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Exclusiva – Bracell apresenta Relatório de Impacto Ambiental para a nova fábrica em Audiência Pública em Bataguassu (MS)

O encontro acontecerá no dia 29 de maio, no Ginásio de Esportes CEJA; saiba mais

A Bracell, multinacional do Grupo Royal Golden Eagle, realizará uma audiência pública no dia 29 de maio para apresentar o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) referente à instalação de unidade fabril no município de Bataguassu, Mato Grosso do Sul, para a produção de celulose. O evento, promovido pelo IMASUL (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), é aguardado com grande expectativa tanto pela comunidade local quanto por especialistas do setor, marcando o momento em que a empresa detalhará os estudos sobre os possíveis impactos ambientais e socioeconômicos do projeto.

Se consolidada, será a 6ª planta destinada ao segmento no Estado. Em entrevista recente, o Scretário de Estado na SEMADESC, Jaime Verruck, informou: “A empresa vai fazer uma nota oficial de prioridade no dia 6 de maio, quando estará junto ao Governo do Estado fazendo o anúncio efetivo de qual o projeto que irá iniciar. Pode ser uma, podem ser duas unidades, mas a prioridade será definida nessa data”. O RIMA do projeto, foi publicado recentemente pelo IMASUL, reafirmando especulações nos bastidores do setor pela preferência de escolha do município para a instalação da nova fábrica. Confira a publicação na íntegra clicando no link: https://www.imasul.ms.gov.br/wp-content/uploads/2025/04/RIMA-BRACELL-BATAGUASSU_final-31-03.pdf.

É previsto um investimento de R$ 16 bilhões para o megaempreendimento, além de gerar cerca de 12 mil empregos no pico das obras, impulsionando o desenvolvimento econômico e social da região, e consolidando o Mato Grosso do Sul como principal produtor de celulose no Brasil. Contudo, o grande porte do projeto suscita preocupações ambientais relacionadas ao uso de recursos hídricos, gestão de resíduos, emissão de gases e impacto na biodiversidade local.

A nova fábrica ficará a 9km da cidade, e levará cerca de 38 meses para ser construída, utilizará 12 milhões de m³ de eucalipto por ano e terá capacidade de produção de até 2,92 milhões de toneladas de celulose anualmente.

O RIMA, documento que será apresentado na audiência, é um estudo técnico multidisciplinar que identifica e avalia os possíveis impactos ambientais de um projeto, propondo medidas mitigatórias e compensatórias para minimizar ou neutralizar os efeitos negativos. A apresentação pública do relatório é uma etapa fundamental do processo de licenciamento ambiental, permitindo que a população, órgãos públicos e outras partes interessadas tenham a oportunidade de conhecer o projeto em detalhes, tirar dúvidas e expressar suas opiniões.

O que esperar da apresentação do RIMA

Durante a audiência, a equipe técnica da Bracell deverá apresentar os principais pontos do RIMA, incluindo:

  • Diagnóstico ambiental: caracterização da área de influência do projeto, abrangendo aspectos físicos (solo, água, ar), biológicos (fauna e flora) e socioeconômicos (população, uso da terra, infraestrutura).
  • Identificação e avaliação de impactos: análise dos potenciais impactos negativos e positivos do projeto nas fases de implantação e operação.
  • Medidas mitigatórias: propostas de ações para evitar ou reduzir os impactos negativos identificados.
  • Programas de monitoramento: definição de como os impactos serão acompanhados ao longo do tempo.
  • Medidas compensatórias: Ações para compensar os impactos que não puderem ser totalmente mitigados.

Confira mais detalhes da apresentação:

Próximos Passos

Após a audiência pública, as contribuições e questionamentos levantados pela comunidade e demais participantes serão analisados pelos órgãos ambientais responsáveis pelo licenciamento. A Bracell poderá ser solicitada a complementar o RIMA ou a realizar ajustes no projeto em função das manifestações apresentadas.

A realização da audiência pública é um marco importante no processo de instalação da nova fábrica da Bracell em Bataguassu. O evento representa uma oportunidade para que a empresa demonstre seu compromisso com a transparência e a sustentabilidade, ao mesmo tempo em que permite que a comunidade exerça seu direito de participação e fiscalização em um projeto de grande impacto para a região.

Serviço:

Evento: Audiência Pública (presencial e virtual) de Apresentação do RIMA – Nova Fábrica Bracell em Bataguassu (MS)

Data: 29 de maio (quinta-feira)

Local: Ginásio de Esportes CEJA (Centro Educacional Juventude do Amanhã) Av. Frei Luís, 533 – Residencial Modelo I, Bataguassu, MS.

Youtube | Canal Imasul: https://www.youtube.com/@meioambientems

Horário: 19h (MS)

A população de Bataguassu e região vizinha são convidadas a participar e contribuir para o debate sobre o futuro do desenvolvimento local e a preservação ambiental.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Ebramem reúne especialistas internacionais para debater o futuro da construção com madeira

O XVIII Ebramem se aproxima e promete ser um evento imperdível para todos que atuam ou se interessam pela construção em madeira. Mais do que a tradicional apresentação de trabalhos científicos inéditos, esta edição trará uma programação internacional de altíssimo nível.

Especialistas de diversos países estarão presentes, compartilhando suas experiências e apresentando casos de sucesso em arquitetura e engenharia em madeira, construções em wood frame, construções em madeira engenheirada, componentes inovadores para obras em madeira, além de exemplos inspiradores de edificações realizadas em diferentes partes do mundo.

Outro grande destaque do evento são os painéis de debates com especialistas renomados, que discutirão tendências, desafios e oportunidades para o setor. Esses momentos também abrirão espaço para a participação ativa do público, promovendo conversas enriquecedoras sobre o futuro da construção civil em madeira no Brasil.

A programação completa de apresentações científicas, palestras internacionais e painéis de debates já está disponível clicando no menu acima ou no botão abaixo:

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EIA-RIMA da Bracell confirma fábrica de celulose em Bataguassu (MS)

Documento já foi oficializado no Imasul. Investimento previsto é de R$ 16 bilhões

O processo de licenciamento ambiental da nova fábrica da Bracell em Bataguassu, Mato Grosso do Sul, avançou mais uma etapa importante. O Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA-RIMA) do empreendimento já está disponível nos canais oficiais, como o site do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), confirmando os planos da companhia de instalar mais uma unidade de produção de celulose no Estado, com investimento previsto da ordem de R$ 16 bilhões.

De acordo com o documento, a unidade será dedicada à produção de celulose para papel (celulose kraft) e celulose solúvel, com capacidade de produção que pode variar conforme o modelo de operação adotado.

Pelo projeto, a fábrica poderá produzir exclusivamente celulose kraft, com capacidade máxima de 2,92 milhões de toneladas por ano (em anos sem parada geral), ou operar de forma combinada, com 1,46 milhão de toneladas anuais de celulose kraft e 1,14 milhão de toneladas de celulose solúvel, totalizando cerca de 2,6 milhões de toneladas anuais.

Para operação da fábrica, a empresa utilizará como matéria-prima básica, aproximadamente 12 milhões de m3 de eucalipto por ano. Além da madeira, serão utilizados outros insumos, como exemplo: oxigênio, hidróxido de
sódio, peróxido de hidrogênio, ácido sulfúrico, bissulfito de sódio, peróxido de hidrogênio, dióxido de cloro, dentre outros.

A nova planta será construída em Bataguassu e utilizará as Melhores Tecnologias Disponíveis (BAT) e as Melhores Práticas de Gerenciamento Ambiental (BPEM), segundo o relatório apresentado. O site está localizado a cerca de 9 km (em linha reta) do centro urbano da cidade, junto à rodovia MS-267.

Geração de empregos e impacto econômico pela Bracell em Bataguassu

Além de reforçar a presença da fabricante em Mato Grosso do Sul, o empreendimento deve ter forte impacto na economia regional. O EIA-RIMA prevê a geração de até 12 mil empregos durante o pico das obras de implantação da fábrica, considerando vagas diretas e indiretas.

Já na fase de operação, a previsão é de aproximadamente 2.000 funcionários (próprios e
terceiros.

A companhia também aponta que haverá programas de capacitação de mão de obra local, priorizando a contratação de moradores de Bataguassu e região, o que deve contribuir para o desenvolvimento econômico e social do município.

https://youtube.com/watch?v=VrA7ZGwVJAM%3Ffeature%3Doembed

Avanço da celulose em MS

O empreendimento reforça a posição de Mato Grosso do Sul como um dos principais polos de produção de celulose do Brasil. Com investimentos bilionários no setor, o Estado tem se destacado pela atração de grandes projetos industriais e pela ampliação da base florestal voltada para o abastecimento dessas fábricas.

A chegada da Bracell na cidade se soma a outros investimentos do setor em MS, consolidando o Estado como uma potência nacional na produção de celulose.

Sobre Bataguassu:

Bataguassu está localizada no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no leste de Mato Grosso do Sul, Microrregião de Nova Andradina. Fundada em 11 de dezembro de 1953.

Clima

Clima tropical úmido no verão e seco no inverno, com algumas geadas.

Limites

A cidade divisa as suas terras: Norte – com Ribas do Rio Pardo e Santa Rita do Pardo, Sul – Anaurilândia, Leste – Estado de São Paulo, Oeste – Nova Andradina.

Hidrografia

Está inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná, especificamente na Sub-bacia do Rio Pardo, a qual drena para o Alto Rio Paraná.

Distância da Capital

Situa-se aproximadamente a 330 km da capital estadual Campo Grande e 1061 km da capital federal Brasília.

População

23.024 habitantes (est. IBGE 2019)

Área Territorial

2,416 718 km²

Informações: NewsPulPaper.

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John Deere usa soluções offline para superar desafios de conectividade em áreas florestais


Equipamentos são capazes de armazenar informação em áreas remotas

A falta de conectividade é um desafio conhecido pelo setor florestal e tem sido o principal adversário na busca pela adoção das tecnologias disponíveis no mercado. Uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostrou que, atualmente, apenas cerca de 30% das áreas rurais do país têm disponibilidade de acesso à cobertura de internet.

Com o objetivo de superar a falta de conexão, a John Deere, empresa global de tecnologia que fornece software e equipamentos para os setores agrícola, de construção e florestal, desenvolveu soluções que proporcionam às máquinas florestais o funcionamento preciso da operação, mesmo que de forma offline.  

“A tecnologia se tornou uma grande aliada das operações florestais. Hoje ela é  fundamental para obter a máxima produtividade, alinhando também qualidade e segurança. Nesse cenário, os dados que os equipamentos de colheita geram são essenciais para que os clientes e a John Deere possam atualizar, diagnosticar, otimizar, monitorar e oferecer suporte de forma remota e proativa, reduzindo tempo de máquina parada e maximizando o potencial de cada solução”, explica Vinicius Sousa, especialista em Telemetria e Colheita de Precisão na John Deere Florestal.

Em condições de ausência de conectividade, as funcionalidades do sistema são mantidas. Para garantir a segurança da operação, todas as soluções de mapas como cercas eletrônicas e pontos de atenção seguem em funcionamento no computador das máquinas. Isso ocorre, pois, ao perder a conexão, ainda é possível acompanhar os dados de localização devido à uma antena GPS instalada no teto do equipamento. Os detalhes do terreno, as cercas eletrônicas, pontos de atenção, dados de produção e alertas podem ser acompanhados em tempo real pelo operador. 

Para evitar que a memória sobrecarregue, alguns dados são automaticamente limpos do sistema. Dependendo da quantidade de dias que aquele equipamento trabalhou em área remota e a necessidade de coletar a informação, o usuário pode copiar as informações do computador e importar para as plataformas de análise de dados. Além disso, ao encontrar sinal de internet, a máquina conecta automaticamente e envia as informações armazenadas para a nuvem. 

“A transferência de dados via conexão de internet é realizada pelo JDLink™ Modem. O Modular Telemetics Gateway (MTG) é um item de série nas máquinas de colheita florestal. Ele é 20 vezes mais potente que um celular convencional e permite que, mesmo em áreas com coberturas precárias, as informações sejam enviadas. Além disso, se conecta a qualquer rede de WI-FI disponível. Após o envio, os sistemas são atualizados automaticamente. Esse serviço de conectividade padrão é gratuito, bem como o acesso às plataformas”, destaca Sousa. 

Somado a isso, a John Deere investe em soluções para conectar cada vez mais equipamentos. O JDLink™ Boost é um exemplo. O produto é fruto de um acordo com a Starlink, da SpaceX, para fornecer aos clientes serviço de conectividade via satélite. “A tecnologia será um marco para as áreas de colheita florestal, permitindo que os produtores tomem decisões de forma mais ágil, reduzindo o tempo de máquina parada e garantindo a continuidade da operação. Além disso, será possível dar o suporte remoto com mais continuidade, otimizando os custos de manutenção dos clientes”, acrescenta o especialista. 

A tecnologia embarcada avançada já está presente nas máquinas. Como pré-requisito para o sucesso das aplicações nas operações de colheitas, as soluções e funcionalidades precisam estar disponíveis de forma offline. “O cenário de áreas remotas sem conectividade é a realidade de grande parte das empresas.  Porém, com as novas soluções, a conectividade exercerá um papel fundamental para desbloquear o potencial de cada ferramenta, com foco na otimização da produtividade e performance operacional”, afirma Vinicius.

Sobre a John Deere

Não importa se você nunca dirigiu um trator, cortou a grama ou operou uma escavadeira. Com o papel de ajudar a produzir alimentos, fibras, energia e infraestrutura, a John Deere trabalha para cada pessoa no planeta. Tudo começou há quase 200 anos, com um arado de aço autolimpante. Hoje, a John Deere impulsiona a inovação nos setores de agricultura, construção, florestal, jardinagem, sistemas de energia e muito mais. Para mais informações sobre a Deere & Company, acesse https://www.deere.com.br.

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Suzano adota solução sustentável para reduzir efeitos das mudanças climáticas nas florestas plantadas de eucalipto

Produzido a partir de fibras de celulose, o colar de proteção funciona como barreira de retenção da umidade e controle de temperatura, reduzindo a necessidade de irrigação e aumentando a taxa de sobrevivência das mudas

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, adotou uma solução sustentável para reduzir os efeitos das mudanças climáticas em suas áreas de florestas plantadas de Mato Grosso do Sul. Em janeiro deste ano, a companhia passou a utilizar, no processo de plantio de mudas de eucalipto, um colar de proteção produzido a partir de fibras de celulose geradas no processo industrial. A inovação, patenteada pela empresa e implantada em 2021, por meio de um projeto piloto implantado no Maranhão, cria uma camada protetora no entorno da base da muda capaz de reter a umidade, contribuindo diretamente para amenizar a temperatura no solo e reduzir o consumo de água nas operações florestais.

De acordo com Maria Carolina Zonete, diretora de Operações Florestais da Suzano em Mato Grosso do Sul, a solução está alinhada com o compromisso da empresa com o manejo e cultivo sustentáveis. “Com o uso do colar de proteção, estamos melhorando a eficiência do manejo florestal e aumentando nossa contribuição com a sustentabilidade do processo, colocando em prática o nosso direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’. Essa prática nas áreas de plantio pode reduzir a temperatura em mais de 10 graus célsius em dias de calor e a necessidade de molhamento em mais de 30%”, ressalta.

Os resultados em Mato Grosso do Sul, explica a diretora, ainda dependem de análise, uma vez que as condições climáticas são muito diferentes de um estado para outro. “Iniciamos a fase de testes ampliados do colar de proteção em janeiro. Será necessário um tempo para avaliarmos o comportamento da solução nas condições apresentadas em Mato Grosso do Sul. Além disso, o mais importante para nós são os ganhos em sustentabilidade que essa solução irá trazer em curto e longo prazos”, completa.

O colar de proteção foi desenvolvido em 2008 e foi sendo aprimorado pela área de Pesquisa e Inovação da empresa até o início do projeto piloto no Maranhão. No último trimestre de 2024, após os resultados obtidos, a companhia recebeu autorização dos órgãos ambientais competentes para utilizar o colar nas florestas de eucalipto também em Mato Grosso do Sul. “Esse é um trabalho conduzido por uma equipe multidisciplinar que conseguiu aliar uma solução operacional, mais sustentável e com ganhos para todo o processo”, relata Pablo Cadaval, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Suzano e um dos idealizadores do projeto.

A solução é biodegradável e produzida a partir de uma fibra gerada na produção da celulose, que, após processamento na Central de Tratamento de Resíduos, é disponibilizada para uso nas florestas. Esse subproduto da celulose, transformado em uma pasta, é aplicado ao redor da muda já plantada, formando uma camada protetora que ajuda a reter a umidade, reduzindo a evaporação e a necessidade de irrigação. Além disso, contribui para o controle da temperatura do solo, prevenindo um fenômeno conhecido como “queima do coleto”, no qual a alta temperatura do solo, ao entrar em contato com a água, pode causar o superaquecimento das raízes.

Somente em Mato Grosso do Sul, a Suzano possui uma área florestal de 808 mil hectares, dos quais quase 250 mil são destinados exclusivamente à conservação da biodiversidade. Somando todas as regiões em que mantém operação, a Suzano planta uma média de 1,2 milhão de mudas de eucalipto a cada 24 horas.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender à demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.

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Exclusiva – Vale da Celulose: Bracell entrega estudo para a construção de fábrica de R$ 16 bilhões em MS

Anúncio oficial será feito em maio pela empresa, junto ao Governo do Estado

A Bracell, multinacional do grupo Royal Golden Eagle, deu um passo importante para a instalação de sua nova fábrica de celulose em Bataguassu (MS) ao tornar público o EIA/RIMA do projeto. Será a 6ª planta destinada à produção de celulose no Estado.

O investimento total previsto é de R$ 16 bilhões, com um prazo de até 38 meses para a conclusão das obras. A futura planta será localizada estrategicamente a cerca de 9 km da área urbana e a 3,9 km do Rio Paraná. A demanda anual de eucalipto como matéria-prima essencial para a operação da nova fábrica da será de cerca de 12 milhões de metros cúbicos.

Localização da nova fábrica Bracell em Bataguassu (MS).

A captação de água será realizada diretamente no rio, sem a necessidade de construção de barragens, e a empresa garante que 90% da água utilizada passará por tratamento antes de ser devolvida ao curso d’água.

Implantação

Conforme a publicação, a produção primária da unidade poderá seguir dois modelos distintos. O primeiro modelo é dedicado à celulose para papel, alcançando uma produção de 2.920.000 toneladas por ano, exceto nos anos com parada geral para manutenção, quando a capacidade será de 2.800.000 toneladas.

Durante coletiva de imprensa, na Cerimônia de Lançamento da Pedra Fundamental da Fábrica da Arauco, em Inocência, na última quarta-feira (09), o Secretário de Estado na SEMADESC, Jaime Verruck, confirmou que:Temos protocolado pela Arauco dois projetos de licenciamento ambiental, sendo um para Água Clara, e outro para Bataguassu. A empresa vai fazer uma nota oficial de prioridade no dia 6 de maio, quando estará junto ao Governo do Estado fazendo o anúncio efetivo de qual o projeto que irá iniciar. Pode ser uma, podem ser duas unidades, mas a prioridade será definida nessa data”.

O projeto também terá um impacto social relevante, com a criação de aproximadamente 12 mil empregos durante o pico das obras e 2 mil postos de trabalho permanentes na fase de operação.

Para acomodar trabalhadores, inicialmente, a Bracell construirá dois alojamentos com capacidade para 5 mil pessoas cada, organizados por módulos independentes.

Bataguassu (M), com aproximadamente 23.024 habitantes (est. IBGE 2019).

Produção de celulose kraft

O documento possui a seguinte informação para justificativa técnica e ambiental para a produção de celulose do tipo ‘kraft’ para papel:

“Na fábrica da BRACELL em Bataguassu-MS, será
adotado o processo de produção de celulose kraft.
Do ponto de vista ambiental, o processo kraft de
produção de celulose em comparação a outros tem
uma grande vantagem, pois permite a recuperação
dos produtos químicos utilizados no cozimento da
madeira, o que também proporciona a redução
da carga orgânica para o tratamento de efluentes
líquidos.”

Consolidando o Vale da Celulose

Reconhecido nacionalmente como o “Vale da Celulose”, Mato Grosso do Sul detém 24% da produção brasileira. O Estado possui a segunda maior área de eucalipto cultivado e lidera a produção de madeira para a indústria de papel e celulose. Sua vasta área florestal plantada o coloca como vice-líder nacional, atrás somente de Minas Gerais.

A pujante cadeia produtiva florestal sul-mato-grossense gera mais de 26,9 mil empregos (diretos e indiretos) e conta com um parque industrial em expansão: quatro fábricas de celulose em operação, a quinta (Arauco) em construção, e a sexta (Bracell) já confirmada, o que amplia oportunidades no setor, e eleva Estado a se posicionar como polo nacional na produção de celulose.  

Confira na íntegra a publicação da RIMA (Relatório de Impacto Ambiental), da Bracell no Imasul/MS:

https://www.imasul.ms.gov.br/wp-content/uploads/2025/04/RIMA-BRACELL-BATAGUASSU_final-31-03.pdf

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Suzano está com dez processos seletivos abertos para suas operações em Mato Grosso do Sul

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, está com dez processos seletivos abertos em diferentes áreas para suas operações em Brasilândia, Ribas do Rio Pardo e Três Lagos (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

Há uma oportunidade em Brasilândia para Mecânico(a) I – Colheita Florestal. Em Ribas do Rio Pardo, as pessoas interessadas poderão concorrer a vagas para Técnico(a) de Segurança do Trabalho na área Florestal, Mecânico(a) de Silvicultura I, Técnico(a) de Manutenção Mecânica III, Operador(a) de Máquinas Florestais, Instrutor(a) Florestal – Colheita, Técnico(a) de Enfermagem do Trabalho I, Assistente de Operações Florestais do Viveiro e Analista de Manutenção Júnior em Planejamento. Já em Três Lagoas, há uma oportunidade para Assistente Administrativo I.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Brasilândia

Mecânico(a) I – Colheita Florestal – inscrições até 13/04/2025: Página da vaga | Mecânico(a) I – Colheita Florestal

Ribas do Rio Pardo

Técnico(a) de Segurança do Trabalho – Florestal – inscrições até 14/04/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Segurança do Trabalho – Florestal

Mecânico(a) de Silvicultura I – inscrições até 15/04/2025: Página da vaga | Mecânico(a) Silvicultura I

Técnico(a) de Manutenção Mecânica III – inscrições até 16/04/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Manutenção Mecânica III

Operador(a) de Máquinas Florestais – inscrições até 17/04/2025: Página da vaga | Operador(a) de Máquinas Florestais

Instrutor(a) Florestal – Colheita – inscrições até 18/04/2025: Página da vaga | Instrutor(a) Florestal – Colheita

Técnico(a) de Enfermagem do Trabalho I – inscrições até 18/04/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Enfermagem do Trabalho I

Assistente de Operações Florestais – Viveiro – inscrições até 21/04/2025: Página da vaga | Assistente de Operações Florestais – Viveiro

Analista de Manutenção Júnior – Planejamento – inscrições até 22/04/2025: Página da vaga | Analista de Manutenção Júnior – Planejamento

Três Lagoas

Assistente Administrativo I – inscrições até 14/04/2025: Página da vaga | Assistente Administrativo I

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em:suzano.com.br.

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Como a Suzano quer fazer o mundo usar celulose para além do papel

Empresa investe na startup americana Simplifyber e lidera uma série que levantou US$ 12 milhões; entenda seu plano

A Suzano deu um passo estratégico em sua jornada de inovação. A gigante da celulose no Brasil acaba de anunciar o que considera um modelo sustentável ao liderar a rodada Série A de investimentos da startup americana Simplifyber, que levantou US$ 12 milhões. Criada em 2020, a empresa com sede em Raleigh, na Carolina do Norte, desenvolve tecnologia para moldagem de celulose líquida, criando peças têxteis e componentes industriais com alta performance e foco em sustentabilidade.

A Suzano foi o principal investidor da rodada, que reuniu 10 players de diferentes regiões do mundo, incluindo Europa, Ásia e América do Norte. Segundo Pablo Cadaval Santos, diretor de P&D e Ventures da Suzano, a parceria não se limita ao aporte de capital. A iniciativa é parte da estratégia da companhia para expandir o uso da celulose para além do papel e da embalagem.

“A Simplifyber se encaixa perfeitamente na nossa tese de investimento. É uma empresa com tecnologia inovadora, time qualificado e alinhamento estratégico com nossos objetivos de substituir matérias-primas fósseis. Ao escalar esse modelo, acreditamos que podemos abrir novos mercados para a fibra de eucalipto da Suzano”, afirmou Cadaval à Forbes.

Criada em 2020, a Simplifyber desenvolve uma plataforma de fabricação que transforma celulose moldada em produtos como calçados, peças de vestuário e componentes para automóveis, com o uso reduzido ou zero de plástico. A tecnologia está em fase de pré-piloto e piloto, e deve ganhar escala nos próximos meses.

“Desde o início da empresa, usamos fibras como matéria-prima. A celulose é um material natural, abundante e altamente escalável, o que a torna ideal para substituir o plástico em diversas aplicações”, diz Maria Intscher-Owrang, cofundadora e CEO da Simplifyber. “Estamos construindo um novo paradigma na indústria, com materiais que são realmente sustentáveis, biodegradáveis e com potencial de escala global.”

Intscher-Owrang é uma inovadora da moda. Formada no prestigiado programa Central Saint Martins MA Fashion de Londres, sob a orientação da lendária Louise Wilson OBE, ela se tornou uma referência em design. Em 2006, passou a pesquisar sobre luxo sustentável e ético, análise de tendências, ilustração de moda, design/sourcing têxtil e drapeado. A cadeia global de suprimentos da indústria de vestuário é um negócio da ordem de US$ 1,5 trilhão.

Segundo a CEO da startup, o foco atual da Simplifyber está na ampliação da capacidade de produção da tecnologia baseada na celulose. “Estamos construindo, simultaneamente, nossas instalações em escala pré-piloto e piloto. Em breve, poderemos fabricar milhares de unidades por mês e, logo na sequência, escalar para dezenas de milhares”, diz Intscher-Owrang.

A expectativa é que essa capacidade inicial permita à empresa fornecer produtos para grandes marcas já em 2025. “A Suzano está presente em todo esse processo, com um executivo no conselho da startup e acompanhamento técnico contínuo”, diz Cadaval. “A adoção pode começar ainda este ano, devagar e com calma, e vamos atuar ativamente para acelerar a curva de aprendizado da tecnologia.”

O modelo de negócio da Simplifyber é posicionar a startup como fornecedora de tecnologia, e não como fabricante de produto final. “Hoje ainda fabricamos para desenvolver o mercado, mas a ideia é licenciar nossos equipamentos e vender o slurry como insumo. Assim, conseguimos escalar sem depender de uma planta própria em cada local”, diz Intscher-Owrang. “É uma solução pensada para ser global desde o início.” Com isso, a startup espera reduzir barreiras de entrada para parceiros industriais e ampliar a adoção da celulose em larga escala.

O relacionamento entre a Suzano e Simplifyber evoluiu para uma cooperação estratégica. A brasileira hoje passou a integrar o conselho da startup e acompanha de perto o desenvolvimento da tecnologia e o plano de negócios. “Não é um investimento financeiro tradicional. Nossa tese é estratégica: queremos gerar valor com a startup, expandir o mercado da nossa celulose e contribuir com conhecimento técnico e conexões industriais”, diz Cadaval.

A aposta está na substituição de materiais fósseis por fibras vegetais, com impacto direto no posicionamento sustentável da indústria de consumo. “O grande diferencial é que vemos escalabilidade na tecnologia. A maioria das inovações sustentáveis é difícil de escalar ou tem custo muito alto. A Simplifyber tem potencial para ser competitiva em preço, além de sustentável”, afirma ele.

Não por acaso, a América Latina também está no radar da startup para expansão futura. “Queremos localizar a produção no Brasil. Não só por ser a origem da nossa matéria-prima, mas porque o país tem potencial para se tornar um polo industrial dessa nova geração de materiais sustentáveis”, afirma Intscher-Owrang.

A executiva ressalta ainda o valor da fibra de eucalipto produzida no Brasil, com origem em florestas manejadas de forma sustentável e com certificação internacional. “A Suzano é um exemplo de como as empresas devem atuar nessa nova economia baseada em bioinsumos”, diz.

Segundo Paula Puzzi, gerente da Suzano Ventures, frente de investimento em startups da companhia, já foram destinados investimentos a sete empresas, com diferentes focos — de embalagens a biotecnologia. Embora atuem em áreas distintas, as startups compartilham sinergias. Para ela, o papel da Suzano é criar conexões e sinergias. “Algumas têm processos produtivos semelhantes ou materiais complementares. Nosso papel é também promover essa conexão entre startups para acelerar inovações conjuntas”, afirma Puzzi. “Mais do que investidor, somos parceiros ativos no desenvolvimento dessas empresas.”

Embora a Simplifyber não atue diretamente na floresta plantada da Suzano, a origem do insumo agrega valor à solução. Esse equilíbrio é central para todas as iniciativas da Suzano Ventures, diz Cadaval. “A rastreabilidade e o manejo sustentável das florestas são parte do storytelling que queremos levar até o consumidor final”, explica Cadaval. “Mas isso precisa vir junto com preço competitivo. Ninguém quer pagar mais apenas por ser sustentável. E mais. A tecnologia precisa ser ambientalmente responsável, escalável e financeiramente viável. A Simplifyber reúne essas três características.”

Informações: Forbes.

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Quantificar a biomassa de uma floresta é fundamental para sucesso do mercado de carbono

As florestas são cruciais para o combate à crise climática. Elas atuam nos dois lados da balança. Quando manejadas ou protegidas, sequestram ou mantém carbono, removendo-o da atmosfera. Já se forem desmatadas ou degradadas, as florestas emitem carbono para atmosfera. Ambos os movimentos são imprescindíveis para o balanço de carbono, elemento químico fundamental à vida, devido à sua capacidade de formar ligações químicas fortes e estáveis com outros átomos, incluindo ele mesmo.

O uso da terra, mudança do uso da terra e florestas contribuem com 27,1% do total das emissões brasileiras de Gases de Efeito Estufa (GEE). O dado é do Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa, um documento que apresenta as estimativas das emissões de GEE de um país. Ele é elaborado seguindo metodologias e diretrizes internacionais estabelecidas pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

A participação das florestas na emissão de GEE vem do seu desmatamento ou degradação, já que, quando isso acontece, o carbono armazenado na biomassa das plantas é emitido de volta para a atmosfera. Por outro lado, quando uma floresta está sendo implantada, o crescimento das plantas irá sequestrar o carbono da atmosfera e guardá-lo em forma de biomassa. Por fim, uma floresta que está protegida ou preservada manterá o carbono, também em forma de biomassa.

Por isso, é importante conhecermos quanto de biomassa existe em uma floresta. Mas é possível saber quanto de carbono está (ou estava) armazenado nas plantas de uma floresta? Sim, a ciência consegue quantificar a biomassa de uma floresta e determinar sua quantidade de carbono. Mas a tarefa não é tão simples quanto parece.

Medindo a biomassa de uma floresta

Uma floresta é um espaço natural, onde as árvores crescem juntas, formando uma cobertura com suas copas. Além das árvores, as florestas também abrigam uma variedade de outras plantas, como arbustos e gramíneas. Apesar desta diversidade de plantas, a maioria da biomassa da floresta está nas árvores. No cerrado este valor chega a 70%, já na Amazônia, este valor chega a 80%.

Quando confrontados com problemas complexos, uma estratégia utilizada pelos cientistas é simplificar a realidade para torná-la mais compreensível e tratável. Assim, determinar a biomassa de uma floresta começa pela quantificação do seu componente principal: as árvores.

As árvores utilizam a energia da luz solar para produzir seu alimento. Este processo, chamado fotossíntese, transforma água e dióxido de carbono (CO2) da atmosfera em açúcar (isto é, glicose) e oxigênio (O2). Durante a fotossíntese, o carbono da molécula de CO2 é transformado em glicose.

Parte da glicose é consumida na respiração da planta e transformada em energia para atender ao metabolismo da planta. O excesso é convertido em outros carboidratos como celulose e lignina, que são os principais componentes da biomassa da planta. É a retenção desse excesso de carbono que torna as árvores organismos com enorme potencial de fixar carbono, que representa cerca de 45% de sua massa.

Árvores na balança

Quando uma pessoa deseja conhecer seu peso (isto é, sua biomassa), é necessário se deslocar até uma balança, subir nela, e esperar que a medida se estabilize. Levar uma árvore até uma balança pode ser tecnicamente possível, mas seria necessário tirá-la do solo, com raiz e tudo. O processo teria que ser repetido para todas as árvores da floresta. Ao final, todas as árvores estariam pesadas, mas também estariam cortadas, e não existiria mais floresta.

Quantificar a biomassa de uma árvore não é nada simples. A forma ideal seria quantificá-la pela massa fresca, pesando. Esta seria a biomassa no momento, incluindo a água presente em sua composição. Diante da inviabilidade de pesar as árvores da floresta, uma alternativa desenvolvida há séculos foi medir o volume da árvore (m³), e obter a biomassa multiplicando o volume pela densidade (kg/m³). 

O tronco da árvore passa a ser representado por um cilindro. Calcular o volume de um cilindro é muito fácil: área da base multiplicada pela altura, e assim obtém-se o volume cilíndrico do tronco. Mas como a árvore não é um cilindro perfeito, corrige-se o volume cilíndrico multiplicando por um fator de forma. Uma vez obtido o volume do tronco, multiplica-se pela densidade da madeira para se obter a biomassa do tronco.

Esta abordagem é conhecida na ciência como modelagem, que é um processo de construção de representações simplificadas da realidade.

Embora o tronco seja a parte da árvore com o maior estoque de biomassa, os outros órgãos da planta precisam ser considerados: raiz, galhos e folhas. Isto é feito multiplicando a biomassa do tronco por um fator de expansão.

Nessa abordagem, não é necessário abater a árvore. A base do cilindro é obtida a partir do diâmetro do tronco e a altura do cilindro é obtida a partir da altura do tronco. O diâmetro da árvore pode ser medido com uma fita, de forma parecida com uma costureira medindo a cintura de uma pessoa.

A altura da árvore também pode ser medida facilmente com instrumentos óticos, parecidos com um monóculo. A densidade da madeira, o fator de forma e os fatores de expansão podem ser obtidos para espécies ou grupo de espécies a partir de estudos realizados em campo, de preferência com árvore caídas ou legalmente abatidas.

Com o avanço da estatística e dos computadores, os fatores de forma foram gradativamente substituídos por modelos estatísticos. Os modelos funcionam como uma espécie de calculadora treinada para calcular volume. Ao receber como informação inicial o diâmetro e a altura da árvore, ela é capaz de calcular o volume, ou até mesmo a biomassa diretamente. Até aqui, objetivo cumprido: biomassa de uma árvore calculada!

Da árvore para a floresta

Como uma floresta é uma comunidade de várias árvores, de portes e espécies diferentes, bastaria somar o volume de todas elas. Medir e somar uma dezena de árvores é até possível, mas grandes extensões florestais impossibilitam esta abordagem.

Aqui entra mais estratégia científica para lidar com problemas complexos: a técnica de amostragem. É possível obter a biomassa da floresta ao se medir várias pequenas porções. Estas porções são chamadas de parcelas. Mas, se não será medida toda a floresta, qual a certeza de que o valor das parcelas está correto? É aqui que entra a teoria da amostragem.

Toda a simplificação carrega uma incerteza. Mas esta incerteza pode ser conhecida e determinada. A partir da biomassa medida nas parcelas, é possível calcular o grau de confiança que existe no valor da biomassa da floresta. Se o grau de confiança for baixo, será necessário medir mais parcelas.

Este é um ponto crucial para qualquer processo para estimar a biomassa de uma floresta. Devido à complexidade da tarefa, e das estratégicas de simplificação empregadas, uma estimativa de biomassa nunca será um valor determinístico. A biomassa da floresta deverá ser sempre informada considerando um intervalo de confiança, que é reflexo das incertezas inerentes às estratégias empregadas.

Biomassa e o mercado de carbono

Qualquer floresta pode ter sua biomassa determinada! No contexto da crise climática, a possibilidade de contabilizar a biomassa florestal e associar esta biomassa a uma emissão, estoque ou sequestro de carbono, cria a oportunidade de transformar isto num mercado.

Num movimento que se acelerou a partir de 2020, vários especialistas passaram a indicar que as ações conhecidas como Soluções Baseadas na Natureza são as melhores e mais promissoras alternativas para se enfrentar desafios socioambientais da mudança climática, da perda de biodiversidade e da insegurança hídrica.

Dentre as soluções mais populares estão as ações relacionadas ao carbono fixado pelas florestas, oriundos da restauração, do manejo ou da proteção. Ao desenvolver ações que reduzam a emissão, que evitem a emissão ou que capturem carbono presente na atmosfera, geram-se créditos que podem ser comercializados.

E aqui percebe-se porque a quantificação da biomassa é um elemento fundamental para se garantir a credibilidade deste mercado. Ao comprar um crédito de carbono, associado à biomassa de uma floresta, deseja-se ter certeza de que este carbono está devidamente fixado e protegido! E isso pode ser uma ferramenta importante para garantir a preservação das nossas florestas: tê-las em pé, mantendo ou sequestrando o carbono, pode ser um bom negócio!

Informações: The Conversation.

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Estudo inédito aponta que Minas Gerais tem 15 milhões de hectares com potencial para projetos florestais

Minas Gerais dispõe de 15 milhões de hectares com aptidão para projetos florestais, dos quais 7 milhões podem ser para empreendimentos do tipo brownfield (utilização de florestas já existentes) e 15 milhões para projetos greenfield (novos plantios destinados à instalação de indústrias futuras). Esses dados foram apresentados no estudo inédito divulgado nesta última quinta-feira (10), durante o evento Florestas UAI, realizado pela Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF) — entidade que representa o setor de florestas plantadas no estado.

A pesquisa foi encomendada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e pela Invest Minas, sendo conduzida pelo Grupo Index. Para Adriana Maugeri, presidente da AMIF “este estudo é, sem dúvida, um divisor de águas, pois oferece um direcionamento claro para um crescimento ordenado, sustentável e inclusivo do setor, alcançando diversas regiões, perfis de produtores e segmentos”.

Atualmente, Minas Gerais possui cerca de 2,3 milhões de hectares de florestas plantadas, o que representa aproximadamente 25% da área total de plantações florestais do Brasil, além de 1,3 milhão de hectares de florestas preservadas. Esse setor movimenta cerca de R$ 10 bilhões por ano, gera mais de 300 mil empregos diretos e indiretos, e contribui significativamente para as exportações mineiras com produtos como celulose, papel e carvão vegetal sustentável.
Destaques

Além da grande disponibilidade de área, o estado se destaca por outros fatores que reforçam sua atratividade para investimentos: excelente disponibilidade hídrica, preços competitivos da terra, regime tributário diferenciado, uma cadeia de valor diversificada, e o fato de possuir a maior área plantada de eucalipto do país. A silvicultura está presente em 811 dos 853 municípios mineiros, evidenciando sua capilaridade e importância socioeconômica.

O estudo revela ainda que Minas Gerais oferece um dos melhores Valores de Terra Nua (VTN) do Brasil para fins florestais, com média de R$ 9,8 mil/ha, podendo chegar a R$ 2,8 mil/ha nas regiões mais promissoras — como o Norte, Noroeste e Central do estado. Esse cenário, aliado a um clima favorável, proporciona uma produtividade florestal competitiva, muitas vezes superior à de outros polos já saturados, projetando Minas como o novo destino estratégico para investimentos industriais florestais no Brasil.

Com a recente simplificação do licenciamento ambiental, que diminuiu o tempo para a autorização, e o aumento global da demanda por produtos sustentáveis, Minas se posiciona como protagonista na transição para uma economia verde. “O estudo vem em um momento oportuno e integra o programa Minas Invest+ Florestas, que organiza e centraliza as ações para desburocratizar e atualizar a legislação florestal do estado”, reforça a presidente da AMIF.

O diagnóstico recomenda a criação de políticas públicas focadas em quatro eixos: melhorias logísticas, aumento da produtividade florestal com apoio técnico e pesquisa, capacitação de mão de obra especializada, e ampliação dos benefícios fiscais para atrair novos investimentos. Posiciona Minas Gerais como uma das regiões mais promissoras para a indústria florestal no Brasil, destacando não apenas sua estrutura produtiva, mas também seu potencial competitivo no cenário nacional e internacional.

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