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Instituto Floresta Tropical (IFT) amplia atuação para fortalecer a conservação da Amazônia

Organização incorpora legado do Instituto Beraca e cria a Gerência de Sociobiodiversidade e Bioeconomia, reforçando o papel do manejo florestal sustentável e a geração de renda para comunidades como forma de combater as mudanças climáticas

Belém (PA), abril de 2025 – O Instituto Floresta Tropical (IFT), com quase 30 anos de atuação no manejo florestal sustentável madeireiro na Amazônia, anuncia a criação da Gerência de Sociobiodiversidade e Bioeconomia (GSB), resultado da incorporação do legado do Instituto Beraca (IB). A iniciativa reforça o compromisso do IFT em manter a floresta em pé e potencializar a bioeconomia na região, gerando impacto direto para as comunidades locais e para o equilíbrio climático global.

De acordo com Marco Lenttini, secretário executivo do IFT, a integração de metodologias e conhecimentos do IB representa um avanço estratégico para a instituição. “Com a chegada desse time qualificado, vamos expandir nossa capacidade de promover cadeias produtivas de produtos não madeireiros, assegurando a sustentabilidade econômica e social das comunidades amazônicas. Essa união reforça o papel do IFT como agente fundamental na manutenção da floresta e na proteção do clima, contribuindo ativamente para a mitigação das mudanças climáticas”, declara Lenttini.

A nova gerência terá a missão de estruturar cadeias de valor, aprimorar processos de rastreabilidade e certificação e promover a repartição justa de benefícios entre comunidades e empresas. Paula Silva, gerente da GSB, ressalta o impacto socioeconômico do projeto: “Com essa ampliação, abrimos oportunidades para populações tradicionais e pequenos produtores gerarem renda por meio de produtos como óleos, resinas, frutos e fibras. Dessa forma, valorizamos o conhecimento tradicional e fomentamos práticas produtivas responsáveis, garantindo a conservação da floresta a longo prazo.”

Potencial de impacto socioambiental

Ao fortalecer cadeias cadeias de valor de produtos da sociobiodiversidade, o IFT amplia a geração de oportunidades econômicas, beneficiando famílias e comunidades em áreas de floresta nativa. Esse processo fomenta o manejo sustentável dos recursos naturais, reduzindo a pressão pelo desmatamento e fortalecendo o protagonismo local na governança florestal.

“Ao longo dos anos, construímos uma expertise sólida na capacitação de comunidades e de trabalhadores e no aprimoramento de boas práticas de manejo de florestas naturais na Amazônia. Agora, com a incorporação da equipe e dos projetos do recém-dissolvido Instituto Beraca, evoluímos para um patamar ainda mais abrangente de conservação produtiva, contribuindo para o cenário global de enfrentamento às mudanças climáticas e para a manutenção dos serviços ecossistêmicos da Amazônia”, reforça Lenttini.

Novas parcerias e expansão de mercados

Com a criação da Gerência de Sociobiodiversidade e Bioeconomia, o IFT busca consolidar e ampliar parcerias com o setor público, privado e organizações do terceiro setor, além de atrair novos financiadores. A conexão com mercados nacionais e internacionais, interessada em produtos certificados e rastreáveis, oferece perspectiva de crescimento econômico para agricultores familiares e populações tradicionais, viabilizando iniciativas de bioeconomia inclusiva.

“A expectativa é que, com o fortalecimento dessas cadeias de valor, possamos expandir significativamente a presença dos produtos da sociobiodiversidade nos mercados brasileiros e estrangeiros, mantendo, ao mesmo tempo, altos padrões de qualidade e respeitando a cultura e a autonomia das comunidades locais”, pontua Paula Silva.

Sobre o IFT

Com sede em Belém (PA), o Instituto Floresta Tropical é uma organização sem fins lucrativos dedicada à promoção do manejo florestal sustentável desde a década de 1990. Reconhecido pela formação de profissionais, capacitação de comunidades e liderança em boas práticas de uso múltiplo, conservação, manejo e restauração de florestas, o IFT consolida-se como uma das principais referências na conservação produtiva da Amazônia. A nova fase institucional, marcada pela incorporação do Instituto Beraca e pela criação da Gerência de Sociobiodiversidade e Bioeconomia, reafirma o compromisso do IFT em conciliar o desenvolvimento socioeconômico e a conservação ambiental, contribuindo para um futuro sustentável para toda a região e, consequentemente, para o planeta.

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Bracell celebra parcerias do Compromisso Um-Para-Um e reforça apoio na conservação de 112 mil hectares em São Paulo

Iniciativa é realizada em parceria com a Fundação Florestal e amplia ações em Unidades de Conservação com foco em tecnologia, prevenção e combate a incêndios e proteção da biodiversidade

São Paulo, 16 de abril de 2025 – A Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel, celebrou nesta última segunda-feira (15) os avanços das parcerias e resultados do Compromisso Um-Para-Um, com o compromisso de apoiar a proteção e conservação de mais de 112 mil hectares de vegetação nativa em áreas públicas em São Paulo em 2025. O anúncio de novas Unidades de Conservação contempladas foi feito durante a reunião de avaliação anual da parceria com a Fundação Florestal, realizada no Auditório Augusto Ruschi, na capital paulista, com a presença de representantes da empresa, do governo estadual e de instituições parceiras. O encontro teve como foco a apresentação dos avanços da iniciativa, o compartilhamento de resultados de projetos em andamento e a definição das estratégias para o próximo ciclo. 

Lançado em 2022, o Compromisso Um-Para-Um estabelece que, para cada hectare de eucalipto plantado pela Bracell, outro hectare de vegetação nativa seja conservado. “Nosso objetivo é alcançar e manter esse equilíbrio até o fim de 2025, inclusive nas futuras expansões florestais. Atuamos em três estados e em diferentes biomas, com estratégias adaptadas à realidade local, sempre com foco em escala e impacto positivo”, afirma João Augusti, gerente de Sustentabilidade da Bracell. Em 2023, último resultado assegurado externamente, 92% da meta já havia sido cumprida. 

A atuação em São Paulo é viabilizada por uma parceria com a Fundação Florestal de São Paulo, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do estado, por meio do programa Adote um Parque. Com duração prevista de dez anos, a colaboração é estruturada em cinco frentes de impacto: proteção territorial e prevenção de incêndios florestais, restauração e monitoramento da biodiversidade, capacitação e educação ambiental, programa de zeladoria e inovação tecnológica.

Os projetos são desenvolvidos de forma conjunta, considerando as necessidades específicas de cada Unidade de Conservação e priorizando soluções inovadoras para proteção ambiental em larga escala. A nova fase da parceria amplia o alcance das ações e reforça a proteção de ecossistemas estratégicos da Mata Atlântica e Cerrado no estado. “É muito gratificante ver que os gestores das Unidades de Conservação estão sendo atendidos com qualidade, com acesso a equipamentos, infraestrutura e tecnologia que realmente fazem diferença no dia a dia. A parceria com a Bracell mostra que é possível oferecer esse apoio de forma complementar ao poder público, com agilidade, inovação e compromisso com a conservação”, afirma Rodrigo Levkovicz. diretor executivo da Fundação Florestal.

Entre as iniciativas em curso, destaca-se a construção de uma passagem aérea de fauna na Estação Ecológica Barreiro Rico, em Anhembi (SP), voltada à circulação segura de primatas, como o muriqui-do-sul, maior primata das Américas e severamente ameaçado de extinção. Em paralelo, avança também um projeto de monitoramento acústico de fauna nos Parques Estaduais Carlos Botelho e Nascentes do Paranapanema. A pesquisa, liderada pelo biólogo Fernando D’Horta e patrocinada pela Bracell, emprega gravadores acústicos para mapear a presença de espécies com base em variáveis ecológicas, subsidiando estratégias de conservação e manejo.

Essas ações refletem a busca por soluções inovadoras e adaptadas às realidades locais nos territórios de atuação da empresa. Em outra frente estratégica, a Bracell vem ampliando seus esforços de prevenção a incêndios com a instalação de câmeras 360° para monitoramento do território em tempo real e a criação de canais diretos com os gestores das Unidades de Conservação para comunicação de focos de fogo. Além disso, já foram construídos mais de 120 km de aceiros e estradas com o objetivo de reforçar a proteção das áreas conservadas. 

Segundo Augusti, o Compromisso Um-Para-Um traduz, de forma concreta e mensurável, a visão que a Bracell tem sobre sustentabilidade. “Ao ampliar essa parceria em São Paulo, mostramos que é possível construir um modelo florestal mais equilibrado, que protege a biodiversidade e gera valor ambiental de longo prazo. Acreditamos que a colaboração com o poder público é fundamental para transformar escala em impacto real”, afirma. 

Além das ações em São Paulo, a Bracell também vem ampliando o alcance do Compromisso Um-Para-Um para outras regiões do país. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, a companhia atua em áreas de alta relevância ecológica, como os Parques Estaduais das Nascentes do Rio Taquari e do Pantanal do Rio Negro. No total, são mais de 116 mil hectares de áreas protegidas no estado, reforçando a atuação da empresa em ecossistemas frágeis e essenciais para a regulação climática no país. 

“As ações que fazem parte do Compromisso Um-Para-Um representam um novo modelo de parceria entre os setores público e privado, com foco em impulsionar iniciativas voltadas à proteção e conservação dos habitats naturais e da biodiversidade nas regiões onde atuamos. Esse é um passo essencial para que possamos preservar o equilíbrio com a natureza e o clima nas próximas décadas”, afirma Márcio Nappo, vice-presidente de Sustentabilidade da Bracell.

O Compromisso Um-Para-Um integra o Bracell 2030 — plano de longo prazo da companhia para a sustentabilidade, ancorado em 14 metas e compromissos que são referência no setor, com foco no clima, na biodiversidade, na produção sustentável de papel e celulose, nas pessoas e comunidades.

Sobre a Bracell 

A Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com  

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Suzano conecta mais de 100 mil hectares de florestas em 2024

Para contribuir com a conservação da biodiversidade, a companhia implementou trechos de corredores ecológicos nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia 

Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de eucalipto, implementou em 2024 trechos de corredores ecológicos que conectam mais de 100 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa remanescentescomo mostra o recém-lançado Relatório de Sustentabilidade da companhia. A meta é conectar 500 mil hectares de áreas prioritárias nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia até 2030.

Desde 2021, ano em que a companhia anunciou seu compromisso para conservação da biodiversidade, 157.889 hectares foram interligados, o que representa 20% da meta. Essa conexão ocorre por meio de corredores ecológicos que são formados a partir do plantio de árvores nativas ou de modelos mistos dessas árvores e eucalipto, prática que permite a ligação entre remanescentes isolados de floresta nativa. O objetivo da companhia é reverter a perda da biodiversidade ocasionada pela fragmentação dos biomas, o que aumenta o risco de extinção de espécies e reduz serviços ecossistêmicos, como regulação climática, polinização e conservação da água e do solo.

A Suzano iniciou um monitoramento da biodiversidade, realizado em conjunto com o Instituto de Pesquisa Ecológicas, para criar uma linha de base das espécies presentes nos traçados e fragmentos. Nesse monitoramento, a biodiversidade existente nas áreas dos corredores está sendo identificada por meio de tecnologias inovadoras de gravadores autônomos, que verificam as espécies presentes por meio da detecção de sons, além de DNA Ambiental encontrado nas amostras de insetos.

Além disso, em 2024 a Suzano passou a utilizar um novo indicador de biodiversidade, o STAR (Species Threat Abatement and Restoration Metric), da Integrated Biodiversity Assessment Tool (IBAT) – com a colaboração da International Union for Conservation of Nature (IUCN) –, para uma visão mais detalhada das principais localidades de ocorrência de espécies ameaçadas e das ameaças a biodiversidade mais relevantes para cada localidade. Outra inovação utilizada pela companhia é a BioScore, uma ferramenta de mensuração da biodiversidade com base em métricas da ecologia da paisagem.

As parcerias estratégicas também têm sido fundamentais para ampliar o impacto das ações da Suzano em prol da conservação da biodiversidade. Um dos projetos mais emblemáticos nessa jornada é a conexão entre os parques nacionais Monte Pascoal e do Descobrimento, na Bahia, por meio da implantação de corredores ecológicos em áreas indígenas. O projeto, iniciado em 2024, é realizado em parceria com a iNovaland – gestora de fundos de reflorestamento -, em conjunto com o FASB (Fundo Ambiental Sul Baiano) e a etnia Pataxó.

Outro destaque é o acordo firmado com International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, que conectará 35 mil hectares de fragmentos nativos no Cerrado. Já com a Conservação Internacional (CI-Brasil), a companhia firmou uma parceria para trabalhar na restauração de ecossistemas e desenvolvimento socioeconômico em comunidades do Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica.

Também em 2024, a Suzano realizou uma parceria com a Rainforest Alliance e aderiu à sua plataforma Forest Allies Plataform, que promove o compartilhamento de melhores práticas e soluções para proteger, restaurar e permitir o manejo responsável de florestas tropicais.

“O compromisso com a biodiversidade não é apenas uma meta da Suzano, mas também um movimento colaborativo e contínuo de um desafio global, que é a perda da biodiversidade. Cada corredor ecológico que implementamos não só fortalece o equilíbrio ecossistêmico, mas também cria oportunidades para as comunidades locais e para o desenvolvimento sustentável do território. Nós entendemos que, para alcançar a conexão dos 500 mil hectares, precisamos do engajamento de diferentes atores e parceiros que nos ajudem a promover essa importante transformação socioambiental”, afirma Marina Negrisoli, diretora de Sustentabilidade da Suzano.

Atualmente, a Suzano mantém e protege 1,1 milhão de hectares de vegetação nativa, o que representa cerca de 40% de sua área total. Isso inclui 72 Áreas de Alto Valor de Conservação e sete Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), reforçando seu compromisso com a restauração ambiental e o desenvolvimento sustentável dos territórios onde atua.

Desde 1989, a Suzano monitora a biodiversidade em suas áreas e, ao longo dessas décadas, registrou mais de 4,5 mil espécies, sendo 180 endêmicas e 190 ameaçadas, no Brasil. Somente no Parque das Neblinas, reserva ambiental da companhia gerida pelo Instituto Ecofuturo, já foram identificadas 1.330 espécies, quatro novas para a ciência e 41 ameaçadas.

Para conhecer mais detalhes sobre a evolução dessa e de outras metas de longo prazo da Suzano, acesse aqui o Relatório de Sustentabilidade 2024 da companhia.

Sobre a Suzano 

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender à demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.  

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MS Florestal abre 125 vagas de emprego em Bataguassu (MS)

Há oportunidades para as áreas de silvicultura e manutenção mecânica

Mato Grosso do Sul, abril de 2025 – A MS Florestal, empresa genuinamente sul-mato-grossense na área especializada de florestas plantadas, está com 125 vagas abertas em  Bataguassu.

São 70 vagas aos interessados em silvicultura na área de auxiliar de serviços de campo, além de mais 55 vagas para manutenção mecânica, no cargo de mecânico automotivo, oportunidade também na cidade.

A MS Florestal disponibilizou um contato de WhatsApp para o recebimento dos currículos: (67) 9963-5230. É possível cadastrar o currículo pelo link clicando aqui.

De acordo com a coordenadora de recrutamento e seleção da MS Florestal, Helen Branício, a companhia está em um momento de crescimento no estado, com ampliação de operações de silvicultura. “Com isso, temos várias oportunidades abertas para quem está buscando uma empresa em constante desenvolvimento, com valorização das pessoas em um ambiente de aprendizado”.

Coordenadora de recrutamento e seleção da MS Florestal, Helen Branício.

Os benefícios são: plano médico; plano odontológico; auxílio farmácia; seguro de vida; cartão alimentação; refeição em campo; Wellhub (parcerias com academias), benefício Levemente, um programa de bem-estar emocional da MS Florestal, que inclui: consultoria financeira, orientação jurídica, assistência social, aconselhamento nutricional e apoio psicológico, e por fim, PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Para mais informações, acesse: www.msflorestal.com.

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CMPC abre inscrições para curso Técnico de Manutenção de Equipamentos Industriais

As inscrições para a formação estão abertas até o dia 18 de abril

A CMPC, em mais uma iniciativa voltada à qualificação de mão de obra para população local, abriu inscrições para o curso Técnico de Manutenção de Equipamentos Industriais. A formação proporciona aos interessados profissionalização em um dos processos mais relevantes de uma indústria, que é o de garantir que equipamentos funcionem adequadamente e com segurança.

O diretor-geral de Celulose da CMPC no Brasil, Antonio Lacerda, considera que a preparação para o mercado de trabalho, por meio dos cursos técnicos, agiliza a contratação na busca por emprego, o que não ocorreria, sem uma habilidade prática. “Queremos que as pessoas recebam melhores salários e sejam valorizadas em quaisquer áreas a que se dediquem. Por isso, temos a satisfação de periodicamente oportunizar iniciativas como essa, inclusive porque profissionais de manutenção é uma demanda frequente da CMPC”, adiantou.

As inscrições para o curso realizado pela CMPC, em parceria com o SENAI RS, seguem até o dia 18 de abril pelo link: https://egalite.com.br/vaga-pcd/33307. Os interessados devem ser maiores de 18 anos, com ensino médio completo e residir, preferencialmente, na região de Porto Alegre, Guaíba, Eldorado do Sul, Charqueadas, São Jerônimo, Gravataí, Cachoeirinha, Barra do Ribeiro ou Canoas.  As vagas são afirmativas para pessoas com deficiências. Ainda, a CMPC apoiará os estudantes com bolsa de incentivo e benefícios.

O curso Técnico de Manutenção de Equipamentos Industriais, que inicia em junho próximo, terá duração de 18 meses e será realizado no SENAI Visconde de Mauá (Av. Sertório, 473 – Navegantes), em Porto Alegre.

Sobre a CMPC 

A CMPC é uma empresa centenária do setor florestal que atua em três segmentos de negócio: celulose, itens de higiene pessoal (tissue) e embalagens. A companhia é uma representante da bioeconomia e possui suas operações alicerçadas na sustentabilidade e na economia circular. Presente no Brasil desde 2009, a CMPC possui operações em sete estados. O grupo CMPC conta com mais de 25 mil colaboradores, 54 unidades produtivas distribuídas em nove países da América Latina e cerca de 24 mil clientes atendidos ao redor do mundo. Em 2023, conquistou a 1ª posição do ranking de sustentabilidade corporativa da S&P Global. Em 2024, foi apontada pela segunda vez consecutiva como a Empresa Florestal Mais Sustentável do Mundo pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade e, com o BioCMPC, de forma inédita no Brasil, a CMPC levantou o Prêmio PMI Awards de Projeto do Ano de Engenharia, Construção e Infraestrutura, o reconhecimento mais importante do setor em nível global. O CEO do Grupo CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, foi eleito pela Council of the Americas o CEO do Ano (2023) em Sustentabilidade.  Em 2024, Ruiz-Tagle recebeu o título de CEO do Ano pela Fastmarkets Forest Products PPI Awards, que também elegeu a CMPC como líder mundial em Sustentabilidade. Outras informações estão no site.

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Abisolo reforça importância da conservação do solo para a sustentabilidade agrícola

Setor investe em inovações e boas práticas para garantir produtividade e proteger recursos naturais

Neste Dia Nacional da Conservação do Solo, celebrado em 15 de abril, a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) chama atenção para a urgência de preservar um dos recursos naturais mais essenciais à vida. De acordo com relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com participação da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), 33% dos solos do mundo já estão degradados em decorrência de erosão, salinização, compactação, acidificação e contaminação. Além de prejudicar a produtividade agrícola, esse processo interfere nas mudanças climáticas, pois esses solos captam menos carbono da atmosfera, agravando problemas como o aquecimento global e enchentes. Por outro lado, quando manejado de forma sustentável, o solo pode exercer papel fundamental no sequestro de carbono e na diminuição dos gases de efeito estufa.

Embora o Brasil figure em quinto lugar entre os maiores produtores globais — atrás de Índia, Estados Unidos, China e Rússia —, a responsabilidade de adotar práticas que aliem produtividade e respeito ao meio ambiente torna-se cada vez mais evidente, reforçando o alerta para a conservação do solo. Essa importância se acentua quando consideramos que a qualidade e a disponibilidade de solos produtivos são fundamentais para garantir a oferta de alimentos. Ainda segundo a FAO, o manejo inadequado do solo ameaça a capacidade de suprir as necessidades nutricionais da população global em crescimento.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, Clorialdo Roberto Levrero, a conservação do solo é uma tarefa coletiva, muito além do agronegócio. “Muitos enxergam o solo apenas como propriedade e não mensuram a importância dele para a água que bebemos, os alimentos que consumimos e até os remédios que utilizamos. A responsabilidade não está restrita aos produtores rurais, mas também às escolhas de cada cidadão na hora de consumir e descartar produtos. Se soubermos usar o solo com respeito e consciência, não faltarão recursos naturais às próximas gerações”, alerta Levrero.

Para o conselheiro da Abisolo, Giuliano Pauli, as indústrias representadas pela entidade investem cada vez mais em soluções que promovem a saúde do solo. “Antes, o foco era majoritariamente químico. Hoje a agricultura moderna também considera aspectos físicos e biológicos. As empresas associadas à Abisolo desenvolvem fertilizantes especiais, biofertilizantes, organominerais e condicionadores que estimulam a microbiota e auxiliam na recuperação de áreas degradadas”, discorre Giuliano. De acordo com ele, plantio direto, rotação de culturas e aplicação de matéria orgânica complementam as boas práticas em prol da vida do solo, com aumento da produtividade de forma sustentável

Essa mudança de visão já se reflete nos indicadores do setor. De acordo com o Anuário Abisolo 2023, o mercado de fertilizantes especiais cresceu 2% em 2022, alcançando R$ 22,64 bilhões em faturamento. Também se destacaram os segmentos de Biofertilizantes (5,6%) e Fertilizantes Minerais Especiais (8,3%), reforçando a crescente adoção de tecnologias que contribuem para um solo mais equilibrado e produtivo.

“Quando falamos de meio ambiente, tudo começa no solo”, enfatiza Pauli. “Um solo bem cuidado minimiza impactos climáticos e segue produtivo a longo prazo. A Abisolo reúne fabricantes e importadores de insumos imprescindíveis à sustentabilidade agrícola, com protagonismo para fortalecer o agronegócio e preservar os recursos naturais”, detalha o conselheiro da Abisolo.

Para Levrero, é fundamental dar continuidade às reflexões despertadas na ocasião do Dia Nacional da Conservação do Solo. “Não basta lembrar do solo apenas hoje. Ele é peça-chave na segurança alimentar e na manutenção da vida em nosso planeta. Nossa indústria está empenhada em contribuir com esse processo, investindo em novas tecnologias ao destinar, em média, 2,8% do faturamento anual para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I)”, defende Levrero, ao citar os dados do Anuário da entidade.

Com práticas de manejo adequadas e uso inteligente de tecnologias, o Brasil reforça seu papel de referência global na produção de alimentos, equilibrando desenvolvimento econômico e bem-estar social. Afinal, a qualidade do solo reflete diretamente a qualidade da vida humana.

Sobre a Abisolo

A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) foi fundada em outubro de 2003 com o objetivo de representar e defender os interesses das empresas produtoras e importadoras de importantes insumos que colaboram para o aumento da qualidade, da produtividade e da sustentabilidade da agricultura brasileira.

A entidade congrega fabricantes e importadores de fertilizantes minerais, organominerais, orgânicos, biofertilizantes, condicionadores de solo de base orgânica, substratos para plantas, insumos de base biológica e adjuvantes.

Reunindo mais de 140 empresas associadas, participa ativamente das discussões de temas de interesse do setor junto aos diversos Ministérios e Secretarias, Órgãos de Controle e Fiscalização Ambiental, Instituições de Pesquisa, Receitas Estadual e Federal, além de outras entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil organizada, buscando sempre a competitividade, a liberdade econômica e a valorização dos segmentos que representa.

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A silvicultura paulista e seus benefícios ao solo

Com o desenvolvimento das sociedades é natural um avanço sobre o uso da terra e do solo. Além de espaço para atividades socioeconômicas, moradias, serviços e toda a infraestrutura que isto envolve, são necessárias áreas destinadas às atividades agropecuárias, para produzir alimentos e matérias-primas, indispensáveis aos seres humanos.

Uma delas, a silvicultura, vem se mostrando uma grande aliada à manutenção e recuperação do solo. O plantio de árvores é uma atividade altamente benéfica ao solo. De acordo com o professor Leonardo Gonçalves, do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ, as plantações florestais, especialmente de eucalipto e pinus, contribuem para interromper processos de erosão, por exemplo. “Entre 03 e 06 meses depois do plantio, o terreno ficará coberto e a chuva não vai mais bater no terreno descoberto. A água vai infiltrar melhor. Com a presença da floresta, o escorrimento da água é mais lento. Isso faz com que o processo de erosão seja estagnado”, explica ele.

O professor comenta que, em relação à estrutura, caso o solo apresente compactações moderadas, elas serão revertidas pelo processo de crescimento radicular, que é muito profuso. “As raízes irão romper as camadas compactadas com deposição de matéria orgânica para agregar as partículas no solo, melhorando a estrutura. O solo ficará mais permeável e estruturado, permitindo melhor infiltração de água”, conta ele.

Florestas cultivadas podem ser uma solução para recuperar solos degradados. Segundo o professor, o crescimento contínuo de raízes, devido à deposição de serrapilheira, irá aumentar o teor de matéria orgânica. “Sobretudo em solos degradados. A adição de matéria orgânica é de uma tonelada e meia a duas toneladas de carbono por hectare por ano. Isso representa um sequestro alto de carbono no ambiente”, conclui o professor Leonardo.

Um levantamento feito pela empresa Canopy Remote Sensing Solutions, encomendado pela Florestar São Paulo, dá conta de que nos últimos quatro anos, o cultivo de florestas de pinus e eucalipto avançou em aproximadamente 79 mil hectares dentro do estado. Deste total, 60% aconteceu em pastagens, áreas sem manejo ou com algum nível de degradação. Entre os benefícios estão; uma significativa melhoria da qualidade do solo e forte contribuição para a regulação climática, já que o solo que antes estava exposto agora está sombreado por árvores cultivadas.  

“Estamos concluindo este estudo que trará, além destes dados recentes, diversos outros benefícios da atividade de silvicultura na economia, meio ambiente e qualidade de vida dentro do estado de São Paulo”, explica a engenheira florestal, Fernanda Abilio, diretora-executiva da Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas. O Panorama Executivo da Florestar 2025 deve ser lançado em agosto, junto com as comemorações pelos 35 anos da Florestar.

Informações: Florestar. Publicação original: https://florestar.org.br/a-silvicultura-paulista-e-seus-beneficios-ao-solo/

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Expedição inédita vai mapear produtividade de florestas cultivadas do Brasil

A primeira edição da Expedição Silvicultura tem como meta coletar dados e entregar um levantamento, sem precedentes, sobre a produtividade das plantações florestais no Brasil. A iniciativa visa aprofundar o entendimento das condições e desafios da produção florestal no país. Todo o roteiro está previsto para acontecer entre os meses de setembro a novembro de 2025, quando especialistas vão percorrer mais de 40 mil quilômetros pelas principais regiões produtoras em 14 Estados do país, coletando informações em cerca de 40 mil pontos de controle.

Também serão visitadas centenas de propriedades, onde serão realizadas entrevistas com proprietários e gestores florestais, além da coleta de dados quantitativos e qualitativos em cerca de 1.000 parcelas amostrais. As equipes especializadas vão utilizar em campo a combinação de métodos tradicionais e tecnologias avançadas para garantir a precisão e a riqueza dos dados coletados, que vão analisar áreas de cultivo de eucalipto e pinus, além de espécies de destaque regional como teca, acácia-negra, araucária, entre outras. Serão coletados dados biofísicos das árvores, como diâmetro, altura e sanidade, além de informações sobre práticas de manejo, incluindo o uso de insumos e tecnologias. 

Além de levantar dados de produtividade florestal, a iniciativa investigará tendências de investimento, custos de produção e as percepções e expectativas dos produtores. Também serão avaliadas as práticas socioambientais adotadas nas diferentes regiões, bem como os impactos das mudanças climáticas sobre a produção florestal.

“A produtividade florestal é um indicador estratégico para o setor, pois afeta diretamente a previsibilidade do abastecimento de madeira e serve como base para a tomada de decisões, que têm reflexos no médio e longo prazo dos negócios florestais”, diz Fabio Gonçalves, Cofundador & CEO da Canopy Remote Sensing Solutions, organizadora da Expedição.

A Embrapa vai contribuir com o apoio técnico no planejamento da coleta, na análise dos dados e na produção do relatório técnico final, em áreas como sensoriamento remoto, mensuração e manejo florestal, economia e planejamento florestal, proteção florestal, fertilidade e manejo de solos florestais e melhoramento florestal. “Entendemos que estes dados são estratégicos para o setor de base florestal brasileiro, mas também podem subsidiar novas ações de pesquisa e inovação”, avalia Edina Moresco, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Florestas.

Durante o trajeto, que terá início no Estado de Santa Catarina, serão realizados nove eventos presenciais, onde serão discutidos tópicos importantes da produção florestal em cada região, bem como soluções que permitem o aumento da produtividade, com qualidade. Os locais foram escolhidos em parceria com as Associações regionais que são parceiras da Expedição.

“A programação dos encontros presenciais contará com palestras e participação de renomados especialistas de empresas e instituições do setor, uma experiência ímpar para quem visa se atualizar, agregar conhecimento e networking”, informa Paulo Cardoso, CEO da Paulo Cardoso Comunicações e do portal Mais Floresta, parceiro na realização da Expedição Silvicultura.

A Expedição Silvicultura é uma realização da Canopy Remote Sensing Solutions em parceria com a Paulo Cardoso Comunicações e Embrapa Florestas, e conta com apoio das principais instituições e empresas do setor de base florestal.


Cidades e datas dos eventos:

  • Belo Horizonte (MG): 10/09
  • Vitória (ES): 17/09
  • Eunápolis (BA): 22/09
  • Lucas do Rio Verde (MT): 09/10
  • Três Lagoas (MS): 16/10
  • Botucatu (SP): 22/10
  • Curitiba (PR): 27/10
  • Lages (SC): 31/10
  • Porto Alegre (RS): 07/11

Saiba mais em: www.maisfloresta.com.br

Katia Pichelli | Embrapa Florestas – Com informações do portal Mais Floresta


 

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Tokenização pode movimentar US$ 19 trilhões até 2033. E as florestas plantadas, onde entram nessa história?

*Artigo por Rodrigo de Almeida.

Um estudo recente da Ripple com o BCG trouxe um dado que chama atenção: os ativos reais estão ganhando espaço no ambiente digital e podem movimentar até US$ 19 trilhões até o fim da década.

O agronegócio já começou a testar esse movimento. Mas quando olhamos para o setor de florestas plantadas, vemos uma das maiores oportunidades ainda desconectadas do mercado financeiro.

Florestas plantadas são ativos reais: mensuráveis, duráveis, com produção recorrente. Ainda assim, seguem fora da lógica do mercado financeiro tradicional. Isso está mudando — e rápido.

Estamos construindo uma infraestrutura que conecta esses ativos ao sistema financeiro de forma transparente, com rastreabilidade, governança e liquidez. Sem modismo, sem especulação.

Junho marca o início de uma nova fase. Mas o trabalho já começou. Na ForesToken S.A., estamos focados em estruturar essa base com seriedade. E isso passa por três pilares:

  • Estruturação jurídica dos ativos florestais;
  • Registro em blockchain — como sistema de confiança, e não como moda passageira;
  • Desenvolvimento de mecanismos que tornem o mercado florestal acessível, confiável e integrado com o mundo financeiro.

Sim, estamos criando um sistema. Um software que ajuda produtores e consumidores a estruturarem melhor suas negociações — com dados sólidos e base jurídica clara.

E não, não é mais uma daquelas promessas de criptoativos milagrosos. Aqui, o blockchain é usado na sua essência: como registro confiável, público e auditável.

Se você quer entender mais sobre esse cenário global, recomendo fortemente esse relatório da Ripple com o BCG: https://www.finews.asia/images/download/approaching-tokenization-at-the-tipping-point.pdf


*Rodrigo de Almeida é CEO na Forestoken S.A. e sócio-fundador do Grupo Index.

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Cientistas alertam para perda da biodiversidade do solo

ONU implementa o Observatório Global da Biodiversidade do Solo, com a participação de brasileiros

Novos estudos apontam que cerca de 10 bilhões de espécies habitam o interior e a superfície do solo, o que representa aproximadamente 59% do total de espécies no planeta. Apenas cerca de 1% das espécies que habita esse imenso ecossistema foi identificada e estamos perdendo espécies que nem sequer conhecemos, ressalta a Bióloga Cintia Carla Niva, doutora pela Universidade de Kobe, no Japão, e pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves.

O crescimento da população mundial, que requer a expansão da produção de alimentos, e as mudanças climáticas contribuem para a degradação crescente do solo, que é um recurso não renovável. Em resposta, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) lançou em 2022 na 15ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP15) o Observatório Global da Biodiversidade do Solo (Glosob), que está em processo de implantação.

Como forma de prover base teórica para a estruturação do Glosob, a FAO estimulou o levantamento sobre o conhecimento da biodiversidade do solo no mundo, que foi realizado em projeto liderado pelo pesquisador George Brown, da Embrapa Florestas.

Cintia Niva é a primeira autora de um dos artigos da série que apresenta os resultados, intitulado “Worldwide knowledge distribution on soil invertebrate macrofauna and bioturbating vertebrates: an analysis using data science tools”, que será publicado na revista científica Soil Organisms.

O Glosob tem como objetivo desenvolver indicadores padronizados para melhorar a capacidade de monitoramento do solo pelos países. As prioridades são criar métodos padronizados, integrar a biodiversidade nas pesquisas sobre o solo, capacitar mão de obra, aumentar a conscientização de organizações que trabalham com o solo e melhorar a interação entre as políticas públicas.

“Fomos procurados pela FAO para fazer um levantamento sobre o que se conhece da biodiversidade do solo. Os artigos estão para sair. A FAO quer incentivar o monitoramento da biodiversidade do solo no mundo inteiro, porque está preocupada com a produção sustentável de alimentos”, destaca a Bióloga.

Biota do solo

Cintia Niva afirma que o conhecimento sobre as espécies e interações que ocorrem no solo ainda é bastante limitado, mas há um interesse crescente da comunidade científica sobre o tema. Com o aprofundamento dos estudos, os pesquisadores compreenderam a importância da biota para a fertilidade do solo, que antes era associada principalmente a aspectos químicos.

O ecossistema do solo é muito complexo, ressalta a Bióloga, e composto por duas partes: o interior do solo propriamente dito e a sua superfície. As duas partes interagem e uma depende da outra. O solo é onde a vida começa e termina.

A biota do solo é composta pelos estimados dez bilhões de espécies de animais vertebrados e invertebrados, fungos e bactérias. As raízes das plantas também são consideradas integrantes da biota. Parte desses seres vive apenas dentro do solo, outra parte só na superfície e há espécies que habitam o interior e superfície.

Nesse último grupo, há seres que transitam entre o interior e o exterior, como parte das espécies de minhocas. E há outros que passam o ciclo inicial de vida dentro do solo como larvas e ganham o exterior quando adultos, como as cigarras e algumas espécies de besouros.

Cintia Niva explica que a maior parte da vida está concentrada na camada mais superficial do solo, a uma profundidade de até cinco centímetros principalmente, chegando a até 30 centímetros ou pouco mais, de acordo com as características do local. Pode-se dizer que essa é a camada orgânica do solo, em contrapartida à camada mineral, que fica a profundidades maiores.

“A gente pode dizer que a fertilidade do solo é a disponibilidade de nutrientes para as plantas crescerem. Mas de onde vêm esses nutrientes? Em boa parte, vêm como resultado da decomposição da matéria orgânica, plantas e animais que vão se depositando sobre o solo”, conta a Bióloga.

A decomposição é feita diretamente pelos microrganismos (fungos e bactérias), mas também por animais vertebrados e invertebrados. Por exemplo, um animal come parte de um fruto que caiu na superfície do solo e o fragmenta em partículas menores. Em seguida, ele defeca e deixa sobre o solo o material orgânico já parcialmente decomposto.

Essa ação facilita o trabalho dos microrganismos. Eles produzem enzimas que degradam as moléculas do material orgânico em nutrientes, principalmente carbono e nitrogênio, mas também fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre e outros.

As raízes das plantas contam com estruturas especiais para absorver os nutrientes que estão no solo. As plantas, da vegetação rasteira a grandes árvores, usam os nutrientes para a formação das suas estruturas. No futuro, partes dessas plantas e a sua totalidade vão morrer e cair sobre o solo, e a matéria orgânica será degradada.

Esse processo é denominado ciclagem de nutrientes. Eles passam por vários organismos e estados. Compõem a estrutura e metabolismo de uma planta; quando a planta morre, são degradados e ficam armazenados no solo; são então absorvidos pelas raízes; e voltam a integrar a estrutura de uma planta.

Cintia Niva destaca que certos microrganismos mantêm uma associação com as raízes de determinadas espécies de plantas. É caso das bactérias fixadoras de nitrogênio, que ajudam algumas raízes a absorverem esse nutriente disponível no solo.

“Boa parte da produtividade da soja no Brasil vem da associação com as bactérias fixadoras de nitrogênio, que ajudam no crescimento das plantas. Isso tem gerado muito progresso na agricultura em relação à soja”, aponta a Bióloga.

Os animais invertebrados e vertebrados, além de contribuírem na degradação da matéria orgânica, trabalham na estrutura do solo. Eles ajudam na infiltração de água e ar, na incorporação da matéria orgânica ao solo e na regulação da ação de microrganismos. Exemplos desses animais são as minhocas, besouros, micro minhocas, cupins, formigas, colêmbolos e tatuzinhos, além de vertebrados como mamíferos, répteis e anfíbios.

“O solo é muito importante na nossa vida. Ele é muito mais do que a superfície onde a gente pisa, onde a gente constrói e vive. O solo vivo é a base para a agricultura e florestas, para a natureza como um todo. A conservação de uma rica rede de seres interagindo no solo garante a sua saúde e, consequentemente, um meio ambiente dinâmico, produtivo e resiliente”, enfatiza Cintia Niva.

Informações: Revista Circuito.

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