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Eldorado Brasil inaugura Centro de Treinamento Itinerante Florestal

Novo espaço é um marco para o desenvolvimento de profissionais do setor de base florestal brasileiro

A Eldorado Brasil Celulose, uma das principais empresas do setor de celulose no país, acaba de inaugurar seu Centro de Treinamento Itinerante Florestal (CTIF) que oferece mais de 50 cursos técnicos e obrigatórios para os colaboradores da área, em reforço de seu compromisso com a valorização das pessoas.

Com a oferta de treinamentos especializados em operação e manutenção florestal e métodos inovadores de ensino, a estrutura atende a toda a diretoria Florestal de forma integrada e prioriza o desenvolvimento de competências técnicas, incentivando a qualificação e o aperfeiçoamento contínuo dos profissionais. Dessa forma, a empresa também contribui para promover a competitividade nas operações florestais, sempre com elevados padrões de segurança e qualidade.

“No Centro de Treinamento Itinerante Florestal da Eldorado Brasil, nossa missão é capacitar nossas equipes com tecnologia de ponta, seja para operação de máquinas, tratores, mecânica ou direção. Com o apoio de nossos parceiros, oferecemos programas de excelência como parte de nossa iniciativa interna de desenvolvimento de carreira, onde cada colaborador pode seguir seu próprio caminho”, destaca Germano Vieira, diretor Florestal da Eldorado Brasil.

Estrutura completa

O CTIF conta com uma ampla lista de recursos para oferecer uma formação adequada para os colaboradores, atrelado à aplicação prática de suas atividades no ramo florestal. Além das sete salas de aula, o local conta com laboratórios tecnológicos e simuladores de última geração. Tudo com a flexibilidade que uma estrutura itinerante possibilita, permitindo seu deslocamento de uma região para outra para atender demandas específicas para o desenvolvimento dos times de campo.

A partir de um calendário com mais de 50 opções de cursos, os colaboradores têm a oportunidade de receber especializações nas áreas de silvicultura, colheita, logística, treinamentos normativos e manutenção mecânica. Além das atividades regulares, os diferentes setores têm a possibilidade de solicitar, de forma on-line, treinamentos adicionais, realizados de forma presencial.

Sobre a Eldorado Brasil

A Eldorado Brasil opera uma fábrica em Três Lagoas (MS) com capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano, tornando-se uma das referências mundiais do setor. Além disso, investe em energia limpa, com geração de 50 megawatts/hora na usina termelétrica Onça Pintada, tornando-se autossuficiente. Com mais de 293 mil hectares de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul e áreas destinadas à conservação, a Eldorado Brasil é reconhecida por sua responsabilidade ambiental. Contando com mais de 5 mil colaboradores no Brasil e escritórios internacionais, a empresa é um empregador de destaque na região.

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Fevereiro tem recorde histórico de queimadas na Amazônia; Roraima concentra 65% dos focos

Porta-voz do Greenpeace Brasil alerta que, apesar dos dados alarmantes já registrados em Roraima, março é, historicamente, ainda mais crítico para o estado

A Amazônia registrou 3.158 focos de calor em fevereiro, um recorde para a série histórica (iniciada em 1999) e um aumento de 79% em relação ao recorde anterior, ocorrido em 2007. Os dados são do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados ontem (29/02).

Roraima também registra o pior fevereiro da série histórica, com 2.057 focos de calor, 65% do total do bioma. Pela primeira vez, o estado teve mais de 500 focos em um único dia, registrados em 20 de fevereiro (538 focos de calor). 

Outro ponto de alerta é o avanço do fogo para as Terras Indígenas em Roraima, com destaque para a TI Yanomami, que concentra 52% dos focos totais registrados nestes territórios em toda a Amazônia, e TI Raposa Serra do Sol, com 23% do total. 

O porta-voz do Greenpeace Brasil Rômulo Batista explica que vários fatores levaram ao recorde de fogo observado no bioma neste início de ano, com destaque para a crise do clima e o aumento global das temperaturas.

“É difícil apontarmos um único fator para o aumento vertiginoso dos focos de queimadas na Amazônia e em Roraima em 2024, mas é preciso lembrar que, no ano passado, a crise climática foi classificada pelos cientistas como a principal causa da seca na região. Não por coincidência, acabamos de sair do ano mais quente registrado na História, 2023, e ainda enfrentamos efeitos intensos do fenômeno El Niño”, diz Batista.

Além dos fatores ambientais, Batista destaca ações dos governos que têm contribuído para o recorde de queimadas na Amazônia e em Roraima.

“O número alto de queimadas na Amazônia também pode estar relacionado com a paralisação nas ações de fiscalização e controle do Ibama, assim como com as licenças para queimadas em Roraima, concedidas pelo governo estadual durante o período de estiagem. Ainda é preciso considerar programas de prevenção a incêndio florestais e queimadas insuficientes, com poucas pessoas, recursos e materiais, o que se torna ainda mais grave num momento de crise climática, em que cientistas prevêem um aumento tanto na quantidade, quanto intensidade de secas na Amazônia”, afirma Batista.

Roraima: verão amazônico não acabou

Apesar dos dados alarmantes já registrados em Roraima, o porta-voz alerta que os focos de calor no estado costumam ser historicamente piores em março.  

“Roraima, que tem nos meses de dezembro a abril o seu verão amazônico, caracterizado por menos chuva e maior temperatura, também passa por um longo período de estiagem. Janeiro, por exemplo, registrou apenas 14% da média de chuvas entre 1990-2020 e fevereiro 25% da média do mesmo período”, afirma Batista. 

Alerta de incêndio grave ao pesquisar pela região no Google. Data pesquisa: 05/03/24. – https://www.google.com/maps/@2.4195016,-61.6823745,10z/data=!3m1!4b1!4m2!21m1!1s%2Fg%2F11vr0sbdqt!5m1!1e8?entry=ttu
Data da pesquisa – 05/03/24 – Google/Fonte: via satélites.

Vale lembrar que o período conhecido como verão amazônico é de julho a outubro, mas, em Roraima, ele vai de dezembro a abril.

Com informações: Greenpeace / Foto: Agência Brasil.

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Suzano conclui plantio de 45 mil mudas nativas no Córrego Retirinho em Ribas do Rio Pardo (MS)

Suzano conclui plantio de 45 mil mudas nativas no Córrego Retirinho em Ribas do Rio Pardo (MS)

Reforçando seu compromisso de conservar os biomas brasileiros, a Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo do eucalipto, concluiu o plantio de 45 mil mudas de árvores nativas na nascente do Córrego Retirinho em Ribas do Rio Pardo (MS). A iniciativa visa restaurar a Área de Preservação Permanente (APP) do córrego, protegendo sua nascente e seu curso, bem como criar conexão com outras áreas nativas próximas, formando um corredor ecológico que possibilita a manutenção da biodiversidade e a livre circulação dos animais.

“A Suzano tem o propósito de renovar a vida a partir da árvore e entendemos que a criação ou ampliação de corredores ecológicos é fundamental para a conservação da biodiversidade em um dos principais biomas do Brasil, o Cerrado. Na Suzano, temos um direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’ e, com os corredores ecológicos, estamos contribuindo para a conservação do Cerrado, proporcionando a proteção da nossa fauna, do nosso clima, das nossas bacias hidrográficas e atuando para desacelerar as mudanças climáticas”, destaca Maurício Miranda, diretor de Engenharia da Suzano.

A nascente do Córrego Retirinho encontra-se ao sul da área onde está sendo construída a nova fábrica da empresa em Ribas do Rio Pardo, margeando toda a face sul da unidade e percorrendo cerca de 7,4 Km da nascente até a foz no Rio Pardo. O plantio adotou um modelo de recomposição da vegetação, no qual as espécies pioneiras e não pioneiras são alternadas com espaçamento menor entre plantas. Na linha mais externa do plantio, foram plantadas espécies de crescimento rápido para proteger as demais linhas de plantio, promovendo um sombreamento mais regular da área.

“Como próxima etapa do projeto está prevista a manutenção do plantio durante os próximos três anos, com ações que vão desde a roçada do terreno, aplicação de adubos, irrigação com hidrogel, até o replantio de mudas em caso de perdas e controle de pragas. Entre as espécies selecionadas para esta ação estão o Pequi, Jatobá-do-Cerrado, Angico Vermelho, Farinha Seca, Ipê Rosa, Sangra D’Agua, Jequitibá, Ingá, Cedro, todas as árvores de espécies nativas do bioma Cerrado”, explica Filip Tonon Rocha, gerente de Meio Ambiente da Suzano em Ribas do Rio Pardo.

Ainda de acordo com o gerente, a iniciativa no Córrego Retirinho está alinhada às boas práticas ambientais da Suzano de buscar conectar fragmentos de vegetação e favorecer a circulação dos animais silvestres no território, promovendo assim a conservação das espécies nativas ao longo do tempo.

Corredores ecológicos

Pensando na importância dessas boas práticas, a Suzano assumiu também o Compromisso de Conservar a Biodiversidade que visa conectar 500 mil hectares de fragmentos de Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia até 2030, por meio de corredores ecológicos, criação e fortalecimento de Unidades de Conservação, implantação de modelos produtivos sustentáveis e conservação de espécies prioritárias de palmeiras e primatas. Para isso, as ações vêm sendo desenvolvidas em outros estados brasileiros onde a companhia mantém operações, o que ajudará a reduzir ameaças sobre a integridade de biomas e aumentar o capital natural nas regiões contempladas pelas ações.

O lançamento do Corredor Ecológico do Bioma Cerrado foi realizado em março de 2023 com o plantio de 500 mudas nativas em Três Lagoas. O evento contou com o apoio do programa de voluntariado da Suzano e reuniu colaboradores, colaboradoras e seus familiares para realizar o plantio. As ações de restauração ecológica interligando áreas de conservação prioritárias vem sendo desenvolvidas em seis municípios de Mato Grosso do Sul (Água Clara, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas), para compor um corredor que, em extensão, supera a distância de Três Lagoas a Campo Grande (345 km).

Segundo maior bioma da América Latina, abrigando cerca de 5% de toda a biodiversidade do planeta, o Cerrado é chamado de floresta invertida, pois as plantas nativas, como gramíneas, arbustos e arvoretas, possuem raízes profundas, que exercem papel fundamental na distribuição das águas que abastecem a maior parte do Brasil. É nele que nascem rios que integram oito das doze principais bacias hidrográficas brasileiras, recebendo por isso o apelido de “berço das águas”.

Conservação da biodiversidade

Desde que chegou em Mato Grosso do Sul, a Suzano mantém o programa de monitoramento da fauna e da flora, que inclui uma política de desmatamento zero e ações de recuperação de áreas degradadas. Atualmente, a empresa possui 143 mil hectares destinados exclusivamente à conservação ambiental.

Nas áreas florestais da Suzano, já foram catalogadas mais de 1,3 mil espécies de fauna e da flora. São mais de 700 espécies de animais silvestres identificadas, sendo 20 delas ameaçadas de extinção, conforme os critérios da IUCN, sigla para União Internacional para Conservação da Natureza, e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Bracell abre 40 vagas para estágios de ensino superior

O Programa Estágio Superior é realizado em parceria com a Cia. de Talentos e as inscrições podem ser feitas até o dia 4 de abril

São Paulo, 4 de março de 2024 – A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, acaba de abrir as inscrições para o seu Programa Estágio Superior 2024 em parceria com a Cia. de Talentos. Ao todo, serão disponibilizadas 40 posições para as localidades de atuação da companhia em São Paulo (SP), Lençóis Paulista (SP), Santos (SP), Água Clara (MS) e Campo Grande (MS). Os talentos interessados podem se candidatar até o dia 4 de abril no site: https://bit.ly/estagio-superior-bracell.

“O nosso Programa de Estágio Superior é a porta de entrada para o mercado de trabalho, além de ser perfeito para quem quer iniciar a trajetória profissional em uma empresa como a Bracell, que investe em formação e desenvolvimento de talentos. Temos diversos profissionais que iniciaram conosco como estagiários e foram efetivados por terem um ótimo desempenho ao longo de todo o programa. Nós não estabelecemos um limite máximo de idade para participar, uma vez que valorizamos as habilidades comportamentais, técnicas e a força de vontade do estudante em aprender e se desenvolver junto com a empresa”, ressalta Marcela Fagundes Pereira, Gerente de Recrutamento e Seleção da Bracell.  

A carga horária será de 30 horas semanais, com modelo de trabalho presencial. Além disso, é necessário que o estudante esteja cursando o ensino superior com conclusão prevista entre junho de 2025 a junho 2026. O domínio do idioma inglês é um diferencial para participar do processo seletivo.

Os interessados devem estar cursando as seguintes áreas: Administração, Agronomia, Ambiental, Arquitetura, Biologia, Ciências Sociais, Comunicação, Contabilidade, Direito, Direito E Outras Correlatadas, Economia, Engenharia Agrícola, Engenharia Civil, Engenharia De Processo Madeireiro, Engenharia de Produção, Engenharia De Segurança Do Trabalho, Engenharia Elétrica, Engenharia Física, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Geografia, Gestão Integrada, Logística, Marketing, Meio Ambiente, Pedagogia, Psicologia, Publicidade E Propaganda, Recursos Humanos, Relações Internacionais, Relações Públicas, Sanitária, Serviço Social e Tecnologia da Informação.

“Ter sido estagiária na Bracell foi muito importante para o meu crescimento profissional e pessoal. Aprendi novas coisas, tive a oportunidade de trabalhar com muitos profissionais que me desenvolveram, me ensinaram e, além da parte técnica, evolui bastante como pessoa com trocas de experiências e novos desafios. E foi com esse estágio que eu descobri que era a área de Recursos Humanos que gostaria de seguir e abriu diversas portas. Fui efetivada e estou muito feliz neste caminho”, afirma Ana Laura Ereno Gonçalves, atual assistente administrativo do RH da Bracell em SP.

Entre os benefícios para os novos talentos estão: bolsa-auxílio, plano de saúde, seguro de vida, Gympass, refeitório no local ou vale-alimentação (de acordo com a unidade de trabalho) e transporte fretado ou auxílio-transporte. “Os selecionados passarão por uma imersão nos negócios da Bracell para conhecerem todos os nossos processos de produção de celulose, além de desenvolverem de habilidades técnicas e fortalecimento da segurança de valor. Também é importante mencionar que participarão de um bate-papo de carreira a cada seis meses para entenderem se a área de atuação está contribuindo com a evolução do estágio, além de terem a oportunidade de desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais focadas no desenvolvimento pessoal e profissional”, explica Marcela.

O processo seletivo para o Programa de Estágio é 100% online e terá entre suas etapas uma apresentação pessoal, a dinâmica de grupo e entrevista individual com o gestor da área. Os selecionados atuarão nas áreas de: Logística, Manutenção Industrial, Engenharia de Processos e Qualidade, Administrativo, Produção, Suprimentos e Laboratório, entre outras.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Morte e vida ILPF

Artigo de Moacir José Sales Medrado [1]

Em “Morte e Vida Severina”, a “morte morrida”, como descrita na obra, representa não apenas a morte natural, muitas vezes ocasionada pela fome devido à miséria implacável do sertão, mas também a morte simbólica da dignidade e da esperança para aqueles que vivem em condições desumanas. Na obra, Severino, um retirante nordestino simboliza a luta pela sobrevivência em meio à pobreza e à injustiça.

A paisagem desolada de milhões de hectares de terras degradadas no Brasil, em especial os milhões de hectares de pastagens, também representa uma história de morte. Abandonadas pelo tempo e pelo mau uso agrícola, essas terras testemunham a devastação causada pelo descaso, pela ignorância técnica e pela exploração desenfreada. Onde outrora havia vida exuberante e fértil, passa a reinar a escuridão da degradação ambiental.

Assim, ao unir as narrativas de “Morte e Vida Severina” e de “Morte e Vida ILPF”, desejamos mostrar que sempre continuaremos sendo confrontados, com a dualidade da existência humana e ambiental, onde a morte e a vida se entrelaçam em uma busca constante por renovação e esperança.

Como Severino buscava uma nova chance de vida em meio à sua dura realidade, nesta crônica “Severinos” somos todos nós, embrapianos ou não, que resolvemos nos insurgir contra uma situação deplorável de degradação agrícola e juntos em uma reunião simbólica na Embrapa Milho e Sorgo, patrocinada pela Embrapa, geramos a estratégia ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), a nossa “Zona da Mata” onde a vida da terra não é vivida junto com a morte.

A ILPF surgiu como um raio de esperança rompendo o horizonte árido, trazendo consigo, dentre outros objetivos ressuscitar essas terras moribundas geradas pelo mau uso; a ILPF veio como um tratamento de última esperança para uma pessoa à beira da morte. Era a UTI de alta complexidade que essas terras tanto necessitavam.

A primeira fase do processo de implantação da ILPF nas terras degradadas compara-se a uma cirurgia delicada, onde cada ação é crucial para a sobrevivência do paciente. Os solos são avaliados e decisões sobre sua melhoria são tomadas, as sementes são plantadas, a pastagem ou a agricultura começa a brotar e as árvores começavam a crescer. É um processo lento e árduo, mas cheio de promessas de renascimento.

À medida que o tempo passa, as terras começam a se recuperar lentamente, como se estivessem em uma UTI clínica, onde os cuidados intensivos são mantidos, mas já se vislumbra uma luz no fim do túnel; as plantas crescem, os animais se reproduzem e a biodiversidade começa a florescer novamente.

A terceira fase assemelha-se a uma recuperação em apartamento, onde as terras já são capazes de sustentar a vida de forma mais autônoma. Os sinais de vida são evidentes, e a esperança se transforma em certeza de que a ILPF cumpriu sua missão de ressuscitar aquelas terras outrora condenadas à morte.

Por fim, a volta à vida plena em quem voltam a ser produtivas, sustentáveis e repletas de vida. É como se tivessem passado por uma transformação milagrosa, onde a morte foi vencida pela força da vida e da resiliência.

Assim, a história das terras antes condenadas à morte se torna uma história de vida, renascimento e esperança. Graças à ILPF, transformada em lei (Lei Nº 12.805, de 29 de abril de 2013) estão podendo experimentar uma nova chance de viver, um novo modo de existir onde os cuidados com a saúde do solo e do meio ambiente passam a ser mais valorizados do que nunca. Além de sua transformação em Lei Federal e sua organização como Rede ILPF, tem sido amplamente promovida em políticas de fomento em todo o Brasil, como o Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) e outras iniciativas implementadas pelo Ministério da Agricultura (MAPA) em colaboração com a Embrapa e o Serviço Brasileiro de Aprendizagem Rural (Senar), como os projetos Rural Sustentável e ABC Cerrado.

E assim, sob o título de “Morte, Vida ILPF”, contamos a história de ressurreição, das áreas de terras degradadas lembrando a todos nós que, mesmo nos momentos mais sombrios, há sempre uma luz no fim do túnel, uma esperança de renascimento e uma promessa de vida.


[1] Engenheiro Agrônomo (UFCE), Doutor em Agronomia (ESALQ/USP), Especialista em Planejamento Agrícola (SUDAM/SEPLAN – Ministério da Agricultura), Pesquisador Sênior em Sistemas Agroflorestais (EMBRAPA – aposentado), Proprietário e Diretor Técnico da Medrado e Consultores Agroflorestais Associados Ltda.

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CMPC lidera ranking de sustentabilidade corporativa da S&P Global

Anuário de Sustentabilidade da S&P Global avaliou mais de 9,4 mil empresas e considerou que multinacional chilena tem os melhores indicadores de desempenho econômico, social e ambiental dentre as companhias do segmento florestal

A CMPC é a nova líder do ranking de Sustentabilidade Corporativa da S&P Global Sustainability Yearbook 2024 no segmento florestal. Esse é um dos indicadores mais importantes do mundo que, nesta edição, analisou critérios de desempenho econômico, ambiental e social de mais de 9,4 mil empresas. Na avaliação geral, a multinacional chilena ficou posicionada entre as 1% mais bem colocadas. Na categoria Papel e Produtos Florestais, a CMPC superou as outras 38 companhias do setor, como Suzano, Mondi (Reino Unido), UPM (Finlândia) e Fedrigoni (Itália).

Para o CEO da CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, esse reconhecimento “estabelece um precedente muito importante para a empresa e seus colaboradores, nos motivando a continuar trabalhando em um dos pilares de nossa operação: a sustentabilidade. Vamos manter nossos esforços para que as operações futuras sejam ainda mais sustentáveis e amigáveis, não apenas com o meio ambiente, mas também com as comunidades e no aspecto financeiro. Isso, com o objetivo de ser uma empresa responsável e comprometida em todas as nossas áreas de operação”.

S&P Global Sustainability Yearbook reconhece empresas de todo o mundo e de diferentes setores por suas políticas de sustentabilidade. Assim, existem categorias relacionadas a telecomunicações, alimentos, energia, financeiro, entre muitas outras. Para fazer parte deste importante índice, as empresas são avaliadas com critérios semelhantes. Assim, aquelas que estão entre as 15% melhores classificadas dentro da indústria, e cuja pontuação não tenha uma diferença maior que 30% da obtida pela primeira colocada, passam a fazer parte do Sustainability Yearbook.

O resultado obtido pela empresa é fruto do trabalho que a CMPC vem realizando há anos no quesito sustentabilidade. Um exemplo é que a empresa reaproveita 100% dos resíduos do processo industrial. Esse material é transformado em 13 novos produtos, que vão desde matéria-prima para fabricação de cimento, adubos e fertilizantes até insumos para painéis de madeira.

Além disso, a companhia possui mais de 95% de seus ativos florestais certificados em manejo florestal sustentável e mais de 90% da energia consumida em suas operações é proveniente de fontes renováveis. Em âmbito local, está em fase de conclusão o BioCMPC, maior projeto de sustentabilidade da história do Rio Grande do Sul, que tornará a unidade industrial de Guaíba referência mundial em sustentabilidade. Com investimento de R$ 2,75 bilhões, o projeto conta com 31 ações de controle ambiental e modernização operacional. Entre as principais ações do BioCMPC, destacam-se a instalação do Centro de Controle Ambiental e a desativação da caldeira de força à carvão.

Desde 2019, o grupo chileno CMPC assumiu metas de sustentabilidade ainda mais arrojadas em nível global. Esse compromisso público estabelece que a empresa deve diminuir em 25% o uso de água nos processos industriais e ser uma companhia com zero resíduo em aterros sanitários até 2025. Também são objetivos da CMPC reduzir em 50% das emissões de gases causadores de efeito estufa e acrescentar 100 mil novos hectares de área de conservação até 2030.

Todo esse trabalho também já havia rendido à empresa outros reconhecimentos, como a liderança do prestigiado Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), que colocou a CMPC em primeiro lugar entre as empresas mais sustentáveis do mundo na categoria Papel & Produtos Florestais. O DJSI é um dos indicadores mais reconhecidos na avaliação do desempenho sustentável das empresas cotadas globalmente e permite uma visão panorâmica das diferentes indústrias da economia mundial em termos ambientais, sociais e econômicos.

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Novo recorde: receita com exportação de industrializados de MS soma US$ 461,4 milhões em janeiro

Celulose lidera, e está entre os cinco principais produtos exportados no período

A receita com a exportação de produtos industriais de Mato Grosso do Sul alcançou US$ 461,4 milhões em janeiro, de acordo com o Radar Industrial da Fiems. Os valores indicam aumento de 22% em relação ao mesmo mês de 2023, quando as receitas somaram US$ 378,9 milhões. Em relação ao volume, a elevação ficou em 31%. 

“Esse foi o melhor resultado para o mês de janeiro em toda a série histórica das exportações de produtos industriais de Mato Grosso do Sul”, afirma o economista-chefe do Sistema Fiems, Ezequiel Resende.

Quanto à participação relativa, a indústria foi responsável por 68% de toda a receita de exportação do Estado no primeiro mês de 2024.

Os cinco principais compradores da indústria sul-mato-grossense, em termos de receita, estão: China, Estados Unidos, Holanda, Indonésia e Índia. Esses países respondem por 55% de participação no total de receitas em janeiro de 2024.

Celulose em destaque

Já os cinco principais produtos exportados pela indústria de Mato Grosso do Sul em janeiro, em termos de receita, são: pastas químicas de madeira (celulose); carnes desossadas de bovino congeladas; outros açúcares de cana; bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja; e farinhas e pellets da extração do óleo de soja. Esses produtos somados proporcionaram 70% das receitas obtidas com exportação pela indústria sul-mato-grossense em janeiro deste ano.

O economista Ezequiel, dá mais detalhes sobre o tema no vídeo abaixo, confira.

Informações: FIEMS.

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Cacau: preços atingem nova marca histórica devido a problemas na oferta

Em Nova York, cotações já se aproximam de US$ 7 mil a tonelada com novo déficit na produção no horizonte

O cenário de restrição de oferta do cacau segue motivando os recordes de preço na bolsa de Nova York. Os lotes da amêndoa para março atingiram o pico de US$ 6.884 por tonelada, alta de 4,91% em relação ao último fechamento. Já os papéis para maio, os mais negociados, subiram 4,81%, a US$ 6.557 por tonelada.

Confira as cotações

O preço da amêndoa reflete as preocupações com um déficit de oferta no mundo neste ciclo. “A recuperação dos preços do cacau continua apoiada por várias preocupações com a oferta, incluindo a incerteza sobre as exportações da Costa do Marfim”, afirmou a Fitch Solutions em nota.

As entregas de cacau na Costa do Marfim, o maior fornecedor global, não mostram sinais de reação. As chegadas do produto aos portos do país na safra 2023/24, que começou em outubro, atingiram 1,16 milhão de toneladas, uma queda de 32% em relação aos 1,7 milhão do ano anterior.

Como o quadro de oferta é ajustado em meio a uma demanda firme, o mundo deve enfrentar o terceiro déficit consecutivo na produção neste ciclo 2023/24. Analistas já comentam a possibilidade de que a demanda supere a oferta também na temporada 2024/25.

Algodão

Os contratos futuros do algodão para maio, os de maior liquidez na bolsa, fecharam em alta de 1,74%, a 96,58 centavos de dólar por libra-peso.

Açúcar

O açúcar também avançou na sessão desta segunda-feira. Os lotes do demerara para maio, os de maior volume de negócios, fecharam em alta de 1,52%, negociados a 22,16 centavos de dólar por libra-peso.

Suco de laranja

Nos negócios do suco de laranja, os papéis para maio subiram 0,81% na sessão de hoje, cotados a US$ 3,7895 por libra-peso.

Café

O café se descolou das demais commodities agrícolas em Nova York e fechou o pregão em baixa. Os lotes do arábica com entrega para maio, os mais líquidos, caíram 0,39%, a US$ 1,7960 a libra-peso.

Informações: Globo Rural.

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Brasileiros concorrem a prêmio de US$ 10 milhões com método inovador de mapear florestas

Projeto desenvolvido por 50 pesquisadores conta com o auxílio de drones, de robôs e da inteligência artificial para mapeamentos

Um grupo de mais de 50 pesquisadores, em sua maioria brasileiros, é finalista em uma competição internacional com um projeto que busca mapear, com auxílio de drones, robôs e inteligência artificial, as florestas tropicais.

O grupo é formado por professores e pesquisadores de várias instituições brasileiras, e até alguns estrangeiros. Eles estão entre os seis finalistas do Xprize Rainforest, uma competição internacional de biodiversidade e tecnologia que irá premiar o vencedor com US$ 10 milhões (cerca de R$ 49,8 milhões na cotação atual). A competição teve início em 2019, com 800 inscritos, e agora chega à fase de testes em campo.

A ideia é usar a tecnologia para coletar e analisar amostras de DNA das florestas e, dessa forma, diagnosticar problemas, para que soluções possam ser propostas com base nos dados.

Viagem

No dia 22 de maio, o Brazilian Team, como é chamada a equipe de pesquisadores brasileiros, irá embarcar para Singapura com o objetivo de passar para as finais do Xprize Rainforest. Para essa etapa, o time continua em busca de patrocínios e outras formas de apoio.

Segundo o coordenador do Brazilian Team, Vinicius Souza, o grupo está bastante otimista. “Estamos preparados e acreditamos que o Brazilian Team é o que apresenta a maior diversidade de soluções e algumas das maiores autoridades científicas nas estratégias que vamos usar”, diz o professor do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

Vinicius diz ainda que a equipe possui vantagem sobre as outras, por estar mais familiarizada com as florestas tropicais. “Embora Singapura seja um país pouco conhecido para nós, o ambiente de floresta tropical é muito familiar e faz parte do nosso dia a dia como pesquisadores, o que é vantajoso em relação aos times de países do Hemisfério Norte, onde fica a maioria dos demais competidores.”

Usando novas tecnologias, algumas inéditas, a equipe pretende obter resultados que acelerem o processo de estudo da biodiversidade. “Já atingimos as metas iniciais e estamos bem adiantados em inovação e desenvolvimento. Ferramentas de mapeamento da biodiversidade, inteligência artificial e sequenciamento genético, por exemplo, ajudarão a definir áreas prioritárias para conservação e identificar onde as espécies mais sensíveis estão dentro dos ambientes naturais.”

Prêmio

As finais da competição acontecerão neste ano, em local ainda não divulgado. Vencerá a equipe capaz de pesquisar a maior biodiversidade contida em 100 hectares de floresta tropical em 24 horas.

Para isso, será preciso fornecer as ideias mais impactantes em 48 horas, para identificar os serviços ecossistêmicos das espécies identificadas – sejam os de provisão, os culturais, os serviços de proteção dos recursos naturais (solo, água, sequestro de carbono) e outros já em uso ou com potencial para uso, envolvendo a sociedade, e com destaque aos povos das florestas.

Com o valor do prêmio, o Brazilian Team pretende compor um fundo voltado a pesquisas e capacitação para conservar e restaurar a Amazônia e a Mata Atlântica. A participação da equipe na iniciativa conta com o apoio da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq).

Brazilian Team

O Brazilian Team é formado por mais de 50 pesquisadores e outros profissionais com conhecimento técnico-científico multidisciplinar, entre eles botânicos, zoólogos, ecólogos, advogados, economistas e engenheiros do Brasil e também de países como França, Colômbia, Espanha, Portugal, EUA e Bélgica, de instituições como USP, UNESP, Unicamp, UFSCar, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, UNITAU, Pl@ntNet (Cirad, Inria), CNRS, ENS, Pinheiro Neto Advogados, SIMA, RBMA e umgrauemeio.

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Presidente da indústria finlandesa de serrarias: “Haverá uma grande escassez de madeira no mundo”

Matti Kylävainio, presidente da Sahateollisuus ry (Associação Finlandesa de Serrarias), prevê que ainda haverá uma grave escassez de madeira no mundo. Ele justifica sua visão com o fato de que as maiores reservas de coníferas do mundo estão na Rússia. Agora, o país está fechado do mercado mundial, com exceção da China e dos países da Ásia Central.

“Quando a economia global decola, simplesmente não há fontes alternativas de abastecimento. Houve incêndios florestais maciços no Canadá, as florestas na Europa Central foram cortadas por meia década devido a uma epidemia crônica de besouros da casca.”

Na Finlândia, por outro lado, o fornecimento de matérias-primas está garantido para a indústria moderna, o que, segundo Kylävainio, significa uma era de ouro tanto para a indústria de serrarias quanto para os proprietários florestais. A sensação de Kylävainio é que este ano será baixo no segmento de madeira serrada, mas a alta pode começar nos próximos dois anos e os tempos dourados podem vir na virada da década.

Outro caminho futuro é o fim da guerra na Ucrânia e o início da reconstrução. “É concreto, aço e asfalto. Infelizmente, a madeira é um material auxiliar, mas é claro que a reconstrução também leva a um aumento no seu consumo.”

Se a Rússia for aceita de volta à comunidade internacional, a cadeia de produção do país, corroída pelas sanções, deve ser reconstruída do toco à madeira serrada.

Kylävainio falou esta semana em Helsinki na conferência “Wood from Finland” organizada por Sahateollisuus ry. O evento reuniu cerca de 500 participantes de 34 países.

Informações: Global Wood Markets Info / Linkedin Sierra Consultoria.

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