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A silvicultura paulista e seus benefícios ao solo

Com o desenvolvimento das sociedades é natural um avanço sobre o uso da terra e do solo. Além de espaço para atividades socioeconômicas, moradias, serviços e toda a infraestrutura que isto envolve, são necessárias áreas destinadas às atividades agropecuárias, para produzir alimentos e matérias-primas, indispensáveis aos seres humanos.

Uma delas, a silvicultura, vem se mostrando uma grande aliada à manutenção e recuperação do solo. O plantio de árvores é uma atividade altamente benéfica ao solo. De acordo com o professor Leonardo Gonçalves, do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ, as plantações florestais, especialmente de eucalipto e pinus, contribuem para interromper processos de erosão, por exemplo. “Entre 03 e 06 meses depois do plantio, o terreno ficará coberto e a chuva não vai mais bater no terreno descoberto. A água vai infiltrar melhor. Com a presença da floresta, o escorrimento da água é mais lento. Isso faz com que o processo de erosão seja estagnado”, explica ele.

O professor comenta que, em relação à estrutura, caso o solo apresente compactações moderadas, elas serão revertidas pelo processo de crescimento radicular, que é muito profuso. “As raízes irão romper as camadas compactadas com deposição de matéria orgânica para agregar as partículas no solo, melhorando a estrutura. O solo ficará mais permeável e estruturado, permitindo melhor infiltração de água”, conta ele.

Florestas cultivadas podem ser uma solução para recuperar solos degradados. Segundo o professor, o crescimento contínuo de raízes, devido à deposição de serrapilheira, irá aumentar o teor de matéria orgânica. “Sobretudo em solos degradados. A adição de matéria orgânica é de uma tonelada e meia a duas toneladas de carbono por hectare por ano. Isso representa um sequestro alto de carbono no ambiente”, conclui o professor Leonardo.

Um levantamento feito pela empresa Canopy Remote Sensing Solutions, encomendado pela Florestar São Paulo, dá conta de que nos últimos quatro anos, o cultivo de florestas de pinus e eucalipto avançou em aproximadamente 79 mil hectares dentro do estado. Deste total, 60% aconteceu em pastagens, áreas sem manejo ou com algum nível de degradação. Entre os benefícios estão; uma significativa melhoria da qualidade do solo e forte contribuição para a regulação climática, já que o solo que antes estava exposto agora está sombreado por árvores cultivadas.  

“Estamos concluindo este estudo que trará, além destes dados recentes, diversos outros benefícios da atividade de silvicultura na economia, meio ambiente e qualidade de vida dentro do estado de São Paulo”, explica a engenheira florestal, Fernanda Abilio, diretora-executiva da Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas. O Panorama Executivo da Florestar 2025 deve ser lançado em agosto, junto com as comemorações pelos 35 anos da Florestar.

Informações: Florestar. Publicação original: https://florestar.org.br/a-silvicultura-paulista-e-seus-beneficios-ao-solo/

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Expedição inédita vai mapear produtividade de florestas cultivadas do Brasil

A primeira edição da Expedição Silvicultura tem como meta coletar dados e entregar um levantamento, sem precedentes, sobre a produtividade das plantações florestais no Brasil. A iniciativa visa aprofundar o entendimento das condições e desafios da produção florestal no país. Todo o roteiro está previsto para acontecer entre os meses de setembro a novembro de 2025, quando especialistas vão percorrer mais de 40 mil quilômetros pelas principais regiões produtoras em 14 Estados do país, coletando informações em cerca de 40 mil pontos de controle.

Também serão visitadas centenas de propriedades, onde serão realizadas entrevistas com proprietários e gestores florestais, além da coleta de dados quantitativos e qualitativos em cerca de 1.000 parcelas amostrais. As equipes especializadas vão utilizar em campo a combinação de métodos tradicionais e tecnologias avançadas para garantir a precisão e a riqueza dos dados coletados, que vão analisar áreas de cultivo de eucalipto e pinus, além de espécies de destaque regional como teca, acácia-negra, araucária, entre outras. Serão coletados dados biofísicos das árvores, como diâmetro, altura e sanidade, além de informações sobre práticas de manejo, incluindo o uso de insumos e tecnologias. 

Além de levantar dados de produtividade florestal, a iniciativa investigará tendências de investimento, custos de produção e as percepções e expectativas dos produtores. Também serão avaliadas as práticas socioambientais adotadas nas diferentes regiões, bem como os impactos das mudanças climáticas sobre a produção florestal.

“A produtividade florestal é um indicador estratégico para o setor, pois afeta diretamente a previsibilidade do abastecimento de madeira e serve como base para a tomada de decisões, que têm reflexos no médio e longo prazo dos negócios florestais”, diz Fabio Gonçalves, Cofundador & CEO da Canopy Remote Sensing Solutions, organizadora da Expedição.

A Embrapa vai contribuir com o apoio técnico no planejamento da coleta, na análise dos dados e na produção do relatório técnico final, em áreas como sensoriamento remoto, mensuração e manejo florestal, economia e planejamento florestal, proteção florestal, fertilidade e manejo de solos florestais e melhoramento florestal. “Entendemos que estes dados são estratégicos para o setor de base florestal brasileiro, mas também podem subsidiar novas ações de pesquisa e inovação”, avalia Edina Moresco, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Florestas.

Durante o trajeto, que terá início no Estado de Santa Catarina, serão realizados nove eventos presenciais, onde serão discutidos tópicos importantes da produção florestal em cada região, bem como soluções que permitem o aumento da produtividade, com qualidade. Os locais foram escolhidos em parceria com as Associações regionais que são parceiras da Expedição.

“A programação dos encontros presenciais contará com palestras e participação de renomados especialistas de empresas e instituições do setor, uma experiência ímpar para quem visa se atualizar, agregar conhecimento e networking”, informa Paulo Cardoso, CEO da Paulo Cardoso Comunicações e do portal Mais Floresta, parceiro na realização da Expedição Silvicultura.

A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions em parceria com a Paulo Cardoso Comunicações e Embrapa Florestas, e conta com apoio das principais instituições e empresas do setor de base florestal.


Cidades e datas dos eventos:

  • Belo Horizonte (MG): 10/09
  • Vitória (ES): 17/09
  • Eunápolis (BA): 22/09
  • Lucas do Rio Verde (MT): 09/10
  • Três Lagoas (MS): 16/10
  • Botucatu (SP): 22/10
  • Curitiba (PR): 27/10
  • Lages (SC): 31/10
  • Porto Alegre (RS): 07/11

Saiba mais em: www.maisfloresta.com.br

Katia Pichelli | Embrapa Florestas – Com informações do portal Mais Floresta


 

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Tokenização pode movimentar US$ 19 trilhões até 2033. E as florestas plantadas, onde entram nessa história?

*Artigo por Rodrigo de Almeida.

Um estudo recente da Ripple com o BCG trouxe um dado que chama atenção: os ativos reais estão ganhando espaço no ambiente digital e podem movimentar até US$ 19 trilhões até o fim da década.

O agronegócio já começou a testar esse movimento. Mas quando olhamos para o setor de florestas plantadas, vemos uma das maiores oportunidades ainda desconectadas do mercado financeiro.

Florestas plantadas são ativos reais: mensuráveis, duráveis, com produção recorrente. Ainda assim, seguem fora da lógica do mercado financeiro tradicional. Isso está mudando — e rápido.

Estamos construindo uma infraestrutura que conecta esses ativos ao sistema financeiro de forma transparente, com rastreabilidade, governança e liquidez. Sem modismo, sem especulação.

Junho marca o início de uma nova fase. Mas o trabalho já começou. Na ForesToken S.A., estamos focados em estruturar essa base com seriedade. E isso passa por três pilares:

  • Estruturação jurídica dos ativos florestais;
  • Registro em blockchain — como sistema de confiança, e não como moda passageira;
  • Desenvolvimento de mecanismos que tornem o mercado florestal acessível, confiável e integrado com o mundo financeiro.

Sim, estamos criando um sistema. Um software que ajuda produtores e consumidores a estruturarem melhor suas negociações — com dados sólidos e base jurídica clara.

E não, não é mais uma daquelas promessas de criptoativos milagrosos. Aqui, o blockchain é usado na sua essência: como registro confiável, público e auditável.

Se você quer entender mais sobre esse cenário global, recomendo fortemente esse relatório da Ripple com o BCG: https://www.finews.asia/images/download/approaching-tokenization-at-the-tipping-point.pdf


*Rodrigo de Almeida é CEO na Forestoken S.A. e sócio-fundador do Grupo Index.

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Cientistas alertam para perda da biodiversidade do solo

ONU implementa o Observatório Global da Biodiversidade do Solo, com a participação de brasileiros

Novos estudos apontam que cerca de 10 bilhões de espécies habitam o interior e a superfície do solo, o que representa aproximadamente 59% do total de espécies no planeta. Apenas cerca de 1% das espécies que habita esse imenso ecossistema foi identificada e estamos perdendo espécies que nem sequer conhecemos, ressalta a Bióloga Cintia Carla Niva, doutora pela Universidade de Kobe, no Japão, e pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves.

O crescimento da população mundial, que requer a expansão da produção de alimentos, e as mudanças climáticas contribuem para a degradação crescente do solo, que é um recurso não renovável. Em resposta, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) lançou em 2022 na 15ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP15) o Observatório Global da Biodiversidade do Solo (Glosob), que está em processo de implantação.

Como forma de prover base teórica para a estruturação do Glosob, a FAO estimulou o levantamento sobre o conhecimento da biodiversidade do solo no mundo, que foi realizado em projeto liderado pelo pesquisador George Brown, da Embrapa Florestas.

Cintia Niva é a primeira autora de um dos artigos da série que apresenta os resultados, intitulado “Worldwide knowledge distribution on soil invertebrate macrofauna and bioturbating vertebrates: an analysis using data science tools”, que será publicado na revista científica Soil Organisms.

O Glosob tem como objetivo desenvolver indicadores padronizados para melhorar a capacidade de monitoramento do solo pelos países. As prioridades são criar métodos padronizados, integrar a biodiversidade nas pesquisas sobre o solo, capacitar mão de obra, aumentar a conscientização de organizações que trabalham com o solo e melhorar a interação entre as políticas públicas.

“Fomos procurados pela FAO para fazer um levantamento sobre o que se conhece da biodiversidade do solo. Os artigos estão para sair. A FAO quer incentivar o monitoramento da biodiversidade do solo no mundo inteiro, porque está preocupada com a produção sustentável de alimentos”, destaca a Bióloga.

Biota do solo

Cintia Niva afirma que o conhecimento sobre as espécies e interações que ocorrem no solo ainda é bastante limitado, mas há um interesse crescente da comunidade científica sobre o tema. Com o aprofundamento dos estudos, os pesquisadores compreenderam a importância da biota para a fertilidade do solo, que antes era associada principalmente a aspectos químicos.

O ecossistema do solo é muito complexo, ressalta a Bióloga, e composto por duas partes: o interior do solo propriamente dito e a sua superfície. As duas partes interagem e uma depende da outra. O solo é onde a vida começa e termina.

A biota do solo é composta pelos estimados dez bilhões de espécies de animais vertebrados e invertebrados, fungos e bactérias. As raízes das plantas também são consideradas integrantes da biota. Parte desses seres vive apenas dentro do solo, outra parte só na superfície e há espécies que habitam o interior e superfície.

Nesse último grupo, há seres que transitam entre o interior e o exterior, como parte das espécies de minhocas. E há outros que passam o ciclo inicial de vida dentro do solo como larvas e ganham o exterior quando adultos, como as cigarras e algumas espécies de besouros.

Cintia Niva explica que a maior parte da vida está concentrada na camada mais superficial do solo, a uma profundidade de até cinco centímetros principalmente, chegando a até 30 centímetros ou pouco mais, de acordo com as características do local. Pode-se dizer que essa é a camada orgânica do solo, em contrapartida à camada mineral, que fica a profundidades maiores.

“A gente pode dizer que a fertilidade do solo é a disponibilidade de nutrientes para as plantas crescerem. Mas de onde vêm esses nutrientes? Em boa parte, vêm como resultado da decomposição da matéria orgânica, plantas e animais que vão se depositando sobre o solo”, conta a Bióloga.

A decomposição é feita diretamente pelos microrganismos (fungos e bactérias), mas também por animais vertebrados e invertebrados. Por exemplo, um animal come parte de um fruto que caiu na superfície do solo e o fragmenta em partículas menores. Em seguida, ele defeca e deixa sobre o solo o material orgânico já parcialmente decomposto.

Essa ação facilita o trabalho dos microrganismos. Eles produzem enzimas que degradam as moléculas do material orgânico em nutrientes, principalmente carbono e nitrogênio, mas também fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre e outros.

As raízes das plantas contam com estruturas especiais para absorver os nutrientes que estão no solo. As plantas, da vegetação rasteira a grandes árvores, usam os nutrientes para a formação das suas estruturas. No futuro, partes dessas plantas e a sua totalidade vão morrer e cair sobre o solo, e a matéria orgânica será degradada.

Esse processo é denominado ciclagem de nutrientes. Eles passam por vários organismos e estados. Compõem a estrutura e metabolismo de uma planta; quando a planta morre, são degradados e ficam armazenados no solo; são então absorvidos pelas raízes; e voltam a integrar a estrutura de uma planta.

Cintia Niva destaca que certos microrganismos mantêm uma associação com as raízes de determinadas espécies de plantas. É caso das bactérias fixadoras de nitrogênio, que ajudam algumas raízes a absorverem esse nutriente disponível no solo.

“Boa parte da produtividade da soja no Brasil vem da associação com as bactérias fixadoras de nitrogênio, que ajudam no crescimento das plantas. Isso tem gerado muito progresso na agricultura em relação à soja”, aponta a Bióloga.

Os animais invertebrados e vertebrados, além de contribuírem na degradação da matéria orgânica, trabalham na estrutura do solo. Eles ajudam na infiltração de água e ar, na incorporação da matéria orgânica ao solo e na regulação da ação de microrganismos. Exemplos desses animais são as minhocas, besouros, micro minhocas, cupins, formigas, colêmbolos e tatuzinhos, além de vertebrados como mamíferos, répteis e anfíbios.

“O solo é muito importante na nossa vida. Ele é muito mais do que a superfície onde a gente pisa, onde a gente constrói e vive. O solo vivo é a base para a agricultura e florestas, para a natureza como um todo. A conservação de uma rica rede de seres interagindo no solo garante a sua saúde e, consequentemente, um meio ambiente dinâmico, produtivo e resiliente”, enfatiza Cintia Niva.

Informações: Revista Circuito.

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Ebramem reúne especialistas internacionais para debater o futuro da construção com madeira

O XVIII Ebramem se aproxima e promete ser um evento imperdível para todos que atuam ou se interessam pela construção em madeira. Mais do que a tradicional apresentação de trabalhos científicos inéditos, esta edição trará uma programação internacional de altíssimo nível.

Especialistas de diversos países estarão presentes, compartilhando suas experiências e apresentando casos de sucesso em arquitetura e engenharia em madeira, construções em wood frame, construções em madeira engenheirada, componentes inovadores para obras em madeira, além de exemplos inspiradores de edificações realizadas em diferentes partes do mundo.

Outro grande destaque do evento são os painéis de debates com especialistas renomados, que discutirão tendências, desafios e oportunidades para o setor. Esses momentos também abrirão espaço para a participação ativa do público, promovendo conversas enriquecedoras sobre o futuro da construção civil em madeira no Brasil.

A programação completa de apresentações científicas, palestras internacionais e painéis de debates já está disponível clicando no menu acima ou no botão abaixo:

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EIA-RIMA da Bracell confirma fábrica de celulose em Bataguassu (MS)

Documento já foi oficializado no Imasul. Investimento previsto é de R$ 16 bilhões

O processo de licenciamento ambiental da nova fábrica da Bracell em Bataguassu, Mato Grosso do Sul, avançou mais uma etapa importante. O Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA-RIMA) do empreendimento já está disponível nos canais oficiais, como o site do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), confirmando os planos da companhia de instalar mais uma unidade de produção de celulose no Estado, com investimento previsto da ordem de R$ 16 bilhões.

De acordo com o documento, a unidade será dedicada à produção de celulose para papel (celulose kraft) e celulose solúvel, com capacidade de produção que pode variar conforme o modelo de operação adotado.

Pelo projeto, a fábrica poderá produzir exclusivamente celulose kraft, com capacidade máxima de 2,92 milhões de toneladas por ano (em anos sem parada geral), ou operar de forma combinada, com 1,46 milhão de toneladas anuais de celulose kraft e 1,14 milhão de toneladas de celulose solúvel, totalizando cerca de 2,6 milhões de toneladas anuais.

Para operação da fábrica, a empresa utilizará como matéria-prima básica, aproximadamente 12 milhões de m3 de eucalipto por ano. Além da madeira, serão utilizados outros insumos, como exemplo: oxigênio, hidróxido de
sódio, peróxido de hidrogênio, ácido sulfúrico, bissulfito de sódio, peróxido de hidrogênio, dióxido de cloro, dentre outros.

A nova planta será construída em Bataguassu e utilizará as Melhores Tecnologias Disponíveis (BAT) e as Melhores Práticas de Gerenciamento Ambiental (BPEM), segundo o relatório apresentado. O site está localizado a cerca de 9 km (em linha reta) do centro urbano da cidade, junto à rodovia MS-267.

Geração de empregos e impacto econômico pela Bracell em Bataguassu

Além de reforçar a presença da fabricante em Mato Grosso do Sul, o empreendimento deve ter forte impacto na economia regional. O EIA-RIMA prevê a geração de até 12 mil empregos durante o pico das obras de implantação da fábrica, considerando vagas diretas e indiretas.

Já na fase de operação, a previsão é de aproximadamente 2.000 funcionários (próprios e
terceiros.

A companhia também aponta que haverá programas de capacitação de mão de obra local, priorizando a contratação de moradores de Bataguassu e região, o que deve contribuir para o desenvolvimento econômico e social do município.

https://youtube.com/watch?v=VrA7ZGwVJAM%3Ffeature%3Doembed

Avanço da celulose em MS

O empreendimento reforça a posição de Mato Grosso do Sul como um dos principais polos de produção de celulose do Brasil. Com investimentos bilionários no setor, o Estado tem se destacado pela atração de grandes projetos industriais e pela ampliação da base florestal voltada para o abastecimento dessas fábricas.

A chegada da Bracell na cidade se soma a outros investimentos do setor em MS, consolidando o Estado como uma potência nacional na produção de celulose.

Sobre Bataguassu:

Bataguassu está localizada no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no leste de Mato Grosso do Sul, Microrregião de Nova Andradina. Fundada em 11 de dezembro de 1953.

Clima

Clima tropical úmido no verão e seco no inverno, com algumas geadas.

Limites

A cidade divisa as suas terras: Norte – com Ribas do Rio Pardo e Santa Rita do Pardo, Sul – Anaurilândia, Leste – Estado de São Paulo, Oeste – Nova Andradina.

Hidrografia

Está inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná, especificamente na Sub-bacia do Rio Pardo, a qual drena para o Alto Rio Paraná.

Distância da Capital

Situa-se aproximadamente a 330 km da capital estadual Campo Grande e 1061 km da capital federal Brasília.

População

23.024 habitantes (est. IBGE 2019)

Área Territorial

2,416 718 km²

Informações: NewsPulPaper.

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Suzano adota solução sustentável para reduzir efeitos das mudanças climáticas nas florestas plantadas de eucalipto

Produzido a partir de fibras de celulose, o colar de proteção funciona como barreira de retenção da umidade e controle de temperatura, reduzindo a necessidade de irrigação e aumentando a taxa de sobrevivência das mudas

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, adotou uma solução sustentável para reduzir os efeitos das mudanças climáticas em suas áreas de florestas plantadas de Mato Grosso do Sul. Em janeiro deste ano, a companhia passou a utilizar, no processo de plantio de mudas de eucalipto, um colar de proteção produzido a partir de fibras de celulose geradas no processo industrial. A inovação, patenteada pela empresa e implantada em 2021, por meio de um projeto piloto implantado no Maranhão, cria uma camada protetora no entorno da base da muda capaz de reter a umidade, contribuindo diretamente para amenizar a temperatura no solo e reduzir o consumo de água nas operações florestais.

De acordo com Maria Carolina Zonete, diretora de Operações Florestais da Suzano em Mato Grosso do Sul, a solução está alinhada com o compromisso da empresa com o manejo e cultivo sustentáveis. “Com o uso do colar de proteção, estamos melhorando a eficiência do manejo florestal e aumentando nossa contribuição com a sustentabilidade do processo, colocando em prática o nosso direcionador que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’. Essa prática nas áreas de plantio pode reduzir a temperatura em mais de 10 graus célsius em dias de calor e a necessidade de molhamento em mais de 30%”, ressalta.

Os resultados em Mato Grosso do Sul, explica a diretora, ainda dependem de análise, uma vez que as condições climáticas são muito diferentes de um estado para outro. “Iniciamos a fase de testes ampliados do colar de proteção em janeiro. Será necessário um tempo para avaliarmos o comportamento da solução nas condições apresentadas em Mato Grosso do Sul. Além disso, o mais importante para nós são os ganhos em sustentabilidade que essa solução irá trazer em curto e longo prazos”, completa.

O colar de proteção foi desenvolvido em 2008 e foi sendo aprimorado pela área de Pesquisa e Inovação da empresa até o início do projeto piloto no Maranhão. No último trimestre de 2024, após os resultados obtidos, a companhia recebeu autorização dos órgãos ambientais competentes para utilizar o colar nas florestas de eucalipto também em Mato Grosso do Sul. “Esse é um trabalho conduzido por uma equipe multidisciplinar que conseguiu aliar uma solução operacional, mais sustentável e com ganhos para todo o processo”, relata Pablo Cadaval, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Suzano e um dos idealizadores do projeto.

A solução é biodegradável e produzida a partir de uma fibra gerada na produção da celulose, que, após processamento na Central de Tratamento de Resíduos, é disponibilizada para uso nas florestas. Esse subproduto da celulose, transformado em uma pasta, é aplicado ao redor da muda já plantada, formando uma camada protetora que ajuda a reter a umidade, reduzindo a evaporação e a necessidade de irrigação. Além disso, contribui para o controle da temperatura do solo, prevenindo um fenômeno conhecido como “queima do coleto”, no qual a alta temperatura do solo, ao entrar em contato com a água, pode causar o superaquecimento das raízes.

Somente em Mato Grosso do Sul, a Suzano possui uma área florestal de 808 mil hectares, dos quais quase 250 mil são destinados exclusivamente à conservação da biodiversidade. Somando todas as regiões em que mantém operação, a Suzano planta uma média de 1,2 milhão de mudas de eucalipto a cada 24 horas.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender à demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.

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Suzano está com dez processos seletivos abertos para suas operações em Mato Grosso do Sul

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, está com dez processos seletivos abertos em diferentes áreas para suas operações em Brasilândia, Ribas do Rio Pardo e Três Lagos (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

Há uma oportunidade em Brasilândia para Mecânico(a) I – Colheita Florestal. Em Ribas do Rio Pardo, as pessoas interessadas poderão concorrer a vagas para Técnico(a) de Segurança do Trabalho na área Florestal, Mecânico(a) de Silvicultura I, Técnico(a) de Manutenção Mecânica III, Operador(a) de Máquinas Florestais, Instrutor(a) Florestal – Colheita, Técnico(a) de Enfermagem do Trabalho I, Assistente de Operações Florestais do Viveiro e Analista de Manutenção Júnior em Planejamento. Já em Três Lagoas, há uma oportunidade para Assistente Administrativo I.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Brasilândia

Mecânico(a) I – Colheita Florestal – inscrições até 13/04/2025: Página da vaga | Mecânico(a) I – Colheita Florestal

Ribas do Rio Pardo

Técnico(a) de Segurança do Trabalho – Florestal – inscrições até 14/04/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Segurança do Trabalho – Florestal

Mecânico(a) de Silvicultura I – inscrições até 15/04/2025: Página da vaga | Mecânico(a) Silvicultura I

Técnico(a) de Manutenção Mecânica III – inscrições até 16/04/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Manutenção Mecânica III

Operador(a) de Máquinas Florestais – inscrições até 17/04/2025: Página da vaga | Operador(a) de Máquinas Florestais

Instrutor(a) Florestal – Colheita – inscrições até 18/04/2025: Página da vaga | Instrutor(a) Florestal – Colheita

Técnico(a) de Enfermagem do Trabalho I – inscrições até 18/04/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Enfermagem do Trabalho I

Assistente de Operações Florestais – Viveiro – inscrições até 21/04/2025: Página da vaga | Assistente de Operações Florestais – Viveiro

Analista de Manutenção Júnior – Planejamento – inscrições até 22/04/2025: Página da vaga | Analista de Manutenção Júnior – Planejamento

Três Lagoas

Assistente Administrativo I – inscrições até 14/04/2025: Página da vaga | Assistente Administrativo I

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em:suzano.com.br.

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Quantificar a biomassa de uma floresta é fundamental para sucesso do mercado de carbono

As florestas são cruciais para o combate à crise climática. Elas atuam nos dois lados da balança. Quando manejadas ou protegidas, sequestram ou mantém carbono, removendo-o da atmosfera. Já se forem desmatadas ou degradadas, as florestas emitem carbono para atmosfera. Ambos os movimentos são imprescindíveis para o balanço de carbono, elemento químico fundamental à vida, devido à sua capacidade de formar ligações químicas fortes e estáveis com outros átomos, incluindo ele mesmo.

O uso da terra, mudança do uso da terra e florestas contribuem com 27,1% do total das emissões brasileiras de Gases de Efeito Estufa (GEE). O dado é do Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa, um documento que apresenta as estimativas das emissões de GEE de um país. Ele é elaborado seguindo metodologias e diretrizes internacionais estabelecidas pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

A participação das florestas na emissão de GEE vem do seu desmatamento ou degradação, já que, quando isso acontece, o carbono armazenado na biomassa das plantas é emitido de volta para a atmosfera. Por outro lado, quando uma floresta está sendo implantada, o crescimento das plantas irá sequestrar o carbono da atmosfera e guardá-lo em forma de biomassa. Por fim, uma floresta que está protegida ou preservada manterá o carbono, também em forma de biomassa.

Por isso, é importante conhecermos quanto de biomassa existe em uma floresta. Mas é possível saber quanto de carbono está (ou estava) armazenado nas plantas de uma floresta? Sim, a ciência consegue quantificar a biomassa de uma floresta e determinar sua quantidade de carbono. Mas a tarefa não é tão simples quanto parece.

Medindo a biomassa de uma floresta

Uma floresta é um espaço natural, onde as árvores crescem juntas, formando uma cobertura com suas copas. Além das árvores, as florestas também abrigam uma variedade de outras plantas, como arbustos e gramíneas. Apesar desta diversidade de plantas, a maioria da biomassa da floresta está nas árvores. No cerrado este valor chega a 70%, já na Amazônia, este valor chega a 80%.

Quando confrontados com problemas complexos, uma estratégia utilizada pelos cientistas é simplificar a realidade para torná-la mais compreensível e tratável. Assim, determinar a biomassa de uma floresta começa pela quantificação do seu componente principal: as árvores.

As árvores utilizam a energia da luz solar para produzir seu alimento. Este processo, chamado fotossíntese, transforma água e dióxido de carbono (CO2) da atmosfera em açúcar (isto é, glicose) e oxigênio (O2). Durante a fotossíntese, o carbono da molécula de CO2 é transformado em glicose.

Parte da glicose é consumida na respiração da planta e transformada em energia para atender ao metabolismo da planta. O excesso é convertido em outros carboidratos como celulose e lignina, que são os principais componentes da biomassa da planta. É a retenção desse excesso de carbono que torna as árvores organismos com enorme potencial de fixar carbono, que representa cerca de 45% de sua massa.

Árvores na balança

Quando uma pessoa deseja conhecer seu peso (isto é, sua biomassa), é necessário se deslocar até uma balança, subir nela, e esperar que a medida se estabilize. Levar uma árvore até uma balança pode ser tecnicamente possível, mas seria necessário tirá-la do solo, com raiz e tudo. O processo teria que ser repetido para todas as árvores da floresta. Ao final, todas as árvores estariam pesadas, mas também estariam cortadas, e não existiria mais floresta.

Quantificar a biomassa de uma árvore não é nada simples. A forma ideal seria quantificá-la pela massa fresca, pesando. Esta seria a biomassa no momento, incluindo a água presente em sua composição. Diante da inviabilidade de pesar as árvores da floresta, uma alternativa desenvolvida há séculos foi medir o volume da árvore (m³), e obter a biomassa multiplicando o volume pela densidade (kg/m³). 

O tronco da árvore passa a ser representado por um cilindro. Calcular o volume de um cilindro é muito fácil: área da base multiplicada pela altura, e assim obtém-se o volume cilíndrico do tronco. Mas como a árvore não é um cilindro perfeito, corrige-se o volume cilíndrico multiplicando por um fator de forma. Uma vez obtido o volume do tronco, multiplica-se pela densidade da madeira para se obter a biomassa do tronco.

Esta abordagem é conhecida na ciência como modelagem, que é um processo de construção de representações simplificadas da realidade.

Embora o tronco seja a parte da árvore com o maior estoque de biomassa, os outros órgãos da planta precisam ser considerados: raiz, galhos e folhas. Isto é feito multiplicando a biomassa do tronco por um fator de expansão.

Nessa abordagem, não é necessário abater a árvore. A base do cilindro é obtida a partir do diâmetro do tronco e a altura do cilindro é obtida a partir da altura do tronco. O diâmetro da árvore pode ser medido com uma fita, de forma parecida com uma costureira medindo a cintura de uma pessoa.

A altura da árvore também pode ser medida facilmente com instrumentos óticos, parecidos com um monóculo. A densidade da madeira, o fator de forma e os fatores de expansão podem ser obtidos para espécies ou grupo de espécies a partir de estudos realizados em campo, de preferência com árvore caídas ou legalmente abatidas.

Com o avanço da estatística e dos computadores, os fatores de forma foram gradativamente substituídos por modelos estatísticos. Os modelos funcionam como uma espécie de calculadora treinada para calcular volume. Ao receber como informação inicial o diâmetro e a altura da árvore, ela é capaz de calcular o volume, ou até mesmo a biomassa diretamente. Até aqui, objetivo cumprido: biomassa de uma árvore calculada!

Da árvore para a floresta

Como uma floresta é uma comunidade de várias árvores, de portes e espécies diferentes, bastaria somar o volume de todas elas. Medir e somar uma dezena de árvores é até possível, mas grandes extensões florestais impossibilitam esta abordagem.

Aqui entra mais estratégia científica para lidar com problemas complexos: a técnica de amostragem. É possível obter a biomassa da floresta ao se medir várias pequenas porções. Estas porções são chamadas de parcelas. Mas, se não será medida toda a floresta, qual a certeza de que o valor das parcelas está correto? É aqui que entra a teoria da amostragem.

Toda a simplificação carrega uma incerteza. Mas esta incerteza pode ser conhecida e determinada. A partir da biomassa medida nas parcelas, é possível calcular o grau de confiança que existe no valor da biomassa da floresta. Se o grau de confiança for baixo, será necessário medir mais parcelas.

Este é um ponto crucial para qualquer processo para estimar a biomassa de uma floresta. Devido à complexidade da tarefa, e das estratégicas de simplificação empregadas, uma estimativa de biomassa nunca será um valor determinístico. A biomassa da floresta deverá ser sempre informada considerando um intervalo de confiança, que é reflexo das incertezas inerentes às estratégias empregadas.

Biomassa e o mercado de carbono

Qualquer floresta pode ter sua biomassa determinada! No contexto da crise climática, a possibilidade de contabilizar a biomassa florestal e associar esta biomassa a uma emissão, estoque ou sequestro de carbono, cria a oportunidade de transformar isto num mercado.

Num movimento que se acelerou a partir de 2020, vários especialistas passaram a indicar que as ações conhecidas como Soluções Baseadas na Natureza são as melhores e mais promissoras alternativas para se enfrentar desafios socioambientais da mudança climática, da perda de biodiversidade e da insegurança hídrica.

Dentre as soluções mais populares estão as ações relacionadas ao carbono fixado pelas florestas, oriundos da restauração, do manejo ou da proteção. Ao desenvolver ações que reduzam a emissão, que evitem a emissão ou que capturem carbono presente na atmosfera, geram-se créditos que podem ser comercializados.

E aqui percebe-se porque a quantificação da biomassa é um elemento fundamental para se garantir a credibilidade deste mercado. Ao comprar um crédito de carbono, associado à biomassa de uma floresta, deseja-se ter certeza de que este carbono está devidamente fixado e protegido! E isso pode ser uma ferramenta importante para garantir a preservação das nossas florestas: tê-las em pé, mantendo ou sequestrando o carbono, pode ser um bom negócio!

Informações: The Conversation.

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Estudo inédito aponta que Minas Gerais tem 15 milhões de hectares com potencial para projetos florestais

Minas Gerais dispõe de 15 milhões de hectares com aptidão para projetos florestais, dos quais 7 milhões podem ser para empreendimentos do tipo brownfield (utilização de florestas já existentes) e 15 milhões para projetos greenfield (novos plantios destinados à instalação de indústrias futuras). Esses dados foram apresentados no estudo inédito divulgado nesta última quinta-feira (10), durante o evento Florestas UAI, realizado pela Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF) — entidade que representa o setor de florestas plantadas no estado.

A pesquisa foi encomendada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e pela Invest Minas, sendo conduzida pelo Grupo Index. Para Adriana Maugeri, presidente da AMIF “este estudo é, sem dúvida, um divisor de águas, pois oferece um direcionamento claro para um crescimento ordenado, sustentável e inclusivo do setor, alcançando diversas regiões, perfis de produtores e segmentos”.

Atualmente, Minas Gerais possui cerca de 2,3 milhões de hectares de florestas plantadas, o que representa aproximadamente 25% da área total de plantações florestais do Brasil, além de 1,3 milhão de hectares de florestas preservadas. Esse setor movimenta cerca de R$ 10 bilhões por ano, gera mais de 300 mil empregos diretos e indiretos, e contribui significativamente para as exportações mineiras com produtos como celulose, papel e carvão vegetal sustentável.
Destaques

Além da grande disponibilidade de área, o estado se destaca por outros fatores que reforçam sua atratividade para investimentos: excelente disponibilidade hídrica, preços competitivos da terra, regime tributário diferenciado, uma cadeia de valor diversificada, e o fato de possuir a maior área plantada de eucalipto do país. A silvicultura está presente em 811 dos 853 municípios mineiros, evidenciando sua capilaridade e importância socioeconômica.

O estudo revela ainda que Minas Gerais oferece um dos melhores Valores de Terra Nua (VTN) do Brasil para fins florestais, com média de R$ 9,8 mil/ha, podendo chegar a R$ 2,8 mil/ha nas regiões mais promissoras — como o Norte, Noroeste e Central do estado. Esse cenário, aliado a um clima favorável, proporciona uma produtividade florestal competitiva, muitas vezes superior à de outros polos já saturados, projetando Minas como o novo destino estratégico para investimentos industriais florestais no Brasil.

Com a recente simplificação do licenciamento ambiental, que diminuiu o tempo para a autorização, e o aumento global da demanda por produtos sustentáveis, Minas se posiciona como protagonista na transição para uma economia verde. “O estudo vem em um momento oportuno e integra o programa Minas Invest+ Florestas, que organiza e centraliza as ações para desburocratizar e atualizar a legislação florestal do estado”, reforça a presidente da AMIF.

O diagnóstico recomenda a criação de políticas públicas focadas em quatro eixos: melhorias logísticas, aumento da produtividade florestal com apoio técnico e pesquisa, capacitação de mão de obra especializada, e ampliação dos benefícios fiscais para atrair novos investimentos. Posiciona Minas Gerais como uma das regiões mais promissoras para a indústria florestal no Brasil, destacando não apenas sua estrutura produtiva, mas também seu potencial competitivo no cenário nacional e internacional.

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