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10 previsões para o setor florestal em 2025

*Artigo por Marcelo Schmid

Tenho bola de cristal? Não, mas no Grupo Index estamos em contato diário com muitas empresas, dados e tomadores de decisões, o que nos credencia a “arriscar” alguns palpites sobre a economia, ambiente de negócios e tendências de mercado. 

Se iremos acertar? Não sei, pois a economia e o mundo dos negócios são dinâmicos, tudo muda dia após dia, por isso mesmo em dezembro de 2025 irei revisitar esse artigo e avaliar as bolas dentro e fora! 

Quero muito ler os seus comentários sobre os itens a seguir! Será que vamos acertar na mosca, ou passaremos longe?

Boa leitura!  

  1. A economia vai ajudar ou atrapalhar?

Segundo a Fundação Dom Cabral, a inflação continua a impactar o crescimento de diversas economias globais, especialmente as mais avançadas. A previsão é que o crescimento mundial seja de 3,0% ao ano em 2025. 

No Brasil o cenário não é diferente: o ano de 2025 deve ser um ano de desaceleração, quando provavelmente teremos inflação maior que 2024 (acima dos 5%), o que levará ao aumento da taxa básica de juros e redução de produção e consumo. O Copom já sinalizou a possibilidade de dois aumentos consecutivos, com isso, a taxa Selic deve estar situada entre 14% e 15% já no início de abril.

Diante desse cenário, espera-se um crescimento econômico modesto para este ano: O Boletim Focus, do Banco Central, projeta um crescimento do PIB de cerca de 2%.

O dólar tende a permanecer acima dos seis reais, com perspectiva de aumento diante de possíveis  políticas de fortalecimento da moeda americana a serem adotadas no governo de Donald Trump. A taxa de câmbio (R$/US$) afetará o preço dos insumos (e da atividade florestal) porém, favorecerá o valor das commodities brasileiras no comércio exterior, com destaque à menina dos olhos da cadeia produtiva de base florestal, a celulose.

  1. Diante desse cenário econômico, como ficará o ambiente de negócios no setor florestal?

No Brasil, a desaceleração da economia aliada à desconfiança do mercado investidor quanto às medidas políticas adotadas (sobretudo na área fiscal) deverá piorar o ambiente de negócios. O aumento da taxa Selic irá impactar no custo de capital das empresas, ao tornar o crédito mais caro. Com isso, as empresas alavancadas ou aquelas que planejavam realizar novos investimentos terão que buscar alternativas para financiar seus novos projetos.

O investimento em florestas deverá ser afetado? Com os juros mais altos, o investimento em renda fixa torna-se competitivo frente ao retorno prometido pela floresta. Os fundos de investimento, naturalmente, manterão sua atividade, pois a madeira é parte da estratégia do portfólio, mas deverão procurar ativos florestais que prometam maior rentabilidade

Porém, o cenário é prejudicial para os pequenos produtores. Devido à baixa escala, tais produtores têm custo marginal maior e retornos menores, logo, o investimento em renda fixa se torna uma opção mais atrativa. Não esperamos que em 2025 essa categoria de investidor se empolgue com florestas, pelo contrário, o processo de conversão de áreas florestais em outros usos deverá continuar. 

As empresas de base florestal, por fim, precisam de matéria-prima e, à medida que pequenos e médios produtores se afastam do mercado e reduzem a disponibilidade de madeira spot, precisam investir em florestas, gerando mais verticalização e concentração da produção de madeira no Brasil, ou ainda, buscar parcerias com fundos de investimento (se conseguirem oferecer rentabilidade atraente…).

  1. Diante da situação econômica global, como será o mercado de madeira?

Não temos dúvida que o consumo de fibra de madeira continuará a crescer em longo prazo. Segundo a FAO, a demanda por produtos de madeira sólida e fibra celulósica, em substituição a materiais não renováveis, pode aumentar para 272 milhões de m³ até 2050. Já o uso de madeira para energia deverá aumentar dos atuais 1,9 bilhões de m³ para 2,7 bilhões de m³.

Porém, avaliando o comportamento de mercado dos principais players mundiais (e daqueles que afetam as exportações brasileiras), concluímos que 2025 será um ano de cautela e preparação, onde a grande tônica será entender os efeitos que os Estados Unidos poderá causar no comércio internacional de madeira, considerando as ameaças de taxação feitas pelo presidente Donald Trump, ainda em campanha.

A implementação da EUDR (legislação anti-desmatamento da Europa), a partir de dezembro deste ano, deverá afetar os países exportadores de madeira, pois o continente europeu é um dos grandes players deste mercado.

  1. E então como ficam as exportações dos produtos de base florestal?

Sem sombra de dúvidas, uma das maiores preocupações da indústria brasileira de produtos florestais voltados à exportação é a política de comércio exterior a ser adotada pela gestão de Donald Trump à frente dos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo em que novas taxas de importação deverão ser criadas (cumprindo a promessa de campanha do presidente), espera-se uma melhoria no mercado de construção civil do país. Especialistas apontam que o número de housing starts deverá ter um crescimento de 11% e isso é bom para o mercado nacional de madeira sólida e compensados de pinus.

No caso da Europa, conforme já destacado, a adequação à norma antidesmatamento (EUDR) será a tônica. Entendemos que para o Brasil isso pode ser uma vantagem competitiva, uma vez que grande parte dos produtos de origem florestal exportados são oriundos de florestas plantadas. 

E a celulose? No segundo semestre de 2024, o preço da commodity sofreu queda tanto na Europa quanto na China, porém, especialistas apontam que em 2025 haverá aumento de preço a partir da metade do ano. Considerando que a taxa de câmbio será extremamente benéfica às exportações, o cenário de 2025 é favorável para as empresas brasileiras.

  1. A importância do uso da madeira para energia crescerá

Nos últimos anos, o Grupo Index tem trabalhado intensamente em projetos voltados ao abastecimento de operações industriais com biomassa florestal. O mais interessante é que temos sido demandados por muitas empresas de fora do setor de base florestal: agronegócios, indústrias de alimentos, energia, cimento e indústrias químicas.

Mesmo com o grande desafio da disponibilidade de matéria-prima e dificuldade em competir com os grandes players, em 2025 esse negócio continuará a crescer. Existe forte demanda por biomassa na região centro-oeste, por conta das empresas do agronegócio, e no sudeste e sul, regiões bastante industrializadas, se observa um movimento forte de conversão de uso de fontes de energia fósseis para fontes renováveis em diversas fábricas.

Ainda sobre o uso energético da madeira, o Grupo Index tem desenvolvido uma série de estudos em Minas Gerais e observado uma retomada gradual do mercado de carvão vegetal, a qual acreditamos que se manterá ao longo de 2025, incentivada por fatores interno e externos, entre eles o imposto de importação criado para produtos de aço no Brasil.

  1. Teremos novidades vindas da indústria de celulose (“o urso”) ?

Como todos os anos, as novidades do segmento de celulose sempre são as mais esperadas, afinal, nenhuma outra indústria no setor é capaz de movimentar cifras tão expressivas! 

Quando se fala em produção de celulose no Brasil é difícil de não criar uma associação imediata com seu principal estado produtor, Mato Grosso do Sul, que em 2024 esteve muito movimentado: startup da nova fábrica da Suzano, em Ribas, anúncio da nova fábrica da Bracell, em Água Clara e continuidade das obras da nova fábrica da Arauco, em Inocência.

Como o consumo mundial de celulose continua a crescer linearmente, o interesse da indústria em expandir no Brasil permanecerá. Mas onde? Será que MS ainda tem espaço para novos projetos?

Grupo Index acredita que em 2025 teremos novidades na indústria de celulose sim, porém em outros estados. Temos alguns candidatos com características interessantes, porém severas limitações. Analisando o “pacote” completo de vantagens e desvantagens de cada um, Minas Gerais surge como candidato à “bola da vez”.

  1. Mas se teremos expansão, haverá madeira para todos?

Mesmo com um crescimento econômico mais moderado, a demanda mundial e nacional por madeira continuará a crescer e a questão que tanto nos incomoda há muitos anos se mantém: de onde virá a madeira? Citamos aqui as palavras de um dos grandes gurus de nosso setor, Nelson Barboza Leite: “o tempo não espera e os estoques de salvamento já se esgotaram. (…) em 2025 os gritos de alerta voltarão com mais veemência!”.

Fala-se da expansão do setor de base florestal para novas fronteiras, estados sem tradição florestal. Será? Talvez, mas para atender a demandas específicas regionais, como o agronegócio na região centro-oeste, sobretudo Mato Grosso e Goiás

E no resto do país, como plantaremos mais florestas considerando o elevado custo da terra e o esperado aumento dos custos de silvicultura? Acreditamos fortemente que a melhor forma de expansão é em cima daquele hectare que já está pago, ou seja, aumentando a produtividade média das florestas, e isso ganhará força entre as empresas em 2025.

Não podemos aceitar que o incremento médio anual das florestas brasileiras permaneça estagnado ou até mesmo em declínio. Aumentar a produtividade será uma tônica do setor a partir deste ano!

  1. Veremos a mecanização se tornar cada vez mais acessível e necessária

A tecnologia continuará sendo uma tendência em 2025. Tendências surgem a partir de drivers, acontecimentos que geram um novo comportamento no mercado. Em nosso setor florestal, temos dois drivers recentes que fomentam a tendência tecnológica: o aumento de custos e a escassez da mão de obra.

mão de obra se tornou peça chave no setor, pois é um recurso cada vez mais escasso (em todos os níveis) e é um item de custo significativo na silvicultura. Portanto, em 2025 veremos as empresas buscarem mais mecanização, criando oportunidade para empresas de maquinário e tecnologia florestal.  

mecanização da silvicultura, antes restrita a grandes empresas, se tornará mais acessível, com a expectativa de maior concorrência entre os fornecedores de máquinas com novas soluções tecnológicas, a exemplo do que ocorreu com a mecanização da colheita.

  1. O Brasil se consolidará como o grande produtor mundial de carbono florestal de alta qualidade

Com o crescente interesse global em soluções baseadas na natureza e a busca por compensações de emissões, aliado ao fato de que a próxima Conferência das Partes (COP) será realizada no Brasil, 2025 será um ano crucial para os projetos florestais voltados à geração de créditos de carbono de alta qualidade.

Se fomos capazes de criar conhecimento silvicultural e uma cadeia produtiva voltada à produção de fibra de pinus e eucalipto, somos plenamente capazes de criar uma cadeia produtiva voltada à produção de carbono em florestas nativas. Em 2025 veremos, portanto, as empresas se especializarem na “silvicultura do carbono”. 

Naturalmente, temos que resolver alguns desafios, como a questão da credibilidade dos projetos, maculada por empresas mal intencionadas ou aventureiras. A busca por tecnologias como blockchainpara garantir a transparência e a rastreabilidade dos créditos será uma tendência crescente em 2025.

Por fim, neste ano veremos o início da regulamentação do mercado de carbono no Brasil (Lei 15.042/24), outro movimento crucial para consolidar o país como líder nesse setor.

  1. Em 2025 o Grupo Index continuará a trabalhar para ser a empresa mais desejada do mercado

Em 2025 o Grupo Index completa 54 anos de uma história que acompanha o desenvolvimento do próprio setor florestal. Em seu início, na década de 70, não falava-se em grandes indústrias de celulose, em sustentabilidade, carbono e tecnologia, mas ao longo dessas décadas o Grupo Index soube crescer organicamente para se adaptar às tendências e demandas de seus clientes. Criamos diferentes negócios e empresas especificamente voltadas para cada dor do mercado de base florestal e de outros mercados.

Estamos cada vez mais organizados em termos estruturais, com clientes satisfatoriamente atendidos em várias regiões do Brasil e em diferentes países da América Latina e Europa.

Observando o fluxo de negócios ao longo dos últimos anos, independente do vai e vem da economia, o Grupo Index acredita que em 2025 teremos a continuidade de duas importantes tendências no ambiente de negócios de nosso setor: tecnologia e sustentabilidade

Continuaremos trabalhando fortemente para nos adaptar às tendências e manter o propósito de nossa visão institucional: “Ser a organização mais desejada pelo mercado no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras”.


*Marcelo Schmid é sócio-diretor do Grupo Index, engenheiro florestal, advogado e mestre em economia e política florestal, atua como diretor de negócios para a América Latina da Forest2Market do Brasil, que desenvolve análises de mercado florestal baseadas em dados de transações reais de madeira.

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Exclusivo – A biorrefinaria e o fim do pornô florestal

Artigo de Sebastião Renato Valverde[i], Marcelo Moreira da Costa[ii] e Ricardo de Carvalho Bittencourt[iii]

Recentes visitas em algumas fábricas de celulose, tanto em suas áreas florestais quanto industriais, ficamos perplexos com situações-problemas surreais que, antecipamos, não são privilégios de uma ou de outra, já que são comuns em quase 111,11% delas, variando apenas a intensidade. Primeira perplexidade se deu no campo com relação a quantidade de toretes, com e sem cascas, de tamanho abaixo do padrão que permanecem na área como resíduos florestais. A segunda, no pátio das indústrias, a quantidade de cascas desprendidas e também impregnadas nos toretes e, a terceira, a ociosidade das caldeiras movida àquelas cascas desprendidas, pois as impregnadas seguem contaminando e encarecendo o processo industrial ao exigir quantidade maior de reagentes para a polpação.

No tocante a questão financeira, faz jus detalhar sobre os resíduos no campo, embora reconheçamos a importância ambiental deles conforme abaixo, e sobre a ociosidade da caldeira, haja vista se tratar de indústrias que tem a escala de produção como principal característica – as novas plantas nascem grandes com capacidade de 2,5 milhões de toneladas seca ano (Tsa) se projetando dobrar -.

Especificamente há de se assombrar com o volume de toretes descascados residuais, algo em torno de 3 a 7% do total, diante os custos operacionais incorridos no seu corte como desgalhamento, descascamento e traçamento e também os da sua formação. A título de exemplo, dado que o custo para formação de um m3 da madeira em pé aos sete anos é em torno de US$25,00/m3 e que o operacional (cortar, desgalhar e descascar e traçar) é de US$9,00/m3, somando US$34,00/m3 e que para cada Tsa gasta-se, em média, 4,0m3 de madeira, então: para uma produção de 2,5 mi de Tsa, IMA (Incremento Médio Anual) de 40m3/ha.ano, rotação florestal de 7 anos, compreendendo um volume residual de 14m3/ha e uma área colhida anual de 35.710 ha, resulta num volume total de resíduo de 500.000m3/ano a um valor perdido no campo de US$17.000.000,00/ano. Para nós reles mortais descapitalizados, para não dizer depauperados, vem logo aquele bordão “eu ficaria feliz só com 1% deste prejuízo por ano” que daria US$170k.

Com relação a ociosidade da caldeira de força, ao se considerar que as cascas representam de 10 a 12% do volume da madeira, mas que deste total apenas 1,5% é aproveitado na caldeira, significa que ela poderia gerar, no mínimo, de 6 a 7 vezes mais energia do que tem gerado com as cascas desprendidas. Ou seja, as cascas que sobram no campo faltam nas caldeiras. Como estas são projetadas para uma produção de MWh acima deste volume de 1,5% das cascas, pois se leva em conta possíveis fontes de biomassa das florestas eventualmente sinistradas (queimadas, quebradas por ventos, atacadas por pragas e doenças, etc), acaba que parte do ano sem estas sinistradas ela cogera abaixo do seu potencial obrigando a empresa, para honrar compromissos contratuais, a comprar, quando deveria disponibilizar no grid, energia mais cara no mercado spot a preços do PLD  que varia ao sabor do vento (eólica), do sol (solar) e das chuvas. Logo nos períodos críticos do ano em que o valor do MWh, apesar do Sistema Integrado Nacional (SIN), eleva-se com a estação seca e de menor volume de água nas hidroelétricas. 

Ainda que no cenário atual o preço do MWh (em torno de R$200,00/MWh) esteja abaixo do break even point de R$300,00/MWh quando a partir deste justifica complementar com a compra de resíduos florestais e, ou, de agroindustriais regionais, não procede essa ociosidade, haja vista que necessitam de se manterem operando e que tal ócio poderia ser contornado caso as fábricas fossem abastecidas com madeira com casca (10 a 12%) em vez de sem (1,5%).  Se considerar o valor do MWh nos períodos secos e as tendências de alta neste valor dado possível colapso (blackout) na oferta futura torna-se indefensável tal ociosidade, pelo menos para nós pregadores do tal bordão.

Se isso é histórico e generalizado nas indústrias de celulose o que explica a persistência desta ineficiência e o que tem sido ou deveria ser feito para contornar, ou seja, para aproveitar todas as cascas e resíduos lenhosos sem comprometer a sustentabilidade do processo florestal?

A causa maior disso oriunda do sistema de colheita florestal adotado por este segmento que prioriza o recebimento da madeira sem casca, haja vista o histórico de defeitos que os descascadores industriais apresentavam – coisa do passado – e o mau desgalhamento no campo, sobretudo quando a colheita era semi-mecanizada com motosserra. Diferentemente do segmento consumidor de carvão vegetal (siderúrgico/metalúrgico) que convive pacificamente com as cascas, embora para as metalúrgicas o ideal seria de madeira descascada, zerando a contaminação das ligas e alcançando significativos plus nos preços. Outra hipótese é com relação ao valor do MWh que, há quase três décadas, não valorizava a caldeira de biomassa como se valoriza na caldeira de recuperação dos reagentes químicos.

Assim, no cotidiano das celulósicas generalizou a adoção do sistema mecanizados de colheita da madeira por toretes (Cut-to-Length, CTL), enquanto no das de carvão vegetal, o de fuste inteiro (Full tree, FT), onde são empregadas para o CTL o harvester para corte, desgalhamento, descascamento e traçamento e o forwarder para extração. Já para o FT, o feller-buncher que apenas corta as árvores, as acumulas no seu cabeçote e enfeixa para serem arrastadas pelo skidder.

Dado ao número de operações do harvester em relação ao do feller-buncher e considerando quem ambas apresentam valores de aquisição próximos de US$550.000,00, é óbvio e esperado que o custo operacional do CTL seja maior que o do FT.  Estudos tem afirmado que tal diferença chega à casa de 50%.

Outro ponto a favor da adoção do CTL está relacionado com a instrumentação eletrônica das máquinas já que o harvester e o forwarder possuem uma gama de tecnologias embarcadas a mais que o feller-buncher e o skidder, possibilitando melhor condução, manutenção e controle operacional.

Além disso tem os aspectos ambientais que conferem sustentabilidade do site, sobretudo nas propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos proporcionadas pelos resíduos da colheita do CTL, haja vista as cascas representarem de 10 a 12% da árvore e 25% dos resíduos, enquanto os demais, serapilheira e folhas e galhos, 75%. Embora ela seja importante fonte de nutrientes, no entanto a maior parte deles se concentra nos resíduos mais lábeis (folhas e serapilheira) que se decompõem e mineralizam mais rapidamente para a reposição no solo e reciclagem para a planta.

Uma vez ciente da vital função ambiental das cascas, entende-se que é factível de ser contornado com o volume de serapilheira, folhas e galhos no campo e, se necessário, um trade-off com fertilizantes. Ainda assim, perante a vibe da descarbonização, há razões de sobra para alterar tal cenário (marasmo das caldeiras) mesmo com o preço vil do MWh, quer seja pela substituição energética diante da quantidade maior de biomassa das cascas, sobretudo a custo quase 0800 de colheita e frete, quer pela quantidade a mais de madeira para o processo industrial e quer pelo futuro das indústrias de celulose que se projetam mais como biorrefinarias do que tradicionais fábricas de insumos para a produção de papel.

Em que pese as atuais fábricas terem evoluído bastante – https://www.maisfloresta.com.br/eu-sou-florestal-mais-que-universal/ -, o futuro próximo reserva para elas um céu de brigadeiro, pois se a gaseificação e a fast-pirolise, sonhos de criança há 10 anos, hoje são realidades, então a biorrefinaria está a um passo do paraíso onde, além da celulose e de energias renováveis (bio-óleos e syngás), produzirá produtos químicos tais como furfural, HMF, ácidos, etc, materiais como adesivos, biopolímeros, bioplásticos, fibra de C, hidrogênio verde (H2) e cia Ltda. Da mesma forma que estas indústrias evoluíram quanto aos aspectos ambientais como a redução do consumo de água por tsa e das emissões de efluentes líquidos e gasosos, tudo leva a crer que em breve tais indústrias estarão produzindo biodiesel para abastecerem sua frota de caminhões, tratores e máquinas florestais, garantindo Zero de emissões e 100% de sustentabilidade.

Se o Capex entre as máquinas dos sistemas CTL e FT é igual, próximos de US$550k, e se o Opex (US$13,50 e US$9,00/m3 posto fábrica numa distância média de 150 km, respectivamente), é 50% menor para o FT, nítido a vantagem deste e daí, diante do exposto, crê-se que isso porá em risco a sobrevivência do CTL e com ele a dos harvesters e forwarders e indaga-se de como convencer os CEOs das indústrias pela substituição das máquinas e de qual o futuro dos harvesters e forwardes sendo destronados pelos feller-bunchers e skidders? Eis o mistério da fé florestal dado que para cada tsa de celulose se economiza em torno de US$25,00 por se empregar o FT em vez do CTL.

Enfim, pela lógica da eficiência e eficácia do capitalismo, é provável que o futuro reserve pudor para a madeira e que ela não mais sofrerá a injúria da nudez pública graças à biorrefinaria.


[i] Professor Titular do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), valverde@ufv.br.

[ii] Professor efetivo do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), mmd@ufv.br.

[iii] Mestre e doutorando em Celulose e Papel no Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), ricardo.bittencourt@ufv.br

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Mercado de celulose com previsão de crescimento de 39,7 mil milhões de euros entre 2024 e 2029

O mercado global de celulose deverá crescer 39,7 mil milhões de euros no período entre 2024 e 2029, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 3,8%, segundo o mais recente relatório de análise do setor.

O aumento, diz a technavio, é impulsionado pela crescente procura de materiais de embalagem de papel e pela adoção de práticas sustentáveis em várias indústrias.

Tendências e fatores de crescimento

A produção de celulose a partir de materiais florestais, como madeira, bambu, casca de arroz e palha de trigo, continua a dominar o mercado. O setor tem vindo a adotar tecnologias que utilizam energia renovável para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

A procura por papel de embalagem, papel de escrita e outros produtos derivados tem registado um aumento significativo, em linha com as preferências dos consumidores por materiais biodegradáveis e recicláveis. No entanto, o setor enfrenta desafios relacionados com os custos elevados de produção e preocupações ambientais, sobretudo no que diz respeito à celulose química.

Estima-se que a região da América do Norte contribua com 32% para o crescimento global do mercado durante o período analisado. A crescente procura por embalagens sustentáveis nos setores de alimentos e bebidas, bem como de cuidados pessoais, tem sido um fator determinante.

O fortalecimento da infraestrutura de reciclagem na região, aliado à crescente utilização de matérias-primas alternativas, como bambu e palha de trigo, tem reduzido a dependência de recursos florestais tradicionais, promovendo práticas mais ecológicas e sustentáveis.

A segmentação do mercado de celulose apresenta três principais aplicações. O papel de impressão e escrita continua a ser um dos segmentos mais relevantes, impulsionado pela procura crescente em países como a China, a Índia e a Indonésia. O papel de embalagem destaca-se pela transição acelerada para soluções ecológicas, especialmente no comércio eletrónico e no setor alimentar. Já os produtos tissue e papéis de uso especial, como papel higiénico e toalhas de papel, registam um crescimento constante devido à elevada procura por soluções higiénicas e descartáveis.

Em termos de distribuição regional, a América do Norte apresenta uma forte presença no mercado de papel de embalagem e produtos higiénicos. Na Europa, o foco está nas práticas sustentáveis e no desenvolvimento de alternativas à celulose química. Na região Ásia-Pacífico, países como a China e a Índia lideram o crescimento, impulsionados pela expansão populacional e pela urbanização.

Desafios e inovações

O custo elevado da produção de celulose continua a ser uma preocupação para os produtores, que enfrentam também pressões crescentes para reduzir o impacto ambiental. A inovação no uso de matérias-primas alternativas, como a palha de trigo e o bambu, surge como uma resposta a estes desafios.

A tendência para a utilização de embalagens ecológicas e recicláveis deverá continuar a impulsionar o setor, tornando o mercado de celulose um dos pilares na transição para uma economia mais verde.

Informações: Do Papel.

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Arauco abre 105 vagas de emprego para operação florestal em MS

Oportunidades são para atuação nas cidades de Água Clara, Cassilândia, Inocência e Paranaíba.

Para contribuir com o desenvolvimento das comunidades onde está inserida, a Arauco abriu processo para preencher 105 vagas em Mato Grosso do Sul. As oportunidades são para atuar na operação florestal da empresa, nas cidades de Água Clara, Cassilândia, Inocência e Paranaíba.

O processo seletivo será realizado com o apoio de agências especializadas, como o Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) e a Casa do Trabalhador, nos dias 21 e 23 de janeiro. As seleções ocorrerão em Paranaíba (MS), Selvíria (MS) e Ilha Solteira (SP).

As vagas disponíveis são para as funções de líder florestal (5 vagas), auxiliar florestal (50 vagas) e operador florestal I (50 vagas).

Além das oportunidades de emprego, a Arauco oferece um benefícios aos colaboradores, que incluem plano de saúde (Unimed) e odontológico, vale-alimentação ou refeitório interno, transporte fretado ou alojamento, seguro de vida em grupo, previdência privada, acesso ao Gympass, prêmios de produtividade e assiduidade (mensal e semestral), cestas de Natal e brinquedos, além de material escolar.

Os interessados devem comparecer na data, horário e local informados para o processo seletivo, levando documentos pessoais (RG e CPF ou CNH, no caso de vagas para motoristas) e currículo atualizado.

DATA E LOCAL DA SELEÇÃO:

●       Ilha Solteira/SP

Data: 21/01 (terça-feira), às 9h

Local: PAT- Shopping – Av. Atlântica, 1659 – Bom 3 e 4 – Ilha Solteira/SP

●       Selvíria/MS

Data: 21/01 (terça-feira), às 13h

Local:  Balcão de Empregos – Av. Prof Mariluce Rosa Torres Lallucci, 900 – Selvíria/MS

●       Paranaíba/MS

Data: 23/01 (quinta-feira), às 8h

Local: Escritório Arauco – R. Orlando Colli, 342 – Pq Industrial – Paranaíba/MS

Arauco em MS

Presente em Mato Grosso do Sul desde 2009, a Arauco prioriza a contratação de colaboradores em cidades próximas à sua operação. Primeira empresa florestal do mundo a ser certificada como Carbono Neutro, a empresa está comprometida com o desenvolvimento sustentável da região.

Localizado a 50 km do centro urbano de Inocência, o Projeto Sucuriú trata da construção da primeira fábrica de celulose branqueada da empresa no Brasil, a maior em etapa única no mundo. Em fase de terraplanagem, o projeto prevê o início das obras no segundo semestre de 2025 e operação em 2027. O investimento industrial previsto é de US$ 4,6 bilhões, com capacidade para produzir 3,5 bilhões de toneladas ao ano.

Quando for concluída a obra, o Projeto Sucuriú empregará um contingente permanente de 6 mil trabalhadores (florestal, industrial e logística).

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Parceiros da Educação e Bracell capacitaram 24 mil professores da rede pública paulista em 2024

Iniciativa fortaleceu a formação de professores de Língua Portuguesa e Matemática, promovendo qualidade no ensino público

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, e a organização sem fins lucrativos Parceiros da Educação uniram esforços em 2024 para capacitar 24 mil professores da Rede Pública Paulista. A iniciativa teve como foco a formação continuada de educadores dos Anos Finais do Ensino Fundamental, com ênfase nas disciplinas de língua portuguesa e matemática.

O programa, fruto de um investimento social robusto, teve como objetivo capacitar educadores para aprimorar o aprendizado dos alunos das escolas públicas. “Capacitar os educadores da rede é fundamental para melhorar a aprendizagem dos estudantes de escolas públicas. As formações trabalham conteúdos para recuperar, consolidar e reforçar conhecimentos que não foram totalmente compreendidos ou aprendidos de forma eficaz”, afirma Rafael Machiaverni, diretor-geral da Parceiros da Educação. A organização atua em conjunto com as secretarias estadual e municipais de educação em São Paulo.

Combinando metodologias presenciais e à distância, o programa resultou em 196 gravações, totalizando 98 horas de videoaulas. O conteúdo foi disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São Paulo (EFAPE). No formato presencial, mais de 60 horas de capacitação foram ministradas por formadores da Parceiros da Educação. Esses profissionais capacitaram 267 Professores Especialistas em Currículo (PECs), responsáveis por replicar os treinamentos junto aos docentes que atuam diretamente em sala de aula.

Manoel Browne, Diretor de Relações Institucionais da Bracell em São Paulo, reforça que a capacitação de professores é um pilar fundamental da agenda Bracell 2030, iniciativa estratégica da companhia que estabelece metas ambiciosas para ampliar os impactos positivos de suas operações. A agenda está estruturada em quatro pilares: ações pelo clima, preservação de paisagens sustentáveis e biodiversidade, promoção do crescimento sustentável e empoderamento de vidas. Entre os objetivos, destaca-se o aumento de 30% na proficiência dos alunos em língua portuguesa e matemática.

“Nosso propósito é promover uma educação pública de qualidade, aumentando a proficiência dos estudantes em português e matemática. Investir na valorização dos professores é essencial para construir uma sociedade mais justa, próspera e repleta de oportunidades”, enfatizou Browne.

Sobre a Parceiros da Educação

A Parceiros da Educação é uma Organização da Sociedade Civil fundada em 2004, que apoia a formação de professores, diretores e gestores públicos da área da educação para fortalecer a aprendizagem dos alunos. Para isso ser possível, estabelece parcerias entre a sociedade civil, escolas e secretarias de educação com o intuito de melhorar a qualidade do ensino e contribuir diretamente nas políticas públicas educacionais.

Sobre a Bracell

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com

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Bracell adota tecnologia para aumentar eficiência na detecção e controle de incêndios florestais

Tecnologia é uma aliada da empresa no programa Amigos da Floresta, que visa à proteção ambiental

A tecnologia vem sendo usada pela Bracell para aumentar a eficiência na detecção e controle de incêndios florestais nas áreas de influência da companhia na Bahia e em outros estados. Para isso, a empresa adota o fotomonitoramento com drones e câmeras termais que detectam focos de calor, auxiliando na estratégia de combate a incêndios, inclusive na fase inicial.

“Com essas tecnologias, temos maior efetividade no combate a incêndios florestais, atuando de forma rápida e com baixo custo, mesmo nas condições mais difíceis”, diz Douglas Pithon, gerente sênior de Segurança Patrimonial da Bracell.

“As câmeras termais identificam mesmo pequenos focos de calor. Por isso, são tão eficientes para evitar que as chamas se alastrem. Além disso, auxiliam no combate à caça predatória e ao corte ilegal de árvores, uma vez que são capazes de identificar pessoas e objetos em locais de baixa visibilidade, inclusive debaixo de árvores e à noite”, acrescenta.

Josemar de Jesus Santos, supervisor da Brigada de Incêndio da Bracell na Bahia, destaca que os equipamentos permitem ações mais rápidas de contenção dos incêndios florestais. “As câmeras termais e os drones ajudam a mensurar a quantidade de calor produzida pelo material que está queimando. A partir destas informações, podemos avaliar a possibilidade de esse fogo se propagar por irradiação para outras áreas e definir a estratégia de controle, seja resfriando a borda ou fazendo uma manta de espuma para barrar o avanço do foco de incêndio”, explica.

Ele salienta ainda que “o aparato ajuda na proteção dos plantios de eucalipto e das áreas de mata nativa, inclusive nas propriedades de vizinhos da empresa. Então, o benefício ambiental vai além dos limites das áreas da Bracell, ajudando a evitar ocorrências que ameacem as residências próximas, o que colocaria em risco a saúde e a vida das pessoas”.

Os drones são homologados e operados por profissionais qualificados da brigada de incêndio e todos os planos de voo são autorizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O sistema integrado de registros de ocorrências conta ainda com o auxílio de dispositivos móveis que repassam as informações para um servidor, indicando a localização exata dos focos de incêndio.

Programa Amigos da Floresta

O uso de tecnologia no combate a incêndio florestais na Bracel integra as iniciativas do Amigos da Floresta, implantado em 2016. O programa abrange também prevenção de roubo de madeira, de desmatamentos ilegais, bem como caça e captura de animais silvestres. Para isso, a iniciativa é realizada em parcerias com a sociedade civil e o poder público, como o Corpo de Bombeiros e o Programa Bahia Sem Fogo, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) do Governo do Estado da Bahia.

Josemar destaca que o programa Amigos da Floresta tem forte atuação junto às comunidades, promovendo a conscientização dos moradores quanto aos riscos dos incêndios florestais. De acordo com as estatísticas da própria brigada, 99% das ocorrências têm como causa a ação humana. “Isso ocorre, muitas vezes, de incêndios criminosos ou originados de queimadas descontroladas para limpar a terra, o que faz com que o fogo se alastre para áreas de preservação e de plantio”, afirma.

Para evitar o problema, as equipes da Bracell mantêm contato permanente com comunidades, orientando sobre como fazer a limpeza dos terrenos sem colocar em risco as florestas e alertando para os riscos dos incêndios florestais. De modo voluntário, eles também distribuem cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social. Outra ação sistemática é a divulgação do número 0800 284 4747, que pode ser acionado a qualquer momento para denúncias e relatos de incêndios ou delitos ambientais.

Foto: Acervo Bracell 

Sobre a Bracell 

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente, a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com 

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Coleção histórica de eucaliptos de Navarro de Andrade será revitalizada

A revitalização no antigo horto começa na segunda-feira (20) após várias etapas de estudos. Haverá também plantio de mudas e outras ações

O projeto de revitalização da Coleção de Eucaliptos será colocado em prática a partir de segunda-feira (20) na floresta estadual Edmundo Navarro de Andrade (antigo horto florestal), em Rio Claro. Confira a seguir as informações enviadas pela Fundação Florestal, responsável pela administração da floresta.

 Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena), localizada em Rio Claro, está investindo em um projeto de revitalização da histórica Coleção de Eucaliptos, com o objetivo de preservar o patrimônio científico e ambiental que a torna única.

Criada há mais de 100 anos, essa coleção desempenhou um papel fundamental no estudo e desenvolvimento de diferentes espécies de eucaliptos, especialmente no que se refere à adaptação de suas variedades ao solo e clima da região. Com o tempo, a área sofreu deteriorações, e a gestão da Feena identificou a necessidade de ações para garantir sua integridade e segurança.

Com mais de um século de existência, a Coleção Histórica da Feena perdeu muitas das suas características originais. O envelhecimento das árvores e o risco de queda de exemplares, além da presença de vegetação invasora nos sub-bosques, exigem ações urgentes para garantir a saúde da floresta e a segurança dos visitantes.Em resposta a esse desafio, foi elaborado um Projeto de Revitalização, que inclui um manejo adequado das árvores mortas ou em risco de queda, além de ações de plantio, manutenção e reestruturação da trilha de visitação.

O Projeto de Revitalização começou com um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), em 2019, que detalhou as condições da área e as intervenções necessárias. A partir desse diagnóstico, a equipe da Feena e o IPEF realizaram um novo levantamento em campo para atualizar as informações sobre as árvores que precisariam ser removidas, priorizando aquelas que representavam maiores riscos à segurança. As intervenções incluem o corte das árvores mortas ou em risco de queda, a supressão de vegetação nos sub-bosques e o plantio de novas mudas de eucalipto, respeitando a diversidade de espécies que compõem a coleção original.

Perguntas mais frequentes sobre o manejo:

Quantas árvores serão removidas?

Cerca de 421 árvores serão removidas ao longo da Coleção Histórica da Feena, com foco na segurança e preservação da área.

Serão removidas árvores nativas?

Não. A maior parte das árvores na Coleção Histórica são espécies exóticas, e o Projeto de Revitalização irá remover apenas os eucaliptos que estão em risco de queda iminente ou que estão mortos em pé.

Como foi avaliada a necessidade de remoção das árvores?

A avaliação de risco das árvores foi realizada com uma metodologia desenvolvida pela Fundação Florestal, com base na ABNT NBR 16246-3 (Florestas urbanas – Manejo de árvores). Essa metodologia inclui uma análise visual do estado de senescência das árvores, inclinação, fitossanidade, lesões mecânicas, presença de formigueiros e a exposição das raízes.

Quem avaliou a necessidade de remoção das árvores?

O trabalho foi realizado pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) em parceria com a equipe de Manejo Florestal da Fundação Florestal.

O que será feito com a madeira proveniente dessas árvores?

A madeira das árvores removidas será comercializada por meio de licitações públicas, conforme as normas estabelecidas.

O que será feito com os recursos adquiridos com a venda desse material?

Os recursos obtidos com a venda da madeira serão depositados em uma conta específica da Fundação Florestal e serão usados, integralmente, para melhorias na Feena, conforme acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo, através do Gaema PCJ-Piracicaba.

Haverá reposição de árvores na coleção?

Sim. Está previsto o plantio de novas mudas de eucalipto como parte do Projeto de Revitalização. O plantio será realizado pelo IPEF, com foco em restaurar e manter as características históricas da coleção.

A Feena vai fechar para esse trabalho?

Não. A Feena não será fechada. Apenas a área da Coleção Histórica será interditada durante o processo de remoção das árvores. Como o trabalho envolve o uso de máquinas pesadas e a presença de árvores em risco de queda, interdições temporárias podem ocorrer nas trilhas, especialmente na Trilha dos 9 km, dependendo do cronograma da obra.

Informações: Jornal da Cidade | Imagens: portal Mais Floresta.

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Exclusiva – Com forte tendência para investimentos em 2025, setor de florestas plantadas contribui para alavancar a economia do Brasil e reforça diretrizes ambientais

O setor cresce a cada ano, moldado por sustentabilidade e inovação, se tornando um dos pilares na economia do país; Diretor da ArborGen Brasil comenta os avanços

Florestas plantadas, definidas pela FAO (Food and Agriculture Organization) como “florestas compostas por árvores nativas ou exóticas, estabelecidas por plantio ou semeadura para fins comerciais”, desempenham um papel essencial na conservação ambiental e no desenvolvimento econômico. Com o avanço contínuo, o setor se posiciona como uma das alternativas de investimento mais promissoras para 2025.

Em 2023, o setor ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 10 milhões de hectares de árvores plantadas – um crescimento de 3% em comparação ao ano anterior. O setor planta 1,8 milhão de árvores por dia, dando origem a uma ampla gama de produtos de fontes renováveis, como papéis, celulose, embalagens, roupas, pisos laminados e muito mais.

O principal eixo de ampliação de áreas de cultivo no país foi no estado do Mato Grosso do Sul, em terras antropizadas, transformadas em plantações florestais. Atualmente, o estado ocupa a segunda posição em área total plantada, com 1,5 milhão de hectares, ficando atrás apenas de Minas Gerais, que lidera com 2,2 milhões de hectares.

Adriano Almeida, diretor da ArborGen Brasil, empresa líder mundial em genética avançada e produção de eucalipto e pinus, destaca: A expansão das áreas plantadas é resultado de fatores como a crescente demanda por produtos sustentáveis, políticas de incentivo ao setor e a aplicação de tecnologias que melhoram a produtividade. A ArborGen contribui diretamente com soluções genéticas avançadas que aumentam a eficiência do plantio e a qualidade da produção florestal”.

Na economia, a cadeia produtiva florestal no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi de 0,9%. Já a produção florestal no PIB agropecuário foi de 4,2% e 4% no PIB da indústria de transformação. O setor também gerou 33,4 mil novos empregos no mesmo ano, totalizando 2,69 milhões de postos diretos e indiretos.

No comércio internacional, a indústria brasileira de árvores cultivadas alcançou um volume de exportações de US$ 12,7 bilhões, e segue liderando o ranking mundial em exportação de celulose, com mais de 18 milhões de toneladas enviadas ao exterior. Esse foi o segundo melhor desempenho de exportação nos últimos dez anos, com um crescimento anual composto (CAGR) de 4,5% no período, segundo o Relatório Ibá 2024.

Segundo Almeida, 2025 tem tudo para seguir o ritmo de crescimento observado nos últimos anos. “O setor continua atraindo investidores, impulsionado por uma demanda crescente por produtos de origem renovável e práticas sustentáveis. Nós, da ArborGen, já estamos alinhados com esse movimento, com projetos de expansão e desenvolvimento de novos produtos, reforçando nosso compromisso em fornecer mudas de alta qualidade.”

Avanços em inovação e genética

O setor também se destaca pelo contínuo avanço em pesquisa e inovação. Adriano Almeida ressalta o papel do melhoramento genético: “A genética avançada tem permitido a criação de árvores mais produtivas e adaptadas, otimizando a produção de celulose, papel, energia e madeira para movelaria. Isso contribui diretamente para a competitividade do Brasil no mercado global.”

Nas últimas duas décadas, os rendimentos médios das florestas comerciais quase dobraram, com destaque para espécies como eucalipto e pinus, amplamente cultivadas no país.

Paralelamente, novas tecnologias têm revolucionado o setor. Ferramentas como drones, GPS integrado a sistemas de coleta de dados e inteligência artificial (IA) estão tornando as operações mais eficientes e seguras, desde o plantio até o monitoramento florestal.

Impulsionado pela demanda crescente por madeira e derivados, como a celulose, o setor florestal brasileiro prevê investimentos de R$ 61,9 bilhões até 2028. Grandes projetos já estão em andamento, com destaque para empresas como Arauco (R$ 25 bilhões), Suzano (R$ 22,2 bilhões), CMPC (R$ 25 bilhões), Bracell (R$ 5 bilhões) e Klabin (R$ 1,6 bilhão). Atualmente, o setor inaugura uma nova fábrica a cada 18 meses, consolidando seu papel como protagonista na economia brasileira.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Mercado de drones ruma para US$ 17,5 bilhões no agro

Como a versatilidade de tecnologias que podem ser acopladas ao equipamento atrai de grandes fazendas a povos indígenas no país, em um movimento crescente no campo

Até 2028, o mercado de drones destinados à agricultura e à pecuária em todo o mundo deve movimentar no ano US$ 17,5 bilhões (R$ 96 bilhões na cotação da moeda no fim de agosto), ante US$ 4,5 bilhões (R$ 25 bilhões) em 2023, crescimento de 35% no período, prevê a consultoria indiana MarketsandMarkets Research. É um mundo em evolução, em áreas de agricultura de precisão, pecuária e outras produções de proteína animal, como a piscicultura, mais silvicultura, horticultura, proteção florestal e produções indoor.

O crescimento da utilização de drones no campo faz parte de um movimento maior do uso global desse tipo de equipamento em diversos setores da economia, mercado estimado em US$ 67 bilhões (cerca de R$ 360 bilhões) daqui a cinco anos. O Brasil não está fora disso, inclusive no agro, não somente no uso – que vai de grandes fazendas a povos indígenas no interior de Mato Grosso –, porque também há gente interessada em desenvolver tecnologia local.

Nessa corrida, a Psyche Aerospace, startup brasileira criada em 2022 por Gabriel Leal, de 26 anos, tem atraído olhares pela ousadia de construir e agora querer escalar a produção do maior drone agrícola do mundo. A companhia, de São José dos Campos (SP), está no “vale aeroespacial” do país, liderado por dois grandes organismos, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a Embraer, empresa nacional que no ano passado faturou R$ 26,1 bilhões e que disputa mercado com nomes como a norte-americana Boeing e a europeia Airbus.

“Era um sonho fazer exploração espacial, um setor altamente regulado pelas Forças Armadas”, diz Leal. “E aí nasceu a Psyche, uma empresa de tecnologia que vai fazer o casamento de duas joias brasileiras – a tecnologia aeroespacial com o agro –, tirando a ideia de que uma empresa aeroespacial precisa ter contratos militares e trabalhar para as Forças Armadas.”

Gabriel Leal, que queria explorar o espaço, tem olhos para o agro. Imagem: divulgação

Leal é filho e neto de pequenos produtores rurais do norte de Minas, onde a família produz leite e cultivava manga. Ele seguiu no empreendedorismo. “Eu não tinha dinheiro. Comecei a empresa sozinho, criei o modelo de negócio e apliquei para o Parque Tecnológico de São José”, diz ele, que se juntou a dois engenheiros que acreditaram na proposta: João Barbosa e Matheus Petrosa, que se tornaram cofundadores. “De 2022 para cá, levantamos R$ 15 milhões.” Foram duas rodadas, e Leal se prepara para uma terceira, de valor não revelado.

A startup, que começou em uma sala com dois computadores, hoje tem cerca de cem funcionários para uma fábrica de 6 mil metros quadrados e planeja escalar a estrutura para construir drones no país. “Nosso drone tem capacidade de 400 litros por tanque, mas o objetivo é escalar até 800 litros.”

Um drone para 100 litros de agroquímicos já é considerado grande. Leal mira investimentos da ordem de até R$ 300 milhões, incluindo a industrialização das baterias de lítio usadas nos equipamentos. O drone desenvolvido pela Psyche não é só uma ferramenta de pulverização. Ele representa uma mudança de paradigma no setor, propondo substituir tratores e aviões agrícolas tradicionais em grandes áreas.

O sistema é composto por estações de abastecimento, chamadas “belugas”. Essas estações são capazes de reabastecer os 400 litros em cada braço, em um total de 2.400 litros em apenas 10 segundos, o que é cinco vezes mais rápido que um pit stop de Fórmula 1. “Cada beluga poderá pulverizar até 5 mil hectares por dia, o que é uma capacidade impressionante para o agronegócio”, afirma Leal. “Hoje, a coisa mais tecnológica que o produtor tem é o GPS na colheitadeira. Quando mostrarmos nosso sistema, a única pergunta que o cliente vai me fazer é: ‘Isso funciona?’. E a resposta é sim.”

Gilson Pinesso, que com a família possui cerca de 140 mil hectares em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí, onde a maior parte das terras é destinada à produção de grãos, é um dos produtores que estão apostando no projeto de Leal. “Utilizamos drones na fazenda, e isso já é comum para nós”, diz Pinesso. Em meados de setembro, uma de suas propriedades, a Fazenda Floresta, em Campo Verde (MT), sediará a Prova de Conceito (POC) da Psyche.

Primeiro voo do drone da Psyche Aerospace. Imagem: divulgação

Esse será o primeiro teste em campo para validação do equipamento antes de seu lançamento comercial. “Vamos trabalhar como se fosse um dia normal de aplicação de agroquímico”, afirma Leal. Na fila para novos testes, estão empresas como a Tereos,  Nardini e Atvos, produtoras de cana-de-açúcar e bioenergias. A startup vem trabalhando em sistema de LOI (Letter of Intent), que são pré-contratos de compra. No caso de Pinesso, a LOI é de R$ 20 milhões: “Ele assinou a LOI em cinco minutos.” Em março, a Psyche estava avaliada em R$ 75 milhões.

Indígenas e a Agricultura Familiar

Em Mato Grosso, há também um projeto com drones que está na outra ponta: os povos indígenas e a agricultura familiar. Na Bunge Alimentos, subsidiária da norte-americana Bunge Limited no Brasil, empresa que fatura na casa de R$ 80 bilhões anuais, a fundação é a “responsável pelo S dentro da agenda ESG”, diz a presidente da Fundação Bunge, Claudia Buzzette Calais. “E está tudo integrado com as áreas de negócio.”

Em 2023, a entidade revisou sua estratégia de atuação, focando em duas áreas: inclusão produtiva e fomento à economia de baixo carbono. Claudia explica que o objetivo é aumentar o número de pessoas com acesso a emprego e renda, mirando a integração do agronegócio de larga escala no Brasil, que também beneficie a agricultura familiar e os povos tradicionais. “Trabalhar com produção de larga escala e agricultura familiar, uma puxando a outra, era algo que precisava ser testado. Felizmente funcionou, e estamos prontos para ampliar essa integração”, diz ela.

O projeto dos drones começou em 2022 com as etnias Xavante e Boé-Bororó, abrangendo três terras indígenas. São cerca de 2 mil hectares e 15 mil indígenas em Mato Grosso. A fundação também atua no Mato Grosso do Sul, com seis etnias e 7.900 indígenas, que ocupam uma área de 590 hectares.

O que esses indígenas fazem com drones? Além do monitoramento dos recursos naturais e proteção de terras, por exemplo contra o garimpo ilegal – que vem sendo ampliado em parceria com órgãos governamentais, como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) –, o uso dos drones atende áreas de cultivo e extração de castanhas.

A fundação doa os drones, notebooks e outros equipamentos, além de fazer a formação técnica dos indígenas. “Os drones são usados para monitorar focos de incêndio, ocupações indevidas e áreas de desmatamento”, diz Claudia.

“Além disso, ajudam a acompanhar projetos de reflorestamento de áreas degradadas, como no caso dos Xavantes, onde estamos trabalhando no adensamento de pequi e baru, espécies nativas utilizadas para alimentação e venda. Este ano, estamos gerando cerca de R$ 1 milhão em renda para povos tradicionais por meio da coleta e venda de sementes utilizadas em projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.”

O projeto está em fase de expansão para outras regiões, incluindo Tocantins, Pará, Maranhão, Bahia, Goiás, São Paulo e Paraná. Até 2030, a meta é implementar a iniciativa em 43 terras indígenas, abrangendo cerca de 14,5 milhões de hectares e beneficiando 68 mil indígenas, de 65 etnias.

A Fundação Bunge também está investindo na criação de “salas de situação” equipadas com computadores e tecnologia de satélite (onde as imagens capturadas pelos drones são analisadas), e na instalação de antenas da Starlink para conectividade. “Essas salas são essenciais para a eficácia do monitoramento, pois permitem uma resposta rápida a situações de emergência, como incêndios ou invasões de terra”, explica Claudia. “E não adianta doar drones e montar salas de situação se dentro das terras indígenas não há internet.”

Informações: Forbes.

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Exclusiva – Grupo Comelli agora é Grupo Comber: mudança une todas as operações da empresa em um único ecossistema; saiba mais

Com a reestruturação interna e identidade visual de marca, o novo nome representa todas as empresas do Grupo, simbolizando união, inovação e o início de uma nova era

Presente no mercado desde 1986, o Grupo Comelli viveu um marco histórico em sua trajetória no dia 08 de novembro de 2024, passando a ser Grupo Comber. A mudança não foi apenas visual e de identidade, mas também estrutural. A partir dessa data, as operações começaram a ser centralizadas em um único ecossistema, um movimento estratégico que representa uma nova fase para a empresa, que visa transformar o futuro da energia renovável no Brasil. O Grupo, antes mais conhecido pelo ramo logístico, possui ampla atuação nos segmentos florestais, caminhões seminovos, indústria, locações, e a mais recente: processamento de biomassa. Visando expandir seus negócios para a região Norte do país, adquiriu uma nova área no Tocantins, com expectativas de aumento em até 15% de seu faturamento anual em 2025.

Mosaico florestal de nova fazenda adquirida pelo grupo, no Estado de Tocantins.

A decisão de rebranding nasceu de uma situação interna: o antigo nome da empresa estava diretamente vinculado ao transporte, um braço importante no negócio, porém, não o principal, o que gerava a percepção de que atuava apenas neste ramo e não nos outros segmentos. A empresa também visava ampliar no mercado a visão para o seu know-how que une tecnologia, sustentabilidade e inovação.

Contudo, esse processo de mudança não foi rápido, levando cerca de dois anos para amadurecer e ser colocado em prática. Então, a decisão para o novo nome surgiu, sendo indicado: Comber — Companhia Brasileira de Energia Renovável, ao qual já fazia parte do histórico da empresa. Inicialmente, houve resistência, pois o nome carregava uma narrativa específica: ComBer era a junção dos sobrenomes Comelli e Bernardini, sendo este último um antigo sócio da indústria. O Grupo Comelli adquiriu a parte de Bernardini em 2015, tornando a ComBer 100% pertencente ao Grupo.

Com o tempo, o nome Comber foi ressignificado, adquirindo um novo propósito e identidade visual. Ele passou a representar não apenas a história, mas também o futuro do Grupo. Assim, em novembro de 2024, o nome foi oficializado para toda a organização, marcando uma virada de chave, que antes era restrito à indústria, e agora se tornou o nome de todas as empresas do Grupo, simbolizando união, inovação e o início de uma nova era.

Nova unidade em Tocantins

As novas operações do Grupo Comber na fazenda adquirida em Goiatins (TO) começaram na última sexta-feira (10), com a chegada das máquinas no local. A propriedade abrange uma área de 39,2 mil hectares, destinada ao manejo e exploração florestal, com foco nas seguintes atividades:

  • corte de eucalipto;
  • arraste e movimentação da madeira;
  • picagem para produção de cavacos; e
  • venda de cavacos de eucalipto.
Chegada de maquinários na nova fazenda adquirida, no Tocantins.

Atualmente, o Grupo Comber possui cerca de 700 funcionários em seu time, distribuídos nas unidades das seguintes localidades no Brasil:

  • Uberlândia (MG);
  • Rondonópolis (MT);
  • Alto Araguaia (MT);
  • Itiquira (MT);
  • Primavera do Leste (MT);
  • Três Lagoas (MS);
  • Catanduva (SP);
  • Chapadão do Céu (GO);
  • Rio do Sul (SC);
  • Goiatins (TO); e
  • matriz, Rio Verde (GO).

Principais atividades do Grupo

  • Comber Logística:
    Prestação de serviços florestais e cadeia logística completa. A empresa possui alta performance e expertise na prestação de serviços florestais, garantindo a colheita, picagem e transporte eficiente e integrado.
  • Comber Biomassa:
    Uma das principais referências nacionais na produção de cavacos de eucalipto, a empresa oferece soluções energéticas eficientes e sustentáveis.
  • Comber Florestal:
    Especialista no plantio de ativos biológicos com foco em florestas de eucalipto, promovendo sustentabilidade e qualidade.
  • Comber Seminovos e Veículos:
    Oferece caminhões revisados e confiáveis, fruto da constante renovação de frota.
  • Comber Indústria:
    Pioneira em soluções tecnológicas para secadores de grãos com uso de biomassa de cavaco.
  • Comber Locações:
    Foco em locações de equipamentos para sinergia estratégica nos mercados em que atua. O mais novo empreendimento complementa as operações do Grupo, trazendo inovação e ampliando o seu portfólio com locações de equipamentos alinhadas aos mercados em que atua.

O Grupo Comber nasce com a missão de oferecer soluções em geração de energia renovável, processamento de biomassa e transporte especializado, através da tecnologia e inovação aplicada ao agronegócio brasileiro. E tem como visão ser referência nos mercados em que atua, por meio de seu amplo know-how, tecnologia aplicada, excelência em produtos, serviços e compromisso com meio ambiente.

Felipe Comelli, CEO do Grupo Comber, falou com exclusividade à redação do Mais Floresta, sobre os detalhes desse novo momento da empresa, relevância, expectativas e novos projetos. Na noite desta terça (14), ele também participou de live ao vivo no Instagram do portal, onde narrou um breve histórico da empresa, que impressiona devido ao case de crescimento e sucesso adquirido, até chegar aos seguimentos que hoje atende no mercado, com relevante posicionamento.

Paulo Cardoso, CEO do portal Mais Floresta, e Felipe Comelli, em live desta terça (14).

Mais Floresta – O que significa para o Grupo, a aquisição de nova área no Estado do Tocantins?

Felipe – Aumento da capilaridade, abrindo uma nova filial da empresa numa região agrícola em plena expansão permitindo a nossa empresa atender mercados no Tocantins, Maranhão, Piauí e Sul do Pará.

Mais Floresta – Quais foram os fatores motivadores para a aquisição da nova unidade, e a escolha da região para tal?

Felipe – A escolha foi motivada por aumentarmos nossa parceria com um importante cliente do nosso Grupo, além de ampliarmos nossas operações nessa importante fronteira agrícola brasileira, a qual nossa empresa atende o mercado de grãos fornecendo biomassa para processos industriais e secagem de grãos.

Mais Floresta – Com a nova unidade, o que se espera em resultados nesse segmento em 2025?

Felipe – Com essa aquisição, temos potencial de aumentarmos nosso faturamento anual entre 10 a 15%, gerando diversas oportunidades na região, visto os desafios que temos em nosso país. 

Mais Floresta – Quantos veículos e maquinários próprios a empresa possui em sua frota atualmente, e quais tecnologias se destacam?

Felipe – Atualmente contamos com mais de 70 máquinas de colheita florestal operando na modalidade Full-Tree, substituindo o traçamento pela picagem do cavaco no campo diretamente no caminhão. Tecnologia que permite maior aproveitamento da matéria-prima (eucalipto), e gera mais eficiência aos clientes que atendemos, além de contarmos com uma frota de mais de 300 conjuntos entre carretas e rodotrens, equipados com piso móvel, além de tecnologia Euro 5 e Euro 6, reafirmando nosso compromisso com um transporte mais sustentável e responsável, para atendermos todas as necessidades dos nossos contratos.

Mais Floresta – Para 2025, quais as expectativas para o mercado de biomassa no Brasil?

Felipe – Em 2025 teremos um ano desafiador visto as oscilações cambiais, das quais teremos impactos nos equipamentos florestais, na aquisição e manutenção. E o principal insumo da operação que é o diesel, também atrelado ao câmbio. Mas independente das dificuldades, operamos em um segmento de energia renovável, ao qual ano após ano tem oportunidades de crescimento e manutenção dessas oportunidades, segmento que tem muita admiração do mercado, e com isso, seguimos otimistas de vencer todos os obstáculos.

Sobre negócios em família, e sucessão com sucesso, Felipe Comelli destacou em live realizada na noite desta terça (14), no Instagram do Mais Floresta, que: “É preciso preparar de berço, não pode apenas pensar no dinheiro, mas gostar do segmento”.

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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