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A insanidade do MST contra o eucalipto

Em nome da “justiça social”, movimento ataca plantações que criam empregos e riqueza ao país

*Artigo de Xico Graziano.

“Eu não como eucalipto”. Das frases cretinas que já escutei na vida, essa é a mais estúpida. Nós também não comemos livros. A frase tem servido como grito de mobilização do MST para, há alguns anos, criminosamente, depredar áreas florestais exploradas pela indústria nacional de celulose e papel. Em nome da “justiça social”, queimam árvores e destroem laboratórios de biotecnologia.

A última ação do MST foi em 13 de março de 2025, quando cerca de 1.000 pessoas invadiram, novamente, uma área da empresa Suzano Papel e Celulose, em Aracruz, no Espírito Santo. Protagonizada pela tal “Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra”, defendem novos assentamentos rurais em lugar da produção de celulose.

Para reafirmar sua insanidade, na passeata vitoriosa que realizaram por dentre as plantações florestais da Suzano, os invasores carregavam uma faixa com os dizeres: “Eucalipto não enche o prato”. Cadernos escolares também não.

Uma semana antes, o presidente Lula visitou um assentamento dominado pelo MST, em Campo do Meio, interior de Minas Gerais. Preocupado com a perda de popularidade, deixou claro sua preferência: “Todo mundo sabe que tenho um lado. Quem são meus amigos? São vocês. Nunca esqueço quem são”.

Nós também não.

Essa birra não só do MST, mas da esquerda em geral, contra o setor de florestas plantadas faz parte do Febeapá nacional. Para quem não se lembra, Febeapá significa o “festival de besteira que assola o país”, uma criação do escritor Sérgio Porto transformada em livros, cujo 1º volume saiu publicado em 1966 sob o codinome de Stanislaw Ponte Preta.

Aquelas ferinas crônicas servem perfeitamente à descrição dessas imbecilidades que vemos hoje em dia, cometidas não mais pela ditadura militar, mas pelos arautos da fracassada democracia que nos aflige. Não comer eucaliptos inspiraria Sérgio Porto, morto em 1968.

Plantar árvores, em qualquer circunstância e em qualquer lugar, faz bem à sociedade. E o Brasil tem plantado muitas árvores pelos campos afora. Para se ter uma ideia dessa quantidade, todos os dias a silvicultura nacional planta 1,8 milhão de árvores. Vou repetir: 1 milhão e 800 mil árvores. Diariamente.

Existem plantações florestais cobrindo 10,2 milhões de hectares no território nacional, área equivalente àquela plantada com cana-de-açúcar, ou 5,5 vezes maior que a área ocupada pelos cafezais do país. Existem plantações imensas, detidas pelas grandes empresas de celulose, mas existem igualmente os pequenos plantios, oriundos de quase 300 mil estabelecimentos rurais.

Dessas plantações florestais, 76% são eucaliptos, 19% pinus e o restante vem de seringueira, teca, acácia, araucária, mogno africano e outras espécies. São árvores frondosas, enfeitando a paisagem rural de 4.837 municípios, segundo indica o Censo Agropecuário do IBGE (2017).

Prestem atenção nesse número: os pequenos e médios proprietários de terra respondem por 38% da área plantada com espécies florestais no Brasil. Desses silvicultores, 270 mil produzem eucaliptos, destinados seja às empresas de celulose e papel, seja à produção de madeira e de carvão vegetal. Sem eucalipto, não tem churrasco, nem pizza de forno à lenha.

De onde vem o sucesso do eucalipto?

Embora originário da Austrália, sendo o alimento predileto dos coalas, a espécie florestal se adaptou muito bem ao Brasil, crescendo vigorosamente graças ao calor tropical. O melhoramento genético e os métodos de cultivo o elevaram ao topo da silvicultura nacional.

Sua elevada produtividade lhe rendeu uma antiga má fama: a de secar o solo onde é plantado. Trata-se de um mito: todos os centros de pesquisa em silvicultura comprovam que o consumo de água da planta de eucalipto é semelhante ao das demais espécies. A diferença é que, como ele cresce muito rápido, utiliza bastante água por intervalo de tempo exigindo, em decorrência, um bom manejo de recursos hídricos no local da plantação.

Se você perguntar a um produtor florestal chileno, norte-americano, canadense ou sueco, que se encontram entre os gigantes da silvicultura mundial, qual seu sonho de consumo, ele fatalmente responderá: quero um eucalipto para mim. Acontece que nossas florestas plantadas crescem mais que o dobro das de nossos concorrentes.

O avanço tecnológico está trazendo enorme vantagem à silvicultura tropical, levando o Brasil a se tornar o maior exportador mundial de celulose. As vendas externas da cadeia produtiva de árvores plantadas, incluindo papel, compensados, serrados etc, somaram US$ 10,6 bilhões (2024). O agronegócio florestal praticamente empatou, nas divisas, com a carne bovina e o café.

O eucalipto tem outra vantagem. Suas fibras de celulose são curtas (nos pinheiros, são longas) tornando-o o queridinho para a fabricação de papéis especiais chamados tissue, como guardanapos, toalhas, produtos higiênicos e hospitalares, lenços de pele e que tais. É a fibra do eucalipto que garante aquela maciez desejada aos tissues.

Ah, nós também não comemos papel higiênico. Mas não vivemos sem ele.


*Xico Graziano, 72 anos, é engenheiro agrônomo e doutor em administração. Foi deputado federal pelo PSDB e integrou o governo de São Paulo. É professor de MBA da FGV. Escreve para o Poder360 semanalmente às terças-feiras.

Publicação original em: https://www.poder360.com.br/opiniao/a-insanidade-do-mst-contra-o-eucalipto/

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Vale da Celulose ganha prestígio e Três Lagoas é a cidade pioneira e desbravadora do setor em MS

O Vale da Celulose é reconhecido, mas se não existisse Três Lagoas ainda não existiria Celulose em Mato Grosso do Sul

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, aprovou a criação do “Vale da Celulose” no Estado. A região com maior destaque econômico e logístico é oficialmente reconhecida pela Casa de Leis do MS e Três Lagoas tem grande parcela de prestígio no acontecimento histórico.

A proposta, do deputado estadual, Pedro Caravina (PSDB), reconhece como “Vale da Celulose” o conjunto de municípios que se destacam como polos de desenvolvimento econômico, logístico e social, tendo como base os investimentos estratégicos no setor de celulose, infraestrutura e geração de empregos. O projeto agora segue ao expediente da Casa de Leis.

MUNICÍPIOS ELENCADOS

Entre os municípios estão cidades como Três Lagoas, Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Inocência, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo e Selvíria.

A celulose se tornou o produto mais exportado de Mato Grosso do Sul. A região, já conhecida mundialmente como ‘Vale da Celulose’ se tornou uma potência econômica para o Estado e Três Lagoas é o município ‘desbravador’ do setor em MS.

INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS

Hoje em dia, muitos megaempreendimentos estão sendo instalados no Mato Grosso do Sul. Além da Eldorado e a Suzano, ambas instaladas em Três Lagoas, o Estado também recebeu outra Suzano em Ribas do Rio Pardo, uma Arauco está sendo construída em Inocência e uma Bracell, que provavelmente em breve será anunciada oficialmente a instalação na cidade de Bataguassu.

Até algumas décadas atrás, a região, que hoje em dia é uma potência econômica era bem diferente. Três Lagoas, a ‘professora’ das outras cidades que abrigam fábricas no Estado precisou ‘aprender’ os impactos positivos e os negativos quando o assunto é a instalação de uma fábrica de celulose.

COMO SURGIU A CELULOSE EM TRÊS LAGOAS

Há aproximadamente 20 anos, foi preciso que a então prefeita Simone Tebet, junto com o governador Zeca do PT e mais uma comitiva de autoridade e empresários fossem aos Estados Unidos, à sede da International Paper (atual Sylvamo), onde após uma exaustiva reunião conseguiu sensibilizar a diretoria da empresa para investir em uma fábrica de celulose em Três Lagoas. Naquela época já havia muita plantação de eucalipto no município que foi implementado pela empresa Chanflora, subsidiária da IP. Esse foi um dos principais motivos, além da logística e incentivos que atraiu o investimento.

LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DA IP/VCP

Após várias reuniões para concretizar o empreendimento, no dia 19 de novembro de 2006, uma ensolarada terça-feira, foi a lançada a pedra fundamental da fábrica de papel e celulose da IP/VCP, realizada no Horto Barra do Moeda, situado a cerca de 30 km do centro da cidade.

Naquela ocasião, várias autoridades marcaram presença, dos quais, o então ministro dos transportes, Paulo Sérgio Passos e do ministro do desenvolvimento, indústria e comércio exterior, Luiz Fernando Furlan, diretores da IP e VCP e autoridades políticas de Três Lagoas e de Estado.

A partir da construção da fábrica, denominada Projeto Horizonte a cidade de Três Lagoas sofreu os impactos do empreendimento que na época era o maior investimento privado do Estado. Durante a obra a cidade recebeu cerca de 10 mil trabalhadores que vieram de várias regiões do país.

NOVO PERFIL ECONÔMICO

Naquela ocasião a então prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet não apenas levou a cidade a um enriquecimento notável, que se reverteu em emprego e renda para a população: mudou o perfil econômico do município, promoveu uma transformação que permanece como legado para a região.

Até então a cidade estagnada, sem perspectivas além da pecuária, tradição local de décadas, emergiu rapidamente como uma potência industrial, a ponto de ser tratada como a nova capital mundial da celulose.

LIDERANÇA INDUSTRIAL

A população empregada em Três Lagoas mais que dobrou durante os mandatos de Simone. Em 2009, primeiro ano da segunda gestão da prefeita, o município assumiu a liderança em exportação de produtos industrializados no Mato Grosso do Sul, fruto da política de atrair empreendedores para a exploração de eucalipto na produção de celulose e papel.

Gigantes do setor, como a Votorantim Celulose e Papel e a International Paper, estabeleceram-se na cidade; nasceu um parque industrial; novos empregos surgiram, na construção e na operação das fábricas; os salários aumentaram. O perfil de consumo da população mudou e aqueceu o comércio três-lagoense.

VISÃO ESTRATÉGICA

Todo esse desenvolvimento foi possível porque Simone teve a visão estratégica de perceber o potencial do município para destacar-se na produção de papel e celulose e a capacidade de trazer investidores.

As terras disponíveis e adequadas às plantações de eucalipto e uma localização privilegiada, com vantagens logísticas no escoamento da produção, já estavam lá. Os vagões da ALL – América Latina Logística, carregados de produtos passaram a circular na ferrovia que liga Três Lagoas ao Porto de Santos. Embarcações lotadas de carga começaram a navegar pelos rios Tietê e Paraná, em direção a São Paulo e ao Sul. Carretas cheias pegaram as estradas federais de leste a oeste, de norte a sul, fazendo entregas dentro e fora do Estado.

DEMANDAS

Hoje em dia Três Lagoas e região ‘tem outra cara’ e só ‘não trabalha quem não quer’. Além dos empregos gerados pelas indústrias, muitos setores precisam expandir para atender as demandas das fábricas. Grandes empresas também buscaram e seguem buscando a região, gerando emprego e fazendo a economia girar.

Hoje, o Vale da Celulose é reconhecido, mas se não existisse Três Lagoas ainda não existiria Celulose em Mato Grosso do Sul. Pioneiro no setor, o município é espelho e responsável para o desenvolvimento que a Costa Leste está cada vez mais adquirindo o status do Vale da Celulose.

Informações: Perfil News.

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Mercado de carbono no Brasil: uma nova era para o agronegócio

*Artigo de Ivan Pinheiro.

A recente aprovação da Lei de nº 15.042/2024, que regulamenta o mercado de carbono no Brasil, representa um marco significativo para a sustentabilidade no país. Com a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), o Brasil se posiciona como protagonista no cenário global de combate às mudanças climáticas, promovendo um ambiente propício para a inovação e a geração de novas fontes de receita.

Um dos pilares dessa nova legislação é a Lei do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), sancionada em 2021, que permite aos proprietários rurais serem remunerados por manter áreas de preservação em suas propriedades. O Código Florestal Brasileiro já estabelece que os produtores rurais devem manter uma porcentagem de suas terras como áreas de preservação permanente e reservas legais, variando de 20% a 80% da propriedade, dependendo da região. Com a implementação da PSA, essas áreas, antes vistas apenas como passivos ambientais, podem se transformar em ativos financeiros por meio da comercialização de créditos de carbono.

Com essas duas legislações – SBCE e PSA -, o Brasil estabelece um mercado regulado onde as emissões de gases de efeito estufa (GEE) podem ser monitoradas e comercializadas. Isso significa que, produtores rurais que mantêm suas reservas legais e geram créditos de carbono, podem vender esses créditos a empresas que buscam compensar suas emissões. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 61% das propriedades rurais no Brasil possuem áreas destinadas à preservação, o que representa um potencial significativo para a geração de créditos de carbono.

A monetização das reservas legais e áreas de preservação permanente não apenas recompensa os produtores por seus esforços de conservação, mas também incentiva a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis. Isso contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa e fortalece a imagem do agronegócio brasileiro como líder em sustentabilidade. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que o mercado de carbono tem o potencial de gerar R$ 50 bilhões de receita adicional para os produtores até 2030.

Além disso, há empresas especializadas imprescindíveis nesse processo, auxiliando os produtores na quantificação do estoque de carbono em suas propriedades, na certificação desses créditos e na intermediação da venda no mercado. São plataformas desenvolvidas para oferecer suporte na implementação de estratégias que promovem a sustentabilidade nas fazendas, como a recuperação de áreas degradadas, o plantio de florestas comerciais e a adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

A regulamentação do mercado de carbono no Brasil é uma resposta às exigências globais por ações climáticas e uma oportunidade para o agronegócio brasileiro. Com a implementação da SBCE e o fortalecimento da lei do PSA, o país tem a chance de liderar um movimento em direção à sustentabilidade econômica e ambiental.

A combinação das reservas legais com a possibilidade de comercialização dos créditos de carbono cria um ciclo onde todos ganham: o meio ambiente é protegido, os agricultores são recompensados por suas práticas sustentáveis e o Brasil se posiciona como um líder em soluções climáticas inovadoras. O futuro do agronegócio brasileiro está intrinsecamente ligado à sua capacidade de se adaptar e prosperar dentro desse novo paradigma econômico sustentável.


*Ivan Pinheiro é diretor da RDG Ecofinance e criador do aplicativo Carbono Neutro.

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Exclusiva – Tecnologia para um futuro sustentável: o papel da Finlândia na transformação do setor florestal global

Comitiva latino-americana participou de Turnê Tecnológica Florestal em 2024 na Finlândia; setor de árvores cultivadas brasileiro foi representado pelo presidente da ABAF; saiba mais

Em um mundo onde a digitalização redefine indústrias, a Finlândia se consolidou como uma superpotência em tecnologia florestal. Com mais de 75% de seu território coberto por florestas, liderou a transição para um manejo sustentável baseado em dados.

“Nossa experiência em digitalização e sustentabilidade posiciona a Finlândia como um parceiro ideal para indústrias que buscam eficiência e responsabilidade ambiental”, afirma Johanna Kotkajärvi, embaixadora da Finlândia no Chile.

Johanna Kotkajärvi.

A transformação digital da indústria florestal permite tomar decisões baseadas em dados precisos e em tempo real, otimizando os inventários, a colheita e a gestão operacional.

E quanto maior o conhecimento, melhores as decisões. Os dados e a informação em tempo real permitem gerir as florestas de maneira mais eficiente, otimizar as operações florestais e oferecer melhores serviços digitais aos proprietários de florestas.

Na Finlândia, um dos países com maior cobertura florestal do mundo, quase 60% das florestas pertencem a proprietários privados, e seu acesso é livre. Nas últimas décadas, o crescimento das florestas superou o corte em 30%, o que levou a um aumento do volume florestal nos últimos 50 anos. A indústria florestal finlandesa é chave para a economia do país, com um volume de negócios de aproximadamente €46.000 milhões em 2021.

Área florestal da Filândia em números

  • Superfície florestal: 22,8 milhões de ha (75% do país);
  • Recursos florestais: 2.500 milhões de metros cúbicos de madeira;
  • Contribuição para o comércio exterior: 15,9%;
  • Infraestrutura industrial: 134 plantas e fábricas;
  • Impacto no emprego: 82.800 pessoas (toda a cadeia de valor);
  • Emissões de CO₂: foram reduzidas em até 69%;
  • Benefício climático: 16 milhões de toneladas equivalentes de CO₂;
  • Contribuição fiscal: 3.100 milhões de euros por ano;
  • Investimentos: 1.900 milhões de euros ao ano.

Brasil na FinnMETKO

Apresentando uma atualização e dados estratégicos do setor florestal brasileiro, Wilson Andrade, presidente da ABAF – Associação Baiana das Empresas de Base Florestal, participou da FinnMETKO 2024. A convite de Niina Fu Oy, consultora na empresa organizadora da turnê, Niina Fu Consultoria de Negócios, Andrade foi palestrante principal em seminário do evento em Helsinque, que contou com mais de 60 participantes. “O público ficou em silêncio total quando Wilson fez sua explanação”, comentou Niina. Andrade esteve junto à comitiva de latino-americanos, composto por embaixadores do Chile, Argentina, Uruguai e conselheiro comercial brasileiro.

Representando o setor de árvores cultivadas brasileiro, Andrade palestrou sobre o setor florestal baiano e brasileiro no seminário “América do Sul: Oportunidades no Setor Florestal.

“O Brasil, 100 anos atrás, importava papel e itens para a produção desse produto, fazendo o pagamento em café. Aprendemos muito, desenvolvemos nossas próprias tecnologias e hoje trocamos informações e experiências com a Finlândia. O Brasil também inovou, sob a liderança de Max Feffer da Suzano com a utilização do eucalipto na fabricação de celulose e derivados. Sou Cônsul Emérito da Finlândia e reconheço a liderança desse país como exportador de tecnologias e equipamentos, não somente na área de madeira, como também em economia circular, energias renováveis, segurança pública e defesa militar, tecnologia da informação e educação. A participação na FinnMETKO é uma oportunidade para desenvolver a cooperação, joint ventures, transferência de tecnologias etc. Assim, vamos apresentar para o mercado finlandês, as informações e as oportunidades que a Bahia e o Brasil têm, com destaque para a produtividade de madeira que é recorde mundial”, declarou.

Andrade também faz parte do Conselho Administrativo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) desde a sua fundação, em 2014, e é Diretor Regional Nordeste da Finncham (Câmara de Comércio Brasil-Finlândia).  

 Wilson Andrade, durante FinnMETKO 2024.

A Turnê de Tecnologia Florestal – FinnMETKO é uma excelente oportunidade de negócios e networking para profissionais de pequenas e médias Empresas (PMEs) e empresas latino-americanas de manejo florestal, colheita, transporte e serraria. A próxima edição da FinnMETKO acontecerá em 2026. Mais informações podem ser acompanhadas no site oficial: https://www.finnmetko.fi/

Digitalização: a nova era da gestão florestal

A liderança tecnológica finlandesa se reflete em empresas como AFRY e Pinja, que desenvolveram ferramentas que melhoram a eficiência operacional e reforçam a sustentabilidade do setor florestal.

A AFRY desenvolve ferramentas avançadas para transformar as operações florestais. A empresa oferece soluções de software, consultoria e serviços que abrangem todo o processo de digitalização, desde a medição de inventários florestais até o planejamento e execução otimizada das operações.

Os produtos da AFRY agregam confiabilidade à tomada de decisões mediante o mapeamento, a otimização, o monitoramento e o aprendizado do ciclo de vida e das funções nas cadeias de suprimento florestal, com o objetivo de melhorar a gestão operacional das florestas.

Sua plataforma TreeMaps, baseada em sensores remotos instalados em aeronaves e drones, permite o mapeamento individual de árvores com uma precisão sem precedentes, otimizando a gestão de inventários e o uso de recursos disponíveis. Além disso, sua solução Smart Forestry Manager integra dados operacionais, inventários e regulamentações em uma única plataforma, facilitando a tomada de decisões em tempo real. Estas decisões podem ser otimizadas ainda mais com o Smart Forestry Planner, uma ferramenta que permite projetar o futuro das florestas e fornece orientação sobre as melhores estratégias de gestão.

A redução de custos no Centro Florestal da Finlândia, parte do Ministério de Agricultura e Silvicultura, tem sido significativa desde 2016, graças à aplicação de metodologias avançadas de sensores remotos e digitalização. A AFRY colabora com a organização desde 2008, proporcionando soluções para melhorar a qualidade e acessibilidade dos inventários florestais.

O Dr. Jussi Rasinmäki, líder de Smart Forestry na AFRY, destaca que “estas soluções combinam precisão tecnológica com estratégias inovadoras, adaptando-se a mercados como o chileno. Isto garante a otimização de recursos e a redução de custos, fatores fundamentais para um crescimento sustentável”.

Digitalização e rastreabilidade na cadeia de valor florestal

A Pinja é líder em digitalização, especializada em soluções industriais e de inteligência artificial para toda a cadeia de valor da madeira em toras. Seu enfoque permite aumentar a competitividade do setor florestal ao mesmo tempo que promove práticas empresariais responsáveis.

Graças às soluções ERP da Pinja, as serrarias e as empresas de processamento de madeira podem digitalizar toda a cadeia de valor, otimizar a aquisição de matéria-prima, melhorar a rastreabilidade dos recursos e aumentar a produtividade industrial, gerenciando seus negócios de maneira responsável.

Um dos aspectos chave na transformação digital do setor florestal é a rastreabilidade, um tema cada vez mais relevante no Chile e nos mercados globais. A Pinja conta com uma funcionalidade avançada para cumprir a normativa EUDR (Regulamento de Desmatamento da UE), garantindo transparência e acompanhamento preciso em toda a cadeia de suprimento. A integração com EUDR permite às empresas cumprir a legislação vigente e garantir a sustentabilidade de suas operações, alinhando-se com as crescentes demandas do mercado em matéria de responsabilidade ambiental.

Além disso, a Pinja oferece transações eletrônicas integrais de madeira, monitoramento em tempo real da colheita e logística de transporte, assim como um sistema de controle de custos em tempo real. Suas ferramentas incluem mapas detalhados e acompanhamento da origem da madeira, facilitando as operações diárias e garantindo uma gestão eficiente e sustentável.

“Nosso enfoque está em digitalizar e otimizar operações críticas do setor florestal. O excepcional aqui é que, como empresa de software, nos especializamos em sustentabilidade industrial e temas ambientais”, explica o CEO da Pinja, Matti Heikkonen. “Nossas soluções permitem às empresas responder com agilidade e responsabilidade às necessidades do mercado, impulsionando um setor florestal mais eficiente e sustentável”.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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