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Vespa da madeira: Instituições discutem ações sobre a nova espécie que chegou em São Paulo

Associações de produtores da região sul, representantes do conselho do Funcema, Embrapa Florestas e empresas florestais se reúnem para discutir ações de controle da vespa-da-madeira e também sobre a nova espécie de vespa da madeira que chegou em São Paulo

Em uma assembleia geral do Funcema (Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais), ocorrida no dia 24/04/24, na Embrapa Florestas, além das ações desenvolvidas para o controle da vespa-da-madeira nos três estados do sul, foram feitas também novas discussões sobre a entrada da nova espécie de Sirex, um tipo de vespa que acomete o pínus no estado de São Paulo.

“Essa espécie entrou em São Paulo e está causando muito dano em plantios de pínus resinados. Nós da Embrapa estivemos nesses plantios algumas vezes, e também promovemos cursos sobre a vespa-da-madeira e sobre o uso do nematoide Nematec, principal inimigo natural da praga, em meados de abril”, conta Susete Penteado, pesquisadora da Embrapa Florestas e coordenadora do Programa de Controle da Vespa-da-madeira. Segundo ela, em maio, um novo curso será ministrado para os produtores de pinus da região.

De acordo com Susete, a Associação de Resineiros do Brasil (Aresb) negocia com o Funcema sua entrada no sistema para poder participar e receber as doses do nematoide. “Esse ano as empresas vão fazer a inoculação do nematoide nos plantios de pinus atacados, mas aindanão sabemos qual será a eficiência, uma vez que estamos tratando de outra espécie de vespa. Este é um ano de testes ainda e precisaremos fazer muita pesquisa”, adianta a pesquisadora.

Novas reuniões estão previstas com outras instituições da região sul para discutir medidas para conter o avanço desta nova espécie para os estados do Sul. “Porque ela está em São Paulo, e não sabemos o risco de ela entrar aqui no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, diz Penteado.

Informações: Embrapa Florestas.

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São Paulo se prepara para combater a vespa-da-madeira, uma das principais pragas de pinus

A vespa-da-madeira, uma das principais pragas dos cultivos de pinus no Brasil, começa a causar preocupação em produtores do estado de São Paulo. Até então com presença já controlada no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, novos relatos de presença da praga em São Paulo acenderam o alerta e reuniões já foram realizadas com Embrapa Florestas, Funcema, IPEF e associações de produtores.

A vespa-da-madeira é uma espécie que pertence a uma família de insetos denominada “Siricidae”, originária a Europa, Ásia e Norte da África. Nesta família existem várias espécies que atacam o pinus, tanto plantas que já estão mortas quanto plantas vivas. A espécie que foi detectada no Brasil em 1988 e que está presente na maioria dos plantios de pinus no país, principalmente em Pinus taeda e Pinus eliottii, é a Sirex noctilio, conhecida como vespa-da-madeira. Ela ataca árvores vivas, causando sua morte. Um amplo Programa de Manejo Integrado de Pragas foi estabelecido pela Embrapa Florestas e parceiros e está sendo executado há 35 anos, contando com a participação do setor produtivo, por meio do FUNCEMA (Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais), que congrega mais de cem empresas florestais. A execução das atividades orientadas pelo Programa tem permitido manter esta importante praga sob controle no Brasil, evitando perdas de alto impacto para toda a cadeia produtiva do pinus.

Porém, a recente detecção de uma espécie de “Siricidae” em plantios de pinus tropicais utilizados para resinagem, no Estado de São Paulo, tem preocupado o setor. Segundo  Susete Chiarello Penteado, pesquisadora da Embrapa Florestas e coordenadora do Programa de Controle da Vespa-da-madeira, “as amostras coletadas em campo indicam ser uma outra espécie de ‘Siricidae’, e já estamos trabalhando na sua identificação. Esta é uma etapa muito importante, pois com a identidade do inseto determinada poderemos fazer um planejamento assertivo de ações para seu controle”, explica.

No dia 4 de dezembro, foi realizada uma reunião com a participação da Embrapa Florestas e de entidades e produtores do Estado de São Paulo. Nesta reunião, a pesquisadora Susete Chiarello Penteado fez uma apresentação sobre o reconhecimento da praga, sintomas, danos e as medidas de monitoramento e controle e também esclareceu várias dúvidas dos produtores. 

O próximo passo será a realização de uma reunião em fevereiro de 2024, em São Paulo, que contará com a participação de diferentes instituições, como associações de produtores, instituições de pesquisa, instituições estaduais, Embrapa Florestas, Funcema entre outras, com o objetivo de definir um plano de ação para o monitoramento e controle da praga no Estado.

Controle da vespa-da-madeira
“Velha conhecida” dos produtores de pinus dos estados do Sul, a vespa-da-madeira poderia ter inviabilizado os plantios na região. Com o trabalho de pesquisa realizado, foi possível desenvolver um programa de manejo integrado de praga, aliado ao controle biológico com o nematoide Deladenus siricidicola (conhecido como Nematec). Produzido na Embrapa Florestas, o nematoide esteriliza as fêmeas da praga e apresenta uma eficiência média de 70%, mantendo a praga sob controle. Com a identificação correta do inseto que está atacando os plantios em SP, será possível indicar a melhor forma de controle.  

Informações: Embrapa Florestas.

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