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ForestStats: a maior base de dados do setor florestal de Portugal

O ForestStats é uma plataforma aberta e gratuita, que reúne e comunica dados e indicadores do setor florestal no país, a partir de fontes públicas e oficiais, com 13 temas e 450 variáveis

O diretor-geral da Biond interveio na conferência da 5.ª edição do Prémio Floresta é Sustentabilidade com uma apresentação sobre a maior base de dados do setor florestal de Portugal. “O ForestStats (www.foreststats.pt) é um agregador de estatísticas setoriais, para sabermos mais da nossa floresta, de uma forma muito mais fácil e muito mais simplificada”, explicou Gonçalo Almeida Simões, diretor-geral da Biond. Existe “um grande problema, que são os dados atualizados sobre a floresta em Portugal. Basta pensar que temos um inventário florestal nacional, cuja última atualização foi em 2015, teremos agora uma em 2025, mas realmente é preciso dar mais ritmo à disponibilização dos dados florestais em Portugal, porque o setor económico precisa de acelerar aquilo que são as suas decisões”.

Uma base de dados aberta e gratuita

O setor florestal em Portugal é extenso e diversificado, com dados que vão da ocupação do solo até à produção industrial. No entanto, essa informação estava dispersa por várias entidades e também em vários formatos, dificultando o acesso, a análise e a utilização. Tornou-se por isso absolutamente essencial uniformizar e organizar essa informação, facilitando a extração e compreensão dos dados. No fundo, “a criação de um portal agregador com base nos princípios FAIR, dados fáceis de encontrar, acessíveis, interoperáveis e reutilizáveis”.

Mas, como referiu Gonçalo Almeida Simões, “o ForestStats é uma nova plataforma de informação florestal que não traz informação nova, não cria informação, mas permite um melhor planeamento e tomada de decisão”.

A ForestStats é uma plataforma aberta e gratuita, que reúne e comunica dados e indicadores do setor florestal, a partir de fontes públicas e oficiais. Resulta de um consórcio com 56 parceiros, 30 projetos com a coordenação-geral da Altri Florestal, a direção técnica do ForestWise, e depois, porque sem parceiros não se fazem projetos, temos a Biond, a ForestWise, o Instituto Superior de Agronomia, a Forestis e a ANEFA. 

Informações: Jornal de Negócios.

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Dia da Terra: restauração ecológica é vital para mitigar os impactos das mudanças climáticas

Coalizão de ONGs e empresas destaca a importância de iniciativas que contribuem para a recuperação de ecossistemas degradados

A restauração de ecossistemas degradados é uma das estratégias mais eficazes para enfrentar as múltiplas crises ambientais da atualidade. Por isso, a data de 22 de abril, quando se celebra o Dia da Terra, é uma oportunidade para reforçar a urgência dessa agenda. Um marco global recente fortalece esse apelo: o Acordo de Kunming-Montreal, firmado por mais de 190 países, estabelece como uma de suas principais metas restaurar 30% dos ecossistemas degradados do planeta até 2030.

Além de contribuir com a mitigação das mudanças climáticas, a restauração ecológica ajuda a frear a perda de biodiversidade, aumentar a resiliência das paisagens e reduzir riscos associados à segurança hídrica, alimentar e à saúde. Hoje, mais da metade do PIB mundial depende diretamente da natureza — um sinal claro de que a integridade dos ecossistemas é também uma questão econômica.

“A restauração ecológica é uma das soluções mais estratégicas e urgentes para enfrentar a crise climática. Ecossistemas saudáveis capturam carbono, regulam o regime hídrico, aumentam a resiliência dos territórios e protegem a biodiversidade”, destaca André Guimarães, membro do Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. “Neste Dia da Terra, é fundamental lembrar que investir em restauração não é apenas uma medida ambiental — é uma resposta integrada que promove segurança alimentar, desenvolvimento sustentável e adaptação às mudanças que já estão em curso.”

A evolução da restauração ecológica no Brasil é acompanhada pelo  Observatório da Restauração e Reflorestamento (ORR) da Coalizão. Em sua versão mais recente, lançada no ano passado, a plataforma contabilizou cerca de 150 mil hectares em processo de recuperação no país, um aumento de 90% em relação ao visto em 2021, quando foram mapeados 79 mil hectares.

O tema também avançou na comunidade internacional, que, desde o Acordo de Kunming-Montreal, mobilizou novos recursos e criou indicadores para monitorar o progresso das metas estipuladas. Há, no entanto, um longo caminho a ser percorrido.

“A implementação efetiva das metas de restauração depende da tradução desses compromissos em políticas públicas e ações concretas nos países signatários. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em Belém em novembro, será um momento crucial para definir novas estratégias para enfrentar a crise da biodiversidade”, avalia Guimarães, que também é diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). “A expectativa é de que o país exerça um papel de liderança, demonstrando seu potencial para aliar conservação ambiental, desenvolvimento econômico e justiça social por meio da restauração ecológica.”

Sobre a Coalizão

Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento composto por mais de 400 organizações, entre entidades do agronegócio, empresas, organizações da sociedade civil, setor financeiro e academia. A rede atua por meio de debates, análises de políticas públicas, articulação entre diferentes setores e promoção de iniciativas que contribuam para a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

Imagem: divulgação Grupo AMBPLUS.

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Lucas do Rio Verde (MT) será uma das cidades visitadas pela Expedição Silvicultura 2025

Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, está entre os destinos escolhidos para sediar um dos eventos da primeira edição da Expedição Silvicultura, uma iniciativa que pretende realizar um levantamento inédito sobre a produtividade das plantações florestais no Brasil. O município receberá a expedição no dia 09 de outubro de 2025, quando especialistas e representantes do setor florestal se reúnem para discutir práticas, desafios e avanços da silvicultura regional e nacional.

A expedição percorrerá mais de 40 mil quilômetros entre os meses de setembro a novembro de 2025, passando por 14 estados e realizando coletas de dados em cerca de 40 mil pontos de controle. Além disso, o projeto prevê a visita a centenas de propriedades rurais, com a realização de entrevistas com proprietários e gestores florestais, e a coleta de dados em aproximadamente mil parcelas amostrais.

Em Lucas do Rio Verde, assim como nas outras oito cidades do roteiro, o evento presencial trará uma programação que inclui palestras com especialistas renomados, apresentação de tecnologias aplicadas à produção florestal e discussões sobre soluções para ampliar a produtividade com sustentabilidade. A participação da cidade no circuito da Expedição Silvicultura reforça sua importância no cenário do agronegócio e evidencia o potencial da região para o desenvolvimento da base florestal.

A iniciativa utilizará métodos tradicionais combinados com tecnologias avançadas para a análise de cultivos como eucalipto, pinus, teca, acácia-negra, araucária, entre outros. Serão coletados dados biofísicos das árvores, como diâmetro, altura e sanidade, além de informações sobre manejo, uso de insumos, tecnologias, práticas socioambientais e impactos das mudanças climáticas. Também será feito um mapeamento sobre investimentos, custos de produção e expectativas dos produtores.

Segundo Fabio Gonçalves, CEO da Canopy Remote Sensing Solutions, idealizadora do projeto, a produtividade florestal é um indicador estratégico, com influência direta na previsibilidade do abastecimento de madeira e na tomada de decisões de longo prazo. A expedição é realizada em parceria com a Paulo Cardoso Comunicações, o portal Mais Floresta e conta com o apoio técnico da Embrapa Florestas, que atuará desde o planejamento da coleta até a análise dos dados e elaboração do relatório final.

Com o evento marcado para acontecer no dia 09 de outubro, Lucas do Rio Verde se prepara para receber uma ação que deve fortalecer ainda mais sua atuação no setor florestal e ampliar as oportunidades de inovação e troca de conhecimento entre produtores, pesquisadores e empresas ligadas à silvicultura.

Informações: Cenário MT.

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Páscoa mais doce, coração mais quente: campanha do AME – Amigos da Eldorado mobiliza colaboradores e beneficia instituições em quatro cidades

As caixas de chocolate arrecadadas foram entregues a instituições sociais de Três Lagoas, Andradina, Santos e São Paulo

Com o mote “Páscoa mais doce, coração mais quente”, a campanha de Páscoa 2025 do grupo AME (Amigos da Eldorado) reforçou o espírito de solidariedade entre os colaboradores da Eldorado Brasil Celulose. Realizada anualmente, a ação tem como foco a arrecadação de chocolates para distribuição em instituições beneficentes nas regiões onde a companhia atua.

Neste ano, foram arrecadadas um total de 967 caixas de chocolates, com a participação das operações de Três Lagoas (MS), São Paulo (SP), Santos (SP) e Andradina (SP).  As doações beneficiaram as seguintes instituições:

  • Três Lagoas (MS): Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Projeto Candeias, Casa da Mulher e Projeto Cazuá do Mangueira
  • Andradina (SP): Casa do Menor Leda Furquim Atílio (CAMENOR)
  • São Paulo (SP): Casa da Esperança e Missão Anglicada
  • Santos (SP): Casa da Criança de Santo Amaro

Embora a campanha seja organizada pelo grupo de voluntariado, a iniciativa e o resultado alcançado são reflexo direto do comprometimento e solidariedade dos profissionais da empresa, que todos os anos se mobilizam para tornar a data mais especial para centenas de pessoas. A participação foi aberta a todos os colaboradores, independentemente de integrarem o grupo ou não, bastando apenas o desejo de contribuir.

“O AME nasceu dessa vontade de contribuir com a comunidade e tem crescido a cada ano graças à dedicação dos nossos voluntários. A campanha de Páscoa é um exemplo de como pequenas ações, feitas em conjunto, têm o poder de transformar realidades e levar acolhimento e esperança a quem mais precisa, é uma forma de promover desenvolvimento com responsabilidade e de estar cada vez mais próximos das comunidades onde atuamos”, destaca Leidiane Oliveira, analista de Responsabilidade Social da Eldorado Brasil.

SOBRE O GRUPO AME

Criado em 2013 pela Eldorado Brasil e desenvolvido pela área de Sustentabilidade, o AME – Amigos da Eldorado é um programa de voluntariado que reúne colaboradores e seus familiares em torno de ações sociais e comunitárias. Atualmente, conta com mais de 200 voluntários ativos e promove campanhas regulares, como as tradicionais ações de Páscoa e Natal.

Ao longo dos anos, mais de 500 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade já foram apadrinhados pelo programa, que também prestou apoio a mais de 10 instituições em diferentes regiões do país. A cada iniciativa, o AME reafirma o compromisso da Eldorado Brasil com a transformação social, promovendo valores como empatia, solidariedade e responsabilidade coletiva.

SOBRE A ELDORADO BRASIL

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhões de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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Investidores reconhecem Mato Grosso do Sul como grande destino global de empreendimentos

“Mato Grosso do Sul mostrou seriedade e profissionalismo que contrasta com a burocracia de outros lugares do mundo onde nós atuamos. Aqui encontramos um ambiente profissional sem burocracia e que criou o cenário favorável de negócios que prometeu. Quando nós juntamos competência e excelência com certeza nesse Estado pode ser desenvolvido qualquer negócio global”.

A afirmação acima é do CEO global da Arauco, Cristián Infante, no lançamento da pedra fundamental da quinta fábrica de celulose em solo sul-mato-grossense, no município de Inocência. O evento aconteceu nesta semana e foi onde ele fez esse reconhecimento ao protagonismo do Estado como um destino global de grandes investimentos.

A capacidade de aliar segurança jurídica, oferta de matéria-prima e políticas públicas confiáveis reforça a imagem do Mato Grosso do Sul como polo de investimentos. Celulose, cana-de-açúcar, avicultura, suinocultura, amendoim e a citricultura são apenas algumas das atividades que mudaram o perfil do Estado, antes inserido no binômio soja e boi.

Esta explosão de investimentos mais precisamente no setor de celulose foi abordada pelo secretário de Estado, Jaime Verruck, durante a palestra do Fórum Agro Lide, na Expogrande, na quinta-feira passada (10). Ele citou a fala do CEO da Arauco para ilustrar o momento favorável que o Estado vem passando.

“Muitos de vocês já viram, a gente se autodesignou Vale da Celulose, no Mato Grosso do Sul. Isso já pegou no mundo. As pessoas perguntam: por que Vale da Celulose? E a gente explica: temos o Estado da arte da tecnologia em celulose, da clonagem de eucalipto, da produtividade e da sanidade florestal. Estamos avançando agora na logística, com investimentos em ferrovias para ampliar a competitividade. Quando se fala em celulose no mundo, se fala em Mato Grosso do Sul”, comentou Verruck.

Já o governador Eduardo Riedel, que participou da abertura do Fórum, destaca o processo de desenvolvimento do Estado a partir da premissa de que o Estado possui potenciais que devem ser explorados, sendo eles o fator de competitividade local no mercado.

“Uma fortaleza gigante e global que temos aqui é a transição energética, a produção de alimentos e a sustentabilidade. Essas são nossas fortalezas. o Governo do Estado apostou alto na atração, diversificação e na completude da cadeia produtiva de todas essas áreas”, frisa.

Riedel continua ainda afirmando que a Arauco já está com 3,8 mil funcionários ativos trabalhando na construção de sua fábrica em Inocência, um impacto que que gera oportunidades para os produtores da região, e para a população como um todo, com emprego e qualificação.

“Isso faz girar a nossa economia, e por tudo isso que vem acontecendo é que a gente tem expectativa de ser o estado que mais vai crescer”, destaca, lembrando ainda do trabalho de captação de empresas para o Estado, em áreas diversas como piscicultura, suinocultura, entre outros.

“O capital privado vem sendo bem alocado no Estado. Para isso a gente tem que ter esse bom ambiente de negócios que criamos, infraestrutura, atratividade tributária, e segurança jurídica. Não aceitamos desordem, invasão, confusão, estrago. Não tem como um ambiente produtivo ser fértil, onde a gente fica negociando algumas coisas que não cabem mais nos dias de hoje. Tem uma ou outra demanda que a gente pode tratar de outra forma, mas não dessas que citei”, conclui o governador.

Para reforçar esta vocação para a celulose, Verruck apresentou durante sua palestra dados sobre o setor. O secretário salientou que Mato Grosso do Sul é o segundo maior produtor nacional de madeira em tora para papel e celulose, responsável por 24% da produção brasileira do setor, com mais de 1,6 milhão de hectares de florestas plantadas e 30 indústrias de base florestal instaladas.

“Temos o maior parque industrial do Brasil nesse segmento e mais de 26 mil empregos gerados direta e indiretamente pela cadeia florestal”, reforçou.

Durante sua fala, o titular da Semadesc também ressaltou que Mato Grosso do Sul já realizou sua transição energética e hoje possui a matriz mais limpa do Brasil, destacando-se como um estado agroambiental que alia desenvolvimento econômico com responsabilidade climática.

“Nós escolhemos três setores: o florestal, a proteína animal — bovinos, aves, suínos e peixes — e, por fim, o setor da biodiversidade. Confirmamos a estratégia de posicionar o Estado como referência em sustentabilidade. Somos um Estado que contribui para a segurança ambiental do mundo”, afirmou.

A apresentação trouxe ainda dados que colocam Mato Grosso do Sul entre os líderes nacionais em crescimento do PIB (com projeção de 4,2% para 2025), investimentos públicos (15,3% do orçamento) e geração de empregos com alta qualificação técnica, além da terceira menor taxa de pobreza extrema do país.

Suinocultura de eficiência

Outro setor que destaca Mato Grosso do Sul como polo de empreendimentos é a suinocultura. Isso foi destacado durante o evento 3° Encontro de Lideranças da Suinocultura da ASUMAS, realizado na Expogrande. Para 2025 a projeção é de um crescimento de 49% no plantel de matrizes, alcançando 152 mil fêmeas e fortalecendo ainda mais a cadeia produtiva.

Esse avanço se dá graças a programas de incentivos como o Leitão Vida, além da eficiência e a biosseguridade da atividade no Estado, que atraiu inúmeros investimentos na indústria de suínos de grandes empresas como a Seara, em Dourados, e a Aurora, em São Gabriel do Oeste.

De acordo com o gerente regional de agropecuária da Seara em Dourados, Márcio Polazzo, que participou de mesa redonda no evento junto com secretário Jaime Verruck, o compromisso do Estado em fomentar o setor acabou por atrair o interesse da empresa.

“A posição de mercado, a nossa estratégia de mercado da JBS, é uma estratégia pensando sempre no longo prazo. A consciência que a gente tem de qualquer crescimento econômico é pensando nos momentos de mercado que tem agora e nas projeções que a gente pode ter no futuro. Em Mato Grosso do Sul nós ‘startamos’ tendo um projeto ambicioso de ampliar a nossa unidade de Dourados. Elevando a uma produção que estava em cerca de 4 mil suinos dia para 10 mil suinos por dia”, explicou o gerente, completando.

“Nós traçamos esse plano lá em meados de 2019, 2020. De lá para cá, muita coisa aconteceu. Tivemos a covid e uma crise terrível na suinocultura. Mas acreditamos que esses são ciclos e a gente precisa muito aprender com eles. Isso nos tornou convictos e crentes na continuidade desse crescimento, de tal modo que ao final desse ano ou do ano que vem, talvez a gente já conclua essa nossa planta de abate em Dourados, que é um dos nossos principais polos, o maior polo de suínos do nosso grupo no Brasil”.

Para finalizar, Polazzo ainda afirmou que o crescimento da empresa no Estado precisa ser sustentável e pautado na performance produtiva, “trabalhando cada vez mais com qualidade dentro dos nossos produtos, com custos competitivos”.

O secretário Verruck reforçou que Mato Grosso do Sul deve crescer este ano cerca de 3,4% neste ano, sendo o estado que mais avança na economia do país em 2025. “Essa força do crescimento vem do equilíbrio fiscal, do domínio constitucional adequado, do investimento privado, da tecnologia, e da modernização”, disse, complementando em seguida.

“Eu acho que a gente pode apresentar isso aqui. A gente apresentou tantas cadeias produtivas novas: soja, florestas, citrus. Já somos os líderes do país na produção de amendoim. Mais uma indústria na área de florestas foi anunciada na semana passada. Então, essa composição faz realmente com que o Mato Grosso do Sul consiga mostrar ao país um modelo que vai do equilíbrio fiscal à parceria público-privada, ao desenvolvimento das pessoas”,

Antes do término da palestra, Verruck ainda ressaltou que o governador tem uma visão estratégica muito clara de onde quer levar o Mato Grosso do Sul, desenvolvendo sua economia a um patamar nunca antes alcançado.

“Queremos levar este Estado adiante, assumindo uma visão estratégica, uma missão de cumprir toda a questão da produção, da sustentabilidade ambiental, da agricultura familiar, da ciência, da tecnologia e da inovação. Isso tudo está muito interligado, e a gente realmente encara isso como uma missão”, concluiu.

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Aperam BioEnergia lidera ranking como o lugar mais incrível para trabalhar no agro em 2024; inscrições para a edição 2025 já estão abertas

Com foco em inclusão e diversidade, empresa mineira supera gigantes do setor; pesquisa gratuita da FIA Business School segue com inscrições até 31 de maio

Organizações de todo o Brasil, que têm como objetivo alavancar seus negócios e se tornar referência com um ótimo ambiente de trabalho, já podem se inscrever para a Pesquisa Lugares Incríveis Para Trabalhar 2025 – a única gratuita e auditada do mercado e que utiliza a metodologia exclusiva FEEx FIA Employee Experience. As companhias interessadas têm até o dia 31 de maio para se inscreverem por meio do link: lugaresincriveis.fia.com.br/inscricao.

Em 2024, a Aperam BioEnergia liderou o ranking das empresas mais incríveis para trabalhar no agronegócio, seguida por Bunge e Louis Dreyfus Company Brasil. Também foram destaque no setor: Terranuts Agroindustrial, Cooxupé, São Martinho, CerradinhoBio, Sementes Jotabasso, Usina São Manoel e Sementes Produtiva.

Uma iniciativa da FIA Business School, o levantamento aborda a qualidade do clima organizacional das empresas brasileiras, destaca aquelas com os mais altos níveis de satisfação entre os seus colaboradores e com as melhores práticas de gestão de pessoas.

Os funcionários das corporações participantes respondem a pesquisa de clima organizacional totalmente online, de forma gratuita e auditada. As companhias, por sua vez, têm autonomia para definirem seus prazos de aplicação, mas as coletas devem ser realizadas e finalizadas até 30 de junho.

As empresas, que atingem os requisitos mínimos do levantamento, recebem um certificado de clima organizacional, uma devolutiva de dados gratuita, e têm a oportunidade de uma análise detalhada sobre seus processos internos, um amplo diagnóstico com dados sobre a experiência dos seus colaboradores e suas melhores práticas, um feedback dos especialistas em Gestão de Pessoas da FIA Business School e orientações sobre as tendências do mercado.

Além do processo de aplicação da pesquisa e certificação, as organizações que alcançarem as melhores notas e se destacarem nas práticas de gestão

de pessoas serão premiadas como Lugares Mais Incríveis Para Trabalhar por porte: Pequenas (entre 50 e 300 funcionários), Médias (entre 301 e 1.500 funcionários) e Grandes (mais de 1.500 funcionários), por setor e em categorias especiais.

Por fim, o estudo avalia quatro agentes internos responsáveis pela vivência do colaborador: a área de gestão de pessoas, CEO, líderes e os próprios funcionários. A partir desse levantamento é formado o índice FEEx FIA Employee Experience, que define quem serão as reconhecidas como referências.

“Mais do que praticidade, as companhias participantes têm em mãos dados confiáveis para aplicar estratégias que fomentem o bem-estar e a produtividade da sua equipe”, afirma Lina Nakata, uma das responsáveis pelo levantamento e professora da FIA Business School.

Mais sobre a Pesquisa

A metodologia FEEX foi criada na década de 1980, na FEA-USP, pelos professores doutores André Fischer e Joel Dutra, ambos coordenadores do Programa de Estudos em Gestão de Pessoas (Progep) da FIA Business School.

É a única baseada em referenciais teóricos seguros e validados academicamente e, anualmente, as informações levantadas promovem melhorias no processo da pesquisa para garantir a produção de dados de qualidade.

O histórico da FIA conta com mais de 2,5 mil organizações que já foram reconhecidas como Lugares Mais Incríveis para Trabalhar, com tomadas de decisões estratégicas e comparação nos diferentes níveis de qualidade de atuação do CEO, liderança, clima organizacional e práticas de gestão.

Os Lugares Incríveis para Trabalhar desenvolvem ainda outras soluções para o mercado de RH. Consultoria, palestrantes e workshops também estão no portfólio.

Os responsáveis pela Pesquisa FIA- Lugares Incríveis para Trabalhar

– Daniel Andere de Mello é Pesquisador da FIA Business School. Com mais de 20 anos de experiência na área, respondeu pela coordenação técnica da pesquisa “As Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil” por oito anos e agora coordena os Lugares Incríveis para Trabalhar. É mestre em administração de empresas pela FEA-USP. Professor de pós-graduação em gestão de pessoas, pesquisador e consultor empresarial.

– Filipe Fonoff é Pesquisador da FIA Business School. Com mais de 20 anos de experiência no mercado, respondeu pela coordenação técnica da pesquisa “As Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil” durante oito anos e agora coordena os Lugares Incríveis para Trabalhar. É professor de pós-graduação em gestão de pessoas e consultor empresarial. É Graduado em Administração de Empresas pela FEA-USP e possui MBA Recursos Humanos pela FIA.

– Lina Nakata é Pesquisadora, professora nos cursos de pós-graduação da FIA Business School, Mackenzie, Insper e ESEG. Lina Nakata é Co-presidente da PWN São Paulo – Professional Women Network; Diretora de inovação da ANGRAD – Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração, e palestrante em gestão de pessoas, diversidade e liderança. Foi cientista de dados do Great Place To Work, professora nos cursos da UFU, Ibmec, Esags, Fecap e FMU. É bacharel, mestre e doutora em Administração pela Universidade de São Paulo, com doutorado-sanduíche na Northern Illinois University.

Naiara Oliveira é Pesquisadora e consultora com experiência em desenvolvimento e aplicação de pesquisa de clima organizacional dos Lugares Incríveis para Trabalhar. Apoia anualmente empresas dos diversos segmentos como financeiro, tecnologia, saúde e órgãos públicos.

É bacharel em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Produziu e publicou estudos sobre o impacto da adoção de práticas de gestão de pessoas específicas para mulheres e a ascensão delas aos cargos de liderança.

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Bracell reduz ocorrências de segurança em 90% com o uso de tecnologia embarcada em sua frota

Tecnologia de ponta integrada à Central de Monitoramento 24h melhora segurança, reduz infrações e fortalece a relação com as comunidades locais

Desde 2021, a Bracell, líder na produção de celulose solúvel, utiliza tecnologia embarcada para reforçar a segurança de sua frota de veículos e minimizar impactos em comunidades rurais. Com a implementação da ferramenta desde 2021, a redução no número de desvios por caminhão foi de 90%, mesmo com um aumento de frota ao longo dos anos.

Por meio do uso da Inteligência Artificial (IA), o comportamento dos motoristas é monitorado em tempo real, permitindo a detecção de sinais de fadiga e distrações, como o uso de celular ao volante.

Outro ponto relevante é que com a adoção da tecnologia de “cerca embarcada”, a empresa reduziu em mais de 80% as infrações por excesso de velocidade e aprimorou o formato de monitoramento do comportamento dos motoristas. Essa inovação foi aplicada às operações de logística na região de Lençóis Paulista (SP) e integra sensores inteligentes às cabines dos caminhões de transporte de madeira. O sistema emite alerta automático sempre que um veículo se aproxima de áreas habitadas, informando o motorista sobre o limite de velocidade permitido e garantindo uma condução mais segura. Além de reduzir riscos para pedestres e animais, a tecnologia também minimiza poeira e ruídos, promovendo uma convivência mais harmoniosa com as comunidades locais.

De acordo com Joaquim Lordelo, gerente sênior de Logística da Bracell em São Paulo, a empresa mantém o compromisso de criar valor compartilhado em toda a sua cadeia de operações. “Nosso objetivo é garantir um transporte mais seguro e responsável, gerando impacto positivo tanto para nossos motoristas quanto para as comunidades onde atuamos”, afirma.

A Bracell realiza operações florestais em diversas cidades paulistas e mantém uma Central de Monitoramento que opera 24 horas por dia, garantindo que todo o planejamento logístico seja cumprido com segurança e eficiência.

Sobre a Bracell

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com.

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Reflorestar promove Dia de Campo em área de preparo de solo mecanizado

Gestores da empresa acompanharam de perto as operações em terreno de alta declividade, fortalecendo a integração entre áreas e o compromisso com soluções inovadoras no setor florestal

A Reflorestar, referência em soluções florestais totalmente mecanizadas no Brasil, promoveu um Dia de Campo com todos os seus gestores para apresentar, na prática, as atividades de preparo de solo realizadas pela empresa em Taubaté (SP). A escolha do local foi estratégica: a região do Vale do Paraíba possui relevo bastante acidentado, onde tradicionalmente o preparo do solo era feito de forma manual.

Com equipamentos projetados para atuar em inclinações de até 30°, a Reflorestar vem transformando esse cenário ao tornar a operação mais segura, ágil e produtiva. A empresa tem a meta de preparar 230 hectares por mês na região, em um contrato de longo prazo. Durante a visita, os gestores acompanharam de perto a execução de subsolagem (descompactação do solo) e adubação de base. As atividades são realizadas com escavadeira hidráulica equipada com implemento específico para a operação.

Para o diretor florestal da Reflorestar, Igor Dutra de Souza, o encontro foi uma oportunidade importante para aproximar as diferentes áreas da empresa. “A Reflorestar atua do preparo de solo até o carregamento de madeira. Cada gestor enfrenta uma realidade distinta – alguns estão em regiões de relevo plano, outros atuam nas etapas finais da operação ou no setor administrativo. Trazer todos para o campo reforça a importância de estarmos alinhados com o mesmo objetivo: oferecer ao cliente a solução certa para cada necessidade.”

Conexão entre áreas

O gerente-geral de operações, Nilo Neiva, definiu o Dia de Campo com uma palavra: sinergia. “Essa iniciativa mostra como é essencial que as áreas caminhem juntas, conhecendo não só os processos, mas também os clientes – internos e externos. Isso fortalece nossa cultura e nosso foco: o cliente está no centro das nossas decisões”, destacou.

Já o gerente-geral administrativo, Bruno Soares, avaliou que a experiência proporcionou um importante fortalecimento da cultura organizacional. “Percebemos um maior senso de pertencimento e integração entre todos. Entendemos, na prática, que a silvicultura vai muito além do plantio de mudas. Também tivemos contato com os desafios da região e com as soluções que nossos colegas vêm aplicando para superá-los.”

Responsável pelas operações de silvicultura, o gerente Paulo Gustavo Souza comemorou a visita dos colegas. “Foi muito positivo receber os gestores para mostrar o trabalho que vem sendo feito na área. Nossa intenção é ampliar a atuação da silvicultura em todas as regiões, e são nossos gestores os principais multiplicadores dessa visão junto aos clientes”, ressaltou.

Expansão das atividades

Neste mês, a empresa inicia, na mesma região, a irrigação mecanizada do solo – realizada com escavadeira hidráulica que aplica a quantidade ideal de água para o plantio. Assim como outras etapas, essa operação também é adaptada a áreas com declividade de até 30°. Outro destaque é a roçada mecanizada, feita com um triturador que realiza a limpeza da entrelinha dos plantios, operando em inclinações de até 45°.

Em 2025, a Reflorestar destinará 70% de seus investimentos à área de silvicultura, com foco na aquisição de novas máquinas para operações como limpeza, adubação e irrigação. Isso reforça o compromisso da empresa com a inovação e a produtividade no setor florestal.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo silvicultura, colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes.

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Com 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite o site da Reflorestar .

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Presidente do Conselho da CMPC recebe a Medalha Mauá por suas contribuições ao Rio Grande do Sul

Luis Felipe Gazitúa lidera a mutinacional com operações em Guaíba/RS, que recentemente anunciou um investimento de R$ 24 bilhões para o Estado

Em cerimônia realizada na tarde desta quarta-feira (16), o presidente do Conselho das Empresas CMPC Brasil, Luis Felipe Gazitúa, recebeu das mãos do governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, a Medalha Visconde de Mauá, reservada a pessoas que se destacaram no desempenho de atividades econômicas no Estado (Decreto Nº 21.669/ 25.03.1972). Lideranças, imprensa e convidados prestigiaram o evento, que ocorreu no Palácio Piratini.

“A CMPC busca ser um agente de desenvolvimento nas comunidades onde está inserida, esse é um dos nossos objetivos estratégicos. Apesar de sermos uma companhia centenária chilena, sentimo-nos genuinamente gaúchos. Pois nossas atividades nesse grande estado geram emprego para milhares pessoas, tributos para a gestão pública, oportunidades de negócio para empresas e investimento social. É com enorme satisfação que recebo tamanha honraria. Agradeço ao governador Leite pela confiança e ao povo gaúcho por nos acolher desde que chegamos aqui”, destaca Gazitúa.

Exercendo o cargo de presidente do Conselho da CMPC desde 2022, Gazitúa vem liderando parcerias para projetos importantes nas diversas áreas de negócios da empresa, assim como uma constante interlocução com o setor público, fundamental para o sucesso de muitas iniciativas. Mais recentemente, a CMPC firmou um protocolo de intenções para iniciar o processo de licenciamento ambiental do Projeto Natureza CMPC. O aporte de R$ 24 bilhões nesse projeto torna a CMPC o maior investidor privado da história do Rio Grande do Sul.

A CMPC é uma empresa chilena que atua no Brasil, Argentina, Colômbia, Equador, México e Peru. Reconhecida por seu compromisso com a sustentabilidade, a companhia realizou ao longo dos últimos anos grandes investimentos, modernização tecnológica e processos, além da completa adequação da infraestrutura de suas plantas industriais, o que significou grandes contribuições para o setor, não só no Rio Grande do Sul como em todo o País.  

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Exclusivo – “Fustegando” e tripudiando o transporte florestal

Artigo por Sebastião Renato Valverde[i], Marcelo Moreira da Costa[ii] e Tiago Guimarães[iii]

Apesar das perspectivas de aumento no preço da energia elétrica para 2026, é fato que a queda significativa dele nesta década tem provocado mudanças estruturais na geração e cogeração à biomassa uma vez que já não é tão atrativo como foi na década passada quando ultrapassou a barreira dos R$500,00 por MWh, enquanto, atualmente, patina-se em torno de R$200,00 – bem abaixo do breaken eaven point da geração e, em certas condições, até da cogeração -. Situação que suscinta discussão sobre o futuro da biomassa como fonte de eletricidade.

Embora a perda de competitividade da biomassa para cogeração, o seu emprego nas caldeiras para produção de vapor é condição sine qua non para os segmentos das indústrias de transformação como as têxteis, bebidas, papel e celulose, painéis de madeira (MDP e MDF), alimentícias, frigoríficas e algumas químicas. Mas, em que pese esta indiscutível viabilidade no vapor, no entanto, para cogeração, faz-se avaliar a viabilidade econômica de um plus de biomassa para tal.

Transporte de biomassa. Imagem: crédito Mais Floresta.

Para os segmentos industriais que dependem da compra de biomassa full time ao longo do ano para vapor, como os das têxtil, bebida e alimentícia, e a de reciclagem de papel, infelizmente, o custo do MWh cogerado está maior que a tarifa elétrica no PLD (Preço da Liquidação das Diferença).

Mesmo nos casos em que a empresa possua resíduos próprios numa parte do ano, não tem compensado a aquisição de biomassa para cogeração. Vide a indústria sucroalcooleira, outrora maior produtora de eletricidade a biomassa, hoje só cogera enquanto há bagaço dado que não tem viabilizado na entressafra a compra de outras fontes como o cavaco devido ao valor dele posto usina e nem de resíduos agroindustriais gratuitos em razão do frete.

Entretanto, um caso excepcional em que a cogeração possa ocorrer o ano todo independentemente do valor do MWh é o das caldeiras de biomassa das indústrias de celulose e painéis de madeira (MDP e MDF), haja vista a quantidade de resíduos florestais no campo. Porém, no caso das de celulose, inexplicavelmente elas tem estado ociosa conforme matéria (https://www.maisfloresta.com.br/exclusivo-a-biorrefinaria-e-o-fim-do-porno-florestal/) consumindo um volume mínimo de cascas – 1,5 a 3% do volume total dela – que chega nas fábricas aderidas aos toretes do processo industrial. Algo que poderia ser otimizado se as empresas mudassem o sistema de corte de toretes (Cut to Length – CTL) para o de fustes (Full tree – FT), transferindo o descascamento do campo para o pátio industrial.

Embora muito se perca com casca e madeira no campo com o CTL, que se aproveitaria no FT, é fato que se transferisse o descascamento e o traçamento para o pátio não haveria necessidade de empregar o CTL, dado o baixo rendimento e alto custo operacional dos harvesters e forwarders no CTL em relação aos feller-bunchers e skiders no FT.

Considerando que o custo operacional da madeira posto fabrica do FT é 50% menor que o do CTL é provável que as novas indústrias de celulose já iniciarão com o FT e as já instaladas que não migrarem para ele, até porque o CAPEX na aquisição dos harvesters e forwarders é estratosférico, poderão fazer um mix de CTL com o FT, brincando de lego da seguinte forma: usar o harvester para o corte, desgalhamento e destopamento das árvores, evitando os descascamento e traçamento que são operações que ocupam boa parte do ciclo operacional deste com isso reduziria o tempo do ciclo e, consequentemente, o seu custo operacional. Como não haveria o traçamento no campo, os feixes dos fustes poderiam ser arrastados pelo skidder. Apesar de paliativa, esta é uma alternativa interessante já que o feller-buncher desperdiça muita serragem no corte em função da espessura do instrumento de corte (Foelkel).

A vantagem deste sistema misto em relação ao FT genuíno é que não haveria necessidade da garra traçadora, apenas a própria carregadeira do CTL, além de manter a galhada e a copa das árvores no talhão em vez de na estrada, contribuindo com a reciclagem dos nutrientes. Com isso, aproveitando-se das maquinas do CTL, tem-se que nem tudo é o fim e nem que a serragem esteja perdida, tenha fé no fuste, tenha fé no full tree. Teste outra vez. Se é de biomassas que se vive a ígnea.

Assim, se a cogeração e a biorrefinaria na indústria de celulose e de painéis incitam alterações no sistema de colheita e extração florestal dado o aproveitamento das cascas, também incitarão no transporte mudando de toretes para fustes em função do aproveitamento das serragens e pós-de-serra com o seccionamento ou traçamento na fábrica.

Desta forma, cabe comparar o transporte da madeira em fuste em vez de toretes de modo a identificar quais veículos transportadores a serem usados e confrontá-los, técnica e economicamente, com os tradicionais bitrens, tritrens e rodotrens. Em tempo não se discute sobre alternativas de veículos no modal do transporte de madeira, apenas sobre peso para diminuição da tara (com o perdão das obscenidades) dos semirreboques. Então, muito pode se investigar não só no sistema de colheita, mas no de transporte, dada a possibilidade de substituir conjuntos de semirreboques (bitrem, tritrem ou rodotrem) por um semirreboque telescópicos ou extensivos em comprimento total conforme permitido pela legislação de trânsito sem a necessidade da Autorização Especial de Trânsito (AET) que possibilitou as carretas cegonhas terem até 23 metros de comprimento.

Ainda que os veículos mais articulados (bitrens, tritrens e rodotrens) sejam mais favorecidos por menor arrastes das rodas dos últimos eixos em relação aos semirreboques compridos, mas nas rodovias que trafegam cegonhas, trafegam tais semirreboques com as vantagens de que a composição de apenas um semirreboque possa levar o mesmo volume de madeira que o tritrem e também de que nas viagens vazias o semirreboque possa voltar sobre o cavalo-mecânico contribuindo para melhorar o trânsito nas rodovias ao diminuir o comprimento de quase 30 m dos tritrens para até 5 m do cavalo-mecânico. Com isso, reduziria o tempo do ciclo do transporte ao aumentar a velocidade média da viagem vazia.

Considerando que tanto na fábrica quanto na floresta têm as máquinas para descarga e carga da madeira, respectivamente, estas poderiam realizar a operação de colocar e retirar o semirreboque do cavalo-mecânico. Para ser mais arrojado ainda, poderia trocar os pentatrens e hexatrens pelos off-roads com um semirreboque e mais um dolly – tipo os usados para transporte de cargas extra pesadas e indivisíveis – com semirreboque extensivo ou telescópicas onde o céu será o limite para altura, peso e volume da carga de fustes.

Tão importante como levar as cascas para o site industrial é não desperdiçar as serragens e pós-de-serra no campo e usá-las para queimar nas caldeiras de biomassa ou, melhor ainda, num equipamento de pirólise rápida (fastpirolise) dado se perder, segundo o meu amigo FOEKEL (2007) em torno de 0,2 a 0,3% do volume devido ao seccionamento em toretes no campo pelo harvester e feller-buncher, que daria até 1 m3/ha de resíduo a ser convertido em biogás, biochar e bio-óleo. Se triturarem estes resíduos para diminuir e homogeneizar suas granulometrias e secarem a 7% de umidade, estes se transformarão em bio-óleo que a R$3,50/lt renderia, numa indústria de 2.5 milhões de tonelada de celulose (Tsa), a cifra anual de R$43,75 milhões ou US$7,54 milhões (taxa cambial de US$1,00/R$5,80).  

Mais que o retorno econômico é o ambiental pela substituição do combustível fóssil óleo BPF tanto pelo bio-óleo que, se refinado, transformaria num biodiesel substituto do diesel consumido pelas máquinas e veículos, quanto pelo syngás no forno de cal das indústrias, tornando-as 1110% sustentável. Isso para um pó-de- serra e uma serragem que pouco contribuem ambientalmente como resíduo no campo comparado com o ganho ambiental ao serem transformados em energia nas caldeiras ou biochar, syngás e bio-óleo na fastpirolise.

Se, conforme https://www.maisfloresta.com.br/exclusivo-a-biorrefinaria-e-o-fim-do-porno-florestal/,  com o descascamento dos toretes no site da indústria possibilitou via substituição do CTL pelo FT uma economia de aproximadamente US$25,00/tsa, os cálculos demonstram que ela possa chegar a US$30,00/tsa em se seccionando os fustes também no pátio da fábrica.  

Enfim, in Fuste we Trust.


[i] Professor Titular do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), valverde@ufv.br.

[ii] Professor efetivo do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), mmd@ufv.br.

[iii] Químico (UFES), Mestre (UFES) e Doutor em agroquímica (UFV) e Pós-doc em Ciências Florestais, tiago.g.guimaraes@ufv.br.

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