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Biorrefinaria florestal agrega valor

A biorrefinaria florestal não apenas processa recursos, mas transforma a natureza em uma fonte valiosa de inovação e sustentabilidade

O conceito de biorrefinaria foi emprestado do conceito da refinaria de petróleo, em que a partir do óleo bruto se produz combustíveis e derivados, polímeros, química fina, etc.

Uma biorrefinaria usa a biomassa como matéria-prima para produzir diversos combustíveis e produtos de origem sustentável. Assim, a ideia é ter produtos ou bioenergia com produção em larga escala, valor agregado não muito elevado e outros com menor volume de produção, mas com valor agregado mais elevado.

Dessa forma, a cadeia como um todo passa a ter maior lucratividade. Para o caso da biomassa florestal, é enxergar cada árvore como sendo um poço de petróleo.

Estratégias personalizadas

Não existe um modelo ou estratégia únicos. Para cada caso precisaremos desenvolver estratégias apropriadas. Talvez seja esta a maior dificuldade.

No caso da refinaria de petróleo, o mundo usa o mesmo processo para qualquer tipo de óleo bruto, por isso, nem sempre as tecnologias conseguem usar o petróleo brasileiro adequadamente, já que ele tem composição diversa dos existentes no Oriente Médio.

Mas, ainda assim, a refinaria de petróleo consegue ter uma pequena flexibilidade para produzir as substâncias que precisamos. As biorrefinarias precisam se adequar à biomassa de interesse, por exemplo, no caso florestal, vêm de árvores.

E o que existe em maior volume é a madeira. A estratégia será diversa para outras partes do vegetal, como as cascas ou as folhas.

Versatilidade

A indústria de polpação de celulose é, por si só, considerada uma biorrefinaria completa, pois além da polpa e celulose se produz energia térmica e elétrica a partir da combustão da lignina.

E a polpa de celulose é usada não apenas para produzir papel, ou papelão ou papel cartão e demais tipos de papel. Também é usada para produzir fios de celulose usados na confecção de roupas em geral, como o caso da viscose ou do modal.

Outras aplicações são em tintas, explosivos, celofane, carboximetil celulose, etc. Além dos produtos desta indústria, poderíamos pensar em outros processos e produtos, como lignina usada como antioxidante, cosméticos, resinas com formaldeído em substituição ao fenol proveniente de fontes fósseis, nanopartículas de lignina para ser usadas em sensores, etc.

Da celulose é possível produzir vários tipos de nanocelulose, como a cristalina e fibrilada mecanicamente, além, claro, de combustíveis, como o etanol de segunda geração.

Funciona na prática?

No caso do setor de celulose e papel, já temos nanocelulose sendo produzida e também lignina kraft. No caso da nanocelulose, a maior parte da produção é usada para reforçar papel convencional.

E, no caso da lignina, o uso maciço é na substituição de fenol para produzir adesivos.

Entretanto, antes que os produtos e processos sejam lançados no mercado, é necessário o desenvolvimento das tecnologias em escalas menores para avaliação de desempenho técnico e econômico.

E, se considerarmos os aspectos social e ambiental da tecnologia, as dificuldades só aumentam. Assim, a inovação é fundamental para atender a todos os aspectos da sustentabilidade.

Perspectivas de mercado

Os modelos de negócio não são possíveis de prever, mas acredito que haverá muitas possibilidades, desde a verticalização completa dos processos até a agregação de empresas menores em torno de um grande conglomerado.

O mercado está, no momento, com muitas startups e o número cresce assustadoramente, ou seja, existe muito capital de risco no mercado buscando ideias inovadoras.

Sustentabilidade ambiental e recursos florestais

Os plantios florestais brasileiros são um setor que atende ao Código Florestal, e a maioria deles são certificados até mesmo por organismos internacionais. Nossas florestas são um exemplo de sustentabilidade.

A biorrefinaria é uma das melhores ferramentas para implementar a bioeconomia e permite o desaparecimento de resíduos, ou seja, promove a economia circular. Com ela, usaremos cada vez mais substâncias da química verde e a geração de produtos biodegradáveis.

Mesmo quando não forem biodegradáveis, terão origem sustentável e serão recicláveis. No caso do Brasil, temos uma grande área de plantios florestais, e se por qualquer conjuntura de mercado internacional o volume de celulose ou de chapas vierem a diminuir, poderemos lançar mão de produtos da biorrefinaria para consumir a produção florestal que possuímos.

Desafios

Os maiores desafios são fazer com que as novas tecnologias sejam economicamente viáveis. E a superação tem sido feita pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento em ambiente inovador e competitivo.

Muitos produtos oriundos da biomassa florestal podem ser usados na área médica, como fármacos de liberação lenta, curativos celulósicos, implantes, remédios antitumorais à base de lignina, etc.

Também podem ser úteis na área eletroeletrônica, como plataformas sensoras (aplicações na área de saúde da população, ou controle de qualidade de água com poluentes emergentes (analgésicos, hormônios, glifosato, etc)), painéis fotovoltaicos, etc.

Existem outras aplicações com valor agregado intermediário, como no agronegócio, como aditivos anti-deriva, liberação lenta de fertilizantes e de outros agroquímicos.

Informações: Campo&Negócios / Washington Magalhães, pesquisador da Embrapa Florestas.

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Eldorado Brasil Celulose abre processo seletivo para estágio

Programa Super Talentos é voltado para estudantes do ensino superior, que terão oportunidades de atuar em uma das mais sustentáveis empresas de celulose do mundo

A Eldorado Brasil Celulose abre, em 8 de janeiro, a seleção de estagiários para o Programa Super Talentos 2024. As vagas disponíveis são para trabalho presencial para as áreas corporativas, industrial, florestal, transportadora, planejamento comercial, RH, TI e logística, nas cidades de Três Lagoas (MS), São Paulo e Santos (SP). As inscrições podem ser feitas no site www.ciadeestagios.com.br/vagas/eldorado/ até 9 de fevereiro.

Com o compromisso de promover o crescimento e desenvolvimento profissional em um ambiente dinâmico, a empresa busca pessoas com habilidades diferenciadas, criativas, determinadas e com sede de conhecimento. O programa proporciona uma experiência prática, com foco em inovação e a oportunidade de trabalhar em projetos desafiadores e colaborar com equipes experientes.

A previsão de início do programa é para março de 2023. “Com nosso programa Super Talentos, temos o objetivo de proporcionar uma experiência de valor aos nossos estagiários, permitindo que eles apliquem na Eldorado Brasil os conhecimentos adquiridos na graduação. Além disso, através da trilha de desenvolvimento que construímos, algumas competências e habilidades serão desenvolvidas, contribuindo para que tenham uma jornada de sucesso em suas carreiras”, afirma a gerente de Desenvolvimento Organizacional e de Recrutamento e Seleção, Ana Carolina Tessarini.

Super Talentos Eldorado

Os diferenciais do Super Talentos são a experiência completa para os estagiários, como ocorreu com a Ingrid Padrinho Martins, que hoje é assistente administrativa na área de TI. Ela iniciou na empresa como Jovem Aprendiz e, em 2022, foi selecionada pelo Programa de Estágio na área de Governança de TI.

“O período de estágio foi maravilhoso, tive a honra de ter pessoas incríveis me orientando e sempre dispostas a me incentivar a crescer profissionalmente. Foi um período de desafios e conquistas, pude participar da implementação, como uma das responsáveis, de uma ferramenta de gestão de projetos. No começo de dezembro de 2023, tive a alegria de ser efetivada”, conta a colaboradora de 23 anos.

SERVIÇO: ELDORADO SUPER TALENTOS

Prazo de inscrição: de 8 de janeiro a 9 de fevereiro

Site:  www.ciadeestagios.com.br/vagas/eldorado

Locais de atuação: Três Lagoas (MS), São Paulo (SP) e Santos (SP)

Requisitos:

●     Estar cursando Administração, Agronomia, Análise de Sistemas, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Direito, Economia, Engenharia Cartográfica, Engenharia da Computação, Engenharia de Produção, Engenharia de Software, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Estatística, Geografia, Gestão de TI, Matemática, Sistema da Informação e cursos correlatos; com previsão de término em junho 2025

●     Possuir perfil dedicado, espírito de dono e mão na massa;

●     Ter habilidades de comunicação e trabalho em equipe;

●     Ter disponibilidade para residir no local da vaga de trabalho;

Benefícios: bolsa-auxílio compatível com o mercado, convênio médico, seguro de vida, vale-refeição ou restaurante no local (conforme localidade) e vale-transporte ou fretado.

Etapas: após as inscrições do site, os candidatos passarão pelas seguintes etapas: avaliação dos pré-requisitos; entrevista com a Companhia de Estágios; dinâmica de grupo e entrevista com gestores (as); assessment; avaliação do Comitê de Valores e admissão.

Sobre a Eldorado Brasil

A Eldorado Brasil Celulose é uma das mais eficientes e sustentáveis empresas de base florestal para produção de celulose do mundo. A companhia opera em Três Lagoas (MS) uma fábrica com capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano. Em energia limpa, há geração de 50 megawatts/hora de energia na usina termelétrica Onça Pintada, além da mesma quantidade na planta de celulose – que é autossuficiente. A base florestal é de mais de 293 mil hectares de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul. Para dar condições para operar em níveis de excelência, a companhia conta com o trabalho de mais de 5 mil colaboradores no Brasil e em escritórios internacionais. Em Santos (SP), a Eldorado Brasil opera um dos maiores terminais portuários multimodais da América Latina, com capacidade para exportar até 3 milhões de toneladas de celulose por ano.

Para mais informações, acesse https://eldoradobrasil.com.br/.

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Veracel abre vaga de estágio para universitários; inscrições vão até dia 10

A Veracel Celulose acaba de abrir uma oportunidade de estágio para estudantes de nível superior, em Eunápolis, para atuar na Coordenação de Relações Trabalhistas, Recrutamento e Benefícios. O período de inscrições vai até a próxima quarta-feira, 10 de janeiro.

O candidato selecionado será responsável pelas seguintes tarefas:

Organizar e registrar dados do planejamento, acompanhar os pagamentos de empresas prestadoras de serviços (EPS), com a elaboração de planilhas e relatórios eletrônicos, visando a subsidiar a área com informações;

Solicitar e enviar documentos ao Centro de Documentação (CEDOC), utilizando o sistema de solicitação de documentos, atendendo demandas das áreas afins;

Apoiar, quando necessário, as demandas de RH (análise de documentação admissional, análise de documentação do processo rescisório, apoio com treinamento de RH online e home office, entrega de holerites, aviso de férias, cartões do plano de saúde e odontológico), por meio do preenchimento de formulários, a fim de dar apoio aos colaboradores da área;

Apoio às demandas de RH (atualização das modalidades de trabalho via sistema, atendimento ao colaborador, apoio aos colaboradores com regularização, fechamento e conferência para folha, envio de documentos via DocuSign, preparação de pasta física com documentação e controle para arquivar, análise de documentação trabalhista, apoio no lançamento e acompanhamento do auxílio escolar, monitoramento de bobinas para os Relógios de Ponto Eletrônicos (REPs), confecção e entrega de crachá), com o preenchimento de formulários, a fim de colaborar com os colaboradores da
área;

Programar, quando necessário, o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) dos colaboradores da área às empresas prestadoras de serviço (EPS), usando a planilha de controle, visando ao atendimento de procedimentos de segurança.

Acompanhar a admissão dos novos colaboradores no sistema, cadastrando
dados pessoais e de dependentes;

Orientar os colaboradores sobre assuntos da área de Relações Trabalhistas, mantendo-os informado sobre horários, pagamentos, crachás, confidencialidade de informações, hierarquia, entre outros assuntos;

Atualizar as carteiras de trabalho (CTPS) dos colaboradores, de acordo com movimentações no sistema SAP, visando ao cumprimento da legislação trabalhista;

Informar áreas afins sobre a demissão de colaboradores, utilizando a agenda de desligamento, a fim de atualizar os sistemas e acessos da empresa (das áreas de TI, Infraestrutura, Financeiro, Jurídico, Desenvolvimento Humano e Organizacional, entre outras);

Atualizar informações dos colaboradores no sistema SAP, conferindo e lançando documentos evidenciados;

Separar contracheques dos colaboradores, enviando-os às áreas e controlando os recibos;

Realizar atividades externas, de acordo com demandas específicas, a fim de apoiar a área de Relações Trabalhistas.

Para concorrer a essa posição, espera-se que o candidato tenha:

Cursos complementares na área de recrutamento, benefícios ou relações
trabalhistas;

Conhecimento em elaboração de relatórios, arquivamento e controle.

Mais informações sobre essas e outras oportunidades, acesse a página de carreiras da empresa: https://www.veracel.com.br/vagas/

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Minas avança em ações de gestão florestal, conservação e restauração ambiental em 2023

Análises de CAR e implementação do PRA são importantes destaques do balanço de ações do IEF em 2023

Gestão da fauna silvestre, de Unidades de Conservação (UCs) e de florestas plantadas e a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Programa de Regularização Ambiental (PRA) são alguns dos principais trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) em 2023.

O Estado já contabiliza 17.173 análises de Cadastros Ambientais Rurais (CARs), com 191 já concluídas. Esses números colocam Minas em destaque no país, refletindo as diversas estratégias adotadas pelo IEF como a contratação de empresa especializada e o uso da Análise Dinamizada. Como resultado, Minas avança na implementação do Programa de Regularização Ambiental (PRA).

O CAR é um registro público, eletrônico e de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com o propósito de integrar informações ambientais das propriedades e posses rurais, especialmente em relação às áreas de Reserva Legal (RL) e de Preservação Permanente (APP). Essas informações compõem uma base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, e combate ao desmatamento.

O compromisso é acelerar cada vez mais as análises do CAR e a adesão ao PRA no estado. Em agosto deste ano, tiveram início as publicações das notificações das análises do CAR. No primeiro edital, foram divulgadas 112 análises; no segundo, 160; no terceiro, 836; e no quarto, 1.584. O objetivo é a publicação de 4 mil por mês. Isso permitirá ao IEF desenvolver estratégias eficazes para a conservação ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais.

“Para alcançar esses avanços, o IEF utiliza diversas alternativas, que são empregadas de forma concomitante, conforme a viabilidade técnica. Entre as estratégias lançadas pelo IEF estão a contratação de uma empresa especializada, o reforço da equipe técnica do CAR, o uso da ferramenta de Análise Dinamizada do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e a utilização da ferramenta CAR 2.0 da Plataforma Selo Verde”, afirma o diretor-geral do IEF, Breno Esteves Lasmar.

Avanços do PRA

O Programa de Regularização Ambiental (PRA) compreende um conjunto de ações e medidas de natureza técnico-ambiental com o intuito de promover a regularização de posses e propriedades rurais que apresentem passivos ambientais, incluindo a implantação da recomposição de tais áreas, identificadas a partir da declaração no CAR.

Como resultado dos avanços referentes às análises e à homologação do cadastro, Minas já conta com 112 Termos de Compromissos firmados para fins de adequação legal/ambiental de imóveis rurais, em consonância com o PRA. Esse avanço ocorreu por meio da adoção da modalidade ‘PRA declaratório’, em que o proprietário se compromete e realiza, com apoio do IEF, a adequação ambiental, conforme determina a legislação, mesmo antes da análise e homologação do CAR. Ele se compromete a complementar a adequação posteriormente, caso seja verificada a necessidade, durante a análise do CAR de sua propriedade.

Essa estratégia responde à emergência das mudanças climáticas e ao combate ao desmatamento, que requer do poder público um senso de urgência na implementação e regularização, por meio da restauração da vegetação nativa, de Áreas de Reserva Legal (RL), Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Áreas de Uso Restrito (AUR).

PRA Produzir Sustentável

Minas Gerais tem mais de 1 milhão de imóveis cadastrados no CAR e um passivo ambiental declarado no cadastro estimado em aproximadamente 3 milhões de hectares. Para enfrentar esse desafio, o IEF lançou, em 2022, o Programa PRA Produzir Sustentável, que visa promover a regularização dos imóveis rurais em Minas, por meio da conservação e restauração de ecossistemas, conciliada à produção rural. Nesse programa, a governança dos territórios viabiliza a união dos atores locais, resultando em convergência de esforços e sinergia entre os setores ambiental e produtivo.

“O PRA Produzir Sustentável é um programa guarda-chuva que alinha o Código Florestal a outras políticas como restauração, Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), clima e recursos hídricos. O programa pretende promover a adequação ambiental através da restauração produtiva, gerando renda para os produtores rurais”, explica a diretora de Conservação e Recuperação de Ecossistemas do IEF, Marina Dias.

Números do CAR em 2023:

– 15.714 CARs com análise individualizada iniciada;
– 191 com análise concluídas;
– 1.459 CARs em processo de análise dinamizada até dezembro;
– Lançamento do curso EAD de Análise do CAR na Plataforma Trilhas do Saber, com segunda turma iniciando em dez/2023.

Números do PRA Produzir Sustentável em 2023:

– 112 Termos de Compromisso de PRA firmados até novembro/2023;
– 15 Unidades Demonstrativas do PRA Produzir Sustentável em implantação, com adequação ambiental e produtiva dos IRs;
– 25 oficinas de mobilização do PRA Produzir Sustentável nas Unidades Regionais de Florestas e Biodiversidade (URFBios) do IEF;
– 20 municípios mobilizados para elaboração de seus Planos Municipais de Mata Atlântica (PMMAs);
– Lançamento do curso EAD de PMMA na Plataforma Trilhas do Saber;
– Produção de 562.184 mudas de espécies nativas até novembro/2023.

Fauna Silvestre

No ano de 2023, a fauna silvestre tem muitas ações relevantes a compartilhar como, por exemplo, lançamento da Pedra Fundamental para construção do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) no município de Lavras. O evento aconteceu no Complexo de Clínicas Veterinárias (CCV) do Centro Universitário de Lavras (Unilavras), com previsão para inauguração no primeiro semestre de 2025. A implementação e operacionalização do Cetras em Lavras é uma parceria entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais, o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Unilavras e a Agência Regional de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Grande.

O Cetras vai funcionar em uma área de quase 7 mil metros quadrados disponibilizada pela Unilavras e atenderá mais de 200 cidades da região Sul de Minas. A unidade contará com todas as etapas de atendimento, desde o recebimento, identificação, marcação, triagem, realização de exames clínicos, físico e comportamental dos animais silvestres, até o tratamento, a reabilitação e a devolução dos animais ao seu ambiente natural.

Atualmente, o Estado conta com cinco Cetras: Belo Horizonte, Divinópolis, Patos de Minas, Juiz de Fora e Montes Claros, sendo que os Cetras de Belo Horizonte, Juiz de Fora e Montes Claros funcionam de forma compartilhada com o Ibama. Até novembro de 2023, 61% dos animais silvestres provenientes dos Cetras foram reintroduzidos no ambiente natural.

No âmbito da conservação, através Plano de Ação Territorial Espinhaço Mineiro, parte do Projeto Pró- Espécies, o IEF dará início em janeiro a ações de conservação da espécies-alvo Surubim do Jequitinhonha, com a elaboração de oficinas e de um manual de conservação da espécie. A aprovação do Plano de Trabalho do Projeto Surubim-do-Jequitinhonha (Steindachneridion amblyurum), no âmbito do PAT Espinhaço Mineiro será mais uma ação relevante para a conservação.

Em 2023, foi desenvolvido e liberado ao usuário o novo Sistema de autorização de pesca amadora por autosserviço. O órgão ainda desenvolveu o Jogo da Fauna no intuito de trabalhar com as crianças a importância da conservação da fauna silvestre. Outro destaque foi o lançamento do cadastro de instituições interessadas em firmar parcerias com o IEF para ampliar a preservação e o cuidado com a fauna, com 26 instituições cadastradas.

Gestão florestal

Governo de Minas utiliza a Tecnologia Blockchain para garantir segurança e transparência a todas as transações e atividades registradas no sistema MG Florestas. A plataforma realiza a gestão de florestas plantadas em Minas Gerais, com controle da cadeia do carvão vegetal, ajudando na proteção da vegetação nativa. Mais de 87% dos municípios mineiros já aderiram ao sistema.

A iniciativa é desenvolvida pelas Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad-MG) e de Planejamento e Gestão (Seplag-MG), pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) e pela Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge), sendo financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).

Utilizando um banco de dados distribuído, que armazena dados em vários computadores e à prova de violações, a Tecnologia Blockchain assegura que todas as informações relacionadas à produção, colheita e transporte de carvão vegetal sejam permanentes e acessíveis a todas as partes envolvidas. A tecnologia reduz o risco de atividades ilegais, melhorando a eficiência operacional de toda a cadeia produtiva.

Gestão de UCs

Na gestão das unidades de conservação, o IEF investiu na prevenção de incêndios florestais, com a análise de três planos de queima prescrita de nove Unidades Regionais de Florestas e Biodiversidade (URFBios) diferentes.

A queima prescrita é uma das técnicas previstas no Manejo Integrado do Fogo, que também envolve práticas de planejamento, monitoramento, conscientização ambiental, pesquisas, e inclusive a recuperação de áreas atingidas por incêndios. Ela consiste no uso intencional de fogo para manejo de vegetação, sempre seguindo um planejamento prévio e objetivos bem definidos.

Também foram realizados 16 cursos de formação de brigadistas florestais, com 360 pessoas capacitadas. Houve ainda a estruturação do programa de capacitação e fomento de brigadas florestais municipais, com doação de equipamentos.

Outro aspecto da gestão de unidades de conservação, foram os seis planos de manejo elaborados ou revisados e aprovados pela Câmara de Proteção da Biodiversidade e Áreas Protegidas (CPB) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Também foi elaborado o planejamento estratégico da regularização fundiária das UCs estaduais.

Os recursos da compensação florestal minerária ganharam uma normatização do banco de áreas de crédito. Os da compensação minerária também foram utilizados na estruturação de 17 unidades operacionais do IEF.

Informações: Agência Minas.

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MS Florestal abre vagas para Jovem Aprendiz com inscrições até segunda-feira (08)

O início está previsto para fevereiro e o contrato será de dois anos de duração; os interessados deverão enviar currículo para o e-mail indicado no conteúdo desta publicação

Mato Grosso do Sul, 04 de janeiro de 2024 – A MS Florestal, empresa genuinamente sul-mato-grossense na área de florestas, está com 10 vagas abertas para Jovem Aprendiz para atuar na área administrativa no escritório de Campo Grande. O candidato deverá ter entre 16 e 22 anos, e estar cursando ou ter concluído o Ensino Médio. Será ofertada uma bolsa no valor de R$ 600 e vale transporte. As inscrições ficarão abertas apenas até a segunda-feira, dia 8 de janeiro.

A carga horária de trabalho é de 4h, desempenhando atividades administrativas em diferentes setores da empresa. O início está previsto para fevereiro e o contrato será de dois anos de duração. Os interessados deverão enviar currículo para o e-mail vmsilva@bracell.com.

Vaga para Assistente Administrativo Tributário

A MS Florestal ainda oferece uma vaga aberta de Assistente Administrativo no departamento tributário, também com inscrições até a segunda (8) e para atuação no escritório da Capital. Os requisitos obrigatórios são Ensino Médio completo, além de comunicação e habilidade interpessoais excelentes. Os candidatos que também apresentarem Ensino Superior, e entre 1 ou 2 anos de experiência profissional em funções semelhantes, terão vantagem no processo seletivo, mas não são quesitos desclassificatórios.

Como integrante do departamento tributário, o profissional realizará, sob orientação, registros e conferências dos processos contábeis e fiscais; formação do custo de aquisição; tratamento tributário dos documentos fiscais em geral; análise de relatórios e demonstrativos de acompanhamento das operações fiscais; apoio nas apurações dos tributos municipais, estaduais e federais; apoio nas elaborações e entregas das obrigações acessórias; e apoio no atendimento aos clientes internos dos demais departamentos da companhia.

Todas as informações sobre a inscrição estão disponíveis neste link, ou buscando a vaga no site bracell.com/carreiras.

Sobre a MS Florestal A MS Florestal é uma empresa genuinamente sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, com ênfase na silvicultura, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. A MS Florestal é comprometida com a filosofia empresarial dos 5Cs, de que tudo o que fazemos deve ser bom para a Comunidade, para o País, o Clima e para o Cliente e só então será bom para a Companhia.

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Para reduzir riscos na atividade florestal, Embrapa vai testar clones de eucalipto

O Conselho Gestor do Desenvolve Floresta do Estado de Mato Grosso aprovou o financiamento de um projeto de pesquisa liderado pela Embrapa Agrossilvipastoril e Associação dos Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta) para a avaliação de clones de eucalipto.

O projeto testará 60 clones de eucalipto desenvolvidos pela Embrapa visando atender à crescente demanda por madeira para energia. O objetivo é o de recomendar materiais mais adaptados e produtivos para as condições de clima e solo do estado. Com isso, espera-se reduzir os riscos na atividade florestal.

“Hoje basicamente a silvicultura de eucalipto em Mato Grosso é pautada em três materiais. O H13, o VM01 e o I144. Tem um ou outro que vai bem em determinada região, mas esses três são os que se desenvolvem bem em todas as regiões. Então é um risco muito alto, caso surja alguma praga ou doença a qual esses materiais sejam suscetíveis. Então o foco do trabalho é aumentar o leque de opções de materiais para minimizar esse risco que existe”, explica o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril e líder do projeto Maurel Behling.

Serão instalados experimentos em cinco regiões de Mato Grosso, onde os clones serão testados em parcelas de 100 plantas (10×10). Os testes clonais ampliados (TCA) serão conduzidos pela Embrapa e por empresas associadas à Arefloresta.

“A ideia é plantar em locais representativos de onde será cultivado o eucalipto em Mato Grosso. Então são áreas marginais para a agricultura. Geralmente são áreas de solo mais arenosos”, explica Maurel Behling.

No campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, onde o solo é de textura média e argilosa, também haverá um ensaio para acompanhamento e preservação dos materiais genéticos.

Os 60 clones utilizados são oriundos de trabalhos de seleção e melhoramento genético realizados pela Embrapa Florestas  em Goiás e Mato Grosso do Sul, soc coordenação do pesquisador Estefano Paludzyszyn Filho. Anteriormente, uma outra etapa da pesquisa havia sido realizada em Sinop (MT), com auxílio da Flora Sinop, para testar a produção de mudas e o enraizamento dos materiais.

O orçamento aprovado para o novo projeto é de R$ 2,4 milhões, distribuídos ao longo de seis anos de execução. O valor sai do Fundo de Desenvolvimento Florestal do Estado de Mato Grosso, subordinado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

Informações: Sou Agro.

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Ferbasa e Aperam criam empresa para explorar bioenergia

Objetivo é ampliar a competitividade no setor florestal e garantir o suprimento de redutor renovável

A Ferbasa se associou à Aperam Inox América do Sul, empresa controlada pelo grupo ArcelorMittal, para constituição da Bahia Minas Bioenergia Ltda., sediada no estado de Minas Gerais e que terá como propósito específico realizar aquisição de imóveis rurais para exploração da cultura do eucalipto e outras espécies florestais equivalentes.

A empresa baiana informa que, objetivando ampliar sua competitividade no setor florestal e garantir o suprimento de redutor renovável, firmou com Aperam Bioenergia um contrato de fornecimento de carvão, com prazo de 35 anos, envolvendo um volume mínimo de 20 mil toneladas anuais a partir de 2024.

De acordo com a Aperam, a associação com a Ferbasa está em linha com sua estratégia de aumentar em 20% suas operações florestais existentes e expandir para novos modelos de negócio com foco na transição energética.

As operações da Aperam Bioenergia estão localizadas no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, e têm capacidade para produzir anualmente 450 mil toneladas de carvão vegetal proveniente de florestas renováveis.

“A parceria também permite à Aperam otimizar e aumentar ainda mais a produção de carvão vegetal – uma fonte de energia renovável e sustentável baseada em biomassa que já está evitando a emissão de 700 mil toneladas de CO2 por ano. A expansão também permitirá à BioEnergia desenvolver significativamente novos modelos de negócios associados à energia renovável e à descarbonização global”, informa a Aperam.

Informações: Brasil Mineral.

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Exclusivo – Diagnóstico inédito do IPEF e Reflore identifica principais demandas em recursos humanos para plantações florestais em MS

Para o estudo, foi desenvolvido um questionário respondido pelas principais empresas de base florestal que atuam na região, aplicado no período de maio a julho de 2023

O estado de Mato Grosso do Sul concentra o mais intenso desenvolvimento de ações ligadas ao setor de plantações florestais do Brasil. Diante deste cenário, o IPEF e a Reflore-MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) realizaram um diagnóstico inédito visando o estabelecimento de estratégias de treinamento e qualificação de recursos humanos para o setor florestal do estado.

O estudo teve como base um questionário respondido pelas principais empresas de base florestal que atuam na região, aplicado no período de maio a julho de 2023, e que abordou itens das principais operações destinadas ao plantio de florestas, considerando as etapas de produção de mudas em viveiro, até a colheita de madeira.

Demandas que lideram

De acordo com o estudo, confirmou-se se que a demanda por recursos humanos para atuação na área de plantios florestais no MS é altamente expressiva, numa estimativa mínima total de 9.350 pessoas, considerando-se o contingente vinculado apenas às atividades de produção de mudas, operações de plantio, operações de colheita de madeira e atividades complementares afins.

O conjunto líderes-supervisores nas operações de plantio (4.350) foi a demanda mais expressiva dentre todos os resultados alcançados, distribuídos em cinco principais itens, que foram: o combate de pragas e doenças (975), o plantio (900), a irrigação (775) a mato competição (400) e a aplicação de fertilizante (400).

O segundo maior conjunto de demandas ficou por conta dos trabalhadores rurais polivalentes (1.450), divididos entre plantio (750) e viveiro (700). 

Em terceiro lugar ficaram as demandas por operadores de máquinas de plantio (1.850) com destaque para trator agrícola (675) e operadores de máquinas de colheita (800), sobretudo para operações de harvester e forwarder (450).

Operador em treinamento. Foto: Komatsu.

Segundo o diretor executivo da Reflores-MS, Benedito Mario Lazaro, a alta demanda por esses profissionais em específico, seria o aumento de áreas de florestas plantadas na região. “A expansão da silvicultura, são as principais causadoras do aumento dessas demandas por profissionais dessas áreas, como no plantio, por exemplo. Há o aumento das áreas, e também a instalação de novas empresas, e por vezes, não há mão de obra o suficiente para acompanhar o crescimento e desenvolvimento do setor. E este estudo que realizamos, visa estabelecer um treinamento e qualificação de recursos humanos para o setor florestal no estado”, destaca.

“Com a instalação das novas empresas do setor de celulose no estado, como a Suzano, com previsão de conclusão já para o primeiro semestre de 2024, e em seguida a Arauco, com previsão para 2028, temos ainda uma estimativa de expansão de área florestal de eucalipto de 2 milhões de hectares. Empresas desse setor são propulsoras na economia de Mato Grosso do Sul, e do país, têm alta relevância na geração de emprego, renda, e na parte socioeconômica nas regiões em que possuem atuação. O mercado segue aquecido, e demanda por profissionais preparados para atuação desde o plantio, máquinas pesadas, e indústria”, informa Benedito.

Outras áreas em destaque

Ainda de acordo com o levantamento, entre outras demandas gerais para o setor, destacaram-se os mecânicos para manutenção de máquinas e equipamentos (575), e os motoristas para transporte de caminhão em geral e motoristas para transporte de madeira (500).

Empresas participantes

No total, 11 empresas participaram, o que equivale à cerca de 1 milhão de hectares de plantações florestais, sendo ARAUCO, Brasilwood, Copa Investimentos, Eldorado Brasil Celulose S.A, Grupo Atallah, Grupo Innovatech, Manulife, Quilombo, Reflortec, TTG Brasil Investimentos Florestais LTDA e Suzano.

Confira a síntese do diagnóstico, disponível no site do IPEF:

Escrito por: redação Mais Floresta.

Foto em destaque: Mais Floresta.

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Exclusivo – Içamento de peça mais pesada da construção e estação de qualidade do ar e meteorológica em Ribas do Rio Pardo (MS)

Confira algumas das curiosidades citadas no Boletim do Projeto cerrado; ed. 29, de dezembro de 2023

O ano de 2023 sem dúvidas foi de desafios, e também de consolidação para o setor de florestas plantadas no país. Gigantes do setor constroem e investem “pesado” em seus empreendimentos, com a expectativa positiva de crescimento do mercado. À exemplo, a Suzano, uma das principais referências globais na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, constrói em Ribas do Rio Pardo (MS), com um investimento de R$ 22,2 bilhões,  o seu megaempreendimento denominado ‘Projeto Cerrado’, que compreende na maior fábrica de celulose em linha única do mundo, com capacidade produtiva de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, um dos maiores do setor privado no Brasil na atualidade.

Cerca de 10 mil empregos diretos foram gerados durante o pico da construção, além de milhares de empregos indiretos. Quando entrar em operação, no final do primeiro semestre de 2024, a nova unidade contará com 3 mil colaboradores próprios e terceiros.

Últimos acontecimentos

No início deste mês de dezembro, um incêndio atingiu uma das torres de resfriamento da construção, as chamas se concentraram em apenas uma das torres de resfriamento. Foram aproximadamente 40 minutos para o incêndio ser controlado e extinto. Por nota, a empresa informou que o cronograma da construção não será afetado com o incidente, e seguirá normalmente.

Demonstrando competitividade e robustez no setor, a empresa anunciou recentemente, a assinatura de contrato para aquisição de ativos florestais geridos pelo BTG Pactual Timberland Investment Group no Mato Grosso do Sul. A transação foi avaliada em R$ 1,83 bilhão, informou a produtora de papel e celulose em fato relevante na noite de sábado (23), e envolve a compra de duas sociedades de propósito específico que detém aproximadamente 70 mil hectares de terra no MS, onde a empresa já possui operações. Segundo a compradora, o objetivo da transação é aumentar o suprimento próprio da madeira.

Confira abaixo, novas curiosidades do megaempreendimento da Suzano, na edição 29 deste mês.

Para onde sopra o vento

A Suzano instalou e vai operar uma estação de qualidade do ar e meteorológica no centro de Ribas do Rio Pardo. A tecnologia fornece dados online que são enviados ao órgão ambiental estadual e tornam-se públicos em seguida. Os equipamentos instalados medem diversos parâmetros de qualidade do ar como material particulado e gases, bem como dados meteorológicos (temperatura, umidade, pressão, pluviometria, radiação solar, radiação ultravioleta, velocidade e direção do vento).

Com essas informações em mãos, gestores públicos terão um melhor entendimento de variáveis importantes que proporcionam um planejamento mais adequado no município. Dessa forma, terão mais condições de desenvolver políticas públicas que visem à melhoria da saúde e qualidade de vida da população.

 2023: um ano de muitos avanços

Em 2023, a fábrica da Suzano tomou forma, passando do estágio de obras de infraestrutura e obas civis para o de montagem eletromecânica, ou seja, a instalação das principais estruturas, equipamentos e instrumentos da futura unidade. Algumas delas representaram verdadeiros marcos do projeto.

 São exemplos a energização da subestação principal de energia elétrica, responsável pelo abastecimento elétrico da fábrica, e a partida parcial da Estação de Tratamento de Água (ETA), que irá tratar toda a água utilizada no complexo industrial.

 O que chamou mais atenção foi o içamento da peça mais pesada de toda a construção, o ‘balão de vapor’ da Caldeira de Recuperação. Considerada uma peça-chave e mesmo pesando 312 toneladas, ele é apenas uma pequena parte da complexa engrenagem da Caldeira.

 Com uma estrutura metálica de 9 mil toneladas que suporta 18 mil toneladas de equipamentos (inclusive o balão) e tubulações, esse conjunto todo equivale a 94 Antonov 225, um titã da aviação soviética da década de 1980 de 285 toneladas.

 Você sabia?

Outro grande destaque de 2023 no empreendimento foi a conclusão da montagem do digestor. Essa panela de pressão gigante medindo 81 metros de altura e 15 metros de diâmetro é essencial para a operação da fábrica, pois é ela que separa as fibras da madeira para a produção da celulose.

Na operação florestal, o destaque também impressiona pela grandeza dos números: foi iniciada a construção do viveiro de mudas de Ribas do Rio Pardo que, quando finalizado no início de 2024, irá empregar mais de 200 pessoas, a maioria de moradores da região e produzir 35 milhões de mudas por ano, ou seja, mais de 66 mudas por minuto.

Viveiro de mudas.

Escrito por: redação Mais Floresta, com informações Imprensa Cerrado.

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Engenheiros florestais terão atuação fundamental em Plano lançado pelo Governo

Portaria Mapa n.º 628 instituiu o Plano de Ação para Recuperação e Manejo de Florestas – Plano Floresta+Sustentável; saiba como os profissionais serão impactados, na prática, e o desafios da execução dessa política pública nacional

Os profissionais da Engenharia, principalmente da modalidade Florestal, estão imersos em discussões e avaliações sobre uma Portaria específica publicada pelo Governo Federal. Trata-se da Portaria Mapa n.º 628/2023, que está em vigor desde o início deste mês. O documento instituiu o Plano de Ação para Recuperação e Manejo de Florestas – Plano Floresta+Sustentável, que será coordenado pelo Departamento de Reflorestamento e Recuperação de Áreas Degradadas (Deflo), da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI/Mapa).

Com determinações que estão diretamente relacionadas à rotina diária de atuação dos Engenheiros Florestais, a comunidade florestal recebeu com prestígio a publicação, visto que os itens da Portaria têm seus objetivos na ciência florestal, que é a principal atividade do profissional com formação em Engenharia Florestal. Além disso, também trata do Plano de Manejo Florestal, algo ressaltado como importante pelo Sistema Confea/Crea já há alguns anos.

“O Sistema Confea/Crea tem orientado e divulgado a importância do profissional da Engenharia Florestal como principal ator para esse desenvolvimento, sendo esta atividade de uma relevância econômica muito forte para o Brasil e seu desenvolvimento, bem como para as nossas exportações em produtos de base florestal, que é uma forte contribuição na balança comercial e no PIB (Produto Interno Bruto)”, afirma o Coordenador Nacional das Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal junto ao Confea, Engenheiro Florestal Reginaldo Rocha Filho.

Na visão técnica do profissional, a Portaria tem alguns desafios a vencer para sua execução, como a consonância entre o setor produtivo e o setor ambiental, neste caso entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA). “Mesmo o profissional mostrando que a viabilidade existe e é boa para os dois setores, sempre travam uma luta árdua, e quem sofre sempre é o setor produtivo que tem em suas técnicas as mais preservacionistas do que quaisquer outros países do mundo”, analisa Reginaldo.

Neste sentido, a Engenheira Florestal Jaine Ariely Cubas, que atualmente ocupa o cargo de coordenadora-geral de Desenvolvimento Florestal do recém-criado Departamento de Reflorestamento e Recuperação de Áreas Degradadas da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Mapa, pondera sobre a agenda prioritária com compromissos ambientais e acordos internacionais firmados na Pasta de mudanças climáticas e as ações que o Brasil pode realizar para seu cumprimento.

“Demos um passo significativo em direção à sustentabilidade com o lançamento do Plano Floresta+Sustentável. Este plano abrangente visa impulsionar o desenvolvimento do setor de florestas plantadas no Brasil, focando em estimular a produção, promover a recuperação de áreas degradadas e fortalecer cadeias produtivas. O Plano atende a objetivos específicos, como apoiar o desenvolvimento florestal, promover o uso sustentável das florestas e cooperar com outras entidades para fortalecer a agenda de desenvolvimento florestal”, aponta.

Impacto na Engenharia paranaense

Para implantação e efetividade à realidade estadual, as determinações da Portaria contarão com a expertise dos profissionais do ramo que possuem sólidos conhecimentos nos aspectos ambientais do Estado, sua formação geológica e de solos, o clima e a biodiversidade de espécies presentes, assim como a base legal que rege a implantação de empreendimentos florestais.

Para o Conselheiro do Crea-PR pela Associação dos Engenheiros Florestais do Oeste e Sudoeste do Paraná (Aefos), secretário geral da Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais (SBEF), e professor da UTFPR Campus Dois Vizinhos, Engenheiro Florestal Eleandro José Brun, há tranquilidade no Paraná pela estrutura de “conhecimento e tecnologia que envolve cursos de graduação e de pós-graduação na área, a unidade da Embrapa especializada em florestas, além de empresas florestais coordenadas pela Associação Paranaense de Empresas Florestais (Apre), as cinco associações profissionais, entre outras entidades. Soma-se a isso o Crea-PR que, a partir de 2024, com a implementação da Câmara Especializada em Engenharia Florestal (CEEF), poderá atuar, dentro das suas funções regimentais, em apoio à fiscalização de projetos de qualidade, no acompanhamento do adequado e legal exercício profissional, ofertando seu banco de profissionais para apoio ao desenvolvimento de projetos como esse.”

O desafio, deste modo, é mais operacional do que estrutural. É notório que os objetivos da Portaria são amplos e, se cumpridos, poderão alavancar a economia de muitas regiões e municípios com vocação florestal ou mesmo daqueles com base mais agrícola e industrial, pois poderão ver nas florestas uma forma de diversificação de renda e geração de empregos. Mas, Eleandro destaca que haverá grande necessidade de recursos financeiros claros e acessíveis aos proprietários rurais acompanhando essa Portaria. “A implementação prática dos objetivos e diretrizes do Plano depende de projetos e da articulação entre entes fundamentais da sociedade, como proprietários rurais, empresas, órgãos públicos, entre outros”, justifica.

Desse modo, os profissionais devem estar atentos aos recursos. “Um aspecto fundamental da implementação dos objetivos desta Portaria passa pela mão dos profissionais, pois bons projetos precisam ser elaborados, com base técnico-científica e que tenham também, fundamentalmente, assistência técnica na implantação, condução e manejo destas florestas. Vamos aguardar de que forma esses recursos se tornarão acessíveis, via sistema bancário ou mesmo órgãos públicos (por exemplo, em editais), independentemente da esfera”, finaliza.

De acordo com a Engenheira Florestal Jaine Ariely Cubas, que atua na equipe do Mapa, a captação de recursos já está no radar do Ministério e faz parte das ações iniciais previstas para o primeiro trimestre de 2024. Um exemplo citado pela profissional foi a Rede Floresta+.

“É uma iniciativa para atingir metas globais 2030 e conseguir trazer empresas/parceiros que tenham recursos, fundos socioambientais para ajudar projetos que necessitem de recursos nos Estados, seja para viveiros florestais, para produção de mudas, para plantio ou recuperação de áreas degradadas. Tudo isso pensando em recuperação de pastagens degradadas, podendo virar culturas agrícolas, agroflorestas, ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) e monoculturas de espécies nativas ou exóticas”, detalha Jaine.

Além disso, outras atividades já devem ser executadas no início do próximo ano, como atualização e publicação do plano e promoção de painéis temáticos.

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