendem a trazer habilidades como empatia, comunicação assertiva e uma abordagem colaborativa, fundamentais para a criação de ambientes de trabalho mais inclusivos, participativos e inovadores.

Como uma liderança preta, posso afirmar que as mulheres negras têm uma vivência distinta. Isso desafia estereótipos e preconceitos, além de inspirar as futuras gerações de mulheres que podem não se sentir representadas pelos padrões tradicionais de liderança.

Em minha trajetória, percebo que a importância de mulheres negras em posições de liderança vai além da quebra de barreiras e ajuda a construir novos modelos de liderança que incluam a pluralidade de experiências.

Em um ambiente que exige habilidades diversas para enfrentar desafios multifacetados e constante mudança, a liderança feminina, em sua diversidade, preenche lacunas importantes e é um modo de oferecer um conjunto de perspectivas complementares, enriquecendo o processo decisório, a dinâmica de trabalho e alavancando resultados.


*Priscilla Sena Reuter é gerente de Treinamento e Desenvolvimento da Bracell.

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