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Arauco celebra Pedra Fundamental do Projeto Sucuriú em MS

Evento contou com a presença de autoridades dos governos federal, estadual e municipal, além de representantes do setor

A Arauco realizou, nesta quarta-feira, 9 de abril, em Inocência (MS), a cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental do Projeto Sucuriú, marcando oficialmente o início das obras de sua primeira fábrica de celulose no Brasil. Com um investimento de US$ 4,6 bilhões, a nova unidade, maior do mundo construída em etapa única, terá capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas de celulose de mercado por ano e previsão de início das operações até o final de 2027.

O Projeto conta uma área total de 3.500 hectares, sendo mais de 4.800.00 mde área construída, onde acontecerá a montagem das principais estruturas da fábrica, incluindo setores de preparação de madeira, cozimento, branqueamento, secagem, recuperação química e geração de energia, entre outras instalações. Durante as obras, mais de 14 mil empregos diretos serão gerados. Em operação, o Projeto deve empregar cerca de 6 mil pessoas nas áreas industrial, florestal e logística.

Além de impulsionar a geração de emprego e renda, o Projeto Sucuriú contribuirá para o aumento da arrecadação tributária e a atração de novos investimentos, fortalecendo a posição do Mato Grosso do Sul como referência global no setor de celulose.

Investimento local, projeção global

Para o CEO Global da Arauco, Cristián Infante, o Projeto Sucuriú representa a união entre inovação e a possibilidade de geração de desenvolvimento com sustentabilidade. “Somos uma companhia global que utiliza um recurso renovável essencial e busca gerar valor econômico, social e ambiental de forma simultânea. Acreditamos que esse desenvolvimento deve ser pautado pelo respeito à natureza e pelo bem-estar das pessoas e comunidades. Por isso, seguimos promovendo um ambiente seguro, inclusivo e colaborativo, garantindo que esse Projeto traga uma transformação positiva para Mato Grosso do Sul”.

O Presidente da Arauco Brasil, Carlos Altimiras, reforçou a relevância da participação colaborativa do poder público e de entidades do setor, além da escuta ativa com a comunidade. “Com diálogo e parceria junto à Prefeitura, ao Governo do Estado e às demais lideranças, celebramos o compromisso e o vínculo com essa região e as pessoas, porque um Projeto grandioso como o Sucuriú, tem o potencial de deixar, com igual grandeza, um legado no presente e para as futuras gerações. E só quem valoriza a origem e o respeito à história pode fazer isso abraçando esta comunidade e todo seu entorno”, avaliou.

Com a construção da nova unidade, a Arauco fortalece sua atuação no Brasil e reforça sua posição de destaque no mercado global, já que é uma das líderes mundiais em capacidade produtiva no setor de celulose.

Ao celebrar o marco do Projeto Sucuriú, o Presidente em exercício, Geraldo Alckmin, destacou o avanço da indústria no país. “Em 2022, o Brasil estava em 70º lugar no mundo na indústria e, no ano passado, chegamos à 25ª posição. A nova indústria une pesquisa, desenvolvimento e inovação, dando impulso à economia. Estudos do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que os investimentos no Brasil, em 15 anos após a reforma tributária, devem aumentar 14%. Com isso, vivemos um novo tempo. O desenvolvimento é o novo nome da paz — a paz que é fruto do emprego. Quando as pessoas têm trabalho e renda, podem, com o suor do próprio esforço, criar suas famílias e viver com dignidade”.

Para o Governador do Estado, Eduardo Riedel, o lançamento representa “um momento histórico não apenas para Inocência, mas também ao Mato Grosso do Sul. Toda esta região será impactada com este grande investimento privado. Lembro de quando fomos ao Chile, visitamos os empreendimentos e aprendemos a cultura deles. Conhecemos a seriedade, simplicidade e competência do grupo. Lá se estabeleceu um compromisso e confiança para viabilizar o maior empreendimento privado nos dias de hoje”, afirmou.

“Essa data ficará marcada em nossa história como a concretização de um sonho que transforma nossa princesinha em uma grande rainha. Inocência já vive uma nova realidade: temos oportunidades de emprego e novos investimentos sendo atraídos pelo Projeto Sucuriú. Nossa sólida e transparente parceria com a Arauco nos dá a tranquilidade de que esse desenvolvimento acontecerá com responsabilidade, respeitando o meio ambiente, nossa cidade e nossa gente”, disse Antônio Ângelo Garcia dos Santos, Prefeito de Inocência (MS).

Presente na cerimônia, a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, destacou a contribuição do projeto para o crescimento nacional e lembrou que, há 50 anos, em 1975, o então prefeito de Três Lagoas, seu pai, Ramez Tebet, em seu discurso de posse, já apontava que essa era uma região vocacionada para o plantio de florestas de eucalipto e que era preciso trazer uma fábrica de celulose para a região. “Muitos sonharam, lutaram e reflorestaram essa terra, mas não puderam ver esse sonho se tornar realidade. Agora, estamos diante não apenas do lançamento da pedra fundamental, mas da árvore fundamental desse imenso maciço florestal da maior fábrica do mundo em etapa única”.

A Senadora Tereza Cristina recordou o empenho do governo do Estado, ainda em 2010, quando o desafio era trazer alternativas para a matriz econômica. “Nossa missão era realizar um diagnóstico para a Costa Leste. Na época, pude conhecer a Arauco e me encantei com a tecnologia. Observei não apenas o negócio, mas também o trabalho social que realizavam no Chile. Foi algo que nos deu esperança. E hoje, é um sonho de todos nós, homens e mulheres que querem ver o nosso Estado desenvolvido, mais justo e inclusivo”, afirmou.

Inovação e ciclos fechados 

No Projeto Sucuriú, o cuidado com a biodiversidade norteia todas as etapas, das obras à operação, com ações que priorizam o cultivo responsável de florestas e o manejo sustentável, além de monitoramento contínuo da fauna e flora, identificando espécies nativas e mapeando áreas prioritárias para conservação. 

A companhia trabalha, de forma contínua, com um Plano de Gerenciamento e Monitoramento Ambiental focado na qualidade e controle de consumo da água, efluentes sanitários, resíduos sólidos, ruído e vibração ambiental, controle de poeira e fumaça preta, entre outros aspectos. Ao todo, são 24 Programas que reúnem iniciativas para minimizar os impactos ambientais da construção, incluindo o Plano Básico Ambiental (PBA), exigido pela legislação brasileira como parte do processo de licenciamento, com ações de mitigação ambiental e social, como por exemplo a recuperação, monitoramento e gestão de resíduos. 

Com diretrizes ambientais rigorosas para preservação dos recursos naturais, o Projeto Sucuriú tem como um de seus pilares a operação com eficiência hídrica: o consumo será de 26 m³ de água por tonelada de celulose produzida – um dos índices mais baixos do setor, com 100% do efluente tratado. O volume de água captado será majoritariamente devolvido ao Rio Sucuriú, com cerca de 90% do volume captado de volta pela operação.  

Para o reuso de água pluvial, a Arauco está construindo uma Central de Tratamento e Valorização de Resíduos para transformar o material resultante em produtos úteis, priorizando que nada seja destinado a aterros sanitários e fortalecendo o conceito de economia circular. Nesse processo, serão produzidos o composto de solo, feito com resíduos orgânicos, e o corretivo de acidez do solo, produzido a partir dos inorgânicos do processo de celulose. O lodo primário e secundário gerados na estação de tratamento de efluentes (ETE) serão queimados na Caldeira de Força para geração de energia e a movimentação dele será realizada por correias transportadoras, para redução da emissão de poluentes. 

A nova unidade será autossuficiente em geração de energia renovável. A Caldeira de Recuperação, a maior do mundo no setor de papel e celulose, utilizará licor preto (subproduto do cozimento da madeira) para gerar eletricidade, enquanto a Caldeira de Força aproveitará resíduos do processo produtivo com a mesma finalidade. A fábrica contará ainda com uma Planta de Gaseificação, que permitirá a produção de biocombustível renovável, reduzindo significativamente a dependência de combustíveis fósseis. 

Serão mais de 400 megawatts (MW) de capacidade de geração de energia, sendo 200 MW destinados ao consumo interno, o excedente disponibilizado será suficiente para abastecer uma cidade de 800 mil habitantes, reforçando o compromisso da Arauco com a transição energética e a descarbonização.

Todo o maquinário do Projeto Sucuriú contará com tecnologia da indústria 5.0, com controles de processos e simuladores para treinamentos operacionais e com a integração de soluções de conectividade, do processamento da madeira até o controle de qualidade da celulose, o que trará segurança e otimização para a operação e contribuirá para excelência na eficiência do uso de recursos. 

Compromisso e vínculo com a comunidade

A Arauco mantém, desde sua chegada à cidade, em 2022, diálogo contínuo com a população local, promovendo periodicamente encontros abertos de escuta ativa com as pessoas de Inocência e arredores, apresentando a evolução do Projeto e ouvindo suas expectativas em relação ao futuro.  No Mato Grosso do Sul, atua desde 2009 por meio de sua operação florestal.

A companhia tem realizado estudos e diagnósticos que contribuíram com o alinhamento com lideranças e autoridades das principais demandas impulsionadas pelo Projeto. Em fevereiro de 2025, a Arauco anunciou o investimento de R$ 85 milhões por meio do Plano Estratégico Socioambiental (PES), um modelo de governança compartilhada que une a companhia e os governos municipal e estadual para garantir a implementação de ações planejadas e monitoradas de maneira transparente e com acompanhamento de todos os atores. 

O PES é organizado em nove eixos estratégicos – Saúde; Segurança Pública; Assistência Social; Educação, Economia, Trabalho e Renda; Transporte; Saneamento; Habitação; Ordenamento Territorial e Conservação Ambiental. Dentro de cada uma dessas nove áreas, as demandas serão atendidas por um conjunto de ações a longo prazo.

Os investimentos da Arauco no eixo de Saúde incluirão a contratação de consultoria especializada em prol da Gestão do Sistema Municipal de Saúde e da Gestão Hospitalar, implantação da Área Vermelha destinada ao atendimento emergencial no Hospital Municipal, capacitação para os profissionais de emergência e construção de uma nova unidade de saúde – Hospital Municipal de Inocência com capacidade inicial de ocupação de 20 leitos, com área construída de 2.450 m2. 

No âmbito da Segurança Pública, a Arauco construirá a sede da Polícia Militar, a sede do Corpo de Bombeiros e comprará viaturas para a Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Inocência. 

Na área de Assistência Social, a Arauco investirá na modernização e ampliação do CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, no antigo prédio do equipamento do CRAS – Centro de Referência de Assistência Social de Inocência. Também construirá uma nova instalação para o CRAS e vai inaugurar uma Casa de Passagem para acolhimento temporário de pessoas, além de promover e financiar campanhas de conscientização contra a violação de direitos de grupos vulneráveis na cidade.

Para contribuir com a Educação, a Arauco doará 100 bolsas de estudo para alunos do Ensino Fundamental e Médio em novas vagas que serão abertas no setor privado. Vai ofertar estágios para estudantes de cursos técnicos do Ensino Médio das escolas públicas da cidade, e financiar cursos para formação continuada de profissionais da educação. A companhia também vai fazer a reforma e ampliação da Escola Olivalto Elias da Silva, além de financiar o investimento em laboratórios e comprar um micro-ônibus escolar, capacitando motoristas da educação municipal de Inocência. 

No eixo de Economia, Trabalho e Renda, a Arauco fará 100% do aporte na continuidade dos trabalhos de estruturação do sistema de capacitação e de desenvolvimento das pessoas que poderão ser colaboradoras e trabalhadoras, tanto em unidades produtivas próprias, quanto nas empresas parceiras do Projeto Sucuriú. A capacitação terá a finalidade de preparar as pessoas para se candidatarem às vagas de trabalho durante o desenvolvimento e depois das obras finalizadas na cidade. 

Um desses instrumentos já está instalado é o Centro Integrado Sesi Senai de Inocência, que já formou cerca de 100 pessoas em cursos de sinalização de vias, motorista de caminhão basculante, e como operador de trator, retroescavadeira e motoniveladora. O Sebrae/MS desenvolve a iniciativa “Conexão Arauco”, que capacita empreendedores locais para atender às demandas promovidas pelo Projeto Sucuriú, fortalecendo e expandindo a cadeia produtiva. Ações de agricultura familiar são outro pilar de desenvolvimento com foco na geração de renda e diversificação da produção junto às associações e cooperativas locais para impulsionar a produção de alimentos de maneira sustentável, em processos de manejo alinhados simultaneamente à conservação e recuperação do meio ambiente.

No eixo de Transportes o Governo do Estado já tem feito investimentos na infraestrutura logística da região, com apoio técnico da Arauco em áreas específicas. Em Saneamento, a companhia também vai financiar um Estudo da Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos com uma consultoria especializada e um Estudo de Identificação das Melhorias no Tratamento da ETE – Estação de Tratamento de Esgoto – além de ampliar a capacidade de tratamento de esgotamento sanitário na ETE na sede municipal para a nova demanda projetada com a instalação de sua fábrica de celulose. 

As ações previstas para Habitação incluem a construção de 620 unidades que serão dedicadas aos colaboradores da Vila Arauco e a intermediação junto aos Governos Estadual e Federal a extensão de Programas Habitacionais voltados para o município de Inocência para fomentar que a iniciativa privada também invista na região. 

Em Ordenamento Territorial e Conservação Ambiental, a Arauco colaborou com a Prefeitura de Inocência com a base do Plano Diretor apresentado à população em junho de 2024 e vai revitalizar o Espaço de Lazer e Cultura (Parque do Povo), além de instalar no município uma Estação Meteorológica e de Qualidade do Ar. 

Sobre a Arauco Brasil

No país desde 2002, a Arauco atua nos segmentos Florestal e de Madeiras com o propósito de, a partir da natureza e de fontes renováveis, contribuir com as pessoas e o planeta. Emprega mais de 3000 colaboradores próprios e conta com 5 unidades industriais brasileiras.

As plantas estão distribuídas entre a produção de painéis, em três fábricas localizadas nas cidades de Jaguariaíva (PR), Ponta Grossa (PR) e Montenegro (RS); painéis e molduras, na planta localizada em Piên (PR); resinas e químicos, na unidade de Araucária (PR) e, em 2027, prepara-se para inaugurar sua primeira fábrica de celulose branqueada em Inocência (MS).

Com atuação orientada por práticas ESG, a Arauco possui certificação FSC® (Forest Stewardship Council®) em suas florestas, que reconhece o manejo ambientalmente responsável, socialmente justo e economicamente viável. A companhia também foi a primeira do mundo a receber a certificação Carbono Neutro, em 2020, emitida pela Delloite e auditada pela Price Waterhouse. Globalmente e no país, opera primando pela gestão responsável da água, a conservação da biodiversidade e a retirada de gás carbônico da atmosfera. 

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Pesquisadores apresentam tecnologia inovadora de prevenção de incêndios florestais em reunião com a Reflore/MS

Projeto pode ser aplicado no Pantanal e em áreas de eucalipto para prevenção de incêndios

O diretor-executivo da Reflore/MS, Dito Mário, participou de uma reunião com pesquisadores das universidades Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Federal da Paraíba (UFPB) e da Universidade de Washington (UW), nos Estados Unidos, para conhecer uma tecnologia inovadora voltada para a predição de incêndios em florestas. O encontro ocorreu com a presença do pesquisador florestal da Suzano, Eduardo Campinhos, e dos professores Dr. Edson Antonio Batista (UFMS), Dr. Marcelo Augusto Santos Turine (FACOM/UFMS), Cleonilso Protásio (UFPB) e Orlando Baiocchi (UW), que apresentaram os avanços do projeto.

Reuniao reflore e universidades.

A tecnologia em questão utiliza sensores capazes de captar informações ambientais em tempo real, auxiliando na prevenção e no combate a incêndios. O diferencial do sistema está na capacidade de gerar energia para os sensores diretamente a partir da atividade biológica das árvores, eliminando a necessidade de baterias ou painéis solares. Desenvolvido inicialmente pela Universidade de Washington e a Universidade Federal da Paraíba, o projeto agora conta com a parceria da UFMS para adaptação à realidade brasileira.

Os sensores são instalados em diferentes árvores, formando uma rede de comunicação entre elas e transmitindo os dados para um centro de operações. A tecnologia permite identificar variações ambientais, como mudanças de temperatura e direção do vento, possibilitando a detecção precoce de focos de incêndio. Além disso, o sistema também pode auxiliar equipes de bombeiros, fornecendo previsões de mudança climática em campo, o que reduz os riscos de acidentes durante o combate ao fogo.

Para a Reflore/MS, a reunião foi uma oportunidade de conhecer soluções que podem ser aplicadas na prevenção de incêndios em áreas de eucalipto no Mato Grosso do Sul. O objetivo da entidade é buscar parcerias com empresas do setor florestal, para viabilizar o desenvolvimento e a implementação da tecnologia na região. O próximo passo do projeto será a fase de testes para avaliar a eficiência da transmissão de dados e a durabilidade dos sensores em ambientes de cultivo de eucalipto.

“Essa tecnologia representa um avanço significativo na prevenção de incêndios florestais. Conseguimos gerar energia a partir da própria atividade biológica da árvore, garantindo um monitoramento contínuo e confiável. Agora, buscamos consolidar essa solução para atender às necessidades da nossa região e do setor florestal”, explicou Edson Antonio Batista, coordenador do Programa de Pós graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE) da UFMS.

Dessa forma, a expectativa é que os testes e as futuras parcerias permitam a implementação dessa tecnologia em larga escala, trazendo mais segurança para as florestas plantadas e reforçando as estratégias de combate e prevenção aos incêndios florestais no estado.

A Reflore/MS é a Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas, que reúne importantes empresas da cadeia produtiva da floresta com sede ou filial em Mato Grosso do Sul. Sua missão é congregar, representar, promover e defender os interesses coletivos das empresas associadas que se dedicam ao desenvolvimento sustentável com base em florestas plantadas.

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Suzano alcança redução histórica de 61% nos incêndios em suas áreas florestais com ações estratégicas e tecnologia

Dado consta no recém-lançado Relatório Anual de Sustentabilidade da empresa, e reflete o resultado das ações integradas de monitoramento, prevenção e combate, mesmo diante das condições climáticas extremas de 2024

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, alcançou uma redução histórica de 61% no número de incêndios em suas áreas de plantio em 2024, em comparação ao ano anterior. O dado reforça o trabalho de prevenção e combate aos incêndios florestais mesmo diante das condições climáticas extremas, que envolveram altas temperaturas e estiagem prolongada. O ano de 2024 foi um dos mais desafiadores para o Brasil em termos de incêndios florestais, com um aumento geral de 46,5% no número de focos em relação ao ano anterior, segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Somente no estado do Espírito Santo, a redução foi de 53%. As informações constam no Relatório Anual de Sustentabilidade 2024, que acaba de ser divulgado pela empresa e está disponível para consulta por meio do link www.suzano.com.br/relatorio2024.

“Conseguimos alcançar essa redução histórica em meio a uma das piores ondas de incêndios florestais do Brasil. Isso foi possível graças aos nossos esforços contínuos e integrados, incluindo investimentos em tecnologia de ponta e treinamento das equipes, à eficácia de nossas ações preventivas e nossa agilidade em responder às emergências. Com isso, fortalecemos nosso compromisso de renovar a vida a partir da árvore, conservar a biodiversidade e melhorar a qualidade de vida das comunidades ao nosso redor”, comenta Luiz Ribeiro Bueno, Gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Suzano.

Para minimizar o impacto das queimadas em suas áreas de plantio, a Suzano intensificou o uso de tecnologia. Com ferramentas avançadas de modelagem matemática para previsão de riscos e equipamentos de monitoramento de última geração, a empresa conseguiu ampliar a assertividade e agilidade nas identificações dos focos de incêndio e reduzir significativamente o tempo de resposta às ocorrências. Atualmente, os atendimentos levam, em média, 30 minutos entre a detecção e a extinção do fogo, inclusive no período noturno. Essa rapidez na resposta foi crucial para a redução no número de queimadas registradas nas áreas florestais da empresa no último ano.  

Também em 2024, a empresa ampliou a infraestrutura de monitoramento das áreas florestais em tempo real, com a instalação de novas torres de observação, com câmeras de alta resolução dotadas de Inteligência Artificial para o reconhecimento automático de fumaça. Atualmente, a Suzano conta com 133 torres espalhadas por suas áreas florestais no Brasil, sendo 21 delas no Espírito Santo. Instaladas em pontos estratégicos, as torres de observação operam com energia solar, têm um raio de alcance de 15 km, com cobertura 360° e transmitem imagens 24h por dia à Central de Monitoramento da companhia, proporcionando vigilância contínua. Assim que um foco de fogo é detectado, a Brigada da Suzano mais próxima é acionada para que o controle seja realizado, evitando que se transforme em um incêndio de grandes proporções.

Além disso, já estão em testes diversas outras tecnologias para implementação no próximo ano, dentre elas, o drone de longo alcance que possibilitará de forma preventiva a identificação de focos de incêndios florestais. Essa tecnologia possibilita uma detecção rápida e precisa, contribuindo para uma resposta mais eficaz. Além disso, os drones auxiliam na tomada de decisões estratégicas e no planejamento das operações de combate ao fogo. Com autonomia de voo de até 60 km e longa duração de voo, esse drone é equipado com câmera térmica, fornecendo dados valiosos para o monitoramento em tempo real.

A companhia também investiu na modernização de sua frota, ao equipar parte da sua frota com internet satelital veicular. Essa tecnologia permite o monitoramento em tempo real, garantindo conectividade constante, otimizando a comunicação e a coordenação das equipes de campo, especialmente em áreas remotas, durante o combate a incêndios.

Atuação com as comunidades

A preservação ambiental é uma prioridade para a Suzano, especialmente diante do cenário global de mudanças climáticas, que tem intensificado as ocorrências de queimadas. Por isso, além de suas áreas de plantio, a companhia também atua ajudando a combater incêndios, com equipes e maquinários necessários, em áreas vizinhas e reservas florestais próximas.

Por meio do programa “Guardiões da Floresta”, desenvolvido pela área de Inteligência Patrimonial, a Suzano promove uma atuação preventiva e cooperativa junto a comunidades vizinhas e escolas rurais, visando reforçar a educação ambiental e promover a conscientização de todos sobre a importância da proteção às florestas e da promoção de práticas sustentáveis.

Por meio do programa Guardiões da Floresta, desenvolvido pela área de Inteligência Patrimonial, a Suzano promove ações preventivas e colaborativas para fortalecer a preservação ambiental e a proteção de suas áreas. A iniciativa estreita laços com as comunidades vizinhas, especialmente escolas rurais, incentivando a conscientização e o engajamento local. Em 2024, o projeto alcançou 15 escolas, com a participação de aproximadamente 1.100 alunos(as), realizou mais de 13 mil interações com moradores(as) das comunidades vizinhas e impactou cerca de 28 mil pessoas.

O programa conta com um canal gratuito pelo número 0800 203 0000, disponível para chamadas e mensagens via WhatsApp, recebendo denúncias de incêndios florestais e outras ocorrências ambientais.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais emsuzano.com.br

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Exclusivo – Manejo florestal: o uso sustentável das florestas nativas

*Artigo de Cícero Ramos.

O manejo florestal sustentável é uma das abordagens mais eficientes e inteligentes para combater o desmatamento ilegal, ao mesmo tempo em que permite a exploração econômica da floresta, garante a manutenção de serviços ambientais, e contribui para a geração de empregos, distribuição de renda e desenvolvimento regional na Amazônia. Essa prática também resulta em maior arrecadação de impostos, oferece segurança jurídica ao setor florestal e favorece a conservação da biodiversidade local para gerações presentes e futuras. O manejo florestal não se compara a qualquer forma de remoção de vegetação, mesmo que legal.

Para entender como essa prática surgiu, precisamos voltar no tempo. A escassez gera a invenção, e foi a partir da escassez de madeira que surgiu a ideia do manejo florestal sustentável, com o objetivo de conservar as florestas. Na Saxônia do século XVII, a madeira era um recurso estratégico, essencial para a mineração e a economia local. No entanto, a exploração descontrolada levou ao risco de esgotamento, exigindo soluções urgentes.

Hans Carl von Carlowitz (1645–1714), membro de uma família com tradição em silvicultura e que trabalhou como diretor de mineração em Freiberg, foi o responsável por apresentar uma solução, publicando em 1713 a obra Sylvicultura oeconomica. Carlowitz defendia o uso sustentável das florestas, argumentando que a extração de madeira deveria ser limitada à capacidade de regeneração da floresta, ou seja, não se deve derrubar o estoque de árvores maduras da floresta até que se observe que há crescimento suficiente no local. Ele baseava seus argumentos no conceito de “bem comum”, tanto para a comunidade quanto para as gerações futuras, introduzindo, assim, a ideia de sustentabilidade.

A visão de Carlowitz não só sobreviveu ao tempo como se tornou a base do manejo florestal atual, ao relacionar a intensidade da exploração à capacidade de suporte ambiental da floresta e definir ciclos de corte alinhados ao tempo necessário para a recuperação dos volumes extraídos. Foi a Engenharia Florestal que introduziu o manejo florestal sustentável no Brasil, uma vez que a exploração de florestas nativas anteriormente era feita de maneira empírica, sem o devido suporte técnico. O manejo florestal sustentável é, de fato, uma das poucas atividades de uso do solo que mantém a cobertura florestal enquanto gera renda a partir da floresta em pé. Essa prática é fundamental para conciliar a produção econômica com a conservação ambiental, garantindo a sustentabilidade dos recursos naturais.

No Brasil, a Constituição Federal, em seu artigo 225, § 1º, I, estabelece que é de responsabilidade do Poder Público “prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas. A Lei de Proteção às Florestas Nativas (Lei nº 12.654/12) define o manejo sustentável como a administração da vegetação natural, visando benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando os mecanismos de sustentação do ecossistema e considerando a utilização de diversas espécies madeireiras e não madeireiras, além de outros produtos e serviços da flora. Assim, qualquer empreendimento com vistas à exploração florestal de áreas públicas ou privadas requer licenciamento ambiental, com a aprovação prévia de um Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), sob responsabilidade técnica de um profissional da Engenharia Florestal, conforme o artigo 10 da Resolução Confea nº 218/73 e a alínea “a” do artigo 1º da Lei 5.196/66.

O Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) é um instrumento essencial para garantir a exploração responsável dos recursos florestais, alinhando a produção com a conservação ambiental. Para isso, ele deve atender a uma série de fundamentos técnicos e científicos, que incluem a caracterização dos meios físico e biológico, determinação do estoque existente, intensidade de exploração compatível com a capacidade de suporte ambiental da floresta, ciclo de corte compatível com o tempo de restabelecimento do volume de produto extraído da floresta, promoção da regeneração natural da floresta, adoção de sistema silvicultural adequado, adoção de sistema de exploração adequado, monitoramento do desenvolvimento da floresta remanescente e adoção de medidas mitigadoras dos impactos ambientais e sociais.

No manejo florestal, são identificadas as árvores maduras que poderão ser colhidas da floresta seguindo os requisitos estabelecidos pela legislação, sendo retiradas, em média, de três a cinco árvores por hectare, as árvores jovens (remanescentes) que permanecerão na floresta, as árvores porta-sementes (mães) que serão responsáveis pela renovação da floresta, além das árvores protegidas por lei, como é o caso da Castanheira (Bertholletia excelsa Bonpl.), por exemplo. Após a exploração das árvores maduras selecionadas para manejo, por meio de técnicas de exploração de impacto reduzido (EIR), ocorre uma abertura no dossel das copas que permite a entrada de luz na floresta, estimulando a regeneração natural e o banco de plântulas, favorecendo o crescimento em diâmetro e incremento volumétrico das árvores, por meio da fotossíntese, retiram o dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera e o transformam em oxigênio (O₂),  contribuindo para o equilíbrio ambiental e a sustentabilidade dos ecossistemas florestais.

Além disso, políticas públicas que incentivam a compra de madeira proveniente do manejo sustentável são essenciais para proteger as florestas nativas. A cadeia de custódia, que garante a rastreabilidade da madeira desde a origem até o consumidor, assegura que os produtos florestais estejam em conformidade com as melhores práticas sustentáveis, respeitando as leis e beneficiando as comunidades locais.

O manejo florestal na Amazônia está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente com os objetivos de trabalho decente, crescimento econômico, consumo e produção responsáveis, ação contra as mudanças climáticas, vida terrestre e parcerias para a implementação de ações. Portanto, é fundamental promover um entendimento mais aprofundado do manejo florestal sustentável e da cadeia produtiva da madeira, considerando tanto os aspectos ecológicos quanto socioeconômicos. Reforçando práticas florestais sustentáveis e a inovação baseada na ciência e engenharia florestal são essenciais para proteger as florestas, gerar renda e mitigar as mudanças climáticas, integrando o uso dos recursos florestais com estratégias de conservação ambiental.

O conceito de manejo florestal sustentável, proposto por von Carlowitz há mais de três séculos, permanece atual. Ao revisitar suas ideias, fica evidente que a sustentabilidade vai além de uma simples necessidade; ela se apresenta como uma oportunidade valiosa para inovar e criar um futuro mais equilibrado, garantindo que as florestas possam continuar gerando riqueza sem se esgotar.


*Cícero Ramos é engenheiro florestal e vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais.

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Tracbel mostra suas soluções Tigercat Tci, Volvo e Kalmar para florestas plantadas

A Tracbel apresenta as suas soluções florestais no 2º Florestas UAI, um dos mais importantes eventos do setor, que começa hoje e se estende até 11 de abril, no Centro de Convenções CDL, em Belo Horizonte (MG). A Tracbel é a distribuidora nacional da marca Tigercat Tci, fabricante canadense de equipamentos florestais. “São produtos reconhecidos internacionalmente pelo alto grau de tecnologia, confiabilidade e robustez”, afirma Cairon Faria, diretor da divisão Florestal e Logística da Tracbel.

Cairon Faria

Ele lembra que a empresa também oferece um portfólio de máquinas de outras marcas para a esta área, como, por exemplo, carregadeiras e escavadeiras Volvo para logística florestal, e empilhadeiras Kalmar para operar em aplicações intralogísticas. “São soluções importantes que contribuem para aumentar a produtividade da indústria florestal”, complementa Faria. “São os mais modernos, eficientes e confiáveis equipamentos para colheita. Minas Gerais é estado o que possui a maior área de florestas plantadas do Brasil”, explica o dirigente.

A Tracbel tem a disposição na linha Tigercat os skidders, fellers bunchers (pneus e de esteiras) e direcionais, picadores, guinchos, harvester de pneus, forwarders, mulchers, cabeçotes florestais e o inovador “Carbonizer”. A Volvo CE oferece as carregadeiras, os articulados Timber Haulers e escavadeiras florestais. A Kalmar possui produtos para intralogística, movimentação de containers e os Terminal Tractors, usados para movimentação de carretas em pátios. “É um amplo portfólio, para buscarmos redução de custos, com foco em alta produtividade e robustez”, diz.

Respeito ao meio ambiente

Outro destaque da Tracbel é o Carbonizer Tigercat 6040. Sua operação se baseia em um sistema avançado e econômico que respeita o meio ambiente para a conversão de resíduos de madeira. É uma das tecnologias mais ecologicamente corretas disponíveis no mercado. A máquina recebe resíduos de madeira e produz carbono orgânico (Biochar) de alta qualidade, com até 90% de redução do volume do material. É uma solução ideal para converter resíduos agrícolas e de exploração madeireira indesejados em carbono orgânico útil e de alta qualidade. Eles ainda podem ser deixados no local como aditivo de solo ou comercializados para diversos usos. O processo de conversão inovador opera em altos níveis de rendimento e produz emissões muito baixas.

Compromisso

“A produtividade e a eficiência da operação florestal dependem não apenas da qualidade dos equipamentos, mas também do suporte depois da compra”, afirma Claudio Dardengo, diretor de pós-vendas da Tracbel Florestal e Logística. “Investimos constantemente em excelência no pós-venda, garantindo o melhor desempenho nas colheitas de eucalipto e pinus”, observa. O executivo destaca que o time de especialistas da Tracbel está sempre pronto para oferecer apoio técnico rápido e eficiente, com peças de reposição originais, manutenções preventivas e corretivas, além de treinamentos para operadores e mecânicos. O objetivo é garantir que a frota permaneça em operação com o máximo de disponibilidade e rendimento. Os engenheiros e técnicos da Tracbel estarão no estande do evento para falar sobres os produtos e a sua operação para melhora a eficiência de combustível, redução da fadiga do operador e o aumento da produtividade.

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