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Do Porto de Santos para o mundo: como é a exportação de celulose

Nesta edição do MPor Pelo Brasil vamos mostrar como o Porto de Santos se consolida como a principal saída da celulose

Versátil, biodegradável e abundante na natureza, a celulose é um dos produtos mais importantes para a economia brasileira. O Brasil é o maior exportador mundial dessa matéria-prima, essencial para a produção de papel, fraldas descartáveis, roupas, materiais de construção, medicamentos, cosméticos, alimentos e muitos outros itens do nosso dia a dia.

No MPor Pelo Brasil desta edição vamos falar sobre dados desse insumo tão importante para nossa economia. No ano passado, por exemplo, aproximadamente 19,6 milhões de toneladas de celulose saíram do Brasil para diversos destinos internacionais. Desse total, 8,1 milhões foram embarcadas pelo Porto de Santos, segundo dados da Autoridade Portuária.

O Porto de Santos lidera a exportação de celulose no Brasil, respondendo por mais de 42% do volume total. Essa liderança se deve ao tamanho do complexo portuário santista, o maior da América Latina, e à presença de cinco terminais especializados na movimentação do produto. Dali partem navios principalmente para a China, o maior mercado consumidor de celulose do mundo e principal destino da produção brasileira.

“Toda essa celulose vem do Centro-Oeste brasileiro, que conta com vastas fazendas de reflorestamento para atender à demanda da Ásia, além de parte do Norte da África e da Europa”, explica o superintendente da Assessoria de Comunicação do Porto de Santos, Clóvis Vasconcelos.

O valor financeiro das exportações de celulose também impressiona: em 2023, o setor movimentou US$ 10,6 bilhões, sendo US$ 4,6 bilhões do mercado chinês, o que representa 43,7% do total. Outros compradores importantes foram os Estados Unidos (15,8%), a Itália (8,8%) e a Holanda (8,3%).

“Os esforços do Governo Federal estão voltados para investimentos em nossos portos. Melhorar sua infraestrutura significa fortalecer a economia, gerar empregos e renda para a população e impulsionar o desenvolvimento do país”, destaca o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Modernização dos terminais

Diante da crescente demanda global, grandes empresas do setor investiram na modernização dos terminais portuários para garantir mais eficiência na exportação da celulose.

A Eldorado Brasil construiu um terminal de 53 mil metros quadrados, com capacidade para armazenar 150 mil toneladas de celulose. O local comporta até 72 vagões simultaneamente e permite o embarque de dois navios ao mesmo tempo, além de contar com sistemas logísticos automatizados. Desde sua inauguração, em 2023, a capacidade de escoamento da empresa passou de 1 milhão para 3 milhões de toneladas por ano.

A Suzano também investiu na expansão e modernização de seu terminal portuário T-32. Com isso, sua capacidade de exportação cresceu 43,5%, passando de 4,6 milhões para 6,6 milhões de toneladas anuais. O terminal, especializado em carga não conteinerizada, ocupa uma área de 33 mil metros quadrados e é estratégico para a logística de exportação do setor.

A Bracell, por sua vez, modernizou seu terminal no Porto de Santos, que tem uma média anual de 2,8 milhões de toneladas embarcadas. A empresa instalou guindastes automatizados para o descarregamento de vagões e o embarque em navios, buscando otimizar a logística intermodal e ampliar o volume transportado por ferrovias.

Com esses investimentos, o Brasil segue como referência global na exportação de celulose, garantindo eficiência e competitividade, tão importantes para movimentar nossa economia e garantir mais emprego e renda.

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Com 3,5 mil atendimentos mensais, Suzano amplia e moderniza salas de estimulação contra o sono em MS

Ao todo, são quatro unidades em operação, que contam com profissionais qualificados, bicicletas ergométricas e outros equipamentos que colaboram para manter a atenção de motoristas da logística florestal

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, ampliou e modernizou as salas de estimulação contra o sono, espaços equipados com profissionais capacitados e aparelhos para exames de rotina e estimulação de condutores(as) que atuam no transporte de madeira. Com 42 mil atendimentos somente em 2024, o que corresponde a uma média de 3,5 mil motoristas por mês, as salas de estimulação são um projeto pioneiro da companhia e estão em operação desde 2016, quando a primeira estrutura foi implantada em Mato Grosso do Sul.

A partir deste ano, o projeto passou a contar com quatro salas, sendo três móveis (trailers) destinadas à operação de tritrens e uma fixa voltada à operação de hexatrens, permitindo a locomoção das estruturas até pontos estratégicos no estado. Os trailers são equipados com bicicleta ergométrica, aparelhos para aferição de pressão arterial, oxímetro, testes de coordenação motora e atenção, além de cafeteira, micro-ondas, frigobar e óculos Re-Timer, que emitem uma luz verde para estimular a atenção e inibir a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono.

“As salas de estimulação contra o sono são uma ação pioneira da Suzano para garantir a segurança e o bem-estar do nosso time de logística florestal. Além de oferecer atendimento com profissionais qualificados para uma triagem inicial, o(a) motorista encontra nesse espaço um local para tomar um café, descansar e, quando estiver preparado, seguir viagem. Essa ferramenta, aliada às tecnologias embarcadas de ponta, reforça um dos principais direcionadores da Suzano, que afirma que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’, pois aumenta a segurança dos nossos colaboradores e de todos que utilizam as rodovias da região”, destaca Leonardo Giusti, diretor de Operações Florestais da Suzano em Três Lagoas.

Ao chegar à sala, o motorista passa por uma série de exames de rotina, incluindo aferição de pressão arterial, oxigenação e batimentos cardíacos, seguindo depois para a bicicleta e o uso do Re-Timer. Após esse circuito, acompanhado por profissionais de saúde e educação física, ele realiza testes de coordenação motora e atenção. Se aprovado, é liberado para descanso ou para seguir viagem. Caso reprove nos testes, precisará refazer todas as etapas ou, se necessário, a equipe será alertada para providenciar a substituição do motorista.

“A Suzano preza pela qualidade de vida do nosso time. Temos um controle rigoroso da jornada de trabalho para garantir que o(a) motorista cumpra as pausas obrigatórias, os períodos de folga e esteja descansado(a) para a atividade. No entanto, sabemos que alguns fatores fogem ao nosso controle. Questões pessoais, uma noite mal dormida ou outros motivos não relacionados ao trabalho podem afetar a rotina e a atenção. Por isso, temos esse cuidado extra para manter nossos motoristas despertos e aptos para o trabalho”, explica Gustavo Henning, gerente de Logística Florestal da Suzano em Três Lagoas.

Câmeras de fadiga

Além das salas de estimulação contra o sono, a Suzano utiliza câmeras de fadiga instaladas nas cabines dos caminhões. Esses dispositivos contam com sensores de expressões faciais para detectar sinais de sonolência, desatenção e outras distrações, como o uso de celulares. Caso sejam identificados riscos, um alerta imediato é emitido dentro da cabine e a Central de Logística Florestal é acionada para adotar as medidas necessárias, que podem incluir o envio do(a) motorista para a sala de estimulação ou até mesmo sua substituição.

O sistema opera 24 horas por dia, com comunicação constante entre motoristas e a central, que também dispõe de telemetria e outros sistemas de monitoramento dos veículos, funcionando mesmo em áreas sem sinal de internet. Essa infraestrutura moderna permite acompanhar a localização dos caminhões, o status da operação e dados de segurança, garantindo maior eficiência e resposta rápida em casos de desvio ou irregularidade.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br.

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Fundação Bracell e Insper iniciam curso sobre implementação de políticas educacionais

O primeiro módulo foi aplicado em março e reuniu gestores da União, estados e municípios; os próximos estão vistos para abril, maio e junho

São Paulo, março de 2025 – Com o objetivo de apoiar lideranças educacionais na aplicação prática de políticas públicas, a Fundação Bracell, em parceria com o Insper, iniciou em março o curso “Implementação de Políticas Educacionais – Transformando Políticas em Ação”. A formação, voltada a gestores públicos da área da educação, teve seu primeiro módulo realizado entre os dias 20 e 22, na sede do Insper, em São Paulo. Os próximos módulos estão previstos para os meses de abril e maio, com atividades presenciais e online, e um encontro final em junho.

A proposta do curso é fortalecer competências técnicas voltadas à implementação de políticas educacionais baseadas em evidências, contribuindo para que lideranças públicas atuem com mais preparo na condução de iniciativas no campo da educação. Nesta primeira etapa, participaram gestores da União, de estados como Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul e de municípios, reunindo um grupo diverso de profissionais diretamente envolvidos com a formulação e execução de políticas públicas.

Sob coordenação da professora Laura Müller Machado, a formação conta com um corpo docente composto por especialistas em gestão pública e políticas educacionais. Estão entre os professores: Ricardo Paes de Barros (PhD em Economia pela University of Chicago), Frederico Amancio (secretário municipal de Educação do Recife), Laura Abreu (mestre em Políticas Públicas pelo Insper), Matthew Andrews (Harvard Kennedy School of Government), Mirela de Carvalho (PhD em Ciências Sociais pelo IUPERJ), Patrícia Pessoa Valente (PhD pela Faculdade de Direito da USP) e Úrsula Peres (PhD em Administração Pública pela FGV).

Ao longo dos três dias do primeiro módulo, os participantes discutiram temas centrais para a implementação de políticas públicas de educação. No primeiro dia, foram abordados o uso de evidências, a teoria da mudança e a divisão de atribuições, com aulas de Ricardo Paes de Barros, Laura Abreu e Patrícia Pessoa Valente. No segundo dia, os temas foram financiamento da educação, com Úrsula Peres, e sistema de monitoramento, com Samuel Franco, além de uma apresentação sobre modelos de mudança e avaliação, mediada por Mirela de Carvalho.

Já no terceiro dia, os gestores foram introduzidos ao conceito de PDIA (Adaptação Iterativa Orientada pelo Problema), apresentaram os pré-trabalhos desenvolvidos ao longo do módulo e acompanharam o secretário de Educação do Recife, Frederico Amancio, em uma apresentação de caso sobre a política de alfabetização. Os presentes também tiveram a oportunidade de dialogar com David Evans, economista-chefe para o Setor Social do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que compartilhou lições de experiências internacionais na implementação de políticas educacionais.

Para Eduardo Queiroz, diretor-presidente da Fundação Bracell, a iniciativa busca contribuir para o fortalecimento da capacidade técnica da gestão pública. “A formação contribui para fortalecer a capacidade da gestão pública de desenhar modelos de implementação de políticas educacionais, utilizando e gerando todas as evidências possíveis e considerando os recursos disponíveis”, afirma. Segundo ele, ao final das três etapas do curso, os participantes estarão mais preparados para aliar teoria e prática em seus contextos de atuação e multiplicar o conhecimento junto às suas equipes.

Essa visão é compartilhada por Davi Santos, superintendente de Modalidades e Programas Educacionais da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, que destaca a relevância da formação. “O curso ajuda a pensar a política pública de forma mais estratégica, porque conecta a teoria às evidências, direcionando para ações concretas acerca das políticas educacionais. E todo gestor de políticas públicas necessita de um arcabouço legal, mas, principalmente, de ferramentas que possibilitem o desenvolvimento dessas políticas. Então, a gente sai com ferramentas reais para desenhar, para implementar e até melhorar as políticas que já trabalhamos no âmbito das nossas instituições. Políticas essas que impactam diretamente a vida do nosso público prioritário, que são os estudantes inseridos nas redes públicas de ensino”, afirma.

Ele também ressalta a aplicabilidade do curso. “A formação oferecida pela Fundação Bracell e Insper é de alto nível, com aplicabilidade imediata, justamente porque a gente retorna às nossas instituições já com uma visão muito refinada a respeito da boa implementação e em condições de fazer esse trabalho transformador na política educacional e na vida dos nossos estudantes.”

Na mesma linha, Rita Bastos, secretária municipal de Educação de Alagoinhas (BA), ressalta que participar do curso é uma experiência inspiradora. “Participar no curso é inspirador pelos estudos, trocas e reflexões, pois contamos com a participação de grandes lideranças e pesquisadores do cenário educacional brasileiro e internacional, que, com suas experiências e saberes acadêmicos, nos brindaram com momentos de aprendizagem, contribuindo para o pensar e fazer dos desenhos de políticas públicas, considerando diagnósticos, evidências e os impactos socioeducacionais”, afirma.

Novos módulos

Além dos encontros presenciais, os participantes também terão, no segundo módulo, atividades online nos dias 4, 12 e 26 de abril e 10 de maio. Um terceiro módulo do curso será aplicado presencialmente nos dias 22, 23 e 24 de maio. No dia 14 de junho, os gestores terão um novo encontro virtual para falar sobre os desafios pós-implementação, encerrando a formação do curso. No módulo final, os participantes irão discutir assuntos como estratégia de implementação, incentivos e governança, recursos humanos na educação, formação e assistência técnica e conexão entre PP e implementação.

“O grupo de lideranças reunido, composto por pessoas das três esferas da Federação, tem a responsabilidade de desenhar, implementar e acompanhar políticas públicas que garantam educação de qualidade para todas as crianças e jovens, nossa expectativa é poder apoiar essa missão ampliando seu repertório com ferramentas de gestão que os conduzam a uma maior efetividade”, destaca Alejandra Meraz Velasco, diretora de Advocacy e Comunicação da Fundação Bracell.

Sobre a Fundação Bracell

A Fundação Bracell é uma organização privada sem fins lucrativos que, desde 2023, tem se dedicado ao fortalecimento da educação infantil e ao apoio a iniciativas voltadas para a primeira infância, além do desenvolvimento de lideranças. Criada por meio da consolidação da Bracell no país, seu foco principal é alavancar o poder transformador da educação desde a primeira infância, possibilitando que cada criança desenvolva plenamente seu potencial para uma vida melhor, tanto no presente quanto no futuro. Para mais informações, acesse: https://fundacaobracell.org.br/

Sobre o Insper

É uma instituição sem fins lucrativos, dedicada ao ensino e à pesquisa, que oferece cursos de graduação e pós-graduação lato stricto sensu, além de educação executiva e customizados.

A Insper visa a promover a transformação do Brasil por meio da formação de líderes inovadores e pesquisa aplicada – atuando com excelência acadêmica e visão integrada das áreas de conhecimento.  Por meio da excelência acadêmica e do apoio ao desenvolvimento profissional e pessoal dos nossos estudantes, busca contribuir para o progresso do país, encorajando todas e todos a pensar além da sala de aula, seguindo uma trajetória de impacto positivo, seja na esfera privada, pública ou no terceiro setor.

Com forte comprometimento do corpo docente, o Insper busca desenvolver características de liderança, habilitando os alunos e alunas a lidar, de forma ética, com as complexidades do ambiente em que atuam. A instituição acredita que o aprendizado interdisciplinar, com a integração de competências de diferentes áreas do conhecimento, prepara melhor os profissionais para a realidade global.

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Tarifas de Trump podem causar queda no fornecimento de papel higiênico nos EUA

O fornecimento de papel higiênico dos EUA pode vir sem bobina. O aumento de tarifas do presidente Donald Trump sobre madeira macia canadense pode ter o efeito não intencional de interromper a produção do item essencial para banheiro, relata a Bloomberg News.

Os planos do governo Trump de aumentar os impostos sobre madeira macia canadense para 27% — e possivelmente para mais de 50% mais tarde — podem afetar a disponibilidade de celulose kraft de madeira macia branqueada do norte, ou NBSK, um ingrediente essencial em papel higiênico e toalhas de papel, disse a agência de notícias , citando participantes e observadores da indústria.

Os impostos de importação sobre a madeira acabarão por tirar algumas serrarias do mercado, reduzindo o fornecimento de cavacos de madeira para fazer celulose. Isso levará a fechamentos temporários e menor produção do ingrediente, o que, dada a natureza finamente equilibrada do mercado, pode resultar em escassez de produtos acabados semelhante à pandemia e possivelmente preços mais altos.

Trump deve anunciar tarifas “recíprocas” sobre produtos estrangeiros em 2 de abril, quando as tarifas adiadas de 25% sobre produtos canadenses e mexicanos também devem entrar em vigor . Ele já anunciou tarifas de 25% sobre todos os carros, caminhões e autopeças importados, incluindo aqueles feitos por empresas dos EUA no Canadá.

Os impostos de importação sobre madeira macia canadense, agora de 14%, devem aumentar para quase 27% este ano. As tarifas de 25% sobre a maioria dos produtos canadenses aumentariam os impostos para cerca de 52% — e uma investigação de “segurança nacional” sobre importações de madeira poderia aumentar ainda mais os encargos.

Substituir as aproximadamente 2 milhões de toneladas de celulose agora importadas do Canadá não será fácil. Ela não só constitui a maior parte do suprimento americano, como muitas fábricas de papel dos EUA dependem de fábricas canadenses individuais porque seus próprios processos de produção são ajustados para essa celulose específica.

“Eles não compram nossos produtos por causa dos nossos olhos bonitos”, disse Frederic Verreault, VP de assuntos corporativos da Les Chantiers de Chibougamau, uma processadora de madeira de Quebec, à Bloomberg. “Eles compram nossos produtos porque são os melhores e os mais integrados em suas fábricas.”

Informações: Yahoo!

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Suzano e Prefeitura de Ribas do Rio Pardo (MS) firmam parceria para fortalecer educação pública no município

A iniciativa faz parte da Estratégia de Educação da empresa, focada em dois eixos: Trajetória Escolar, que  contribui para garantir acesso, permanência, aprendizado e conclusão da educação básica; e Inclusão Produtiva, que conecta jovens de 14 a 24 anos com educação profissional e ingresso ao mercado de trabalho

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, formalizou parceria com a Prefeitura de Ribas do Rio Pardo (MS) para impulsionar a educação básica e profissional no município. Assinado durante evento de lançamento de obras locais na última sexta-feira (21/03), o termo de colaboração estabelece metas como aumento da frequência escolar, melhoria do aprendizado, elevação da taxa de conclusão do ensino fundamental e médio e maior inserção de jovens em cursos técnicos e no mercado de trabalho.

A iniciativa integra a Estratégia de Educação da empresa, estruturada em dois eixos: Trajetória Escolar, com ações para garantir acesso, permanência e aprendizado adequado e conclusão da educação básica; e Inclusão Produtiva, que conecta jovens a oportunidades de ensino técnico/profissionalizante, ingresso a universidade e inserção no mercado de trabalho via programas como Lei de Aprendizagem, estágios remunerados e empregabilidade jovem. O público-alvo são adolescentes e jovens de 14 a 24 anos, incluindo estudantes dos anos finais do ensino fundamental, do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A iniciativa tem o potencial de alcançar aproximadamente 2.350 jovens.

Para Leonardo Mendonça Pimenta, diretor de Operações Industriais da Suzano em Ribas do Rio Pardo, a companhia entende que a educação é um pilar fundamental para o crescimento sustentável de qualquer cidade. “Com essa estratégia, buscamos não apenas melhorar os indicadores educacionais, mas também criar oportunidades reais para que os jovens possam construir um futuro promissor. Nossa meta é garantir que mais jovens tenham acesso à educação de qualidade e às ferramentas necessárias para ingressar no mercado de trabalho. Para isso, apostamos no bom relacionamento com as comunidades onde atuamos, na redução da pobreza e no fortalecimento da educação”, afirmou.

Para André Becher, gerente de Desenvolvimento Social da Suzano, a ação destaca a relevância da parceria entre os setores público e privado na promoção de mudanças positivas e duradouras na sociedade. “Estamos unindo esforços para fortalecer a educação básica, profissional e técnica, além de conectar os jovens ao mercado de trabalho. A educação de qualidade e a inclusão produtiva de jovens é uma alavanca estruturante para romper o ciclo da pobreza e ações como essa fortalecem os nossos compromissos rumo ao desenvolvimento social nos territórios onde atuamos”, enfatizou.


O prefeito de Ribas do Rio Pardo, Roberson Moreira, também ressaltou a relevância da iniciativa para o município. “Temos um projeto de transformação da educação, melhoria da qualidade de ensino e, principalmente, um compromisso sério com a alfabetização nos anos iniciais, além de promover o conceito de cidadania entre nossas crianças e jovens. Todas as iniciativas que vêm para somar, tanto do setor público quanto do privado, potencializam esse trabalho. Por isso, a parceria entre a Prefeitura e a Suzano é essencial para fortalecer essas ações e gerar um impacto positivo na educação do município”, finalizou.

Conforme previsto no termo de colaboração assinado, a Suzano se compromete a disponibilizar equipe técnica especializada para a execução das ações, enquanto as Secretarias Municipal e Estadual de Educação serão responsáveis por garantir a participação dos educadores e o compartilhamento de dados para o monitoramento das metas.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br

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Silvicultura ‘abre portas’ para mulheres na universidade e contribui para o desenvolvimento sustentável

A região do Bolsão em Mato Grosso do Sul é um celeiro de oportunidades para o desenvolvimento profissional e pessoal. O berço de todo este processo de crescimento está sendo trilhado por mulheres que estão no curso tecnólogo em Silvicultura, capacitação de nível superior ofertado pela UEMS (Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul) em parceria com as prefeituras municipais de Água Clara e Ribas do Rio Pardo e as empresas MS Florestal e Suzano, respectivamente. 

“São cursos novos na grade curricular das universidades. Só existem mais três cursos no interior de São Paulo e do Espírito Santo. A região do Bolsão, em Mato Grosso do Sul, é o coração da Silvicultura no Brasil e nada mais justo que tenhamos aqui esse tipo de capacitação, mais direcionada e específica”, explica o professor Allan Motta Couto, docente da UEMS (Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul e coordenador do curso da UEMS, em Água Clara.

O professor detalha que a maioria dos participantes do curso de Silvicultura são mulheres e que já trabalham nos viveiros de mudas e em outros setores das empresas do setor florestal.

O curso de Silvicultura é oferecido no polo da UEMS em Água Clara e ministrado na Escola Municipal Márcia Cristina Fioratti Javarez, que oferece um espaço muito bem adequado com ambiente climatizado e equipamentos como telões de alta tecnologia sensíveis ao tato, laboratórios equipados, conexão de internet, além de uma logística primorosa com transporte para as aulas práticas de campo. O professor Allan também ressalta que a parceria com a indústria é fundamental para a promoção do curso. 

“A MS Florestal identificou uma demanda social e decidiu também investir na capacitação. A união dos três parceiros [prefeituras, empresas e UEMS] possibilitou a criação desse curso em Água Clara e Ribas do Rio Pardo”, completou o professor.

De acordo com o docente, o curso em Silvicultura é composto majoritariamente por mulheres. “70% dos nossos acadêmicos são mulheres. Este fato nos deixa felizes em saber desta peculiaridade em Mato Grosso do Sul. Nossos alunos são pessoas mais experientes, pais e mães que trabalham o dia todo, já estão inseridos no mercado, trabalhando em operações florestais, na produção de mudas, no monitoramento do crescimento florestal e buscam esta capacitação, cargos mais desafiadores e melhor remuneração.”

 O curso tem duração de dois anos e meio. Em Água Clara, o curso teve início em agosto de 2024. Cerca de 40 pessoas participam dos cursos em ambos municípios.

Ainda segundo o professor Allan, a tecnologia em Silvicultura é um campo em constante evolução que envolve o manejo e o cultivo de florestas com o objetivo de obter um alto rendimento e conservar a biodiversidade.

Viveiros da Educação

Faz três anos que Luzia Costa Freitas, mãe de duas meninas,  trabalha no viveiro da MS Florestal, em Água Clara. Em agosto do ano passado, começou no curso de Tecnólogo em Silvicultura pela UEMS. 

“Eu resolvi fazer esse curso para o meu crescimento profissional e para me aprofundar mais na área. O setor de celulose está bastante avançado. Eu não tinha a dimensão desse setor”. Luzia conta que o curso abriu seus horizontes. “O curso de tecnólogo está me mostrando além, de como é o processo de uma floresta formada. Eu fiquei muito feliz pelo curso ter vindo pra cá. Nós, que somos mães, donas de casa, fica um pouco difícil para retomar aos estudos. Então, foi uma boa oportunidade”, descreve.

Gilmara Prates, de 31 anos, é casada e tem um filho de três anos. “Eu fiquei sabendo que o curso ia ser ministrado em Água Clara, e oferecido pela UEMS. Eu sempre digo que o meu trabalho é cuidar de mães grávidas e de seus filhinhos na maternidade”, comparou a colaboradora, que trabalha também no viveiro da MS Florestal”.

Assim como outras dezenas de mulheres que cursam Silvicultura, Gilmara pretende se formar e tornar-se especialista na área. “O futuro está nas minhas mãos. O que eu estou plantando hoje, quero ver lá na frente, aquelas mudinhas, meus brotinhos pequeninos que eu plantei e como elas estarão lá na frente”, diz emocionada.

A aula inaugural do primeiro curso de Tecnólogo em Silvicultura, em Ribas do Rio Pardo aconteceu no dia 11 de março deste ano, em parceria com a UEMS, Governo do Estado, prefeitura e a empresa Suzano. As aulas são ministradas na Escola Estadual João Ponce de Arruda. 

Além do curso de Tecnólogo em Silvicultura, a Suzano lançou, em parceria com o Governo do Estado, cursos de qualificação profissional para o ensino médio em Ribas do Rio Pardo. A iniciativa inclui o programa EJA Qualifica (Educação de Jovens e Adultos) e a formação de viveiristas florestais. 

O título de tecnólogo é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) como uma qualificação de nível superior, com diferença de ser um curso de menor duração e focado na prática profissional. Em agosto de 2023, o curso foi aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEMS (CEPE). O curso tem duração de dois anos e meio.

O Curso de Tecnologia em Silvicultura da UEMS oferece competências e habilidades quanto a analisar estatísticas, inventários florestais e a vegetação arbórea de espécies florestais nativas e exóticas, gerenciar programas de preservação, conservação e reflorestamento, entre outros atributos.

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Suzano abre seis processos seletivos para atender suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, está com seis vagas abertas em diferentes áreas para suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagos (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

As oportunidades em Ribas do Rio Pardo são para Analista de Manutenção Júnior – Planejamento, Auxiliar de Manutenção – Oficina Central, Consultor(a) de Logística Florestal e Mecânico – Oficina Central Florestal. Já em Três Lagoas, as vagas são para Analista de Planejamento Sênior – Manutenção Florestal e Condutor(a) de Veículo Florestal I.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Ribas do Rio Pardo

Auxiliar de Manutenção – Oficina Central – inscrições até 30/03/2025: Página da vaga | Auxiliar de Manutenção – Oficina Central

Consultor(a) Logística Florestal – inscrições até 30/03/2025: Página da vaga | Consultor(a) Logística Florestal

Mecânico – Oficina Central Florestal – inscrições até 30/03/2025: Página da vaga | Mecânico – Oficina Central Florestal

Analista de Manutenção Júnior – Planejamento – inscrições até 22/04/2025:Página da vaga | Analista de Manutenção Júnior – Planejamento

Três Lagoas

Analista de Planejamento Sênior – Manutenção Florestal – inscrições até 30/03/2025: Página da vaga |Analista de Planejamento Sênior – Manutenção Florestal


Condutor(a) Veículo Florestal I – inscrições até 27/05/2025: Página da vaga | Condutor(a) Veículo Florestal I

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em:suzano.com.br.

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MS destina mais R$ 3 milhões para aeroporto próximo à fábrica da Arauco

Estado anunciou abertura de licitação para “execução do sistema de sinalização noturna” no novo aeródromo de Inocência, cidade que vai receber fábrica de celulose

Após confirmada sua instalação em Inocência, a fábrica de celulose da Arauco já está trazendo influências para o município de apenas 8,4 mil habitantes. Na última segunda-feira (24), o Governo do Estado anunciou abertura de licitação para “execução do sistema de sinalização noturna” no novo aeródromo da cidade.

Através do Diário Oficial do Estado (DOE), a licitação foi anunciada sob valor estimado de R$ 3.138.037,95, do qual às 10h do dia 14 de abril ocorrerá sua abertura. Lembrando que o aeródromo já custou R$ 15,4 milhões ao Estado.

A expectativa é que o aeroporto seja entregue até o meio do ano e terá a implantação das pistas de pouso e decolagem, de taxiway (que conecta a pista principal ao pátio), do pátio de aeronaves e do alambrado operacional.

A pista faz parte do pacote de investimentos do Plano Aeroviário Estadual, que prevê um valor aplicado de cerca de R$ 250 milhões, para a “construção de novos aeroportos, a estruturação de alguns já existentes, a reforma de outros e a implantação de dispositivos onde não existem”.

Além do aeródromo e sob influência da Arauco, MS também deve investir mais R$ 52,2 milhões nas áreas da saúde, educação e infraestrutura em Inocência, cidade que deve ter sua população dobrado nos próximos anos com a vinda da nova fábrica.

EM BREVE

A nova fábrica de celulose tem expectativa de iniciar sua operação no segundo semestre de 2027, com investimento total de R$ 28 bilhões (US$ 4,6 bilhões). Atualmente, os trabalhos ainda estão na fase de terraplanagem e empregam em torno de 2,4 mil pessoas. No pico das obras, porém, serão até 14 mil empregos diretos no empreendimento.

Em setembro do ano passado, foi anunciado um aumento da ordem de 53% nos investimentos da fábrica de celulose de Inocência, na região leste de Mato Grosso do Sul. Com isso, a capacidade de produção anual será 40% maior, passando da previsão inicial de 2,5 milhões de toneladas para 3,5 milhões de toneladas de fibra de eucalipto por ano.

Além de celulose, a previsão é de que o Projeto Sucuriú, como é conhecido o projeto de instalação da Arauco, que ficará às margens do rio com o mesmo nome, gere 400 megawatts de energia. A metade será consumida pela própria fábrica e o restante será vendido, sendo suficiente para abastecer uma cidade com até 800 mil habitantes.

Já existe uma série de alojamentos para os trabalhadores, mas próximo da área urbana. A previsão é de que na área do alojamento sejam construídos espaços para lazer e  cada ala de alojamentos contará com um pronto atendimento médico. Os casos graves de saúde serão encaminhados para um hospital que está previsto para ser construído no canteiro de obras.

Além disso, a direção da Arauco informou que os trabalhadores terão acesso a planos de saúde suplementar e transporte de emergência, com ambulâncias da própria empresa, para hospitais particulares fora da região, se necessário.

SOBRE A ARAUCO

A Arauco é uma empresa global, de origem chilena, com presença em cinco continentes. Fundada em 1979, possui operações em mais de 75 países e 55 fábricas nos países Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, México, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Espanha, Portugal e África do Sul. Opera globalmente com mais de 18 mil trabalhadores.
 
Atualmente, a capacidade de produção de celulose é de 5,2 milhões de toneladas por ano em suas unidades no Chile, Argentina e Uruguai. Agora, só a unidade de Inocência vai ampliar essa capacidade para 8,7 milhões de toneladas, um aumento de 67%.

Informações: Correio do Estado.

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Vale da Celulose ganha prestígio e Três Lagoas é a cidade pioneira e desbravadora do setor em MS

O Vale da Celulose é reconhecido, mas se não existisse Três Lagoas ainda não existiria Celulose em Mato Grosso do Sul

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, aprovou a criação do “Vale da Celulose” no Estado. A região com maior destaque econômico e logístico é oficialmente reconhecida pela Casa de Leis do MS e Três Lagoas tem grande parcela de prestígio no acontecimento histórico.

A proposta, do deputado estadual, Pedro Caravina (PSDB), reconhece como “Vale da Celulose” o conjunto de municípios que se destacam como polos de desenvolvimento econômico, logístico e social, tendo como base os investimentos estratégicos no setor de celulose, infraestrutura e geração de empregos. O projeto agora segue ao expediente da Casa de Leis.

MUNICÍPIOS ELENCADOS

Entre os municípios estão cidades como Três Lagoas, Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Inocência, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo e Selvíria.

A celulose se tornou o produto mais exportado de Mato Grosso do Sul. A região, já conhecida mundialmente como ‘Vale da Celulose’ se tornou uma potência econômica para o Estado e Três Lagoas é o município ‘desbravador’ do setor em MS.

INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS

Hoje em dia, muitos megaempreendimentos estão sendo instalados no Mato Grosso do Sul. Além da Eldorado e a Suzano, ambas instaladas em Três Lagoas, o Estado também recebeu outra Suzano em Ribas do Rio Pardo, uma Arauco está sendo construída em Inocência e uma Bracell, que provavelmente em breve será anunciada oficialmente a instalação na cidade de Bataguassu.

Até algumas décadas atrás, a região, que hoje em dia é uma potência econômica era bem diferente. Três Lagoas, a ‘professora’ das outras cidades que abrigam fábricas no Estado precisou ‘aprender’ os impactos positivos e os negativos quando o assunto é a instalação de uma fábrica de celulose.

COMO SURGIU A CELULOSE EM TRÊS LAGOAS

Há aproximadamente 20 anos, foi preciso que a então prefeita Simone Tebet, junto com o governador Zeca do PT e mais uma comitiva de autoridade e empresários fossem aos Estados Unidos, à sede da International Paper (atual Sylvamo), onde após uma exaustiva reunião conseguiu sensibilizar a diretoria da empresa para investir em uma fábrica de celulose em Três Lagoas. Naquela época já havia muita plantação de eucalipto no município que foi implementado pela empresa Chanflora, subsidiária da IP. Esse foi um dos principais motivos, além da logística e incentivos que atraiu o investimento.

LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DA IP/VCP

Após várias reuniões para concretizar o empreendimento, no dia 19 de novembro de 2006, uma ensolarada terça-feira, foi a lançada a pedra fundamental da fábrica de papel e celulose da IP/VCP, realizada no Horto Barra do Moeda, situado a cerca de 30 km do centro da cidade.

Naquela ocasião, várias autoridades marcaram presença, dos quais, o então ministro dos transportes, Paulo Sérgio Passos e do ministro do desenvolvimento, indústria e comércio exterior, Luiz Fernando Furlan, diretores da IP e VCP e autoridades políticas de Três Lagoas e de Estado.

A partir da construção da fábrica, denominada Projeto Horizonte a cidade de Três Lagoas sofreu os impactos do empreendimento que na época era o maior investimento privado do Estado. Durante a obra a cidade recebeu cerca de 10 mil trabalhadores que vieram de várias regiões do país.

NOVO PERFIL ECONÔMICO

Naquela ocasião a então prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet não apenas levou a cidade a um enriquecimento notável, que se reverteu em emprego e renda para a população: mudou o perfil econômico do município, promoveu uma transformação que permanece como legado para a região.

Até então a cidade estagnada, sem perspectivas além da pecuária, tradição local de décadas, emergiu rapidamente como uma potência industrial, a ponto de ser tratada como a nova capital mundial da celulose.

LIDERANÇA INDUSTRIAL

A população empregada em Três Lagoas mais que dobrou durante os mandatos de Simone. Em 2009, primeiro ano da segunda gestão da prefeita, o município assumiu a liderança em exportação de produtos industrializados no Mato Grosso do Sul, fruto da política de atrair empreendedores para a exploração de eucalipto na produção de celulose e papel.

Gigantes do setor, como a Votorantim Celulose e Papel e a International Paper, estabeleceram-se na cidade; nasceu um parque industrial; novos empregos surgiram, na construção e na operação das fábricas; os salários aumentaram. O perfil de consumo da população mudou e aqueceu o comércio três-lagoense.

VISÃO ESTRATÉGICA

Todo esse desenvolvimento foi possível porque Simone teve a visão estratégica de perceber o potencial do município para destacar-se na produção de papel e celulose e a capacidade de trazer investidores.

As terras disponíveis e adequadas às plantações de eucalipto e uma localização privilegiada, com vantagens logísticas no escoamento da produção, já estavam lá. Os vagões da ALL – América Latina Logística, carregados de produtos passaram a circular na ferrovia que liga Três Lagoas ao Porto de Santos. Embarcações lotadas de carga começaram a navegar pelos rios Tietê e Paraná, em direção a São Paulo e ao Sul. Carretas cheias pegaram as estradas federais de leste a oeste, de norte a sul, fazendo entregas dentro e fora do Estado.

DEMANDAS

Hoje em dia Três Lagoas e região ‘tem outra cara’ e só ‘não trabalha quem não quer’. Além dos empregos gerados pelas indústrias, muitos setores precisam expandir para atender as demandas das fábricas. Grandes empresas também buscaram e seguem buscando a região, gerando emprego e fazendo a economia girar.

Hoje, o Vale da Celulose é reconhecido, mas se não existisse Três Lagoas ainda não existiria Celulose em Mato Grosso do Sul. Pioneiro no setor, o município é espelho e responsável para o desenvolvimento que a Costa Leste está cada vez mais adquirindo o status do Vale da Celulose.

Informações: Perfil News.

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Mercado de carbono no Brasil: uma nova era para o agronegócio

*Artigo de Ivan Pinheiro.

A recente aprovação da Lei de nº 15.042/2024, que regulamenta o mercado de carbono no Brasil, representa um marco significativo para a sustentabilidade no país. Com a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), o Brasil se posiciona como protagonista no cenário global de combate às mudanças climáticas, promovendo um ambiente propício para a inovação e a geração de novas fontes de receita.

Um dos pilares dessa nova legislação é a Lei do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), sancionada em 2021, que permite aos proprietários rurais serem remunerados por manter áreas de preservação em suas propriedades. O Código Florestal Brasileiro já estabelece que os produtores rurais devem manter uma porcentagem de suas terras como áreas de preservação permanente e reservas legais, variando de 20% a 80% da propriedade, dependendo da região. Com a implementação da PSA, essas áreas, antes vistas apenas como passivos ambientais, podem se transformar em ativos financeiros por meio da comercialização de créditos de carbono.

Com essas duas legislações – SBCE e PSA -, o Brasil estabelece um mercado regulado onde as emissões de gases de efeito estufa (GEE) podem ser monitoradas e comercializadas. Isso significa que, produtores rurais que mantêm suas reservas legais e geram créditos de carbono, podem vender esses créditos a empresas que buscam compensar suas emissões. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 61% das propriedades rurais no Brasil possuem áreas destinadas à preservação, o que representa um potencial significativo para a geração de créditos de carbono.

A monetização das reservas legais e áreas de preservação permanente não apenas recompensa os produtores por seus esforços de conservação, mas também incentiva a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis. Isso contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa e fortalece a imagem do agronegócio brasileiro como líder em sustentabilidade. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que o mercado de carbono tem o potencial de gerar R$ 50 bilhões de receita adicional para os produtores até 2030.

Além disso, há empresas especializadas imprescindíveis nesse processo, auxiliando os produtores na quantificação do estoque de carbono em suas propriedades, na certificação desses créditos e na intermediação da venda no mercado. São plataformas desenvolvidas para oferecer suporte na implementação de estratégias que promovem a sustentabilidade nas fazendas, como a recuperação de áreas degradadas, o plantio de florestas comerciais e a adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

A regulamentação do mercado de carbono no Brasil é uma resposta às exigências globais por ações climáticas e uma oportunidade para o agronegócio brasileiro. Com a implementação da SBCE e o fortalecimento da lei do PSA, o país tem a chance de liderar um movimento em direção à sustentabilidade econômica e ambiental.

A combinação das reservas legais com a possibilidade de comercialização dos créditos de carbono cria um ciclo onde todos ganham: o meio ambiente é protegido, os agricultores são recompensados por suas práticas sustentáveis e o Brasil se posiciona como um líder em soluções climáticas inovadoras. O futuro do agronegócio brasileiro está intrinsecamente ligado à sua capacidade de se adaptar e prosperar dentro desse novo paradigma econômico sustentável.


*Ivan Pinheiro é diretor da RDG Ecofinance e criador do aplicativo Carbono Neutro.

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