PÁGINA BLOG
Featured Image

Como Paraná usa satélites da NASA no combate a disparada de incêndios florestais?

A disparada no número de incêndios florestais neste ano, fez o Paraná buscar soluções tecnológicas para o combate dos focos. Uma parceria resultou na criação da plataforma VFogo, que conta com o monitoramento via satélite da NASA, e tem contribuído para evitar a propagação das chamas. Os registros dos últimos três anos, mostram o pico de ocorrências entre maio e outubro.

Neste ano, entre janeiro e maio, foram detectados mais de 5 mil focos de incêndio florestal no Paraná. Em janeiro de 2025 o sistema detectou 918 ocorrências: em fevereiro 974, em março 1.410, em abril 569 e em maio foram localizados 1.473 focos de calor.

Em 2024, foram mais de 50 mil focos de calor, número muito superior a 2023, quando foram detectados aproximadamente 20 mil focos.

Até maio de 2025, os municípios que mais registraram focos de calor foram Rio Branco do Sul (231), Prudentópolis (181) e Cruz Machado (172). Em todo o ano de 2024, os que mais registraram focos de calor foram São Jorge do Patrocínio (7.544), Alto Paraíso (3.725) e Altônia (3.060).

Dados do satélite da NASA auxiliam Defesa Civil do Paraná

Com dados de georreferenciamento de várias instituições – incluindo a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) -, o VFogo foi desenvolvido pelo Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental). A plataforma tem auxiliado a Defesa Civil e o Instituto Água e Terra (IAT) a detectar focos de calor antes que se tornem grandes incêndios, facilitando o acionamento do Corpo de Bombeiros para combate ao fogo. 

O VFogo começou a ser criado há dez anos e atualmente faz um trabalho de sensoriamento remoto por satélites de alta resolução temporal e espacial, ambiente de processamento de alto volume de dados geoespaciais em diferentes formatos (Big Data). O sistema usa modelos matemáticos de análise e aprendizagem construídos a partir de técnicas de inteligência artificial.

O sistema faz acompanhamento em tempo real com dados dos equipamentos do Simepar, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Nasa, e conta com uma dezena de satélites de agências europeias e americanas que geram imagens – alguns deles com atualização a cada 10 minutos. 

“O VFogo, com o uso dos satélites, detecta incêndios com temperaturas acima de 300°C ou que tenham atingido uma dimensão de 30 metros de extensão, por um metro de largura”, explica Gabriel Henrique de Almeida Pereira, pesquisador do Simepar. 

Importante ressaltar que um mesmo incêndio pode ter mais de um foco de calor. Quando um foco de calor suspeito é identificado, O Simepar aciona a Defesa Civil, que informa o Corpo de Bombeiros para verificar a situação no local indicado.

Segundo os dados do Corpo de Bombeiros, os incêndios florestais foram responsáveis por 13.555 combates, o que equivale a 10,8% de todos os atendimentos feitos pela Instituição em 2024. Entre 1.º de janeiro e 11 de junho de 2024 foram 4.099 incêndios florestais combatidos pelos bombeiros. No mesmo período de 2025 foram 2.346.

Tendência é de alta nos próximos meses

“No outono e no inverno ocorre menos chuva, a umidade do solo e a umidade relativa do ar estão mais baixas, há maior predomínio de massas de ar seco e ocorrência de geada, que queima a vegetação. Esse conjunto de fatores deixa a vegetação mais propícia à propagação de fogo”, afirma Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar. 

Por causa disso, a partir de junho, além dos alertas para a Defesa Civil e o IAT, todos os anos os meteorologistas do Simepar fazem um monitoramento através do VFogo para o Operador Nacional do Sistema (ONS).

O objetivo é sinalizar os focos de incêndio em todo o país com agilidade para permitir que sejam atenuados possíveis danos ao sistema de transmissão de energia elétrica, que podem causar interrupções no fornecimento. 

Informações: Bem Paraná.

Featured Image

Evento em Santa Rita do Passa Quatro (SP) destaca práticas sustentáveis na integração lavoura-pecuária

AGSA promove Dia de Campo com apoio da ETASA, Embrapa, CATI e rede ILPF para apresentar experiências de técnicas sustentáveis no setor agropecuário 

Santa Rita do Passa Quatro, Junho de 2025 — A Agroindustrial Salvador Arena (AGSA) promove no próximo dia 17 de junho, às 9h, em Santa Rita do Passa Quatro (SP), o Dia de Campo, evento voltado à disseminação de práticas sustentáveis e inovadoras no agronegócio. A iniciativa é realizada em parceria com a Escola Técnica Agropecuária Engenheiro Salvador Arena (ETASA), a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), a rede ILPF e a Embrapa.

Com forte atuação em inovação, qualidade e responsabilidade socioambiental, a AGSA impulsiona o desenvolvimento agropecuário por meio de processos produtivos eficientes e sustentáveis, agregando valor ao setor.

Com programação dedicada ao sistema ILP (Integração Lavoura-Pecuária), o encontro é voltado a estudantes, profissionais do setor e interessados em modelos produtivos sustentáveis. A participação é gratuita e as inscrições podem ser feitas até o dia 15 de junho, por meio do link: https://forms.office.com/r/g44SQ5Cifg?origin=lprLink

Durante o evento, os participantes poderão acompanhar palestras e atividades práticas sobre temas como:

  • Intensificação sustentável com ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta)
  • Benefícios da utilização das braquiárias no sistema de integração lavoura-pecuária (ILP)
  • Projeto ILP desenvolvido pela Fundação Salvador Arena
  • O sistema ILP como prática ESG no campo
  • O evento será realizado nas instalações da AGSA e da ETASA, que contam com infraestrutura técnica e áreas produtivas destinadas à formação prática e experimentação agrícola.

Serviço:

Local: AGSA/ ETASA: Estrada SRQ, s/n – Santa Rita do Passa Quatro (SP)

Data: 17 de junho

Horário: 9h

Inscrições até 15/06: https://forms.office.com/r/g44SQ5Cifg?origin=lprLink

Sobre a Escola Técnica Agropecuária Engenheiro Salvador Arena (ETASA)

A ETASA, localizada na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo, conta com uma infraestrutura moderna, composta por estações de aprendizagem como: estação do conhecimento, espaço de formação e informação, que propõe conexões entre diversas áreas do conhecimento, incluindo leitura e tecnologia e Estação Ciência, com uma abordagem interdisciplinar, que propõe a integração entre a física, matemática, biologia e tecnologia. Além de todos os espaços disponíveis na Agroindustrial Salvador Arena (AGSA), empresa instalada no mesmo local, que dispõe de tecnologia avançada para a produção de soja, milho, sorgo, mandioca, tomate, café, gado de corte e leite criação de galinhas poedeiras, e se prepara para iniciar a ordenha de gado leiteiro, a fim de implantar futuramente uma unidade fabril de laticínios.

Sobre a Fundação Salvador Arena 

A Fundação Salvador Arena (Fundação) é uma instituição civil de finalidade beneficente, de direito privado e sem fins lucrativos, criada em 1964 pelo engenheiro Salvador Arena (1915-1998) para manter atividades voltadas à transformação social, atuando nas áreas de educação e assistência social, e apoio nas áreas de saúde e habitação. Tema prioritário na área de educação, os programas próprios oferecidos no Centro Educacional da Fundação Salvador Arena e na Escola Técnica Agropecuária Engenheiro Salvador Arena, receberam aporte de R$ 73,3 milhões em 2024, custeando todas as atividades e os serviços oferecidos gratuitamente, com 100% de recursos próprios. Apoia projetos sociais de OSCs em todo o Brasil por meio de recursos financeiros e assessoria técnica e disponibiliza ciclos de formação em Gestão Profissional e em Sustentabilidade Financeira, com cerca de 100 horas cada, que consistem em capacitar e qualificar as OSCs brasileiras para alcançar a condição de Excelência no Bem, de forma profissional, autônoma e eficaz. Em 2024 foram aplicados R$ 18,5 milhões em 176 programas socioassistenciais, que contemplaram projetos sociais e capacitação de organizações do terceiro setor, beneficiando diretamente 30.987 pessoas e indiretamente, 84.157 pessoas. Saiba mais: http://www.fundacaosalvadorarena.org.br/

Featured Image

Veracel Celulose abre vagas para programa de estágio na Bahia

Inscrições estão abertas até o dia 15 de junho

A Veracel Celulose está com vagas para o Programa de Estágio 2025. As vagas são para atuação presencial ou híbrida em Eunápolis, no sul da Bahia, com carga horária de 30 horas semanais, das 8h às 15h. Estudantes precisam estar no antepenúltimo ou penúltimo ano da graduação, em cursos superiores com vínculo às áreas da empresa. As inscrições estão abertas até o dia 15 de junho. As áreas de atuação contempladas no programa incluem:

  • Gente e Cuidado;
  • Relações Trabalhistas e Recrutamento;
  • Custo e Orçamento;
  • Negócios Administrativos;
  • Licenciamento Ambiental;
  • Contabilidade e Fiscal;
  • Logística da Madeira;
  • Engenharia de Manutenção;
  • Melhoramento Genético;
  • Estradas Florestais, entre outras.

Como se candidatar

Estas e outras vagas disponíveis podem ser consultadas no site da Veracel. A empresa oferece salários compatíveis com o mercado, além de benefícios como assistência médica, assistência odontológica, cesta de Natal, empréstimo consignado, ginástica laboral, previdência privada, programa de remuneração variável, restaurante interno, seguro de vida, vale-alimentação e Wellhub (Gympass).

Informações: Correio 24 horas.

Featured Image

Eucalipto, a revolução verde que transforma madeira em futuro

Com inovação, manejo responsável e visão sustentável, a Donna Madeiras consolida o eucalipto como protagonista de um novo modelo para a indústria madeireira 

O eucalipto vem ganhando destaque como uma alternativa sustentável no setor madeireiro brasileiro, deixando de ser visto apenas como uma fonte de madeira para se tornar símbolo de inovação, renovabilidade e respeito ao meio ambiente. Seu ciclo rápido de crescimento, alta adaptabilidade ao clima brasileiro e o manejo florestal responsável tornaram essa espécie uma escolha estratégica para a indústria, especialmente no contexto atual de crise climática e demanda por práticas produtivas sustentáveis. Mais do que uma tendência passageira, o uso do eucalipto reflete um movimento sólido rumo à construção de uma economia verde e consciente.

Exemplo desse novo cenário é a trajetória da Donna Madeiras, empresa sediada em São José de Fruteiras, no município de Vargem Alta, nas Montanhas Capixabas. Fundada nos anos 1950 por José Donna, a empresa começou com a fabricação de móveis e o uso de madeira nativa, seguindo a prática comum da época. Com o passar das décadas, especialmente a partir de 1986, a Donna Madeiras assumiu o pioneirismo regional ao investir na serragem de eucalipto, após a concessão de exploração de florestas nativas. A partir desse momento, a empresa se destacou como referência no fornecimento de madeira serrada de eucalipto para diversos setores.

A virada definitiva veio em 1995 com a fundação da Donna Indústria de Madeira LTDA, envolvendo os filhos na gestão e consolidando a marca no mercado nacional, principalmente no Sudeste. Investimentos contínuos em inovação e tecnologia resultaram na inauguração de filiais especializadas em biomassa e comércio, além de uma sede autossustentável, moderna e unificada em 2024. Esse processo permitiu à Donna Madeiras ampliar seu portfólio de produtos, que hoje inclui dormentes, barrotes, ripas, tábuas, tocos, cunhas e pontaletes com cavidades, além de subprodutos como cavacos e pó de serra usados na geração de energia e no setor granjeiro.

O compromisso com o manejo florestal sustentável se reflete nos 2.500 hectares de reservas florestais que a empresa administra, sendo uma parte dedicada à preservação de espécies nativas e outra à plantação de eucalipto para corte. O ciclo produtivo é fechado e controlado: todo o eucalipto serrado provém de reflorestamento próprio ou de fornecedores locais que seguem as boas práticas ambientais. O Brasil é o maior produtor mundial de eucalipto, aponta pesquisa da Canopy Remote Sensing Solutions (2023), destacando que o país possui 10,2 milhões de hectares de florestas cultivadas, sendo 77% desse total ocupado por eucalipto.

A contadora e gestora ambiental Sabrina Oliveira Donna, na empresa há 14 anos, reforça que a busca por madeira de origem sustentável é crescente. “Principalmente por conta dos problemas climáticos, isso está sendo pedido e consumido”, afirma. Entre os pontos positivos do uso do eucalipto, ela destaca a sustentabilidade, a economia, a versatilidade industrial e o benefício ambiental com sequestro de carbono e recuperação de áreas degradadas. Por outro lado, reconhece desafios como a necessidade de manejo adequado para evitar impacto sobre a biodiversidade e a persistente percepção negativa da monocultura do eucalipto. “Ainda existe uma cultura antiga que eucalipto desgasta o meio ambiente, resseca o solo… Daí a gente precisa muito promover essa educação com as pessoas mais antigas e participar de feiras como a Espírito Madeira”.

Foi justamente na segunda e última edição da Espírito Madeira – Design de Origem, em novembro, em Venda Nova do Imigrante (ES), que Sabrina compartilhou essa visão de futuro ao lado de dois sócios da Donna Madeiras. Na ocasião, destacou a importância de agregar valor ao eucalipto para além da madeira em si. “Eucalipto deixou de ser apenas eucalipto. Agora é um produto cem por cento renovável, desejado pelas empresas. Tem que agregar valor”, ressaltou, apontando a necessidade de criar uma marca forte e inovadora para o setor capixaba.

Para Sabrina, a crise climática e a transição para uma economia de baixo carbono representam uma oportunidade concreta para empresas como a Donna Madeiras. “O Espírito Santo é um estado cheio de oportunidades, e o setor tende a crescer. Apenas um hectare de eucalipto plantado tem retorno econômico financeiro e, principalmente, ambiental”, afirmou com otimismo. A participação ativa em eventos como a Espírito Madeira e os investimentos contínuos da empresa demonstram que o eucalipto, nas mãos certas, é mais do que madeira. É uma escolha estratégica e sustentável para o presente e o futuro do planeta.

Seja um patrocinador da Espírito da Madeira! 

Esteja entre as principais empresas e instituições que apoiam esta Feira já consolidada como referência nacional do setor de madeira. Oportunidade única para conectar negócios, elevar conhecimento e cultura nas Montanhas Capixabas. Clique aqui e garanta sua participação como parceiro e apoiador do Espírito da Madeira 2025!

Serviço:

3ª Feira Espírito Madeira- Design de Origem

Dias 11, 12 e 13 de setembro de 2025

Local: Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, “Polentão”, em Venda Nova do Imigrante (ES)

Realização: Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau

Mais informações: www.espiritomadeira.com.br 

Instagram: @espiritomadeiraoficial

*Entrada gratuita

Featured Image

O fim dos resíduos: a revolução silenciosa das florestas plantadas

*Artigo de Murillo Galli.

Tenho 41 anos. Sou da Geração Y — os Millennials. Uma geração marcada por ciclos de mudança e quebra de paradigmas. Crescemos num mundo fragmentado e depois hiper conectado. Vimos o Brasil com hiperinflação e depois com o Plano Real. Nascemos sob regime militar e amadurecemos na redemocratização. Vivenciamos governos de centro, direita e esquerda. Essa instabilidade moldou em nós uma habilidade única: adaptabilidade.

Profissionalmente, metade da minha vida estive ligado, de alguma forma, ao setor florestal brasileiro — como produtor, prestador de serviços, comprador, executivo ou consultor. E como bom Millennial, afirmo: estamos presenciando mais um momento de ruptura.

O setor florestal já passou por revoluções — a dos clones com o aumento de produtividade e redução do ciclo, do plantio manual ao mecanizado, da motosserra a super produtivas colhedeiras, da intuição à precisão dos drones e satélites. E essa transformação foi acompanhada, em sua maior parte, pela minha geração. Sabemos como era antes, vivemos o agora e lideraremos, provavelmente, o amanhã: as florestas do futuro. (futuro este que não é mais tão longe assim).

Mas há algo que pouco mudou até agora: a cultura da abundância. Somos favorecidos por clima, solo, água, escala e disponibilidade de geográfica. Essa fartura histórica moldou uma visão “gorda” sobre o uso da terra, onde priorizamos o “filé” — o fuste da árvore — e negligenciamos o restante. Resíduo virou sinônimo de descarte, e isso se cristalizou em “verdades operacionais” pouco desafiadas.

Contudo, desde 2010, essa lógica começou a ruir. Com a explosão da economia chinesa e a transformação do setor de celulose em polos industriais de bioprodutos, o Brasil se tornou o epicentro de investimentos florestais globais. Cidades, regiões e até estados inteiros foram impactados. A cadeia produtiva sofisticou. E com ela, cresceu também a demanda por madeira — e não só para papel e celulose.

A madeira virou insumo essencial para setores variados:

  • Indústria de chapas e compensados,
  • Siderurgia,
  • Pecuária (como insumo energético),
  • Secagem de grãos,
  • Indústria sucroenergética,
  • E a novíssima fronteira: o etanol de milho.

Mas a forma de olhar para a floresta não mudou.

Mesmo com o Brasil liderando globalmente em produtividade (IMA de 35–40 m³/ha.ano), e em velocidade do ciclo da floresta (6 a 8 anos — em alguns casos reduzido para 5), esse descompasso entre a nova demanda x estoque de floresta existente e o tempo biológico das novas florestas, gerou o chamado e previsto por alguns do setor, “apagão florestal”: onde temos a capacidade instalada ociosa por falta ou inviabilidade de matéria-prima.

Resultado?

  • Disparada nos preços da madeira (de históricos R$ 35-45 para R$ 180–200/m³),
  • Ampliação do raio de colheita,
  • Antecipações de corte,
  • Perdas de eficiência.

Mas é aqui, neste cenário desafiador que entra a oportunidade — e a mudança de mentalidade.

“Resíduo não dá retorno”, “Toco é difícil de tirar”, “Deixa no campo que vira nutriente”… Essas frases, tantas vezes repetidas, refletem um modelo mental moldado pela fartura. Só que a fartura acabou.

Hoje, com custo elevado, escassez de mão de obra, mecanização cara e pressão por eficiência, o setor começa a olhar com seriedade para algo que sempre esteve ali: os chamados resíduos florestais.

A pergunta é: eles são realmente resíduos?

Países como os nórdicos e ibéricos já responderam: não. Lá, resíduos são insumos — para energia, compostos, blends de biomassa. Isso não aconteceu por acaso: foi fruto de escassez, políticas públicas, pesquisa e tecnologia. E o Brasil está vivendo esse mesmo ponto de inflexão.

Na empresa que atuo, o Grupo IBS Energy , estamos protagonizando esse novo capítulo. Através da IBC Biomass Solutions, joint venture com o Grupo Madeplant Florestal , estamos projetando uma operação pioneira de entrepostos de biomassa no Estado de São Paulo, capazes de estocar, processar e misturar diferentes resíduos florestais e agrícolas para atender caldeiras com perfis técnicos diversos.

Um exemplo emblemático: A enfardadora de resíduos florestais Madeplant, a primeira do tipo no Brasil. Consolidada na Europa há mais de 15 anos, ela recolhe e enfarda mecanicamente os resíduos pós-colheita, levando muitos benefícios para a silvicultura, como a redução drástica de tempo entre colheita e entrada para plantio e até mesmo a viabilização da mecanização florestal quase imediata. Desde 2024 vem sendo testada no Brasil e já operou nos principais players do setor, em 4 estados, com desempenho técnico e operacional surpreendente.

Outro exemplo: A evolução do processo de destoca, realizado pela Madeplant. Em regiões do MS, onde o etanol de milho avança rapidamente, o uso do cavaco do toco como combustível está sendo feito em larga escala, com custo operacional cada vez menor e produtividade surpreendente.

Resultado final? A floresta deixa de ser mono-ofertante. O fuste vai para quem paga mais. Os resíduos viram combustível, insumo ou solução energética para quem tem menor capacidade de pagamento e a silvicultura gera ganhos hoje não contabilizados. A floresta se torna multifuncional, mais lucrativa e mais eficiente.

Lembro de uma visita à Espanha, onde perguntei ao gestor florestal: — O que vocês fazem com os resíduos? Ele riu e respondeu: — “¿Qué desperdicio? Esto no es desperdicio, es energía.”

Ali entendi tudo. Eles não têm sequer a palavra “resíduo” da forma como usamos. O que chamamos de resíduo, eles chamam de oportunidade.

E aqui no Brasil, finalmente, esse entendimento começa a chegar. Não temos mais espaço para ineficiência. Não temos mais margem para desperdício. A abundância, daqui para frente, precisa estar na produtividade — não na ociosidade.

Como Millennial, vejo nisso uma revolução silenciosa e promissora. Já vimos muita transformação antes — e essa, pessoalmente, talvez seja uma das mais empolgantes. A pergunta que fica não é “se” vamos mudar, mas “quando” deixaremos de usar a palavra resíduos para falar de ativos florestais e agrícolas.

Bora apostar?


*Murillo Galli é Diretor Executivo da IBC Biomass Solutions e Diretor de Relações Institucionais do Grupo IBS Energy.

Featured Image

CMPC inicia aulas do curso Técnico de Manutenção de Máquinas Industriais

Exclusiva para PCD, a qualificação tem duração de 18 meses e acontece em parceria com o SENAI

Nesta segunda-feira (09), iniciaram as aulas da primeira turma do curso Técnico de Manutenção de Máquinas Industriais, exclusiva para pessoas com deficiência (PCD). A iniciativa, realizada pela CMPC, é voltada à qualificação de mão de obra local e visa proporcionar desenvolvimento e preparação técnica para os 15 alunos selecionados.

Contemplando disciplinas práticas e teóricas, a formação tem duração de 18 meses e as aulas acontecem no SENAI, em Porto Alegre. O objetivo é contribuir para a inclusão dos profissionais no mercado de trabalho e, após a conclusão do curso, oportunizar que façam parte do quadro de colaboradores da área de Manutenção da CMPC. 

O diretor-geral de Celulose da CMPC no Brasil, Antonio Lacerda, destaca que o curso Técnico de Manutenção de Máquinas Industriais busca capacitar os profissionais para que sejam cada vez mais valorizados. “A formação foi estruturada com um olhar especial para atender esse público. Queremos proporcionar qualificação técnica para pessoas com deficiência e, dessa forma, gerar oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Temos convicção que a inclusão é o caminho para um futuro mais justo”.

Sobre a CMPC 

A CMPC é uma empresa centenária do setor florestal que atua em três segmentos de negócio: celulose, itens de higiene pessoal (tissue) e embalagens. A companhia é uma representante da bioeconomia e possui suas operações alicerçadas na sustentabilidade e na economia circular. Presente no Brasil desde 2009, a CMPC possui operações em sete estados. O grupo CMPC conta com mais de 25 mil colaboradores, 54 unidades produtivas distribuídas em nove países da América Latina e cerca de 24 mil clientes atendidos ao redor do mundo. Em 2023, conquistou a 1ª posição do ranking de sustentabilidade corporativa da S&P Global. Em 2024, foi apontada pela segunda vez consecutiva como a Empresa Florestal Mais Sustentável do Mundo pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade e, com o BioCMPC, de forma inédita no Brasil, a CMPC levantou o Prêmio PMI Awards de Projeto do Ano de Engenharia, Construção e Infraestrutura, o reconhecimento mais importante do setor em nível global. O CEO do Grupo CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, foi eleito pela Council of the Americas o CEO do Ano (2023) em Sustentabilidade.  Em 2024, Ruiz-Tagle recebeu o título de CEO do Ano pela Fastmarkets Forest Products PPI Awards, que também elegeu a CMPC como líder mundial em Sustentabilidade. Outras informações estão no site.

Featured Image

Unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS) alcança marca de 2 milhões de toneladas de celulose produzidas

Este é o terceiro marco importante registrado em tempo recorde desde o início das operações em 21 de julho de 2024, o que reforça o alto desempenho da nova unidade

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, alcançou no sábado (07/06) a marca de 2 milhões de toneladas de celulose produzidas na nova fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS). O resultado foi registrado 321 dias após o início das operações, em 21 de julho de 2024, e menos de cinco meses após atingir o primeiro milhão de toneladas — um novo recorde para a unidade, que reafirma sua excelência operacional. A fábrica concluiu sua curva de aprendizagem em pouco mais de cinco meses e atingiu o primeiro milhão em menos de seis meses, o menor tempo já registrado por uma unidade do setor.

Para Leonardo Mendonça Pimenta, diretor de Operações Industriais da Suzano em Ribas do Rio Pardo, os números e recordes refletem a qualidade operacional construída ao longo de mais de 100 anos de história. “Os marcos alcançados traduzem não apenas o desempenho industrial, mas também a maturidade da empresa, o domínio do setor e o investimento contínuo em tecnologia, pessoas e sustentabilidade. Desde o início das operações, a nova fábrica tem superado desafios em escala, eficiência e competitividade. Esses avanços são resultado do esforço conjunto das equipes, com foco técnico, integração e responsabilidade socioambiental”, afirma.

Segundo Claudio Nunes Aguiar, gerente executivo de Produção da Suzano em Ribas do Rio Pardo, o novo marco reforça o alto desempenho da unidade e a dedicação da equipe. “O resultado reflete a eficiência no processo de partida e estabilização da fábrica, além do comprometimento de todos os envolvidos. Mais do que números, mostra a importância do trabalho conjunto e do foco em sustentabilidade, com impacto positivo para o mercado e a comunidade. Vale destacar ainda a contribuição das áreas de engenharia, com uma montagem precisa; florestal, pelo fornecimento de madeira de qualidade; e logística, pela agilidade no escoamento da produção”, afirma.

Para Rodrigo Zagonel, diretor de Operações Florestais da Suzano em Ribas do Rio Pardo, a produção de 2 milhões de toneladas de celulose reflete a eficiente integração entre as operações florestais e industriais, característica do empreendimento desde sua criação. “A qualidade da madeira de eucalipto, cultivada com práticas sustentáveis, foi fundamental para o alto desempenho da fábrica. Nossas operações no Mato Grosso do Sul, apoiadas por uma logística eficiente, garantiram o fornecimento contínuo e preciso, assegurando a estabilidade e eficiência do processo produtivo. Esse resultado é fruto do trabalho conjunto, com foco em responsabilidade ambiental e desenvolvimento regional”, afirma.

A unidade

Com capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, a Unidade de Ribas do Rio Pardo é a maior fábrica de celulose em linha única do mundo. O ritmo acelerado e consistente da produção desde o início tem sido fundamental para a conquista de marcos sucessivos em tempo recorde. Com a nova planta, a capacidade instalada de produção da Suzano saltou de 10,9 para 13,44 milhões de toneladas anuais — um aumento superior a 20%. A maior parte dessa produção é destinada ao mercado externo e escoada por uma combinação de modais rodoviário e ferroviário até os terminais portuários de Santos (SP).

Maior investimento da Suzano em 100 anos de história, a unidade de Ribas do Rio Pardo contou com investimento total de R$ 22,2 bilhões, que incluem a construção da fábrica e iniciativas como a formação da base florestal e a estrutura logística para escoamento da celulose, com cerca de 3 mil colaboradores(as) diretos, entre próprios e terceiros, atuando nas operações florestais e industriais. Parte desses(as) profissionais começou a ser formada muito antes do início das operações por meio de iniciativas próprias da Suzano, juntamente com seus parceiros, para valorizar a mão de obra local e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico da região.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br.

Featured Image

Forestoken anuncia novo CGOO para liderar a próxima fase de crescimento e inovação no mercado florestal digital

A Forestoken tem o prazer de anunciar a chegada de ANTHONY ANDRADE como Chief Growth & Operations Officer (CGOO). Com uma trajetória sólida no desenvolvimento e implementação de estratégias de crescimento nos setores florestal, agronegócio, energia, financeiro e de tecnologia, ele assume a missão de acelerar a integração entre operações, produto e estratégia de mercado, liderando a entrada e a tração comercial do EyeForest, nosso ecossistema digital para o setor florestal.

Sob sua liderança, a Forestoken dará novos passos rumo à estruturação de um mercado florestal mais transparente, digital e financeiramente integrado. Entre seus principais objetivos estão: garantir o sucesso dos lançamentos do ForestGIS, ForestChain e ForestTracker, fortalecer nossa governança interna e apoiar o crescimento de parcerias estratégicas que conectem produtores, compradores ao mercado financeiro.

Anthony Andrade.

A chegada do novo CGOO marca uma nova fase da nossa jornada: transformar a floresta em dado, o dado em contrato, e o contrato em ativo — com rastreabilidade, segurança jurídica, inteligência artificial e blockchain como pilares.

Mais do que digitalizar processos, queremos aproximar de vez o mercado florestal da Faria Lima.

Featured Image

Queimadas fazem desmatamento crescer 92% na Amazônia em maio

Índice de desmatamento registrou queda no Cerrado e Pantanal

O desmatamento na Amazônia, em maio de 2025, alcançou 960 km², o que representa uma alta de 92% em relação ao mesmo mês de 2024. O aumento está diretamente ligado às mudanças climáticas e aos incêndios ocorridos nos meses anteriores, mas que só são percebidos algum tempo depois, quando a vegetação seca, de acordo com o ministro em exercício do Meio Ambiente e Mudança, João Paulo Capobianco. “Esse incêndio florestal de grandes proporções, relacionado a uma alteração climática, não é um desmatamento ocorrido em maio. Ele é uma floresta incendiada a tal ponto que chega agora como uma floresta colapsada”, explica.

Na análise do período acumulado, de agosto de 2024 a maio de 2025, essa alta foi de 9,1% na comparação com os mesmos meses no ano anterior.  Os dados são do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e foram apresentados nesta sexta-feira (6), pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em Brasília.

No detalhamento dos dados, 51% do desmatamento decorrem de incêndios florestais, 48% de corte raso e 1% de mineração.

Incêndios

Nos últimos cinco anos, os focos de incêndio em vegetação nativa se mantinham na média de 10%. Em 2024, esse índice subiu para 13,5%. Nos primeiros meses de 2025, 23,7% dos focos de incêndio no país atingiram vegetação nativa. 

Segundo Capobianco, o dado nunca foi evidenciado porque, em anos anteriores, o desmatamento decorrente de incêndio florestal representava percentuais muito inferiores. “Nós estamos incorporando [informações] no próprio Deter, que é um sistema feito para ser em tempo real, porque normalmente esses dados apareciam apenas no Prodes [Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite]”, destaca.

No Cerrado e no Pantanal, a tendência de queda permaneceu para o mês de maio, com quedas respectivamente de 15% e 65% na comparação entre maio de 2025 e 2024.

No período agregado de agosto de 2024 a maio de 2025, o Cerrado perdeu 4.583 km², representando uma queda de 22% em relação ao mesmo período dos anos anteriores. No Pantanal, de agosto de 2024 a maio de 2025, foram perdidos 267 km², 74% a menos que no mesmo período de anos anteriores. “Hoje, nós temos a capacidade muito significativa de prever e nos antecipar a desastres. O grande desafio é como vamos organizar as ações, para, com base nessas informações, atuar na prevenção”, diz.

Enfrentamento

O ministro em exercício afirmou, também, que o governo vem trabalhando em um processo de articulação federativa para que o problema seja enfrentado pelo conjunto de atores de todas as instâncias governamentais, iniciativa privada e sociedade organizada.

Capobianco destacou, ainda ações do governo federal de enfrentamento a incêndios e ao desmatamento, como a aprovação da Lei que criou a Política Nacional do Manejo Integrado do Fogo; o investimento de R$ 825 milhões no fortalecimento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e outros R$ 405 milhões para os bombeiros de municípios na Amazônia, além do Programa União com Municípios.

Informações: Agro Band.

Featured Image

Inovação energética: um caminho essencial para a sustentabilidade global

*Artigo por Elcio Trajano Jr.

A transição energética deixou de ser apenas um compromisso ambiental. Hoje, ela é um ponto de reflexão estratégico para empresas que desejam manter sua relevância diante de um cenário global cada vez mais pressionado por escassez de recursos, mudanças climáticas e exigências regulatórias. No setor florestal, esse movimento é ainda mais decisivo: estamos diante de uma oportunidade concreta de liderar uma transformação capaz de unir produtividade, segurança no fornecimento e responsabilidade ambiental.

O crescimento de 7,5% na demanda por energia no Brasil em 2024, segundo dados do ONS, não é um número isolado — é o reflexo direto de um país em expansão que precisa garantir estabilidade e eficiência em suas matrizes. Paralelamente, acordos internacionais, como os firmados na COP29, em Baku (Azerbaijão), reforçam o papel das fontes renováveis na construção de um novo modelo global. A meta de triplicar a capacidade mundial de energia renovável até 2030 e os US$ 300 bilhões anuais prometidos por países desenvolvidos para apoiar esse processo sinalizam um reposicionamento inevitável: ou investimos em novas soluções no campo da energia, ou ficamos para trás.

Na indústria de celulose e papel, essa escolha já se mostra inadiável. O setor possui um potencial singular de integração entre bioeconomia e geração limpa — seja pelo uso de biomassa ou pela adoção de tecnologias que valorizam o reaproveitamento de resíduos industriais. É nesse ponto que a sustentabilidade deixa de ser um valor abstrato e passa a representar uma vantagem operacional estratégica.

Empresas, como a Eldorado Brasil, já enxergam a modernização da matriz energética como uma extensão natural do seu modelo de gestão sustentável. A Usina Termelétrica Onça Pintada (UTOP), inaugurada em 2021, é um exemplo de como temos levado isso a sério. Com capacidade instalada de 50 MW, ela utiliza troncos de eucalipto não aproveitados na produção de celulose para gerar eletricidade. Em 2023, foram entregues 317 mil MW ao Sistema Interligado Nacional — energia suficiente para abastecer uma cidade de mais de 2 milhões de habitantes. O que antes era resíduo, hoje é solução.

Além disso, fomos além ao implementar a primeira mini-hidrelétrica do mundo que gera energia a partir de efluentes tratados. Essa iniciativa pioneira não só reduz o impacto ambiental, como amplia sua autonomia operacional. Integrar diferentes fontes e otimizar cada insumo disponível faz parte da nossa visão sistêmica de futuro, que alia consistência técnica, responsabilidade coletiva e capacidade de adaptação em contextos desafiadores.

Alguns estudos recentes, como o da Brasil Biomassa (2024), apontam que o Brasil pode substituir até 50 TWh de combustíveis fósseis por bioeletricidade até 2035. Para isso, será necessário investir em escala, tecnologia e políticas públicas que favoreçam a previsibilidade. A indústria florestal pode — e deve — ocupar papel central nessa transição, deixando de ser apenas consumidora para se tornar provedora de energia renovável e competitiva.

Ações estruturantes para o compromisso da transição energética no setor produtivo precisam ser elaboradas para que o tema saia da retórica e ocupe o centro das decisões executivas — com investimento real, gestão eficiente e abertura para novas perspectivas. Encarar esse processo com seriedade e foco na sustentabilidade é fundamental para quem deseja ir além do acompanhamento do mercado e contribuir para sua evolução.


*Elcio Trajano Jr, é Diretor de RH, Sustentabilidade e Comunicação na Eldorado Brasil Celulose.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S