PÁGINA BLOG
Featured Image

Entenda o papel das agroflorestas no combate às mudanças climáticas

Além de apresentar um potencial natural na luta contra as mudanças climáticas, os sistemas agroflorestais também se destacam pela contribuição direta para a segurança alimentar e a conservação da sociobiodiversidade. Conheça aqui algumas iniciativas do IFT de fomento às agroflorestas na região amazônica

Num cenário de aquecimento global cada vez mais acelerado, a busca por alternativas efetivas e atrativas para mitigar as mudanças climáticas tem se tornado cada vez mais urgente. Entre estas alternativas, as agroflorestas – definidas como a incorporação e manutenção de árvores em sistemas agrícolas – se destacam por seu alto potencial de sequestro de carbono, além de sua contribuição direta para segurança alimentar e conservação da sociobiodiversidade,

Um estudo publicado na revista científica Nature Climate Change indicou que os sistemas agroflorestais (SAFs) constituem potencialmente a maior contribuição do setor agrícola para o clima. Entre as soluções baseadas na natureza, o potencial de mitigação climática de agroflorestas é comparável ao de estratégias reconhecidas, como o reflorestamento. Segundo a pesquisa, realizada por cientistas de vários países, incluindo o Brasil, as agroflorestas são a maior contribuição individual que o setor agrícola pode oferecer ao combate às mudanças climáticas.

Os SAFs são sistemas produtivos que unem, no mesmo espaço, espécies florestais, frutíferas, e alguns casos animais, de importância econômica, alimentar, cultural e ecológica. Por meio de intervenções controladas e tratos específicos, as espécies passam a se relacionar com vantagens mútua, em termos de nutrientes, solo, clima e sombreamento.

A publicação da Nature Climate Change afirma que a agroflorestas mundiais podem estocar até 310 milhões de toneladas de carbono por ano, suficiente para compensar a emissão anual de gás carbônico gerada por aproximadamente 250 milhões de veículos a gasolina de porte médio.

SAFs na Amazônia

Na Amazônia, o crescimento de produção de Sistemas Agroflorestais já é realidade em diversos territórios. O fomento às agroflorestas é uma das principais expertises da Gerência de Sociobiodiversidade e Bioeconomia (GSB) do Instituto Floresta Tropical Johan Zweede (IFT). Através de iniciativas de implantação e fortalecimento de SAFs, o IFT tem promovido restauração ambiental, geração de renda e segurança alimentar, por meio de assistência técnica e formação continuada em diversos territórios do bioma amazônico.  

Um desses exemplos ocorre nos municípios de Bragança, nordeste paraense, através de um projeto chamado Act for Amazônia. Entre as principais atividades estão o acompanhamento técnico de áreas de SAFs durante 6 meses, oficinas de capacitação técnica para agricultores familiares, produção e aplicação de biofertilizantes, produção de mudas de açaí para uso e comercialização e elaboração de materiais audiovisuais para educação e sensibilização sobre a importância dos SAFs e a realização de um diagnóstico de necessidades para o aprimoramento dos sistemas agroflorestais.

“Em Bragança foram 9 áreas de SAFs instaladas com dimensão de 30x30m. Nesse primeiro momento foram inseridas 13 espécies diferentes, entre culturas de ciclo curto, frutíferas e espécies adubadeiras, pois o objetivo incialmente é de recuperar a biodiversidade do solo, junto com a produção de alimentos. Diferente dos sistemas agroflorestais tradicionais, neste modelo a roça está no mesmo sistema, para evitar que o agricultor tenha duas áreas para cuidar e assim evitar o abandono do SAF”, afirma Paula Vanessa Silva, engenheira florestal e gerente de Sociobiodiversidade e Bioeconomia do IFT.

No Marajó, o projeto Valorização da Floresta tem realizado oficinas de fomento a novas cadeias de valor da sociobiodiversidade e implantação de quintais agroflorestais nas Reservas Extrativistas Arióca Pruanã e Mapuá. Em maio deste ano, os moradores dessas unidades de conservação receberam atividades de formação sobre SAFs. A iniciativa visa a implantação e o enriquecimento dos quintais agroflorestais das famílias para estimular a segurança alimentar e nutricional e a comercialização de produtos florestais não madeireiros. Um dos desdobramentos das oficinas foi a seleção de 30 famílias para participar da ação de implantação de quintais agroflorestais.

Paula Vanessa explica que a próxima etapa do projeto Valorização da Floresta será a instalação dos quintais agroflorestais nas casas das famílias selecionadas nas duas Resex atendidas no Marajó. Para isso, antes serão realizadas entrevistas e o mapeamento participativo desses locais.

“O objetivo da próxima etapa é conhecer essas famílias, saber o perfil delas, identificar o que existe nesses quintais, o que já existe de espécies e quais outras espécies eles desejam cultivar. Com essas informações, vamos compreender a logística para chegar nessas casas, o que será fundamental na etapa de planejamento da instalação”, afirma a engenheira florestal. 

Protagonismo das mulheres

Vanessa também ressalta que os quintais agroflorestais são uma excelente estratégia para pequenos produtores, por agregar segurança alimentar e nutricional à preservação ambiental dos territórios.  “Os quintais produtivos, que são o foco do projeto, já fazem parte da realidade dessas comunidades, pois são áreas que, especialmente as mulheres, mantêm tradicionalmente no entorno das casas. Por isso, é importante destacar o protagonismo delas na execução desse projeto”.

Para a manejadora extrativista Merilene Pantoja, moradora da comunidade São Pedro, na Resex Arióca Pruanã, as oficinas sobre SAFs são uma possibilidade de fomentar e fortalecer a agricultura familiar na unidade de conservação. “Esse tipo de atividade é muito importante para a nossa comunidade, pois envolve várias famílias. Aprender sobre cultivar os quintais produtivos de maneira planejada é fundamental tanto para o crescimento da nossa produção como para o nosso consumo no dia a dia”, afirma.     Além do potencial de mitigação climática, as agroflorestas também podem melhorar o rendimento das safras e diversificar renda dos agricultores. “Nesse sentido, os quintais produtivos surgem como uma solução concreta e sustentável para enfrentar os desafios ambientais e sociais da região amazônica”, destaca Vanessa.

Featured Image

Exclusivo – Sistemas agroflorestais: o caminho da regularização ambiental para os pequenos produtores

*Artigo de Cícero Ramos

O Código Florestal (Lei Federal nº 12.651/2012) estabelece que todo imóvel rural localizado na Amazônia Legal deve manter uma área com cobertura de vegetação nativa, respeitando os seguintes percentuais de Reserva Legal: 80% em áreas de florestas, 35% em áreas de cerrado e 20% em áreas de campos gerais. Nas demais regiões do país, o percentual mínimo é de 20%.

Para as pequenas propriedades rurais — definidas pela Lei da Agricultura Familiar como aquelas com até quatro módulos fiscais — que apresentavam déficit de Reserva Legal anterior a 22 de julho de 2008, data considerada como marco legal, não é obrigatória a recomposição ou regeneração natural dessas áreas. No entanto, quando ocorrem desmatamentos não autorizados após essa data, os pequenos produtores rurais enfrentam dificuldades para a regularização ambiental de suas propriedades.

Essa realidade é recorrente em Mato Grosso e em outras regiões do país, onde essa falta de regularização ambiental compromete o acesso ao crédito rural e expõe os produtores ao risco de sanções, como a possibilidade apreensão da produção. Diante desse cenário, é essencial buscar soluções que conciliem a regularização ambiental com a continuidade da produção agrícola, é fundamental que as políticas públicas levem em conta as particularidades dos pequenos produtores rurais, assegurando que o cumprimento das exigências legais não inviabilize sua subsistência.

Sistemas agroflorestais são formas de uso e manejo da terra no qual árvores ou arbustos são utilizados em consórcio com culturas agrícolas, forragens e/ou integração com animais, promovendo a sustentabilidade e a produtividade, no entanto, ainda não há respaldo legal que permita sua utilização na recomposição da Reserva Legal em áreas desmatadas após 22 de julho de 2008, especialmente em pequenas propriedades rurais.

Uma proposta alinhada aos compromissos do Acordo de Paris (que prevê a restauração de 12 milhões de hectares de florestas no Brasil até 2030) —, seria a proposição de um projeto de lei, por parte do deputados federais, para modificar o Código Florestal (Lei nº 12.651/2012). Essa alteração permitiria o reconhecimento dos Sistemas Agroflorestais (SAFs) como uma forma legítima de recomposição da Reserva Legal nessas pequenas propriedades, com critérios técnicos definidos em regulamento específico.

Para que essa proposta seja viável, é essencial que o poder público, em parceria com instituições privadas, ofereça incentivos financeiros — como linhas de crédito com juros reduzidos — que ajudem a cobrir os custos iniciais da restauração. Parcerias com empresas interessadas em compensar suas emissões de carbono e o apoio a projetos de pesquisa podem fortalecer e expandir essa estratégia. Além disso, a participação de profissionais capacitados, como engenheiros florestais e agrônomos, é indispensável para garantir a eficiência técnica e a continuidade das ações de restauração e produção integrada.

Essa abordagem permitiria alcançar o equilíbrio entre a regularização ambiental e a manutenção da atividade produtiva, oferecendo uma solução prática e sustentável para pequenos produtores, especialmente em estados como Mato Grosso e em assentamentos rurais por todo o país. Ao integrar floresta, lavoura e pecuária em uma mesma área, os Sistemas Agroflorestais promovem o uso eficiente do solo, recuperam áreas degradadas e geram renda para os agricultores.

Sem viabilidade econômica, a recuperação desses passivos ambientais torna-se quase impossível para muitos pequenos produtores, que muitas vezes não dispõem dos recursos financeiros necessários. Por isso, é urgente ir além das diretrizes teóricas e construir um roteiro de implementação realista e acessível. A adoção de SAFs representa uma estratégia eficaz para restaurar a Reserva Legal, pois alia produção agrícola com regeneração ambiental, garantindo renda e segurança para o produtor.

Além de contribuir para a regularização ambiental, essa proposta facilitaria o acesso ao crédito rural e a programas de incentivo, melhorando a qualidade de vida dos pequenos agricultores e promovendo sua inclusão social. A restauração ecológica, inclusiva e econômica representa não apenas uma necessidade, mas uma oportunidade para o Brasil liderar globalmente a transição para um futuro mais sustentável. Essa abordagem pode gerar empregos, renda, produção de alimentos e remover toneladas de dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera, unindo a agenda socioeconômica com a mitigação da crise climática

Ao integrar a conservação ambiental à realidade econômica dos pequenos proprietários, o Brasil poderá demonstrar na COP30 seu comprometimento com os objetivos do Acordo de Paris de plantar 12 milhões de hectares de floresta até 2030. Isso mostrará que é possível conciliar desenvolvimento econômico com conservação ambiental, construindo um modelo de restauração que beneficia tanto o meio ambiente quanto as comunidades que dele dependem.


*Cícero Ramos é engenheiro florestal e vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais.

Imagem destaque: Portal Embrapa.

Featured Image

Moradores da Resex Arióca Pruanã, no Pará, recebem oficinas sobre cadeias produtivas e quintais agroflorestais

Iniciativa de fomento à novascadeias de valor da sociobiodiversidade e quintais agroflorestais integra a agenda do projeto ‘Valorização da Floresta’. Após as oficinas, foram selecionadas 30 famílias para participar da ação de implantação e/ou melhorias de quintais agroflorestais na unidade de conservação

Moradores da Reserva Extrativista Arióca Pruanã, no município de Oeiras do Pará, região do Marajó, receberam nos dias 2 e 3 de maio, duas oficinas de fomento a novas cadeias de valor da sociobiodiversidade e quintais agroflorestais. A iniciativa faz parte do projeto ‘Valorização da Floresta’, realizado pelo Instituto Floresta Tropical Johan Zweede (IFT), e visa a implantação e/ou enriquecimento dos quintais agroflorestais das famílias para estimular a segurança alimentar e nutricional e a comercialização de produtos florestais não madeireiros na unidade de conservação.

As atividades aconteceram na comunidade Deus Proverá, utilizando as infraestruturas do acampamento do Projeto Vitória Proari e no barracão da Associação de Moradores da Reserva Extrativista Arióca Pruanã (Amoreap). Na sexta-feira, 02/05, ocorreu a oficina Cadeias de Valor de Produtos da Sociobiodiversidade; no sábado, 03/05, foi realizada a oficina sobre Sistemas Agroflorestais (SAF’s) e Quintais Produtivos.

 “Com a prospecção de novas cadeias de valor, essa iniciativa pretende entender quais são os potenciais que essas comunidades têm para o desenvolvimento de novos produtos florestais não madeireiros, além da madeira e do açaí, que são muito fortes nesse território. As oficinas visam fomentar outras cadeias que sejam interessantes para as comunidades, pensando também no acesso a novos mercados”, afirma Marcelo Galdino, vice-secretário executivo do IFT.

Durante dois dias, as oficinas reuniram cerca de 30 participantes, de várias comunidades da Resex. Segundo Galdino, um dos desdobramentos das atividades foi a seleção de 30 famílias para participar da ação de implantação e/ou melhorias de quintais agroflorestais. As formações, ministradas pela equipe técnica do IFT, são uma oportunidade de apresentar na prática as técnicas de trabalho de sistemas agroflorestais aos moradores da Resex.

Os SAFs são sistemas produtivos que unem, no mesmo espaço, espécies florestais, frutíferas, e alguns casos animais, de importância econômica, alimentar, cultural e ecológica. Por meio de intervenções controladas e tratos específicos, as espécies passam a se relacionar com vantagens mútua, em termos de nutrientes, solo, clima e sombreamento.

Paula Vanessa, gerente de Sociobiodiversidade e Bioeconomia do IFT, explica que a próxima etapa do projeto será a instalação dos quintais agroflorestais nas casas das famílias selecionadas na Resex. Para isso, antes serão realizadas entrevistas e o mapeamento participativo desses locais. “O objetivo da próxima etapa é conhecer essas famílias, saber o perfil delas, identificar o que existe nesses quintais, o que já existe de espécies e quais outras espécies eles desejam cultivar. Com essas informações, vamos compreender a logística para chegar nessas casas, o que será fundamental na etapa de planejamento da instalação”.

Protagonismo das mulheres

Vanessa ressalta que os quintais agroflorestais são uma excelente estratégia para pequenos produtores, por agregar segurança alimentar e nutricional à preservação ambiental dos territórios.  “Os quintais produtivos, que são o foco do projeto, já fazem parte da realidade dessas comunidades, pois são áreas que, especialmente as mulheres, mantêm tradicionalmente no entorno das casas. Por isso, é importante destacar o protagonismo delas na execução desse projeto”.

Para a manejadora extrativista Merilene Pantoja, moradora da comunidade São Pedro, as oficinas sobre SAFs são uma possibilidade de fomentar e fortalecer a agricultura familiar na unidade de conservação. “Esse tipo de atividade é muito importante para a nossa comunidade, pois envolve várias famílias. Aprender sobre cultivar os quintais produtivos de maneira planejada é fundamental tanto para o crescimento da nossa produção como para o nosso consumo no dia a dia”, afirma. 

Valorização da Floresta

As oficinas de fomento à novas cadeias produtivas e quintais agroflorestais, fazem parte da agenda do projeto ‘Valorização da Floresta’. Iniciado em outubro de 2023, o projeto tem a finalidade de fortalecer o manejo florestal sustentável nas Reservas Extrativistas Arióca Pruanã e Mapuá, no Pará.

A iniciativa integra o projeto Sustenta Bio – aliança pelo fortalecimento das economias da sociobiodiversidade em áreas protegidas, realizado pelo ICMBio, Vale e Fundo Vale em parceria com outras organizações que atuam na Amazônia. O projeto, financiado pelo Fundo Vale, prevê a estruturação da produção madeireira local, a promoção de novas cadeias da sociobiodiversidade e o fortalecimento dos planos de manejo florestal comunitários nas unidades de conservação atendidas.

Featured Image

Grupo propõe ‘agroflorestas’ para reconstrução do RS após tragédia

Carta já conta com o endosso de mais de 1.000 entidades

Coletivo com a participação de movimentos e instituições do Rio Grande do Sul lançou um documento, intitulado “Carta das agroflorestas e soluções baseadas na natureza”, que propõe medidas para a reconstrução do estado após a tragédia climática que causou quase 200 mortes. O grupo conta com o endosso de mais de 1.000 entidades.

Uma das principais medidas apontadas é a criação de agroflorestas, que permite conciliar a produção com a preservação da natureza. Esse sistema imita o que a natureza faz normalmente, com diversos tipos de plantação juntos, com o solo sempre coberto. O sistema mistura culturas de importância agronômica com plantas nativas.

“Isso vai ajudar a infiltrar a água no solo para que chegue nos lençóis freáticos. Isso permite uma camada de matéria orgânica, o que retém água e isso pode ser usado para o próprio ecossistema, mas também provoca um ‘efeito esponja’”, explica Gabriela Coelho, professora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da UFRGS.

“Só é possível a gente avançar através da reestruturação dos solos, que fazem a água infiltrar, não ganhar muita velocidade”, completa o produtor rural Vicente Guindani.

A ideia das agroflorestas, inclusive, já consta no Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), como aponta Nilton Tavares, advogado, socioambientalista e mestrando em Desenvolvimento Rural. “A agrofloresta vem dentro da agroecologia como uma das soluções que presta um serviço ecossistêmico. A gente já tem no próprio plano nacional de adaptação como estratégia esse tipo de solução”.

Impacto das chuvas no RS poderia ter sido menor com preservação ambiental, diz coletivo

Muitas das medidas apontadas pelo coletivo já poderiam ter sido implementadas como forma de mitigar os impactos das mudanças climáticas no estado do Rio Grande do Sul e em outros lugares.

Ao contrário disso, no entanto, o que se viu no Rio Grande do Sul foi o afrouxamento da legislação ambiental em muitos sentidos, como explica a bióloga Kátia Zanini. “Cada vez mais a gente sabe que a legislação tem sido flexibilizada e isso é um dos problemas. Isso, no mínimo, agravou o problema das enchentes”.

“Um dos elementos essenciais é restaurar tanto as áreas de encosta, que são áreas de riscos, quanto as áreas de mata ciliar. Já se tem um conhecimento amplo de restauração ambiental que possibilita inclusive práticas produtivas. Às vezes, se coloca que preservação seria uma visão apenas conservacionista, mas hoje se tem possibilidade de se restaurar uma área de APP (Área de Preservação Permanente) e ter atividades produtivas junto dessa área”, completa.

Grupo propõe medidas para povos tradicionais

Um outro eixo das propostas contidas na “Carta das agroflorestas e soluções baseadas na natureza” foca nos povos tradicionais do Rio Grande do Sul, como a população ribeirinha, quilombolas, comunidades pesqueiras, entre outros. De acordo com o coletivo, esses grupos já possuem a expertise das agroflorestas.

“O programa proposto é que essas comunidades possam ter um olhar adequado das políticas públicas. Que se olhe para esses grupos, essas populações, que foram muito impactadas, mas que já têm expertises na construção de agroflorestas”, resume Gabriela Coelho.

“A ideia é a construção de moradias que possam ajudar na questão do fluxo das águas, além da ampliação das áreas para que sejam mais seguras para moradia e conviver com esses fluxos de água”, completa.

Informações: ICL Notícias.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S