PÁGINA BLOG
Featured Image

Araucária de 750 anos derrubada por temporal é clonada e plantada em Curitiba

A muda é fruto de uma pesquisa inédita da Embrapa Florestas

Em homenagem ao Dia Nacional da Araucária, comemorado nesta terça-feira (24), o governador em exercício Darci Piana e o secretário de Desenvolvimento Sustentável Rafael Greca realizaram o plantio simbólico de uma muda clonada de araucária nos jardins do Palácio Iguaçu, sede do governo estadual em Curitiba.

A muda é fruto de uma pesquisa inédita da Embrapa Florestas, que conseguiu clonar uma Araucaria angustifolia de aproximadamente 750 anos que tombou em Cruz Machado, no Sul do Paraná, durante um forte temporal em 2023. A árvore histórica, com 42 metros de altura e 36 metros de tronco, era considerada a maior do estado e um dos principais pontos turísticos do município.

Araucária era ponto turístico

Com forte valor simbólico e cultural, a árvore atraía visitantes de várias regiões do Brasil. Segundo a prefeitura de Cruz Machado, sua perda foi considerada irreparável, marcando o fim do ciclo de um símbolo da história paranaense. A última postagem sobre a araucária nas redes sociais do município, feita em outubro de 2023, teve um alcance de mais de 67 mil pessoas.

Desafios para gerar clone da Araucária

A clonagem de uma planta tão antiga apresentou grandes desafios, pois a regenerabilidade de tecidos de árvores idosas é reduzida. No entanto, o pesquisador conseguiu produzir quatro mudas de tronco, preservando o DNA da árvore original. “Resgatar uma araucária tão antiga e cloná-la com sucesso é uma conquista científica”, comemora o pesquisador da Embrapa Ivar Wendling.

Por serem originárias de tecidos adultos, as mudas clonadas irão originar árvores de porte menor mas que começam a produzir pinhão mais cedo do que uma árvore convencional, o que pode beneficiar produtores rurais interessados no uso sustentável da espécie. O pinhão, além de ser um alimento tradicional, tem valor comercial crescente e pode representar uma fonte de renda adicional para agricultores.

Informações: Bem Paraná.

Featured Image

MSGás investe R$ 160 milhões em gasoduto para atender fábrica da Arauco

Contrato de 20 anos prevê fornecimento de gás natural à indústria de celulose em Inocência

A Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGás) finalizou o projeto do novo ramal de gás natural que abastecerá a futura fábrica de celulose da Arauco, em Inocência. O contrato com a multinacional chilena, com vigência de 20 anos a partir de 2027, deve gerar R$ 1,2 bilhão em receita. A obra integra o plano de expansão da companhia e marca novo passo na interiorização do gás no Estado.

Com investimento estimado em R$ 160 milhões, o gasoduto terá 125 quilômetros e ligará Três Lagoas a Inocência, passando pelas rodovias MS-320 e MS-377. A licitação para aquisição dos tubos foi lançada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (30) e as propostas podem ser enviadas até 14 de julho. A CEO da MSGás, Cristiane Schmidt, afirmou que a iniciativa consolida a atuação da empresa no “Vale da Celulose” e reforça a aposta no gás veicular para o transporte de cargas.

“Estamos preparados para atender a alta demanda do setor florestal e ampliar o fornecimento de GNV em corredores logísticos. Essa é nossa segunda grande parceria no polo de celulose, após o contrato com a Suzano, em Ribas do Rio Pardo”, disse Schmidt. O diretor Técnico e Comercial da companhia, Fabricio Marti, destacou que o projeto envolve grandes aportes em infraestrutura e fortalece o papel do Estado na inovação industrial.

As obras devem começar em maio de 2026. Além de atender à Arauco, o gasoduto pode beneficiar municípios como Água Clara e Aparecida do Taboado. Atualmente, a MSGás possui uma rede de 530 quilômetros, com mais de 24 mil clientes, fornecendo gás natural aos setores residencial, comercial, industrial, de cogeração e GNV em Campo Grande e Três Lagoas.

Informações: Capital News.

Featured Image

Reflorestar neutraliza contrato com crédito de carbono

A empresa é a primeira do setor florestal a neutralizar contrato de prestação de serviços, reforçando seu compromisso com a descarbonização e com a agenda ESG

A Reflorestar Soluções Florestais é a primeira prestadora de serviços florestais do país, com atuação desde a silvicultura até a logística, a neutralizar integralmente as emissões de carbono de um contrato. A ação é resultado de um inventário completo de Gases de Efeito Estufa (GEE), seguido da aquisição de créditos de carbono certificados e metodologia internacionalmente reconhecida, reforçando o compromisso de operação ambientalmente responsável da empresa.

A neutralização foi realizada com base em um contrato de carregamento de madeira executado no Sul da Bahia em 2022. Para isso, a Reflorestar conduziu um inventário voluntário das emissões, utilizando a metodologia reconhecida internacionalmente do GHG Protocol, com consultoria ambiental registrada e certificação da plataforma Verra.

“Realizamos a nossa primeira compensação de crédito de carbono. Isso representa para nós mais do que um compromisso ambiental, é uma sinalização clara de que a Reflorestar está preparada para atender as demandas de um mercado que valoriza a sustentabilidade. Este é um passo importante para novos negócios e um exemplo do que queremos replicar em outros contratos”, afirma Igor Dutra de Souza, diretor florestal da empresa.

Inventário rigoroso e metodologia reconhecida

O levantamento contabilizou as emissões dos três escopos: emissões diretas (como a queima de combustível na frota própria), emissões indiretas (como o consumo de energia elétrica) e emissões de terceiros (como transporte e descarte de resíduos). O principal fator de emissão foi o consumo de combustível em veículos operacionais. No total, foram neutralizadas 2.268 toneladas de CO₂ equivalente.

“Acreditamos que medir e compensar nossas emissões é um compromisso com o presente e com o futuro. A neutralização desse contrato é resultado de um trabalho técnico criterioso, com base em dados confiáveis e metodologias transparentes. É uma entrega concreta da nossa política de segurança, qualidade e meio ambiente”, destaca André Henrique de Paula, gerente de Segurança e Qualidade da Reflorestar.

Compensação em projeto certificado e alinhado aos ODS

Os créditos de carbono adquiridos pela Reflorestar foram investidos no projeto BAESA, que gera energia limpa e é certificado por sua contribuição efetiva à mitigação das mudanças climáticas. O projeto já é um ativo em operação e está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, como o ODS 7 (energia limpa e acessível), 8 (trabalho decente e crescimento econômico), 11 (cidades e comunidades sustentáveis), 13 (ação contra a mudança global do clima) e 15 (vida terrestre).

Desde 2021, a Reflorestar vem investindo em tecnologia e eficiência energética com foco na redução das emissões. Com esse movimento pioneiro, pretende inspirar outras empresas do setor a adotar práticas semelhantes.

“A neutralização de carbono deixa de ser uma tendência e passa a ser um diferencial competitivo. Queremos que esta iniciativa se torne referência. A Reflorestar está comprometida com o desenvolvimento sustentável e com um modelo de operação que gere impacto positivo em todos os sentidos: ambiental, social e econômico”, conclui Igor Souza.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo silvicultura, colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Com 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite o site da Reflorestar .

Featured Image

Avistamento de onça-parda reforça qualidade ambiental das áreas florestais da Suzano em Mato Grosso do Sul

Espécie foi registrada durante as primeiras campanhas de monitoramento da fauna silvestre em Ribas do Rio Pardo (MS)

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de eucalipto, registrou a presença de uma onça-parda (Puma concolor) em uma de suas áreas de manejo no município de Ribas do Rio Pardo (MS), por meio do Programa de Monitoramento da Fauna Silvestre em sua Unidade de Negócio Florestal (UNF) em Mato Grosso do Sul. O avistamento da espécie, considerada um dos maiores felinos das Américas, reforça a qualidade ambiental das áreas florestais da companhia e evidencia a importância das práticas de conservação adotadas pela empresa no estado.

“Além de ser um belo registro, trata-se de um forte indicativo de que nossas áreas florestais oferecem condições adequadas à presença de grandes predadores, evidenciando um ecossistema funcional e equilibrado. Em linha com o nosso direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’, a ocorrência da onça-parda, que depende de grandes áreas com vegetação nativa e disponibilidade de presas, demonstra a efetividade das nossas práticas de manejo sustentável e nosso compromisso com a conservação da biodiversidade local”, destaca Ana Luiza Reis Rosa Vaz, coordenadora de Sustentabilidade da Suzano.

O monitoramento da fauna foi intensificado em maio na região de Ribas do Rio Pardo com o objetivo de confirmar a ocorrência de espécies de anfíbios, aves, répteis e mamíferos de médio e grande porte nas áreas sob manejo da companhia. Esses grupos são considerados bioindicadores da qualidade ambiental, pois respondem de forma sensível a alterações no habitat.

A atividade está sendo conduzida por consultores da Casa da Floresta Ambiental e contribui para o levantamento da riqueza e da abundância relativa das espécies, além de fornecer dados essenciais para a avaliação dos efeitos do manejo florestal sobre a biodiversidade.

Onça-parda

Também conhecida como suçuarana, a onça-parda é um animal solitário, que só vive em grupo durante o período de acasalamento ou quando a fêmea está com filhotes. É uma espécie extremamente ágil e capaz de realizar saltos impressionantes: até 5,5 metros na vertical e mais de 10 metros na horizontal. Mesmo sendo um grande felino, ela não ruge. Sua comunicação é feita por meio de marcas de cheiro e linguagem corporal, o que a torna uma caçadora silenciosa e discreta.

Os filhotes da onça-parda nascem com manchas pelo corpo, que desaparecem conforme o crescimento. Outro comportamento notável é sua capacidade de armazenar alimento: o animal costuma enterrar presas para consumi-las posteriormente, o que garante sua sobrevivência mesmo em períodos de escassez.

Conservação

Além do programa próprio de monitoramento da fauna, a Suzano também firmou uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) para a conservação do macaco-prego-do-papo-amarelo (Sapajus cay), espécie-chave do Cerrado. A iniciativa está sendo realizada na região de Três Lagoas (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS) e envolve um estudo sobre o comportamento e distribuição do primata em fragmentos florestais da empresa. O projeto terá duração de dois anos e é coordenado pelo professor José Rímoli.

Outro exemplo dos esforços da Suzano na conservação da biodiversidade é a parceria com o ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres) para monitorar o comportamento do tatu-canastra (Priodontes maximus), o maior tatu do mundo, em áreas da empresa no leste de Mato Grosso do Sul. O projeto “Canastras e Eucaliptos” começou em abril do ano passado e, desde julho, realiza trabalhos de campo com reconhecimento de área, identificação de vestígios e instalação de armadilhas fotográficas. A primeira captura do animal para monitoramento detalhado ocorreu neste ano, marcando um avanço nas estratégias de proteção da espécie.

Corredores de biodiversidade

A iniciativa de conservação da biodiversidade nas Unidades Florestais da Suzano faz parte do Compromisso Suzano de Conservar a Biodiversidade. Este compromisso visa conectar mais de 500 mil hectares de fragmentos de áreas prioritárias para conservação por meio de corredores ecológicos no Brasil, incluindo biomas como Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Em Mato Grosso do Sul, a iniciativa prevê ações de restauração ambiental em seis municípios (Água Clara, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas).

Sobre a Suzano 

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br 

Featured Image

Construção do arranha-céu de madeira maciça ‘mais alto do mundo’ está em andamento

Começou a construção do Neutral Edison (The Edison), uma torre de madeira maciça de 31 andares no centro de Milwaukee, Wisconsin, EUA, que deverá se tornar o edifício “mais alto do mundo” desse tipo quando for concluído em 2026

O edifício atingirá uma altura de 110 m (362 pés) até 2026 e incluirá cerca de 350 unidades residenciais, espaço comercial no térreo e um nível de amenidades na cobertura.

Localizado no antigo local de um estacionamento de superfície na N Edison Street e no Rio Milwaukee, o projeto é liderado pela construtora Neutral, sediada nos EUA (anteriormente The Neutral Project), com a CD Smith Construction, sediada em Wisconsin, atuando como empreiteira geral.

Foi projetado pela Hartshorne Plunkard Architecture (EUA), com engenharia estrutural da Thornton Tomasetti (EUA) e madeira maciça fornecida pela Stora Enso (Finlândia) e Wiehag (Áustria).

O Edison ultrapassará a torre Ascent MKE de Milwaukee, atual detentora do recorde de edifício de madeira maciça mais alto do mundo, com 25 andares e 87 m; foi concluído em 2022. Uma vez concluído, o Edison ficará a menos de 1,6 km do Ascent MKE, o que significa que os dois arranha-céus de madeira maciça mais altos do mundo ficarão em uma área urbana de dez quarteirões.

Nenhum outro projeto de madeira em massa atualmente em construção confirmou planos para exceder a altura proposta por Edison, embora vários conceitos híbridos mais altos — como a torre Atlassian Central em Sydney, Austrália — permaneçam em vários estágios de desenvolvimento ou design.

Tanto a Ascent quanto a Edison contam com sistemas estruturais híbridos que incluem um núcleo de concreto combinado com madeira laminada cruzada (CLT) e elementos de madeira laminada colada para pisos e estrutura.

Assim como o Ascent MKE, o Edison exigiu considerações especiais de licenciamento, principalmente em relação a testes de incêndio e padrões de segurança de vida.

O custo total da construção deverá ser de aproximadamente US$ 200 milhões, com a CD Smith garantindo cerca de US$ 133 milhões em financiamento para iniciar a construção.

A previsão é de que seja aberto aos moradores e ao público em 2027.

O foco da construção sustentável da Neutral Edison

Em um comunicado anunciando a inauguração, a CD Smith e a Neutral posicionaram o empreendimento como um marco na construção sustentável, citando o potencial de armazenamento de carbono da madeira em massa e a redução da pegada ambiental em comparação com materiais convencionais de edifícios altos.

Renderização do edifício Edison, um arranha-céu de madeira em Milwaukee, Wisconsin, EUA. (Imagem cortesia da Neutral)

A Neutral está visando a certificação do Passive House Institute US (PHIUS) e a certificação do Living Building Challenge Core, colocando o projeto entre os arranha-céus mais ambiciosos ambientalmente atualmente em construção na América do Norte.

Os desenvolvedores acreditam que o sistema estrutural permitirá uma construção mais rápida, menor emissão de carbono e melhor qualidade do ar interno.

Além do desempenho dos materiais, o edifício contará com sistemas de climatização de alta eficiência, janelas com vidros triplos e um envoltório térmico projetado para superar os padrões de energia básicos. A Neutral afirmou que a abordagem reduzirá o consumo operacional de energia em até 50% em comparação com torres multifamiliares convencionais.

Informações: Construction Briefing.

Featured Image

Programa oferece 560 vagas em cursos técnicos gratuitos para setor de celulose em MS

Os cursos são de Automação, Celulose & Papel, Eletrotécnica, Logística, Mecânica e Química

Com foco no desenvolvimento regional e no fortalecimento da cadeia produtiva da celulose, o programa “Abrace este Projeto” está com inscrições abertas para 560 vagas em cursos técnicos gratuitos em três municípios de Mato Grosso do Sul, Inocência, Paranaíba e Três Lagoas. A iniciativa é promovida pela Arauco, por meio do Projeto Sucuriú, em parceria com o Senai, e tem como objetivo preparar mão de obra qualificada para atuar em um dos setores que mais cresce no Estado.

Os cursos abrangem seis áreas estratégicas da indústria: Automação, Celulose & Papel, Eletrotécnica, Logística, Mecânica e Química. As aulas serão oferecidas nos períodos integral e noturno, de acordo com a disponibilidade de cada município. Os participantes também receberão com bolsas mensais de até R$ 1.500, garantindo apoio financeiro durante o período de formação.

De acordo com Arnaldo Milan de Souza, gerente de Pessoas do Projeto Sucuriú, a qualificação profissional é uma das frentes do investimento que a empresa tem feito na região. “Mais do que construir uma nova fábrica, estamos investindo em gente, em educação e em oportunidades que vão transformar vidas”, afirma.

O diretor-regional do Senai, Rodolpho Mangialardo, ressalta que a parceria entre as instituições visa não apenas a formação, mas a empregabilidade. “Estamos preparando os profissionais com antecedência para garantir que, quando a planta industrial iniciar as operações, não haja falta de mão de obra qualificada”, explica.

O programa está alinhado à estratégia da Arauco de promover o desenvolvimento sustentável, gerando impactos positivos duradouros nas comunidades onde atua. A formação técnica, além de abrir portas para o primeiro emprego ou a reinserção no mercado de trabalho, fortalece a economia local ao conectar educação e empregabilidade.

Como participar

Os interessados devem ter 18 anos ou mais e ensino médio completo. As inscrições vão até o dia 22 de julho e devem ser feitas pelo site: sistemafiems.ms.senai.br/abrace-este-projeto. As aulas começam no dia 18 de agosto.

Informações: RCN67.

Featured Image

Três Lagoas (MS) coloca o Brasil no topo do mercado mundial de celulose

O país produz 24,3 milhões de toneladas de celulose anuais, com MS contribuindo com 7,6 milhões e Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo representando 32% da produção estadual

Mato Grosso do Sul se destaca cada vez mais no mundo da celulose. Sem contar as fábricas que ainda entrarão em operação, o Estado já conta com a produção de mais de 7 milhões de toneladas por ano, fazendo o Brasil ser o maior exportador de celulose do planeta.

RANKING

De acordo com o levantamento realizado pelo IBA (Indústria Brasileira de Árvores), em 2023, o Brasil se manteve no ranking como o maior exportador de celulose do mundo. Quando o assunto é produção, o país só fica atrás dos Estados Unidos, algo que pode mudar nos próximos anos, já que várias indústrias entrarão em operação em Mato Grosso do Sul e também em outros estados.

Em termos de importação, ainda segundo o relatório do IBÁ, o Brasil está reduzindo a compra internacional de produtos do setor florestal. Em 2014, esses produtos correspondiam a 0,7% do total das importações brasileiras, enquanto em 2023 essa participação caiu para 0,5%. No mesmo ano, os produtos oriundos de base florestal contribuíram com cerca de 1% da produção nacional.

Em 2023, a produção brasileira de celulose atingiu 24,3 milhões de toneladas, contemplando 21,3 milhões de toneladas de fibra curta, 2,5 milhões de toneladas de fibra longa e 0,5 milhão de pasta de alto rendimento, apontando um CAGR (Compound Annual Growth Rate) nos últimos dez anos de 4,4%. As exportações de celulose seguem aquecidas, ficando pela segunda vez na história no patamar acima de 18 milhões de toneladas. O mercado interno, por sua vez, absorveu 6,2 milhões de toneladas.

Líder mundial na exportação desse produto, como já dito pouco acima, o Brasil é o segundo maior produtor no ranking global, atrás somente dos Estados Unidos.

NOVAS LINHAS

O número de fábricas vai crescer muito em Mato Grosso do Sul. Os dados disponibilizados, ainda não somam as potências que estão pode vir, já que até 2028, pelo menos mais duas indústrias de celulose vão estar operando no Estado. Os números já são ótimos. Atualmente, se compararmos MS a um país, ele seria o 10º maior produtor de celulose do planeta, passando sozinho na frente de países como o Chile, por exemplo.

A primeira fábrica da Suzano em Mato Grosso do Sul entrou em operação no ano de 2009, no município de Três Lagoas, com uma capacidade instalada de 1,3 milhão de toneladas de celulose ao ano. Em 2017, foi inaugurada a segunda linha, com capacidade para produzir 1,95 milhão de toneladas de celulose/ano, totalizando 3,25 milhões de celulose produzidas ao ano.

MAIOR DO MUNDO

No dia 21 de julho de 2024, entrou em operação a terceira fábrica da companhia no Estado, no município de Ribas do Rio Pardo, com capacidade para produzir mais 2,55 milhões de toneladas de celulose ao ano, a maior fábrica de linha única do mundo.

Dessa forma, a Suzano tem uma capacidade instalada para produzir cerca de 5,8 milhões de toneladas de celulose ao ano em Mato Grosso do Sul, somando as unidades de Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas, com a geração de 9 mil postos de trabalho diretos na região, entre próprios e terceiros.

CAPACIDADE SUPERADA

Por sua vez, a Eldorado Brasil foi projetada para produzir 1,5 milhão de toneladas celulose por ano. Porém, desde a inauguração da fábrica, a produção tem superado essa capacidade nominal, chegando a operar 20% acima. Atualmente, a empresa produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano.

Somando a produção anual das duas empresas, Mato Grosso do Sul produz 7,6 milhões de toneladas de celulose por ano. Além disso, o Estado tem tudo para despontar ainda mais nesse ranking mundial’ já que nos próximos anos, mais duas fábricas de celulose estarão entrando em operação.

Uma delas é a chilena Arauco. A obra está dentro do cronograma. O empreendimento está sendo construído no município de Inocência, vizinha de Três Lagoas. Conhecido como ‘Projeto Sucuriú’ e com investimento de US$ 4,6 bilhões (R$ 26,8 bilhões), tem previsão de iniciar operação no último trimestre de 2027, com capacidade produtiva estimada de 3,5 milhões de toneladas de celulose.

MAIS OUTRA FÁBRICA

Outra vizinha de Três Lagoas, a cidade de Bataguassu, também recentemente foi agraciada com o anúncio de mais uma fábrica de celulose. O governo de Mato Grosso do Sul assinou, o termo de concessão de incentivos fiscais para a instalação da primeira fábrica de celulose solúvel do Estado. O investimento será feito pela empresa Bracell, que pretende aplicar R$ 16 bilhões na unidade, que será construída em Bataguassu, ou seja, mais município localizado na região leste do Estado que vai viver amplo desenvolvimento.

Além da unidade em Bataguassu, a Bracell discute a expansão das atividades no município de Água Clara, onde já mantém operações florestais. O plano inclui a possibilidade de produção de celulose kraft, voltada para papel e embalagens, com capacidade de até 2,8 milhões de toneladas por ano. Também existe a possibilidade de configuração híbrida, com produção de celulose kraft e solúvel.

De acordo com o governo estadual, desde 2015, Mato Grosso do Sul atraiu R$ 125 bilhões em investimentos privados, dos quais R$ 65 bilhões se concretizaram nos últimos dois anos. O setor florestal, que conta com 30 empresas e emprega mais de 7 mil trabalhadores, representa atualmente 17,8% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Estado.

RANKING SE MS FOSSE COMPARADO A UM PAÍS

Atualmente, os Estados Unidos lideram a ranking de países produtores de celulose, com 47,8 milhões de toneladas por ano. Em segundo lugar está o Brasil, com 24,3 milhões de T/A, sendo grande parte dela produzida em solo sul-mato-grossense, mais precisamente na região leste do Estado, onde está localizada Três Lagoas e região.

Em terceiro lugar vem a China, com 22,6 milhões T/A. O Canadá ocupa a quarta posição com 14,2 milhões T/A. Em quinto lugar vem a Suécia, com 11,8 milhões T/A. Já em sexto a Finlândia, 10,9 milhões T/A.

Em sétimo é a Indonésia, com 10, 1 milhões T/A. Já em oitava é a Rússia, com 8,8 milhões T/A e em nono, o Japão, com 7,7 milhões T/A e em 10º lugar o Chile, com 4,7, milhões de toneladas/ano.

SALTO COMPETITIVO

Porém, a partir do start da fábrica da chilena Arauco que está sendo construída no município de Inocência, o MS dará um salto competitivo, passando dos atuais 7,6 milhões, para 11,2 milhões e duzentas mil toneladas de celulose/ano, ocupando o 6º lugar no podium de países produtores de celulose.

De acordo com os dados estão inseridos no relatório anual da IBA – Instituto Brasileiro da Árvore, publicado em dezembro do ano passado, com essa produção, o Estado de Mato Grosso do Sul pode ‘bater de frente’ com grandes países desenvolvidos, subindo para a sexta posição, deixando Chile, Japão, Rússia, Indonésia e Finlândia para trás.

Com a fábrica da Bracell entrando em operação nos próximos anos, MS tem tudo para fazer o Brasil subir no ranking ainda mais e sozinho, conseguir produzir praticamente ocupar que hoje o Canadá produz de celulose. Ou seja, solitário, o Estado entra na disputa mundial do setor, não deixando a possibilidade de conseguir ocupar a terceira posição do ranking.

Informações: Perfil News.

Featured Image

Conservação de florestas pode ser impulsionada por remuneração, afirma especialista

Frances Seymour defende o REDD+ e sugere projetos em escala jurisdicional para garantir créditos de carbono mais eficazes

Frances Seymour, especialista em conservação de florestas tropicais, defende que o mecanismo REDD+ ainda é uma boa ideia, apesar das críticas sobre sua eficácia e impactos sociais. Em entrevista à Folha, ela sugere que o foco deve ser em projetos de escala jurisdicional para garantir a integridade dos créditos de carbono. Seymour elogia também o novo Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que complementa o REDD+.

O REDD+ foi criado para recompensar a redução das emissões de gases de efeito estufa por meio da conservação florestal. Contudo, enfrenta críticas relacionadas à sua eficácia e ao modelo de pagamentos. A especialista, que atuou no governo Biden, acredita que, embora existam preocupações legítimas, elas podem ser geridas. “O REDD+ continua sendo uma ótima ideia que ainda mal foi colocada em prática”, afirmou.

Seymour destaca que as críticas à integridade dos créditos de carbono estão ligadas a projetos de pequena escala, que frequentemente superestimam as reduções de emissões. Para ela, a solução é concentrar esforços em projetos de maior escala, que oferecem mais controle e minimizam o risco de vazamento, onde o desmatamento se desloca para outras áreas.

TFFF como Complemento

O TFFF, proposto pelo governo brasileiro, remunera a conservação das florestas com base na área preservada, independentemente de mudanças no fluxo de carbono. Seymour considera que os dois mecanismos são complementares e que o TFFF preenche lacunas onde o REDD+ enfrenta dificuldades de financiamento.

Ela observa que, apesar dos investimentos em conservação, eles ainda são insuficientes em comparação com os gastos que impulsionam o desmatamento. A especialista ressalta que iniciativas que envolvem compromissos de empresas privadas têm mostrado resultados positivos na redução da perda florestal.

Desafios Futuros

Com a COP30 se aproximando, Seymour acredita que a conferência em Belém, na Amazônia, trará atenção necessária às florestas. Ela lembra que o Brasil já demonstrou a capacidade de reduzir significativamente o desmatamento. No entanto, as perspectivas são desafiadoras, especialmente com o aumento da perda florestal em 2024, tornando a meta de reversão até 2030 ainda mais difícil de alcançar.

Informações: Portal Tela.

Featured Image

Formações promovidas pela Suzano geram oportunidades para mulheres no setor florestal em Ribas do Rio Pardo (MS)

Vanuza Souza Pereira, de 29 anos, e Isabela Ribeiro da Silva, de 31, são exemplos de mulheres que encontraram nos cursos de formação de operadores(as) de máquinas florestais uma oportunidade real de reescrever suas trajetórias profissionais em um setor ainda predominantemente masculino. Desenvolvidos pela Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos a partir do eucalipto, em parceria com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), as formações têm colaborado para promover o desenvolvimento sustentável por meio da equidade de oportunidades na região.

Vanuza trocou a rotina como empregada doméstica por uma cabine de forwarder – máquina usada para facilitar a movimentação e carregamento do eucalipto nas áreas de colheita. Ela faz parte da primeira turma do curso de formação florestal oferecido em 2021. “Foi a primeira vez que vi uma empresa reservar vagas pensando nas mulheres aqui em Ribas do Rio Pardo”, lembra. Hoje, divide-se entre o trabalho no módulo de colheita e o curso técnico em Logística, buscando novos horizontes dentro da própria empresa. “A Suzano mudou minha vida e me fez enxergar um futuro que antes parecia impossível”, completa.

Vanuza Pereira

Já Isabella, que conciliava dois empregos para sustentar a filha, de 12 anos, viu no curso gratuito oferecido pela Suzano em parceria com o SENAI, em 2024, a chance de sair da informalidade e conquistar uma nova profissão. Ela acreditou no seu potencial e, pouco tempo depois, foi contratada como operadora de harvester – máquina responsável pelo corte dos eucaliptos em toras que serão posteriormente carregadas nas carretas para transporte até a unidade da empresa em Ribas do Rio Pardo. Hoje, celebra com orgulho o primeiro ano de carteira assinada e o desejo de crescer ainda mais. “Tem gente que duvidou, mas eu fui. Cada dia na Suzano é um aprendizado e uma conquista”, enfatiza.

Mulheres que abrem caminhos

Vanuza fez parte de um grupo pioneiro de mulheres em Mato Grosso do Sul que participou da primeira turma do curso de formação de operadores(as) de máquinas florestais promovido pela Suzano. Das 80 pessoas da turma, cerca 20 eram mulheres. Para muitas, assim como para ela, aquela foi a primeira oportunidade de entrar em um setor ainda predominantemente masculino.

“Algumas vinham do trabalho doméstico, outras eram costureiras ou atendentes de padaria. A maioria nunca imaginou operar uma máquina florestal. Foi transformador, tanto para nós como para a cidade”, conta Vanuza. Ela destaca que a política de diversidade da Suzano foi um fator que a motivou desde o início: “A gente viu que era uma empresa que dá espaço para a mulher e isso fez toda a diferença”.

Isabela também enfrentou resistência. Ao se inscrever no curso em 2024, ouviu comentários desmotivadores de pessoas próximas, mas manteve-se firme. “Teve gente que disse que não era lugar para mulher, mas era uma área que eu sempre quis entrar. Fui e tentei”, diz. Com o apoio da família e a vontade de construir um futuro melhor para si e para a filha, ela concluiu a formação na quinta turma de operadores(as), em Água Clara, e foi contratada logo em seguida.

Isabella Ribeiro

Para ela, a experiência representa não só estabilidade financeira e qualidade de vida, mas também crescimento profissional. Ela já considera investir em uma graduação ou curso técnico para continuar evoluindo na carreira. “É puxado, mas vale a pena. Cada dia a gente aprende algo novo”, afirma.

Inspirada pela própria trajetória, Isabella agora sonha em ver outras mulheres – inclusive sua esposa – aproveitando as mesmas oportunidades. “Estar em uma empresa do porte da Suzano traz muitas conquistas: conhecimento, remuneração digna, qualidade de vida e a chance de crescer. Isso é muito gratificante. Qualquer mulher que me pedir um conselho, eu incentivaria a fazer o curso, com certeza”, conclui.

Nova turma com 74 vagas

A nova turma do curso de Operador(a) de Máquinas Florestais em Ribas do Rio Pardo (MS), que será ofertado em parceria com o SENAI, segue com as inscrições abertas até o dia 29 de junho, pela página bit.ly/operador-florestal-ribas. Ao todo, são 74 vagas disponíveis, das quais 40% são destinadas exclusivamente a mulheres e a pessoas com deficiência, reforçando o compromisso da Suzano com a inclusão e a diversidade.

A formação é voltada a moradores da região e oferece bolsa-auxílio de R$ 1.400,00, além de alimentação, transporte, seguro de vida, camisetas e EPIs. Para participar, é necessário ter mais de 18 anos, Ensino Fundamental completo, carteira de habilitação categoria “B” e residir em Ribas do Rio Pardo. O curso inclui aulas teóricas e práticas, com conteúdo ministrado pelo SENAI e atividades em campo nas áreas operacionais da Suzano. Ao final, os(as) formandos(as) receberão certificado profissionalizante, validando a qualificação adquirida.

De acordo com Rodrigo Zagonel, diretor de Operações Florestais da Suzano em Ribas do Rio Pardo, a qualificação profissional é uma das ferramentas mais potentes para transformar realidades. “Mais do que formar profissionais, os cursos promovem inclusão, diversidade e desenvolvimento. Em linha com o nosso direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’, seguimos investindo em formação e na criação de oportunidades reais para que as pessoas cresçam junto com a nossa operação, construindo um legado positivo para as comunidades onde estamos presentes”, afirma.

Mais informações sobre a formação podem ser obtidas pelo telefone (67) 3509-1026. Já informações sobre processos seletivos da empresa estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano: https://suzano.gupy.io/. Na página, é possível acessar ainda todos os processos seletivos da Suzano abertos em Mato Grosso do Sul e nas regiões onde a empresa atua.

Sobre a Suzano 

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br 

Featured Image

Como o Canopy Insight apoia o Suprimento sustentável de biomassa para o etanol de milho no Brasil

Integração da biomassa florestal no etanol de milho

A integração da biomassa florestal, especialmente do eucalipto, na produção de etanol de milho tem avançado rapidamente no Brasil. Usinas estão utilizando essa fonte renovável tanto para cogeração de energia quanto para o próprio processo produtivo do etanol, abrindo novas frentes para o setor florestal e exigindo maior inteligência no planejamento de suprimento.

Com a rápida expansão da produção de etanol de milho, a demanda por biomassa proveniente de florestas plantadas aumentou significativamente. Isso tornou o planejamento do abastecimento um desafio logístico e estratégico. Nesse contexto, informações precisas sobre a disponibilidade de plantios florestais próximos às usinas se tornaram fundamentais.

Avaliação da base florestal no entorno das usinas

Para apoiar esse desafio, a Canopy avaliou a área plantada e a disponibilidade de biomassa florestal no entorno de 47 usinas de etanol de milho no Brasil — incluindo unidades em operação, construção e planejamento. A análise foi baseada nos dados do Canopy Insight, nosso levantamento detalhado e continuamente atualizado das florestas plantadas, que hoje é referência no setor florestal.

Os resultados mostram que 28,8% da área total de florestas plantadas no Brasil em 2023 — cerca de 3 milhões de hectares dos 10,3 milhões mapeados — está localizada a até 150 km das usinas de etanol de milho. No entanto, ao considerar apenas os plantios não verticalizados e localizados em pequenas (≤ 4 módulos fiscais) e médias (4–15 módulos fiscais) propriedades rurais — que possuem maior potencial de comercialização para fins energéticos — essa proporção cai para 8% (823 mil hectares). Dentro desse universo, o eucalipto responde pela maior parte (59,8%), seguido de pinus (34,8%) e outros gêneros florestais (5,4%). A maior concentração dessa oferta está nas regiões Sul (68,4%) e Centro-Oeste (15,0%), totalizando cerca de 686 mil hectares.

Conteúdo do artigo

Demanda e oferta atual e projetada

Em 2024, as usinas da região Centro-Oeste — principal polo de produção de etanol de milho no país — produziram aproximadamente 5,9 bilhões de litros. Considerando um consumo médio de 800 kg de biomassa para cada 1.000 litros de etanol, a demanda estimada foi de 4,7 milhões de toneladas de biomassa. Por outro lado, avaliando somente os plantios de eucalipto com 6 anos ou mais no entorno dessas usinas, dentro do mesmo recorte de pequenas e médias propriedades não verticalizadas (30,8 mil hectares), as estimativas da Canopy apontam uma disponibilidade de 6,6 milhões de toneladas de biomassa florestal, o que indica um cenário de oferta suficiente, ainda que temporário.

A oferta futura de biomassa já dá sinais de pressão. Em 2025, os plantios de eucalipto com 6 anos, idade mínima considerada comercial para fins energéticos, somaram apenas 4,1 mil hectares, com um estoque estimado de 0,8 Mt. Mesmo considerando volumes remanescentes, a disponibilidade total não deve ultrapassar 1,9 Mt. Com uma produção estimada de 6,94 bilhões de litros de etanol de milho no Centro-Oeste, a demanda total por biomassa em 2025 pode chegar a 5,6 Mt. Embora o setor utilize uma combinação de fontes de biomassa, o exercício com base apenas no eucalipto revela um gap expressivo de 3,7 Mt. Esse cenário reforça a importância de se antecipar à escassez por meio de planejamento territorial e da expansão de plantios florestais, principalmente diante do ritmo de crescimento do setor e da perspectiva de aumento contínuo da demanda por biomassa.

Conteúdo do artigo

A solução Canopy Insight

Além da análise apresentada, o Canopy Insight oferece uma base robusta de dados geoespaciais que apoia empresas na prospecção de madeira, em estudos de mercado e no planejamento estratégico de suprimento. A plataforma cobre com alto grau de precisão as áreas de florestas plantadas no Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, permitindo avaliar a oferta de biomassa para atender às demandas das indústrias de etanol, cogeração de energia e outras aplicações energéticas.

O Canopy Insight também permite realizar análises de aptidão de terras para expansão florestal, integrando camadas de informação como uso e cobertura da terra, relevo, clima, solos, infraestrutura logística, além de dados sobre desmatamento e embargos ambientais. Essa inteligência territorial é essencial para otimizar o suprimento, reduzir custos logísticos e garantir o abastecimento contínuo das empresas do setor de bioenergia.

Entre em contato

Quer entender como o Canopy Insight pode apoiar a sua estratégia de suprimento de biomassa e expansão florestal? Entre em contato com o time da empresa e agende uma conversa: comercial@canopyrss.tech.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S