PÁGINA BLOG
Featured Image

Tarifas de Trump podem causar queda no fornecimento de papel higiênico nos EUA

O fornecimento de papel higiênico dos EUA pode vir sem bobina. O aumento de tarifas do presidente Donald Trump sobre madeira macia canadense pode ter o efeito não intencional de interromper a produção do item essencial para banheiro, relata a Bloomberg News.

Os planos do governo Trump de aumentar os impostos sobre madeira macia canadense para 27% — e possivelmente para mais de 50% mais tarde — podem afetar a disponibilidade de celulose kraft de madeira macia branqueada do norte, ou NBSK, um ingrediente essencial em papel higiênico e toalhas de papel, disse a agência de notícias , citando participantes e observadores da indústria.

Os impostos de importação sobre a madeira acabarão por tirar algumas serrarias do mercado, reduzindo o fornecimento de cavacos de madeira para fazer celulose. Isso levará a fechamentos temporários e menor produção do ingrediente, o que, dada a natureza finamente equilibrada do mercado, pode resultar em escassez de produtos acabados semelhante à pandemia e possivelmente preços mais altos.

Trump deve anunciar tarifas “recíprocas” sobre produtos estrangeiros em 2 de abril, quando as tarifas adiadas de 25% sobre produtos canadenses e mexicanos também devem entrar em vigor . Ele já anunciou tarifas de 25% sobre todos os carros, caminhões e autopeças importados, incluindo aqueles feitos por empresas dos EUA no Canadá.

Os impostos de importação sobre madeira macia canadense, agora de 14%, devem aumentar para quase 27% este ano. As tarifas de 25% sobre a maioria dos produtos canadenses aumentariam os impostos para cerca de 52% — e uma investigação de “segurança nacional” sobre importações de madeira poderia aumentar ainda mais os encargos.

Substituir as aproximadamente 2 milhões de toneladas de celulose agora importadas do Canadá não será fácil. Ela não só constitui a maior parte do suprimento americano, como muitas fábricas de papel dos EUA dependem de fábricas canadenses individuais porque seus próprios processos de produção são ajustados para essa celulose específica.

“Eles não compram nossos produtos por causa dos nossos olhos bonitos”, disse Frederic Verreault, VP de assuntos corporativos da Les Chantiers de Chibougamau, uma processadora de madeira de Quebec, à Bloomberg. “Eles compram nossos produtos porque são os melhores e os mais integrados em suas fábricas.”

Informações: Yahoo!

Featured Image

Suzano e Prefeitura de Ribas do Rio Pardo (MS) firmam parceria para fortalecer educação pública no município

A iniciativa faz parte da Estratégia de Educação da empresa, focada em dois eixos: Trajetória Escolar, que  contribui para garantir acesso, permanência, aprendizado e conclusão da educação básica; e Inclusão Produtiva, que conecta jovens de 14 a 24 anos com educação profissional e ingresso ao mercado de trabalho

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, formalizou parceria com a Prefeitura de Ribas do Rio Pardo (MS) para impulsionar a educação básica e profissional no município. Assinado durante evento de lançamento de obras locais na última sexta-feira (21/03), o termo de colaboração estabelece metas como aumento da frequência escolar, melhoria do aprendizado, elevação da taxa de conclusão do ensino fundamental e médio e maior inserção de jovens em cursos técnicos e no mercado de trabalho.

A iniciativa integra a Estratégia de Educação da empresa, estruturada em dois eixos: Trajetória Escolar, com ações para garantir acesso, permanência e aprendizado adequado e conclusão da educação básica; e Inclusão Produtiva, que conecta jovens a oportunidades de ensino técnico/profissionalizante, ingresso a universidade e inserção no mercado de trabalho via programas como Lei de Aprendizagem, estágios remunerados e empregabilidade jovem. O público-alvo são adolescentes e jovens de 14 a 24 anos, incluindo estudantes dos anos finais do ensino fundamental, do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A iniciativa tem o potencial de alcançar aproximadamente 2.350 jovens.

Para Leonardo Mendonça Pimenta, diretor de Operações Industriais da Suzano em Ribas do Rio Pardo, a companhia entende que a educação é um pilar fundamental para o crescimento sustentável de qualquer cidade. “Com essa estratégia, buscamos não apenas melhorar os indicadores educacionais, mas também criar oportunidades reais para que os jovens possam construir um futuro promissor. Nossa meta é garantir que mais jovens tenham acesso à educação de qualidade e às ferramentas necessárias para ingressar no mercado de trabalho. Para isso, apostamos no bom relacionamento com as comunidades onde atuamos, na redução da pobreza e no fortalecimento da educação”, afirmou.

Para André Becher, gerente de Desenvolvimento Social da Suzano, a ação destaca a relevância da parceria entre os setores público e privado na promoção de mudanças positivas e duradouras na sociedade. “Estamos unindo esforços para fortalecer a educação básica, profissional e técnica, além de conectar os jovens ao mercado de trabalho. A educação de qualidade e a inclusão produtiva de jovens é uma alavanca estruturante para romper o ciclo da pobreza e ações como essa fortalecem os nossos compromissos rumo ao desenvolvimento social nos territórios onde atuamos”, enfatizou.


O prefeito de Ribas do Rio Pardo, Roberson Moreira, também ressaltou a relevância da iniciativa para o município. “Temos um projeto de transformação da educação, melhoria da qualidade de ensino e, principalmente, um compromisso sério com a alfabetização nos anos iniciais, além de promover o conceito de cidadania entre nossas crianças e jovens. Todas as iniciativas que vêm para somar, tanto do setor público quanto do privado, potencializam esse trabalho. Por isso, a parceria entre a Prefeitura e a Suzano é essencial para fortalecer essas ações e gerar um impacto positivo na educação do município”, finalizou.

Conforme previsto no termo de colaboração assinado, a Suzano se compromete a disponibilizar equipe técnica especializada para a execução das ações, enquanto as Secretarias Municipal e Estadual de Educação serão responsáveis por garantir a participação dos educadores e o compartilhamento de dados para o monitoramento das metas.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br

Featured Image

Silvicultura ‘abre portas’ para mulheres na universidade e contribui para o desenvolvimento sustentável

A região do Bolsão em Mato Grosso do Sul é um celeiro de oportunidades para o desenvolvimento profissional e pessoal. O berço de todo este processo de crescimento está sendo trilhado por mulheres que estão no curso tecnólogo em Silvicultura, capacitação de nível superior ofertado pela UEMS (Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul) em parceria com as prefeituras municipais de Água Clara e Ribas do Rio Pardo e as empresas MS Florestal e Suzano, respectivamente. 

“São cursos novos na grade curricular das universidades. Só existem mais três cursos no interior de São Paulo e do Espírito Santo. A região do Bolsão, em Mato Grosso do Sul, é o coração da Silvicultura no Brasil e nada mais justo que tenhamos aqui esse tipo de capacitação, mais direcionada e específica”, explica o professor Allan Motta Couto, docente da UEMS (Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul e coordenador do curso da UEMS, em Água Clara.

O professor detalha que a maioria dos participantes do curso de Silvicultura são mulheres e que já trabalham nos viveiros de mudas e em outros setores das empresas do setor florestal.

O curso de Silvicultura é oferecido no polo da UEMS em Água Clara e ministrado na Escola Municipal Márcia Cristina Fioratti Javarez, que oferece um espaço muito bem adequado com ambiente climatizado e equipamentos como telões de alta tecnologia sensíveis ao tato, laboratórios equipados, conexão de internet, além de uma logística primorosa com transporte para as aulas práticas de campo. O professor Allan também ressalta que a parceria com a indústria é fundamental para a promoção do curso. 

“A MS Florestal identificou uma demanda social e decidiu também investir na capacitação. A união dos três parceiros [prefeituras, empresas e UEMS] possibilitou a criação desse curso em Água Clara e Ribas do Rio Pardo”, completou o professor.

De acordo com o docente, o curso em Silvicultura é composto majoritariamente por mulheres. “70% dos nossos acadêmicos são mulheres. Este fato nos deixa felizes em saber desta peculiaridade em Mato Grosso do Sul. Nossos alunos são pessoas mais experientes, pais e mães que trabalham o dia todo, já estão inseridos no mercado, trabalhando em operações florestais, na produção de mudas, no monitoramento do crescimento florestal e buscam esta capacitação, cargos mais desafiadores e melhor remuneração.”

 O curso tem duração de dois anos e meio. Em Água Clara, o curso teve início em agosto de 2024. Cerca de 40 pessoas participam dos cursos em ambos municípios.

Ainda segundo o professor Allan, a tecnologia em Silvicultura é um campo em constante evolução que envolve o manejo e o cultivo de florestas com o objetivo de obter um alto rendimento e conservar a biodiversidade.

Viveiros da Educação

Faz três anos que Luzia Costa Freitas, mãe de duas meninas,  trabalha no viveiro da MS Florestal, em Água Clara. Em agosto do ano passado, começou no curso de Tecnólogo em Silvicultura pela UEMS. 

“Eu resolvi fazer esse curso para o meu crescimento profissional e para me aprofundar mais na área. O setor de celulose está bastante avançado. Eu não tinha a dimensão desse setor”. Luzia conta que o curso abriu seus horizontes. “O curso de tecnólogo está me mostrando além, de como é o processo de uma floresta formada. Eu fiquei muito feliz pelo curso ter vindo pra cá. Nós, que somos mães, donas de casa, fica um pouco difícil para retomar aos estudos. Então, foi uma boa oportunidade”, descreve.

Gilmara Prates, de 31 anos, é casada e tem um filho de três anos. “Eu fiquei sabendo que o curso ia ser ministrado em Água Clara, e oferecido pela UEMS. Eu sempre digo que o meu trabalho é cuidar de mães grávidas e de seus filhinhos na maternidade”, comparou a colaboradora, que trabalha também no viveiro da MS Florestal”.

Assim como outras dezenas de mulheres que cursam Silvicultura, Gilmara pretende se formar e tornar-se especialista na área. “O futuro está nas minhas mãos. O que eu estou plantando hoje, quero ver lá na frente, aquelas mudinhas, meus brotinhos pequeninos que eu plantei e como elas estarão lá na frente”, diz emocionada.

A aula inaugural do primeiro curso de Tecnólogo em Silvicultura, em Ribas do Rio Pardo aconteceu no dia 11 de março deste ano, em parceria com a UEMS, Governo do Estado, prefeitura e a empresa Suzano. As aulas são ministradas na Escola Estadual João Ponce de Arruda. 

Além do curso de Tecnólogo em Silvicultura, a Suzano lançou, em parceria com o Governo do Estado, cursos de qualificação profissional para o ensino médio em Ribas do Rio Pardo. A iniciativa inclui o programa EJA Qualifica (Educação de Jovens e Adultos) e a formação de viveiristas florestais. 

O título de tecnólogo é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) como uma qualificação de nível superior, com diferença de ser um curso de menor duração e focado na prática profissional. Em agosto de 2023, o curso foi aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEMS (CEPE). O curso tem duração de dois anos e meio.

O Curso de Tecnologia em Silvicultura da UEMS oferece competências e habilidades quanto a analisar estatísticas, inventários florestais e a vegetação arbórea de espécies florestais nativas e exóticas, gerenciar programas de preservação, conservação e reflorestamento, entre outros atributos.

Featured Image

Suzano abre seis processos seletivos para atender suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, está com seis vagas abertas em diferentes áreas para suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagos (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

As oportunidades em Ribas do Rio Pardo são para Analista de Manutenção Júnior – Planejamento, Auxiliar de Manutenção – Oficina Central, Consultor(a) de Logística Florestal e Mecânico – Oficina Central Florestal. Já em Três Lagoas, as vagas são para Analista de Planejamento Sênior – Manutenção Florestal e Condutor(a) de Veículo Florestal I.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Ribas do Rio Pardo

Auxiliar de Manutenção – Oficina Central – inscrições até 30/03/2025: Página da vaga | Auxiliar de Manutenção – Oficina Central

Consultor(a) Logística Florestal – inscrições até 30/03/2025: Página da vaga | Consultor(a) Logística Florestal

Mecânico – Oficina Central Florestal – inscrições até 30/03/2025: Página da vaga | Mecânico – Oficina Central Florestal

Analista de Manutenção Júnior – Planejamento – inscrições até 22/04/2025:Página da vaga | Analista de Manutenção Júnior – Planejamento

Três Lagoas

Analista de Planejamento Sênior – Manutenção Florestal – inscrições até 30/03/2025: Página da vaga |Analista de Planejamento Sênior – Manutenção Florestal


Condutor(a) Veículo Florestal I – inscrições até 27/05/2025: Página da vaga | Condutor(a) Veículo Florestal I

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em:suzano.com.br.

Featured Image

MS destina mais R$ 3 milhões para aeroporto próximo à fábrica da Arauco

Estado anunciou abertura de licitação para “execução do sistema de sinalização noturna” no novo aeródromo de Inocência, cidade que vai receber fábrica de celulose

Após confirmada sua instalação em Inocência, a fábrica de celulose da Arauco já está trazendo influências para o município de apenas 8,4 mil habitantes. Na última segunda-feira (24), o Governo do Estado anunciou abertura de licitação para “execução do sistema de sinalização noturna” no novo aeródromo da cidade.

Através do Diário Oficial do Estado (DOE), a licitação foi anunciada sob valor estimado de R$ 3.138.037,95, do qual às 10h do dia 14 de abril ocorrerá sua abertura. Lembrando que o aeródromo já custou R$ 15,4 milhões ao Estado.

A expectativa é que o aeroporto seja entregue até o meio do ano e terá a implantação das pistas de pouso e decolagem, de taxiway (que conecta a pista principal ao pátio), do pátio de aeronaves e do alambrado operacional.

A pista faz parte do pacote de investimentos do Plano Aeroviário Estadual, que prevê um valor aplicado de cerca de R$ 250 milhões, para a “construção de novos aeroportos, a estruturação de alguns já existentes, a reforma de outros e a implantação de dispositivos onde não existem”.

Além do aeródromo e sob influência da Arauco, MS também deve investir mais R$ 52,2 milhões nas áreas da saúde, educação e infraestrutura em Inocência, cidade que deve ter sua população dobrado nos próximos anos com a vinda da nova fábrica.

EM BREVE

A nova fábrica de celulose tem expectativa de iniciar sua operação no segundo semestre de 2027, com investimento total de R$ 28 bilhões (US$ 4,6 bilhões). Atualmente, os trabalhos ainda estão na fase de terraplanagem e empregam em torno de 2,4 mil pessoas. No pico das obras, porém, serão até 14 mil empregos diretos no empreendimento.

Em setembro do ano passado, foi anunciado um aumento da ordem de 53% nos investimentos da fábrica de celulose de Inocência, na região leste de Mato Grosso do Sul. Com isso, a capacidade de produção anual será 40% maior, passando da previsão inicial de 2,5 milhões de toneladas para 3,5 milhões de toneladas de fibra de eucalipto por ano.

Além de celulose, a previsão é de que o Projeto Sucuriú, como é conhecido o projeto de instalação da Arauco, que ficará às margens do rio com o mesmo nome, gere 400 megawatts de energia. A metade será consumida pela própria fábrica e o restante será vendido, sendo suficiente para abastecer uma cidade com até 800 mil habitantes.

Já existe uma série de alojamentos para os trabalhadores, mas próximo da área urbana. A previsão é de que na área do alojamento sejam construídos espaços para lazer e  cada ala de alojamentos contará com um pronto atendimento médico. Os casos graves de saúde serão encaminhados para um hospital que está previsto para ser construído no canteiro de obras.

Além disso, a direção da Arauco informou que os trabalhadores terão acesso a planos de saúde suplementar e transporte de emergência, com ambulâncias da própria empresa, para hospitais particulares fora da região, se necessário.

SOBRE A ARAUCO

A Arauco é uma empresa global, de origem chilena, com presença em cinco continentes. Fundada em 1979, possui operações em mais de 75 países e 55 fábricas nos países Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, México, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Espanha, Portugal e África do Sul. Opera globalmente com mais de 18 mil trabalhadores.
 
Atualmente, a capacidade de produção de celulose é de 5,2 milhões de toneladas por ano em suas unidades no Chile, Argentina e Uruguai. Agora, só a unidade de Inocência vai ampliar essa capacidade para 8,7 milhões de toneladas, um aumento de 67%.

Informações: Correio do Estado.

Featured Image

A insanidade do MST contra o eucalipto

Em nome da “justiça social”, movimento ataca plantações que criam empregos e riqueza ao país

*Artigo de Xico Graziano.

“Eu não como eucalipto”. Das frases cretinas que já escutei na vida, essa é a mais estúpida. Nós também não comemos livros. A frase tem servido como grito de mobilização do MST para, há alguns anos, criminosamente, depredar áreas florestais exploradas pela indústria nacional de celulose e papel. Em nome da “justiça social”, queimam árvores e destroem laboratórios de biotecnologia.

A última ação do MST foi em 13 de março de 2025, quando cerca de 1.000 pessoas invadiram, novamente, uma área da empresa Suzano Papel e Celulose, em Aracruz, no Espírito Santo. Protagonizada pela tal “Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra”, defendem novos assentamentos rurais em lugar da produção de celulose.

Para reafirmar sua insanidade, na passeata vitoriosa que realizaram por dentre as plantações florestais da Suzano, os invasores carregavam uma faixa com os dizeres: “Eucalipto não enche o prato”. Cadernos escolares também não.

Uma semana antes, o presidente Lula visitou um assentamento dominado pelo MST, em Campo do Meio, interior de Minas Gerais. Preocupado com a perda de popularidade, deixou claro sua preferência: “Todo mundo sabe que tenho um lado. Quem são meus amigos? São vocês. Nunca esqueço quem são”.

Nós também não.

Essa birra não só do MST, mas da esquerda em geral, contra o setor de florestas plantadas faz parte do Febeapá nacional. Para quem não se lembra, Febeapá significa o “festival de besteira que assola o país”, uma criação do escritor Sérgio Porto transformada em livros, cujo 1º volume saiu publicado em 1966 sob o codinome de Stanislaw Ponte Preta.

Aquelas ferinas crônicas servem perfeitamente à descrição dessas imbecilidades que vemos hoje em dia, cometidas não mais pela ditadura militar, mas pelos arautos da fracassada democracia que nos aflige. Não comer eucaliptos inspiraria Sérgio Porto, morto em 1968.

Plantar árvores, em qualquer circunstância e em qualquer lugar, faz bem à sociedade. E o Brasil tem plantado muitas árvores pelos campos afora. Para se ter uma ideia dessa quantidade, todos os dias a silvicultura nacional planta 1,8 milhão de árvores. Vou repetir: 1 milhão e 800 mil árvores. Diariamente.

Existem plantações florestais cobrindo 10,2 milhões de hectares no território nacional, área equivalente àquela plantada com cana-de-açúcar, ou 5,5 vezes maior que a área ocupada pelos cafezais do país. Existem plantações imensas, detidas pelas grandes empresas de celulose, mas existem igualmente os pequenos plantios, oriundos de quase 300 mil estabelecimentos rurais.

Dessas plantações florestais, 76% são eucaliptos, 19% pinus e o restante vem de seringueira, teca, acácia, araucária, mogno africano e outras espécies. São árvores frondosas, enfeitando a paisagem rural de 4.837 municípios, segundo indica o Censo Agropecuário do IBGE (2017).

Prestem atenção nesse número: os pequenos e médios proprietários de terra respondem por 38% da área plantada com espécies florestais no Brasil. Desses silvicultores, 270 mil produzem eucaliptos, destinados seja às empresas de celulose e papel, seja à produção de madeira e de carvão vegetal. Sem eucalipto, não tem churrasco, nem pizza de forno à lenha.

De onde vem o sucesso do eucalipto?

Embora originário da Austrália, sendo o alimento predileto dos coalas, a espécie florestal se adaptou muito bem ao Brasil, crescendo vigorosamente graças ao calor tropical. O melhoramento genético e os métodos de cultivo o elevaram ao topo da silvicultura nacional.

Sua elevada produtividade lhe rendeu uma antiga má fama: a de secar o solo onde é plantado. Trata-se de um mito: todos os centros de pesquisa em silvicultura comprovam que o consumo de água da planta de eucalipto é semelhante ao das demais espécies. A diferença é que, como ele cresce muito rápido, utiliza bastante água por intervalo de tempo exigindo, em decorrência, um bom manejo de recursos hídricos no local da plantação.

Se você perguntar a um produtor florestal chileno, norte-americano, canadense ou sueco, que se encontram entre os gigantes da silvicultura mundial, qual seu sonho de consumo, ele fatalmente responderá: quero um eucalipto para mim. Acontece que nossas florestas plantadas crescem mais que o dobro das de nossos concorrentes.

O avanço tecnológico está trazendo enorme vantagem à silvicultura tropical, levando o Brasil a se tornar o maior exportador mundial de celulose. As vendas externas da cadeia produtiva de árvores plantadas, incluindo papel, compensados, serrados etc, somaram US$ 10,6 bilhões (2024). O agronegócio florestal praticamente empatou, nas divisas, com a carne bovina e o café.

O eucalipto tem outra vantagem. Suas fibras de celulose são curtas (nos pinheiros, são longas) tornando-o o queridinho para a fabricação de papéis especiais chamados tissue, como guardanapos, toalhas, produtos higiênicos e hospitalares, lenços de pele e que tais. É a fibra do eucalipto que garante aquela maciez desejada aos tissues.

Ah, nós também não comemos papel higiênico. Mas não vivemos sem ele.


*Xico Graziano, 72 anos, é engenheiro agrônomo e doutor em administração. Foi deputado federal pelo PSDB e integrou o governo de São Paulo. É professor de MBA da FGV. Escreve para o Poder360 semanalmente às terças-feiras.

Publicação original em: https://www.poder360.com.br/opiniao/a-insanidade-do-mst-contra-o-eucalipto/

Featured Image

Vale da Celulose ganha prestígio e Três Lagoas é a cidade pioneira e desbravadora do setor em MS

O Vale da Celulose é reconhecido, mas se não existisse Três Lagoas ainda não existiria Celulose em Mato Grosso do Sul

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, aprovou a criação do “Vale da Celulose” no Estado. A região com maior destaque econômico e logístico é oficialmente reconhecida pela Casa de Leis do MS e Três Lagoas tem grande parcela de prestígio no acontecimento histórico.

A proposta, do deputado estadual, Pedro Caravina (PSDB), reconhece como “Vale da Celulose” o conjunto de municípios que se destacam como polos de desenvolvimento econômico, logístico e social, tendo como base os investimentos estratégicos no setor de celulose, infraestrutura e geração de empregos. O projeto agora segue ao expediente da Casa de Leis.

MUNICÍPIOS ELENCADOS

Entre os municípios estão cidades como Três Lagoas, Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Inocência, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo e Selvíria.

A celulose se tornou o produto mais exportado de Mato Grosso do Sul. A região, já conhecida mundialmente como ‘Vale da Celulose’ se tornou uma potência econômica para o Estado e Três Lagoas é o município ‘desbravador’ do setor em MS.

INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS

Hoje em dia, muitos megaempreendimentos estão sendo instalados no Mato Grosso do Sul. Além da Eldorado e a Suzano, ambas instaladas em Três Lagoas, o Estado também recebeu outra Suzano em Ribas do Rio Pardo, uma Arauco está sendo construída em Inocência e uma Bracell, que provavelmente em breve será anunciada oficialmente a instalação na cidade de Bataguassu.

Até algumas décadas atrás, a região, que hoje em dia é uma potência econômica era bem diferente. Três Lagoas, a ‘professora’ das outras cidades que abrigam fábricas no Estado precisou ‘aprender’ os impactos positivos e os negativos quando o assunto é a instalação de uma fábrica de celulose.

COMO SURGIU A CELULOSE EM TRÊS LAGOAS

Há aproximadamente 20 anos, foi preciso que a então prefeita Simone Tebet, junto com o governador Zeca do PT e mais uma comitiva de autoridade e empresários fossem aos Estados Unidos, à sede da International Paper (atual Sylvamo), onde após uma exaustiva reunião conseguiu sensibilizar a diretoria da empresa para investir em uma fábrica de celulose em Três Lagoas. Naquela época já havia muita plantação de eucalipto no município que foi implementado pela empresa Chanflora, subsidiária da IP. Esse foi um dos principais motivos, além da logística e incentivos que atraiu o investimento.

LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DA IP/VCP

Após várias reuniões para concretizar o empreendimento, no dia 19 de novembro de 2006, uma ensolarada terça-feira, foi a lançada a pedra fundamental da fábrica de papel e celulose da IP/VCP, realizada no Horto Barra do Moeda, situado a cerca de 30 km do centro da cidade.

Naquela ocasião, várias autoridades marcaram presença, dos quais, o então ministro dos transportes, Paulo Sérgio Passos e do ministro do desenvolvimento, indústria e comércio exterior, Luiz Fernando Furlan, diretores da IP e VCP e autoridades políticas de Três Lagoas e de Estado.

A partir da construção da fábrica, denominada Projeto Horizonte a cidade de Três Lagoas sofreu os impactos do empreendimento que na época era o maior investimento privado do Estado. Durante a obra a cidade recebeu cerca de 10 mil trabalhadores que vieram de várias regiões do país.

NOVO PERFIL ECONÔMICO

Naquela ocasião a então prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet não apenas levou a cidade a um enriquecimento notável, que se reverteu em emprego e renda para a população: mudou o perfil econômico do município, promoveu uma transformação que permanece como legado para a região.

Até então a cidade estagnada, sem perspectivas além da pecuária, tradição local de décadas, emergiu rapidamente como uma potência industrial, a ponto de ser tratada como a nova capital mundial da celulose.

LIDERANÇA INDUSTRIAL

A população empregada em Três Lagoas mais que dobrou durante os mandatos de Simone. Em 2009, primeiro ano da segunda gestão da prefeita, o município assumiu a liderança em exportação de produtos industrializados no Mato Grosso do Sul, fruto da política de atrair empreendedores para a exploração de eucalipto na produção de celulose e papel.

Gigantes do setor, como a Votorantim Celulose e Papel e a International Paper, estabeleceram-se na cidade; nasceu um parque industrial; novos empregos surgiram, na construção e na operação das fábricas; os salários aumentaram. O perfil de consumo da população mudou e aqueceu o comércio três-lagoense.

VISÃO ESTRATÉGICA

Todo esse desenvolvimento foi possível porque Simone teve a visão estratégica de perceber o potencial do município para destacar-se na produção de papel e celulose e a capacidade de trazer investidores.

As terras disponíveis e adequadas às plantações de eucalipto e uma localização privilegiada, com vantagens logísticas no escoamento da produção, já estavam lá. Os vagões da ALL – América Latina Logística, carregados de produtos passaram a circular na ferrovia que liga Três Lagoas ao Porto de Santos. Embarcações lotadas de carga começaram a navegar pelos rios Tietê e Paraná, em direção a São Paulo e ao Sul. Carretas cheias pegaram as estradas federais de leste a oeste, de norte a sul, fazendo entregas dentro e fora do Estado.

DEMANDAS

Hoje em dia Três Lagoas e região ‘tem outra cara’ e só ‘não trabalha quem não quer’. Além dos empregos gerados pelas indústrias, muitos setores precisam expandir para atender as demandas das fábricas. Grandes empresas também buscaram e seguem buscando a região, gerando emprego e fazendo a economia girar.

Hoje, o Vale da Celulose é reconhecido, mas se não existisse Três Lagoas ainda não existiria Celulose em Mato Grosso do Sul. Pioneiro no setor, o município é espelho e responsável para o desenvolvimento que a Costa Leste está cada vez mais adquirindo o status do Vale da Celulose.

Informações: Perfil News.

Featured Image

Mercado de carbono no Brasil: uma nova era para o agronegócio

*Artigo de Ivan Pinheiro.

A recente aprovação da Lei de nº 15.042/2024, que regulamenta o mercado de carbono no Brasil, representa um marco significativo para a sustentabilidade no país. Com a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), o Brasil se posiciona como protagonista no cenário global de combate às mudanças climáticas, promovendo um ambiente propício para a inovação e a geração de novas fontes de receita.

Um dos pilares dessa nova legislação é a Lei do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), sancionada em 2021, que permite aos proprietários rurais serem remunerados por manter áreas de preservação em suas propriedades. O Código Florestal Brasileiro já estabelece que os produtores rurais devem manter uma porcentagem de suas terras como áreas de preservação permanente e reservas legais, variando de 20% a 80% da propriedade, dependendo da região. Com a implementação da PSA, essas áreas, antes vistas apenas como passivos ambientais, podem se transformar em ativos financeiros por meio da comercialização de créditos de carbono.

Com essas duas legislações – SBCE e PSA -, o Brasil estabelece um mercado regulado onde as emissões de gases de efeito estufa (GEE) podem ser monitoradas e comercializadas. Isso significa que, produtores rurais que mantêm suas reservas legais e geram créditos de carbono, podem vender esses créditos a empresas que buscam compensar suas emissões. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 61% das propriedades rurais no Brasil possuem áreas destinadas à preservação, o que representa um potencial significativo para a geração de créditos de carbono.

A monetização das reservas legais e áreas de preservação permanente não apenas recompensa os produtores por seus esforços de conservação, mas também incentiva a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis. Isso contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa e fortalece a imagem do agronegócio brasileiro como líder em sustentabilidade. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que o mercado de carbono tem o potencial de gerar R$ 50 bilhões de receita adicional para os produtores até 2030.

Além disso, há empresas especializadas imprescindíveis nesse processo, auxiliando os produtores na quantificação do estoque de carbono em suas propriedades, na certificação desses créditos e na intermediação da venda no mercado. São plataformas desenvolvidas para oferecer suporte na implementação de estratégias que promovem a sustentabilidade nas fazendas, como a recuperação de áreas degradadas, o plantio de florestas comerciais e a adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

A regulamentação do mercado de carbono no Brasil é uma resposta às exigências globais por ações climáticas e uma oportunidade para o agronegócio brasileiro. Com a implementação da SBCE e o fortalecimento da lei do PSA, o país tem a chance de liderar um movimento em direção à sustentabilidade econômica e ambiental.

A combinação das reservas legais com a possibilidade de comercialização dos créditos de carbono cria um ciclo onde todos ganham: o meio ambiente é protegido, os agricultores são recompensados por suas práticas sustentáveis e o Brasil se posiciona como um líder em soluções climáticas inovadoras. O futuro do agronegócio brasileiro está intrinsecamente ligado à sua capacidade de se adaptar e prosperar dentro desse novo paradigma econômico sustentável.


*Ivan Pinheiro é diretor da RDG Ecofinance e criador do aplicativo Carbono Neutro.

Featured Image

Exclusiva – Tecnologia para um futuro sustentável: o papel da Finlândia na transformação do setor florestal global

Comitiva latino-americana participou de Turnê Tecnológica Florestal em 2024 na Finlândia; setor de árvores cultivadas brasileiro foi representado pelo presidente da ABAF; saiba mais

Em um mundo onde a digitalização redefine indústrias, a Finlândia se consolidou como uma superpotência em tecnologia florestal. Com mais de 75% de seu território coberto por florestas, liderou a transição para um manejo sustentável baseado em dados.

“Nossa experiência em digitalização e sustentabilidade posiciona a Finlândia como um parceiro ideal para indústrias que buscam eficiência e responsabilidade ambiental”, afirma Johanna Kotkajärvi, embaixadora da Finlândia no Chile.

Johanna Kotkajärvi.

A transformação digital da indústria florestal permite tomar decisões baseadas em dados precisos e em tempo real, otimizando os inventários, a colheita e a gestão operacional.

E quanto maior o conhecimento, melhores as decisões. Os dados e a informação em tempo real permitem gerir as florestas de maneira mais eficiente, otimizar as operações florestais e oferecer melhores serviços digitais aos proprietários de florestas.

Na Finlândia, um dos países com maior cobertura florestal do mundo, quase 60% das florestas pertencem a proprietários privados, e seu acesso é livre. Nas últimas décadas, o crescimento das florestas superou o corte em 30%, o que levou a um aumento do volume florestal nos últimos 50 anos. A indústria florestal finlandesa é chave para a economia do país, com um volume de negócios de aproximadamente €46.000 milhões em 2021.

Área florestal da Filândia em números

  • Superfície florestal: 22,8 milhões de ha (75% do país);
  • Recursos florestais: 2.500 milhões de metros cúbicos de madeira;
  • Contribuição para o comércio exterior: 15,9%;
  • Infraestrutura industrial: 134 plantas e fábricas;
  • Impacto no emprego: 82.800 pessoas (toda a cadeia de valor);
  • Emissões de CO₂: foram reduzidas em até 69%;
  • Benefício climático: 16 milhões de toneladas equivalentes de CO₂;
  • Contribuição fiscal: 3.100 milhões de euros por ano;
  • Investimentos: 1.900 milhões de euros ao ano.

Brasil na FinnMETKO

Apresentando uma atualização e dados estratégicos do setor florestal brasileiro, Wilson Andrade, presidente da ABAF – Associação Baiana das Empresas de Base Florestal, participou da FinnMETKO 2024. A convite de Niina Fu Oy, consultora na empresa organizadora da turnê, Niina Fu Consultoria de Negócios, Andrade foi palestrante principal em seminário do evento em Helsinque, que contou com mais de 60 participantes. “O público ficou em silêncio total quando Wilson fez sua explanação”, comentou Niina. Andrade esteve junto à comitiva de latino-americanos, composto por embaixadores do Chile, Argentina, Uruguai e conselheiro comercial brasileiro.

Representando o setor de árvores cultivadas brasileiro, Andrade palestrou sobre o setor florestal baiano e brasileiro no seminário “América do Sul: Oportunidades no Setor Florestal.

“O Brasil, 100 anos atrás, importava papel e itens para a produção desse produto, fazendo o pagamento em café. Aprendemos muito, desenvolvemos nossas próprias tecnologias e hoje trocamos informações e experiências com a Finlândia. O Brasil também inovou, sob a liderança de Max Feffer da Suzano com a utilização do eucalipto na fabricação de celulose e derivados. Sou Cônsul Emérito da Finlândia e reconheço a liderança desse país como exportador de tecnologias e equipamentos, não somente na área de madeira, como também em economia circular, energias renováveis, segurança pública e defesa militar, tecnologia da informação e educação. A participação na FinnMETKO é uma oportunidade para desenvolver a cooperação, joint ventures, transferência de tecnologias etc. Assim, vamos apresentar para o mercado finlandês, as informações e as oportunidades que a Bahia e o Brasil têm, com destaque para a produtividade de madeira que é recorde mundial”, declarou.

Andrade também faz parte do Conselho Administrativo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) desde a sua fundação, em 2014, e é Diretor Regional Nordeste da Finncham (Câmara de Comércio Brasil-Finlândia).  

 Wilson Andrade, durante FinnMETKO 2024.

A Turnê de Tecnologia Florestal – FinnMETKO é uma excelente oportunidade de negócios e networking para profissionais de pequenas e médias Empresas (PMEs) e empresas latino-americanas de manejo florestal, colheita, transporte e serraria. A próxima edição da FinnMETKO acontecerá em 2026. Mais informações podem ser acompanhadas no site oficial: https://www.finnmetko.fi/

Digitalização: a nova era da gestão florestal

A liderança tecnológica finlandesa se reflete em empresas como AFRY e Pinja, que desenvolveram ferramentas que melhoram a eficiência operacional e reforçam a sustentabilidade do setor florestal.

A AFRY desenvolve ferramentas avançadas para transformar as operações florestais. A empresa oferece soluções de software, consultoria e serviços que abrangem todo o processo de digitalização, desde a medição de inventários florestais até o planejamento e execução otimizada das operações.

Os produtos da AFRY agregam confiabilidade à tomada de decisões mediante o mapeamento, a otimização, o monitoramento e o aprendizado do ciclo de vida e das funções nas cadeias de suprimento florestal, com o objetivo de melhorar a gestão operacional das florestas.

Sua plataforma TreeMaps, baseada em sensores remotos instalados em aeronaves e drones, permite o mapeamento individual de árvores com uma precisão sem precedentes, otimizando a gestão de inventários e o uso de recursos disponíveis. Além disso, sua solução Smart Forestry Manager integra dados operacionais, inventários e regulamentações em uma única plataforma, facilitando a tomada de decisões em tempo real. Estas decisões podem ser otimizadas ainda mais com o Smart Forestry Planner, uma ferramenta que permite projetar o futuro das florestas e fornece orientação sobre as melhores estratégias de gestão.

A redução de custos no Centro Florestal da Finlândia, parte do Ministério de Agricultura e Silvicultura, tem sido significativa desde 2016, graças à aplicação de metodologias avançadas de sensores remotos e digitalização. A AFRY colabora com a organização desde 2008, proporcionando soluções para melhorar a qualidade e acessibilidade dos inventários florestais.

O Dr. Jussi Rasinmäki, líder de Smart Forestry na AFRY, destaca que “estas soluções combinam precisão tecnológica com estratégias inovadoras, adaptando-se a mercados como o chileno. Isto garante a otimização de recursos e a redução de custos, fatores fundamentais para um crescimento sustentável”.

Digitalização e rastreabilidade na cadeia de valor florestal

A Pinja é líder em digitalização, especializada em soluções industriais e de inteligência artificial para toda a cadeia de valor da madeira em toras. Seu enfoque permite aumentar a competitividade do setor florestal ao mesmo tempo que promove práticas empresariais responsáveis.

Graças às soluções ERP da Pinja, as serrarias e as empresas de processamento de madeira podem digitalizar toda a cadeia de valor, otimizar a aquisição de matéria-prima, melhorar a rastreabilidade dos recursos e aumentar a produtividade industrial, gerenciando seus negócios de maneira responsável.

Um dos aspectos chave na transformação digital do setor florestal é a rastreabilidade, um tema cada vez mais relevante no Chile e nos mercados globais. A Pinja conta com uma funcionalidade avançada para cumprir a normativa EUDR (Regulamento de Desmatamento da UE), garantindo transparência e acompanhamento preciso em toda a cadeia de suprimento. A integração com EUDR permite às empresas cumprir a legislação vigente e garantir a sustentabilidade de suas operações, alinhando-se com as crescentes demandas do mercado em matéria de responsabilidade ambiental.

Além disso, a Pinja oferece transações eletrônicas integrais de madeira, monitoramento em tempo real da colheita e logística de transporte, assim como um sistema de controle de custos em tempo real. Suas ferramentas incluem mapas detalhados e acompanhamento da origem da madeira, facilitando as operações diárias e garantindo uma gestão eficiente e sustentável.

“Nosso enfoque está em digitalizar e otimizar operações críticas do setor florestal. O excepcional aqui é que, como empresa de software, nos especializamos em sustentabilidade industrial e temas ambientais”, explica o CEO da Pinja, Matti Heikkonen. “Nossas soluções permitem às empresas responder com agilidade e responsabilidade às necessidades do mercado, impulsionando um setor florestal mais eficiente e sustentável”.

Escrito por: redação Mais Floresta.

Featured Image

Dia do Cacau: o fruto que dá origem às delícias como o chocolate impulsiona a economia e promove o turismo em várias regiões do país

O Ministério do Turismo apresenta alguns roteiros pelo Brasil que se destacam pelo cheiro e pelos sabores produzidos à base do cacau

A produção de cacau no Brasil vai muito além de suas plantações: ela se conecta diretamente ao turismo e à experiência sensorial fornecida pelo principal produto econômico do cacau: o chocolate. O Brasil, hoje, é o sexto maior produtor mundial de cacau, com 265 mil toneladas por ano. Segundo historiadores, o cultivo começou em 1679, introduzido pelos portugueses no estado do Pará, na região Norte do país.

No entanto, foi na Bahia que o cacau encontrou condições propícias de solo para seu amplo crescimento, e o estado tornou-se o maior produtor do país na década de 1890. A produção baiana se manteve na liderança nacional por mais de um século, até que, em 2016, o Pará colocou a posição de liderança com suas 118 milhões de toneladas produzidas, tendo continuado no posto graças à transferência do patrimônio na Região de Integração do Xingu, com destaque para a cidade de Medicilândia.

O município, aliás, é o principal produtor de cacau do Pará, tendo sido premiado em 2024 no “Cocoa of Excellence Awards”, um dos maiores festivais de chocolate do mundo, realizado em Amsterdã, na Holanda. Na ocasião, entre os 50 concorrentes à melhor amêndoa, a produtora Míriam Vieira, de Medicilândia, dividiu a categoria ouro com o produtor Luciano Ramos, de Ilhéus (BA). A categoria prata também foi para Medicilândia, para o produtor Robson Brogni.

Com isso, Medicilândia passou a ser reconhecida como a “Capital Nacional do Cacau” e realiza anualmente o CacauFest. “Ter o Brasil como um dos maiores produtores de cacau do mundo já nos dá um orgulho muito grande, mas esse cultivo vai além e cria núcleos de produção de chocolate que viram roteiros gastronômicos e culturais, fortalecendo o turismo e a economia do Brasil”, afirma o ministro.

Na Amazônia pequenos protagonistas são essenciais na produção de chocolates da região. Só mosquitos, maruins e insetos muito pequenos conseguem acessar a flor do cacau e polinizá-las. Sem o trabalho desses pequenos gigantes não existe cacau e nem tão pouco chocolate. Confira dados sobre o estudo da Embrapa, sobre os insetos polinizadores do cacaueiro na Amazônia: https://www.instagram.com/embrapa/p/DHqdi_Rt5Ef/?img_index=1.

Hoje, a Bahia se mantém como o segundo maior produtor de cacau do Brasil, seguido pelos estados do Espírito Santo, Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Roraima e Minas Gerais. Juntos, esses estados contribuíram para a produção de chocolate no Brasil, totalizando 805 mil toneladas em 2023, um aumento de 6% em comparação a 2022.

O consumo per capita do brasileiro também aumentou, passando de 3,6 kg para 3,9 kg em 2023. O melhor para o Brasil e o turismo é que esse consumo não está às compras nos mercados, mas também se estende a roteiros sensoriais únicos, por todas as regiões do país.

A Agência de Notícias do Turismo separou alguns roteiros que promovem a união de chocolate e turismo em diversas regiões do Brasil. Confira!

Rota do ‘Cacau ao Chocolate’ (PA)

A rota é uma iniciativa turística que promove o cultivo de cacau e a produção de chocolate no Pará. A Ilha do Combu, em Belém, é um dos destinos desta rota, na modalidade de chocolate artesanal combinada com a promoção do turismo, envolvendo parcerias entre os setores público e privado e cadeias de restaurantes. O cacau amazônico, cultivado na região tem características únicas, e resulta em um chocolate com sabor intenso. Além da demonstração, os turistas encontram na Ilha do Combu passeios e banhos no rio Guamá, trilhas ecológicas, visitas às plantações e oficinas que mostram como o cacau amazônico é transformado em chocolate.

Rota do Cacau da Bahia (BA)

A Bahia é, historicamente, um celeiro do cacau brasileiro, concentrando sua produção em cidades como Ilhéus e Itabuna. Conhecida como “terra do cacau”, Ilhéus se destaca não apenas pela produção agrícola, mas também pelo seu potencial turístico. O cenário descrito nas obras de Jorge Amado – que eternizou o cacau em livros como Gabriela, Cravo e Canela – é hoje palco de roteiros que unem história, cultura e gastronomia. Lá, os visitantes podem explorar fazendas centenárias de cacau, participar de trilhas que atravessam plantações e visitar pequenos produtores que seguem técnicas tradicionais de cultivo agroflorestal. O tour inclui degustações de chocolates artesanais e explicações sobre o processo de produção, da colheita das amêndoas à fabricação do chocolate. Além disso, eventos como o Festival Internacional do Chocolate e Cacau, realizado no município, atraem milhares de turistas e movimentam a economia local.

Rota do Cacau Capixaba (ES)

O Espírito Santo tem uma grande tradição de cacau e muitas rotas de chocolate. Em 2024, o estado ganhou mais um desses roteiros. Sancionada pela Lei nº 12.254/2024, a “Rota do Cacau Capixaba” é um convite ao viajante que deseja conhecer e experimentar a história, a cultura, as belas paisagens e ainda provar uns dos melhores chocolates do Brasil. O mais novo roteiro turístico do Espírito Santo passa por muitas propriedades dedicadas ao cultivo do cacau e interliga pontos de produção e beneficiamento nos municípios de Colatina e Linhares, que concentram grande parte da produção do fruto no estado e que produz entre 9 e 10 mil toneladas do fruto por ano. O caminho de tudo isso é um presente para encher os olhos e o paladar dos visitantes.

Chocolate Artesanal de Gramado (RS)

Há muitos anos na cidade de Gramado, além de ser um dos principais destinos turísticos do Brasil em razão das belezas da serra gaúcha, figura entre os roteiros preferidos de quem ama chocolate. Em 2020, o município também recebeu, por um projeto de lei estadual, o título de ‘Capital Nacional do Chocolate Artesanal’, devido à quantidade de produtos da linha artesanal fabricados na cidade. A relação da cidade com o chocolate artesanal começou em 1975, com Jaime Prawer, que acreditava que o clima da região seria ideal para o sabor do chocolate, que na forma artesanal produzida em Gramado é reconhecida por sua qualidade, textura macia e sofisticação. A tradição na fabricação de chocolates é celebrada através de leis, eventos e ações locais que levam, anualmente, mais de seis milhões de turistas para a região, que alia a gastronomia a uma paisagem de encher os olhos.

Chocolate de Campos do Jordão (SP)

Como um bom destino de viagem de inverno no Brasil, a cidade de Campos do Jordão tratou de ter suas próprias fábricas de chocolate artesanal. Afinal, nada melhor que um chocolate quente em frente à lareira num clima de 7 graus. Ainda que não sejam tão famosos quanto aos chocolates de Gramado, as lojas de Campos do Jordão não deixam a desejar nas experiências. Os passeios vão de lojas temáticas a visitas às fábricas de chocolate. Muitas oferecem visitas guiadas – e algumas até de graça, para que os visitantes conheçam a produção dos chocolates, aprendam mais sobre a história desse doce e, claro, mergulhem na demonstração. A cidade oferece, ainda, algumas opções de experiências com chocolate quente para ajudar a esquentar o passeio.

Com informações: Gov/BR.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S