PÁGINA BLOG
Featured Image

Tendências do mercado global de toras de madeira para serraria: uma mudança surpreendente em meio à fraca demanda por madeira serrada

O mercado global de madeira tem enfrentado desafios significativos nos últimos dois anos. Do declínio na construção de casas à desaceleração das atividades de remodelação e redução do consumo de bens de consumo, a demanda por madeira macia tem caído constantemente em regiões-chave.  

No entanto, em meio a esses tempos difíceis, um desenvolvimento surpreendente chamou a atenção dos profissionais da indústria: o Índice Global de Preços de Toras para Serra (GSPI) tem aumentado. Para líderes empresariais em silvicultura, madeira e setores relacionados, entender essas tendências é crucial para navegar neste cenário em mudança. Os custos de toras para serra são responsáveis ​​por 60-70% dos custos de produção para produtores de madeira, tornando-se o principal fator de custo ao rastrear a competitividade de uma região.   

Por que os preços da madeira serrada estão subindo apesar da menor demanda por madeira serrada? 

Normalmente, uma queda na demanda por madeira causa um declínio semelhante nos preços de toras para serraria. No entanto, o GSPI desafiou as expectativas, subindo quase 7% ano a ano até o terceiro trimestre de 2024 e 18% acima de sua média de 30 anos. O que está por trás dessa tendência contraintuitiva e o que isso significa para os mercados regionais? 

Tendências contrastantes em regiões globais 

Um olhar mais atento revela diferenças regionais significativas nos preços de toras para serraria. Algumas regiões estão registrando altas recordes, enquanto outras enfrentam declínios acentuados. Aqui estão algumas das tendências mais notáveis: 

  • Europa do Norte e Central: Os preços das toras dispararam nas regiões nórdicas, atingindo seus níveis mais altos em mais de uma década. Com esses ganhos, as serrarias da região estão enfrentando margens de lucro cada vez menores. Por quê? O aumento do custo das matérias-primas ultrapassou os preços da madeira, aumentando a pressão sobre as operações.  
  • América do Norte: A história é muito diferente na América do Norte. A Colúmbia Britânica está enfrentando desafios significativos que reduziram a proeminência da região na indústria de serrarias. A produção em 2024 é estimada em quase metade do que era há uma década devido à escassez de madeira, altos custos de produção e outros obstáculos operacionais. Enquanto isso, as toras de madeira para serraria do sul dos EUA atingiram as mínimas de preço em 30 anos . Essa redução pode atrair novos investimentos nas serrarias da região nos próximos dois anos. 
  • China e regiões MENA: As importações chinesas de madeira tiveram um declínio de 7% ano a ano nos primeiros dez meses de 2024. Da mesma forma, os países do Oriente Médio e Norte da África relataram uma queda de 4% em suas importações totais de madeira em nove meses. Esses mercados enfraquecidos enfatizam ainda mais a disparidade regional na demanda e nos preços da madeira. 

Implicações para profissionais florestais e madeireiros 

Essas tendências apresentam desafios e oportunidades para profissionais dos setores florestal e madeireiro. Para empresas no norte da Europa, controlar os custos de produção se tornou mais importante do que nunca na adaptação às crescentes despesas com matéria-prima. Por outro lado, regiões como o sul dos EUA podem ver um novo crescimento, pois a combinação de preços baixos de toras e custos operacionais competitivos pode atrair novos investimentos em 2025 e além. 

Enquanto isso, o setor de serrarias em declínio na Colúmbia Britânica serve como um conto de advertência de como a demanda flutuante, fatores regulatórios e competição global podem remodelar uma indústria. As empresas devem permanecer adaptáveis, mantendo um olhar atento sobre a dinâmica comercial e as condições de mercado em evolução. 

Para os players internacionais, a disparidade nos preços de toras para serraria destaca a importância da diversificação geográfica. Ter operações ou parcerias em diferentes regiões globais pode fornecer uma proteção contra a volatilidade do mercado. Além disso, com as exportações de madeira europeia para os EUA possivelmente se expandindo, pode haver oportunidades emergentes para empresas que buscam entrar ou crescer em mercados estrangeiros. 

Informações: ResourceWise.

Featured Image

Suzano assina acordo de longo prazo com a Marvin para utilização de inteligência geoespacial no setor florestal

Braço de corporate venture capital da companhia aumenta participação acionária estratégica na startup por meio de financiamento follow-on

A Suzano, líder mundial na produção de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos a partir do eucalipto, anuncia um acordo comercial de longo prazo com a Marvin, startup israelense que utiliza inteligência artificial (IA) para gestão de uso da terra e cadeia de suprimentos. A parceria foi formalizada após validação técnica bem-sucedida da plataforma da startup, que apresentou uma ampla gama de testes que comprovam a aplicabilidade nas operações da companhia.

O braço de venture capital da Suzano, conhecido como Suzano Ventures, também concluiu um investimento estratégico follow-on na Marvin. Em 2023, o CVC já havia realizado um investimento inicial na startup. Com a iniciativa, a Suzano busca fortalecer sua abordagem de previsão de produtividade, gestão de recursos hídricos e riscos, medição e verificação de carbono, certificação florestal, além de otimização e rastreabilidade de sua cadeia de suprimentos.

“Antes de investir na Marvin, avaliamos cuidadosamente uma série de produtos digitais de inteligência geoespacial disponíveis no mercado, que eram potencialmente aplicáveis à silvicultura. Estamos confiantes de que a tecnologia da Marvin oferece a ferramenta mais sofisticada para produtores florestais como a Suzano, algo que agora validamos por meio de testes em nosso próprio negócio”, diz Álvaro Gómez Rodríguez, Gerente Sênior da Suzano Ventures. “A plataforma da Marvin será uma ferramenta essencial enquanto continuamos a trabalhar no desenvolvimento do eucalipto produzido da forma mais sustentável do mundo. Portanto, temos o prazer de fazer um follow-on, que ajudará a acelerar o desenvolvimento das tecnologias líderes de mercado da Marvin e apoiar o crescimento contínuo dos negócios no Brasil e fora do País”, complementa.

O cofundador e CEO da Marvin, Ofer Judovits, destaca a importância da parceria de longo prazo e da proximidade com o Brasil. ” É muito significativo receber a validação do valor técnico e econômico da nossa plataforma por parte de uma empresa com uma reputação de excelência em suas operações florestais, que tem liderado a inovação e tecnologia no setor de papel e celulose”, diz. “Recentemente, abrimos um escritório no Brasil porque acreditamos que é importante estarmos presentes na América do Sul para garantirmos o fortalecimento de nossas capacidades e precisão nos biomas desta região, que são complexos e importantes para o mundo todo, bem como para atender à crescente demanda de empresas regionais.”

A plataforma da Marvin auxilia na conformidade com estruturas de certificação de sustentabilidade internacional, como a Roundtable on Sustainable Biomaterials (RSB) e a Taskforce on Nature-related Financial Disclosures (TNFD). A plataforma também fornece dados cruciais para relatórios ESG precisos em relação a várias estruturas, incluindo o Protocolo GHG, a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) e o Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR).

“Nossa parceria com Marvin tem sido uma jornada enriquecedora de aprendizado e inovação. Esta validação reflete não apenas as capacidades de sua tecnologia, mas também a nossa abordagem colaborativa à inovação, impulsionada por um profundo conhecimento técnico e o desenvolvimento ágil de soluções de ponta”, ressalta Yhasmin Paiva Rody, Gerente de P&D em Sustentabilidade na Suzano. “Essa é a realização da criação de uma plataforma operacional pioneira que, por meio de ferramentas de sensoriamento remoto e dados validados em campo, é capaz de medir o uso da água e o sequestro de carbono, e nos permite avaliar os impactos das mudanças climáticas em todos os 2,7 milhões de hectares de terras da Suzano destinados à produção e à conservação. O desenvolvimento desta plataforma é uma prova da escala de inovação que pode ser alcançada por meio de parcerias estratégicas entre grandes empresas e startups, e demonstra o potencial da tecnologia de Marvin para transformar as práticas de gestão de terras em uma ampla gama de setores”, completa a executiva.

Fundada em 2023, a Marvin reúne pesquisadores e cientistas de dados no desenvolvimento de uma plataforma proprietária de análise do uso da terra, combinando as mais recentes pesquisas científicas, dados geoespaciais e de satélite e inteligência artificial. Ao fornecer informações de alta qualidade sobre várias áreas de risco e oportunidade, a Marvin capacita as empresas parceiras a gerenciar melhor a conformidade, aumentar a eficiência dos recursos e a sustentabilidade, além de desenvolver resiliência aos impactos das mudanças climáticas.

Sobre a Suzano Ventures

A Suzano Ventures é o braço de venture capital da Suzano, a maior produtora mundial de celulose de mercado fornecendo materiais e produtos de consumo que fazem parte das vidas de mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo, em mais de 100 países. Investimos globalmente em empresas deep techs em fase inicial que são pioneiras em abordagens inovadoras para aproveitar a força das árvores, para ajudar a construir o futuro da bioeconomia.

Estamos investindo um valor inicial de US$ 70 milhões para apoiar o desenvolvimento e o crescimento de empresas em quatro áreas de investimento: novas aplicações para biomassa de eucalipto, embalagens sustentáveis, tecnologia florestal e remoção de carbono. Ao nos alinharmos com esses setores, por meio de nosso investimento estratégico, entregamos valor compartilhado. Ajudamos as startups em fase inicial a crescer, as quais, por sua vez, têm o potencial de desenvolver e ajudar a moldar o futuro do negócio da Suzano.

Nós fornecemos às empresas do nosso portfólio capital, expertise técnica e insights de mercado, juntamente com acesso às nossas operações globais, cadeia de suprimentos e base de clientes, incluindo a capacidade de interagir com centenas de nossos cientistas, engenheiros e tecnólogos baseados nos centros de pesquisa e nas operações da Suzano em quatro continentes. 

Sobre a Marvin

A Marvin é uma startup que utiliza IA para a gestão de uso da terra e cadeia de suprimentos, estando na vanguarda da solução das mais urgentes flutuações de abastecimento e mudanças regulatórias. Com foco nos mercados florestal, agrícola, de biocombustíveis, mineração e carbono, a Marvin utiliza tecnologia geoespacial avançada, IA e profundo conhecimento do setor para fornecer às empresas ferramentas inovadoras para gerenciamento de certificações, rastreabilidade da cadeia de valor, conformidade e mitigação de riscos.

As soluções da Marvin abordam pontos críticos, como a navegação em estruturas regulatórias complexas, a simplificação de certificações e a liberação de novas fontes de receita a partir de créditos de carbono e iniciativas de bioeconomia. A Marvin colabora de perto com empresas, governos e cooperativas para fornecer insights acionáveis e gerar impacto tangível.

A abordagem da Marvin vai além da tecnologia: ela entrega valor compartilhado ao conectar ciência e negócios. Por meio de parcerias estratégicas, a Marvin capacita seus clientes a aprimorar suas operações, alcançar a conformidade e contribuir para a construção de um futuro sustentável. Ao alinhar-se com as soluções inovadoras da Marvin, as organizações assumem a liderança nos mercados da bioeconomia e do clima em constante evolução.

Featured Image

Especialista compartilha vantagens e desafios do setor florestal para 2025

Tecnologia e gestão estratégica de dados elevam o potencial do setor florestal brasileiro

Quando se fala na indústria da celulose, a maioria das pessoas pensa apenas em papel. Porém, ela vai muito além dele: “O papel é só um de mais de cem produtos. Provavelmente todos nós aqui estamos com celulose na roupa, nos óculos, na cadeira ou no carro. E até nos remédios que tomamos”, explica Ronaldo Soares, gerente geral florestal da Hexagon. Essa versatilidade coloca o Brasil em destaque no cenário mundial: maior exportador de celulose, o país movimentou US$7,9 bilhões em 2023, de acordo com o Relatório Anual da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ).

Ronaldo Soares, gerente geral florestal da Hexagon.

O setor florestal brasileiro está passando uma das fases mais agressivas de crescimento de sua história. “As empresas estão anunciando investimentos que giram em torno de quase R$140 bilhões. Nunca vi um volume assim em quase 30 anos de atuação no setor”, comenta Soares. Grandes nomes do setor lideram a construção de novas fábricas e a ampliação de ativos florestais, com foco na competitividade global. “O Mato Grosso do Sul está se tornando o Vale da Celulose. É impressionante o nível de modernização que está sendo implementado, tanto no campo quanto na indústria”.

O uso de tecnologias avançadas tornou-se imprescindível para atender ao mercado internacional e manter a liderança brasileira. Soares reforça a importância do planejamento estratégico na adoção dessas inovações. “As empresas precisam pensar em soluções que as atendam pelos próximos três anos, não em adotar todas as novidades que aparecem. Assim como escolhemos um celular que vai nos servir por um bom período, as tecnologias empresariais precisam seguir o mesmo raciocínio”, pontua.

Atuando a mais de 10 anos na Hexagon, , Soares também destaca como o Brasil tem avançado na adoção de tecnologia, muitas vezes superando países europeus. “Estamos em um ritmo impressionante, especialmente no campo da inovação aplicada. Quando visitamos centros do setor em outros países, a impressão é que estamos voltando ao que víamos aqui nos anos 70”, comenta. Apesar disso, ele alerta que os gargalos logísticos continuam sendo um entrave para o pleno potencial do setor.

“Produzimos muito bem, mas esbarramos na logística. O transporte no Brasil ainda é caro e ineficiente, principalmente por depender tanto do modal rodoviário. Uma gestão mais eficiente dos transportes ferroviários poderia reduzir significativamente os custos e aumentar ainda mais a nossa competitividade global”, analisa Soares.

Além da infraestrutura, o impacto da tecnologia no setor é outro ponto central abordado por ele. Hoje, as operações florestais contam com monitoramento em tempo real, redução de desperdícios e previsibilidade de problemas. No entanto, a tecnologia só traz benefícios reais quando há suporte humano adequado. 

“O potencial de ganho é enorme, mas exige que as empresas estejam preparadas para essa nova realidade. Se a empresa não tiver uma equipe preparada para interpretar as informações e tomar decisões, a tecnologia pode acabar gerando mais confusão do que benefícios. Às vezes, é melhor não saber que você tem um problema do que descobrir algo sem ter como resolver”, explica. 

Outro grande desafio está na gestão de dados, um aspecto que Soares considera crítico. Ele destaca a necessidade de as empresas priorizarem as informações que realmente importam e utilizá-las de forma eficiente. “Geramos quase 100 informações por segundo no nosso sistema. A pergunta é: o que eu faço com esses dados?”, questiona. Segundo ele, o excesso de informações pode ser tão prejudicial quanto a escassez. “Se eu não tiver alguém analisando esses dados e gerando insights práticos, isso vira um acúmulo que só ocupa espaço nos meus sistemas e, no final, não gera nenhum valor.” A Hexagon facilita o tratamento incluindo insights junto aos dados para que os clientes possam extrair informações importantes para a tomada de decisão.

Para Soares, o setor florestal brasileiro tem um papel estratégico na economia global e precisa equilibrar investimentos em infraestrutura, avanços tecnológicos e gestão estratégica. “A tecnologia é um instrumento poderoso, mas sem pessoas capacitadas e um planejamento bem estruturado, ela não entrega o potencial que promete”, conclui.

Informações: Hexagon.

Featured Image

Concessões florestais: um caminho sustentável para florestas tropicais

O boletim técnico “Concessões em Florestas Públicas Tropicais: um olhar para a cooperação baseada nos desafios em comum entre os países da Aliança BIC” revelou que os três países compartilham obstáculos similares, como conflitos fundiários, governança frágil e exploração ilegal

Artigo por Tayane Carvalho

As florestas tropicais são um patrimônio ambiental insubstituível, mas sua conservação está cada vez mais entrelaçada com desafios econômicos, sociais e políticos. No Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo (RDC) — países que juntos abrigam 540 milhões de hectares de florestas tropicais — as concessões florestais emergem como uma solução promissora para equilibrar conservação e desenvolvimento.

O boletim técnico “Concessões em Florestas Públicas Tropicais: um olhar para a cooperação baseada nos desafios em comum entre os países da Aliança BIC” revelou que os três países compartilham obstáculos similares, como conflitos fundiários, governança frágil e exploração ilegal. Apesar disso, o estudo também aponta um caminho claro para transformar as concessões florestais em instrumentos efetivos de manejo sustentável e inclusão social.

Transformar desafios em oportunidades

A principal mensagem do estudo é simples, mas poderosa: concessões florestais não são apenas uma ferramenta econômica. Elas podem e devem ser alavancas para manter a floresta em pé, integrar comunidades locais e impulsionar cadeias produtivas legais. No entanto, para isso, é necessário transformar desafios estruturais em oportunidades concretas.

No Brasil, por exemplo, apenas 1,3 milhão de hectares estão atualmente sob concessão, muito aquém dos 5 milhões de hectares da meta do Serviço Florestal Brasileiro. Isso representa um potencial inexplorado que pode, com o lançamento de editais mais ágeis e inclusivos, atender à crescente demanda por madeira de origem legal e sustentável. “Não é suficiente lançar editais; é preciso garantir que eles sejam acessíveis às comunidades locais e vinculados a políticas públicas de inclusão social”, reforço.

Na Indonésia, as florestas sociais demonstram que é possível integrar comunidades locais ao manejo florestal, mas ainda há muito o que fazer para combater a concentração de terras e fortalecer a regularização fundiária. Já na RDC, a situação mais crítica exige esforços para transformar um mercado amplamente informal em uma economia florestal regulamentada e sustentável.

Soluções apontadas pelo boletim

O boletim sugere caminhos claros para fortalecer as concessões florestais:

  1. Governança robusta: Concessões devem ser mais do que contratos. Precisam incluir mecanismos de rastreabilidade, garantir direitos territoriais das comunidades e combater a concentração de terras em grandes empresas.
  2. Tecnologia como aliada: O uso de drones, satélites e plataformas digitais, como o Timberflow, é essencial para rastrear a origem da madeira e assegurar a transparência na cadeia produtiva.
  3. Diversificação de produtos florestais: Produtos como resinas, sementes e óleos essenciais podem ampliar a geração de renda e reduzir a pressão sobre a exploração de madeira.
  4. Mecanismos financeiros inovadores: Programas como REDD+ devem ser incorporados às concessões, criando incentivos financeiros para manter a floresta em pé.
  5. Cooperação internacional: A troca de experiências entre Brasil, Indonésia e RDC é crucial para alinhar políticas e disseminar boas práticas.

A inclusão social como pilar central

Uma das maiores lições do estudo é a importância da inclusão social no sucesso das concessões florestais. Comunidades locais não podem ser vistas apenas como beneficiárias passivas; elas devem ser protagonistas no manejo sustentável. Isso significa capacitá-las, integrá-las às cadeias produtivas e garantir que elas participem das decisões que afetam seus territórios.

As concessões não onerosas, voltadas para comunidades, são uma estratégia promissora que já demonstrou resultados em alguns contextos. No entanto, para ganhar escala, precisam de apoio técnico e financeiro, além de um ambiente político favorável.

O que está em jogo

As concessões florestais representam uma oportunidade única para transformar as florestas tropicais em polos de desenvolvimento sustentável. Não se trata apenas de proteger árvores, mas de criar sistemas que beneficiem as pessoas, a economia e o planeta.

O boletim “Concessões em Florestas Públicas Tropicais” nos convida a agir com urgência e visão de longo prazo. A integração de comunidades, o uso de tecnologia e o fortalecimento da governança são passos fundamentais para garantir que as florestas tropicais continuem sendo o coração pulsante do equilíbrio ambiental global.

Agora é o momento de transformar potencial em ação. Afinal, manter a floresta em pé é mais do que uma necessidade ambiental; é uma estratégia econômica e social para um futuro sustentável.

Acesse o boletim técnico Timberflow #16 aqui: https://admin.imaflora.org/public/media/biblioteca/boletim_timberflow_16_dez_2024.pdf


*Tayane Carvalho é engenheira florestal, pesquisadora e coautora do boletim “Concessões em Florestas Públicas Tropicais”.

Featured Image

Exclusiva – Evolução e crescimento: Clube de Investimentos Ipê passa a ser Colligo

O Clube segue focado em impulsionar startups do agronegócio (agtechs), com um olhar estratégico e direcionado para o setor florestal

Após um processo de rebranding, o Clube de Investimentos Ipê fez um importante anúncio em suas redes sociais: o seu novo nome passa a ser Colligo Clube de Investimentos. Atualmente, o Clube conta com um time de dez investidores com longa experiência no setor agroflorestal, que, além de apoiar financeiramente novas startups do agronegócio (agtechs), também auxilia com mentorias e acompanhamento próximo e contínuo das startups investidas, sendo este um de seus grandes diferenciais. Para 2025 as metas do Clube incluem ampliar parcerias estratégicas e identificar e apoiar novas startups.

O Colligo Clube de Investimentos mantém a essência e o compromisso do antigo Clube de Investimentos Ipê, de investir em tecnologias disruptivas, visando auxiliar o crescimento e sustentabilidade do setor agroflorestal brasileiro. “Nosso propósito de identificar e apoiar negócios inovadores em estágios Early Stage ou Série A de captação de investimentos permanece. Os projetos voltados para o setor florestal são nossos principais direcionadores”, informa Jéssica Santana, líder do Colligo.

Sobre a escolha do novo nome, Jéssica explicou: “A mudança de nome reflete nossa evolução e ambição. Colligo, do latim “unir” e “coletar”, simboliza nossa essência colaborativa e a força do coletivo para impulsionar negócios que transformam o mercado e geram impacto”.

“Sob o novo nome, reforçamos nossa missão de ser um parceiro de valor para as startups, promovendo a união entre inovação, sustentabilidade e o desenvolvimento de soluções transformadoras para o setor florestal”, finalizou Jéssica.

Consolidação no mercado

Segundo o time de investidores, o primeiro ano foi de consolidação do Clube de Investimentos Ipê, agora Colligo, no setor de inovação agroflorestal. Foram estabilizados os modelos e os ritos de governança, bem como houve o fortalecimento de parcerias estratégicas com universidades, pesquisadores e hubs de inovação, além da atração de novos nomes de peso para o seleto grupo de investidores do Clube.

Com uma atuação rápida e estratégica, foram analisadas mais de 80 startups do setor, e selecionadas duas para o portfólio do Clube, cada uma com alto potencial de impacto no setor agroflorestal:

•             A ForesToken é uma startup inovadora que está revolucionando o setor florestal com o EyeForest, uma solução inédita para o mercado futuro de ativos florestais. Com blockchain, inteligência artificial e integração ao Drex (real digital), a plataforma oferece segurança, transparência e eficiência para negociações futuras, além de ferramentas avançadas de gestão florestal. Ao unir sustentabilidade, tecnologia e o mercado financeiro, a ForesToken conecta ativos florestais ao sistema financeiro global, promovendo liquidez e confiabilidade. Confira mais em seu website: https://forestoken.com.br/.

•             A ORN Space, especialista em inteligência espacial, focada especialmente no monitoramento por satélites e IA para grandes ativos florestais, detectando desmatamentos, incêndios e ocupações ilegais. Possui portfólio para vários segmentos da economia de forma inovadora e com aplicações diversas no ciclo de carbono, do estudo à viabilidade. Confira mais em seu website: https://www.ornspace.com/.

Sobre as expectativas para a evolução das agtechs no Brasil, João Comério, um dos sócios-investidores Colligo, informa: “O time de investidores do Colligo enxerga como promissora a evolução das Agtechs no Brasil, mas ainda com grandes oportunidades a serem exploradas, especialmente no setor florestal. Já vemos exemplos de startups que conseguiram escalar e consolidar produtos e serviços reconhecidos no mercado”. E ressalva: “No entanto, iniciativas específicas para o setor florestal ainda são raras, refletindo um espaço significativo para inovação e desenvolvimento. Uma área que se destaca nesse contexto é a de sensoriamento remoto, que tem apresentado avanços relevantes e mostra o potencial do uso da tecnologia para transformar operações e processos. Mesmo assim, ainda estamos apenas no início de uma jornada para promover mais inovação e soluções personalizadas para os desafios do setor florestal”.

Propósitos & modelo de atuação

O Colligo Clube de Investimentos é afiliado à Filius Venture, uma empresa do Grupo Innovatech.

O modelo de atuação Colligo combina mentorias constantes, acompanhamento próximo e uma gestão integrada, que permite não apenas uma evolução das startups investidas, mas também a criação de um ambiente de aprendizado mútuo entre investidores, fundadores e parceiros.

Seleção & critérios

A definição e escolha de startups permanecem fundamentadas em critérios consolidados no mercado de Venture Capital, garantindo rigor e assertividade nas decisões internas da empresa. A análise abrange cinco pilares:

             Mercado: avaliação da demanda de mercado para o produto ou serviço oferecido pela startup.

•             Pessoas: análise da composição da equipe, sua capacidade técnica e comportamental, elementos-chave para o sucesso do negócio.

•             Processos: verificação da maturidade operacional, incluindo indicadores e práticas para a tomada de decisões.

•             Governança: análise da relação entre os fundadores, clareza de papéis e responsabilidades, além da estrutura documental societária.

•             Financeiro: avaliação da saúde financeira e alinhamento do uso do investimento com os objetivos estratégicos da startup.

Em 2024, consolidamos ainda mais nossa metodologia de análise, trazendo eficiência e clareza para a jornada de avaliação e investimento. Atualmente, o ciclo médio entre o primeiro contato e a finalização do aporte é de cerca de quatro meses, refletindo nosso compromisso com negociações e interesses de ambas as partes”, disse Jéssica Santana.

Time de investidores

Os investidores Colligo, com histórico executivo em empresas multinacionais, não apenas aportam capital, mas também oferecem smart money, contribuindo com conhecimento especializado e uma rede de contatos robusta para o sucesso das startups. Integram o time de investidores cotistas do Clube:

•             Elesier Gonçalves

•             Erich Schaitza

•             Geraldo Colli Junior

•             Henry Watanabe

•             João Comério

•             José Maria Filho

•             José Totti

•             Nelson Donizete Luciano

•             Reinoldo Poernbacher

•             Teotônio Francisco de Assis

Prospecção

O Colligo Clube de Investimentos possui metas para 2025 e anos seguintes, que refletem a sua ambição de transformar o setor de inovação agroflorestal, com foco em:

  • Ampliar parcerias estratégicas: expansão do ecossistema de inovação, conectando universidades, investidores, hubs e empresas que compartilhem da visão de crescimento sustentável do clube.
  • Identificar e apoiar novas startups promissoras: busca por startups que estejam alinhadas à tese de investimento, com soluções inovadoras para o setor florestal e o agronegócio.

De acordo com os investidores, a longo prazo, o objetivo é consolidar o Colligo como uma referência no mercado de inovação e venture capital no setor agroflorestal, sendo reconhecido por fomentar sustentabilidade, gerar impacto positivo e entregar resultados consistentes para investidores e empreendedores.

Pilares Colligo

Os pilares do Colligo Clube de Investimentos refletem o compromisso da empresa com a transformação do setor agroflorestal, com direcionadores para:

•             Inovação: busca de tecnologias disruptivas e soluções que impulsionem o avanço do setor agroflorestal, conectando inovação à prática.

•             Resultados de Impacto: foco em gerar resultados tangíveis, que impactem positivamente tanto os negócios, quanto o mercado em geral.

•             Colaboração Estratégica: valorização de parcerias com universidades, incubadoras, empresas de venture capital e outros agentes de inovação.

•             Sustentabilidade: incorporação de práticas que respeitam e preservam os recursos naturais, promovendo um futuro sustentável e equilibrado.

•             Ética e Transparência: postura ética e transparente, garantindo confiança em todas as atividades comerciais e de relacionamentos.

•             Compromisso com a Excelência: capital smart money, com suporte estratégico, mentoria e uma rede de contatos que potencializa o sucesso das startups.

Contato

Startups podem cadastrar os seus negócios diretamente no website https://www.filiusventure.com.br/colligoclube. Outras dúvidas contatar diretamente Jéssica Santana através do e-mail jsantana@innovatech.com.br.

Siga o Colligo Clube de Investimentos no LinkedIn e fique por dentro de todas as novidades e novos projetos que visam a transformação digital do setor e a construção de um futuro mais sustentável e competitivo para o agro e o florestal.

Escrito por: redação Mais Floresta.

Featured Image

Com 2,4 mil trabalhadores, Arauco antecipa obras de megafábrica no MS

Número de trabalhadores é bem superior ao previsto inicialmente e por isso também devem ser antecipados os trabalhos da chamada parte industrial

Exatos sete meses depois da largada oficial dos trabalhos, cerca de 2,4 mil pessoas estão atuando na terraplanagem do terreno onde será erguida a fábrica de celulose da Arauco, em Inocência. O número é 33% maior que os 1,8 mil anunciados inicialmente e por conta disso o início das atividades de instalação da fábrica propriamente ditas devem começar ainda no primeiro semestre deste ano, sendo que a previsão inicial era a partir da segunda metade do ano. 

“Durante as obras, o número de empregos poderá chegar a 14 mil, sendo este um contingente de trabalhadores que não atuarão na região ao mesmo tempo, já que as equipes especializadas trabalham em etapas distintas”, explicou a assessoria da multinacional ao informar que atualmente já estão trabalhando cerca de 2,4 mil pessoas no local.

E, com o ritmo acelerado dos trabalhos, cresce a expectativa de que o cronograma seja cumprido e a indústria entre em operação ainda em 2027. A previsão inicial, anunciada em maio do ano passado, era ativar a fábrica somente em 2028. 

Porém, no final de setembro do ano passado o conselho administrativo da empresa chilena anunciou aumento de 53% nos investimentos iniciais e, com isso, a capacidade de produção anual será 40% acima da previsão inicial, passado de 2,5 milhões de toneladas para 3,5 milhões de toneladas de fibra de eucalipto por ano.

Conforme o anúncio inicial, os investimentos seriam de US$ 3 bilhões na primeira etapa. Porém, de acordo com o anúncio de setembro, serão US$ 4,6 bilhões no projeto Sucuriú, que está sendo erguido às margens do rio com o mesmo nome, a 50 quilômetros da área urbana de Inocência.

E, além do anúncio relativo ao aumento dos investimentos e da capacidade de produção, a empresa também antecipou a data para conclusão do projeto. Inicialmente, a previsão era entrar em operação até o fim do primeiro trimestre de 2028. Agora, a promessa é ativar a fábrica ainda em 2027.

SEM DUPLICAÇÃO

Mas, com o anúncio de ampliação dos investimentos na primeira etapa, a Arauco abandonou o projeto de duplicar a capacidade de produção em uma segunda etapa. 

Em maio, quando da entrega da licença de instalação,  Carlos Altimiras, Diretor Presidente da Arauco do Brasil, previu que assim que a primeira fase entrasse em operação (2,5 milhões de toneladas por ano) já seriam iniciados os investimentos para elevar a capacidade para 5 milhões de toneladas.  

Agora, conforme a previsão mais recente, os investimentos ficarão restritos aos U$ 4,6 bilhões, com os quais será possível construir a maior fábrica de celulose em linha única do mundo. 

As atividades de terraplanagem estão sendo conduzidas pelo consórcio formado pelas empresas MLC Infra Construção e Construtora Aterpa. A parte industrial, por sua vez, ficará a cargo da finlandesa Valmet , responsável por entregar cerca de 50% do projeto industrial.

Além de produzir celulose, a unidade da Arauco vai gerar mais de 400 megawatts (MW) de energia, dos quais 200 MW serão destinados a consumo interno. O restante será comercializado e será suficiente para abastecer uma cidade com mais de 800 mil habitantes. 

A fábrica ficará a 50 quilômetros da área urbana de Inocência e a previsão é de que a maior parte dos trabalhadores dos trabalhadores está ficando em alojamentos no meio do caminho, a cerca de 10 quilômetros da cidade e a 40 quilômetros do canteiro de obras.

Depois da ativação, porém, todos os funcionários terão de residir na cidade, conforme legislação municipal aprovada antes do início dos trabalhos de terraplanagem. 

FLORESTAS

Além dos trabalhadores que atuam na preparação do terreno, a empresa já está gerando em torno de mil empregos na regiãocom as nas atividades de plantio de eucaliptos, segundo o diretor nacional da Arauco, Carlos Altimiras. 

Cerca de 270 mil hectares de eucalipto já estão sendo cultivados e ainda serão necessários outros 130 mil para atender à demanda da fábrica. 

Em média, o ciclo de crescimento  até o corte dos eucaliptos se estende ao longo de sete anos e justamente por isso os plantios começaram ainda em 2021, bem antes da concessão de qualquer licença ambiental ou da aprovação feita nesta semana pela cúpula da empresa. 

Todas estas terras estão sendo contratadas por meio de contratos de usufruto, a maioria por 16 anos, com possibilidade de renovação por mais 14 anos. Em média, a chilena paga R$ 100,00 por hectare a cada mês. Estes acordos são uma forma de driblar a legislação brasileira, que veta a compra e o arrendamentos de grandes volumes de terras por estrangeiros.

VALE DA CELULOSE

Atualmente existem três fábricas de celulose em atividade em Mato Grosso do Sul. A primeira, da Suzano, opera desde 2009 em Três Lagoas. A segunda, a Eldorado, do grupo J&F, na mesma cidade, funciona desde 2012. A terceira é a da Suzano de Ribas do Rio Pardo.

E, além do projeto da Arauco em Inocência, existem estudos para instalação de uma quinta unidade, desta vez em Água Clara, que deve ser erguida pela Bracell. 

Crédito: Perfil News.

Informações: Correio do Estado.

Featured Image

Suzano anuncia novo aumento nos preços da celulose em fevereiro

Reajustes atingirão todos os mercados, com foco em Europa e América do Norte

A Suzano, maior produtora global de celulose de eucalipto, informou a seus clientes sobre novos ajustes nos preços da celulose que será comercializada a partir de fevereiro em todos os mercados. A informação foi divulgada por uma fonte do mercado nesta quinta-feira.

De acordo com a fonte, os reajustes serão de US$ 20 por tonelada para a Ásia e de US$ 60 por tonelada para clientes na Europa e América do Norte. Com essa elevação, o preço da celulose da Suzano na Europa atingirá US$ 1.160 por tonelada.

A Suzano confirmou o reajuste, embora não tenha especificado os valores.

Esses aumentos seguem a elevação de preços implementada pela empresa neste mês. Em janeiro, a Suzano já havia reajustado o preço da commodity em US$ 20 para clientes na Ásia e em US$ 100 na Europa e América do Norte.

Em novembro, Leonardo Grimaldi, vice-presidente comercial da Suzano, declarou que a empresa observava atrasos na entrada de novas capacidades de produção de celulose na Indonésia durante este ano e que a demanda por celulose se mantinha “saudável” em todas as regiões onde a companhia opera.

Informações: Portal do Agronegócio | Imagem: crédito Mais Floresta.

Featured Image

Suzano inova no setor de logística florestal com primeiro módulo próprio de operação de tritrens em Três Lagoas (MS)

Resultado de investimento  na ordem de R$ 60 milhões, projeto Suzano On-Road contempla 40 caminhões tritrens novos e a contratação de mais de 130 motoristas

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, deu mais um importante passo para tornar as suas operações de logística florestal mais eficientes, seguras e sustentáveis com o início das operações do primeiro módulo próprio de operação e manutenção de tritrens da companhia em Três Lagoas (MS). A iniciativa contou com um investimento de R$ 60 milhões na aquisição de novos caminhões, maquinários e tecnologia embarcada de ponta e gerou mais de 140 postos de trabalho, sendo 132 vagas para motoristas, 26 delas ocupadas por mulheres.

Para Douglas Lazaretti, diretor de Operações Florestais da Suzano em Mato Grosso do Sul, o lançamento do projeto em Três Lagoas reforça o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável no estado. “Essa iniciativa reflete um conceito fundamental da companhia: a ‘Inovabilidade’, que combina inovação e sustentabilidade. O projeto incorpora o que há de mais avançado em equipamentos e tecnologia de ponta, além de estar alinhado ao nosso compromisso com a promoção da diversidade e da igualdade de gênero, contando com 20% do time de motoristas composto por mulheres. Nossa expectativa é expandir essa iniciativa em Três Lagoas, para Ribas do Rio Pardo e demais unidades do país”, destaca.

Ao todo, o módulo próprio de operação contempla 40 caminhões tritrens, veículos de última geração e dotados com motores Euro 6, sistema reconhecido nacional e internacionalmente pela melhora no desempenho e redução significativa da emissão de poluentes – os motores chegam a emitir 70% a menos de gases. A escolha dos modelos está atrelada diretamente a um dos compromissos de ‘Renovar a vida a partir da Árvore’ da Suzano, que prevê a redução em 15% da intensidade das emissões de gases do efeito estufa até 2030.

“O lançamento desse projeto representa um marco nas operações da Suzano. Com um investimento robusto em um módulo próprio, com veículos e equipamentos de última geração, além de novas tecnologias e formação da equipe, estamos tornando as nossas operações ainda mais sustentáveis e seguras, vindo ao encontro de um dos nossos principais direcionadores que diz que ‘Só é bom para nós se for bom para o mundo'”, completa Leonardo Guisti,  diretor de Operações Florestais da Suzano em Três Lagoas.

Entre as inovações para maior segurança da equipe e de usuários das vias, estão: sistema de rastreamento/telemetria, rádios de comunicação, câmeras de fadiga – capazes de detectar sinais de cansaço no motorista e, caso necessário, emitir alarmes para a central e dentro das cabines. Além disso, as carretas contam com sistema de catracas com acionamento automático para o reaperto constante da carga ao longo de todo o deslocamento, aumentando a segurança e reduzindo o esforço dos(as) condutores na ação.

“A busca pela vanguarda de tecnologia visa aumentar a segurança tanto do nosso time de colaboradores(as) quanto de todos os usuários das rodovias estaduais utilizadas no transporte de madeira. Essas ações envolvem ainda uma série de cursos de formação e treinamentos internos para qualificar esses profissionais por meio de programas internos da Suzano, com nossos(as) motoristas master drivers – profissionais altamente qualificados que hoje trabalham como mentores daqueles que estão entrando”, completa Gustavo Henning, gerente executivo de Logística Florestal da Suzano em Três Lagoas.

Os(as) motoristas master drivers são profissionais altamente qualificados e atuam como tutores dos(as) profissionais que estão ingressando na carreira florestal. Entre esses profissionais está Suzamara Neubert, primeira mulher a ser promovida a master driver na companhia.

Com mais de 15 anos de experiência na profissão, Suzamara está na Suzano há quatro anos e cinco meses e, recentemente, foi convidada para integrar o time de operação própria de tritens. “Comecei como motorista de trator e, após obter minha habilitação na categoria E, decidi me dedicar à carreira de motorista. Na Suzano, iniciei como condutora de hexatrem e, hoje, com muita alegria, fui chamada para apoiar as mulheres que acabaram de ingressar, mostrando que é possível construir uma carreira sólida na área florestal”, destaca. Suzamara contribui diretamente para o treinamento das 26 condutoras que atuam no módulo próprio.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

Featured Image

Bracell participa de seminário internacional sobre prevenção e combate aos incêndios florestais

O evento reunirá especialistas para discutir os impactos intensos das mudanças climáticas e apresentar soluções para mitigar os danos pelo fogo

Especialistas nacionais e internacionais irão se reunir, nos dias 28 e 29 de janeiro, durante o IV Seminário Internacional sobre Prevenção, Monitoramento e Combate aos Incêndios Florestais. O evento, que faz parte das ações do Programa Bahia Sem Fogo, é uma realização da Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema) e conta com o apoio da Bracell e da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

No seminário, que acontecerá no auditório da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, serão discutidos os impactos das mudanças climáticas e apresentadas soluções para mitigar os danos causados pelos incêndios florestais, com exemplos no território nacional e em outros países. Um dos palestrantes será Josemar de Jesus Santos, supervisor da Brigada de Incêndio da Bracell na Bahia, que irá falar sobre os desafios na gestão dos incêndios florestais.

Ele apresentará soluções adotadas pela empresa para prevenir e controlar as chamas em área de plantio e de vegetação nativa, como a ferramenta de gestão chamada Sistema de Comandos Incidentes. A tecnologia surgiu na Califórnia (EUA), que costuma sofrer com incêndios florestais de grande porte, como o que ocorreu recentemente, e já é aplicada nas áreas da Bracell para prevenir as tragédias ambientais.

“Iniciamos o uso dessa metodologia em 2016, quando foi criada a Brigada de Incêndio da Bracell, e percebemos a diminuição drástica de casos de incêndios florestais, com a redução de 80% os prejuízos causados por incêndios florestais”, afirma Santos, acrescentando que a equipe da empresa passa por constante capacitação para o melhor uso da ferramenta, o que tem contribuído para uma resposta rápida diante dos focos de fogo.

Além dessa ação, a Bracell desenvolve na Bahia, São Paulo e no Mato Grosso do Sul outras iniciativas de prevenção e combate a incêndios florestais, como o Programa Amigos da Floresta, que oferece orientação para a comunidade sobre prevenção às chamas, roubo de madeira, desmatamento ilegal e caça e captura de animais silvestres. Uma das características do programa é o uso do fotomonitoramento com drones e câmeras termais que detectam focos de calor, auxiliando na estratégia de combate a incêndios nos plantios de eucalipto e áreas de mata nativa.

Sobre a Bracell 

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente, a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com 

Featured Image

UEMS anuncia novo curso de Tecnologia em Silvicultura em Ribas do Rio Pardo

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) divulgou nesta quinta-feira (16) a criação de um curso inovador de Tecnologia em Silvicultura, que será temporariamente oferecido no município de Ribas do Rio Pardo. A novidade foi oficializada por meio do Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul.

Previsto para iniciar ainda este ano, o curso contará com 40 vagas, sendo até 50% delas destinadas a empresas conveniadas, resultado de um acordo firmado entre a UEMS, a Suzano S/A e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Funaepe).

O programa de estudos tem como objetivo formar tecnólogos especializados no manejo sustentável de florestas, abrangendo técnicas naturais e artificiais de restauração florestal. A grade curricular inclui disciplinas como biologia celular, ecologia florestal, matemática e física aplicadas, garantindo uma formação prática e alinhada às demandas do mercado.

A graduação será realizada na modalidade presencial e é parte de um modelo conhecido como “fora de sede”, criado pela UEMS para atender demandas específicas de diferentes regiões do estado. O título de tecnólogo é uma qualificação de nível superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).

As datas para as inscrições ainda não foram divulgadas. Os interessados devem acompanhar as atualizações no site oficial da UEMS e no Diário Oficial do Estado para mais informações sobre o processo seletivo.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S