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Novo embaixador quer missão para fortalecer investimentos na celulose entre MS e Áustria

Com atuação na Áustria e em Mato Grosso do Sul, empresa de celulose Suzano pode ser meio para incentivar investidores austríacos

O novo embaixador da Áustria, Eduardo Paes Saboia, foi sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado na última terça-feira (22) e comentou sobre o crescimento do mercado da produção de celulose em Mato Grosso do Sul.

Questionado pelo presidente da comissão, senador Nelsinho Trad (PSD), sobre os investimentos no Vale da Celulose, em MS, Saboia disse que a presença da Suzano no Estado pode ser usada para estreitar os laços com investidores austríacos.

“A Suzano atua na Áustria também e o fato de nós termos investidores austríacos no Brasil também dá conforto aos outros investidores porque eles se espelham nas iniciativas nacionais. Quero me aprofundar nesse assunto”, respondeu Saboia.

Ele ainda ressaltou que quer organizar uma missão à Áustria com o senador Nelsinho Trad para construir essa relação de investimentos no setor da celulose. Eduardo é ministro de Primeira Classe da carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores e vai exercer o cargo de Embaixador do Brasil na República da Áustria.

Com localização privilegiada, vocação logística e inserção no cenário internacional por meio da Rota Bioceânica, a capital consolida-se como protagonista no novo ciclo de desenvolvimento do Mato Grosso do Sul.

A cadeia produtiva florestal em MS gera mais de 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos. Conta com quatro fábricas de celulose em operação, já tendo iniciado a construção da quinta — da Arauco, em Inocência — e confirmada a sexta (Bracell).

Informações: Mídia Max.

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Exclusiva – Grupo Ouro Verde Florestal se consolida no mercado com soluções completas do plantio à colheita

Com capacidade para colher 50.000 m3/mês com sistema full tree, grupo mira 2025 com maior presença de mercado, agregando com inovação e sustentabilidade

Com sua base estrategicamente estabelecida em Minas Gerais – estado que detém a maior área de floresta cultivada do Brasil e se destaca como líder na produção de aço –, o Grupo Ouro Verde Florestal se consolida no mercado com soluções completas para o setor. Com 5 mil hectares dedicados ao cultivo de eucalipto, o grupo atua principalmente na produção de carvão para siderurgia (ferro gusa, ligas, aço). Também fornece madeira para diferentes processos, incluindo tratamento, biomassa e celulose. Na prestação de serviços de colheita florestal, seus principais parceiros são empresas do setor siderúrgico.

Em 2024 o grupo produziu 240.000 m3 de carvão vegetal e forneceu 100.000 m3 de madeira para biomassa. As unidades produtivas do grupo utilizam-se de 100% de matéria-prima de origem plantada, preservando áreas de florestas nativas, contribuindo para a conservação do meio ambiente e produzindo com qualidade, segurança e respeito ao colaborador.

“Temos ativos florestais em áreas próprias e arrendadas e unidades de produção em diversos municípios. Considerando todas as atividades do grupo; silvicultura, colheita florestal, produção de carvão vegetal e transporte, contamos com mais de 400 colaboradores, sendo cerca de 30% terceirizados. Crescemos a cada dia, visando o desenvolvimento do setor de maneira inovadora e sustentável”, informa o sócio Cleuton Oliveira Teodoro.

Uma sociedade florestal

Atuando desde 2010 na produção de carvão vegetal, a empresa Ouro Verde Florestal foi desenvolvida com a preocupação em atender à crescente demanda do setor siderúrgico por esse produto. E em 2022 surgiu o Grupo Ouro Verde Florestal, quando cinco amigos que, individualmente atuavam no setor florestal há mais de 20 anos, uniram seus conhecimentos, todo know-how adquirido, e acima de tudo o respeito mútuo e a amizade.

Roniclei Teixeira Duarte, Volnei José Soares, Cleuton Oliveira Teodoro, Ricardo Steinmetz Vilela e Douglas Italo Fonseca compõem a sociedade na diretoria do Grupo Ouro Verde Florestal.  A necessidade de ganhar escala fez com que a sociedade fosse o caminho mais lógico. Dessa forma o grupo se torna um protagonista do setor em Minas Gerais.

“O grupo investe e atua ao longo de toda a cadeia florestal, desde o plantio e manutenção florestal, até a colheita e carbonização. Conciliando geração de energia renovável com respeito ao meio ambiente, trabalhando com 100% de sua matéria prima de origem plantada. Nosso principal foco é garantir sustentabilidade e qualidade em todas as nossas operações”, destaca o sócio Roniclei Teixeira Duarte, sobre as atividades e direcionadores do grupo.

Diferenciais do grupo

O Grupo Ouro Verde Florestal investe constantemente em tecnologia e inovação para garantir eficiência e produtividade em suas operações, e conta com uma estrutura completa de maquinário, capaz de atender todas as demandas do setor florestal, desde o plantio até a colheita e destoca, além de 5 mil hectares com plantios de eucalipto.

Prestação de serviços:

  • Maquinário Feller – Derrubada
  • Maquinário Skidder – Arraste
  • Garra traçadora – Traçamento

Produtos:

  • Carvão Vegetal – Produção em larga escala: o Grupo Ouro Verde Florestal conta com unidades de produção em João Pinheiro, Buritizeiro, Vazante, Brasilândia de Minas, Andrelândia, Itumirim, Cristais e Augusto de Lima, produzindo 20.000m3 de carvão vegetal por mês.
  • Madeira de Eucalipto – Com ativos florestais em João Pinheiro, Buritizeiro, Brasilândia de Minas, Santa Fé de Minas e Cristais, o Grupo Ouro Verde Florestal está posicionado estrategicamente para fornecimento de madeira para processos, como celulose e biomassa.

“O grupo atua em praticamente toda a cadeia florestal, desde a produção da muda, passando pela implantação e manutenção florestal, até a colheita e carbonização. Conta com terras e equipamentos próprios, equipe treinada e domínio tecnológico, controlando assim o processo produtivo, visando qualidade e eficiência”, destaca o sócio Volnei José Soares.

Ativos Florestais e seus benefícios

Os ativos florestais têm recebido destaque no mercado mundial por trazerem diversos benefícios para a economia, a sociedade e o meio ambiente. Com forte atuação no segmento, o Grupo Ouro Verde preza por produzir com eficiência, responsabilidade e sustentabilidade, através da busca constante por inovação, conciliando respeito ao meio ambiente e rentabilidade.

“Os benefícios que os ativos florestais geram são inúmeros. Para a economia, são fortes geradores de divisas, pagadores de impostos, e são o suporte para a única siderurgia do mundo que não depende do carvão mineral. Para a sociedade, florestas plantadas geram trabalho e receita que ajudam a evitar o êxodo rural, fixando o homem no campo com remuneração digna. Comprovadamente aumentam o IDH dos municípios em que se concentram e são verdadeiras fontes de inclusão social. O meio ambiente é o grande beneficiado pelas florestas plantadas. Primeiro porque a oferta de madeira plantada é a única forma de realmente proteger nossas matas nativas. Minas Gerais, estado com forte tradição na mineração e siderurgia, tem a maior área de florestas de eucalipto no país. Aqui temos a produção do gusa e do aço verde, que, utilizando o carvão vegetal, apresentam um ciclo muito menos poluente que a siderurgia convencional”, explica o sócio Ricardo Steinmetz Vilela.

Lançamentos e expectativas de mercado

Com DNA de inovação e visão de futuro, o Grupo Ouro Verde Florestal investe constantemente em tecnologia, profissionais qualificados, equipamentos de última geração e estrutura física, garantindo com que cada etapa da produção de carvão vegetal aconteça de forma ágil, segura e com os melhores resultados.

“Em 2025 esperamos entrar de forma mais marcante na prestação de serviços de colheita florestal. Adquirimos nosso 2º módulo de colheita no sistema full tree – feller buncher, skidder e garra traçadora – e estruturamos melhor o sistema de apoio e manutenção das máquinas. O grupo tem agora capacidade de colher 50.000 m3/mês”, cita o sócio Douglas Italo Fonseca.

“Temos muita confiança no setor florestal. Especificamente na demanda de madeira. Temos investido constantemente em ativos florestais e equipamentos de ponta, acreditando que esse mercado seguirá se consolidando e diversificando. Em 2024 o grupo produziu 240.000m3 de carvão vegetal e forneceu 100.000m3 de madeira para biomassa. Apesar da produção de carvão diminuir um pouco em 2025, a prestação de serviços deve crescer, compensando o carvão e melhorando o resultado geral”, avalia Douglas.

Saiba mais: www.grupoouroverdeflorestal.com.br ou @grupo_ouroverdeflorestal.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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A silvicultura paulista e seus benefícios ao solo

Com o desenvolvimento das sociedades é natural um avanço sobre o uso da terra e do solo. Além de espaço para atividades socioeconômicas, moradias, serviços e toda a infraestrutura que isto envolve, são necessárias áreas destinadas às atividades agropecuárias, para produzir alimentos e matérias-primas, indispensáveis aos seres humanos.

Uma delas, a silvicultura, vem se mostrando uma grande aliada à manutenção e recuperação do solo. O plantio de árvores é uma atividade altamente benéfica ao solo. De acordo com o professor Leonardo Gonçalves, do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ, as plantações florestais, especialmente de eucalipto e pinus, contribuem para interromper processos de erosão, por exemplo. “Entre 03 e 06 meses depois do plantio, o terreno ficará coberto e a chuva não vai mais bater no terreno descoberto. A água vai infiltrar melhor. Com a presença da floresta, o escorrimento da água é mais lento. Isso faz com que o processo de erosão seja estagnado”, explica ele.

O professor comenta que, em relação à estrutura, caso o solo apresente compactações moderadas, elas serão revertidas pelo processo de crescimento radicular, que é muito profuso. “As raízes irão romper as camadas compactadas com deposição de matéria orgânica para agregar as partículas no solo, melhorando a estrutura. O solo ficará mais permeável e estruturado, permitindo melhor infiltração de água”, conta ele.

Florestas cultivadas podem ser uma solução para recuperar solos degradados. Segundo o professor, o crescimento contínuo de raízes, devido à deposição de serrapilheira, irá aumentar o teor de matéria orgânica. “Sobretudo em solos degradados. A adição de matéria orgânica é de uma tonelada e meia a duas toneladas de carbono por hectare por ano. Isso representa um sequestro alto de carbono no ambiente”, conclui o professor Leonardo.

Um levantamento feito pela empresa Canopy Remote Sensing Solutions, encomendado pela Florestar São Paulo, dá conta de que nos últimos quatro anos, o cultivo de florestas de pinus e eucalipto avançou em aproximadamente 79 mil hectares dentro do estado. Deste total, 60% aconteceu em pastagens, áreas sem manejo ou com algum nível de degradação. Entre os benefícios estão; uma significativa melhoria da qualidade do solo e forte contribuição para a regulação climática, já que o solo que antes estava exposto agora está sombreado por árvores cultivadas.  

“Estamos concluindo este estudo que trará, além destes dados recentes, diversos outros benefícios da atividade de silvicultura na economia, meio ambiente e qualidade de vida dentro do estado de São Paulo”, explica a engenheira florestal, Fernanda Abilio, diretora-executiva da Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas. O Panorama Executivo da Florestar 2025 deve ser lançado em agosto, junto com as comemorações pelos 35 anos da Florestar.

Informações: Florestar. Publicação original: https://florestar.org.br/a-silvicultura-paulista-e-seus-beneficios-ao-solo/

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Setor de silvicultura mira expansão de 100 mil hectares no RS

O setor de silvicultura do Rio Grande do Sul visa uma ampliação em 100 mil hectares de florestas plantadas nos próximos anos , área a ser somada aos atuais 973 mil hectares cultivados com espécies como eucalipto, pinus e acácia negra, o que representa 4,5% da área dedicada ao agronegócio no estado.

A meta da Associação Gaúcha de Produtores de Florestas Plantadas (Agaflor) é expandir essa cultura de forma sustentável para atender à crescente demanda dos mercados de celulose, móveis, construção civil e energia . “Não cortamos árvores. Colhemos árvores porque nós as plantamos. É diferente”, afirma Paulo Bennemann, diretor-presidente da Agaflor.

A fala resume a essência do setor, que atua com florestas cultivadas em ciclos longos, de até 25 anos , dependendo da espécie e do uso final da madeira. O conceito, que ainda enfrenta resistência por parte da população, está diretamente ligado à sustentabilidade e ao respeito ao meio ambiente.

O ciclo da silvicultura é bem diferente de culturas tradicionais como milho e soja. A acácia negra, por exemplo, leva cerca de sete anos até a colheita, enquanto o eucalipto pode chegar aos 15 anos e o pinus, até 25. Esse tempo é usado não apenas para o desenvolvimento da madeira, mas também para capturar grandes detalhes de carbono da atmosfera . “A árvore é carbono puro. De 50% a 60% do que está ali é carbono que ela retirou do ar e se consolidou”, explica Bennemann.

Durante a maturação, as árvores também ajudaram a fortalecer a biodiversidade , defende o produtor. Segundo Bennemann, nas áreas de floresta plantada, é comum observar o retorno de espécies da fauna nativa . “Hoje temos veado-campeiro em abundância, jaguatirica em várias áreas — animais que antes nem se imaginava que existiam nessas regiões. 

Onde tem floresta plantada, tem fauna pujante “, relata. Além disso, a legislação exige que cada propriedade mantenha pelo menos 40% de mata nativa preservada , o que reforça o compromisso do setor com o equilíbrio ambiental. A silvicultura no Rio Grande do Sul também é uma importante fonte de empregos: são 12 mil postos diretos no campo e mais de 400 mil indiretos em cadeias como serrarias, fábricas de celulose, móveis e esquadrias, segundo a entidade.

A madeira produzida no estado tem destino diversificado: resinas, celulose, madeira serrada e biomassa para geração de energia . Toda a cadeia é pensada de forma circular, com aproveitamento máximo da matéria-prima e preocupação com a paisagem das florestas após a colheita. Segundo o Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul, os municípios gaúchos que tiveram maior destaque, no período 2020-2022, foram Encruzilhada do Sul, Cachoeira do Sul e Piratini, com produção média superior a 500 mil metros cúbicos por ano.

Com a projeção de aumentar 100 mil hectares cultivados nos próximos anos pelas empresas do setor, a Agaflor pretende não apenas garantir o fornecimento de matéria-prima para a indústria, mas também contribuir com a agenda ambiental e climática, defende Bennemann. A expectativa é que essa ampliação seja feita com planejamento, respeitando áreas de preservação e adotando boas práticas agrícolas.

Em setembro do ano passado, conforme noticiado pelo Jornal do Comércio, a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), em conjunto com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), realizou um grupo de trabalho para estudo se deverá ser feito ou alguma alteração nos procedimentos de licenciamento da silvicultura .

A secretaria defende que a alteração da regulamentação federal sobre o potencial poluidor da silvicultura carretou a necessidade de o Rio Grande do Sul avaliar novamente os processos internos estaduais. A Lei 14.876, aprovada no Congresso nacional e sancionada pelo governo federal, tirou a silvicultura do rol de práticas com potencial poluidor e usuários de recursos ambientais.

Alguns empresários do RS defendem a expansão da área de plantio de eucaliptos (utilizada principalmente para a produção de celulose) livre da obrigatoriedade de licenciamento ambiental (hoje estipulada em até 40 hectares – o que equivale a aproximadamente um parque da Redenção, em Porto Alegre). No âmbito federal, a produção de eucaliptos não precisa de licença ambiental, independentemente da área a ser ocupada, porque essa atividade foi igualada a todas as culturas agrícolas.

Silvicultura produziu R$ 37,9 bilhões em 2023 no Brasil

Em 2023, uma pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS 2023) registrou produção florestal primária em 4.924 municípios brasileiros, que, juntos, totalizaram R$ 37,9 bilhões em valor da produção , o que representou um aumento de 11,2% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é inferior ao apurado em 2022, que foi de 13,4%, porém representa um recorde no valor da produção do setor. Uma pesquisa foi divulgada em setembro do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).O valor da produção da silvicultura superou o da degradação vegetal, o que ocorre desde o ano de 1998. Em 2023, houve crescimento de 13,6% no valor da produção da silvicultura e diminuição de R$ 132 mil na deficiência vegetal. Em termos proporcionais, observa-se que a silvicultura aumentou 1,8% sua participação no valor da produção florestal primária (83,6%) frente ao extrativismo vegetal, que passou a responder por 16,4% desse total.

Informações: Jornal do Comércio.

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Plante com a Klabin: programa impulsiona renda de agricultores no PR e SC com cultivo sustentável de eucalipto; conheça

Produtores rurais podem diversificar seus ganhos sem necessidade de experiência na silvicultura e contar com suporte técnico completo da Klabin

A silvicultura tem se consolidado como uma alternativa estratégica para produtores que buscam diversificar sua renda e aumentar a produtividade de suas propriedades. No Paraná e em Santa Catarina, agricultores já podem aproveitar essa oportunidade por meio do Plante com a Klabin, programa de parceria que permite o cultivo de eucalipto com suporte técnico completo e benefícios sustentáveis.

Voltado para produtores rurais com ou sem experiência na silvicultura, o programa não exige investimentos em tecnologia ou conhecimento especializado. A Klabin oferece suporte técnico em todas as etapas do cultivo, desde o plantio até o manejo pré-colheita, além de auxiliar os parceiros na obtenção de certificações que garantem um manejo sustentável. Uma excelente oportunidade para diversificação de renda.

Plante com a Klabin já está disponível em propriedades localizadas em regiões de elevado potencial florestal no Paraná e em Santa Catarina, incluindo áreas próximas a Telêmaco Borba e Ortigueira, no Norte paranaense e nos Campos Gerais.

Silvicultura: uma alternativa lucrativa e sustentável

Além de gerar uma nova fonte de renda para os agricultores, a silvicultura desempenha um papel fundamental na preservação ambiental e na sustentabilidade do agronegócio. O plantio de florestas contribui para:

– Captura e estoque de carbono, ajudando no combate às mudanças climáticas;

– Preservação do solo e da água, reduzindo impactos ambientais;

– Manutenção da biodiversidade, com áreas planejadas para conservação;

– Fortalecimento da economia local, com geração de empregos e movimentação do setor florestal.

Com essas vantagens, os produtores podem aliar rentabilidade e responsabilidade ambiental, participando de um modelo de parceria que traz benefícios tanto para suas propriedades quanto para a comunidade e o planeta.

Como funciona a parceria com a Klabin?

A Klabin disponibiliza três modelos de parceria para os produtores, permitindo que cada um escolha a opção mais adequada às suas necessidades e objetivos:

– Permuta de Insumos e Serviços: a Klabin realiza o plantio e faz a manutenção inicial da floresta. Após o prazo estipulado, o agricultor assume a gestão, contando com suporte técnico contínuo;

– Permuta de Mudas: a empresa fornece mudas de eucalipto para que o produtor faça o plantio, podendo contar com assistência técnica para manutenção da floresta; 

– Outros formatos sob demanda, ajustados conforme as necessidades da propriedade.

Independentemente do modelo escolhido, os participantes do programa recebem orientação técnica especializada para garantir o melhor manejo da floresta, além de suporte para a regularização da propriedade e obtenção de certificações de manejo sustentável, como o selo FSC® (Forest Stewardship Council®), que abre portas para mercados mais exigentes.

Benefícios para os produtores e a região

Ao se tornarem parceiros do Plante com a Klabin, os produtores rurais têm acesso a um pacote de benefícios que vai além da geração de renda. O programa também fortalece o desenvolvimento econômico e social das comunidades locais.

Para o produtor:

–  Assistência técnica especializada durante todo o ciclo de crescimento das árvores;

–  Apoio às certificações internacionais que agregam valor à produção; 

– Diversificação da renda sem necessidade de experiência prévia na silvicultura;

– Regularização ambiental da propriedade.

Para a região:

– Estímulo à economia de base florestal;

– Geração de empregos e fortalecimento do trabalho no campo;

– Movimentação do empreendedorismo local;

– Conformidade com normas ambientais.

Para o meio ambiente:

– Plantio de florestas que ajudam a regular o clima e absorver CO2;

– Proteção do solo e da biodiversidade;

– Uso sustentável dos recursos naturais.

Como participar do Plante com a Klabin

Os produtores interessados podem entrar em contato com a Klabin para obter mais informações e avaliar a melhor modalidade de parceria para sua propriedade. Para isso, basta acessar o site oficial e preencher o formulário de interesse, clicando aqui!

Com o Plante com a Klabin, os agricultores têm a oportunidade de ampliar seus ganhos, fortalecer sua produção e contribuir para um futuro mais sustentável.

Informações: Notícias Agrícolas.

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Suzano utiliza exército de joaninhas no combate a pragas

Iniciativa pioneira no Brasil reduziu 17,1 mil kg de produtos com defensivos agrícolas em apenas um ano

Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de eucalipto, adotou joaninhas como solução natural para o controle biológico de pragas em suas florestas de eucalipto. Pela primeira vez no Brasil, a espécie está sendo utilizada na silvicultura em larga escala nos estados de São Paulo, Maranhão e Mato Grosso do Sul, cobrindo uma área de 57 mil hectares no ano passado. A iniciativa também contribui para o uso racional de defensivos agrícolas. Apenas em 2024, cerca de 17,1 mil quilos deixaram de ser utilizados, gerando uma economia superior a R$ 3 milhões para a companhia.

O projeto foi desenvolvido em parceria com a Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da UNESP, a Embrapa Florestas e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), e representa um avanço importante nas pesquisas brasileiras sobre controle biológico. O objetivo é promover o uso mais racional de defensivos e utilizar a biodiversidade para o controle preventivo de pragas, reduzindo impactos ambientais e fortalecendo uma produção agrícola mais sustentável e eficiente a longo prazo.

A joaninha da espécie Olla v-nigrum é uma grande aliada no controle do Glycaspis brimblecombei, ou psilídeo-de-concha, uma das pragas mais nocivas ao cultivo de eucalipto. Com ocorrência natural no Brasil, a joaninha se adapta rapidamente ao ambiente: nas primeiras 24 a 48 horas após a liberação, ela explora o território em busca de alimento antes de se estabelecer. Em condições favoráveis, a oviposição ocorre entre 5 e 7 dias após o acasalamento, indicando uma adaptação bem-sucedida e o estabelecimento do ciclo reprodutivo. Para que o controle biológico seja eficaz em campo, a temperatura ideal não deve ultrapassar a amplitude de 20°C e 37°C, combinada com umidade moderada.

Antes de liberar as joaninhas no ambiente, a Suzano analisou como a espécie reagia a diferentes temperaturas, dietas e às principais pragas do eucalipto. “As joaninhas ficavam em um laboratório da companhia que simulava o ambiente de floresta, localizado na Unidade Florestal de Três Lagoas (MS). Foram dois anos de trabalho, com uma equipe de quatro pesquisadores entomologistas da companhia dedicados a cuidar e estudar o comportamento da espécie”, diz Maurício Magalhães Domingues, pesquisador principal do tema. “Inovação e sustentabilidade caminham juntas na Suzano, e o uso de joaninhas como controle biológico reflete esse compromisso. A iniciativa permite o uso racional de defensivos químicos, fortalece a biodiversidade e traz ganhos ambientais e sociais, como a valorização da ciência, a geração de empregos e o desenvolvimento de soluções mais sustentáveis para o setor florestal”, finaliza Maurício.

As pesquisas para viabilizar a produção da Olla v-nigrum começaram em 2022, com a identificação de populações nativas durante surtos da praga do eucalipto em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Tocantins. Em 2023, os estudos avançaram com o objetivo de estabelecer uma criação experimental de joaninhas, resultando no desenvolvimento da técnica de multiplicação e liberação em larga escala. No ano seguinte, 210 mil insetos foram liberados. No ambiente, o equilíbrio natural impede que os inimigos naturais se tornem superpopulosos, uma vez que sua sobrevivência depende da disponibilidade da praga-alvo como fonte de alimento, além de estarem sujeitos a seus próprios biocontroladores na cadeia alimentar.

Embora o uso dessa estratégia com joaninhas seja inédito no Brasil, países como os Estados Unidos já aplicam com sucesso o controle biológico em plantios de eucalipto comerciais, reforçando sua eficácia como alternativa sustentável no manejo florestal. Para mais informações sobre essas e outras iniciativas da Suzano na agenda ESG, acesse aqui o Relatório Anual de Sustentabilidade da companhia.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender à demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.

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A insanidade do MST contra o eucalipto

Em nome da “justiça social”, movimento ataca plantações que criam empregos e riqueza ao país

*Artigo de Xico Graziano.

“Eu não como eucalipto”. Das frases cretinas que já escutei na vida, essa é a mais estúpida. Nós também não comemos livros. A frase tem servido como grito de mobilização do MST para, há alguns anos, criminosamente, depredar áreas florestais exploradas pela indústria nacional de celulose e papel. Em nome da “justiça social”, queimam árvores e destroem laboratórios de biotecnologia.

A última ação do MST foi em 13 de março de 2025, quando cerca de 1.000 pessoas invadiram, novamente, uma área da empresa Suzano Papel e Celulose, em Aracruz, no Espírito Santo. Protagonizada pela tal “Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra”, defendem novos assentamentos rurais em lugar da produção de celulose.

Para reafirmar sua insanidade, na passeata vitoriosa que realizaram por dentre as plantações florestais da Suzano, os invasores carregavam uma faixa com os dizeres: “Eucalipto não enche o prato”. Cadernos escolares também não.

Uma semana antes, o presidente Lula visitou um assentamento dominado pelo MST, em Campo do Meio, interior de Minas Gerais. Preocupado com a perda de popularidade, deixou claro sua preferência: “Todo mundo sabe que tenho um lado. Quem são meus amigos? São vocês. Nunca esqueço quem são”.

Nós também não.

Essa birra não só do MST, mas da esquerda em geral, contra o setor de florestas plantadas faz parte do Febeapá nacional. Para quem não se lembra, Febeapá significa o “festival de besteira que assola o país”, uma criação do escritor Sérgio Porto transformada em livros, cujo 1º volume saiu publicado em 1966 sob o codinome de Stanislaw Ponte Preta.

Aquelas ferinas crônicas servem perfeitamente à descrição dessas imbecilidades que vemos hoje em dia, cometidas não mais pela ditadura militar, mas pelos arautos da fracassada democracia que nos aflige. Não comer eucaliptos inspiraria Sérgio Porto, morto em 1968.

Plantar árvores, em qualquer circunstância e em qualquer lugar, faz bem à sociedade. E o Brasil tem plantado muitas árvores pelos campos afora. Para se ter uma ideia dessa quantidade, todos os dias a silvicultura nacional planta 1,8 milhão de árvores. Vou repetir: 1 milhão e 800 mil árvores. Diariamente.

Existem plantações florestais cobrindo 10,2 milhões de hectares no território nacional, área equivalente àquela plantada com cana-de-açúcar, ou 5,5 vezes maior que a área ocupada pelos cafezais do país. Existem plantações imensas, detidas pelas grandes empresas de celulose, mas existem igualmente os pequenos plantios, oriundos de quase 300 mil estabelecimentos rurais.

Dessas plantações florestais, 76% são eucaliptos, 19% pinus e o restante vem de seringueira, teca, acácia, araucária, mogno africano e outras espécies. São árvores frondosas, enfeitando a paisagem rural de 4.837 municípios, segundo indica o Censo Agropecuário do IBGE (2017).

Prestem atenção nesse número: os pequenos e médios proprietários de terra respondem por 38% da área plantada com espécies florestais no Brasil. Desses silvicultores, 270 mil produzem eucaliptos, destinados seja às empresas de celulose e papel, seja à produção de madeira e de carvão vegetal. Sem eucalipto, não tem churrasco, nem pizza de forno à lenha.

De onde vem o sucesso do eucalipto?

Embora originário da Austrália, sendo o alimento predileto dos coalas, a espécie florestal se adaptou muito bem ao Brasil, crescendo vigorosamente graças ao calor tropical. O melhoramento genético e os métodos de cultivo o elevaram ao topo da silvicultura nacional.

Sua elevada produtividade lhe rendeu uma antiga má fama: a de secar o solo onde é plantado. Trata-se de um mito: todos os centros de pesquisa em silvicultura comprovam que o consumo de água da planta de eucalipto é semelhante ao das demais espécies. A diferença é que, como ele cresce muito rápido, utiliza bastante água por intervalo de tempo exigindo, em decorrência, um bom manejo de recursos hídricos no local da plantação.

Se você perguntar a um produtor florestal chileno, norte-americano, canadense ou sueco, que se encontram entre os gigantes da silvicultura mundial, qual seu sonho de consumo, ele fatalmente responderá: quero um eucalipto para mim. Acontece que nossas florestas plantadas crescem mais que o dobro das de nossos concorrentes.

O avanço tecnológico está trazendo enorme vantagem à silvicultura tropical, levando o Brasil a se tornar o maior exportador mundial de celulose. As vendas externas da cadeia produtiva de árvores plantadas, incluindo papel, compensados, serrados etc, somaram US$ 10,6 bilhões (2024). O agronegócio florestal praticamente empatou, nas divisas, com a carne bovina e o café.

O eucalipto tem outra vantagem. Suas fibras de celulose são curtas (nos pinheiros, são longas) tornando-o o queridinho para a fabricação de papéis especiais chamados tissue, como guardanapos, toalhas, produtos higiênicos e hospitalares, lenços de pele e que tais. É a fibra do eucalipto que garante aquela maciez desejada aos tissues.

Ah, nós também não comemos papel higiênico. Mas não vivemos sem ele.


*Xico Graziano, 72 anos, é engenheiro agrônomo e doutor em administração. Foi deputado federal pelo PSDB e integrou o governo de São Paulo. É professor de MBA da FGV. Escreve para o Poder360 semanalmente às terças-feiras.

Publicação original em: https://www.poder360.com.br/opiniao/a-insanidade-do-mst-contra-o-eucalipto/

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O eucalipto seca o Solo?

Artigo de Prof. Walter de Paula Lima – LCF/ESALQ/USP
Sociedade Brasileira de Ciências do Solo Volume 29 – Número 1 – Janeiro/abril 2004

Em 1972, ao ingressar na universidade como Auxiliar de Ensino no então Departamento de Silvicultura da ESALO, deparei-me pela primeira vez com esta pergunta, que já corria solta por aí, como parte de um conjunto folclórico de atributos desta árvore. As informações disponíveis não ajudavam muito, pelo contrário. Naquela época ainda não se falava muito sobre impactos ambientais. Havia trabalhos escritos que deliberadamente “jogavam mais lenha na fogueira”, assim como havia também alguns resultados que mostravam um valor absurdamente elevado para a estimativa do consumo de água pela espécie (tipo assim, 360 litros de água por árvore e por dia, o que é improvável, fisicamente falando, pois corresponde a um valor quase 10 vezes maior do que o consumo máximo que ocorre em regiões equatoriais). Então resolvi dirigir minha tese de doutorado para estudar esse assunto em plantações de eucalipto no campus da ESALO. Alguns anos depois houve uma demanda no IPEF para um estudo similar no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, fruto do surto de reflorestamento naquela região, que resultou em uma bem elaborada tese de mestrado. Depois surgiram vários outros trabalhos similares, não apenas em outras partes do país, mas também no exterior. De sorte que informações e resultados experimentais sobre o consumo de água por florestas de eucalipto começaram a se acumular, permitindo uma avaliação mais consistente sobre esta questão. Mas a pergunta original não desaparecia, ressurgindo constantemente aqui e acolá, toda vez que o assunto eucalipto estava sendo discutido. Assim como muitos outros avanços conseguidos em várias áreas da ciência florestal, como por exemplo, a biologia molecular, como ferramenta moderna do melhoramento florestal baseado em marcadores moleculares para a identificação de diferentes materiais genéticos, o conhecimento do processo fisiológico da transpiração florestal, bem como as ferramentas para sua medição, foram enriquecidos sobremaneira nos últimos 20 anos, como é o caso, por exemplo, do uso de modelos físicos de estimativa da transpiração que também incorporam a participação da vegetação no processo através de características fisiológicas de cada espécie. Ainda assim a pergunta continua firme, ressurgindo agora até com mais força, como é por exemplo o caso de dois projetos de lei que tramitam na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, um deles proibindo o plantio de eucalipto em regiões de mananciais (?), enquanto o outro exigindo Relatório de Impacto Ambiental para plantios maiores que cinco hectares.


“Deserto verde”? Com o manejo adequado, que leva em
conta a manutenção dos valores e dos serviços ambientais da paisagem,
a foto mostra que o eucalipto não exclui a diversidade biológica.
“Floresta de eucalipto com cerca de 20 anos de idade no Paraná”

De duas uma. Ou a ciência não está conseguindo eliminar esta inquietude, por uma razão ou outra, ou o problema não é apenas técnico, ou físico, ou biológico, o que aparentemente é o caso. De fato, a solução dos problemas ambientais não se consegue somente com a ciência convencional, mas sim a partir da análise de toda a complexidade dos aspectos ecológicos, sociais e culturais envolvidos em cada um deles. De sorte que a pergunta ainda permanecerá por muito tempo. Ou pelo menos enquanto se procurar apenas demonstrar que o consumo de água pelo eucalipto não difere muito do consumo de outras espécies florestais. Esta evidência já se encontra bastante consistente a partir de inúmeros resultados experimentais. O consumo de água pela vegetação depende do clima e da área total das folhas da floresta (o chamado índice de área foliar) e guarda relação direta com a fotossíntese. Por outro lado, este consumo de água deve ser sempre analisado de duas maneiras: primeiro, em termos do consumo total anual do eucalipto, comparativamente ao consumo de outros tipos florestais, o qual, como já afirmado, não é diferente; segundo, em relação à eficiência do uso desse total de água, em termos da quantidade de madeira produzida por unidade de água consumida na transpiração, na qual o eucalipto leva até ligeira vantagem, ou seja, usa a água disponível de forma mais eficiente. Mas estas evidências são apenas parte de um problema maior.


“Manejo integrado de microbacias”. A foto mostra o vertedor da microbacia experimental
da Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga, da USP, a qual se encontra
reflorestada com eucalipto há mais de 60 anos. O monitoramento da vazão e da qualidade
da água do riacho vem sendo feito de forma continua desde 1989. O manejo que se preocupa
com a manutenção dos valores e dos serviços ambientais proporcionados pela mata
ciliar pode garantir a permanência da vazão e da qualidade da água.

Por que então o solo seca? Por que riachos e córregos desaparecem? Por que microbacias inteiras se degradam? Por que nossos rios agonizam? Por que essa preocupação toda para com a água, que parece que está acabando?

Bem, parte talvez possa ser atribuída às mudanças climáticas. Trata-se de uma análise em escala macro do problema. Por enquanto são suposições baseadas em modelos complexos que foram desenvolvidos a partir da constatação do gradativo aumento da concentração do dióxido de carbono na atmosfera, o chamado efeito estufa, decorrente principalmente da queima de combustíveis fósseis. Reflorestar pode ajudar a seqüestrar esse excesso de carbono da atmosfera, dizem.

Numa escala menor, mais compreensível para a maioria das pessoas, devemos considerar que as condições climáticas que governam a disponibilidade, ou o suprimento, natural de água para os mais diversos usos variam de região para região. Há a região do semi-árido, por exemplo, o “polígono das secas”, onde o calor é elevado, a evapotranspiração (conjunto de todas as perdas de água por evaporação) é sempre elevada e o total anual de chuvas é normalmente baixo. Portanto, não sobra quase nada de água das chuvas para recarregar o solo e os aqüíferos. Só há vazão nos riachos quando chove. Por outro lado, há regiões em que chove bastante e durante praticamente todos os meses do ano, num total bem maior do que o total anual de evapotranspiração, em termos médios anuais. Portanto, nestes casos há sempre excedente de água, que recarrega o solo e os aqüíferos e que alimenta a vazão dos riachos e dos rios durante o ano todo. Entre estes dois extremos há toda uma variação de condições deste balanço entre o total de chuvas e o total de evaporação. Conhecer estas características climáticas de disponibilidade de água é fundamental. Em condições nas quais já é pouco o suprimento natural de água, então qualquer alteração da paisagem, como a substituição de vegetação de menor porte por florestas, pode resultar num aumento do consumo de água, podendo gerar conflitos de uso da água. O zoneamento ecológico deve levar em conta estas variações de disponibilidade natural de água. Este é um dos aspectos. O outro é saber que a floresta, seja ela qual for, consome mais água do que vegetação de menor porte, como a pastagem, ou as culturas agrícolas.

E chegamos, finalmente, na escala principal desta análise, que é a escala micro, no sentido de ser a escala onde ocorrem as ações de manejo, onde o homem planta, colhe, destrói, desmata, preserva, compacta o solo, abre estradas, pavimenta, impermeabiliza, sistematiza o terreno, soterra nascentes, protege nascentes, põe fogo, ara, gradeia, não faz nada, faz monoculturas extensas, planta até na beira do riacho, protege a mata ciliar, queima a mata ciliar, cria gado, não cuida da pastagem, constrói açudes, instala pivô central, irriga, planta soja, planta cana, planta milho, planta eucalipto. Estas ações acontecem na escala pequena das propriedades rurais, onde estão também as microbacias hidrográficas. E é na escala das microbacias hidrográficas que o foco principal das ações de manejo sustentável dos recursos hídricos tem que estar centrado, pois as microbacias são as grandes formadoras e alimentadoras dos rios e dos grandes sistemas fluviais. Mas infelizmente não existe ainda em nosso país uma política pública mais forte que incentive e fortaleça esta escala de atuação. Um exemplo a des tacar, neste sentido, são os programas de microbacias hidrográficas, bem sucedidos em algumas partes do Paraná e de Santa Catarina, e ainda incipiente no Estado de São Paulo e em outras regiões. É sintomático e, para o foco deste trabalho, extremamente interessante a mudança de percepção dos produtores rurais nestes programas. Antes, eles enxergavam a sua propriedade, a sua cerca intransponível, que delimitava o seu pedaço de chão, o seu mundo. A partir do momento de seu entendimento da filosofia mesmo do programa de microbacia, ele passa a entender que a sua propriedade é apenas parte do sistema maior que é a microbacia. Ou seja, ele e os demais produtores fazem parte de um mesmo sistema, estão todos no mesmo barco. Assim, a mata ciliar, que antes ele enxergava como um problema que “não era seu”, ou como um pedaço de terra produtiva que ele ia perder, passa agora a ter outra dimensão, outro valor, pois ela diz respeito à permanência da água. Esta é uma das características da microbacia: ela internaliza as externalidades ambientais. As microbacias são diferentes das bacias maiores no que diz respeito a vários aspectos ecológicos e hidrológicos e uma destas diferenças é que elas são altamente sensíveis às ações de manejo, ou seja, nelas é possível observar uma relação direta entre as práticas de manejo e os impactos ambientais. E neste sentido, o conceito chave é o que se encontra embutido na expressão manejo integrado de microbacias, que significa o planejamento das ações de mar.1ejo (florestal, agrícola, etc) resguardando os valores da microbacia hidrográfica, isto é, os processos hidrológicos, a ciclagem geoquímica de nutrientes, a biodiversidade protegendo as suas áreas críticas e, no conjunto, a sua resiliência, ou seja, sua capacidade de resistir às alterações sem se degradar irreversivelmente. Um dos fatores mais importantes para a permanência desta capacidade éa integridade do ecossistema ripário, ou seja, a pujança da mata ciliar protegendo adequadamente toda a cabeceira de drenagem, as margens dos riachos, assim como outras porções de terrenos mais saturados ao longo da microbacia. É por isso que estas áreas são consideradas de “preservação permanente”, no sentido de que sua preservação proporciona serviços ambientais importantes, sendo á água, sem dúvida, o mais importante destes serviços ambientais, ou seja, serviços que o ecossistema nos proporciona de graça, como são, no caso, a quantidade de água, a qualidade da água e o regime de vazão que emanadas microbacias hidrográficas. Quando estas áreas perdem estas características naturais, elas se tornam mais vulneráveis a perturbações, que de outra forma seriam normalmente absorvidas. Assim, pode-se dizer que foi a perda gradativa de resiliência dos ecossistemas ripários das nossas incontáveis microbacias, e toda a degradação hidrológica decorrente dela, o fator principal da diminuição e degradação dos recursos hídricos, do secamento do solo, da morte de córregos e riachos.

Fica claro, desta forma, que o eucalipto é apenas parte do problema de secamento do solo. O problema é mais complexo e passa pelo resgate imprescindível de todos estes valores ambientais e hidrológicos acima discutidos, principalmente aqueles relacionados com o planejamento adequado da ocupação dos espaços produtivos da paisagem. Ao longo da paisagem, há espaços de produção, de grãos, de fibra, de madeira, de carne, de leite, por que senão não haveria desenvolvimento, não haveria como zerar a fome. Mas há também, como vimos, espaços que têm nítida vocação de proteção do ecossistema, para proporcionar os serviços ambientais que também precisamos para continuar crescendo de forma sustentável. O manejo das florestas de eucalipto tem que levar em conta estas particularidades ecológicas e hidrológicas. Pela mesma razão, também tem a mesma responsabilidade social o manejo da soja, da cana, da laranja, do boi, assim como o planejamento da ocupação imobiliária da bacia hidrográfica que abastece as represas de abastecimento de água das cidades. Neste sentido, até por questão de justiça, não devemos esquecer que o planejamento urbano tem também parte da culpa. As cidades são os espaços onde vive a maioria da população, mas não é por causa disso que podem ficar alheias às necessidades de conservação das microbacias, já que a urbanização é o segundo maior fator de degradação hidrológica, depois da agricultura. E já existe mesmo no mundo um forte movimento de resgate destes valores hidrológicos nas áreas urbanas, com ações que visam, por exemplo, “desenterrar” os córregos canalizados e integrá-los na paisagem com seus atributos inerentes, como a mata ciliar por exemplo, que além da importância hidrológica agrega, também, valor estético ao ambiente urbano. E deve contribuir, também, para mudança de percepção dos cidadãos para com a necessidade da conservação dos riachos e de suas microbacias.

Esta análise complexa de todos os fatores envolvidos é a maneira correta de se equacionar o problema da conservação da água na natureza. Atribuí-lo a apenas um fator isolado significa iludir-se, ou usar o artifício de encontrar um bode expiatório para todas as mazelas ambientais. Como disse Jean-Jacques Rosseau, “A natureza nunca nos engana; é sempre nós que enganamos a nós mesmos”.


Publicação original em: Acervo Histórico IPEF: Informações Técnicas https://www.ipef.br/publicacoes/acervohistorico/informacoestecnicas/eucalipto_seca_o_solo.aspx

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Mais de 200 colaboradores da Reflorestar participarão do ICAP até abril

Com a edição de 2025, Programa de Inteligência Comportamental passa a abranger todos os cargos da empresa

Em mais um passo para ampliar a capacitação comportamental e emocional de seus colaboradores, a Reflorestar Soluções Florestais promove o ICAP – Inteligência Comportamental Aplicada à Performance – em um formato exclusivo para os operadores, mecânicos, soldadores, auxiliares de manutenção e administrativos. Ao todo, 226 colaboradores, de todas as oito unidades da empresa, participarão desta rodada, que vai até abril. O programa busca aprimorar habilidades comportamentais e emocionais, com foco no desempenho e na excelência dos resultados da empresa.

Desde a sua implementação em 2021, o ICAP se consolidou como uma parte fundamental da cultura de desenvolvimento humano da Reflorestar. “Não enxergamos nossos colaboradores apenas por suas competências, mas como pessoas, oferecendo treinamentos que desenvolvam suas habilidades comportamentais tanto para o trabalho quanto para a vida pessoal”, explica Igor Souza, diretor florestal. Com esta edição, o programa passa a abranger todos os cargos da empresa.

Para este novo ciclo, dois pontos foram trabalhados como pilares centrais: a saúde mental/ comportamental e a gestão financeira. O especialista em Gente e Cultura da Reflorestar, Leandro Fray, dá mais detalhes deste novo formato. “Fizemos um ICAP específico para a equipe operacional da empresa. A intenção é ajudar cada participante a descobrir seu verdadeiro potencial, tanto no aspecto mental quanto no financeiro. A proposta é oferecer ferramentas para melhorar a saúde mental, identificando e superando obstáculos emocionais, além de capacitar os colaboradores a lidarem melhor com a gestão financeira pessoal”, ressalta.

O comboista de Três Lagoas (MS), Diego Silva, ficou surpreso com o resultado. “O curso foi pensado para o nosso desenvolvimento pessoal, mostrando que a Reflorestar realmente se preocupa com o bem-estar dos colaboradores. Confesso que sou outra pessoa. Aprendi a ouvir mais o outro e a pensar antes de falar tanto no trabalho quanto com a família e amigos.”

Gestão financeira

Para a aula de gestão financeira, o ICAP contou com a ajuda do educador financeiro Fernando Miranda. Ele deu dicas de como evitar o “desperdício” e se organizar para realizar os sonhos pessoais. “Gastos desnecessários podem dificultar a realização de sonhos. Precisamos aprender a administrar nosso dinheiro para que o salário adquirido seja empregado na concretização daquilo que tanto almejamos”, comenta.

O mecânico de manutenção da Reflorestar, em Palmeiras (MS), Bruno Henrique Espricigo, vai seguir os conselhos financeiros com a família. “Depois do ICAP, eu e minha esposa decidimos fazer as contas do mês juntos. Vamos colocar tudo em uma planilha para ver em que estamos gastando o orçamento doméstico, em que podemos economizar e assim, investir o que reservarmos nos estudos futuros do meu filho de 5 anos”.

ICAP

Os gestores e lideranças da empresa também fazem o ICAP. Eles já participaram dos módulos de Liderança Empreendedora, Resultados em Performance, Vivencial 1 e 2, Próximo Nível 1 ao 5, além do Módulo Especial – Fale Bem. Eles também fizeram o PN-X – treinamento emocional com foco no trabalho em equipe, pertencimento e capacidade de gestão.

A cada seis meses, a empresa realiza mais uma etapa do ICAP. O curso é desenvolvido para colaboradores de todas as unidades da empresa em Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

A Reflorestar, com essa expansão para o time operacional, reforça seu compromisso com o desenvolvimento contínuo de seus colaboradores e com a busca pela excelência em todos os aspectos de sua operação. O ICAP, ao integrar as dimensões emocional, comportamental e profissional, é um instrumento-chave para que a empresa continue crescendo, com um time cada vez mais preparado para enfrentar os desafios e alcançar resultados almejados.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais mecanizadas, incluindo silvicultura, colheita, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Com 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite o site da Reflorestar . 

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Silvicultura de Passo Fundo (RS) se aproxima do fim do ciclo de produção

Silvicultura enfrenta desafios com pouca expansão no RS

O Boletim Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (13), revelou que a taxa de expansão da silvicultura na região de Passo Fundo está reduzida, refletindo uma estagnação no aumento das áreas destinadas ao plantio de florestas. O estudo aponta que, nas últimas décadas, a implantação de novos plantios praticamente foi interrompida, o que limita a base produtiva a bosques estabelecidos entre os anos de 2000 e 2010. Esses plantios estão em fase avançada de maturação, chegando ao fim do ciclo produtivo, que varia de 15 a 20 anos para espécies de rápido crescimento, como Eucalyptus spp. e Pinus spp.. O quadro indica que, nos próximos ciclos econômicos, haverá redução estrutural na disponibilidade de matéria-prima.

O preço da madeira para serraria na região de Passo Fundo foi registrado em R$ 300,00/m³, enquanto o preço da lenha entregue na indústria ficou em R$ 120,00/st.

Em outras áreas, como em Frederico Westphalen, os cultivos de eucalipto continuam com ações de controle de formigas, inços e adubação. As florestas de eucalipto com 2 a 3 anos de idade estão passando por poda, e as de 6 a 7 anos recebem raleio para otimizar o crescimento das árvores.

Informações: AgroLink.

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