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Celulose em Mato Grosso do Sul: protagonista na produção e aliada contra as mudanças climáticas

Estudo realizado pela Embrapa Cerrados e pela Universidade de Brasília (UNB) revela que um hectare de eucalipto é capaz de fixar 674,17 toneladas de CO₂

Mato Grosso do Sul assume em 2024 um papel de liderança na produção de celulose no Brasil. Já consagrado como o maior exportador brasileiro, o estado agora se destaca como o maior produtor do país com a entrada em operação da quarta fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo.

Esse crescimento impressionante é relativamente recente, com a primeira indústria instalada em 2009, mas já demonstra um compromisso firme com os princípios de ESG (Environmental, Social and Governance), priorizando sustentabilidade e ações contra as mudanças climáticas.

Um dos maiores trunfos do setor de celulose para a preservação ambiental está nas florestas plantadas, principalmente de eucalipto, que desempenham um papel crucial na captura de dióxido de carbono (CO₂) e outros gases de efeito estufa.

Estudo realizado pela Embrapa Cerrados e pela Universidade de Brasília (UNB) revelou que um hectare de eucalipto é capaz de fixar 674,17 toneladas de CO₂. Com uma área cultivada de aproximadamente 1,5 milhão de hectares, estima-se que Mato Grosso do Sul tenha cerca de 1,011 bilhão de toneladas de CO₂ equivalentes estocados em suas florestas, um valor próximo às emissões anuais do Japão, um dos maiores emissores globais de carbono.

A indústria da celulose em MS — Foto: g1 MS

A indústria da celulose em MS — Foto: g1 MS

Especialistas destacam o papel do eucalipto no sequestro de carbono

A pesquisadora Karina Pulrolnik, da Embrapa Cerrados, enfatiza a eficácia das florestas plantadas, especialmente do eucalipto, na captura de CO₂ por meio da fotossíntese e no armazenamento de carbono na biomassa e no solo.

“O cultivo de florestas é considerado um meio eficiente na retirada do CO₂ da atmosfera, e o eucalipto, devido ao seu rápido crescimento, é uma das árvores mais eficazes para estocar carbono e mitigar gases de efeito estufa”, explica Pulrolnik.

Ela ressalta que esse cultivo deve ocorrer em áreas degradadas ou já utilizadas para atividades agropecuárias, evitando a substituição de florestas nativas.

Adriano Scarpa, gerente de Mudança do Clima da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), destaca a importância do manejo florestal sustentável.

“As empresas mantêm reservas de florestas para garantir a continuidade da produção e, ao mesmo tempo, estocar carbono. Esse ciclo de plantio e colheita garante que o carbono retirado da atmosfera fique retido na biomassa das árvores, reduzindo os efeitos das mudanças climáticas”.

Contribuição para a biodiversidade e sustentabilidade

Além de mitigar as mudanças climáticas, as plantações de eucalipto em Mato Grosso do Sul também têm um impacto positivo na preservação da biodiversidade.

Aves da espécie Águia-cinzenta são avistadas pelas torres de monitoramento nas florestas da Suzano em Mato Grosso do Sul — Foto: Divulgação/Suzano

Aves da espécie Águia-cinzenta são avistadas pelas torres de monitoramento nas florestas da Suzano em Mato Grosso do Sul — Foto: Divulgação/Suzano

A Suzano, uma das principais empresas do setor, adota práticas de manejo que incluem a criação de corredores ecológicos que permitem a circulação de animais e a conexão entre áreas de conservação. Em suas propriedades, já foram catalogadas mais de 1.500 espécies de fauna e flora, incluindo espécies ameaçadas como a águia-cinzenta e o cachorro-vinagre, indicando a alta qualidade ambiental das suas áreas de cultivo.

“Nas nossas florestas, encontramos ambientes seguros para espécies ameaçadas se reproduzirem, como o tatu-canastra e a onça-pintada, que dependem de uma grande diversidade de presas para sobreviver”, destaca Renato Cipriano Rocha, coordenador de Meio Ambiente Florestal da Suzano em MS.

A Eldorado também adota diversas técnicas de manejo florestal que trazem benefícios ambientais. Historicamente, já foram observadas nas áreas da companhia 460 espécies de fauna, muitas das quais são bioindicadores da saúde dos ecossistemas e estão incluídas em listas de espécies ameaçadas de extinção, incluindo espécies raras e endêmicas como a raposinha.

Raposinha encontrada nas florestas da Eldorado — Foto: Divulgação

Raposinha encontrada nas florestas da Eldorado — Foto: Divulgação

Benefícios adicionais: uso de biocombustíveis e redução do uso de fósseis

Outro benefício do setor de celulose está no uso de biocombustíveis derivados do processamento da madeira, como o licor preto, que é utilizado como fonte de energia renovável, substituindo combustíveis fósseis. Isso contribui para que aproximadamente 87% da energia consumida no setor de celulose provenha de fontes limpas e sustentáveis, ampliando ainda mais os benefícios ambientais.

“Ao utilizar biocombustíveis de origem renovável, estamos evitando o uso de combustíveis fósseis e prolongando os efeitos positivos da redução de gases de efeito estufa”, explica Scarpa, reforçando que essa prática é essencial para a sustentabilidade do setor.

Floresta de eucalipto em Mato Grosso do Sul. — Foto: Reprodução

Floresta de eucalipto em Mato Grosso do Sul. — Foto: Reprodução

Mato Grosso do Sul não só lidera a produção de celulose no Brasil como também se posiciona como um exemplo de sustentabilidade e preservação ambiental. Com práticas de manejo florestal que equilibram a produção econômica e a proteção da biodiversidade, o estado contribui significativamente para a captura de carbono e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, mostrando que desenvolvimento e sustentabilidade podem caminhar juntos.

Crescimento robusto do setor de celulose em Mato Grosso do Sul

O crescimento do setor de celulose em Mato Grosso do Sul tem sido um dos motores mais significativos do desenvolvimento econômico do estado. Atualmente, com três plantas industriais em operação — duas da Suzano e uma da Eldorado em Três Lagoas — o estado processa cerca de 5 milhões de toneladas de celulose por ano. Em 2024, esse número foi ampliado com a entrada em operação da quarta fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, que adicionou 2,55 milhões de toneladas à capacidade anual.

A linha do tempo da celulose em Mato Gtosso do Sul — Foto: g1 MS

A linha do tempo da celulose em Mato Gtosso do Sul — Foto: g1 MS

Além das plantas em funcionamento, novos investimentos estão a caminho, como a instalação de uma unidade da Arauco em Inocência, prevista para 2028, com capacidade de 2,5 milhões de toneladas, uma nova linha de produção da Eldorado em Três Lagoas e uma linha de produção da Bracell, em Água Clara. Esses projetos consolidarão ainda mais a posição de Mato Grosso do Sul como líder nacional na produção de celulose.

Fatores como a aptidão para o cultivo do eucalipto, a localização estratégica, condições climáticas favoráveis, grandes áreas de terras disponíveis e um ambiente institucional propício foram fundamentais para impulsionar essa expansão.

Desde 2009, o volume de produção no estado cresceu 523,6%, saltando de 806,2 mil toneladas para 5 milhões de toneladas, e o Valor Bruto de Produção (VBP) aumentou 1.250%, de R$ 958 milhões para R$ 12,9 bilhões.

Além disso, o setor de celulose é intensivo em mão de obra, registrando um crescimento de 279,3% no número de colaboradores, que passou de 2.731 para 10.361 entre 2009 e 2021. O aumento na geração de empregos reflete a importância do setor tanto na área industrial quanto na agrícola, contribuindo significativamente para a economia local e a melhoria salarial dos trabalhadores.

Informações: G1/MS.

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Exportações de celulose crescem 62,7% em MS

Crescimento do setor está alinhado à consolidação de novas fábricas; Estado tem potencial para receber a oitava planta

A consolidação do Vale da Celulose em Mato Grosso do Sul já pode ser percebida pela expansão de 62,75% nas exportações neste ano. O segmento movimentou US$ 1,765 bilhão de janeiro a setembro, enquanto no mesmo período do ano passado o Estado negociou US$ 1,085 bilhão – diferença de US$ 680,8 milhões.

Os dados constam na Carta de Conjuntura do Setor Externo, elaborada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), e apontam ainda que o volume de comercialização também registrou aumento na comparação do período, uma vez que em 2023 foram enviadas 3,061 milhões de toneladas ao exterior, contra 3,135 milhões até setembro deste ano.

A celulose representa 22,7% do total da pauta de exportações do Estado, ficando somente atrás da soja (34,48%). Os números que comprovam o potencial do segmento evidenciam ainda a importância do núcleo produtivo localizado em Mato Grosso do Sul.

“Quando olhamos para a celulose, realmente o Estado hoje é um destaque mundial”, analisa o titular da Semadesc, Jaime Verruck.

Ao Correio do Estado, o secretário destaca que Mato Grosso do Sul ainda dispõe de capacidade para expandir o setor. 

“Com a quinta planta industrial sendo construída em Inocência, da Arauco, e o anúncio da sexta planta industrial, no município de Água Clara, tenho certeza de que nós temos espaço para a sétima e para a oitava, consolidando realmente o Vale da Celulose e um estado, obviamente, de uma maneira significativa, exportador”, afirma Verruck.

O mestre em Economia Eugênio Pavão explica que, com a chegada da indústria de celulose, Mato Grosso do Sul obteve enormes ganhos financeiros.

“Com a exportação do produto e os investimentos maciços em florestas plantadas e recebendo até investimentos estrangeiros, por meio de fundos de pensões estrangeiros. Hoje, temos a indústria chilena Arauco se instalando no Estado, com possibilidades de maior crescimento do PIB até 2030”, detalha.

Atualmente, MS ocupa a segunda maior área de florestas plantadas do Brasil. Segundo dados do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga MS), a área total atingiu 1,48 milhão de hectares neste ano, área que deverá chegar a 2,5 milhões de hectares nos próximos anos. 

Desse total, 98% são dedicados ao cultivo de eucalipto, que é predominantemente utilizado pela indústria de papel e celulose, amplamente presente no Estado.

Investimentos

Conforme adiantado pelo Correio do Estado na edição do dia 2 de outubro, dados divulgados pelo presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) apontam que mais de 70% dos R$ 105 bilhões de investimentos previstos no setor de celulose para o País serão realizados em Mato Grosso do Sul. 

Paulo Hartung informou, durante um evento, que quase R$ 75 bilhões serão investidos em território sul-mato-grossense nos próximos três anos.

“Estivemos com o presidente da República, Lula, e nós levamos para ele o número de investimento do setor nos próximos três anos. A carteira de investimento do setor é uma das maiores carteiras de investimento do setor privado brasileiro. São R$ 105 bilhões contratados para serem investidos no nosso País, dos quais mais de R$ 70 bilhões serão em Mato Grosso do Sul”, afirmou o presidente da Ibá.

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), reiterou que o setor tem ajudado a transformar MS.

“Da nossa parte, vamos criar um ambiente de negócios que fique cada vez mais atrativo para setores em que somos competitivos, e a celulose é, sem dúvida, uma das estrelas deste processo. O setor investe R$ 75 bilhões no Estado”.

Mato Grosso do Sul tem uma capacidade instalada de produção de 4,9 milhões de toneladas anuais de celulose, produzidas em três linhas operacionais no município de Três Lagoas, sendo duas da Suzano e uma da Eldorado. 

A capacidade foi ampliada em mais 2,55 milhões de toneladas com a entrada em operação do Projeto Cerrado, da Suzano, elevando o total para 7,4 milhões de toneladas anuais.

A reportagem também adiantou que a Arauco anunciou a expansão da capacidade de produção e deverá se tornar a maior fábrica de celulose do mundo.

Com investimento de US$ 4,6 bilhões (equivalente a R$ 25,1 bilhões), a empresa do grupo chileno informou o aumento da capacidade produtiva da planta de Inocência, saindo dos iniciais 2,5 milhões de toneladas para 3,5 milhões de toneladas de fibra de eucalipto por ano. 

Outro investimento que pode chegar a MS é da Bracell. O grupo indonésio é um dos principais produtores de celulose solúvel do mundo e anunciou o interesse de construir uma nova fábrica em Água Clara, com investimentos previstos de R$ 25 bilhões. 

Também estão planejadas as segundas linhas de produção da Eldorado Celulose, em Três Lagoas (com uma capacidade prevista de 2,3 milhões de toneladas por ano), e da Arauco, em Inocência (2,5 milhões de toneladas anuais).

A reportagem também informou, na edição do dia 4 de maio de 2024, que os municípios de Figueirão e Alcinópolis são apontados como possíveis locais para a instalação de uma unidade que seria resultado de negociações com a multinacional Portucel Moçambique.

US$ 7,7 bi

De janeiro a setembro de deste ano, as exportações de MS alcançaram US$ 7,79 bilhões, impulsionadas por soja, celulose, carne e açúcares.

Informações: Correio do Estado.

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Mais uma fábrica de celulose no Brasil! Nova unidade será instalada no Paraná e terá investimento de R$ 25 milhões

Grupo Technocoat realizará investimento de mais de R$ 25 milhões na construção de uma nova fábrica em Telêmaco Borba, focada na produção de celulose reciclada

Telêmaco Borba, localizada na região dos Campos Gerais do Paraná, será a nova casa da Technofibra, uma empresa do Grupo Technocoat. A nova fábrica servirá como um centro de produção e operações focado na fabricação de fibras de celulose. Estas fibras serão produzidas a partir de embalagens longa vida (ELV) pré e pós-consumo, além de aparas de kraft, papel cartão e tubetes de kraft. Essa fábrica representa um importante passo na estratégia de crescimento do Grupo Technocoat.

Investimento do Grupo Technocoat e expectativa de inauguração

investimento total para a construção da nova fábrica do Grupo Technocoat ultrapassa os R$ 25 milhões. A expectativa é que a inauguração ocorra em novembro.

Cristiano Macedo, CEO da Technofibra, destaca a importância desse novo empreendimento.

“Estamos investindo em uma moderna fábrica de celulose reciclada, que utilizará processos automatizados de alta tecnologia. Isso nos permitirá garantir produtos de qualidade constante. Também teremos um laboratório completo para desenvolver produtos específicos, de acordo com a necessidade de cada cliente.”

Estrutura e capacidades da fábrica da Grupo Technocoat

A nova fábrica do Grupo Technocoat terá uma área construída de 4,2 mil metros quadrados e contará com duas linhas de operação.

A linha Technofibra Standard terá capacidade para reciclar 3,7 mil toneladas de ELV e produzir 2,5 mil toneladas mensais de fibras celulósicas de alta qualidade.

Além disso, essa linha também produzirá 800 toneladas mensais de Technoplast, o qual é um composto de alumínio e polietileno.

Já a linha Technofibra Premium focará na reciclagem de aparas de kraft, papel cartão e tubetes de kraft, com uma produção de 2,5 mil toneladas mensais.

Macedo informa que, no total, cerca de 5 mil toneladas de fibras celulósicas serão processadas mensalmente na nova unidade.

“Ambas as linhas contarão com rigoroso controle de qualidade e tecnologia avançada para atender às diversas demandas do mercado,” acrescenta. O compromisso com a qualidade é um dos pilares da nova fábrica do Grupo Technocoat.

Compromisso com o setor de celulose

Além de sua capacidade produtiva, a nova fábrica do Grupo Technocoat terá um espaço para armazenar 2 mil toneladas de matéria-prima e 1 mil toneladas de produto acabado. Isso garantirá agilidade no escoamento dos materiais.

A Technofibra tem como missão promover a economia circular e a sustentabilidade, valores que fazem parte do compromisso do Grupo Technocoat.

Macedo explica: “Estamos focados em reduzir nossa pegada de carbono e incentivar a geração de renda por meio da reciclagem. Usamos tecnologia avançada para transformar resíduos em recursos valiosos, criando produtos que impulsionam a eficiência e a responsabilidade ambiental.”

A nova fábrica de celulose representa mais um passo do Grupo Technocoat em direção a um futuro mais sustentável.

Impacto econômico na região

A construção da fábrica do Grupo Technocoat em Telêmaco Borba não traz apenas benefícios ambientais, mas também terá um impacto significativo na economia local.

A instalação da nova fábrica gerará empregos diretos e indiretos, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região.

Além disso, a operação da fábrica deve incentivar o comércio local, aumentando a demanda por serviços e produtos nas proximidades.

Macedo ressalta que “a fábrica do Grupo Technocoat será um motor de crescimento para Telêmaco Borba, beneficiando a comunidade e promovendo uma economia mais sustentável”.

Informações: Click Petróleo e Gás.

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Setor de Base Florestal no Brasil: pilar da sustentabilidade e da economia

Frank Rogieri, presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, destaca a importância do setor para o país

Em 2023, o setor de base florestal no Brasil alcançou um marco significativo, com a produção atingindo expressivos R$ 37,9 bilhões, o que representa um crescimento de 11,2% em comparação ao ano anterior. Esse desempenho notável não apenas reafirma a relevância econômica da silvicultura, mas também destaca o papel essencial que as florestas desempenham na sustentabilidade ambiental e no desenvolvimento socioeconômico do país.

A silvicultura, prática de cultivo e manejo de florestas, cresceu 13,6%, alcançando R$ 31,7 bilhões. Esse aumento é um indicativo claro de que, quando manejadas de forma sustentável, as florestas podem se tornar uma fonte inestimável de recursos, promovendo a economia e contribuindo para a preservação do meio ambiente. A produção em 4.924 municípios brasileiros evidencia que a atividade florestal está profundamente enraizada na diversidade territorial do país, gerando emprego e renda em diversas comunidades.

É importante ressaltar que, embora a extração vegetal tenha permanecido estável, com um valor de R$ 6,2 bilhões, os produtos madeireiros continuam a ser protagonistas, representando 64,2% do valor total do extrativismo. Este segmento é fundamental para garantir a continuidade das cadeias produtivas ligadas à construção civil, móveis e diversos outros setores.

Particularmente, os estados de Mato Grosso e Pará se destacam, respondendo por 62,6% da quantidade total de madeira extraída em tora e representando 79,1% do valor de produção desse produto. Esses números sublinham a relevância econômica dessas regiões e a necessidade urgente de práticas sustentáveis que garantam a exploração responsável dos recursos florestais.

O crescimento do setor florestal deve ser celebrado, especialmente por vir acompanhado de um compromisso firme com a sustentabilidade. A implementação de práticas que promovam o manejo florestal responsável e a recuperação de áreas degradadas é vital. A integração de tecnologias e inovações na silvicultura pode potencializar ainda mais a produção, minimizando os impactos ambientais e promovendo um ciclo de produção que beneficie tanto as comunidades quanto o ecossistema.

Em conclusão, o setor de base florestal no Brasil não é apenas uma potência econômica, mas também um elemento crucial na luta contra as mudanças climáticas e na conservação da biodiversidade. A valorização e o investimento nesse setor são fundamentais para um futuro sustentável, onde a prosperidade econômica se alinhe com a preservação ambiental. Que 2023 seja apenas o início de um ciclo promissor para as florestas brasileiras, reconhecendo seu valor e seu potencial inexplorado.

Informações: Portal do Agronegócio.

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“Crescimento do setor de celulose aumenta demanda por prevenção”, diz presidente da Reflore/MS

Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias nesta última quarta-feira (9), o presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS), Júnior Ramires, ressaltou o momento promissor do setor florestal no Estado e destacou a importância da prevenção a incêndios, além dos desafios que o crescimento industrial tem trazido, como a falta de mão de obra qualificada.

“Atualmente, contamos com mais de 1,5 milhão de hectares de florestas plantadas no Mato Grosso do Sul. Essas florestas abastecem diversos setores e indústrias, como a de celulose, que está em expansão”, afirmou Ramires. Ele destacou que o município de Inocência receberá um grande investimento com a instalação da indústria Arauco. “A madeira das florestas plantadas atinge todo o Estado, sendo utilizada em setores como a geração de energia e a produção de carvão vegetal para o aço e ferro-gusa, além da produção de biomassa e cavaco, até para fornos de pizzarias.”

Ramires comentou o crescimento do setor nos últimos anos, fazendo uma comparação com duas décadas atrás. “Se olharmos para trás, há cerca de 15 ou 20 anos, e compararmos com o cenário atual, é evidente o quanto evoluímos. Esse crescimento traz benefícios, como geração de empregos e desenvolvimento econômico, mas também apresenta desafios, como a infraestrutura do Estado, que não está acompanhando o ritmo dos investimentos privados.”

Além da infraestrutura, o presidente da Reflore/MS destacou a falta de mão de obra qualificada. “Hoje, temos mais de 10 mil vagas abertas no setor, esperando por pessoas dispostas a trabalhar. Vivemos um momento de pleno emprego, o que é bom para a população, mas desafiador para as empresas. Contudo, é melhor lidar com essas dores do crescimento do que enfrentar o desemprego e a estagnação econômica”, disse ele.

Ramires também mencionou o impacto que as novas indústrias de celulose estão tendo nas cidades. “Três Lagoas, por exemplo, tinha cerca de 70 mil habitantes e, hoje, ultrapassa 120 mil devido à industrialização. Ribas do Rio Pardo, com 20 mil habitantes, também está crescendo com a chegada da indústria, e Inocência, com apenas 9 mil, verá mudanças significativas.”

Um dos pontos centrais da entrevista foi a questão dos incêndios florestais, com Júnior Ramires reforçando a importância das campanhas de prevenção realizadas pela Reflore/MS. “Estamos na nossa 12ª campanha de prevenção a incêndios, e trabalhamos muito em parceria com o governo estadual, o Senar e a Força Sul. A conscientização é a chave. A maioria dos incêndios não começa de forma natural, mas sim por ações humanas, seja acidental ou intencional.”

Ramires destacou a importância de evitar o uso de fogo para limpar terrenos durante a seca. “É fundamental que os produtores rurais entendam os riscos. Muitas vezes, a prática de queimar lixo ou limpar terrenos sai do controle e causa grandes incêndios. O melhor combate ao fogo é a prevenção. Não podemos deixar que ele comece.”

Além da conscientização, ele explicou que as empresas associadas à Reflore/MS possuem uma estrutura robusta para combater incêndios. “Hoje, temos uma estrutura de combate aos incêndios até maior do que a do próprio Estado, com aviões, helicópteros, caminhões e brigadas de incêndio. O Corpo de Bombeiros é um parceiro fundamental, realizando o treinamento dos nossos colaboradores. O Senar também oferece capacitação, preparando os trabalhadores rurais para agirem rapidamente em caso de emergência, evitando que pequenos focos de incêndio se transformem em grandes desastres.”

Júnior Ramires finalizou destacando a importância dos veículos de comunicação na disseminação dessa mensagem de conscientização. “Queremos agradecer aos veículos de comunicação, como o de vocês, que nos ajudam a difundir essa mensagem por todo o estado, especialmente nas áreas rurais. A prevenção é essencial para evitar os grandes problemas que estamos vendo hoje.”

Informações: A Crítica | Imagem: divulgação.

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Mercado de compensados: como o produto brasileiro é aceito na Europa?

No podcast WoodFlow, Gustavo Milazzo entrevista a FEPCO, empresa europeia de importação de compensados e a Sudati, principal exportadora brasileira de compensados

Qualidade, capacidade produtiva e continuidade de oferta foram apontados como os diferenciais do compensado de coníferas brasileiro na Europa. Durante a gravação do PodCast WoodFlow, o CEO da FEPCO, Alexander de Groot, empresa belga que importa compensados de diversos países do mundo para países europeus, apontou que o produto daqui do Brasil pode se destacar ainda mais no continente europeu nos próximos anos. 

Na conversa com o CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo, Alexander destacou que o setor madeireiro do Brasil está muito melhor organizado, em termos de certificações, qualidade de produto e disponibilidade que outros países fornecedores.

Também participou da conversa o diretor comercial da Sudati Compensados, Fabiano Sangali. Fabiano destacou que o Brasil, atualmente, é o maior exportador de compensado de coníferas do mundo, abastecendo mercados como o europeu e também dos Estados Unidos. 

“O Brasil tem o mais competitivo e confiável compensado do mundo. Nós conseguimos conquistar os pré-requisitos de sustentabilidade, performance estrutural e, com isso, temos mais alternativas para diferentes aplicações. Acredito que o produto brasileiro está se tornando mais e mais atrativo”, disse Fabiano. 

“Na Europa, temos diferentes fornecedores de compensados, de diferentes matérias primas, de árvores coníferas e folhosas. Então, para aplicação em pisos ou telhados, temos o compensado brasiliero, ou da Indonésia, por exemplo. Assim, o consumidor procura pelo produto que vai atender às suas necessidades. O produto brasileiro conquistou seu espaço principalmente pela qualidade, competitividade e disponibilidade”, disse Alexander.

EUDR e a oportunidade para o Brasil

Com a possibilidade de entrar em vigor a EUDR, regulamentação que proíbe países europeus a importarem produtos que possam ser produzidos em áreas de desmatamento, Alexander avalia que o Brasil está à frente e poderá se beneficiar se tornando o principal fornecedor de compensados. “O Brasil possui sua base florestal baseada em florestas plantadas e, isso certamente será um diferencial do país quando essa regulamentação entrar em vigor”, disse Alexander. 

Do lado dos empresários brasileiros que exportam, Fabiano pontua que há ainda uma incerteza de como será feita a comprovação para o EUDR, mesmo assim, as empresas já estão se organizando para continuar atendendo os pedidos dos clientes europeus.

“Na Sudati contratamos pessoas dedicadas a entender essa regulamentação e a buscar os dados que comprovam a origem da nossa matéria prima”, acrescentou. 

Perspectivas

Questionados sobre as perspectivas de mercado de compensados, ambos os entrevistados apresentaram pontos animadores para os produtores brasileiros. Mas com a incerteza da proximidade desses eventos. Essa incerteza se deve, principalmente, à capacidade de escoamento dos produtos brasileiros por meio do transporte marítimo. Segundo Fabiano, as empresas estão com os estoques cheios e com muita dificuldade de conseguir embarques para Europa. Os navios estão cheios, o que aumenta a competitividade pelos embarques e as janelas dos portos cada vez mais apertadas. “Com a retomada das operações do porto de Itajaí (SC), a expectativa é que as filas de embarque se normalizem, mas não podemos dizer quando isso irá acontecer”, disse Fabiano.

Outro fator que entra em desfavor dos produtos brasileiros é o aumento excessivo dos fretes. Os valores por container estão subindo desde o início do ano. Então, unindo a incerteza de embarque citada acima, à falta de exatidão do valor do frete no momento do embarque, o produto brasileiro fica em desvantagem, pois importador e exportador não podem assegurar quanto irão pagar pelo frete, deixando essa incógnita de qual o valor final do produto.

“Com a soma desses fatores, eu digo para os importadores europeus: agora é a hora de fechar os pedidos com as fábricas, se a sua intenção é receber o produto no início de 2025”, disse Alexander.

Finalizando o podcast, Gustavo Milazzo, enfatizou a importância do mercado europeu e a possibilidade do Brasil sair na frente quando o assunto é EUDR. “Temos boas expectativas para o compensado brasileiro e precisamos estar atentos aos demais fatores desse mercado”, destacou. 

Sobre o Podcast WoodFlow

O Podcast WoodFlow é uma iniciativa da startup de exportação de madeira WoodFlow, e visa debater, uma vez ao mês, sobre o mercado de madeira. O CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo conduz as entrevistas sempre retratando o cenário e o futuro da madeira. O Podcast WoodFlow é o primeiro do país a debater temas do mercado madeireiro e pode ser acessado diretamente no youtube ou nas plataformas de streaming de áudio

*Imagem em destaque: divulgação.

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Exclusiva – ArborGen expande sua presença no Brasil com a aquisição de um novo viveiro no Nordeste

A ArborGen, líder mundial em soluções genéticas para o setor florestal, anuncia a assinatura de um memorando de entendimento para a aquisição do Viveiro Eco Empreendimentos, localizado em Teresina, no Estado do Piauí. A conclusão da aquisição está prevista para 1º de novembro de 2024, sujeita ao cumprimento de todas as condições acordadas.

Essa aquisição fortalece ainda mais a presença da ArborGen na região Nordeste do Brasil, uma área que vem se tornando uma das mais estratégicas para o setor florestal no país. Com uma rede de pesquisa experimental já consolidada na região, a ArborGen está bem posicionada para liderar o desenvolvimento florestal no Nordeste.

O Viveiro Eco Empreendimentos possui uma capacidade de produção anual de aproximadamente 15 milhões de mudas de eucalipto, com a possibilidade de expansão para 18 milhões com um investimento mínimo. Com essa aquisição, a capacidade interna de produção da ArborGen no Brasil será ampliada para aproximadamente 94 milhões de mudas por ano, sendo 77 milhões de mudas de eucalipto e 17 milhões de mudas de pinus.

Adriano Amaral de Almeida, Diretor da ArborGen Brasil, comentou: “Essa aquisição está alinhada com a nossa estratégia de expansão no Brasil e é um marco significativo, especialmente neste ano em que celebramos 10 anos de operações comerciais no país. Temos um compromisso de longo prazo com a região e com o desenvolvimento de florestas de alta performance, que são essenciais para o futuro da indústria florestal.”

Sobre a ArborGen

A ArborGen é a principal fornecedora de genética avançada de mudas para a indústria florestal comercial global. Utilizando tecnologia de ponta, a ArborGen desenvolve produtos de alto valor que melhoram significativamente a produtividade de uma área específica, permitindo que nossos clientes cultivem árvores que produzem mais madeira por hectare com maior consistência e qualidade em um período de tempo mais curto. Para mais informações, visite o site da ArborGen Brasil em www.arborgen.com.br.

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Monitoramento de queimadas no Brasil com sensoriamento remoto

Saiba como a tecnologia pode ajudar na proteção de áreas agrícolas e florestais contra incêndios

O Brasil vem enfrentando um aumento preocupante no número de queimadas, impulsionado por secas severas e práticas ilegais de desmatamento. Esse cenário traz desafios não apenas para a preservação ambiental, mas também para a saúde pública e a economia. Com a piora na qualidade do ar, crescem os casos de problemas respiratórios, enquanto setores como o agroenergético sofrem grandes prejuízos. A cana-de-açúcar, que, segundo o Balanço Energético Nacional (BEN) de 2023, se destaca como a principal fonte de energia renovável do país, é uma das culturas mais impactadas pelos incêndios.

Para enfrentar essa crise, o sensoriamento remoto tem sido um importante aliado. Essa tecnologia utiliza satélites para coletar dados sobre a superfície terrestre, permitindo o monitoramento de grandes áreas. Através de imagens de satélites e técnicas de IA, é possível, acompanhar mudanças no solo, na vegetação e detectar focos de incêndio. A análise de alterações nas cores e na luz refletida pela vegetação, e de frequências fora do espectro visível, como o infravermelho (relacionado a fontes de calor) permite identificar áreas com queimadas ou desmatamento.

Recentemente, a PSR estudou a abrangência dos incêndios de agosto de 2024 com o apoio de imagens de satélite e comparação de antes e depois, avaliando o impacto em plantações de cana-de-açúcar nos principais estados produtores do Brasil. Estimou que 114 mil hectares de cana-de-açúcar foram afetados. O estado de São Paulo foi o mais prejudicado, concentrando 81% das perdas, seguido por Minas Gerais (9%) e Goiás (5%).

Embora o sensoriamento remoto permita que grandes áreas sejam monitoradas com eficiência, existem limitações. Os satélites utilizados na estimativa da PSR, por exemplo, revisitam as mesmas regiões a cada cinco dias. Esse intervalo não é o ideal quando se busca monitorar a propagação de um incêndio, por exemplo. Uma solução promissora para superar essa limitação é o uso de microssatélites de órbita baixa, que permitem revisitas mais rápidas e, consequentemente, dados mais atualizados, além de maior resolução espacial.

O projeto FireSat é um bom exemplo. Trata-se de colaboração de diversas entidades, como a Google, que planeja lançar 52 satélites para detectação de incêndios, mesmo que de pequeno porte, com cinco por cinco metros. A atualização de imagens será feita a cada 20 minutos graças ao uso dessa constelação de microssatélites. A tecnologia deverá ser ótima aliada para que as ações de comando e controle sejam tomadas de forma mais efetiva e com menor custo ao Estado.

O avanço dessas tecnologias e a cooperação internacional são caminhos promissores para a proteção do meio ambiente e o controle de queimadas em áreas agrícolas e florestais. Isso é especialmente importante no contexto das mudanças climáticas, que infelizmente deverão aumentar a incidência de queimadas pela ocorrência de altas temperaturas em estiagens prolongadas.

Informações: Exame.

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Novo parque brasileiro abrigará a maior árvore da América Latina

Unidade de conservação contará com espécies ameaçadas, além de impulsionar o turismo ecológico e as pesquisas científicas

Foi oficializada a criação do Parque Estadual Ambiental das Árvores Gigantes da Amazônia, conforme decreto publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta semana.

A nova Unidade de Conservação (UC), localizada em Almeirim, no oeste do Pará, tem como objetivo preservar ecossistemas de alta relevância ecológica, promover pesquisas científicas, educação ambiental e incentivar o turismo ecológico.

Com uma área de 560 mil hectares, o parque será gerenciado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio). Esta é a 29ª UC sob a gestão do órgão, que busca equilibrar a proteção da biodiversidade com o uso sustentável dos recursos naturais.

A criação da nova área protegida deriva de uma porção da Floresta Estadual (Flota) do Paru, que teve sua área reduzida de 3.612.914 hectares para 3.052.914 hectares com o decreto.

Árvores gigantes

Foto: Fernando Sette/Agência Pará

O principal destaque da nova unidade é a presença de árvores gigantes, incluindo um exemplar de angelim-vermelho (Dinizia excelsa) com 88,5 metros de altura, considerada a maior árvore do Brasil e da América Latina, e uma das dez maiores do mundo.

A UC foi estabelecida com o propósito de proteger essas espécies e preservar populações de flora e fauna ameaçadas de extinção, além de espécies raras e endêmicas que habitam a região.

“O Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia é um marco na preservação da nossa biodiversidade, garantindo que espécies únicas e de grande relevância ecológica continuem existindo para as futuras gerações”, afirmou o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto.

Segundo ele, a iniciativa é um passo fundamental para o fortalecimento da proteção ambiental no Pará, associando a conservação à geração de conhecimento científico.

O diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-Bio, Crisomar Lobato, destaca a importância da nova UC para o desenvolvimento do turismo sustentável e da pesquisa científica.

“A criação do parque oferece oportunidades para estudos aprofundados sobre as espécies que habitam a região e para a implementação de projetos de turismo ecológico que respeitem o meio ambiente e gerem renda para as comunidades locais”, diz.

Atividades permitidas no parque

A zona de amortecimento do parque terá um papel importante na proteção da biodiversidade e na compatibilização das atividades das populações tradicionais que vivem no entorno. A coleta de produtos como castanha-do-pará e camu-camu, bem como a pesca esportiva nos ecossistemas aquáticos, será permitida, respeitando a legislação vigente e as regras estabelecidas pelo futuro plano de gestão do parque.

As atividades desenvolvidas pelas comunidades tradicionais e povos indígenas que habitam a região, como o acesso ao rio Jari, não sofrerão restrições, de acordo com o decreto. As ações e o modo de vida dessas populações serão respeitados, desde que em harmonia com os objetivos de preservação.

O conselho consultivo do parque, que será criado e gerido pelo Ideflor-Bio, terá como uma de suas funções a regulação das atividades já consolidadas na área, como a coleta de castanhas-do-pará, assegurando que essas práticas sejam mantidas de forma sustentável. O comitê também terá a missão de acompanhar o desenvolvimento das atividades de conservação e uso sustentável dos recursos naturais.

Proteção de áreas

A criação do parque também contribuirá para a proteção de áreas contíguas, tanto estaduais quanto federais, fortalecendo a rede de áreas protegidas na região. Com a preservação de uma rica biodiversidade, a nova UC se tornará um importante ponto de referência para a conservação na Amazônia.

O superintendente de Inovação e Desenvolvimento Institucional da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Victor Salviati, destaca a importância do parque na proteção do meio ambiente. “O parque tem uma importância muito grande, não só para o estado do Pará, mas também para toda a Amazônia, porque irá proteger ainda mais um santuário de árvores gigantescas”, afirma.

Em maio deste ano, uma equipe multidisciplinar de pesquisadores e técnicos do Ideflor-Bio, FAS e do Instituto Federal do Amapá (Ifap) percorreu rios e trilhas da então Flota do Paru, para aprofundar análises físicas e biológicas na região, o que levou à descoberta de um novo santuário de árvores gigantes.

Esse levantamento forneceu subsídios para transformar parte da antiga UC de uso sustentável em uma nova área de proteção integral.

Informações: Canal Rural.

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Governo de Mato Grosso do Sul irá lançar sistema que gerencia emissões de carbono

Plataforma digital surge para acelerar o atingimento da meta de tornar o MS um estado neutro na emissão de carbono até 2030

O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), se prepara para lançar em breve o CarbonControl, uma plataforma digital que busca gerenciar as emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) no estado.

A iniciativa, que pretende agilizar e otimizar o registro de inventários ambientais, é uma resposta à regulamentação da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), que institui o Registro Público Voluntário de Emissões Anuais de GEE.

Utilidades

O CarbonControl poderá ser utilizado por pessoas físicas e jurídicas cujas atividades gerem emissões ou remoções de GEE. O sistema permitirá o envio automatizado de informações para análise técnica, atendendo tanto a registros obrigatórios, vinculados ao licenciamento ambiental, quanto voluntários, destinados a empreendimentos que buscam aprimorar práticas sustentáveis.

De acordo com o diretor-presidente do Imasul, André Borges, o CarbonControl representa um marco na gestão ambiental do estado. “Essa nova ferramenta traz mais modernidade aos processos e proporciona transparência e eficiência, consolidando Mato Grosso do Sul como referência em desenvolvimento sustentável”, afirma.

Uma das funcionalidades mais importantes do CarbonControl será a geração de relatórios detalhados sobre o balanço de carbono, permitindo que empresas e indivíduos ajustem suas práticas para reduzir emissões. Remoções de carbono, calculadas por técnicos responsáveis, também poderão ser registradas no sistema, seguindo as normas estabelecidas pelo Imasul e pela Semadesc.

Monitoramento

O sistema monitorará diversas fontes de emissão de GEE, como a combustão estacionária, que envolve instalações fixas como usinas e caldeiras, e a combustão móvel, que abrange veículos como automóveis e caminhões. O CarbonControl também irá acompanhar as emissões fugitivas, decorrentes de vazamentos acidentais, e as emissões industriais, geradas por reações químicas.

No setor agrícola, o foco estará nas emissões resultantes do uso de fertilizantes e da fermentação entérica de animais. Além disso, o sistema monitorará mudanças no uso do solo, como desmatamento, e emissões associadas ao tratamento de resíduos sólidos e líquidos.

O sistema terá integração direta com o Cadastro Ambiental Rural (CARMS), garantindo que os dados sobre emissões de propriedades rurais estejam em conformidade com os padrões do GHG Protocol Brasil. Haverá dois tipos principais de inventários: os vinculados ao CARMS, que envolvem atividades rurais, e os não vinculados, relacionados a operações urbanas.

Carbono Neutro

Durante a COP28, realizada em Dubai, o sistema foi oficialmente apresentado como parte da estratégia de Mato Grosso do Sul para se tornar um estado verde e carbono neutro até 2030. A ferramenta foi considerada um exemplo de inovação e compromisso com a sustentabilidade global, destacando o uso de tecnologias avançadas para uma gestão ambiental eficiente.

Além do monitoramento de GEE, o estado reforçou o compromisso com o combate ao desmatamento ilegal e à prevenção de incêndios florestais, ações fundamentais para a preservação da biodiversidade e para a redução de emissões.

Esses esforços ocorrem na busca por tornar o Mato Grosso do Sul um estado neutro nas emissões de carbono até 2030, meta ousada traçada em 2021, durante a COP26, em que o estado se comprometeu com as diferentes nações integrantes da ONU.

Informações: Correio do Estado.

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