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Governo de MS e Consulado Geral dos EUA vão tratar sobre incêndios florestais no dia mundial do meio ambiente em Campo Grande

    O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, através da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), em conjunto com o Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo (SP) promove o 2º Seminário presencial em Mato Grosso do Sul: resiliência da população frente aos incêndios florestais em Campo Grande. O evento contará com sistema de tradução simultânea.

    O Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS), por meio dos Programas Internacionais, trabalha em parceria com o Governo do Brasil há mais de 30 anos junto à várias instituições parceiras, como o ICMBio, o Ibama, a Funai, o Serviço Florestal Brasileiro, comunidades, universidades americanas e brasileiras, organizações da sociedade civil e setor privado para fortalecer o manejo integrado, prevenção, e resposta ao fogo, assim como a gestão florestal, fortalecimento da sociobioeconomia, governança e a gestão de áreas protegidas e Terras Indígenas na Amazônia e outros biomas. As atividades são apoiadas por diferentes parcerias, como a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Departamento de Estado dos Estados Unidos e Departamento de Defesa.

    Além de profissionais palestrantes do Estado de Mato Grosso do Sul, está confirmada a presença da palestrante Brenda Bowen (Brenda.bowen@usda.gov), especialista em Recursos e oficial de informação pública, da equipe de manejo de florestas, pastagens e ecologia vegetal do Serviço Florestal dos Estados Unidos (United States Forest Service).

    Palestrante  Brenda Bowen dos EUA

    Brenda iniciou sua carreira no Serviço Florestal dos EUA, em 1999, na Floresta Nacional Black Hills, Dakota do Sul.  Nesta função, trabalhou como membro de uma equipe de combate ao fogo, bem como técnica de chamadas de emergências médicas. Em 2000, tornou-se oficial de informação pública e serviu em equipes de gerenciamento de incidentes nas Montanhas Rochosas. Desde 2014, tem sido a oficial chefe do setor de informações públicas.

    Nos últimos 24 anos, Brenda participou de inúmeras ocorrências ligadas a incêndios florestais e a outros incidentes arriscados, incluindo a ajuda internacional prestada à Nova Zelândia, por ocasião da passagem do ciclone Gabrielle, em 2023. Sua equipe de gerenciamento de incidentes tem estado à frente de muitas iniciativas nos Estados Unidos, como o gerenciamento de incidentes complexos e os processos de avaliação de risco estratégico. Por muitos anos, Brenda tem sido instrutora do curso de introdução à informação de incidentes (S-203), na região das Montanhas Rochosas. Ela ajudou a ministrar cursos S-203 virtuais e presencias no Brasil, sendo que em outubro de 2022, foi uma das instrutoras de um curso presencial no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil.

    Brenda é bacharel em Ciências dos Recursos da Recreação e Turismo pela Universidade de Idaho e, após graduar-se, trabalhou como intérprete/guarda-florestal no Monte St. Helens e na Torre dos Diabos.  Brenda foi criada no Estado de Idaho, trabalhou na agricultura e pecuária por 20 anos, em Dakota do Sul e, atualmente, reside no Estado do Colorado.

    Confira a programação do evento:

    Em português / 2º Seminário presencial Brasil & Estados Unidos: resiliência da população frente aos incêndios florestais.

    Data do evento: 05 de junho de 2024 (quarta-feira).

    Horário do evento: Das 8h às 12h e das 14h às 18h (horário oficial de MS).

    Local: Auditório Principal da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), sito a Av. Dom Antônio Barbosa, 4155 – Vila Santo Amaro, Campo Grande – MS, CEP , 79115-898.

    Lotação máxima: 450 (quatrocentos e cinquenta) lugares. 188 (cento e oitenta e oito) vagas disponíveis, sendo que conforme o preenchimento das vagas forem ocorrendo o link de inscrição será encerrado ao término das vagas disponíveis.

    Programação:

    Dia 5 de junho de 2024 (quarta-feira)

    8h às 8h30: Abertura e Composição da mesa

    Painéis dos Estados Unidos da América (EUA):

    8h30 às 9h20h – Estratégias adotadas de comunicação do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS) com a população em geral e população diretamente afetada pelos incêndios florestais, com apresentação de cases de sucesso nos Estados Unidos da América e no Brasil.

    9h20 às 10h – Perguntas e respostas (Q&A).

    10h às 10h15 – Coffee break

    10h15 às 11h05 – Coordenação e interação multi agências em incidentes de grande porte por incêndios florestais na fase da resposta: considerações sobre o emprego do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) nos Estados Unidos.

    11h05 às 11h45 – Perguntas e respostas (Q&A).

    Almoço

    Painéis do Estado de Mato Grosso do Sul – Brasil:

    14h às 14h50 – Estratégias adotadas de comunicação pelo Governo do Estado de MS com a população em geral e população diretamente afetada pelos incêndios florestais, com apresentação de cases de Mato Grosso do Sul.

    14h50 às 15h30 – Perguntas e respostas (Q&A) e apontamentos de interesse do SFA para comentários.

    15h45 às 16h35 – Coordenação e interação multi agências em incidentes de grande porte por incêndios florestais na fase da resposta: considerações sobre o emprego do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) no Mato Grosso do Sul.

    15h30 às 15h45 – Coffee break

    16h35 às 17h15 – Perguntas e respostas (Q&A) e apontamentos de interesse do SFA para comentários.

    17h15 às 17h30 – Encerramento oficial.

    In English / 2nd U.S. – Brazil Seminar on “The Resilience of the Population in the Face of Forest Fire”

    CONFERENCE PROGRAM

    Date: Wednesday, June 5, 2024

    Time: 8:00 – 11:45 a.m./2:00 – 5:30 p.m.

    Venue: Main auditorium of Mato Grosso do Sul State University (UEMS)

    8:00 a.m.– 8:30 a.m. – Official opening of the Seminar

    U.S. panels:

    8:30 a.m. – 9:20 a.m. – Communications strategies adopted by the U.S. Forest Service for the general public and those directly affected by wildfires. Examples of successful cases in the United States and in Brazil (Brenda Bowen).

    9:20 a.m. – 10:00 a.m. – Q&A session.

    10:00 a.m. – 10:15 a.m. – Coffee break.

    10:15 a.m. – 11:05 a.m. – Coordination and interaction between different agencies during the management of large-scale wildfires: use of the Incident Command System in the United States (Brenda Bowen).

    11:05 a.m. – 11:45 a.m. – Q&A session.

    11:45 a.m. – 2:00 p.m. – Lunch.

    Mato Grosso do Sul (MS) panels:

    2:00 – 2:50 p.m. – Communications strategies adopted by the Government of Mato Grosso do Sul State for the general public and those directly affected by wildfires. Examples of successful cases in MS.

    2:50 – 3:30 p.m. – Q&A session and Brenda Bowen’s comments on the presentation.

    3:30 – 3:45 p.m. – Coffee break.

    3:45 – 4:35 p.m. – Coordination and interaction between different agencies during the management of large-scale wildfires: use of the Incident Command System in MS.

    4:35 – 5:15 p.m. – Q&A session and Brenda Bowen’s comments on the presentation.

    5:15 – 5:30 p.m. – Official Closing of the Seminar

    Informações: SEMADESC/MS.

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    Exclusiva – Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais: inscrições estão disponíveis no site oficial do evento; confira detalhes

    Credenciamentos podem ser realizados na forma individual ou em grupo (com valor especial)

    O Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais, que terá sua primeira edição realizada nos dias 27 e 28 de junho, no Itu Plaza Hotel, em São Paulo, ainda está com inscrições abertas, e com valor especial para grupos a partir de 5 participantes. O Summit promoverá o diálogo e a colaboração entre países e organizações para compartilhar melhores práticas e lições aprendidas no combate aos incêndios florestais e na mitigação das mudanças climáticas.  

    O evento é uma oportunidade única para trocas de experiências, networking, e de ouvir e interagir com os principais especialistas internacionais nas áreas. Inscrições podem ser realizadas através do link: https://www.hbatools.com.br/i-summit-mudancas-climaticas-e-incendios-florestais__1607

    Programação

    Além de palestras com renomados profissionais das áreas, como o Prof. Johann Georg Goldammer – diretor do Centro Global de Monitoramento de Incêndios – sobre Gerenciamento integrado de Fogo (“Integrated Fire Management”) e a Dra. Thelma Krug – presidente da OMM (Organização Meteorológica Mundial), que acontecerão no dia 27/06, a programação também será enriquecida com ‘Dia de Campo’ (visita à fábrica da EUCATEX em Salto – SP) e Curso de Investigação de Incêndios Florestais, sendo estes dois últimos com vagas limitadas, e realizados no dia 28/06.

    Confira a programação na íntegra:

    Temas centrais

    Em sua primeira edição o Summit abordará: “Encontrando soluções para prevenir e combater incêndios”, nesse contexto, discutindo sobre a importância do investimento, até pesquisa e desenvolvimento de tecnologias inovadoras para prever, monitorar e combater incêndios florestais, bem como para desenvolver soluções de baixo carbono para reduzir o aquecimento global.

    Compromisso

    O evento visa estabelecer metas ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, proteger ecossistemas vulneráveis e fortalecer a resiliência às mudanças climáticas e aos incêndios florestais. O I Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais será uma significativa oportunidade de contribuições entre a sociedade civil e setores deste cenário.

    Saiba mais acessando o site oficial do evento: https://www.greenrio.com.br/index.php/clima-incendios/

    Traga sua marca para o evento! Envie e-mail para: clima.incendios@gmail.com e seja um parceiro Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais!

    Escrito por: redação Mais Floresta.

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    Combate a incêndios florestais, monitoramento e ações preventivas marcam atuação dos bombeiros em biomas de MS

    O primeiro mês de atuação do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul em ações de prevenção e preparação para a temporada de incêndios florestais de 2024, registrou trabalho de combate em Naviraí, além de alerta e monitoramento no Pantanal.

    A situação climática no Estado, com chuvas abaixo da média – desde o fim de 2023 – e seca, intensificam a ocorrência de incêndios florestais. Para atuar de forma preventiva, e diminuir a quantidade de biomassa que pode servir como combustível para o fogo, foi realizado trabalho de queima controlada no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema.

    No parque, localizado na região oeste do Estado, os bombeiros fizeram queima controlada – iniciada no dia 11 de abril e realizada durante todo o mês passado – em uma área de 150 hectares.

    Porém, no sábado (27 de abril), após a ocorrência de um incêndio de grandes proporções na rodovia BR-487, os militares passaram a atuar no combate ao fogo na área. Na segunda-feira (29), o Grupamento de Operações Aéreas do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) lançou, com a aeronave Air Tractor, mais de 34,1 mil litros de água.

    O incêndio atingiu aproximadamente 300 hectares da região, que é monitorada no local e também na sala de situação do comando de incidentes da Diretoria de Proteção Ambiental, localizada em Campo Grande.

    Pantanal

    O Corpo de Bombeiros também monitora um incêndio de grande proporção no Pantanal, próximo à divisa com o Mato Grosso. As chamas no estado vizinho foram identificadas por satélite pela Diretoria de Proteção Ambiental, no domingo (28).

    Na quarta-feira (1º), foi realizado um voo de reconhecimento que detectou que as chamas não passaram para o Mato Grosso do Sul, mesmo assim, uma guarnição foi enviada para área, a fim de conter qualquer avanço do fogo na área, que é de difícil acesso.

    “A equipe vai ficar baseada na área mais próxima, que é na região do São Lourenço”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, responsável pelo monitoramento e ações de combate aos incêndios florestais no Estado.

    Para manter as ações preventivas, também serão realizadas queimas controladas no Parque Estadual Pantanal do Rio Negro e no Parque Estadual Nascentes do Rio Taquari.

    “É parte da iniciativa do Governo do Estado em realizar o manejo integrado do fogo nas unidades de conservação. É uma forma de evitar grandes incêndios florestais nessas áreas, fazendo esse manejo, para que o fogo ele se torne como a gente chama, um ‘fogo bom’, que vem na temperatura adequada e que não vai trazer problemas para o solo, vegetação e fauna”, explicou Leonardo Tostes Palma, gerente de Unidades de Conservação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

    Preparação

    Desde o início da fase de prevenção e preparação para a temporada de incêndios florestais deste ano, há um mês – no dia 2 de abril – foram realizadas 470 ações entre formações de brigadas, resgaste de animais, ações educativas em escolas, aceiros, manutenções em vias e pontes, visitas e vistorias técnicas em fazendas e comunidades locais.

    No mesmo período, foram sete queimas controladas e dois combates diretos, entre outras ações necessárias para apoio, manutenção e teste de equipamentos, viaturas e militares, com mais de 10,2 mil quilômetros percorridos nas ações preventivas com orientações a mais de 1 mil crianças e adolescentes.

    Atualmente, 37 bombeiros militares atuam de maneira exclusiva nas ações de combate aos incêndios florestais no Estado.

    Acesse aqui imagens do incêndio em Naviraí.

    Informações: GOV/MS.

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    Brasil registra recorde de incêndios florestais entre janeiro e abril

    No total, 17.182 incêndios foram registrados nos primeiros quatro meses do ano, segundo imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

    O Brasil registrou um número recorde de incêndios florestais de janeiro a abril, com mais de 17 mil focos identificados no período, mais da metade deles concentrados na região da Amazônia. O Ministério do Meio Ambiente atribuiu o aumento das queimadas, que são uma técnica amplamente utilizada pelo agronegócio para aumentar a superfície explorável, aos efeitos das mudanças climáticas, incluindo as secas.

    No total, 17.182 incêndios foram registrados nos primeiros quatro meses do ano, segundo imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), disponibilizadas nesta quinta-feira, um aumento de 81% em relação ao mesmo período de 2023.

    Trata-se de um número de incêndios sem precedentes para esse período desde que os dados começaram a ser compilados, em 1998. O recorde anterior havia sido registrado em 2003, quando ocorreram 16.888 incêndios entre janeiro e abril.

    Na Amazônia Legal, que abriga mais de 60% da maior floresta tropical do planeta, o INPE contabilizou 8.977 incêndios entre janeiro e abril, o maior número desde 2016. Os dados representam um aumento de 153% em relação ao mesmo período do ano passado. A segunda área mais afetada é o Cerrado, com 4.575 incêndios (+43% em relação a janeiro-abril de 2023).

    O governo Lula conseguiu reduzir pela metade o desmatamento na Amazônia em seu primeiro ano de mandato, em 2023, depois de o problema disparar durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas os números relacionados aos incêndios continuam alarmantes.

    “Os incêndios florestais no Brasil e em outros países da região, como Chile e Colômbia, são intensificados pelas mudanças climáticas e por um dos fenômenos El Niño mais fortes da história, que causou estiagens prolongadas em diversas áreas da Amazônia em 2023,” afirmou o Ministério do Meio Ambiente em um comunicado.

    “O grave aquecimento registrado nos últimos meses provocou mudanças de padrão, como o avanço do fogo para áreas de vegetação nativa”, acrescentou.

    Informações: O Globo.

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    Com o tema ´Prevenir é combater´, Reflore/MS realiza “12ª Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios”

    Com o tema ´Prevenir é combater´, a Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS) e as empresas associadas, com parceria do Sistema Famasul e Senar/MS, e apoio do Governo de MS, Corpo de Bombeiros Militar e Ibama, realizam a ´12a Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios´.

    O setor florestal de Mato Grosso do Sul tem crescido a passos largos. Hoje, o estado concentra cerca de um milhão e quinhentos mil hectares de florestas plantadas de eucalipto, três linhas de produção de celulose em operação em Três Lagoas (e uma em construção em Ribas do Rio Pardo), além de indústria de ferro gusa, fábrica de MDF, entre outros. Um setor pujante, que tem transformado a vida de milhares de pessoas em MS.

    “Há 18 anos a Reflore/MS busca congregar, representar, promover e defender o setor de base florestal de MS, para tanto, realizamos diversas ações e projetos, entre eles, a nossa tradicional Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios. Com a campanha buscamos criar uma cultura permanente de prevenção; educar a sociedade sobre os malefícios sociais, ambientais e econômicos que os incêndios podem gerar; capacitar o agronegócio para o combate e; fomentar a união e cooperação entre indústrias, pequenos produtores, associações e sindicatos”, destaca Junior Ramires, presidente da Reflore/MS.

    Cada vez mais o setor tem se unido e se preparado. Hoje, muitas empresas deste segmento contam com brigadas de incêndios, profissionais capacitados para lidarem de forma rápida e eficaz em situações de risco e fazem monitoramento de focos por câmeras e sensores de fumaça, utilizando a tecnologia como uma grande aliada nesta luta.

    “A Famasul e o Senar/MS atuam constantemente na orientação e capacitação do produtor e trabalhador rural na prevenção e combate aos incêndios. Temos contato direto a mais de 9 mil produtores da Assistência Técnica e Gerencial e só no ano passado tivemos mais de 50 turmas do curso que instrui esse combate aos focos. O produtor rural é o primeiro a chegar no fogo, antes mesmo dos Bombeiros, então é importante que todos estejam preparados”, relata o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni.

    Em 2023, mais de 4 mil focos de incêndios foram registrados em MS

    Os incêndios têm diversas origens, incluindo fenômenos naturais, incidentes, expansão das áreas rurais e aspectos culturais como hábitos e comportamentos. Entretanto, o fator humano, em especial o analfabetismo ambiental, desempenha um papel significativo. Estudos indicam que a maioria dos incêndios é provocada por atividades humanas.

    Conforme dados divulgados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec) e pelo instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em 2023 foram registrados 4.529 focos de calor em Mato Grosso do Sul.

    Ações levam conhecimento sobre prevenção e capacitação

    O fogo é perigoso e pode gerar diversos malefícios: empobrece o solo, contamina o ar que respiramos, prejudica ecossistemas, representa perigo nas estradas devido à fumaça, pode levar a morte de animais e seres humanos, e gera prejuízos financeiros aos produtores. Por isso, a importância de sensibilizar tanto as comunidades rurais quanto as urbanas sobre medidas preventivas e de combate.

    Ações nas rodovias da costa leste: para orientar e informar as pessoas que trafegam pelas rodovias da costa leste de MS foram instaladas diversas placas informativas (com contatos para casos de emergência). E, em 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Reflore/MS e profissionais das empresas associadas, farão uma blitz educativa, levando informações aos condutores de veículos em pontos estratégicos dessas rodovias, distribuindo panfletos e adesivos.

    Ações em canais de comunicação: serão realizadas veiculações informativas em estações de rádio, e um trabalho contínuo será feito nas redes sociais da Reflore/MS, das empresas associadas e dos parceiros da campanha, com a divulgação de materiais educativos e vídeos virais com informações relevantes. E, pela primeira vez, neste ano a Campanha contará com a parceria do influenciador digital Antonio Côrtes, que tem presença forte nas redes sociais.

    Ações nas escolas: um dos principais objetivos da Campanha é levar conhecimento para as crianças, pois para a Reflore/MS levar informações para os pequenos é plantar uma semente da cultura da prevenção nas gerações futuras. Estão previstas palestras educativas em escolas rurais e urbanas da costa leste do estado, que serão conduzidas por profissionais das empresas associadas.

    Treinamentos: junto a prevenção, também é preciso capacitar para o combate. Anualmente profissionais do setor são capacitados para agirem em casos de incêndios florestais. Em parceria com o Senar/MS e o Corpo de Bombeiros Militar de MS, serão realizados o Treinamento de Brigadas de Incêndios e Treinamento SCI – Sistema de Comando de Incidentes.

    Você também faz parte desta Campanha!

    Estamos nos aproximando do período mais crítico do ano, quando a combinação de baixa umidade do ar, ventos intensos, calor e escassez de chuvas pode aumentar o risco de incêndios. Assim, é importante que cada um de nós adote atitudes responsáveis no dia a dia.

    Seja consciente: não acenda fogueiras próximas a áreas florestais, não queime lixo ou vegetação, não descarte resíduos nas margens das estradas (objetos como vidros e latas podem concentrar luz e iniciar incêndios), realize manutenção regular em veículos como caminhões, máquinas e tratores para prevenir faíscas provenientes do escapamento, e não solte balões. A prevenção é fundamental para proteger nossas florestas e comunidades. Para denunciar focos de incêndio ligue 193.

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    Exclusiva – I Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais acontece em junho

    “Encontrando soluções para prevenir e combater incêndios”, será o tema central do evento, que contará com participação de especialistas internacionais

    Incêndios florestais vêm aumentando cada vez mais em número e intensidade em várias regiões do mundo, causando danos e perdas –  muitas vezes irreparáveis – na natureza, em vidas humanas e na economia. Nesse contexto, o Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais abordará em sua primeira edição como tema central: “Encontrando soluções para prevenir e combater incêndios”. O evento é uma oportunidade única para trocas de experiências, networking, e de ouvir e interagir com os principais especialistas internacionais nas áreas. Será realizado no Itu Plaza Hotel, em São Paulo, nos dias 27 e 28 de junho, com público estimado de 300 pessoas.

    Além de palestras com renomados profissionais das áreas, como o Prof. Johann Georg Goldammer – diretor do Centro Global de Monitoramento de Incêndios – sobre Gerenciamento integrado de Fogo (“Integrated Fire Management”) e a Dra. Thelma Krug – presidente da OMM (Organização Meteorológica Mundial), que acontecerão no dia 27/06, a programação também será enriquecida com dia de campo (visita à fábrica da EUCATEX em Salto – SP) e Curso de Investigação de Incêndios Florestais, sendo estes dois últimos com vagas limitadas, e realizados no dia 28/06.

    Segundo Alida Bellandi, presidente da Guarany Indústria e Comércio, e idealizadora do evento, o Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais visa “dar a devida dimensão da relevância e da transcendência dos temas a serem discutidos para os vários stakeholders, bem como, aproximar as empresas participantes da comunidade cientifica internacional, da mesma forma das instituições governamentais, para estimular o diálogo e a cooperação com o setor privado”.

    Paulo Cardoso, CEO do Mais Floresta, e da Paulo Cardoso Comunicações, é apoiador e parceiro de mídia do evento, destaca: “Nós do Mais Floresta nos sentimos orgulhosos em sermos parceiros de mídia deste grande evento internacional. Inclusive a Paulo Cardoso Comunicações vai deixar de fazer o seu tradicional evento online No Fire Brasil este ano para prestigiar ainda mais o Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais. É uma parceria que tem o objetivo de divulgar informações de qualidade sobre este tema tão atual que demanda muita atenção de empresas e governos.”

    Em entrevista para o Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br), Alida contou sobre como foi desenvolver o evento, expectativas, alguns principais desafios atuais que envolvem os temas centrais que serão abordados no Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais, e o que seria necessário mudar de maneira mais emergente em seu ponto de vista.

    Como foi o processo de elaboração do evento, bem como a escolha para os palestrantes?

    O processo de elaboração se deu inicialmente ao retornarmos da última conferencia mundial de incêndios, realizada no Porto em maio de 2023. Refletindo sobre os principais temas tratados como: “Integrated Fire Management” (Gerenciamento integrado do fogo) e “Fire Risk Governance” (Governança dos riscos de incêndios), com o princípio de alcançar uma plataforma internacional de governança dos incêndios; e também nos vários aspectos que envolvem os incêndios florestais, entendemos que seria de grande importância pensar em um evento voltado especialmente para o setor privado.

    A escolha dos palestrantes se deu em função dos temas propostos para dar a devida dimensão a este tema.

    Indicamos especialistas de renome internacional, entre os quais destacamos o Dr. Johann Georg Goldammer, da GFMC – Global Fire Monitoring Center para dar uma visão global dos incêndios, e da importância da cooperação internacional; e a Dra. Thelma Krug, presidente da OMM (Organização meteorológica Mundial), para dar uma visão global sobre as mudanças climáticas, suas implicações, e o impacto em todos os fenômenos ambientais decorrentes, em especial os incêndios florestais.

    Ambos, como “keynote speakers”, para as duas conferencias magna de abertura e de encerramento do evento, fechando assim o círculo dos 2 grandes temas intimamente relacionados, que inspiraram o título do Summit.

    Além de renomados especialistas de Portugal, da Grécia, do Chile, dos EUA, conforme indicado no Programa.

    Da mesma forma, grandes especialistas brasileiros, das entidades como do IBA, dos institutos como IPAM, IBAMA/PREVFOGO, ICMBio, IPEF (pesquisas florestais), e da EMBRAPA (Empresa pública vinculada ao MAPA).

    Cabe destacar a relevância do setor privado, representado nos painéis 3 e 4, seja pelo IBA, que reúne as empresas produtoras de arvores cultivadas. Vale lembrar que este setor, além da importância que tem no PIB brasileiro, exercem um papel fundamental na preservação das matas nativas.

    E por isso a sugestão de apresentar alguns “cases” de empresas florestais que são referência, como é o caso da Arauco, Veracel e Eucatex… Entre outras.

    Da mesma forma, no que concerne o setor privado, contemplar atores da cadeia produtiva, como a Perimeter, a Impacto com veículos especiais, a 1,5º com plataformas integradas de gestão, e a Guarany com soluções integradas envolvendo equipamentos, insumos, entre outros.

    Finalmente, não podemos deixar de mencionar a importância da formação e do treinamento dos brigadistas, com destaque para o papel da USAID na América Latina e, em forma especial no Brasil.

    Com a realização do evento, o que se espera alcançar em soluções ligadas aos temas abordados?

    Esclarecer primeiramente sobre a gravidade e o caráter emergencial dos incêndios, com impacto na vida e na saúde humano, além do meio ambiente, com grandes prejuízos de toda ordem. Mas, principalmente, gerar um documento com as principais conclusões e recomendações das conferencias, para nortear politicas publicas e privadas, no que concerne a prevenção, mitigação, combate aos incêndios florestais e de interface, bem como da recuperação dos biomas.

    Incêndio florestal – Imagem: divulgação.

    O que os participantes irão encontrar de novidades no I Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais?

    Primeiramente a visão global e a regional latino-americana, com muitos ensinamentos pelas experiencias de instituições, institutos de inúmeros países, e o entendimento do caminho atual – “Gerenciamento Integrado do Fogo” (Integrated Fire Mangement) e, a “Governança de Risco”.

    Além das novas tecnologias disponíveis, não só de equipamentos e insumos a serem aplicados, como de veículos especializados, e sistemas inteligentes de detecção e monitoramento.

    De acordo com a Agência Brasil, em dezembro de 2023, 1,6 milhão de hectares foram queimados no país, maior área para o mês desde 2019, quando começou a série histórica. De acordo com o MapBiomas, o aumento se deve principalmente às queimadas na Amazônia. Nesse sentido, como o setor público, privado e sociedade podem contribuir de forma mais efetiva para a prevenção de queimadas? O que poderia melhorar em sua opinião? E o que seria mais urgente?

    Setores público-privados e sociedade, em base ao entendimento que se trata de um problema global e, portanto, requer soluções globais, integradas e combinadas entre países, regiões, instituições, organismos, empresas e pessoas. Ou seja, trabalhar juntos!

    A palavra chave é cooperação.

    A Conscientização vem primeiro, depois campanhas educativas, e a articulação entre os setores publico e privado, para definir conjuntamente as ações de: prevenção, que envolvem desde o acompanhamento dos boletins meteorológicos, à criação de aceiros, aplicação de retardantes de fogo, o treinamento das brigadas, sejam elas voluntárias ou profissionais (corpo de bombeiros, serviços florestais), entre outras…

    “A relevância do Setor Florestal na economia” e “O papel das empresas na preservação das florestas nativas e no combate a incêndios”, serão abordados em um dos painéis do evento, o que podemos antecipar sobre esses dois temas, e de que forma estão interligados?

    Como estamos focando o setor privado, é preciso em primeiro lugar mostrar aos vários stakeholders presentes a importância do setor florestal na economia – não apenas na produção de papel e celulose (lembrando que o Brasil é o maior produtor e exportador de celulose do mundo), gerando 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos, com uma receita bruta de R$ 260 bilhões (dados do IBA), mas também de madeira, seus derivados e sub derivados, entre outros produtos.

    Mosaico florestal – Imagem: arquivo Mais Floresta.

    Sendo, portanto, as florestas, o principal ativo destas empresas, assim como no caso de hotéis e resorts a preservação ambiental, a prevenção e o combate aos incêndios tornam-se preponderantes, requerendo estarem alertas e equipadas, até para a contratação dos seguros.

    É preciso ainda destacar dois aspectos fundamentais:

    • O fato de que este setor, além de recuperar áreas degradadas, conserva simultaneamente outros 6,7 milhões de ha de mata nativa.

    NOTA: Como todos sabem, a lei florestal brasileira, que é uma das mais rígidas e, tornou-se referência inclusive, exige que as propriedades privadas preservem um percentual da área, que varia de região a região.

    Este é um exemplo, portanto, que pode servir de referência para outros países.

    • O trabalho que estas empresas realizam junto às comunidades onde estão inseridas, prestando um importante serviço para os estados e municípios na prevenção dos incêndios e na preservação das paisagens locais.

    Qual mensagem deixaria para o mundo, em relação a urgência de medidas para conter a mudança climática – provocada por ações do homem?

    A mensagem que gostaria de deixar é que:

    “Não temos mais tempo” e, precisamos trabalhar juntos: governos e sociedade civil, setores público e privado, países, instituições, entidades, empresas, pessoas…”

    Se quisermos preservar a vida humana, e este magnifico planeta que herdamos, e que nos fornece tudo o que precisamos. Nunca foi tão importante o exercício da CIDADANIA.

    A cooperação é essencial para mitigar os efeitos dos desastres naturais, em forma especial dos incêndios, grandes emissores de CO2, que contribuem fortemente para o aquecimento global, para as ondas de calor que vivemos em todo o mundo, causando mais incêndios… Um círculo vicioso.

    Mudanças climáticas, incêndios florestais, preservação ambiental, sobrevivência… = “Inteligência Espiritual! “

    Para mais informações sobre I Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais, acesse o site oficial: https://www.greenrio.com.br/index.php/clima-incendios/

    Cadastros: https://www.hbatools.com.br/i-summit-mudancas-climaticas-e-incendios-florestais__1607

    Seja um parceiro Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais! Traga sua marca para o evento. Envie e-mail para: clima.incendios@gmail.com

    Escrito por: redação Mais Floresta.

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    Amazônia: incêndios em florestas maduras aumentaram 152% em 2023

    Apesar da queda do desmatamento e do total de focos de calor, áreas de floresta madura registram crescimento alarmante de incêndios

    Uma das áreas florestais mais importantes para a saúde do planeta, registrou aumento alarmante de queimadas. De 2022 até o ano de 2023, os incêndios em áreas de florestas maduras da Amazônia cresceram 152%. Os dados são de uma pesquisa publicada no Global Change Biology.

    As florestas maduras abrigam uma ampla diversidade de animais e plantas e desempenham um papel fundamental no armazenamento de carbono, na regulação do ciclo hidrológico, na proteção do solo contra a erosão e na provisão de recursos naturais.Play Video

    Florestas maduras estão pegando fogo

    • Segundo a pesquisa, os focos de incêndio em áreas florestais subiram de 13.477 para 34.012 no período estudado.
    • Mesmo com uma queda de 16% no total de focos no bioma e redução de 22% no desmatamento, os incêndios nas florestas maduras cresceram 152%.
    • O total de focos de calor no primeiro trimestre de 2024 foi o maior dos últimos oito anos, com 7.861 registros, representando mais de 50% das notificações no país, conforme dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
    • Estados como Pará e Roraima enfrentam situações críticas, com este último tendo 14 dos 15 municípios em emergência devido ao fogo que está afetando comunidades indígenas.

    Desde novembro do ano passado, o Ibama/Prevfogo está trabalhando em parceria com outras instituições para prevenir e combater os incêndios, atualmente concentrados em diferentes regiões de Roraima. São mais de 300 combatentes, além de quatro aeronaves apoiando a força-tarefa.

    Queimadas anuais na Amazônia brasileira de acordo com o nível de desmatamento usando informações do TerraBrasilis (Portal TerraBrasilis [INPE], 2023)- Imagem: Global Change Biology

    As causas do aumento de incêndios

    O aumento de incêndios em áreas de florestas maduras na Amazônia possui algumas causas. A principal são os eventos prolongados de seca, como os registrados em 2010 e 2015-2016, que deixam a floresta mais vulnerável ao fogo.

    Como o desmatamento fragmenta a paisagem, criando mais bordas entre as florestas e as áreas abertas, as florestas maduras ficam mais permeáveis ao fogo. Somando as secas extremas, o uso contínuo do fogo na região e a presença de áreas florestais mais degradadas, por incêndios passados, extração ilegal de madeira e efeito de borda, espera-se uma floresta cada vez mais inflamável. Luiz Aragão, autor do estudo, para a Agência FAPESP

    Atualmente, a área está enfrentando a estiagem do biênio 2023-2024 que piora a situação. As mudanças climáticas, especialmente o fenômeno El Niño, são apontadas como fatores-chave para o aumento do risco de incêndios.

    Quais são as possíveis consequências?

    Se o cenário continuar, a consequência será uma grande perda de árvores antigas que resultará em uma redução significativa nos estoques de carbono a longo prazo. Este ano, as queimadas no Brasil atingiram níveis recordes, liberando um excesso de carbono na atmosfera. Além disso, os incêndios comprometem a capacidade da floresta de manter um microclima úmido para conter e reciclar a umidade dentro do ecossistema.

    Informações: Olhar Digital.

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    Mato Grosso do Sul decreta emergência ambiental por causa de incêndios florestais

    Decreto tem validade de 180 dias e prevê, entre outras medidas, o investimento de R$ 25 milhões para adoção de medidas de combate e prevenção a queimadas

    O governo do Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência ambiental por causa das ocorrências de incêndios florestais no estado. O decreto foi assinado pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) durante um seminário.

    O estado tem enfrentado desafios no combate às queimadas devido ao volume de chuvas abaixo da média histórica desde dezembro de 2023. De acordo com o governo estadual, os focos de incêndio registrados neste ano equivalem ao dobro do mesmo período do ano passado.

    O decreto tem validade de 180 dias e prevê, entre outras medidas, o investimento de R$ 25 milhões e autoriza a adoção de medidas para contratação temporária de pessoal.

    “Temos R$ 25 milhões em recursos para atuação preventiva, prontos para serem usados e evitar que a gente tenha milhões de hectares queimados. Estamos nos preparando para minimizar caso ocorra algum problema”, afirmou o governador.

    De acordo com o decreto, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) será o único autorizado a realizar queima controlada, atividade anteriormente realizada por organizações não governamentais, fazendeiros e moradores tradicionais. Além disso, a queima prescrita preventiva deverá seguir as rotinas estabelecidas pelo Centro Integrado de Coordenação Estadual.

    O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, Jaime Verruck, destacou a “inovação” do plano.

    “O decreto é para o estado todo, com atenção especial ao Pantanal. Estamos propondo a queima prescrita, que é uma inversão da lógica, com o estado identificando locais com acúmulo de biomassa. É uma inovação do ponto de vista de combate a incêndio”, disse Verruck.

    Informações: CNN Brasil.

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    Exclusivo – A importância da perícia em áreas de ocorrência de incêndios florestais

    Artigo de Erwin Hugo Ressel Filho*

    Os incêndios florestais representam uma das maiores ameaças ao meio ambiente e à segurança das comunidades. Quando esses desastres ocorrem, é crucial realizar uma perícia minuciosa nas áreas afetadas. Essa investigação não apenas fornece insights sobre as causas e impactos do incêndio, mas também desempenha um papel fundamental na prevenção de futuros incidentes e na gestão adequada dos recursos naturais.

    As razões pelas quais a realização da perícia é fundamental corroboram para a identificação das causas. A perícia em uma área de incêndio florestal permite identificar as causas primárias e contribuintes do incêndio. Isso pode incluir atividades humanas, como negligência, práticas agrícolas ou atividades criminosas, além de causas naturais, como raios.

    Compreender as causas é essencial para implementar medidas de prevenção eficazes. Determinar a extensão dos danos também se faz fundamental para avaliação precisa dos danos causados pelo incêndio, sendo essa uma peça essencial para planejar a recuperação e a restauração das áreas afetadas. A perícia ajuda a quantificar o impacto do incêndio na biodiversidade, ecossistemas, recursos hídricos, solo e propriedades adjacentes.

    A perícia também fornece suporte a investigação legal para determinar responsabilidades e aplicar a lei. As descobertas da perícia devem ser usadas como evidência em processos judiciais relacionados a danos ambientais, negligência ou atividades criminosas e ainda na cobrança de seguro florestal, no caso de perícias extrajudiciais.

    Com base nas conclusões da perícia, é possível desenvolver estratégias de prevenção mais eficazes para reduzir o risco de incêndios florestais futuros. Isso pode incluir a implementação de regulamentações mais rigorosas, campanhas de conscientização pública e medidas de gestão florestal sustentável.

    Os incêndios florestais não apenas causam danos ambientais, mas também representam uma séria ameaça à saúde pública devido à emissão de poluentes atmosféricos e à destruição de habitats naturais, residências ou equipamentos públicos. Neste caso a perícia auxilia na avaliação dos impactos à saúde humana, bem como os prejuízos econômicos e na adoção de medidas para mitigar esses efeitos adversos.

    As áreas afetadas por incêndios florestais muitas vezes oferecem oportunidades únicas para pesquisas científicas sobre a regeneração e resiliência dos ecossistemas. A realização da perícia permite preservar evidências importantes para estudos futuros e o desenvolvimento de estratégias de adaptação às mudanças climáticas.

    Em suma, a realização da perícia em áreas de incêndio florestal desempenha um papel crucial na compreensão das causas, impactos e consequências desses desastres. Além de fornecer informações essenciais para a gestão ambiental e a prevenção de futuros incêndios, a perícia contribui para a proteção do meio ambiente, da saúde pública e dos recursos naturais. Investir em perícia eficaz é fundamental para promover a sustentabilidade e a resiliência dos ecossistemas florestais frente aos desafios contemporâneos.

    *Erwin Hugo Ressel Filho é professor na FURB, engenheiro florestal e perito judicial.
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    Fevereiro tem recorde histórico de queimadas na Amazônia; Roraima concentra 65% dos focos

    Porta-voz do Greenpeace Brasil alerta que, apesar dos dados alarmantes já registrados em Roraima, março é, historicamente, ainda mais crítico para o estado

    A Amazônia registrou 3.158 focos de calor em fevereiro, um recorde para a série histórica (iniciada em 1999) e um aumento de 79% em relação ao recorde anterior, ocorrido em 2007. Os dados são do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados ontem (29/02).

    Roraima também registra o pior fevereiro da série histórica, com 2.057 focos de calor, 65% do total do bioma. Pela primeira vez, o estado teve mais de 500 focos em um único dia, registrados em 20 de fevereiro (538 focos de calor). 

    Outro ponto de alerta é o avanço do fogo para as Terras Indígenas em Roraima, com destaque para a TI Yanomami, que concentra 52% dos focos totais registrados nestes territórios em toda a Amazônia, e TI Raposa Serra do Sol, com 23% do total. 

    O porta-voz do Greenpeace Brasil Rômulo Batista explica que vários fatores levaram ao recorde de fogo observado no bioma neste início de ano, com destaque para a crise do clima e o aumento global das temperaturas.

    “É difícil apontarmos um único fator para o aumento vertiginoso dos focos de queimadas na Amazônia e em Roraima em 2024, mas é preciso lembrar que, no ano passado, a crise climática foi classificada pelos cientistas como a principal causa da seca na região. Não por coincidência, acabamos de sair do ano mais quente registrado na História, 2023, e ainda enfrentamos efeitos intensos do fenômeno El Niño”, diz Batista.

    Além dos fatores ambientais, Batista destaca ações dos governos que têm contribuído para o recorde de queimadas na Amazônia e em Roraima.

    “O número alto de queimadas na Amazônia também pode estar relacionado com a paralisação nas ações de fiscalização e controle do Ibama, assim como com as licenças para queimadas em Roraima, concedidas pelo governo estadual durante o período de estiagem. Ainda é preciso considerar programas de prevenção a incêndio florestais e queimadas insuficientes, com poucas pessoas, recursos e materiais, o que se torna ainda mais grave num momento de crise climática, em que cientistas prevêem um aumento tanto na quantidade, quanto intensidade de secas na Amazônia”, afirma Batista.

    Roraima: verão amazônico não acabou

    Apesar dos dados alarmantes já registrados em Roraima, o porta-voz alerta que os focos de calor no estado costumam ser historicamente piores em março.  

    “Roraima, que tem nos meses de dezembro a abril o seu verão amazônico, caracterizado por menos chuva e maior temperatura, também passa por um longo período de estiagem. Janeiro, por exemplo, registrou apenas 14% da média de chuvas entre 1990-2020 e fevereiro 25% da média do mesmo período”, afirma Batista. 

    Alerta de incêndio grave ao pesquisar pela região no Google. Data pesquisa: 05/03/24. – https://www.google.com/maps/@2.4195016,-61.6823745,10z/data=!3m1!4b1!4m2!21m1!1s%2Fg%2F11vr0sbdqt!5m1!1e8?entry=ttu
    Data da pesquisa – 05/03/24 – Google/Fonte: via satélites.

    Vale lembrar que o período conhecido como verão amazônico é de julho a outubro, mas, em Roraima, ele vai de dezembro a abril.

    Com informações: Greenpeace / Foto: Agência Brasil.

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