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Embrapa Acre apresenta uso de drone e inteligência artificial para o manejo florestal na COP28

Conhecido como manejo florestal 4.0, as tecnologias compõem o Projeto Geoflora

O uso de drones para monitorar a dinâmica da floresta, aliado à inteligência artificial para automatizar etapas do  inventário florestal e métodos de monitoramento dos gases de efeito estufa (GEE) em florestas nativas serão apresentados na 28ª conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que segue até 12 de dezembro em Dubai.

Conhecido como manejo florestal 4.0, as tecnologias compõem o Projeto Geoflora, que reúne geotecnologias aplicadas à automação florestal e espacialização dos estoques de carbono em áreas de floresta nativa na Amazônia Ocidental, uma iniciativa da Embrapa Acre com apoio do Fundo JBS pela Amazônia.

Bruno Pena, chefe-geral da Embrapa Acre, e Andrea Azevedo, diretora executiva do Fundo JBS pela Amazônia, compõem a comitiva brasileira que participa do evento. Pena e Azevedo vão apresentar os principais resultados já obtidos com o projeto Geoflora.

“A ideia é mostrar que temos tecnologias inovadoras para o uso sustentável da floresta no manejo florestal de espécies madeireiras e não-madeireiras e na valorização de ativos ambientais importantes, como créditos de carbono”, afirma Pena.

Na opinião de Azevedo, os componentes do projeto Geoflora podem contribuir não apenas para subsidiar a atuação do poder público com relação às políticas florestais, mas também para colaborar no monitoramento dos impactos de projetos dedicados ao bioma Amazônia, fatores que convergem com a temática da COP.

Dinâmica da floresta e de gases de efeito estufa

As atividades do projeto Geoflora envolvem o monitoramento  dos gases de efeito estufa (GEE) e estoques de carbono do solo em florestas nativas. Os resultados mostrarão se o sistema florestal está sequestrando ou emitindo carbono equivalente para a atmosfera, o que permitirá calcular o balanço de carbono nos sistemas florestais avaliados.

Além disso, os pesquisadores usam um sensor de perfilamento a laser (LIDAR – Light Detection And Ranging) acoplado em drone   para estimar com maior precisão  os estoques de biomassa em diferentes ambientes da Amazônia.

A técnica empregada permite escalonar as estimativas obtidas com os dados LiDAR e produzir mapas de biomassa em alta resolução para áreas de interesse estratégico. Os resultados irão subsidiar políticas públicas de uso sustentável, como manejo florestal e pagamento por serviços ambientais.

Inventário Florestal com uso de drones

Outro componente do projeto utiliza drones e inteligência artificial para automatizar etapas do inventário florestal na identificação de espécies estratégicas. Mais de 40 mil hectares de áreas na Amazônia já foram mapeados com o objetivo de coletar informações para compor um banco  de dados de  imagens de espécies florestais obtidas por meio de câmeras RGB a bordo de drones (ortofotos).

No Laboratório de Geotecnologias, da Embrapa Acre, os dados são analisados e o algoritmo de inteligência artificial é treinado para identificar espécies florestais. Esse trabalho já foi realizado em áreas da floresta na Reserva Extrativista Chico Mendes, Floresta Estadual do Antimary (Acre), florestas nacionais de Jacundá e Jamary (Rondônia), parques municipais de Rio Branco e áreas de manejo florestal em propriedades privadas no Acre e Amazonas.

COP28 

A COP28 é composta por três ambientes. O primeiro é o de Promoção, onde estão todos os países, instituições internacionais como FAO, IICA, Banco Mundial, e empresas privadas, com um formato de uma grande feira climática, com diversos pavilhões. Neste local, acontecem grandes eventos, como congressos, palestras, assinatura de acordos bilaterais e lançamento de iniciativas.

No total, deverão ocorrer 120 painéis promovidos pelos governos, sociedade civil e iniciativa privada. A recuperação de pastagens será tema de painel no Pavilhão Brasil na COP28, com o lançamento pelo Mapa do programa de recuperação de áreas degradadas, no qual a Embrapa tem participação direta.

No pavilhão, a Embrapa apresentará suas iniciativas na produção de bioinsumos, tecnologias do Plano ABC, bioeconomia e pastagens e também estará presente em outros painéis temáticos. O chefe-geral da Embrapa Acre participa dos eventos apresentando o Sistema Guaxupé, modelo de intensificação sustentável da produção pecuária.

O segundo ambiente é o chamado Negociação, onde acontecem as negociações e acordos sobre a Convenção do Clima. São mais de cem itens de agenda, organizados em grandes áreas como Ciência e Tecnologia, Adaptação, Mitigação, Mercado de Carbono, Agricultura, entre outras.

E o terceiro ambiente será o espaço de discussão do balanço da implementação do Acordo de Paris (2015) no relatório chamado Global Stocktake (GST). Segundo o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Brasil reforça o seu compromisso de limitar o aumento da temperatura média global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Para Pena, a COP28 representa uma oportunidade para a Embrapa mostrar que há ferramentas sustentáveis com foco na  produção de grãos e carne, além de ser um espaço propício para articulação de parcerias com interesse nessas temáticas. “Precisamos unir esforços para continuar gerando tecnologias que cheguem aos produtores rurais e contribuam para uma agricultura mais sustentável e produtiva”, afirma.

Para saber mais sobre as tecnologias da Embrapa presentes na COP28 acesse : https://brunopena.myportfolio.com/work

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Scania amplia portfólio Super para atender segmento off-road

Com a inclusão de nova caixa de câmbio, fabricante sueca aumenta gama atendida pelo recém-lançado trem de força 

São Paulo, 5 de dezembro de 2023 – A Scania, líder na transição para um sistema de transporte e logística mais sustentável, anuncia a introdução do novo trem de força para a linha de caminhões mais pesados, voltados ao segmento off-road, que operam sob condições operacionais extremas como na mineração e transporte de cana-de-açúcar. Os novos veículos completam o portfólio da linha Super lançada pela empresa no Brasil no final de 2022.  

O novo modelo chegou ao mercado alinhado aos padrões Proconve P8/Euro 6 com o maior torque do mercado para motores de 13 litros. “A Scania adota o princípio da melhoria contínua e um sistema modular de produtos. Por isso, num primeiro momento, preparamos nosso sistema industrial para atender aplicações rodoviárias e agora avançamos para as operações mais pesadas e fora de estrada”, destaca Paulo Moraes, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da Scania para a América Latina.  

A ampliação do portfólio Super reafirma o compromisso da Scania com soluções de transporte que entregam maior eficiência energética, proporcionando ao cliente economia de combustível e maior disponibilidade do veículo. “Ocupamos uma posição de destaque em operações tipicamente pesadas e fora de estrada, tais como mineração e transporte de cana-de-açúcar. Com a chegada da linha Super para o segmento, vamos trazer um novo patamar de economia operacional para o transportador, o que nos dará condição de manter a liderança de mercado nestas aplicações”, complementa o executivo.  

Mais rapidez e economia de combustível estão entre as vantagens 

A novidade deixa o caminhão mais rápido e robusto. A caixa de câmbio vem com uma sessão planetária reforçada, chamadas G25CH e G33CH, é menor e tem carcaça produzida em alumínio, o que reduz o seu peso em até 80 quilos comparado à geração anterior. Além disso, o novo escalonamento das marchas auxilia o arranque em situações extremas, como em rampas e com alto peso no veículo.  

Outras vantagens apresentadas são a contribuição na economia de até 8% de combustível (em relação a geração anterior), menor custo por tonelada transportada, e mais segurança ao motorista (é que, além do conhecido Retarder, o Scania Super traz agora o CRB – freio de liberação de compressão, trazendo de fábrica a combinação de freios auxiliares mais potentes do mercado). 

Maior disponibilidade da frota ao cliente

“Essa mudança também traz componentes com maior durabilidade e com  maiores intervalos entre as paradas necessárias para manutenção e reparos. Ou seja, é o caminhão mais tempo disponível ao cliente para trazer receita”, salienta Moraes, considerando que os novos motores e caixas de câmbio passaram por melhorias em seus componentes – auxiliando na redução do atrito interno e utilizando lubrificantes de última geração. Os novos motores alcançam eficiência térmica de aproximadamente 50%, uma nova referência na indústria.  

Em alguns casos, a combinação do novo trem de força Super com os planos flexíveis possibilitará até dobrar os intervalos de manutenção, mantendo o veículo mais tempo disponível para transportar carga e gerar receita. 

Modelos off-road Scania disponíveis para atender ao mercado

Na mineração, a linha Super chega com  os modelos G 460 6×4 e G 560 8×4 Heavy Tipper – ambos de motor 13 litros – e R 660 V8 10×4 Heavy Tipper (16 litros). 

Nas operações de cana e madeira, a linha Super é formada pelos cavalos mecânicos G 560 6×4 e R 560 6×4 – ambos com o motor 13 litros e especificados para um peso bruto total combinado (PBTC) de 74 toneladas, atuando em operações mistas de médios e longos trajetos rodoviários. Além da opção para a cana com PBTC de 91 toneladas, que começou a ser explorada no mercado neste ano.

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Exclusivo – Projeto Cerrado: conheça algumas curiosidades do megaempreendimento da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS)

Os dados são da edição 28 do Boletim Projeto Cerrado, de 07 de dezembro de 2023

A Suzano compartilhou na última quinta-feira (07), mais uma edição do Boletim Projeto Cerrado (Ed. nº 28), que trás algumas curiosidades sobre a construção do seu megaempreendimento, em Ribas do Rio Pardo (MS), que compreende na maior fábrica de celulose em linha única do mundo, com capacidade produtiva de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano.

Com investimento de R$ 22,2 bilhões – um dos maiores do setor privado no Brasil na atualidade –, cerca de 10 mil empregos diretos foram gerados durante o pico da construção, além de milhares de empregos indiretos. Quando entrar em operação, no final do primeiro semestre de 2024, a nova unidade contará com 3 mil colaboradores próprios e terceiros.

Plantio em massa

Uma das etapas mais importantes da operação florestal é o plantio das mudas de eucalipto para garantir o suprimento de matéria-prima destinada à produção de celulose na fábrica. Após sua chegada às fazendas, elas são cuidadosamente colocadas em viveiros temporários para preservar sua qualidade.

Com o terreno preparado, as mudas são cuidadosamente depositadas nas covas onde passarão cerca de sete anos crescendo, transformando-se nas árvores que serão colhidas ao final do ciclo. Essa atividade pode ser realizada manualmente ou com auxílio de máquinas.

Os colaboradores então realizam a primeira irrigação, frequentemente utilizando hidrogel, uma substância que assegura a umidade do solo e promove a saúde das plantas. Atualmente, a área florestal da Suzano conta com três módulos em plena operação em Ribas do Rio Pardo, cada um deles composto por aproximadamente 130 profissionais dedicados a essa tarefa.

Lavagem e Depuração

No complexo ciclo de produção da celulose, as fibras passam por um minucioso tratamento após o cozimento da madeira no digestor. A transformação começa com a Lavagem, essencial para recuperar os químicos residuais da fase de cozimento. Em paralelo, a etapa da Depuração entra em cena, separando impurezas como partes de madeira não cozida, areia e pequenos detritos.

Em seguida, vem a etapa de Branqueamento, verdadeiro spa químico. A celulose é submetida a uma série de estágios de reações com produtos químicos específicos, alternados com lavagens ao final de cada etapa. É aqui que sua qualidade é aprimorada para atender aos padrões praticados pela Suzano e às necessidades dos clientes.

Neste processo, equipamentos como os Filtros Lavadores DDW e os Depuradores desempenham papéis fundamentais, garantindo a purificação da celulose. A nova fábrica da Suzano conta com 10 desses filtros, espécie de tambores rotativos, sendo que alguns deles são os maiores do mundo.

Você sabia?

Depois de lavadas e depuradas, as fibras precisam ser secadas. Para isso, elas passam por um processo composto por prensas e aplicação de vapor e ar quente. Esse estágio, chamado de Secagem, é capaz de retirar cerca de 128 toneladas de água da celulose por hora.

A quantidade de água retirada em cada secadora seria suficiente para abastecer uma piscina olímpica a cada 20 horas – sendo 100% reaproveitada em outros processos dentro da fábrica.

A secagem é realizada por meio de grandes máquinas secadoras onde são formadas as folhas de celulose que chegam a percorrer uma distância de quase 1.200 metros dentro dos secadores. Na sequência, as folhas são cortadas e acondicionadas em fardos 250 quilos e depois em unidades de 2.000 quilos para os estágios finais da produção.

Por: redação Mais Floresta, com informações Suzano.

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Guia pioneiro é lançado para identificar mudas de espécies arbustivas e arbóreas para restauração florestal no RS

A Organização das Nações Unidas (ONU) decretou a década da restauração de ecossistemas entre os anos de 2021 e 2030. Com o objetivo de auxiliar o Brasil e o Rio Grande do Sul a alcançar as metas pactuadas para restauração florestal neste período, a Embrapa Clima Temperado lança, neste dia 7 de dezembro, o Guia para Identificação de Mudas de Espécies Arbustivas e Arbóreas de espécies indicadas para Restauração Florestal no Rio Grande do Sul, durante a realização do XVIII Dia de Campo sobre Agroecologia e Produção Orgânica. O guia tem como objetivo ajudar  na correta identificação de mudas de 67 espécies nativas indicadas para restauração de ecossistemas florestais e savonóides no RS. 

O Guia será lançado para identificação de espécies arbustivas e arbóreas indicadas para restauração de ecossistemas florestais nos biomas Pampa e Mata Atlântica, ao se inserir na programação do XVIII Dia de Campo sobre Agroecologia e Produção Orgânica e mais quatro eventos, a II Feira da Agroecologia, a  I Oficina Pedagógica, a Mostra Cultural de Arte e Dança e a Reunião Regional de Organizações de Controle Social, na Estação Experimental Cascata, no interior de Pelotas/RS. “Este é o primeiro para mudas de espécies arbóreas nativas do Estado. Tivemos o cuidado de adaptar a linguagem para o público técnico e agricultores, permitindo que todos acessem o conhecimento de forma igual”, disse um dos pesquisadores  do Grupo de Manejo e Restauração da Vegetação Nativa, Ernestino Guarino.

O Guia de Identificação de Mudas de Espécies Arbóreas para Restauração Florestal do Rio Grande do Sul, de forma ilustrada e didática, é uma publicação que apresenta características-chave para identificação de mudas e sementes das principais espécies arbustivas e arbóreas indicadas para restauração florestal. Nele se encontram uma descrição dos biomas e as regiões onde se realizam a restauração florestal, a forma de tipificação das sementes e sua forma de armazenamento, a própria descrição da seleção das espécies identificadas, acompanhada por suas características e imagens. “Além de apoiar na identificação das mudas que por ventura serão plantadas (adquiridas em viveiros), o Guia ajudará também na identificação das mudas que germinaram em áreas em processo de restauração assistida, ou não – restauração passiva”, explicou.

Os  pesquisadores do Grupo de Manejo e Restauração da Vegetação Nativa, também responsáveis pela obra, explicam que existem diversas estratégias de restauração ecológica, as quais podem ser divididas em dois grandes grupos: técnicas de restauração ativa e técnicas de restauração passiva. Essas estratégias diferenciam-se basicamente pela forma de intervenção humana no processo de sucessão da vegetação. 

A restauração ativa consiste na aplicação de diferentes técnicas de manejo (por exemplo: semeadura direta, plantio de mudas em área total) para a condução da sucessão vegetal;  a restauração passiva baseia-se na capacidade de auto regeneração da vegetação, sendo que a intervenção humana ocorre apenas no diagnóstico e controle das causas de degradação do ambiente (controle de fogo, do gado, da agricultura, entre outros). 

Dentre as diferentes técnicas de restauração ativa, o método mais difundido para a recuperação de áreas degradadas ainda é o plantio de mudas produzidas em viveiro, porém esse método é caro, trabalhoso e geralmente lento. Uma alternativa possível, porém, ainda pouco explorada no Rio Grande do Sul, é a semeadura direta de sementes. Esse método tem como vantagens, o baixo custo de implantação, principalmente quando o objetivo é recuperar grandes áreas e a baixa necessidade de mão de obra especializada. Um dos integrantes do Grupo de Manejo e Restauração é o pesquisador Ernestino Guarino indica que nos últimos anos, várias ações de restauração por meio de semeadura direta vêm sendo feitas em diversos ecossistemas florestais brasileiros. No RS, uma das experiências pioneiras vem sendo realizada por meio do Projeto SAFLegal. Dados de pesquisa recém publicados demonstram  que após 12 meses da semeadura, aproximadamente 25% das sementes emergem, garantindo uma densidade de 2.000 mudas por hectare. Realizado de forma consorciada com grãos, em sistemas agroflorestais, o custo do processo de restauração é de 75% inferior ao método tradicional (plantio de mudas em área total) com mesma  densidade de mudas por hectare. 

“É fundamental gerar tecnologias que reduzam custos e maximizem o uso da mão de obra no processo de restauração, produtiva ou não. Juntamente com a constituição de redes coletoras de sementes e viveiros, integrando diferentes estratégias em nível da paisagem é possível obter maior efetividade com menor custo das atividades de restauração, tornando viável e interesse para o agricultor todo esse processo”, falou. O produtor não recebe recursos financeiros diretamente por optar pela restauração, mas há ganhos na melhoria da água devido a restauração das nascentes, por exemplo. Além disso, é uma obrigação legal de todos os agricultores conservarem as Áreas de Reserva Legal (RL) e Proteção Permanente (APP), mantendo o mínimo exigido na legislação. 

“Para se ter qualidade de mudas e sementes é importante levar em conta que essa garantia não está apenas nas melhores técnicas de coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes e produção de mudas de essências florestais, mas também pela correta identificação dessas espécies”, lembrou Ernestino Guarino. Ele relatou que os pesquisadores observaram que os diferentes atores envolvidos na cadeia da restauração florestal no Rio Grande do Sul, apresentam dificuldades para identificar sementes e mudas, incorrendo muitas vezes em erros que podem comprometer ou inviabilizar o processo de restauração florestal. “Algumas espécies são muito parecidas, porém com demandas de solo e clima diferentes”, destacou. Conforme o pesquisador, quando há erros de identificação de mudas de espécies, esses podem causar grandes problemas na restauração, que além de uso de espécies não adaptadas a solo e clima local, podem ser usadas espécies exóticas invasoras, causando prejuízos econômicos e ambientais. 

O Guia compõe um grupo de tecnologias voltadas à inserção da árvore na propriedade rural e a restauração florestal por meio da semeadura direta, apoiando técnicos e agricultores na identificação e definição das espécies utilizadas. Tais tecnologias foram geradas com apoio financeiro da Corsan, do CNPq e do Sistema Embrapa de Gestão de Projetos (SEG), via o projeto SAFLegal.

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ABPM com nova Diretoria

Em assembleia realizada em 23 de novembro último os associados elegeram a nova diretoria da Abpm, desta vez  com formação de vários representantes de empresas de estados mais significativos no que diz respeito à produção de madeira tratada, como Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo, assim como membros que representam indústrias químicas produtoras de preservativos para madeiras.

Criada em 25 de agosto de 1969, a ABPM atua como fórum nacional do setor de madeira preservada no Brasil, representando o segmento junto aos órgãos reguladores e Poderes Legislativo e Executivo. Reúne em seu quadro associativo usinas de preservação de madeira, indústrias químicas, universidades e empresas que utilizam madeira tratada.

A nova diretoria tem como um dos seus principais objetivos  a promoção de eventos regionais como forma de promover de forma mais direta a  disseminação de conhecimentos e informações a respeito da preservação de madeiras.

Esses eventos têm também como objetivo a busca de maior aproximação e adesão do setor à ABPM, como forma de fortalecer as ações associativas.

Um  importante desafio que a nova diretoria também tem pela frente é a promoção de articulações com o seu quadro associativo para que seja possível repetir o sucesso alcançado nas edições anteriores  , quando a ABPM participou da  Semana Internacional de Madeira – SIM . O plano é o de realizar a 3° Edição do evento Wood Protecion e participar com um estande de exposição na Lignum Latin America 2024, a serem realizados em setembro na cidade de Curitiba – PR.

A nova diretoria ficou assim composta:

Presidente: Montana Química Ltda – Flavio C. Geraldo

Vice-Presidente: Arxada do Brasil – Elcio L. Lana

Diretor Secretário: Zenóbio Madeiras – Zenóbio Shotten

Diretor Tesoureiro: Teca Madeiras Tratadas – Rafael Sandoval

Suplente Diretor Secretário: SEAP – Eudes Ribeiro

Suplente Diretor Tesoureiro: Lua Mad. Imunizada – Thulio Linhares

Coordenadoria Técnica- Tamarah Láuar – CBI Madeiras

Dir. Adjunta Rel. Institucionais & Eventos: Humberto Tufolo – HTN Gestão Empresarial

Dir. Adjunta Normatização: Dulcídio R. Macedo – Lanxess

Dir. Adjunta: Comunicação: Flavio Geraldo – Montana

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Eu sou FLORESTAL mais que UNIVERSAL

Artigo de Sebastião Renato Valverde.

Quem me vê assim forte, grande, limpo e inodoro, maior e melhor que um nórdico, não imagina o quanto fui pequeno, fraco, sujo e fedorento, menor e pior que o grego do pergaminho. Fiquei grande e “bombadão”, mas sem o uso de anabolizante de cavalo e sem frituras. São muitos investimentos em academias e na minha dieta que, embora eu coma muito e ininterruptamente, ela é diet, zero óleo e gordura, vegana, sendo somente a base de um picadinho bem cozido e com sal a gosto para não ficar hipertenso, senão, posso explodir e matar todos ao redor.

Já tive época que eu parecia um panda de tanto comer bambu. Até que um dia, além de perceber que não engordava, senti uma corrosão no meu sistema digestivo, com dificuldade de mastigar e defecar. Daí me recomendaram a comer fibras mais curtas, então mudei a dieta radicalmente e passei a ingerir só madeira, como um cupim, só que gigante. Tornei-me mega obeso e, paradoxalmente, mais eficiente. Há quem aposte que em breve serei um combo de panda com cupim.

Já não tinha suco gástrico no estomago, era mesmo soda cáustica para dar conta de degradar tanta fibra dura e em grande quantidade. Além disso, depois de tanto picar e comer bambu, devido à sílica, meus dentes já estavam todos gastos. Tive que fazer implantes. Aproveitei e já implantei dentes de aço especial, inoxidável, salpicado com ferroligas de cromo e titânio a carvão vegetal.

Mesmo tendo evoluído, crescido e fortalecido, sempre me deparei com a vida aumentando o sarrafo para saltos mais altos a cada novo desafio. Reconheço que devo isso muito aos “verdes olivas” que, na década de 1970, me incentivaram a crescer, e aos de black ties após 2000 que me oportunizaram a ganhar o mundo.

Embora às vezes fosse prazeroso vencer os obstáculos, tiveram momentos que foram sofridos superá-los, mesmo assim procurei produzir com gosto as coisas que ajudassem a educar a sociedade, torná-la mais culta e mais limpa, seca e higienizada, deixando tudo embrulhadinho. No início não foi fácil. Desde cedo tive que enfrentar sozinho os obstáculos da vida, tanto para comer como para produzir. Pois, ainda recém-nascido e órfão não tive quem me alimentasse. Sempre renegado, as pessoas achavam demorado, caro e arriscado produzir o meu sustento dado as características do meu prato predileto. O que repelia a minha adoção.

Em que pese muita responsabilidade precoce, enquanto criança não deixei de fazer minhas travessuras que eram tratadas com certa naturalidade pelas pessoas. No mesmo rio que eu bebia água, descarregava o esgoto, defecava e urinava. Flatular era o meu forte. Na verdade, ainda o é, só que hoje consigo dissimular o barulho e disfarçar o cheiro de ovo podre borrifando essências florais na ponta do orifício. Embora ainda há quem goste deste cheiro alegando aroma da verdinha.

Ainda que poluído, era comum o gado pastar na beira do rio e, por incrível que pareça, ficava liso de gordo. Também pudera, parte da minha descarga era sal puro e quanto mais ele pastava e bebia, mais água tinha que beber. Hoje tais áreas viraram APPs que estão protegidas com as águas mais limpas e sem o gado. Sendo que este, já fora da APP, não mais liso, porém sadio.

Para compensar as travessuras de criança, hoje eu protejo as margens dos rios, as nascentes e os morros, além de manter uma grande área de mata para os bichos poderem correr, caçar e procriar.

Apesar de no passado eu não ter tido tanta dificuldade de gerar minha renda para sustento, pois era acessível coletar, vender e reciclar papel e fabricá-lo em pequenas quantidades, não havia tanta concorrência, inclusive, muito do que se tinha de papel no Brasil vinha de outros continentes.

Como ninguém me adotava, restou a mim mesmo, com muita dificuldade, produzir meu alimento. No início plantava em todo o meu quintal. Bicho nele era só inseto, réptil e anfíbio. Raramente paca, capivara e anta davam as caras por lá. Agora, como minha fome é enorme, tive que expandir meu quintal à décima potência e o que tenho de plantio, tenho de mato. E aí, haja mato e haja bicho grande e feroz. É tanto mato que tem onça aos montes. Quando elas deparam com os homens, até assustam. Também, pudera, um monte de homens feios no mato. Já, as mulheres mateiras, estas sim são deusas, mas aqueles, quanta diferença, quantos shampoos Colorama.

Sempre fui diferente dos meus vizinhos na roça. Enquanto eles produziam arroz, feijão, milho, verduras e legumes, eu produzia bambu e depois pau. Me achavam louco em produzir algo que demorava tanto tempo e numa época que havia tanto pau nas matas.

Até então, a sociedade aceitava, achava normal eu fazer xixi e kh no rio e flatular. Mas, com o tempo ela me pressionou dizendo que eu não mais poderia urinar, defecar e nem flatular. Eu poderia beber a água do rio, mas urinar só se a qualidade da urina fosse igual ou melhor que da água consumida. O resíduo sólido, nem pensar. Me obrigaram a tratar dele. Tive que fazer uma fossa séptica gigantesca, uma verdadeira estação de tratamento de esgoto.

Assim, para atender as exigências da sociedade, tive que crescer para sobreviver. Era crescer ou morrer. Preferi crescer. Crescer para produzir mais para que meus custos fixos caíssem pela quantidade produzida. Cresci, gigantiei-me. Não mais vendi produtos diretamente para a sociedade que as tornava cultas, limpas e embrulhadas. Somente produzi para quem incumbisse disso.

Os colegas que não cresceram, morreram. Alguns mudaram de ramo, outros somente a reciclar. Os pequenos que continuaram tiveram que transportar todo xixi e cocô para grandes lagoas até sucumbirem. Só que, como um dia de domingo, umas delas rompeu e despejou todo rejeito fedorento rio abaixo até chegar no mar.

Embora ninguém produzisse o que eu consumia, pelo menos, ninguém criticava o que e como eu produzia. Hoje, tendo sido forçado a crescer, a me gigantear e não desperdicei as oportunidades que os verdes olivas e de black ties me deram – até porque sou adepto a frase de cavalo arreado só passo uma vez e tratei logo de subir nele – resolvi expandir. Mas, por ser grande, fiquei muito visível. Virei vidraça e aí, dá-lhe pedradas. Me criticam de tudo que faço, como faço, o que utilizo e também daquilo que planto, produzo.

Atualmente meu maior problema nem é tanto o ambiental, mas sim, social. Não consigo atrair produtores para me abastecer. Como no passado, tenho que investir em terras e plantios quando poderia direcionar só para a indústria. Desta forma, me restou, desde nascença, me verticalizar e ser proporcionalmente concentrado. Ainda que seja aparentemente mais confortável produzir meu próprio alimento, o custo disso é maior do que se produzido por terceiros que não querem, haja vista o longo prazo e o custo inicial alto de produzi-lo, além de ter poucos consumidores por perto, incerteza futura no preço, inflação e juros estratosférico. Daí preferem produzir grãos para o mercado internacional e que é de curto prazo e recebem em dólar, verdinha.

Assim, se já não me alimentavam quando pequeno, quiçá agora que sou gigante, faminto e bocudo e que para sobreviver, fui obrigado a produzir cada vez mais meu alimento. Fui comprando tudo que é propriedade em volta para manter a minha obesidade. Os terceiros desconfiavam que eu não sobreviveria à obesidade mórbida por isso não plantavam com receio de não terem para quem vender o alimento já que não tinha outro guloso por perto, dado que tais alimentos não se viabilizavam transportá-los a longas distancias.

Em que pese o alimento ser o mesmo de quando eu era pequeno só que com quantidade maior, as críticas vieram com força dizendo que eu seco e empobreço a terra, àquelas que já planto e colho bem a quase um século no quintal. Também alegam que eu afugento os bichos, sendo que as onças tão quase virando animais de estimação na minha roça. E olha que tem uma turma de gente que fica no meu pé para ver se estou socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente correto. Uns tais de certificadores e competidores. Atendi a todas eles, mesmo exigindo de mim mais do que as legislações ambientais e trabalhistas. Como resultado disso e para me manter competitivo no Globo estou selado até à testa.

Consequentemente, pela característica do meu processo produtivo, jamais deixarei de ser verticalizado e concentrado. Poderei minimizar, mas deixar de ser, infelizmente, jamais. Além de não mais flatular, defecar e urinar no rio, consumo bem menos água pelo que, exponencialmente, produzo. Se no passado eu consumia em torno de 100m3 de água por unidade produzida, hoje são apenas de 20 a 30m3.

Enfim, evolui. Eu que já fui quase um escandinavo, superei-o. Hoje sou um Deus Grego suntuoso. Os meus concorrentes internacionais estão querendo pegar uma boquinha no Brasil pagando qualquer preço pelo meu passe e pelo dos meus concorrentes compatriotas. Espero que eu e nenhum deles se deixe seduzir pelo capital dos yankees ou de qualquer gringo e ceda o controle das nossas empresas.

Para quem ainda não me identificou e aos que não me conhecem, eis que não sou a Universal, mas, sim, a Indústria de Celulose Transnacional do Brasil, The Big and Best of the Universal.

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6º Encapp acontecerá em setembro de 2024

O principal evento da cadeia produtiva da porta, o Encapp (Encontro da Cadeia Produtiva da Porta) terá sua sexta edição realizada entre os dias 17 e 19 de setembro de 2024 e acontecerá novamente na Semana Internacional da Madeira junto à Lignum Latin America.

Uma das principais novidades desta edição é a mudança de local para o Expotrade Convention Center, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR). Essa alteração proporcionará um aumento significativo na área de exposição, possibilitando a participação de um maior número de empresas fornecedoras da cadeia. “O objetivo é atrair o maior número possível de empresas que forneçam tecnologias e soluções para a fabricação de portas de madeira.

Nesta edição serão 552 m² disponíveis para exposição”, afirmou Paulo Pupo, superintendente da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), entidade realizadora do Encapp por meio do PSQ-PME (Programa Setorial da Qualidade de Portas de Madeira para Edificações).

Nesta sexta edição, o Encapp terá as seguintes áreas de exposição: madeiras, núcleo de portas, adesivos, colas, chapas, painéis, ferragens, tintas, vernizes, abrasivos, vedações, revestimentos, preservantes de madeiras, embalagens, máquinas e ferramentas de cortes.

Registro entre alguns dos stands do evento no ano passado – Arquivo Mais Floresta.

Assim como nas edições anteriores, as empresas expositoras terão acesso exclusivo à Rodada de Negócios, na qual poderão estreitar o relacionamento com as empresas fabricantes de portas de madeira participantes do PSQ-PME. “A Rodada de Negócios é um dos principais diferenciais do Encapp, pois proporciona um contato direto e objetivo entre as equipes comerciais das empresas fornecedoras e os fabricantes de portas. Durante os três dias, todos os expositores terão a oportunidade privilegiada de interagir com todas as empresas que fazem parte do PSQ-PME”, reforçou o superintendente da Abimci.

As vendas das áreas de exposição já foram iniciadas. Para informações a respeito da forma de participação faça contato pelo e-mail contato@encapp.com.br   

Para saber mais sobre o Encapp 2024, acesse: www.encapp.com.br

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Bracell e Conservação Internacional inovam na análise de paisagens sustentáveis

São Paulo, 6 de dezembro de 2023 – A Bracell, líder mundial de celulose solúvel, promoveu uma reunião, no último dia 28 de novembro em Bauru (SP), envolvendo diversos agentes comprometidos com a conservação ambiental, onde apresentou seu “Projeto Gestão Integrada de Paisagens: geoinformação para tomada de decisão no território de atuação da Bracell”. Diante do interesse da companhia em ampliar suas ações de conservação e restauração de paisagens, divulgadas amplamente no último mês, com o lançamento das metas do Bracell 2030, a empresa buscou aliados e uniu esforços com a Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil).

A reunião foi liderada pela Bracell, em colaboração com a APA (Área de Proteção Ambiental) Estadual Rio Batalha e o Jardim Botânico de Bauru. Estavam presentes representantes do conselho da APA e também outros atores-chave da região, como a Unesp, Viva Batalha e Dexco.

“Trabalhar com grandes players como a Bracell é importante porque ela está estabelecendo seus compromissos com acordos globais. O compromisso vai além do código florestal e os benefícios são evidentes, tanto sobre os aspectos dos serviços ambientais, como também em termos de renda e de melhoria da qualidade de vida às comunidades [pessoas]”, destacou o diretor de gestão de conhecimento da Conservação Internacional, Bruno Henrique Coutinho.

O projeto se destaca por compilar e disponibilizar um conjunto de indicadores que visa influenciar a gestão da paisagem, permitindo análises em níveis municipal, de bacias e microbacias hidrográficas e áreas de preservação ambiental, com foco em três eixos principais: conservação, restauração e, uso e ocupação do solo.

“Os resultados desse projeto vão além de uma ampla base de dados. É uma plataforma compartilhada que visa auxiliar diretamente a gestão do território. O seu principal propósito é criar direcionamentos claros para otimizar os recursos disponíveis, permitindo-nos aprimorar e melhorar significativamente as condições ambientais de nossas paisagens”, destacou João Augusti, Gerente de Sustentabilidade da Bracell.

Após a apresentação do projeto, a reunião prosseguiu com a exposição do plano de manejo da APA Estadual Rio Batalha e do Plano Municipal da Mata Atlântica e Cerrado de Bauru.

Na segunda parte do encontro, os participantes visitaram duas fazendas dentro do limite da APA do Rio Batalha, destacando casos de sucesso de restauração florestal. Uma dessas áreas, com três anos de implantação pela equipe do Jardim Botânico, serviu como exemplo de empenho e cuidado na preservação ambiental, abrigando espécies raras e ameaçadas – parte das mudas utilizadas no projeto foram produzidas a partir da coleta de sementes de matrizes de um fragmento florestal conservado sob gestão da Bracell.

Nesse aspecto, o projeto apresentado pela Bracell e a Conservação Internacional pode desempenhar um papel crucial no apoio a iniciativas de restauração de áreas de preservação ambiental, trazendo ganhos imediatos para a biodiversidade e recursos hídricos. “A entrega desse projeto da Bracell é super importante, porque esses diagnósticos direcionam os planejamentos de recuperação de áreas de uma forma complementar concisa, muito mais assertiva”, avaliou o gestor do Jardim Botânico de Bauru, Luiz Carlos de Almeida Neto.

Para a gestora da APA Rio Batalha, a engenheira florestal Claudia Reis, o evento evidenciou a necessidade de ações ambientais. “É preciso intensificar a conservação e a adoção de boas práticas silviculturais, agrícolas e, principalmente, a restauração das matas ciliares da bacia hidrográfica. O início do diálogo, reunindo muitas instituições regionais, me deixou com a esperança de que teremos êxito neste trabalho coletivo”, ressaltou a gestora.

Sobre a Bracell
A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Scania lança gama Super para todas as operações off-road

Depois de algumas aplicações fora de estrada que chegaram em 2022, marca apresenta novos modelos, especialmente para a mineração, com até 8% de economia de combustível  

São Paulo, 5 de dezembro de 2023 – A Scania anuncia a terceira fase de lançamentos do portfólio de caminhões Euro 6, agora com a Nova linha Scania XT Super para todos os segmentos off-road. Com a novidade, a marca contempla, a partir deste mês, o novo trem de força Super para as outras aplicações que faltavam, principalmente para a mineração. Os produtos passam a receber a nova caixa de transmissão Heavy Planetary, ainda mais robusta para os modelos fora de estrada, freios CRB mais Scania Retarder de série, opções de eixos e bogies para atender a diversas especificações, além de aumento dos intervalos de manutenção, novas soluções de serviços com o Scania PRO e maior segurança na operação com o Scania Zone, que permite controlar a velocidade da frota por meio de cercas virtuais. Com todas estas novidades, a linha Scania passa a oferecer ainda mais produtividade, robustez, segurança, economia de combustível em menores ciclos e reduzido custo por tonelada produzida.  

“A Scania tem uma tradição muito forte no segmento fora de estrada, com diversos pioneirismos ao longo dos anos, a exemplo os primeiros 8×4 (1999) e 10×4 (2007) do mercado, além de apresentar a primeira linha 100% off-road com a chegada da lei Euro 5, entre 2011 e 2012”, afirma Marcelo Gallao, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Scania Operações Comerciais Brasil. “A nova caixa de câmbio chega para deixar o caminhão mais rápido e robusto. Sua sessão planetária reforçada (Heavy Planetary), de modelos G25CH e G33CH, tem carcaça produzida em alumínio, o que reduz o seu peso em até 80 quilos comparado à geração anterior. Estamos lançando as linhas que vão proporcionar a maior produtividade do mercado com o menor custo por tonelada produzida.” 

Para garantir ainda mais segurança na operação, a Scania está incorporando dois freios, o CRB (freio de liberação de compressão, que chegou com a gama Super em 2022), e o auxiliar hidráulico Scania Retarder – juntos de série. “Essa dupla vai impressionar os motoristas e os clientes. Somados, são 850 Kw de potência, ou 1.153 cavalos de potência, o que representa a maior capacidade de frenagem do mercado. Portanto, o caminhão ficará extremamente seguro”, explica Gallao. Completam o pacote de segurança airbag frontal e o lateral de cortina, pioneiro e exclusivo no mercado, para proteger o condutor em caso de tombamento, e bafômetro (o veículo só dará partida após o teste do motorista).  

Parte da linha Euro 6 foi apresentada em novembro de 2022, durante a Fenatran, e chegou efetivamente a partir de 1.º de janeiro de 2023, pois as fabricantes de veículos comerciais precisaram se adequar aos requisitos obrigatórios de metas de controle de emissões da fase P8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), ou equivalente à lei europeia Euro 6. Para cumprir o P8, a Scania definiu duas estratégias. Ter uma nova linha de motores P8/Euro 6 que atendem todos os segmentos de atuação com economia de diesel de 2% sobre a geração atual; e criar uma gama dentro da categoria dos pesados, a Super, para elevar ainda mais o patamar de resultados dos clientes que atuam nas faixas de potência mais vendidas do mercado. A gama Super reduz o consumo em até 8%.  

“O Scania Super tem uma plataforma verdadeiramente nova e ainda mais moderna, além de um exclusivo e novíssimo trem de força”, diz Gallao. “Não se tem registro no mercado, na faixa de potência de 420cv a 560cv, de uma solução de transporte que vem entregando tanta eficiência energética e um menor custo total de operação como o Scania Super.” 

Os modelos da nova linha off-road XT Super são oferecidos nas cabines P e G, em alguns casos a R, todos com o pacote XT de itens personalizados para as aplicações fora de estrada. Os motores possuem sistema de injeção XPI e as potências vão de 360 até o topo de linha, o V8 de 660cv, com a tração 10×4. As outras configurações de roda são 4×2, 6×4 e 8×4. Os torques vão de 1.700Nm até os impressionantes 3.300Nm do motor V8. A linha Euro 6 otimizada tem os seguintes modelos: P 360 (360 cavalos de potência e 1.700Nm de torque, no motor 9 litros, no propulsor de 13 litros caminhões G 450 (450cv e 2.350Nm) e G 500 (500cv e 2.550Nm), além do R 660 V8 de 16 litros. Já a plataforma Super contempla modelos de 13 litros com o 460 G (460cv de potência e 2.500Nm de torque) e 560 G (560cv e 2.800Nm de torque – o mais alto da categoria), com excelente desempenho já nas baixas rotações. As versões movidas a gás e biometano compõem potências de 280 cavalos e 410cv, e ao longo de 2024 chegarão as novidades de 420cv e 460cv.  

A identificação da marca Super na cabine está nas laterais das portas e na parte superior da grade dianteira, abaixo do nome Scania, em um destaque elegante com uma grafia moderna e imponente. O cliente ainda poderá adicionar um adesivo, opcional, no topo da cabine entre os faróis superiores.   

Trem de força Super: alta eficiência em motor, caixa e diferencial 100% novos

O propulsor Super traz muitas novidades. Dentre elas, o aumento da pressão de pico no cilindro para 250bar, duplo comando de válvulas no cabeçote​, fricção reduzida dos componentes internos e melhorias da lubrificação, refrigeração e da eficiência do turbo compressor. ​”O motor Super oferece desempenho superior em relação aos atuais da marca, principalmente, devido ao comando duplo no cabeçote e ao Scania Twin SCR, um sistema de injeção dupla de AdBlue (Arla 32), que ajuda a aumentar a eficiência do processo de pós-tratamento. “Todas estas mudanças foram preponderantes para atingir a economia de até 8% sobre a geração anterior”, revela Rodrigo Arita, gerente de Engenharia de Pré-Vendas da Scania Operações Comerciais Brasil. 

Outro grande benefício do Scania Super está na introdução de série da nova unidade de otimização do tanque de combustível. O recurso, exclusivo da Scania para estes modelos, foi chamado de FOU (Fuel Optimization Unit) e funciona como um tanque de captura capaz de garantir a utilização máxima do combustível. “Passamos de 87% para 97% de diesel utilizável em nossos tanques, o que significa um ganho de carga útil transportada ou o alcance estendido a depender do que for priorizado em sua aplicação”, completa Arita. No Super, o sistema de tratamento de gases (silencioso) Euro 6 SCR (Selective Catalytic Reduction ou Redução Catalítica Seletiva) passa a utilizar uma dupla dosagem do reagente ARLA 32 (um logo no coletor de escape e o outro no silencioso) e do filtro de particulado do diesel (DPF) para atender a lei Proconve P8.  

Principal lançamento: Heavy Tipper Super para a mineração

A maior novidade da linha é o modelo 560 G 8×4 XT Heavy Tipper Super, apresentado como a melhor solução para a mineração, que traz ainda mais produtividade com menor tempo de ciclo, menor custo por tonelada produzida, maior economia total operacional e maior capacidade técnica da categoria com peso bruto total (PBT) de 60 toneladas. Está equipado com a nova caixa Scania Opticruise Heavy Planetary G33CH, de 14 velocidades sendo uma Super reduzida Crawler –  que diminui o uso frequente dos freios – e Overdrive. Sua capacidade máxima de tração (CMT) chega a 210 toneladas. “Ele, sem dúvida, será nosso campeão de vendas no segmento”, aposta Gallao. “No uso dele na operação serão aliados fundamentais os freios CRB e Scania Retarder juntos de série. Nos testes pré-lançamento, surpreendemos os clientes com o tamanho da segurança a bordo nas mais severas condições na mineração. Estamos orgulhosos de todas as melhorias que estamos trazendo neste novo Heavy Tipper.” 

Modelo 560 G 8×4 XT Heavy Tipper Super.
Interior da cabine do modelo 560 G 8×4 XT Heavy Tipper Super.

Outro modelo importante da Scania para a mineração é o R 660 V8 10X4 XT. Não é um modelo Super e oferece a melhor alternativa aos veículos da linha amarela. Ele tem parachoque inteiriço de 150 mm em aço e robusta caixa de câmbio GRSO935R de capacidade elevada de torque. Além disso, tem eixos direcionais de capacidade técnica de 11t, terceiro eixo direcional com peças modulares, auxiliar de partida em rampa e acessórios que garantem a maior segurança na operação. Sua economia de até 2% no consumo de combustível em comparação à geração anterior o credenciam a obter máxima produtividade e melhor performance com o aumento de velocidade média. Ele dispõe do maior peso bruto total (PBT) da categoria de 71t e de eixos traseiros desenvolvidos para a mineração, o RBP900, que oferece 210t de capacidade máxima de tração (CMT). 

Outros modelos de destaque para 2024

Para o setor canavieiro o campeão de vendas deverá continuar o 560 G 6×4 XT Super, no florestal o topo do ranking Scania será do 560 G 6×4 XT Super e o 460 G 6×4 XT Super vai puxar a comercialização para as aplicações de construção.  

Super canavieiro.
Super Florestal.

O modelo G 560 6X4 XT, de 560 cavalos, substituiu o 540cv da geração Euro 5. Tem motor 13 litros equipado com sistema de injeção XPI e caixa de câmbio G33CH. Trata-se do caminhão de maior capacidade de arranque em aclives e menor rotação em velocidade de cruzeiro. A CMT chega a 150 toneladas. Na cana, ele já atende o peso bruto total combinado (PBTC) para as novas operações de 91 toneladas, nos circuitos rodoviário e fora de estrada. Outro diferencial neste segmento é propiciar a maior eficiência energética na carga líquida transportada por consumo da categoria. 

P 360 6×4 – Grande aposta da marca na versatilidade fora de estrada

Um modelo da linha otimizada que chegou com grande expectativa pela marca é o P 360 6×4, um pesado de entrada com 360cv de potência e 1.700Nm de torque. Trata-se de um verdadeiro multifunção nas operações de apoio para todos os quatro segmentos off-road: mineração, canavieiro, madeireiro/florestal e construção. “Este modelo com chassi rígido para suporte está bem ajustado para as aplicações off-road, com ótima capacidade de carga e muita robustez. Ele está configurado com eixo para aguentar uma capacidade máxima de tração de 150 toneladas. Ele é muito versátil.” 

Scania Super – Um pouco de história

A matriz da Scania na Suécia escolheu batizar a nova gama global de trem de força numa homenagem ao Brasil. Exatamente, o Scania Super nasceu aqui em 1970.  

Numa manhã de sábado, na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), um caminhão Scania, naquele momento o mais potente do Brasil, estava sendo fotografado pelo Departamento de Propaganda. Em meio ao trabalho, apareceu um curioso e, humildemente, lançou a pergunta: “É turbinado?”. Nascia, após dois anos de testes, o caminhão “jacaré” Scania Super L76, com 42% mais torque e 41% mais potência que os modelos anteriores. Não demorou para surgir a peça publicitária: “O caminhão mais potente do Brasil não é mais o Scania. É o Scania Super”.

Com ele, a Scania aumentou a produção e as vendas das unidades de motor superalimentado. Ele era equipado com motor DS 11 R 01A de 275cv e torque de 108Nm. Em 1971, o L76 foi substituído pelo L110. Em 1972, o Brasil pronuncia duas palavras de ordem: “integração” e “exportação”. Não muito longe da fábrica da Scania, uma rodovia começa a ganhar formas, a dos Imigrantes, “um novo caminho para o mar”. O principal produto da Scania, o Scania Super, passa a ser chamado de “o Caminhão da Integração Nacional”. O novo Scania Super foi produzido nas versões L, LS e LT e distância entre eixos de 4m20. A nova distância entre eixos permitiu o desenvolvimento de uma cabine com leito, um lançamento que era esperado há tempos pelos motoristas de Scania. Ficou no mercado até 1976 quando chegou o L 111, o último “jacaré” produzido. 

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Tecnologia Blockchain garante eficiência e segurança ao setor florestal de Minas Gerais  

Mais de 87% dos municípios mineiros aderiram ao MG Florestas, sistema que realiza a gestão de florestas plantadas em Minas 

Governo de Minas utiliza a Tecnologia Blockchain para garantir segurança e transparência a todas as transações e atividades registradas no sistema MG Florestas. A plataforma realiza a gestão de florestas plantadas em Minas Gerais, com controle da cadeia do carvão vegetal, ajudando na proteção da vegetação nativa. Mais de 87% dos municípios mineiros já aderiram ao sistema. 

A iniciativa é desenvolvida pelas Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad-MG) e de Planejamento e Gestão (Seplag-MG), pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) e pela Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge), sendo financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). 

Utilizando um banco de dados distribuído, que armazena dados em vários computadores e à prova de violações, a Tecnologia Blockchain assegura que todas as informações relacionadas a produção, colheita e transporte de carvão vegetal sejam permanentes e acessíveis a todas as partes envolvidas. A tecnologia reduz o risco de atividades ilegais, melhorando a eficiência operacional de toda a cadeia produtiva. 

Segundo o especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Frederico Afonso Maximiano, que atua na Diretoria Central de Governança de Tecnologia de Informação e Comunicação da Seplag-MG, a tecnologia Blockchain funciona como um livro de registros compartilhado e imutável que facilita o processo de rastreamento de ativos. 

“A iniciativa demonstra a importância da inovação no Governo de Minas. O MG Florestas acompanha com alta confiabilidade toda a cadeia do carvão, desde o plantio das árvores até o consumo do produto final, tornando o processo mais transparente e sustentável”, destacou. A Seplag-MG é responsável pelo desenvolvimento do sistema e pela aplicação da tecnologia Blockchain. 

Adesão 

O último levantamento realizado pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) revelou que mais de 15 mil produtores aderiram ao sistema do MG Florestas, representando uma ampla gama de agricultores e empresas envolvidas na produção de carvão vegetal em Minas Gerais. Já foram cadastrados quase 1.500.000 hectares. Além disso, 834 municípios do estado estão ativamente participando do projeto, reforçando o impacto e a aceitação do MG Florestas em comunidades locais. 

“A adesão maciça ao MG Florestas não apenas ressalta a importância da Tecnologia Blockchain na transformação de setores tradicionais, como destaca o compromisso dos produtores e autoridades em garantir uma produção sustentável e legal de carvão vegetal em Minas Gerais. O projeto protege nossos recursos naturais e impulsiona a economia local, criando oportunidades para o crescimento contínuo e o desenvolvimento sustentável do Estado” ressaltou o diretor de Controle, Monitoramento e Geotecnologia do IEF, Flávio Aquino. 

MG Florestas 

O MG Florestas é um projeto dividido em três fases: origem, transporte e consumo do carvão. 

O Módulo de Cadastro de Plantio, lançado em 2021, foi o primeiro passo na jornada do MG Florestas para criar uma cadeia produtiva transparente e eficiente. No ano seguinte, em 2022, o Módulo de Comunicação de Colheita foi introduzido, proporcionando uma comunicação eficaz entre os produtores e as autoridades envolvidas no processo. 

Agora, no mês de dezembro, está previsto o lançamento do Módulo de Declaração de Colheita de Florestas Plantadas (DCF), marcando o início da fase de transporte do carvão vegetal. 

A iniciativa tem como objetivo principal monitorar e otimizar a produção de carvão vegetal em Minas Gerais, garantindo a sustentabilidade ambiental e a legalidade na cadeia de produção. Para acessar o MG Florestas, o cidadão deverá realizar o cadastro de pessoa física ou jurídica no Portal Ecossistemas, neste link.

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