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Suzano utiliza exército de joaninhas no combate a pragas

Iniciativa pioneira no Brasil reduziu 17,1 mil kg de produtos com defensivos agrícolas em apenas um ano

Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de eucalipto, adotou joaninhas como solução natural para o controle biológico de pragas em suas florestas de eucalipto. Pela primeira vez no Brasil, a espécie está sendo utilizada na silvicultura em larga escala nos estados de São Paulo, Maranhão e Mato Grosso do Sul, cobrindo uma área de 57 mil hectares no ano passado. A iniciativa também contribui para o uso racional de defensivos agrícolas. Apenas em 2024, cerca de 17,1 mil quilos deixaram de ser utilizados, gerando uma economia superior a R$ 3 milhões para a companhia.

O projeto foi desenvolvido em parceria com a Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da UNESP, a Embrapa Florestas e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), e representa um avanço importante nas pesquisas brasileiras sobre controle biológico. O objetivo é promover o uso mais racional de defensivos e utilizar a biodiversidade para o controle preventivo de pragas, reduzindo impactos ambientais e fortalecendo uma produção agrícola mais sustentável e eficiente a longo prazo.

A joaninha da espécie Olla v-nigrum é uma grande aliada no controle do Glycaspis brimblecombei, ou psilídeo-de-concha, uma das pragas mais nocivas ao cultivo de eucalipto. Com ocorrência natural no Brasil, a joaninha se adapta rapidamente ao ambiente: nas primeiras 24 a 48 horas após a liberação, ela explora o território em busca de alimento antes de se estabelecer. Em condições favoráveis, a oviposição ocorre entre 5 e 7 dias após o acasalamento, indicando uma adaptação bem-sucedida e o estabelecimento do ciclo reprodutivo. Para que o controle biológico seja eficaz em campo, a temperatura ideal não deve ultrapassar a amplitude de 20°C e 37°C, combinada com umidade moderada.

Antes de liberar as joaninhas no ambiente, a Suzano analisou como a espécie reagia a diferentes temperaturas, dietas e às principais pragas do eucalipto. “As joaninhas ficavam em um laboratório da companhia que simulava o ambiente de floresta, localizado na Unidade Florestal de Três Lagoas (MS). Foram dois anos de trabalho, com uma equipe de quatro pesquisadores entomologistas da companhia dedicados a cuidar e estudar o comportamento da espécie”, diz Maurício Magalhães Domingues, pesquisador principal do tema. “Inovação e sustentabilidade caminham juntas na Suzano, e o uso de joaninhas como controle biológico reflete esse compromisso. A iniciativa permite o uso racional de defensivos químicos, fortalece a biodiversidade e traz ganhos ambientais e sociais, como a valorização da ciência, a geração de empregos e o desenvolvimento de soluções mais sustentáveis para o setor florestal”, finaliza Maurício.

As pesquisas para viabilizar a produção da Olla v-nigrum começaram em 2022, com a identificação de populações nativas durante surtos da praga do eucalipto em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Tocantins. Em 2023, os estudos avançaram com o objetivo de estabelecer uma criação experimental de joaninhas, resultando no desenvolvimento da técnica de multiplicação e liberação em larga escala. No ano seguinte, 210 mil insetos foram liberados. No ambiente, o equilíbrio natural impede que os inimigos naturais se tornem superpopulosos, uma vez que sua sobrevivência depende da disponibilidade da praga-alvo como fonte de alimento, além de estarem sujeitos a seus próprios biocontroladores na cadeia alimentar.

Embora o uso dessa estratégia com joaninhas seja inédito no Brasil, países como os Estados Unidos já aplicam com sucesso o controle biológico em plantios de eucalipto comerciais, reforçando sua eficácia como alternativa sustentável no manejo florestal. Para mais informações sobre essas e outras iniciativas da Suzano na agenda ESG, acesse aqui o Relatório Anual de Sustentabilidade da companhia.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender à demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.

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São Paulo se prepara para combater a vespa-da-madeira, uma das principais pragas de pinus

A vespa-da-madeira, uma das principais pragas dos cultivos de pinus no Brasil, começa a causar preocupação em produtores do estado de São Paulo. Até então com presença já controlada no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, novos relatos de presença da praga em São Paulo acenderam o alerta e reuniões já foram realizadas com Embrapa Florestas, Funcema, IPEF e associações de produtores.

A vespa-da-madeira é uma espécie que pertence a uma família de insetos denominada “Siricidae”, originária a Europa, Ásia e Norte da África. Nesta família existem várias espécies que atacam o pinus, tanto plantas que já estão mortas quanto plantas vivas. A espécie que foi detectada no Brasil em 1988 e que está presente na maioria dos plantios de pinus no país, principalmente em Pinus taeda e Pinus eliottii, é a Sirex noctilio, conhecida como vespa-da-madeira. Ela ataca árvores vivas, causando sua morte. Um amplo Programa de Manejo Integrado de Pragas foi estabelecido pela Embrapa Florestas e parceiros e está sendo executado há 35 anos, contando com a participação do setor produtivo, por meio do FUNCEMA (Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais), que congrega mais de cem empresas florestais. A execução das atividades orientadas pelo Programa tem permitido manter esta importante praga sob controle no Brasil, evitando perdas de alto impacto para toda a cadeia produtiva do pinus.

Porém, a recente detecção de uma espécie de “Siricidae” em plantios de pinus tropicais utilizados para resinagem, no Estado de São Paulo, tem preocupado o setor. Segundo  Susete Chiarello Penteado, pesquisadora da Embrapa Florestas e coordenadora do Programa de Controle da Vespa-da-madeira, “as amostras coletadas em campo indicam ser uma outra espécie de ‘Siricidae’, e já estamos trabalhando na sua identificação. Esta é uma etapa muito importante, pois com a identidade do inseto determinada poderemos fazer um planejamento assertivo de ações para seu controle”, explica.

No dia 4 de dezembro, foi realizada uma reunião com a participação da Embrapa Florestas e de entidades e produtores do Estado de São Paulo. Nesta reunião, a pesquisadora Susete Chiarello Penteado fez uma apresentação sobre o reconhecimento da praga, sintomas, danos e as medidas de monitoramento e controle e também esclareceu várias dúvidas dos produtores. 

O próximo passo será a realização de uma reunião em fevereiro de 2024, em São Paulo, que contará com a participação de diferentes instituições, como associações de produtores, instituições de pesquisa, instituições estaduais, Embrapa Florestas, Funcema entre outras, com o objetivo de definir um plano de ação para o monitoramento e controle da praga no Estado.

Controle da vespa-da-madeira
“Velha conhecida” dos produtores de pinus dos estados do Sul, a vespa-da-madeira poderia ter inviabilizado os plantios na região. Com o trabalho de pesquisa realizado, foi possível desenvolver um programa de manejo integrado de praga, aliado ao controle biológico com o nematoide Deladenus siricidicola (conhecido como Nematec). Produzido na Embrapa Florestas, o nematoide esteriliza as fêmeas da praga e apresenta uma eficiência média de 70%, mantendo a praga sob controle. Com a identificação correta do inseto que está atacando os plantios em SP, será possível indicar a melhor forma de controle.  

Informações: Embrapa Florestas.

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