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Reflorestar amplia sua frota para carregamento de madeira

Para conhecer as tendências de máquinas oferecidas pelo mercado, o gerente-geral de operações da empresa foi à China conhecer as inovações tecnológicas para o setor

O mercado florestal brasileiro está em franca expansão e para oferecer as melhores soluções, as empresas do setor precisam investir em novas máquinas e equipamentos que garantam eficiência e agilidade nos processos realizados. A Reflorestar Soluções Florestais acaba de fazer um investimento para turbinar o seu portfólio em carregamento de madeira. A empresa adquiriu mais duas escavadeiras Sany 2454, equipadas com garra de 1,35 m², para fortalecer as operações na região da Bahia.

“Decidimos intensificar ainda mais a nossa capacidade, visando sempre a eficiência e a segurança de nossas operações. O desempenho que estamos conquistando com essas máquinas no carregamento de madeira nos impulsiona para mais resultados e um atendimento eficaz das necessidades dos nossos clientes”, explica o gerente-geral de operações da Reflorestar, Nilo Neiva.

Sany 2454.

A empresa já possuía seis máquinas deste mesmo modelo, que somadas aos demais modelos/marcas, perfazem um total de 25 escavadeiras dedicadas, exclusivamente, para o carregamento de madeira. “Essa renovação reitera nosso compromisso de basear nossas atividades e procedimentos em tecnologia avançada, visando à excelência e eficiência. A incorporação de novos equipamentos fortalece nossas práticas de manutenção e assegura a pontualidade de nossas entregas”, garante Neiva.

China

E de olho no futuro e na inovação tecnológica, Neiva esteve, no fim de março, na China para conhecer as principais tendências do mercado de máquinas. Ele visitou a fábrica da Sany de escavadeiras, pás carregadeiras, caminhões elétricos e o campo de testes dos equipamentos. O encontro foi liderado pelo vice-presidente da Sany, Wang Zhen, e seus engenheiros de projetos. A viagem foi um convite da empresa Timber, distribuidora Sany no Brasil, marca que representa parte do maquinário da Reflorestar.

“Percebemos que o futuro já chegou no mundo das máquinas e equipamentos que o mercado tem a oferecer para o setor florestal. A evolução da autonomia dos carros elétricos, por exemplo, já é uma realidade. Cerca de 40% das carregadeiras vendidas pela Sany no mercado chinês, são elétricas. Como um dos nossos compromissos é com a sustentabilidade, voltamos para o Brasil com novas perspectivas e ideias para a Reflorestar”, comenta entusiasmado o gerente-geral de operações.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Em quase 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br

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Operação de logística florestal para abastecer a nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo conta com uma das centrais de monitoramento mais modernas do setor

Visando aumentar a segurança nas operações de logística florestal, a Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, implantou uma das centrais de monitoramento de operações florestais mais modernas do setor, capaz de acompanhar em tempo real 100% da frota de veículos de transporte de madeira que atuam para abastecer a nova fábrica da empresa em Ribas do Rio pardo (MS). O sistema funciona 24 horas por dia, com o diferencial de manter a comunicação em tempo real entre motoristas e a torre de controle, além de mostrar, por meio do que há de mais moderno em tecnologia a localização exata de cada veículo e seus status atual (trafegando, parado, abastecendo, etc), até em áreas sem cobertura ou sinal de internet.

Central de monitoramento da logística florestal. Imagem: Suzano.

“Toda a nossa operação na logística florestal é sustentável, com respeito à comunidade e ao meio ambiente. Para honrar esse compromisso, antes de qualquer operação, ouvimos as comunidades locais tanto para apresentarmos como operamos quanto para receber sugestões, entender quais são as preocupações das comunidades e, assim, preparar um plano de ação específico para cada localidade. Também investimos pesado em novas tecnologias, em conectividade, em treinamentos visando atender um único objetivo: garantir que os nossos motoristas façam uma viagem segura e, consequentemente, contribuir com a segurança de toda a comunidade que utiliza as rodovias em que operamos, bem como para preservação da fauna do Estado”, destaca Rodrigo Zagonel, gerente Executivo de Operações Florestais da Suzano em Ribas do Rio Pardo.

A central de controle, explica Zagonel, tem acesso a uma gama de dados de segurança como a velocidade do veículo, formação de comboio, atenção empregada na estrada durante as viagens, a necessidade de pausas para descanso, entre outros, com a coibição de quaisquer irregularidades e tomada de medidas necessárias imediatas, em caso de algum desvio.

“Por meio de grandes monitores conectados ao que há de mais moderno em rastreamento e telemetria, além de câmeras de monitoramento instaladas em 100% de nossa frota, o time que opera na central de monitoramento consegue ter uma visão de toda a nossa frota em tempo real, quem está abastecendo, quem está circulando, onde está cada um dos nossos veículos e, principalmente, se eles estão em acordo com as nossas normas de segurança. Isso nos permite, além de ter maior previsibilidade e segurança em nossas operações, tomar medidas rápidas e assertivas caso haja algum desvio ou irregularidade”, completa o gestor.

Rotograma Falado

Outra ferramenta importante para a segurança das operações é a do Rotograma Falado, sistema que permite aos operadores da central emitirem alertas aos motoristas, em tempo real e durante toda a viagem, sobre o trajeto a ser obedecido, a velocidade segura para cada ponto de risco (curvas, entroncamentos, trevos etc.), se está em área próxima ao perímetro urbano, entre outras situações. O objetivo é aumentar a segurança no trânsito, prevenir que o motorista seja surpreendido com alguma alteração na pista e assegurar o cumprimento da legislação de trânsito, em especial a velocidade em cada trecho da rodovia.

Câmeras de Fadiga

Paralelamente ao monitoramento dos veículos, 100% da frota que atende a empresa – próprios ou de parceiros – é equipada com câmeras internas na cabine que contam com sistema capaz de detectar qualquer alteração na conduta do condutor, tais como: sinais de sonolência (piscadas prolongadas ou bocejos frequentes), uso de celular, entre outras distrações. Com uma das câmeras focada no rosto dos/as motoristas e outras duas na parte externa do veículo (na frente e na parte traseira), o sistema proporciona uma visão geral de dentro e fora do veículo, emitindo sinais sonoros ao motorista e à central de operações imediatamente, caso seja detectada alguma alteração na conduta.

Ainda pensando no bem-estar dos colaboradores e na segurança dos usuários das rodovias em que a empresa opera, a Suzano realiza treinamentos frequentes com os(as) motoristas, que participam de programas de valorização de colaboradores exemplares com bonificações, além de realizar Diálogos de Segurança presenciais e também virtuais transmitidos por tablets e que podem ser assistidos antes do início da jornada ou em algum momento de descanso.

Hexatrens

A Suzano também segue investindo na aquisição de novos hexatrens – carretas com seis semirreboques, uma inovação no setor florestal – e na abertura de estradas próprias para a utilização dos veículos. Atualmente, a companhia possui 16 hexatrens operando para atender a nova fábrica em Ribas do Rio Pardo, o que colabora com a retirada de pelo menos 50 caminhões das rodovias estaduais, uma vez que esses veículos circulam somente dentro de áreas da própria empresa.

Conectividade no campo

As ações da Central de Monitoramento Integrada se estendem também às áreas de plantio da Suzano. Outra inovação da companhia é conseguir levar o sistema de rastreabilidade também para o setor florestal. Hoje, operadores(as) de maquinários harvesters (colheitadeira de eucalipto) e fowarders (máquina para baldio de toras) podem se comunicar por rádio com a central de controle ou também por mensagem de texto. Toda a estrutura foi concebida desde o início com tecnologia mais integrada, não somente para monitorar a frota de caminhões, mas também com apoio à operação florestal, obtendo leitura também das máquinas de plantio e de colheita.

“Ao iniciarmos a operação florestal da nova fábrica de Ribas do Rio Pardo, tivemos a vantagem de desenvolver a operação logística mais avançada entre todas as unidades da Suzano.  A torre tem maior abrangência e foi concebida com conexão mais ampla e isso se traduz em uma comunicação mais clara também com a colheita florestal, auxiliando nas oportunidades operacionais para tomada de decisão em tempo real, garantindo melhor rendimento operacional e gestão da produção. Esse tipo de integração faz total diferença na capacidade de leitura e na segurança da operação”, finaliza Zagonel.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Ibá completa uma década unificando e dobrando presença do setor de árvores cultivadas no mundo

Entidade criada em 2014 acumula conquistas no período; data foi marcada por homenagens a grandes nomes da indústria que participaram da sua fundação

São Paulo, abril de 2024 – Neste último dia 15, a Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) completou dez anos desde que foi criada com uma importante missão: representar o setor de árvores cultivadas para fins industriais. Em uma década, a entidade ajudou a aproximar essa indústria da população e de instâncias decisórias, além de ter dobrado a presença do segmento no mundo. A data foi celebrada em uma cerimônia no dia 8 de abril, que contou com a presença de CEOs, executivos e colaboradores que foram fundamentais nessa trajetória.

O objetivo da criação da Ibá, ainda em 2014, foi agrupar sob um mesmo guarda-chuva as diversas entidades que representavam até então as empresas que plantam árvores para fins industriais. No caso, a Abipa (Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira), a Abiplar (Associação Brasileira da Indústria de Piso Laminado de Alta Resistência), a Abraf (Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas) e a Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel).

O projeto não só foi bem-sucedido, como superou as expectativas. Em movimento inovador, a Ibá ainda trouxe para perto as associações estaduais representativas do setor, como a Abaf, a ACR, a AgeFlor, a Amif, a Apre, a Arefloresta, a CedAgro, a Florestar e a Reflore MS. Mais recentemente, a entidade passou a compartilhar o mesmo espaço com a Empapel (Associação Brasileira de Embalagens em Papel) e com a ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel), fortalecendo assim seu ecossistema e unificando a voz do setor.

“Reconhecemos a participação fundamental de todas as associadas e de todas as pessoas que participaram desse processo. São colaboradores, executivos, academia, entidades parceiras, membros de nossos comitês e conselhos Consultivo”, diz Paulo Hartung, presidente da Ibá. “Em dez anos, nos tornamos os maiores exportadores de celulose e os segundos maiores produtores, atrás apenas dos Estados Unidos. Não satisfeitos, continuamos nos renovando, investindo em novas fábricas e em tecnologias que atendam à demanda mundial de cuidado com o meio ambiente. Unidos, elevamos nossa voz no mercado.”

A indústria de árvores cultivadas planta, colhe e replanta árvores para fins industriais em 9,94 milhões de hectares. São 1,8 milhão de árvores plantadas por dia. Ponto fora da curva no uso da terra, conserva outros 6,73 milhões de hectares de mata nativa, uma área maior que o estado do Rio de Janeiro.

As árvores prestam valioso serviço ecossistêmico ao estocarem gás carbônico, um dos principais causadores do efeito estufa. O setor está ainda a caminho da autossuficiência energética a partir de biomassa florestal, avançando na descarbonização da cadeia produtiva. Tudo ao mesmo tempo em que entrega produtos renováveis, biodegradáveis e recicláveis, que substituem itens de origem fóssil.

A indústria ainda realiza investimentos constantes em sua expansão e desenvolvimento, abrindo uma fábrica a cada um ano e meio. Nos últimos dez anos, adicionou à força de trabalho mais de 700 mil trabalhadores diretos e indiretos. A carteira de investimentos atual alcança R$ 67,4 bilhões, recursos que são destinados a novas plantas, expansão das áreas cultivadas, pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Homenagens

Na cerimônia do dia 8 de abril, foram homenageadas três personalidades fundamentais para a criação da Ibá: José Luciano Duarte Penido, Carlos Aguiar e Salo Davi Seibel. Nomes que contribuíram significativamente para o estabelecimento e desenvolvimento da entidade. Cada um deles recebeu um troféu, uma obra da Ana Paula Castro, feita com madeira proveniente de árvores cultivadas, em que os bioprodutos da indústria foram talhados formando o mapa do Brasil.

“O maior trabalho que tivemos nos últimos dias foi definir algumas homenagens que significassem esses dez anos de caminhada. Você acaba não sendo justo, porque é uma obra coletiva, e não individual. Celebrar a participação de vocês três é celebrar a participação de muita gente”, disse Hartung durante a cerimônia, que aconteceu no auditório da Dexco, em São Paulo.

Em nome dos três homenageados, Penido fez um agradecimento. “Estou muito emocionado de estar junto com Carlos e Salo recebendo essa homenagem, como um dos três representantes de todo um setor que planejou elevar sua voz, se juntar para ser ouvido e mostrar à sociedade as coisas boas que faz”, disse. “O futuro que desejamos para o mundo está na nossa indústria. Nós somos parte da solução”.

Sobre a Ibá

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 48 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais.

Site: https://iba.org/

Instagram: https://www.instagram.com/iba_oficial/

Facebook: https://web.facebook.com/industriabrasileiradearvores

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Exclusiva – I Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais acontece em junho

“Encontrando soluções para prevenir e combater incêndios”, será o tema central do evento, que contará com participação de especialistas internacionais

Incêndios florestais vêm aumentando cada vez mais em número e intensidade em várias regiões do mundo, causando danos e perdas –  muitas vezes irreparáveis – na natureza, em vidas humanas e na economia. Nesse contexto, o Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais abordará em sua primeira edição como tema central: “Encontrando soluções para prevenir e combater incêndios”. O evento é uma oportunidade única para trocas de experiências, networking, e de ouvir e interagir com os principais especialistas internacionais nas áreas. Será realizado no Itu Plaza Hotel, em São Paulo, nos dias 27 e 28 de junho, com público estimado de 300 pessoas.

Além de palestras com renomados profissionais das áreas, como o Prof. Johann Georg Goldammer – diretor do Centro Global de Monitoramento de Incêndios – sobre Gerenciamento integrado de Fogo (“Integrated Fire Management”) e a Dra. Thelma Krug – presidente da OMM (Organização Meteorológica Mundial), que acontecerão no dia 27/06, a programação também será enriquecida com dia de campo (visita à fábrica da EUCATEX em Salto – SP) e Curso de Investigação de Incêndios Florestais, sendo estes dois últimos com vagas limitadas, e realizados no dia 28/06.

Segundo Alida Bellandi, presidente da Guarany Indústria e Comércio, e idealizadora do evento, o Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais visa “dar a devida dimensão da relevância e da transcendência dos temas a serem discutidos para os vários stakeholders, bem como, aproximar as empresas participantes da comunidade cientifica internacional, da mesma forma das instituições governamentais, para estimular o diálogo e a cooperação com o setor privado”.

Paulo Cardoso, CEO do Mais Floresta, e da Paulo Cardoso Comunicações, é apoiador e parceiro de mídia do evento, destaca: “Nós do Mais Floresta nos sentimos orgulhosos em sermos parceiros de mídia deste grande evento internacional. Inclusive a Paulo Cardoso Comunicações vai deixar de fazer o seu tradicional evento online No Fire Brasil este ano para prestigiar ainda mais o Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais. É uma parceria que tem o objetivo de divulgar informações de qualidade sobre este tema tão atual que demanda muita atenção de empresas e governos.”

Em entrevista para o Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br), Alida contou sobre como foi desenvolver o evento, expectativas, alguns principais desafios atuais que envolvem os temas centrais que serão abordados no Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais, e o que seria necessário mudar de maneira mais emergente em seu ponto de vista.

Como foi o processo de elaboração do evento, bem como a escolha para os palestrantes?

O processo de elaboração se deu inicialmente ao retornarmos da última conferencia mundial de incêndios, realizada no Porto em maio de 2023. Refletindo sobre os principais temas tratados como: “Integrated Fire Management” (Gerenciamento integrado do fogo) e “Fire Risk Governance” (Governança dos riscos de incêndios), com o princípio de alcançar uma plataforma internacional de governança dos incêndios; e também nos vários aspectos que envolvem os incêndios florestais, entendemos que seria de grande importância pensar em um evento voltado especialmente para o setor privado.

A escolha dos palestrantes se deu em função dos temas propostos para dar a devida dimensão a este tema.

Indicamos especialistas de renome internacional, entre os quais destacamos o Dr. Johann Georg Goldammer, da GFMC – Global Fire Monitoring Center para dar uma visão global dos incêndios, e da importância da cooperação internacional; e a Dra. Thelma Krug, presidente da OMM (Organização meteorológica Mundial), para dar uma visão global sobre as mudanças climáticas, suas implicações, e o impacto em todos os fenômenos ambientais decorrentes, em especial os incêndios florestais.

Ambos, como “keynote speakers”, para as duas conferencias magna de abertura e de encerramento do evento, fechando assim o círculo dos 2 grandes temas intimamente relacionados, que inspiraram o título do Summit.

Além de renomados especialistas de Portugal, da Grécia, do Chile, dos EUA, conforme indicado no Programa.

Da mesma forma, grandes especialistas brasileiros, das entidades como do IBA, dos institutos como IPAM, IBAMA/PREVFOGO, ICMBio, IPEF (pesquisas florestais), e da EMBRAPA (Empresa pública vinculada ao MAPA).

Cabe destacar a relevância do setor privado, representado nos painéis 3 e 4, seja pelo IBA, que reúne as empresas produtoras de arvores cultivadas. Vale lembrar que este setor, além da importância que tem no PIB brasileiro, exercem um papel fundamental na preservação das matas nativas.

E por isso a sugestão de apresentar alguns “cases” de empresas florestais que são referência, como é o caso da Arauco, Veracel e Eucatex… Entre outras.

Da mesma forma, no que concerne o setor privado, contemplar atores da cadeia produtiva, como a Perimeter, a Impacto com veículos especiais, a 1,5º com plataformas integradas de gestão, e a Guarany com soluções integradas envolvendo equipamentos, insumos, entre outros.

Finalmente, não podemos deixar de mencionar a importância da formação e do treinamento dos brigadistas, com destaque para o papel da USAID na América Latina e, em forma especial no Brasil.

Com a realização do evento, o que se espera alcançar em soluções ligadas aos temas abordados?

Esclarecer primeiramente sobre a gravidade e o caráter emergencial dos incêndios, com impacto na vida e na saúde humano, além do meio ambiente, com grandes prejuízos de toda ordem. Mas, principalmente, gerar um documento com as principais conclusões e recomendações das conferencias, para nortear politicas publicas e privadas, no que concerne a prevenção, mitigação, combate aos incêndios florestais e de interface, bem como da recuperação dos biomas.

Incêndio florestal – Imagem: divulgação.

O que os participantes irão encontrar de novidades no I Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais?

Primeiramente a visão global e a regional latino-americana, com muitos ensinamentos pelas experiencias de instituições, institutos de inúmeros países, e o entendimento do caminho atual – “Gerenciamento Integrado do Fogo” (Integrated Fire Mangement) e, a “Governança de Risco”.

Além das novas tecnologias disponíveis, não só de equipamentos e insumos a serem aplicados, como de veículos especializados, e sistemas inteligentes de detecção e monitoramento.

De acordo com a Agência Brasil, em dezembro de 2023, 1,6 milhão de hectares foram queimados no país, maior área para o mês desde 2019, quando começou a série histórica. De acordo com o MapBiomas, o aumento se deve principalmente às queimadas na Amazônia. Nesse sentido, como o setor público, privado e sociedade podem contribuir de forma mais efetiva para a prevenção de queimadas? O que poderia melhorar em sua opinião? E o que seria mais urgente?

Setores público-privados e sociedade, em base ao entendimento que se trata de um problema global e, portanto, requer soluções globais, integradas e combinadas entre países, regiões, instituições, organismos, empresas e pessoas. Ou seja, trabalhar juntos!

A palavra chave é cooperação.

A Conscientização vem primeiro, depois campanhas educativas, e a articulação entre os setores publico e privado, para definir conjuntamente as ações de: prevenção, que envolvem desde o acompanhamento dos boletins meteorológicos, à criação de aceiros, aplicação de retardantes de fogo, o treinamento das brigadas, sejam elas voluntárias ou profissionais (corpo de bombeiros, serviços florestais), entre outras…

“A relevância do Setor Florestal na economia” e “O papel das empresas na preservação das florestas nativas e no combate a incêndios”, serão abordados em um dos painéis do evento, o que podemos antecipar sobre esses dois temas, e de que forma estão interligados?

Como estamos focando o setor privado, é preciso em primeiro lugar mostrar aos vários stakeholders presentes a importância do setor florestal na economia – não apenas na produção de papel e celulose (lembrando que o Brasil é o maior produtor e exportador de celulose do mundo), gerando 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos, com uma receita bruta de R$ 260 bilhões (dados do IBA), mas também de madeira, seus derivados e sub derivados, entre outros produtos.

Mosaico florestal – Imagem: arquivo Mais Floresta.

Sendo, portanto, as florestas, o principal ativo destas empresas, assim como no caso de hotéis e resorts a preservação ambiental, a prevenção e o combate aos incêndios tornam-se preponderantes, requerendo estarem alertas e equipadas, até para a contratação dos seguros.

É preciso ainda destacar dois aspectos fundamentais:

  • O fato de que este setor, além de recuperar áreas degradadas, conserva simultaneamente outros 6,7 milhões de ha de mata nativa.

NOTA: Como todos sabem, a lei florestal brasileira, que é uma das mais rígidas e, tornou-se referência inclusive, exige que as propriedades privadas preservem um percentual da área, que varia de região a região.

Este é um exemplo, portanto, que pode servir de referência para outros países.

  • O trabalho que estas empresas realizam junto às comunidades onde estão inseridas, prestando um importante serviço para os estados e municípios na prevenção dos incêndios e na preservação das paisagens locais.

Qual mensagem deixaria para o mundo, em relação a urgência de medidas para conter a mudança climática – provocada por ações do homem?

A mensagem que gostaria de deixar é que:

“Não temos mais tempo” e, precisamos trabalhar juntos: governos e sociedade civil, setores público e privado, países, instituições, entidades, empresas, pessoas…”

Se quisermos preservar a vida humana, e este magnifico planeta que herdamos, e que nos fornece tudo o que precisamos. Nunca foi tão importante o exercício da CIDADANIA.

A cooperação é essencial para mitigar os efeitos dos desastres naturais, em forma especial dos incêndios, grandes emissores de CO2, que contribuem fortemente para o aquecimento global, para as ondas de calor que vivemos em todo o mundo, causando mais incêndios… Um círculo vicioso.

Mudanças climáticas, incêndios florestais, preservação ambiental, sobrevivência… = “Inteligência Espiritual! “

Para mais informações sobre I Summit Mudanças Climáticas e Incêndios Florestais, acesse o site oficial: https://www.greenrio.com.br/index.php/clima-incendios/

Cadastros: https://www.hbatools.com.br/i-summit-mudancas-climaticas-e-incendios-florestais__1607

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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Palestra “Nutrição Mineral e Doença de Planta” é destaque na programação da 10ª edição da Abisolo Fórum e Exposição

Apresentação integra circuito que debaterá inovação, sustentabilidade e inteligência de mercado nos dias 5 e 6 de junho, em Campinas (SP)

A 10ª edição da Abisolo Fórum e Exposição trará para a cidade de Campinas um circuito de palestras sobre inovação, sustentabilidade econômica e inteligência de mercado, nos dias 5 e 6 de junho. “Nutrição Mineral e Doença de Plantas” é destaque da programação e será apresentada pelo professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Fabrício Ávila Rodrigues. Ele é engenheiro agrônomo e doutor em Fitopatologia pela Universidade da Flórida, Gainesville (EUA).

A apresentação abordará as relações entre doenças de plantas, os macro, micro e nano nutrientes benéficos, apresentando novas hipóteses e descobertas recentes sobre o assunto. Exemplo disso são os impactos positivos na redução do desenvolvimento das fitopatologias, por meio da interação entre selênio e elementos de terras raras. 

O professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV) também vai propor reflexões sobre os novos desenvolvimentos em nanotecnologia, explicando como muitos nutrientes para plantas se comportam de maneira diferente quando aplicados em nanoescalas. O conteúdo da palestra é baseado na segunda edição atualizada do livro acadêmico “Nutrição Mineral e Doença de Plantas”, de Lawrence E. Datnoff e Wade H. Elmer, traduzido e editado pelo professor, com apoio da Abisolo.

“Minha intenção é que os participantes ampliem a compreensão sobre nutrição vegetal e as estratégias inovadoras e sustentáveis para o manejo das doenças de plantas, esclarecendo os benefícios não apenas de toda a escala produtiva, mas o desenvolvimento econômico e social como um todo”, comenta Rodrigues.

Fabricio Rodrigues.

Considerada a maior feira da indústria de fertilizantes da América Latina, a 10ª edição Abisolo Fórum e Exposição está dividida em quatro painéis para proporcionar trocas de informações, experiências e gerações de novos negócios para o segmento. 

Evento contará com quatro painéis temáticos

A programação do X Abisolo – Fórum e Exposição está dividida em quatro painéis.  No dia 05 de novembro, primeiro dia do evento, o painel de abertura será dedicado ao tema “Ambiente de negócios e competitividade”, considerando a competitividade internacional do agronegócio, segurança jurídica, ambiente de negócios, sustentabilidade da produção agrícola brasileira e o mercado de carbono.

Em seguida, no período da tarde, o segundo painel vai tratar da “Sustentabilidade Econômica da Produção Agrícola”. As palestras nesse painel vão apresentar o cenário macroeconômico, político e geopolítico do setor de fertilizantes.

No dia 06, a programação da manhã será retomada com o terceiro painel, dedicado a mostrar a “Evolução tecnológica do setor”. Neste painel serão apresentadas pesquisas científicas recentes com temas relacionados aos aspectos fisiológicos da absorção foliar; interação entre a nutrição mineral e doença de planta; a mitigação de estresse abiótico e os microrganismos solubilizadores de nutrientes.

O quarto e último painel do evento será dedicado à Inteligência de Mercado, quando será apresentado o potencial de adoção de uso dos fertilizantes especiais nas culturas: soja, milho e cana-de-açúcar.

Para acompanhar a agenda do evento X Abisolo – Fórum e Exposição, conhecer outros palestrantes e efetuar inscrições, basta acessar o site do evento:  forum.abisolo.com.br

Serviço:

X Abisolo Fórum e Exposição

Data: 05 e 06 de junho de 2024

Local: Expo Dom Pedro (Campinas/SP)

Mais informações: forum.abisolo.com.br

Sobre a Abisolo

A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) foi fundada em 2003 com o objetivo de representar e defender os interesses das empresas produtoras de importantes insumos que colaboram para o aumento da qualidade, produtividade e sustentabilidade da agricultura brasileira. A entidade congrega fabricantes e importadores de fertilizantes minerais, organominerais, orgânicos, biofertilizantes, condicionadores de solo e substratos para plantas. Reunindo mais de 150 empresas associadas participa ativamente das discussões de temas de interesse do setor junto aos Ministérios e Secretarias, Órgãos de Controle e Fiscalização Ambiental, Instituições de Pesquisa, Receitas Estadual e Federal, além de outras entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil organizada, buscando sempre a competitividade, a liberdade econômica e a valorização dos segmentos que representa.

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TRF4 libera investimento de R$ 20 bi na Eldorado e obra deve gerar 10 mil empregos em MS

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região acatou pedido da J & F Investimentos, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, e suspendeu o poder do grupo do indonésio Jackson Wijaya, de vetar investimentos da Eldorado Celulose. A decisão libera a construção da 2ª linha da fábrica de celulose em Três Lagoas, que terá R$ 20 bilhões e deverá gerar 10 mil empregos na construção.

Relator do recurso interposto pela Paper Excellence, o desembargador Rogério Favreto considerou que essa resolução arbitral criou mecanismos de governança desconhecidos pela Lei das Sociedades por Ações e conferiram à empresa estrangeira um controle direto e indireto sobre a Eldorado, empresa brasileira dona e arrendatária de terras rurais, sem legitimidade.

A Câmara Aribitral havia determinado a entrega da Eldorado à multinacional e ainda conferido poder de veto nos investimentos a serem realizados pela empresa. No entanto, o magistrado considerou que a medida não tem amparo legal e deu total autonomia a Eldorado para iniciar a obra de ampliação na unidade de Três Lagoas.

Seguido pelos demais desembargadores, Favreto ordenou que os poderes conferidos à Paper por uma arbitragem sejam sustados até que seja julgado, em definitivo, uma ação sobre a falta de autorização legal prévia para a empresa de origem sino holandesa adquirisse a Eldorado.

 “Enquanto isso, o regime de gestão da empresa Eldorado deve ser o previsto na Lei das S/A e em acordo com a sua atual composição societária e instâncias de deliberação”, determinou ao afastar o que considerou “atos estranhos e indevidos do Tribunal Arbitral” que atuou no caso.

A ampliação da Eldorado e a conclusão da fábrica de fertilizantes da Petrobras deverá gerar um novo boom na geração de empregos em Três Lagoas e impulsionar a economia de Mato Grosso do Sul nos próximos quatro anos.

A Petrobras confirmou que lança o edital para concluir a obra em dezembro e deverá iniciar a produção de ureia e amônia até o final de 2028.

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Canadá em alerta para outra temporada de incêndios

O Canadá enfrenta o risco de uma temporada de incêndios florestais catastrófica devido às mudanças climáticas e El Niño. Saiba mais sobre as medidas de combate

A medida que o Canadá enfrenta previsões de temperaturas primaveris e veranis acima da média, impulsionadas pelas condições climáticas do El Niño, o governo federal alerta para o risco de uma nova temporada de incêndios florestais potencialmente “catastrófica”. No ano passado, o país vivenciou a sua pior temporada de incêndios já registrada, com mais de 6.600 focos destruindo cerca de 15 milhões de hectares, uma extensão sete vezes maior que a média anual. A estação caracterizou-se não apenas pela amplitude das áreas afetadas, mas também pela perda de vidas de oito bombeiros e pela evacuação de mais de 230.000 pessoas.

O inverno trouxe temperaturas mais quentes que o normal e uma ampla seca em todo o país, preparando o cenário para um verão desafiador. “As tendências de temperatura são muito preocupantes. Com o calor e a secura espalhados pelo país, podemos esperar que a temporada de incêndios comece mais cedo, termine mais tarde e potencialmente seja mais explosiva”, disse Harjit Sajjan, ministro da Preparação para Emergências, durante uma coletiva de imprensa.

O Papel das Mudanças Climáticas nos Incêndios Florestais no Canadá

Ministros federais alertaram que as mudanças climáticas contribuem para eventos climáticos mais extremos, incluindo incêndios florestais, secas e ondas de calor. “Incêndios florestais sempre ocorreram por todo o Canadá; o que é novo é a sua frequência e intensidade”, destacou Jonathan Wilkinson, ministro da Energia e dos Recursos Naturais. “A ciência é clara. A causa raiz disso é a mudança climática.”

Medidas Governamentais para Combate aos Incêndios

Em resposta às ameaças crescentes, Ottawa está investindo C$256 milhões (cerca de $187,15 milhões) ao longo de cinco anos, valor este que será igualado pelas províncias e territórios do país, destinados a novos equipamentos e ao compromisso de treinar 1.000 bombeiros comunitários adicionais para combate a incêndios florestais. No ano passado, o Canadá contou com a ajuda de 5.500 bombeiros internacionais de países como África do Sul e Espanha, assim como de 2.135 membros das forças armadas para combater as chamas.

Impacto Financeiro dos Desastres Climáticos

Os severos fenômenos climáticos, incluindo os incêndios florestais, causaram mais de C$3,1 bilhões em danos segurados em 2023, de acordo com uma análise governamental. Adicionalmente, a província da Colúmbia Britânica emitiu um alerta sobre a média do acúmulo de neve, que está no seu nível mais baixo desde 1970, representando 63% do normal em comparação com 88% do normal no mesmo período do ano passado. “Normalmente, seca e incêndios florestais andam de mãos dadas”, afirmou Jonathan Boyd, hidrólogo do Centro de Previsão de Rios da província. “A situação não parece promissora, mas ainda depende das condições climáticas desta primavera.”

Frente a esse cenário crítico de alterações climáticas e seus impactos diretos na frequência e intensidade dos incêndios florestais no Canadá, faz-se evidente a urgência de medidas de combate e prevenção mais eficazes, assim como de políticas de mitigação das mudanças climáticas, para proteger vidas, propriedades e ecossistemas vulneráveis em todo o país.

Informações: O Antagonista.

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ABAF celebra 20 anos e destaca construção de plano com o Governo

Encontro reuniu nomes como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o senador Jaques Wagner

A Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) fez celebração dos 20 anos de atuação no setor florestal na última sexta-feira, 12,  em almoço no Restaurante Amado, em Salvador. 

Entre os convidados que maram presença, estão o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; os secretários estaduais do Meio Ambiente, Eduardo Sodré; do Desenvolvimento Econômico, Ângelo Almeida; e da Agricultura, Tum; além do chefe de Gabinete do Governador do Estado, Adolpho Loyola;  entre outras representações do poder público, do setor produtivo e da sociedade.

o senador Jaques Wagner (líder do governo no Senado), o deputado Elmar Nascimento, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, o secretário Wallison Tum (Seagri), o secretário Angelo Almeida (SDE), entre outras autoridades.

O evento teve a sua compensação ambiental realizada pela ABAF, que é  referência no assunto. A compensação ambiental se dá por meio do cálculo de carbono emitido pelo evento e do plantio de mudas nativas para sequestrar a quantidade correspondente dessas emissões.

De acordo com a ABAF, a Bahia tem, atualmente, área plantada de 700 mil hectares e as associadas da entidade são responsáveis por outros 400 mil hectares de preservação em suas propriedades. A indústria de base florestal é responsável por 6% do PIB estadual e 5% do total de impostos arrecadados pelos cofres públicos do estado, explica Mariana Lisbôa, presidente da associação.

Plano para a Bahia

Na ocasião, a ABAF destacou também a construção do Plano Bahia Florestal 2033, com o Governo do Estado da Bahia, que visa ampliar a área plantada de florestas para fins industriais e, com isso, também estimular os investimentos atuais e atrair novas oportunidades para aumentar o volume de madeira processada no estado.

Ainda no âmbito dos impatos da iniciativa, está o objetivo de incrementar as áreas de preservação e outras contribuições ambientais, sociais e econômicas, principalmente no interior do estado, contribuindo com a maior descentralização da economia na Bahia.

A meta do plano é ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de florestas plantadas para que a Bahia atenda plenamente a demanda de madeira dos mais importantes segmentos da economia do estado, a exemplo  da mineração, papel e celulose, construção civil, projetos de energia, processamento de grãos e fibras, entre outros.

A ABAF está planejando o trabalho em conjunto com um grupo forte e diverso formado por representantes do Governo do Estado (por meio da SDE, Seagri, Sema, Seplan, Seinfra, SDR, Setre, Sefaz, SSP e Casa Civil), da FAEB, FIEB, Sebrae Bahia, MAPA/BA, UPB, Desenbahia, Banco do Nordeste, entre outros.

Impacto

Desde 2004, a ABAF representa institucionalmente a cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, no estado. Contribui para que o setor florestal baiano se expanda e se desenvolva sobre bases sustentáveis, seja do ponto de vista econômico, ambiental ou social. Trabalha por mais florestas, empresas, fornecedores, serviços e produtos florestais de forma a atender a demandas dos diversos segmentos que utilizam madeira em seus processos produtivos; especialmente: construção civil, papel e celulose, energia, agronegócio (secagem de grãos), carvão vegetal, movelaria, mineração, têxtil, entre outras.

As áreas degradadas na Bahia totalizam 9,4 milhões de hectares, representando um potencial para aumento de até 14 vezes a área atual ocupada com silvicultura. Essa estatística aponta para a possibilidade de expansão significativa do setor florestal no estado, contribuindo com os compromissos brasileiros para a recuperação de áreas degradadas e os acordos de mitigação de mudanças climáticas.

As associadas da ABAF contribuíram com a absorção de 258 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em 2022. Os setores de produtos florestais têm função importante nas questões climáticas, devido à contribuição para preservação florestal e ao armazenamento de carbono em produtos.

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Setor florestal é um ‘modelo de boas práticas de sustentabilidade’, avalia Mariana Lisbôa, presidente da ABAF

Líder Global de Relações Corporativas da Suzano S.A., a advogada com longa experiência na área ambiental Mariana Lisbôa comemorou os 20 anos da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), instituição que preside desde 2022.

Em almoço realizado nesta sexta-feira (12), no Restaurante Amado, ela recebeu convidados da iniciativa privada e de representantes políticos, como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União)e o secretário-geral e vice-presidente do União Brasil, ACM Neto.

Em entrevista ao Alô Alô Bahia, Mariana reafirmou a importância do setor florestal para reforçar práticas de sustentabilidade.

“Essa é uma agenda que é uma agenda global e não é nem da iniciativa privada e nem do poder público. Essa é uma agenda mundial. Então, ou agora a gente toma as medidas adequadas e necessárias de modo a participar efetivamente de uma transição por economia de baixo carbono ou não conseguiremos chegar a 2050 com as metas estabelecidas. Então, é muito importante que a iniciativa privada e o poder público estejam sempre de mãos dadas em prol de um mundo melhor para essa e para as próximas gerações”, afirmou.

Com uma área plantada de 667 mil hectares, a Bahia ocupa o 4º lugar no ranking nacional em relação à área com eucalipto no pais, seguindo Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo As associadas da ABAF são responsáveis por 74% (492 mil hectares) do total plantado no estado, demonstrando seu protagonismo. Além disso as associadas preservam mais de 380 mil hectares em suas propriedades, desempenhando papel importante na preservação do meio ambiente.

“O que a gente quer mostrar para a Bahia, para o Brasil e para o mundo é que é possível sim unir desenvolvimento à sustentabilidade e cada vez mais os próprios investidores, os próprios colaboradores e a própria sociedade. Irão cobrar isso por parte das empresas. Se durante muito tempo o simples lucro foi suficiente para os próprios acionistas, hoje não é mais. Os próprios acionistas eles querem saber que legado eu vou deixar para essa e para as próximas gerações. É o que a gente chama de transição de capitalismo de shareholders para o capitalismo de stakeholders. Então hoje há uma necessidade muito grande não só de gerar valor mas de se gerar e de se compartilhar valor”, declarou a gestora.

Informações: Alô Alô Bahia.

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TRF4 mantém decisão que suspende transferência de ações da Eldorado para Paper Excellence

Desembargadores também suspenderam decisão arbitral que previa a criação de um órgão de coordenação na Eldorado Celulose

A 3ª Turma do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4) confirmou, por unanimidade, a tutela cautelar concedida pelo desembargador Rogério Favreto para suspender os atos de transferência das ações da Eldorado Brasil Celulose em posse da J&F Investimentos, dos irmãos Batista, para o grupo indonésio Paper Excellence/CA Investment até o julgamento final de uma ação popular que tramita no tribunal.

Na mesma decisão, o TRF4 também determinou a suspensão da decisão arbitral A-14, que previu, nas palavras dos advogados da Eldorado Celulose, a criação de um ‘órgão de coordenação’ da empresa, com participação Paper Excellence.

O pedido da Eldorado Celulose ao TRF4 para suspender o processo arbitral sobre o conflito empresarial foi feito posteriormente e não constava do teor da decisão que foi objeto de recurso, mas ainda assim foi incluído por Favreto no julgamento e referendado pelos colegas.

Atualmente a Eldorado Brasil Celulose é controlada pelo grupo dos irmãos Batista, que disputa o controle da companhia com a Paper Excellence.

No julgamento concluído na última terça-feira (9/4) , o TRF4 suspendeu, até o final da tramitação da ação popular, a transferência de ações e a compra de novas terras rurais no território brasileiro por parte da Eldorado Brasil Celulose, da Paper Excellence e da C.A. Investment S.A até que sejam apresentadas permissões pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e pelo Congresso Nacional, sob o argumento de “preservação da soberania nacional”.

Em seu voto, Favreto cita parecer do Incra no sentido de que “a aquisição de terras realizada pela transferência de quotas sociais está sujeita” “à prévia autorização” da autarquia.

Em relação à decisão arbitral A-14, Favreto considerou que ela criou mecanismos de governança diversos dos previstos na Lei das S/A e ainda conferiu à empresa estrangeira controle direto e indireto de empresa brasileira detentora de terras rurais, em desacordo com a Lei 5.709/71, que regula a aquisição de imóveis rurais por estrangeiros.

“Reitere-se que, não se está a interferir no debate judicial travado na ação judicial que postula anulação da arbitragem, mas sim afastar atos estranhos e indevidos do Tribunal Arbitral que afetam a eficácia da decisão emanada por este Tribunal, a qual suspende a conclusão do processo de venda da empresa Eldorado, por violação constitucional e legal na incorporação de terras nacionais à empresa controlada por capital estrangeiro”, escreveu o desembargador-relator.

No processo arbitral para resolver o conflito empresarial, a Câmara de Comércio Internacional (ICC) deu ganho de causa à Paper Excellence e reconheceu, por 3 votos a 0, o direito de a empresa assumir o controle da Eldorado Brasil Celulose. Na ocasião, o negócio de R$ 15 bilhões não foi finalizado, já que a J&F não aceitou o resultado e acionou o Judiciário brasileiro. O processo que questiona a sentença arbitral tramita no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP).

No agravo interno apresentado pela Paper Excellence, que foi negado pelo TRF4, a empresa argumentava que a J&F não tem intenção de preservar bem ou interesse público, e sim evitar a concretização de negócio que envolve a transferência de ações da Eldorado.

Procurada, a Paper Excellence afirma que “a manutenção da decisão que impede o fechamento da operação de venda da Eldorado pode desencadear um efeito prejudicial de grande escala nos investimentos estrangeiros no Brasil, gerando incerteza e desconfiança entre os investidores internacionais”

“Isso poderia afetar não apenas o setor específico em questão, mas também outros setores da economia que utilizam estruturas semelhantes, como de mineração, energia e agricultura, incluindo diversos negócios já em curso, legalmente concluídos sem as exigências que se pretende aplicar à Paper. Corre-se o risco de criar um ambiente desfavorável para novos investimentos estrangeiros comprometendo o crescimento econômico do país a longo prazo”, afirma a companhia ,que diz confiar que “o julgamento do mérito reconhecerá que seus reais interesses na transação da Eldorado envolvem um complexo industrial e não a aquisição de terras rurais”.

No mérito, na primeira instância, em maio do ano passado, a juíza Heloisa Menegotto Ponezato, da 2ª Vara Federal de Chapecó, prolatou sentença indeferindo a petição inicial por falta de interesse processual do autor da ação, por considerar que “a soberania popular não pode ser enquadrada como patrimônio público (os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico), tampouco o ato acatado (ou a omissão dele), conforme descrito na inicial, não comporta configurado ato lesivo à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural”. A apelação movida pela J&F já se encontra pronta para ser julgada pelos mesmos desembargadores da 3ª Turma do TRF4.

Procurada via assessoria de imprensa, a J&F não se manifestou, sob o argumento de que se trata de um caso em segredo de Justiça.

O processo tramita em segredo de Justiça com os números 5007144-10.2023.4.04.7202 (ação popular) e 5019146-84.2023.4.04.0000 (agravo).

A batalha processual entre J&F e Paper Excellence

Em julho de 2022, ao julgar o pedido da J&F para anular a arbitragem, a juíza Renata Maciel, da 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem, decidiu manter a validade da sentença arbitral favorável à Paper Excellence.

O caso agora tramita na 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), onde dois desembargadores também votaram contra a anulação da arbitragem e opinaram pela aplicação de uma multa de R$ 30 milhões à J&F por litigância de má-fé.

O julgamento da apelação está suspenso, desde o dia 23 de janeiro, por força de uma decisão do ministro Mauro Campbell Marques, no exercício da presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que atendeu a uma requisição da J&F.

O ministro afirma que a decisão versa apenas sobre a concessão de efeito suspensivo a recurso especial contra acórdão que decidiu pelo não cabimento de uma reclamação, de forma que “não se está investigando, nem valorando, rigorosamente nenhum aspecto meritório”.

Se o desembargador convocado João Batista de Mello Paula Lima acompanhar o relator, o mérito da apelação estará resolvido. Caso o voto seja divergente, outros dois desembargadores serão chamados a se manifestar no julgamento estendido. O processo que suspendeu o julgamento no TJSP agora está no gabinete da ministra Nancy Andrighi, relatora do caso.

O conflito entre Paper Excellence e J&F também provocou decisões no âmbito administrativo. Recentemente, o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no estado de Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto da Silva, enviou ofícios à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) com o objetivo de evitar a formalização da transferência do controle da Eldorado Brasil Celulose para a empresa Paper Excellence, diante da ausência das autorizações do Incra e do Congresso Nacional.

Informações: Jota.

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