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Tarifas de Trump podem causar queda no fornecimento de papel higiênico nos EUA

O fornecimento de papel higiênico dos EUA pode vir sem bobina. O aumento de tarifas do presidente Donald Trump sobre madeira macia canadense pode ter o efeito não intencional de interromper a produção do item essencial para banheiro, relata a Bloomberg News.

Os planos do governo Trump de aumentar os impostos sobre madeira macia canadense para 27% — e possivelmente para mais de 50% mais tarde — podem afetar a disponibilidade de celulose kraft de madeira macia branqueada do norte, ou NBSK, um ingrediente essencial em papel higiênico e toalhas de papel, disse a agência de notícias , citando participantes e observadores da indústria.

Os impostos de importação sobre a madeira acabarão por tirar algumas serrarias do mercado, reduzindo o fornecimento de cavacos de madeira para fazer celulose. Isso levará a fechamentos temporários e menor produção do ingrediente, o que, dada a natureza finamente equilibrada do mercado, pode resultar em escassez de produtos acabados semelhante à pandemia e possivelmente preços mais altos.

Trump deve anunciar tarifas “recíprocas” sobre produtos estrangeiros em 2 de abril, quando as tarifas adiadas de 25% sobre produtos canadenses e mexicanos também devem entrar em vigor . Ele já anunciou tarifas de 25% sobre todos os carros, caminhões e autopeças importados, incluindo aqueles feitos por empresas dos EUA no Canadá.

Os impostos de importação sobre madeira macia canadense, agora de 14%, devem aumentar para quase 27% este ano. As tarifas de 25% sobre a maioria dos produtos canadenses aumentariam os impostos para cerca de 52% — e uma investigação de “segurança nacional” sobre importações de madeira poderia aumentar ainda mais os encargos.

Substituir as aproximadamente 2 milhões de toneladas de celulose agora importadas do Canadá não será fácil. Ela não só constitui a maior parte do suprimento americano, como muitas fábricas de papel dos EUA dependem de fábricas canadenses individuais porque seus próprios processos de produção são ajustados para essa celulose específica.

“Eles não compram nossos produtos por causa dos nossos olhos bonitos”, disse Frederic Verreault, VP de assuntos corporativos da Les Chantiers de Chibougamau, uma processadora de madeira de Quebec, à Bloomberg. “Eles compram nossos produtos porque são os melhores e os mais integrados em suas fábricas.”

Informações: Yahoo!

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Exclusiva – Sustentabilidade e inovação serão temas centrais no 18º EBRAMEM (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeiras); inscrições liberadas

O evento reúne pesquisadores e profissionais do Brasil e do exterior, interessados em ampliar seus conhecimentos e buscar novos parceiros na área da madeira. EBRAMEM Expo acontecerá em paralelo à programação

Entre os dias 05 a 09 de maio Curitiba (PR) receberá a 18ª edição do EBRAMEM (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeiras). Experiências práticas e as palestras internacionais do evento terão como foco o uso da madeira na construção civil em países como Canadá, Itália, Portugal, Áustria, Chile e também Brasil. Enriquecendo a programação do evento, pela primeira vez, simultaneamente acontecerá a EBRAMEM Expo – Madeira Industrializada na Construção, com a presença de renomadas empresas, experiência única para explorar soluções inovadoras, fazer negócios estratégicos e impulsionar a sustentabilidade no setor.

O EBRAMEM é considerado o mais importante fórum nacional de discussão, atualização e divulgação de informações técnico-científicas voltadas para as ciências aplicadas à madeira. O novo formato inovador, com a união dois eventos reforça a relevância da madeira na construção civil e proporciona aos expositores e participantes um ambiente dinâmico para networking, aprendizado e oportunidades de negócios.

Sobre a importância da construção civil com madeira para as áreas da sustentabilidade e inovação, temas centrais no evento Prof.ª Ângela do Valle – Presidente do IBRAMEM (Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira) enfatizou: “Em um cenário no qual se faz cada vez mais prioritária a sustentabilidade em todos os aspectos da vida em sociedade, o uso de materiais renováveis na construção vem recebendo grande destaque. O manejo florestal adequado aliado a políticas públicas de incentivo ao uso da madeira na construção são ações que resultam em construção sustentável. A madeira é usada na construção há milhares de anos e, mais recentemente, nos últimos 15 anos, tem se constatado o aumento no uso desse material. Porém, este fenômeno não é somente no uso de peças de madeira roliça ou serrada, como antigamente, mas com caráter inovador da madeira industrializada e engenheirada. São as técnicas de Light Wood Frame (LWF), de Madeira Lamelada Colada (MLC), de Cross Laminated Timber (CLT) e de Laminated Veneer Lumber (LVL), que se caracterizam pelo investimento maior na etapa de fabricação e de projetos, para em contrapartida agilizar a montagem e execução da construção no local”.

“O IBRAMEM, por possuir como um de seus objetivos a divulgação das boas técnicas e das inovações nas construções com madeira, tem dedicado publicações em suas redes sociais sobre este tema. Por exemplo, entre as lives promovidas com convidados especialistas, disponíveis no canal do YouTube do IBRAMEM (https://www.youtube.com/@ibramem2602). Em maio de 2025, a organização do XVIII EBRAMEM é mais uma das iniciativas alinhadas com os objetivos do IBRAMEM, evento no qual as novidades do setor da construção em madeira serão apresentadas e debatidas”, conclui Ângela.

Também sobre os temas centrais do evento, Martin Kemmsies, diretor comercial do EBRAMEM Expo frisa: “A construção civil com madeira desempenha um papel fundamental na sustentabilidade e inovação. Como material renovável e de baixo impacto ambiental, a madeira engenheirada reduz significativamente a pegada de carbono das edificações, contribuindo para construções mais eficientes e sustentáveis. Além disso, a madeira permite processos construtivos mais rápidos, leves e industrializados, otimizando recursos e minimizando resíduos.

“No campo da inovação, ela abre caminho para novas tecnologias e soluções arquitetônicas, promovendo ambientes biofílicos que melhoram o bem-estar das pessoas. Ao fortalecer essa cadeia produtiva e integrar conhecimento técnico e industrial, estamos impulsionando um futuro mais sustentável, eficiente e conectado com as demandas do século XXI”, acrescenta Kemmsies.

Programação ampla e direcionada

O EBRAMEM terá uma programação abrangente, incluindo seu tradicional congresso científico, palestras internacionais, painéis de debate com especialistas, visitas técnicas e o Prêmio IBRAMEM de Arquitetura e Design em Madeira. Paralelamente também será realizado o 1º Hackathon da Madeira, incentivando a inovação e o desenvolvimento de novas ideias para o setor. Oportunidade única para quem visa se atualizar sobre as principais tendências e inovações no setor. Já a EBRAMEM Expo contará com a presença de 38 expositores da área da madeira engenheirada, que trarão o que há de mais moderno em produtos, serviços e tecnologias. Confira mais detalhes nos sites oficiais: https://www.ebramem.tec.br/ e https://www.ebramem.tec.br/expo.

Consolidar o setor no mercado para um futuro da construção sustentável é foco do evento, segundo Martin: “Nosso principal objetivo é mostrar que a construção com madeira engenheirada já conta com uma cadeia produtiva especializada e pronta para atender o mercado. Queremos unir e fortalecer esse setor, conectando indústria, academia e profissionais da construção civil – como construtoras e arquitetos – que podem transformar esse potencial em realidade. Além disso, por meio do EBRAMEM, buscamos aproximar os mundos acadêmico e industrial, historicamente distantes no Brasil, impulsionando inovação e conhecimento para o futuro da construção sustentável”.

Ângela do Valle recomenda: “Participar do EBRAMEM, da exposição EBRAMEM EXPO, do Hackathon da Madeira, voltado para habitações de interesse social, da votação popular do Prêmio IBRAMEM de Arquitetura e Design em Madeira e das visitas técnicas às fábricas da TECVERDE e da URBEM, são oportunidades de atualização no que há de mais recente no segmento de projeto e de construção em madeira, conhecendo as mais novas técnicas e tendências do setor, além de consolidar e aumentar a rede de contatos profissionais”.

EBRAMEM no Paraná

O EBRAMEM é um evento bienal e itinerante, e nesta edição, a capital paranaense sediará o evento. Martin destaca as potencialidades do Estado: “Curitiba foi considerada pela organização do evento como um local estratégico, afinal é reconhecida como a capital da indústria madeireira no Brasil, tendo o Estado do Paraná alta relevância na produção nacional. Além disso, a cidade se destaca como uma Smart City, e é pioneira no pensamento sustentável, alinhando-se ao propósito da feira”.

“Vale destacar também o comprometimento do Estado do Paraná com políticas de incentivo ao uso da madeira na construção civil – uma iniciativa única no Brasil. Tudo isso faz de Curitiba o cenário ideal para promover a integração da cadeia produtiva e fortalecer o futuro sustentável da construção com madeira”, pontua.

Martin finaliza com o convite: “O século 19 foi marcado pelo aço. O século 20, pelo concreto. E o século 21 pertence à madeira. Venha visitar o EBRAMEM Expo e descobrir como uma tora de pinus pode se transformar em prédios modernos, sustentáveis e confiáveis com mais de 25 andares. O futuro da construção já começou!”.

O EBRAMEM é organizado pelo Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (IBRAMEM), pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), que sediará o evento. O site Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br) é uma das mídias apoiadoras do evento. 

Inscrições:

As inscrições para o EBRAMEM devem ser feitas por meio do site (https://www.ebramem.tec.br/) até o final de março para garantir os valores do 2º lote. Vale lembrar que estudantes e associados ao IBRAMEM poderão garantir os ingressos a preços promocionais. Os pagamentos poderão ser parcelados até a data do evento. Já a EBRAMEM Expo será aberta ao público em geral e gratuita, desde que a inscrição seja feita com antecedência.

Seja um colaborador do EBRAMEM!

O XVIII EBRAMEM depende de apoios, patrocínios e colaborações para acontecer. Você pode colaborar como pessoa física ou pessoa jurídica, com o apoio financeiro direto ou com permutas de serviços e materiais do evento. Mais informações no link: https://www.ebramem.tec.br/contato.

Serviço:

XVIII Ebramem – Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira

05 a 09 de maio
8h às 18h Centro de Eventos Sistema FIEP (Av. Comendador Franco, 1341, Jardim Botânico, Curitiba – PR) Inscrições aqui.

Siga nas redes sociais:

@ebramem2025

@ebramem_expo

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Tarifa de Trump sobre importação de madeira pode prejudicar o Brasil?

Em uma conversa durante o Podcast WoodFlow, entrevistados detalham quais os riscos para o Brasil se a taxação de 25% sobre importação de madeira nos EUA se concretizar

O anúncio de tarifas de 25% na importação de madeira nos Estados Unidos feito pelo presidente Donald Trump, na última quarta-feira (19), é o tema central do primeiro Podcast WoodFlow de 2025. “Se isso realmente acontecer, pode ser um grande problema, principalmente para o Brasil”, disse Roni Marini, CEO da Marini Compensados e entrevistado do programa. 

Segundo Marcelo Wiechetek, head de desenvolvimento estratégico da STCP, e parceiro do podcast, os EUA são o principal cliente brasileiro de três importantes produtos: compensado de pinus, molduras de pinus e madeira serrada de pinus. No caso dos compensados, os EUA são responsáveis por comprar 40% do material destinado ao mercado externo, mas para outros produtos esse índice pode ser ainda maior. 

Para Roni, a taxação deve ter mais impacto no longo prazo. No curto prazo, os compradores dos Estados Unidos deverão absorver um produto mais caro, porém o empresário acredita que a real intenção por trás da taxação seja a reindustrialização do país, para deixar de exportar commodity (toras de madeira) e produzir os produtos madeireiros internamente. 

“Porém leva um tempo até essas fábricas ficarem prontas. Então, de imediato, acredito que eles vão precisar e vai ficar um pouco mais caro por lá. Se realmente isso for acontecer, se realmente essa taxa se concretizar, eles vão precisar comprar mesmo com ela”, destacou Roni. 

Já na visão de longo prazo, os entrevistados explicam que haverá uma competição por outros mercados de madeira, como por exemplo, o maior fornecedor de madeira para os EUA, o Canadá, também passar a competir em outros países. Na visão dos convidados esse cenário de competição global pode, sim, ser prejudicial para a madeira brasileira. 

Expectativas para 2025

Entre os assuntos abordados durante o programa, está a expectativa para o ano de 2025 no setor madeireiro. Roni destacou que este ano pode ser bastante promissor, porém ele destaca três pontos que devem permanecer no radar dos empresários: Cotação do dólar, logística e custos de produção. Se o dólar se mantiver na casa dos R$ 6, como estimam os especialistas, o mercado poderá se manter aquecido para o Brasil. Porém, na visão do empresário, o país precisa investir em infraestrutura de estradas e portos para que o nosso produto se torne mais competitivo lá fora. 

Sobre o Podcast WoodFlow

O Podcast WoodFlow é uma iniciativa da startup de exportação de madeira WoodFlow, e visa debater, uma vez ao mês, sobre o mercado de madeira. O CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo conduz as entrevistas sempre retratando o cenário e o futuro da madeira. O Podcast WoodFlow é o primeiro do país a debater temas do mercado madeireiro e pode ser acessado diretamente no YouTube ou nas plataformas de streaming de áudio

Informações: WoodFlow / Imagem destaque: Mais Floresta.

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Exportações brasileiras de madeira ficam estáveis em 2024 diante de desafios logísticos e incertezas econômicas

A baixa variação no volume exportado se deu, principalmente, por gargalos logísticos, incluindo congestionamentos portuários, dificuldades de armazenamento e atrasos no transporte

As exportações brasileiras de madeira apresentaram crescimento modesto em 2024, refletindo os desafios persistentes enfrentados pelo setor. Segundo dados do ComexStat, o volume total exportado cresceu apenas 3% em comparação com 2023. “Depois de um período que consideramos um dos piores do passado recente, 2024 se mostrou tão desafiador quanto 2023”, afirmou Gustavo Milazzo, CEO da WoodFlow, plataforma especializada em soluções para exportadores do setor madeireiro.

Desafios das exportações de madeira em 2024

A baixa variação no volume exportado foi impactada principalmente por gargalos logísticos, incluindo congestionamentos portuários, dificuldades de armazenamento e atrasos no transporte. “Começamos com um certo otimismo, mas devido ao caos logístico, foram poucos meses em que os produtores conseguiram embarcar. Foram inúmeros navios omitidos e a falta de segurança na data de entrega dos produtos no exterior inviabilizou muitos negócios”, acrescentou Gustavo.

A conjuntura econômica global também contribuiu para esse cenário de estagnação, com oscilações nas taxas de câmbio, aumento nos custos de transporte e menor demanda por parte dos principais mercados consumidores, como Europa e Estados Unidos.

Produtos e valores em 2024

Apesar das dificuldades, o volume total de produtos monitorados pela WoodFlow alcançou aproximadamente 7 milhões de metros cúbicos. A madeira serrada de Pinus foi o principal produto exportado, representando 40% desse total, seguida pelo compensado de Pinus, com 35%.

Em termos de valores, o montante total acumulado em 2024 chegou a USD 1,7 bilhão, apenas 9% acima do registrado em 2023. O destaque em valor foi o compensado de Pinus, que atingiu USD 793 milhões, reforçando sua importância estratégica para o setor.

Perspectivas para o futuro

Para superar os desafios enfrentados em 2024, o setor precisa investir em soluções logísticas mais eficientes, diversificação de mercados e aprimoramento dos processos de exportação. “As relações do Brasil com nossos principais clientes também devem estar no centro das atenções de todos os produtores brasileiros. Devemos estar atentos a cada passo do mercado externo”, finalizou Gustavo.

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Tendências do mercado global de toras de madeira para serraria: uma mudança surpreendente em meio à fraca demanda por madeira serrada

O mercado global de madeira tem enfrentado desafios significativos nos últimos dois anos. Do declínio na construção de casas à desaceleração das atividades de remodelação e redução do consumo de bens de consumo, a demanda por madeira macia tem caído constantemente em regiões-chave.  

No entanto, em meio a esses tempos difíceis, um desenvolvimento surpreendente chamou a atenção dos profissionais da indústria: o Índice Global de Preços de Toras para Serra (GSPI) tem aumentado. Para líderes empresariais em silvicultura, madeira e setores relacionados, entender essas tendências é crucial para navegar neste cenário em mudança. Os custos de toras para serra são responsáveis ​​por 60-70% dos custos de produção para produtores de madeira, tornando-se o principal fator de custo ao rastrear a competitividade de uma região.   

Por que os preços da madeira serrada estão subindo apesar da menor demanda por madeira serrada? 

Normalmente, uma queda na demanda por madeira causa um declínio semelhante nos preços de toras para serraria. No entanto, o GSPI desafiou as expectativas, subindo quase 7% ano a ano até o terceiro trimestre de 2024 e 18% acima de sua média de 30 anos. O que está por trás dessa tendência contraintuitiva e o que isso significa para os mercados regionais? 

Tendências contrastantes em regiões globais 

Um olhar mais atento revela diferenças regionais significativas nos preços de toras para serraria. Algumas regiões estão registrando altas recordes, enquanto outras enfrentam declínios acentuados. Aqui estão algumas das tendências mais notáveis: 

  • Europa do Norte e Central: Os preços das toras dispararam nas regiões nórdicas, atingindo seus níveis mais altos em mais de uma década. Com esses ganhos, as serrarias da região estão enfrentando margens de lucro cada vez menores. Por quê? O aumento do custo das matérias-primas ultrapassou os preços da madeira, aumentando a pressão sobre as operações.  
  • América do Norte: A história é muito diferente na América do Norte. A Colúmbia Britânica está enfrentando desafios significativos que reduziram a proeminência da região na indústria de serrarias. A produção em 2024 é estimada em quase metade do que era há uma década devido à escassez de madeira, altos custos de produção e outros obstáculos operacionais. Enquanto isso, as toras de madeira para serraria do sul dos EUA atingiram as mínimas de preço em 30 anos . Essa redução pode atrair novos investimentos nas serrarias da região nos próximos dois anos. 
  • China e regiões MENA: As importações chinesas de madeira tiveram um declínio de 7% ano a ano nos primeiros dez meses de 2024. Da mesma forma, os países do Oriente Médio e Norte da África relataram uma queda de 4% em suas importações totais de madeira em nove meses. Esses mercados enfraquecidos enfatizam ainda mais a disparidade regional na demanda e nos preços da madeira. 

Implicações para profissionais florestais e madeireiros 

Essas tendências apresentam desafios e oportunidades para profissionais dos setores florestal e madeireiro. Para empresas no norte da Europa, controlar os custos de produção se tornou mais importante do que nunca na adaptação às crescentes despesas com matéria-prima. Por outro lado, regiões como o sul dos EUA podem ver um novo crescimento, pois a combinação de preços baixos de toras e custos operacionais competitivos pode atrair novos investimentos em 2025 e além. 

Enquanto isso, o setor de serrarias em declínio na Colúmbia Britânica serve como um conto de advertência de como a demanda flutuante, fatores regulatórios e competição global podem remodelar uma indústria. As empresas devem permanecer adaptáveis, mantendo um olhar atento sobre a dinâmica comercial e as condições de mercado em evolução. 

Para os players internacionais, a disparidade nos preços de toras para serraria destaca a importância da diversificação geográfica. Ter operações ou parcerias em diferentes regiões globais pode fornecer uma proteção contra a volatilidade do mercado. Além disso, com as exportações de madeira europeia para os EUA possivelmente se expandindo, pode haver oportunidades emergentes para empresas que buscam entrar ou crescer em mercados estrangeiros. 

Informações: ResourceWise.

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Mercado madeireiro no Brasil espera crescimento sustentável até 2050

Demanda global crescente e práticas sustentáveis impulsionam expectativas para o setor

Com a intensificação da crise climática, o mundo se depara com o desafio de equilibrar a crescente demanda por matérias-primas como a madeira e a necessidade de preservar o meio ambiente. Nesse contexto, parte da indústria madeireira brasileira tem adotado práticas sustentáveis para atender ao mercado global, com projeções de crescimento no setor nos próximos anos. O relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aponta para um aumento de 37% no consumo de madeira processada entre 2020 e 2050.

A madeira, recurso utilizado desde os tempos antigos na construção de habitações, barcos, móveis e ferramentas, continua a desempenhar papel fundamental na economia global. Em 2024, estima-se que o mercado de madeira serrada atinja US$ 757,33 milhões, conforme dados do Relatório da Indústria da Madeira Serrada, da Mordor Intelligence Industry Reports.

Empresários do setor, ouvidos pela reportagem, afirmam que o crescimento do mercado é uma tendência natural, mas reconhecem que fatores como a pandemia da Covid-19 e a guerra na Ucrânia impactaram o segmento nos últimos anos.

Higino Aquino, fundador e CEO do Instituto Brasileiro de Florestas, destaca que a produção de florestas plantadas contribui para a redução da pressão sobre as florestas nativas, além de promover o sequestro de dióxido de carbono ao longo do ciclo de crescimento das árvores. “A produção de madeira por meio da silvicultura traz benefícios tanto econômicos quanto ambientais, e essa tendência tende a se fortalecer nos próximos anos, com o Brasil se destacando. Em 2022, o setor de florestas plantadas alcançou a maior participação no PIB em 11 anos”, afirma Aquino.

Ricardo Rossini, dirigente da Madeireira Rozene Rossini e presidente da SindiMadeFloema, reforça que o modelo de florestas plantadas é uma solução altamente sustentável. “Em termos de sustentabilidade, a madeira não tem comparação. O ciclo de florestas plantadas é extremamente eficiente”, comenta Rossini. O empresário ainda aponta que a pandemia gerou uma demanda excepcional por madeira, mas com a normalização do mercado, o setor passa por um período de transição e ajuste.

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) aponta que os 9 milhões de hectares de florestas plantadas no Brasil têm a capacidade de absorver 88 bilhões de toneladas de CO2eq da atmosfera. Em 2023, a área destinada ao plantio de árvores ultrapassou pela primeira vez 10 milhões de hectares, com o eucalipto respondendo por 76% dessa área, seguido pelo pinus.

Felipe Macedo, diretor da M.M Wood Brazil, destaca que o grande diferencial nos últimos anos tem sido a maximização do aproveitamento das florestas e da matéria-prima. “As empresas adotaram técnicas de corte eficientes que permitem o aproveitamento quase total da árvore, com cerca de 99% da área aproveitada”, explica Macedo.

Informações: Portal do Agronegócio.

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Exclusivo – Comportamento do Mercado Mundial de Madeira em Tora

*Artigo de Marcio Funchal

Avaliando o comportamento do mercado mundial de madeira em tora, fica claro que uma pequena porção da madeira produzida anualmente é destinada às exportações (menos de 5%). Este cenário é bastante compreensivo, uma vez que há uma série de cadeias produtivas que irão reprocessar este produto ao longo dos processos de agregação de valor.

No tocante à produção mundial, esta cresceu apenas 8% desde 2013 (média de 0,8% a.a.). Já os preços atuais são praticamente os mesmos vislumbrados no passado (em termos nominais, em Dólar), apesar do intenso rally no meio do período considerado.


*Marcio Funchal é administrador de empresas, Mestre em administração estratégica e Especialista em Planejamento e Gerenciamento Estratégico. Coordena equipes multidisciplinares há mais de 27 anos nos mais diversos negócios. Nos últimos 21 anos tem se concentrado à atividade agroflorestal, industrial e de gestão de negócios. Possui grande vivência em praticamente todas as regiões do país, atuando como consultor de estratégia, gestão e mercado. Implementou e auditou as operações de silvicultura e colheita de 3 das maiores TIMOs em operação no Brasil. Participou de diversos projetos empresariais para apoio de tomada de decisões e investimentos em negócios no Brasil e alguns países da América Latina, América Central e África. Já atuou como Consultor do BID, IFC e do Banco Mundial.

Contato: marcio@marciofunchal.com.br

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Em episódio inaugural CEO da WoodFlow conversa com convidados especiais e aborda o cenário e as conjunturas econômicas do setor

Nesta última segunda-feira, 18 de março, a WoodFlow colocou no ar o seu primeiro episódio do Podcast WoodFlow. O programa, que será mensal, vai trazer entrevistas para abordar sobre o mercado e a exportação de madeira do Brasil. No episódio inaugural, o CEO da startup de exportação de madeira, Gustavo Milazzo, conversou com o diretor comercial da Sudati Compensados, Fabiano Sangali, e com o head de assuntos/desenvolvimento estratégico da STCP, Marcelo Wiecheteck.

Disponível no Youtube da WoodFlow e em plataformas de serviço de áudio por streaming, o enfoque deste primeiro Podcast WoodFlow foi o cenário do mercado de madeira no Brasil, desde a pandemia até os dias atuais. “Durante os anos de 2020 e 2021, vivemos algo extraordinário. O consumo global estava alto, com as pessoas permanecendo em suas casas. Com isso, aumentou o consumo de madeira a preços elevados. Mas o cenário começou a mudar a partir de 2022, por questões geopolíticas, altas inflações globais e elevação das taxas de juros que reduziram o consumo mundial”, destacou Marcelo.

“A cadeia toda de madeira foi beneficiada com os altos preços pagos nos anos de pandemia. Porém, ao mesmo tempo, os custos de produção também se elevaram muito. Mesmo assim, o preço compensava e a demanda estava muito alta”, complementou Fabiano.  

A conversa conduzida por Gustavo trouxe ainda curiosidades enfrentadas pelas indústrias nesse período e dados relevantes do setor. Passando para os anos seguintes, os entrevistados analisaram o cenário da queda dos volumes exportados em 2022 e 2023, apontando os principais fatores que levaram a essa retração do mercado madeireiro. 

Perspectivas para 2024 e próximos anos

Marcelo apontou que a expectativa para o setor em 2024, apesar das incertezas, é um primeiro semestre ainda com menores volumes mas algum ganho de escala, e sinais positivos a partir da  segunda metade do ano. “Espera-se que as maiores economias globais, como os EUA, baixem suas taxas de juros e, com isso, o consumo de madeira aumente. Isso poderá estimular o mercado de madeira do Brasil”, disse o head de desenvolvimento estratégico da STCP.

Segundo Fabiano, no mercado internacional, já se sente uma estabilização dos estoques e a expectativa é de que o consumo de madeira volte a níveis pré 2020. “Há alguns sinais de que os estoques que se formaram durante a pandemia já tenham acabado e muitas indústrias estão trabalhando sem gerar estoque. Isso deve trazer um bom resultado para 2024”, estima o diretor comercial da Sudati Compensados.

Serviço:

Acesse o Podcast WoodFlow na sua plataforma preferida.

https://linktr.ee/woodflow

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China impacta silvicultura de MG

Mercado tem dois pilares importantes: produção de papel celulose e produção de carvão vegetal para siderurgia e demais setores

A desaceleração da economia chinesa está impactando a silvicultura no Estado, segundo a presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), Adriana Maugeri. “Os anos de 2020, 21 e 22 foram bons. Em 2023, sentimos o impacto, assim como várias outras atividades do agro”, analisa.

Ela explica que o mercado da madeira em Minas Gerais tem dois pilares importantes, um deles é a madeira destinada à produção de papel celulose. O outro é voltado para a produção do carvão vegetal que abastece a metalurgia, gusa, ligas e produção de aço.

A dirigente conta que o aumento da importação do aço, em especial o da China, está tendo reflexos negativos não só para as siderúrgicas nacionais, bem como para a atividade de silvicultura, cujo dia nacional é comemorado hoje (7).

Para Adriana Maugeri, uma das saídas é estabelecer, assim como foi feito pela União Europeia e nos Estados Unidos, uma taxa nos moldes do Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM, da sigla em inglês para Carbon Border Adjustment Measure). De acordo com ela, a medida também iria incentivar a descarbonização.

De acordo com ela, grande parte do aço chinês que chega ao Brasil foi feito com maior emissão de gás de efeito estufa na comparação com o nacional, já que uma grande parcela do aço brasileiro é feita com carvão vegetal, com sucata. “O nosso aço é verde”, observa.

Apesar das dificuldades, a dirigente diz que a perspectiva das grandes empresas não é de prejuízo, já que o setor “é muito resiliente e historicamente já passou por muitas crises”.

2024

A presidente da Amif diz que está com receio dos rumos do próximo ano para a siderurgia nacional, se nada for feito com relação à concorrência com o aço estrangeiro, que, consequentemente, impacta o setor de carvão vegetal.

“O setor de celulose também está prevendo um ano difícil para 2024, já que justamente os mercados consumidores da commodity estão passando por dificuldades”, diz.

De acordo com ela, o preço da celulose está muito baixo, sendo um dos menores dos últimos anos. Dessa forma, o setor está fazendo ajuste de custos para se tornar mais competitivo.

“A indústria de embalagens é forte no Brasil. Só que o setor de celulose, assim como a questão do aço, está sofrendo com a invasão do papel imune que vem da Ásia”, frisa.

O Brasil é o maior exportador mundial de celulose e a produção de madeira em tora para papel e celulose foi recorde em 2022, atingindo 99,7 milhões de metros cúbicos. O segundo maior volume da série havia ocorrido em 2018, quando a produção alcançou 92,7 milhões de metros cúbicos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A dirigente diz que a silvicultura tem vários anúncios de investimentos previstos para o próximo ano que estão sendo avaliados neste momento. “Eles devem anunciar em 2024 alguma adaptação”, observa. Ela acrescenta que se governo se manifestar de forma positiva, todo o cenário temerário muda da noite para o dia.

Crédito: Divulgação/Amif

Minas é o maior produtor e consumidor de carvão vegetal do mundo

Minas Gerais é o maior produtor e consumidor mundial de carvão vegetal, segundo a presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), Adriana Maugeri. “Isso é motivo de orgulho, porque ele é um dos principais insumos para a descarbonização”, observa.

O Estado responde por 87,7% do volume nacional, conforme dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a dirigente, mais de 80% da produção é consumida no Estado, por causa do relevante parque siderúrgico. O restante do que é produzido vai para outros estados. “O carvão é utilizado tanto como fonte de calor quanto como biorredutor”, diz.

Estado tem a maior área de floresta plantada do País

O Estado possui a maior área cultivada de floresta plantada no Brasil: são mais de 2,3 milhões de hectares de florestas cultivadas em mais de 203 municípios do Estado. “Sessenta por cento desse total está na mão de pequenos e médios produtores, o que mostra o potencial de inclusão social da atividade, da fixação do homem no campo”, diz a presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), Adriana Maugeri.

No País, são cerca de 10 milhões de hectares. A indústria florestal brasileira realiza o plantio de 1,5 milhão de árvores por dia, conforme dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

No ano passado, o valor da produção florestal no País atingiu o recorde de R$ 33,7 bilhões, com alta de 11,9% em relação a 2021, e produção em 4.884 municípios. O valor da produção da silvicultura (florestas plantadas) continua superando o da extração vegetal, o que ocorre desde o ano 1998.

Minas Gerais continua com o maior valor da produção da silvicultura, que cresceu 2,6%, chegando a R$ 7,5 bilhões em 2022, ou 27,3% do total da silvicultura. Os dados são da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os 10 municípios com as maiores áreas de florestas plantadas do Brasil, cinco estão em Mato Grosso do Sul; três, em Minas Gerais; um, no Rio Grande do Sul; e um, na Bahia.

João Pinheiro

Na região Noroeste de Minas, João Pinheiro foi líder do ranking em 2021, sendo o terceiro município com maior valor da produção da silvicultura, gerando R$ 497,5 milhões e constituindo destaque nacional na produção de carvão, com 437,8 mil toneladas, apesar da redução de 7,8% em termos de volume, na comparação com o ano anterior. 

O município tem a maior extensão territorial de Minas Gerais e população menor que 75 cidades do Estado. São 10.727,097quilômetros quadrados e  46.801 habitantes, conforme dados do Censo 2022, do IBGE.

Informações: Diário do Comércio.

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