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Entenda o papel das agroflorestas no combate às mudanças climáticas

Além de apresentar um potencial natural na luta contra as mudanças climáticas, os sistemas agroflorestais também se destacam pela contribuição direta para a segurança alimentar e a conservação da sociobiodiversidade. Conheça aqui algumas iniciativas do IFT de fomento às agroflorestas na região amazônica

Num cenário de aquecimento global cada vez mais acelerado, a busca por alternativas efetivas e atrativas para mitigar as mudanças climáticas tem se tornado cada vez mais urgente. Entre estas alternativas, as agroflorestas – definidas como a incorporação e manutenção de árvores em sistemas agrícolas – se destacam por seu alto potencial de sequestro de carbono, além de sua contribuição direta para segurança alimentar e conservação da sociobiodiversidade,

Um estudo publicado na revista científica Nature Climate Change indicou que os sistemas agroflorestais (SAFs) constituem potencialmente a maior contribuição do setor agrícola para o clima. Entre as soluções baseadas na natureza, o potencial de mitigação climática de agroflorestas é comparável ao de estratégias reconhecidas, como o reflorestamento. Segundo a pesquisa, realizada por cientistas de vários países, incluindo o Brasil, as agroflorestas são a maior contribuição individual que o setor agrícola pode oferecer ao combate às mudanças climáticas.

Os SAFs são sistemas produtivos que unem, no mesmo espaço, espécies florestais, frutíferas, e alguns casos animais, de importância econômica, alimentar, cultural e ecológica. Por meio de intervenções controladas e tratos específicos, as espécies passam a se relacionar com vantagens mútua, em termos de nutrientes, solo, clima e sombreamento.

A publicação da Nature Climate Change afirma que a agroflorestas mundiais podem estocar até 310 milhões de toneladas de carbono por ano, suficiente para compensar a emissão anual de gás carbônico gerada por aproximadamente 250 milhões de veículos a gasolina de porte médio.

SAFs na Amazônia

Na Amazônia, o crescimento de produção de Sistemas Agroflorestais já é realidade em diversos territórios. O fomento às agroflorestas é uma das principais expertises da Gerência de Sociobiodiversidade e Bioeconomia (GSB) do Instituto Floresta Tropical Johan Zweede (IFT). Através de iniciativas de implantação e fortalecimento de SAFs, o IFT tem promovido restauração ambiental, geração de renda e segurança alimentar, por meio de assistência técnica e formação continuada em diversos territórios do bioma amazônico.  

Um desses exemplos ocorre nos municípios de Bragança, nordeste paraense, através de um projeto chamado Act for Amazônia. Entre as principais atividades estão o acompanhamento técnico de áreas de SAFs durante 6 meses, oficinas de capacitação técnica para agricultores familiares, produção e aplicação de biofertilizantes, produção de mudas de açaí para uso e comercialização e elaboração de materiais audiovisuais para educação e sensibilização sobre a importância dos SAFs e a realização de um diagnóstico de necessidades para o aprimoramento dos sistemas agroflorestais.

“Em Bragança foram 9 áreas de SAFs instaladas com dimensão de 30x30m. Nesse primeiro momento foram inseridas 13 espécies diferentes, entre culturas de ciclo curto, frutíferas e espécies adubadeiras, pois o objetivo incialmente é de recuperar a biodiversidade do solo, junto com a produção de alimentos. Diferente dos sistemas agroflorestais tradicionais, neste modelo a roça está no mesmo sistema, para evitar que o agricultor tenha duas áreas para cuidar e assim evitar o abandono do SAF”, afirma Paula Vanessa Silva, engenheira florestal e gerente de Sociobiodiversidade e Bioeconomia do IFT.

No Marajó, o projeto Valorização da Floresta tem realizado oficinas de fomento a novas cadeias de valor da sociobiodiversidade e implantação de quintais agroflorestais nas Reservas Extrativistas Arióca Pruanã e Mapuá. Em maio deste ano, os moradores dessas unidades de conservação receberam atividades de formação sobre SAFs. A iniciativa visa a implantação e o enriquecimento dos quintais agroflorestais das famílias para estimular a segurança alimentar e nutricional e a comercialização de produtos florestais não madeireiros. Um dos desdobramentos das oficinas foi a seleção de 30 famílias para participar da ação de implantação de quintais agroflorestais.

Paula Vanessa explica que a próxima etapa do projeto Valorização da Floresta será a instalação dos quintais agroflorestais nas casas das famílias selecionadas nas duas Resex atendidas no Marajó. Para isso, antes serão realizadas entrevistas e o mapeamento participativo desses locais.

“O objetivo da próxima etapa é conhecer essas famílias, saber o perfil delas, identificar o que existe nesses quintais, o que já existe de espécies e quais outras espécies eles desejam cultivar. Com essas informações, vamos compreender a logística para chegar nessas casas, o que será fundamental na etapa de planejamento da instalação”, afirma a engenheira florestal. 

Protagonismo das mulheres

Vanessa também ressalta que os quintais agroflorestais são uma excelente estratégia para pequenos produtores, por agregar segurança alimentar e nutricional à preservação ambiental dos territórios.  “Os quintais produtivos, que são o foco do projeto, já fazem parte da realidade dessas comunidades, pois são áreas que, especialmente as mulheres, mantêm tradicionalmente no entorno das casas. Por isso, é importante destacar o protagonismo delas na execução desse projeto”.

Para a manejadora extrativista Merilene Pantoja, moradora da comunidade São Pedro, na Resex Arióca Pruanã, as oficinas sobre SAFs são uma possibilidade de fomentar e fortalecer a agricultura familiar na unidade de conservação. “Esse tipo de atividade é muito importante para a nossa comunidade, pois envolve várias famílias. Aprender sobre cultivar os quintais produtivos de maneira planejada é fundamental tanto para o crescimento da nossa produção como para o nosso consumo no dia a dia”, afirma.     Além do potencial de mitigação climática, as agroflorestas também podem melhorar o rendimento das safras e diversificar renda dos agricultores. “Nesse sentido, os quintais produtivos surgem como uma solução concreta e sustentável para enfrentar os desafios ambientais e sociais da região amazônica”, destaca Vanessa.

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Pesquisa revela avanços e oportunidades para as embalagens de papel

Estudo realizado com 40 marcas usuárias apontou que as embalagens de papel têm ganhado relevância e tem espaço para salto ainda maior

As embalagens de papel estão avançando na preferência dos brand owners e têm atributos que lhes permitem pensar em crescer ainda mais. Esta á uma das conclusões da 2ª edição da pesquisa Percepções & Oportunidades para Embalagens de Papel, encomendada por Empapel e Two Sides Brasil, realizada pela Quórum Brasil. 

O levantamento, que atualiza os dados de 2019, contou com a participação de 87 profissionais que atuam em 40 empresas de diversos segmentos, como alimentos, farmacêutico, têxtil, automotivo, higiene e limpeza, brinquedos, cosméticos, entre outros. O objetivo foi fazer um panorama atual sobre o comportamento e as preferências das empresas em relação às embalagens sustentáveis.

Entre os principais achados da pesquisa, chama a atenção a mudança no perfil dos decisores sobre os tipos de embalagens adotadas nas companhias. Em 2019, as áreas de suprimentos e desenvolvimento de embalagens eram as mais influentes nesse processo. Hoje, a partir das entrevistas realizadas no segundo semestre de 2024, quem ganhou protagonismo são os departamentos de qualidade e marketing, sinalizando que as decisões agora também envolvem atributos de desempenho e imagem da marca.

“Está claro que, para além do atributo de sustentabilidade, as embalagens de papel têm ganhado espaço como um veículo de comunicação de marca e transmissão de valor. A digitalização tem impulsionado este movimento e aquela embalagem que era vista como mera necessidade para armazenamento e transporte, hoje torna-se, cada vez mais, uma ferramenta de aproximação entre marca e cliente”, comenta o Embaixador José Carlos da Fonseca Jr., presidente-executivo da Empapel.

Outro ponto de destaque é o avanço da presença de embalagens de papel nas empresas. Ao serem questionadas sobre os tipos de embalagens que costumam utilizar, houve crescimento na menção a materiais como papel, papelcartão e papelão ondulado. O uso de papel passou de 62% para 65%, papelcartão foi de 57% para 60% e papelão ondulado, de 65% para 70%. Embora não representem participação de mercado, os dados indicam uma valorização crescente desses materiais.

Fabio Mortara, presidente de Two Sides Brasil, destaca a comparação dos dados desta pesquisa com os daquela publicada em 2020, que revela o crescimento de oportunidades para as embalagens de papel. “Qualidade, como mostra a pesquisa, é o principal requisito dos compradores de embalagens e isso se coloca como o desafio maior para toda a indústria de papel, cartão e papelão.

A sustentabilidade se mantém como um fator-chave na escolha das embalagens. A associação entre papel e atributos sustentáveis, como reciclabilidade e biodegradabilidade, foi amplamente reforçada pelos participantes. Além disso, 27% dos entrevistados afirmaram considerar a substituição do material atualmente utilizado por uma alternativa mais sustentável. No entanto, 59% apontaram a necessidade de mais informações para tomar decisões mais assertivas.

A pesquisa confirma o crescimento da consciência ambiental nas empresas e aponta para um futuro no qual o papel deve ganhar ainda mais espaço como aliado da sustentabilidade e da comunicação com o consumidor.

Sobre a Empapel

A Empapel, Associação Brasileira de Embalagens em Papel, surge em 2020 no lugar da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) – que desde 1974 representou aquele segmento. Com a ambição de ir além do papel ondulado, a entidade tem como missão ser reconhecida como uma associação que transforma o diferencial ambiental das embalagens de papel.

A Empapel quer promover uma ampliação de mercados e de oportunidades de negócios para seus associados, além de alcançar protagonismo em soluções para embalagens.

Sobre Two Sides

Fundada em 2008, Two Sides é uma iniciativa global, sem fins lucrativos, que divulga os atributos únicos, sustentáveis e atraentes do papel e das embalagens de papel, bem como esclarece equívocos comuns sobre seus impactos ambientais. Two Sides é uma colaboração de empresas de celulose, papel, embalagens, gráficas, editoras, jornais e revistas e opera na Europa, América do Norte e do Sul, África do Sul, Austrália e Nova

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Empapel lança portal Embalagem Consciente

Site tem o intuito de fornecer informações atualizadas, curiosidades, dados técnicos e demonstrar a sustentabilidade das embalagens de papel

Marcando o novo momento em sua área de Comunicação&Marketing, a Empapel acaba de lançar o portal que dá vida ao movimento Embalagem Consciente: www.embalagemconsciente.com.br. A página nasce dedicada a demonstrar a versatilidade e sustentabilidade do produto por meio de informações técnicas, tendências e inovações.

O portal foi desenvolvido com layout arrojado e pensado para facilitar o acesso a informações sobre as embalagens de papel. Infográficos, blog, cases e artes especialmente desenvolvidas para estimularem a navegação.

“Trata-se de uma ferramenta de suma importância não só para o setor, mas para a sociedade. São dois grandes objetivos que temos a cumprir com o Embalagem Consciente: garantir uma base sólida de informações para empreendedores que precisam tomar de decisão sobre qual material escolher em suas embalagens; prover conhecimento para o consumidor final que, no momento de sua opção terá massa crítica para decidir pela embalagem que julgar ambientalmente mais correta”, afirma o presidente-executivo da Empapel, Embaixador José Carlos da Fonseca Jr.

O portal estará em constante atualização, levando ao público dados mais recentes do mercado de embalagens de papel, ao mesmo tempo em que reforça a versatilidade do produto, que é utilizado em mais de 20 segmentos, os quais fazem uso de embalagens de papel para resistir a umidade, gordura, peso, entre outras necessidades.

“Fizemos um trabalho de meses para reunir o material e organizá-lo de modo coerente. Para isso, contamos com colaboração das nossas associadas, do assessor técnico Paulo Fornazari, e de nossa agência especializada em marketing, chamada Aldeia. É mais um passo importante em nosso planejamento que prevê mais produtos de comunicação, como podcast, eventos proprietários e aproximação com outras associações”, comenta Thiago Santiago, gerente de Comunicação da Empapel. 

Para conferir as novidades e mais informações, basta acessar o endereço www.embalagemconsciente.com.br

Sobre a Empapel

A Empapel, Associação Brasileira de Embalagens em Papel, surge em 2020 no lugar da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) – que desde 1974 representou aquele segmento. Com a ambição de ir além do papel ondulado, a entidade tem como missão ser reconhecida como uma associação que transforma o diferencial ambiental das embalagens de papel.

A Empapel quer promover uma ampliação de mercados e de oportunidades de negócios para seus associados, além de alcançar protagonismo em soluções para embalagens.

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No Dia Internacional da Biodiversidade, Bracell destaca o uso da tecnologia para registro de fauna e reforça o compromisso com a conservação ambiental

Programa de Avistamento de Fauna soma mais de 5 mil registros de animais silvestres e integra iniciativas como o Compromisso Um-Para-Um e parcerias para restauração ecológica

São Paulo, 22 de maio de 2025 – No Dia Internacional da Biodiversidade, a Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel, reforça seu compromisso com a conservação da fauna e dos ecossistemas onde atua. Entre as principais iniciativas, destaca-se o Bicho à Vista, aplicativo desenvolvido para ampliar o registro de avistamentos de animais silvestres. A ferramenta já contabiliza mais de 5.000 registros nas operações da empresa em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia, incluindo espécies ameaçadas de extinção.

Integrado ao Programa de Monitoramento da Biodiversidade da companhia, o Bicho à Vista permite que colaboradores registrem animais em tempo real, gerando dados inéditos que complementam os estudos técnicos realizados com armadilhas fotográficas e gravadores autônomos. Esses registros fazem parte do Programa de Avistamento de Fauna e, desde sua implementação, já resultaram em mais de 5 mil avistamentos nas operações da Bracell na Bahia e em São Paulo. Na Bahia, foram identificadas 62 espécies — sete delas ameaçadas — e, em São Paulo, 113. As informações reunidas por meio do aplicativo vêm sendo utilizadas para apoiar o planejamento das atividades de manejo florestal, com foco na proteção da fauna local.

Segundo Gilberto Ferreira Moraes, gerente sênior de Planejamento Florestal da Bracell em São Paulo, sustentabilidade e inovação caminham juntas, e o aplicativo é um exemplo de como o envolvimento das equipes de campo pode fortalecer a conservação da biodiversidade. “Nosso compromisso com a preservação ambiental e o uso de ferramentas que aproximam e sensibilizam os colaboradores desse propósito comum, reforçam nossa atuação como um agente transformador em busca de um futuro mais equilibrado”, afirma.

O engajamento dos colaboradores é um diferencial para o sucesso da iniciativa com contribuições de equipes diversas, como brigadas de incêndio, setores ambientais, silvicultura, logística e planejamento. “O aplicativo nos ajuda a mapear a fauna com mais precisão, inclusive em áreas onde não há acompanhamento sistemático. O diferencial do Bicho à Vista é que qualquer colaborador pode participar. Ele não substitui os estudos técnicos, mas complementa de forma significativa os monitoramentos sazonais”, destaca Gilberto.

Preservar para transformar

A proteção da biodiversidade está no centro da Agenda Bracell 2030, estratégia de longo prazo para a sustentabilidade que reúne 14 metas estruturadas nos pilares: Ação pelo Clima, Paisagens Sustentáveis e Biodiversidade, Promovendo Crescimento Sustentável e Empoderando Vidas. Entre as metas estão o apoio à conservação de 230 mil hectares de vegetação nativa, o estímulo à pesquisa com foco em conservação da biodiversidade e a ampliação de áreas certificadas para a soltura de animais silvestres.

Uma das principais iniciativas que traduzem essa visão é o Compromisso Um-Para-Um, que estabelece que, para cada hectare de eucalipto plantado pela Bracell, outro hectare de vegetação nativa deve ser conservado. Lançado em 2022, o programa já atingiu 92% de sua meta e está presente em três biomas brasileiros — Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga — com atuação nos estados de São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul.

No Mato Grosso do Sul, a Bracell apoia a conservação de mais de 116 mil hectares em áreas de alta relevância ecológica, como os Parques Estaduais das Nascentes do Rio Taquari e do Pantanal do Rio Negro. A atuação integra ações de prevenção de incêndios e fortalecimento da governança ambiental. O objetivo é promover não apenas a proteção de espécies e habitats, mas a construção de soluções duradouras, em diálogo com o poder público e com as necessidades específicas de cada território.

Outro exemplo do compromisso da Bracell com a biodiversidade é a parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, que resultou no plantio de mais de 61 mil mudas nativas em uma área estratégica da Cuesta de Botucatu (SP). A ação favorece a regeneração da fauna local e contribui para a melhoria da qualidade da água e o equilíbrio climático, beneficiando duas importantes microbacias da região.

Para João Augusti, gerente de Sustentabilidade da Bracell, é esse compromisso com o longo prazo que orienta as ações da empresa. “A biodiversidade não é um ativo da companhia, é um patrimônio coletivo. Nosso papel é contribuir para sua proteção com responsabilidade, consistência e respeito pelos territórios onde atuamos. Ao investir em ciência, tecnologia e parcerias, ampliamos o alcance das nossas ações e ajudamos a construir paisagens mais equilibradas e resilientes”, afirma.

Sobre a Bracell

A Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com

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Suzano registra a maior receita líquida para um primeiro trimestre na história

Resultado reflete câmbio e produção de novas fábricas no MS e nos Estados Unidos

Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, divulga hoje o balanço referente ao primeiro trimestre de 2025 (1T25) com um novo recorde histórico de receita líquida para o período. As vendas totalizaram R$ 11,6 bilhões, alta de 22% em relação a igual período de 2024. O antigo recorde entre janeiro e março havia sido registrado em 2023, com vendas de R$ 11,3 bilhões.

O resultado foi impulsionado principalmente pelo câmbio mais favorável às exportações, pelo aumento do volume de vendas de celulose proporcionado pela nova fábrica de celulose construída em Ribas do Rio Pardo (MS), que iniciou suas operações em julho de 2024, e pelo efeito positivo em volumes e preços do negócio de papéis com a aquisição de fábricas de papelcartão nos Estados Unidos, concluída ao final de 2024. Houve, por outro lado, grande concentração de paradas para manutenção no trimestre, incluindo as linhas de produção das unidades de Três Lagoas (MS), Mucuri (BA) e Aracruz (ES), além da primeira parada programada da Unidade Ribas do Rio Pardo.

As vendas superaram 3 milhões de toneladas, um crescimento de 12% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Foram comercializadas 2,7 milhões de toneladas de celulose e 390 mil toneladas de papéis, com alta de 10% e 25%, respectivamente, em igual base de comparação.

O EBITDA ajustado atingiu R$ 4,9 bilhões no trimestre, alta de 7% em relação a igual período de 2024. A geração de caixa operacional totalizou R$ 2,6 bilhões, expansão de 5% na mesma comparação. Na última linha do balanço, o resultado foi positivo em R$ 6,3 bilhões, influenciado pelo impacto contábil da variação cambial na dívida e nas operações de hedge em moeda estrangeira.

“Nosso time entregou mais um trimestre de forte performance, com todos os nossos principais indicadores dentro do planejado”, afirma o presidente da Suzano, Beto Abreu. “Embora a direção da nossa estratégia permaneça inalterada, diante da crescente incerteza macroeconômica global, estamos intensificando o foco em aumentar nossa competitividade e nossa resiliência, de forma a garantir uma condição de geração livre de caixa positiva em qualquer cenário de preço ou câmbio. Nossa disciplina estratégica tem também o objetivo claro de reduzirmos nossa alavancagem ao longo do ano”, completa o executivo.

Em dólares, a relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado terminou o trimestre em 3 vezes. No período, a Suzano destinou R$ 2,2 bilhões ao pagamento de juros sobre capital próprio para seus acionistas e investiu R$ 3,6 bilhões em manutenção, modernização e expansão da sua base de ativos.

Sobre a Suzano 

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Bracell impulsiona crescimento no interior do estado de São Paulo

Empresa se destaca por ações de empregabilidade e qualificação por meio dos cursos ofertados gratuitamente pela companhia

A Bracell, uma das maiores produtoras de celulose solúvel do mundo, reforça seu protagonismo econômico no interior com investimentos expressivos no Centro-Oeste Paulista, com sua unidade fabril em Lençóis Paulista e operações florestais na região. Segundo dados recentes da Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo, realizada pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), nos últimos 12 meses houve um crescimento em investimentos industriais na região de Bauru, onde a Bracell lidera a expansão industrial regional, contribuindo significativamente para o crescimento econômico e a geração de empregos.

O investimento, majoritariamente destinado à ampliação de suas operações, fortalece a cadeia produtiva e impulsiona o desenvolvimento de Lençóis Paulista e municípios da região.  Atualmente, a empresa conta com 9 mil colaboradores diretos e indiretos na unidade de Lençóis Paulista e demais regiões do estado de São Paulo.

No estado, o setor de celulose e papel, potencializado pela atuação da Bracell, é um dos destaques desse crescimento.

A maior parte deste montante foi destinada à construção da sua nova fábrica de papel tissue (Bracell Papéis), localizada também em Lençóis Paulista. A unidade, focada na produção de papéis sanitários como papel higiênico e papel toalha, amplia a diversificação das operações da empresa e fortalece sua presença no mercado de bens de consumo. Ao todo, a companhia investiu R$ 2,5 bilhões na Bracell Papéis.

Empregabilidade e capacitação

SUPORTE – Além da geração de empregos diretos e indiretos, empresa promove diversas iniciativas de capacitação profissional para a região (Foto: Divulgação)

No ano passado, o setor de indústria de celulose e papel em Lençóis Paulista registrou um saldo positivo de 373 empregos, o que corresponde a cerca de 13% das 2.871 novas vagas do segmento criadas em todo o estado de São Paulo, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Esses números evidenciam a relevância das contratações realizadas pela Bracell no município, consolidando Lençóis Paulista como um dos polos estratégicos para o crescimento do setor no estado.

Em 2023, o município de Lençóis Paulista acumulou um saldo positivo de empregos formais, o que elevou a cidade à 15ª posição no estado.

Além da geração de empregos diretos e indiretos, a empresa promove iniciativas de capacitação profissional, desenvolvimento comunitário e adoção de práticas sustentáveis em suas operações. Programas como o Bracell Social têm beneficiado milhares de pessoas, qualificando profissionais e fomentando o crescimento de pequenos empreendedores locais.

Em 2024, os cursos de formação realizados pela companhia, contemplaram diversas áreas relacionadas à indústria: colheita florestal, transporte de madeira, manutenção automotiva, malha viária e carregamento de madeira. Ao todo, mais de 7 mil pessoas entre colaboradores e comunidade foram qualificadas gratuitamente por meio dos cursos realizados em parceria com instituições de ensino e empresas especializadas, como Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte), SENAI, SEST/SENAT, entre outros. O objetivo da empresa com essas ações é ofertar os cursos para que as pessoas possam buscar novas oportunidades profissionais.

A companhia tem como um de seus valores apoiar as comunidades onde atua. Cerca de 27 municípios já foram atendidos por meio de projetos apoiados pelo Bracell Social, totalizando mais de 76 mil pessoas impactadas em São Paulo.

Manoel Browne, diretor de Relações Institucionais da Bracell, destacou a relevância dessas iniciativas para o desenvolvimento da região, proporcionando novas oportunidades aos profissionais. “A empresa tem como um de seus valores Pessoas. Por meio das capacitações, criamos oportunidades de crescimento profissional e, claro, unimos forças com outras empresas para contribuir com o desenvolvimento econômico do interior paulista”, disse.

Bracell 2030

Comprometida também com o desenvolvimento sustentável, a Bracell adota as melhores práticas socioambientais e éticas, refletidas em sua agenda Bracell 2030. O plano reúne 14 metas ambiciosas a serem atingidas, com destaque para a redução das emissões de carbono, a promoção da biodiversidade e o fortalecimento das comunidades, evidenciando o compromisso contínuo da empresa com impactos positivos para o meio ambiente e a sociedade.

“A Bracell acredita que esse comprometimento é essencial para um futuro melhor para todos e está confiante de que, com o envolvimento de toda a equipe, conseguirá alcançar resultados positivos e consistentes”, enfatiza Browne.

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Moradores da Resex Arióca Pruanã, no Pará, recebem oficinas sobre cadeias produtivas e quintais agroflorestais

Iniciativa de fomento à novascadeias de valor da sociobiodiversidade e quintais agroflorestais integra a agenda do projeto ‘Valorização da Floresta’. Após as oficinas, foram selecionadas 30 famílias para participar da ação de implantação e/ou melhorias de quintais agroflorestais na unidade de conservação

Moradores da Reserva Extrativista Arióca Pruanã, no município de Oeiras do Pará, região do Marajó, receberam nos dias 2 e 3 de maio, duas oficinas de fomento a novas cadeias de valor da sociobiodiversidade e quintais agroflorestais. A iniciativa faz parte do projeto ‘Valorização da Floresta’, realizado pelo Instituto Floresta Tropical Johan Zweede (IFT), e visa a implantação e/ou enriquecimento dos quintais agroflorestais das famílias para estimular a segurança alimentar e nutricional e a comercialização de produtos florestais não madeireiros na unidade de conservação.

As atividades aconteceram na comunidade Deus Proverá, utilizando as infraestruturas do acampamento do Projeto Vitória Proari e no barracão da Associação de Moradores da Reserva Extrativista Arióca Pruanã (Amoreap). Na sexta-feira, 02/05, ocorreu a oficina Cadeias de Valor de Produtos da Sociobiodiversidade; no sábado, 03/05, foi realizada a oficina sobre Sistemas Agroflorestais (SAF’s) e Quintais Produtivos.

 “Com a prospecção de novas cadeias de valor, essa iniciativa pretende entender quais são os potenciais que essas comunidades têm para o desenvolvimento de novos produtos florestais não madeireiros, além da madeira e do açaí, que são muito fortes nesse território. As oficinas visam fomentar outras cadeias que sejam interessantes para as comunidades, pensando também no acesso a novos mercados”, afirma Marcelo Galdino, vice-secretário executivo do IFT.

Durante dois dias, as oficinas reuniram cerca de 30 participantes, de várias comunidades da Resex. Segundo Galdino, um dos desdobramentos das atividades foi a seleção de 30 famílias para participar da ação de implantação e/ou melhorias de quintais agroflorestais. As formações, ministradas pela equipe técnica do IFT, são uma oportunidade de apresentar na prática as técnicas de trabalho de sistemas agroflorestais aos moradores da Resex.

Os SAFs são sistemas produtivos que unem, no mesmo espaço, espécies florestais, frutíferas, e alguns casos animais, de importância econômica, alimentar, cultural e ecológica. Por meio de intervenções controladas e tratos específicos, as espécies passam a se relacionar com vantagens mútua, em termos de nutrientes, solo, clima e sombreamento.

Paula Vanessa, gerente de Sociobiodiversidade e Bioeconomia do IFT, explica que a próxima etapa do projeto será a instalação dos quintais agroflorestais nas casas das famílias selecionadas na Resex. Para isso, antes serão realizadas entrevistas e o mapeamento participativo desses locais. “O objetivo da próxima etapa é conhecer essas famílias, saber o perfil delas, identificar o que existe nesses quintais, o que já existe de espécies e quais outras espécies eles desejam cultivar. Com essas informações, vamos compreender a logística para chegar nessas casas, o que será fundamental na etapa de planejamento da instalação”.

Protagonismo das mulheres

Vanessa ressalta que os quintais agroflorestais são uma excelente estratégia para pequenos produtores, por agregar segurança alimentar e nutricional à preservação ambiental dos territórios.  “Os quintais produtivos, que são o foco do projeto, já fazem parte da realidade dessas comunidades, pois são áreas que, especialmente as mulheres, mantêm tradicionalmente no entorno das casas. Por isso, é importante destacar o protagonismo delas na execução desse projeto”.

Para a manejadora extrativista Merilene Pantoja, moradora da comunidade São Pedro, as oficinas sobre SAFs são uma possibilidade de fomentar e fortalecer a agricultura familiar na unidade de conservação. “Esse tipo de atividade é muito importante para a nossa comunidade, pois envolve várias famílias. Aprender sobre cultivar os quintais produtivos de maneira planejada é fundamental tanto para o crescimento da nossa produção como para o nosso consumo no dia a dia”, afirma. 

Valorização da Floresta

As oficinas de fomento à novas cadeias produtivas e quintais agroflorestais, fazem parte da agenda do projeto ‘Valorização da Floresta’. Iniciado em outubro de 2023, o projeto tem a finalidade de fortalecer o manejo florestal sustentável nas Reservas Extrativistas Arióca Pruanã e Mapuá, no Pará.

A iniciativa integra o projeto Sustenta Bio – aliança pelo fortalecimento das economias da sociobiodiversidade em áreas protegidas, realizado pelo ICMBio, Vale e Fundo Vale em parceria com outras organizações que atuam na Amazônia. O projeto, financiado pelo Fundo Vale, prevê a estruturação da produção madeireira local, a promoção de novas cadeias da sociobiodiversidade e o fortalecimento dos planos de manejo florestal comunitários nas unidades de conservação atendidas.

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Setor de base florestal paulista empregou 162.280 pessoas em 2023

Setor desempenha um papel importante no desenvolvimento sustentável do país, com foco na produção de madeira, celulose e outros produtos florestais

O estado de São Paulo se destaca como um dos principais polos da atividade florestal no país. Em 2023, o setor empregou 162.280 pessoas no estado, o equivalente a 23,3% do total nacional — ou seja, aproximadamente um em cada quatro postos de trabalho da base florestal brasileira está em território paulista. A maior concentração desses empregos ocorreu na indústria de papel, que absorveu 68.758 trabalhadores (42,4% do total estadual), e o setor moveleiro, com 41.603 ocupações (25,6% do total paulista), (fonte RAIS 2023).

Esta força de trabalho está distribuída em mais de 1,3 milhão de hectares de florestas cultivadas em São Paulo, o que representa cerca de 13% da área total de silvicultura no Brasil, com presença em 76% dos municípios paulistas. Os dados demonstram como o setor de base florestal impulsiona a bioeconomia em São Paulo e no país, reafirmando sua relevância para o desenvolvimento socioeconômico em âmbito estadual e nacional.

Empregos gerados no país

Em 2023, o setor de base florestal brasileiro empregou diretamente 696.563 trabalhadores. Essa força de trabalho esteve concentrada em diferentes segmentos do setor, destacando-se a fabricação de móveis, com 195.318 profissionais (28%); a indústria de papel, com 173.040 colaboradores (24,8%); e as atividades de silvicultura e colheita, com 117.038 trabalhadores (16,8%).

Imagem: Dexco.

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Em alta, silvicultura brasileira ganha com avanços tecnológicos para atender demanda global crescente

Automação em florestas plantadas já é realidade no segmento, responsável por movimentar mais de R$ 27 bilhões ao ano. Empresas têm máquinas que garantem maior precisão e produtividade no plantio

O Brasil é líder mundial na exportação de celulose, com um volume de US$ 12,7 bilhões (R$ 72,8 bilhões) em 2024 e o segundo melhor desempenho exportador da última década, de acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ).

O resultado espelha a ascensão da silvicultura, ramo do agronegócio voltado para o fornecimento de matéria-prima obtida por meio de florestas plantadas e que tem ganhado o impulso com novas tecnologias para atender uma demanda global cada vez maior.

“O setor florestal ainda é um dos menos automatizados dentro do agronegócio, mas esse cenário está mudando rapidamente. A escassez de mão-de-obra e a crescente pressão por produtividade têm acelerado a adoção de soluções automatizadas em todas as etapas do manejo florestal”, afirma Marcello Guimarães, fundador da AutoAgroMachines, empresa sediada em Boa Vista (RR) especializada em máquinas inteligentes no campo e na floresta.

Silvicultura: agro sustentável

A silvicultura representa 1,3% do PIB agro brasileiro e movimenta mais de R$ 27 bilhões por ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O segmento é voltado ao cultivo, manejo e aproveitamento sustentável de florestas plantadas, principalmente para a produção de madeira, papel, celulose, biomassa e outros derivados.

Além disso, envolve técnicas específicas para o plantio e conservação de espécies como eucalipto e pinus, garantindo produtividade, preservação ambiental e fornecimento contínuo de matéria-prima para diversas indústrias.

“A operação florestal é bem peculiar, requer determinados equipamentos específicos para a colheita, desde o preparo do solo, desde o plantio”, afirma Marcos Marinho, coordenador de vendas da Komatsu Florestal, multinacional japonesa que está há cinco décadas no país e há quase 30 atuando também com silvicultura.

De acordo com dados da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), elaborada pelo IBGE, o valor de produção da silvicultura e da extração vegetal alcançou, em 2023, um recorde de R$ 33,7 bilhõescom aumento de 11,9% em relação ao ano anterior.

Para 2025, as projeções indicam um cenário ainda mais promissor. A demanda global por produtos renováveis e práticas sustentáveis tende a crescer, o que deve impulsionar o setor florestal brasileiro, com destaque para florestas de mogno africano, que apresentam grande potencial para investimentos.

“Hoje a florestal está em tudo, na roupa que você esté vestindo, na cadeira em que você está se sentando, na alimentação que você tem, porque não é só celulose, não é so serraria, a nanocelulose está em tudo. Então é um ramo que justifica todo e qualquer tipo de investimento”, diz Marinho.

Plantadeira capaz de plantar 600 mudas de árvores por hora é uma das novidades da Agrishow 2025 — Foto: Divulgação/ Komatsu

Plantadeira capaz de plantar 600 mudas de árvores por hora é uma das novidades da Agrishow 2025 — Foto: Divulgação/ Komatsu

Capacidade e otimização de tempo

Nesse cenário de crescimento acelerado, a tecnologia tem desempenhado um papel importante para otimizar a produção. Na Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo, que se encerra nesta sexta (02), em Ribeirão Preto (SP), a Komatsu apresenta uma plantadeira automatizada de florestas capaz de realizar quatro operações em um só processo: formação da bacia, plantio da muda, adubação e irrigação.

A PC240 Planter carrega quase 2 mil mudas de uma só vez, além de 900 quilos de fertilizantes e tem um reservatório para 6,1 mil litros de água, o que reduz as paradas para reabastecimento. Em uma hora, o equipamento tem a capacidade de plantar 600 mudas, o triplo do que outras tecnologias produziam antes.

Segundo Marinho, tecnologias como essas, focadas no plantio, ainda estão se consolidando, mas o Brasil é uma referência mundial. “Ele na sua essência já é avançado porque faz o plantio, coisa que a gente não tinha até três, quatro anos atrás. (…) Ele consegue entregar uma produtividade”, diz.

Além disso, a máquina, embarcada com tecnologias de georreferenciamento e controle de dados, é projetada tanto para áreas planas quanto para terrenos com até 19 graus em declive. “Hoje a florestal na sua maioria trabalha em condições de topografias acima de 10 graus. (…) Estava faltando e essa máquina veio pra fechar essa lacuna.”

Precisão, geolocalização de mudas e alta produtividade

Na empresa do Marcello, uma das inovações mais promissoras é um robô de plantio que garante alta precisão e reduz os erros durante a aplicação de mudas. A tecnologia incorporada a uma das máquinas da empresa já conta com patentes no Brasil, Estados Unidos e Índia e é programada para evitar situações comuns como mudas inclinadas ou com substrato exposto e que comprometem o desenvolvimento da floresta.

“Estamos desenvolvendo máquinas autônomas para irrigação, adubação, inventário florestal e análise da saúde das mudas, tudo integrado por inteligência artificial.”

Outra capacidade desenvolvida é o registro de geolocalização de cada muda plantada, informação compartilhada com outros equipamentos, permitindo irrigação e adubação de precisão com base em dados reais. Em termos práticos, isso representa um desempenho maior, com o envolvimento de menos pessoas.

Fundador da AutoagroMachines, Marcello Guimarães, e máquina projetada para otimizar plantio de mudas — Foto: Giovani Oliveira/Divulgação

Fundador da AutoagroMachines, Marcello Guimarães, e máquina projetada para otimizar plantio de mudas — Foto: Giovani Oliveira/Divulgação

“Uma equipe tradicional com nove pessoas planta cerca de 0,8 hectare por hora. A Forest.Bot planta até 1,2 hectare por hora com apenas dois operadores e ainda reduz o custo total do plantio em até um terço”, explica o fundador da AutoAgroMachines.

Com autonomia para operar até 20 horas por dia, a máquina garante operações contínuas com logística de apoio já adaptada à rotina de campo. “Ela reduz a exposição de trabalhadores a riscos, diminui o número de equipamentos no campo e garante maior qualidade de plantio. Isso fortalece pilares fundamentais das práticas ESG.”

Apesar de ter sido pensada inicialmente para eucalipto e pinus, a tecnologia também é compatível com outras espécies. Atualmente, a empresa está adaptando a máquina para o plantio de árvores frutíferas como laranja, limão e tangerina.

Informações: G1.

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Veracel divulga o seu Relatório de Sustentabilidade 2024

Conteúdo celebra conquistas nos âmbitos social, ambiental e produtivo. Entre os destaques, a empresa registrou a maior expansão de base florestal da sua história – 3,8 mil hectares – o dobro da área em comparação com o ano anterior

Eunápolis, 29 de abril de 2025 – A Veracel, indústria de celulose com operação na região Sul da Bahia, acaba de divulgar o seu mais recente Relatório de Sustentabilidade. O material reúne as principais conquistas da empresa ao longo de 2024 com relação à agenda ambiental, social e de governança (ASG), bem como os resultados alcançados pela companhia.

Entre os destaques do último ano, a empresa registrou um aumento de 10% de sua produtividade florestal em comparação com 2023. Este resultado se deve em razão de diversas iniciativas planejadas para otimizar as operações da Veracel, como o aumento do aproveitamento de mudas no viveiro, a implementação de novas tecnologias e a inauguração de um viveiro de pesquisa exclusivo para avanços em melhoramento genético das plantações de eucalipto da companhia.

Também como fruto deste trabalho, a Veracel registrou a maior expansão de base florestal da sua história – 3,8 mil hectares – o dobro da área expandida no ano anterior, além de uma produção de 21 milhões de toneladas de celulose fabricadas desde o início de sua operação fabril, em 2005.

As operações da companhia estão distribuídas entre 11 municípios, com uma área certificada de 203,7 mil hectares, sendo 90,6 mil hectares de área produtiva e 25,4 mil hectares em que os parceiros florestais da Veracel atuam, com um hectare de mata nativa mantido pela empresa para cada hectare de eucalipto plantado. Todos os procedimentos da companhia são amparados por certificações internacionais.

“Reafirmamos, de forma cada vez mais consistente, nosso compromisso com uma atuação sustentável, pautada pelas melhores práticas de gestão, pela preservação ambiental e pela construção de relações sólidas e duradouras com as comunidades do entorno”, destaca Caio Zanardo, diretor-presidente da Veracel.

Destaques ambientais

Na área ambiental um dos grandes destaques foi a condução de um estudo e parceria com a Universidade Federal do Sul da Bahia que mapeias as origens de amostras de resíduos plásticos encontrados nas praias do entorno do Terminal Marítimo de Belmonte (TMB), por onde a companhia realiza o transporte marítimo de sua celulose. A iniciativa apoia estudos sobre a incidência de lixos nas praias da Bahia, além de ser uma forma de entender como os impactos climáticos podem impactar as correntes marítimas pela forma com que carregam estes itens às praias. Como parte desse projeto, a companhia retirou 140kg de lixo plástico em praias do Extremo Sul baiano, que foram devidamente catalogados e direcionados para a reciclagem.

A empresa ainda reciclou mais de 50 mil toneladas de resíduos industriais em 2024. Vale destacar que, nos últimos 12 anos, a Veracel aumentou em quase 30% o índice de reciclagem de seus resíduos.

Outro destaque importante foi a restauração de 411,06 hectares de floresta nativa no Sul da Bahia durante o ano de 2024 por meio do Programa Mata Atlântica (PMA) da Veracel, uma iniciativa que desde 1994 tem, como meta, a restauração anual de 400 hectares e já contribuiu com o plantio de mata nativa em mais de oito mil hectares desde o seu início. 

Gestão de pessoas e investimentos sociais

Em 2024, a Veracel foi considerada, pelo sétimo ano consecutivo, como uma das Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, segundo a certificação da consultoria internacional Great Place to Work (GPTW), especializada em avaliar a qualidade e atributos dos ambientes de trabalho das corporações. Este reconhecimento é resultado de uma avaliação abrangente da percepção dos colaboradores sobre o clima organizacional e as práticas de gestão de pessoas da empresa.

O ano também foi marcado por um aumento de 34,2% de representatividade feminina na liderança da Veracel, um exemplo de um resultado direto das ações de mentoria, de capacitação, desenvolvimento de carreiras e diversas outras iniciativas em prol da diversidade que têm sido implementadas pela empresa nos últimos anos.

Outro marco importante foi o investimento de cerca de R$10 milhões em programas sociais junto as comunidades da região de operação da empresa. Um apoio que beneficiou diretamente 1.661 famílias em programas de apoio e desenvolvimento da agricultura familiar durante o ano de 2024.  

A Veracel também busca manter um relacionamento sólido e rotinas de diálogo permanente com as 34 comunidades indígenas localizadas no entorno de suas operações. Ao longo de do último ano, quase 6 mil alunos e professores destas comunidades foram beneficiados pelo Programa Educação é Vida da Veracel, que há 14 anos estimula os estudos dos jovens com a doação de kits escolares com itens como caderno, lápis, caneta e régua.

A companhia apoia 20 colônias e associações de pescadores da região de Belmonte, em seu compromisso com a comunidade de pesca artesanal do entorno do TMB. Em 2024 a empresa doou 1.391 kits de salvatagem para as comunidades e associações de pescadores locais, além de ter apoiado a reforma da Sede da Associação de Pesca de Santo Antônio, no município de Cabrália e elaborado o Projeto de Reconstrução do PIER de Santa Cruz, previsto para 2025.

“O Relatório de Sustentabilidade é um registro da nossa atuação, pautada pela inspiração em construir um futuro melhor para todas as pessoas de nossa empresa e comunidade, assim como pelo desejo em gerar oportunidade e desenvolvimento em todo o nosso território de atuação”, finaliza Zanardo.

Estes e outros destaques podem ser consultados pelo site da empresa clicando aqui

Destaques dignos de orquestra

Para comunicar os resultados do Relatório de Sustentabilidade de 2024, a Veracel apostou em uma novidade que tem como premissa valorizar a cultura nordestina e suas raízes como empresa baiana. A companhia firmou uma parceria com o Instituto Ecoar — organização que já conta com o apoio da Veracel via leis de incentivo para ensinar música clássica para jovens das comunidades do Sul da Bahia — para apresentar os destaques do relatório de forma musical.
 

Por meio da orquestra do Instituto, toda formada por jovens locais, a companhia traz, em um vídeo de pouco mais de quatro minutos, as principais conquistas do ano de 2024 cantadas em um repente — formato musical de raízes tipicamente nordestinas com base no improviso cantado. Na voz dos músicos Orlando Alves e Marcinho do Acordeon, a melodia passa pelos principais resultados conquistados pela empresa ao longo do ano, valorizando a produção de celulose feira pela Veracel da Bahia para o mundo.

A utilização do repente, uma forma musical tradicional do Nordeste, tem como objetivo também valorizar a cultura regional, trazendo um elemento autêntico da música popular nordestina para comunicar de maneira criativa e envolvente os resultados da empresa. Com essa abordagem, a Veracel reforça sua conexão com o Nordeste e celebra as conquistas empresariais de uma maneira única, celebrando ao mesmo tempo a identidade cultural da região. O vídeo pode ser acessado pelo YouTube da companhia.

Sobre a Veracel

A Veracel Celulose é uma empresa de bioeconomia brasileira que integra operações florestais, industriais e de logística, que resultam em uma produção anual média de 1,1 milhão de toneladas de celulose, gerando mais de 3,2 mil empregos próprios e de terceiros, na região da Costa do Descobrimento, sul da Bahia e no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Além da geração de empregos, renda e tributos, a Veracel é protagonista em iniciativas socioambientais no território. A consultoria Great Place to Work (GPTW) validou a Veracel como uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil pelo 6º ano consecutivo.

Além dos mais de 100 mil hectares de área protegida ambientalmente, é guardiã da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural de Mata Atlântica do Nordeste brasileiro.

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