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Nova técnica permite colher pinhão em metade do tempo sem perder qualidade

Pesquisa da Embrapa mostra viabilidade da produção planejada com retorno antecipado

A produção precoce de pinhão por meio da enxertia em araucárias (Araucaria angustifolia) foi validada como alternativa viável pela Embrapa Florestas. Um estudo inédito da instituição, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), concluiu que o pinhão produzido a partir da técnica tem sabor e valor nutricional semelhantes ao obtido por meio do extrativismo em florestas nativas.

A clonagem via enxertia permite a colheita do pinhão entre seis e dez anos após o plantio, um avanço expressivo frente aos 12 a 20 anos exigidos por árvores “tradicionais”. A técnica, que completou dez anos de aplicação na araucária, representa uma oportunidade de diversificação produtiva com retorno econômico mais rápido para os agricultores, além de colaborar com a conservação da espécie.

Segundo o pesquisador Ivar Wendling, da Embrapa Florestas, o sistema ajuda a consolidar uma cadeia produtiva sustentável para o pinhão.

“A produção ainda é baseada em extrativismo, mas com o cultivo precoce podemos reduzir a pressão sobre as florestas e estimular o plantio planejado com retorno financeiro viável”.

Para apoiar produtores interessados, os pesquisadores elaboraram um manual técnico com orientações sobre implantação de pomares, escolha de mudas e práticas de manejo. Um dos principais desafios identificados foi a adaptação das mudas enxertadas, o que exige cuidados específicos desde o planejamento da área até a condução das árvores.

A escolha correta das árvores-mãe e o processo técnico da enxertia são determinantes para o sucesso da produção, além de manter a diversidade genética da espécie, alerta Wendling.

pinhão
Foto: Andre Kasczeszen/Embrapa

Pinhão precoce mantém qualidades nutricionais

A Embrapa também analisou o valor nutricional dos pinhões precoces. Os testes compararam amostras in natura e cozidas com as de árvores tradicionais. O resultado confirmou a equivalência nutricional: baixo teor de gordura, boas fontes de carboidratos, proteínas, fibras alimentares e alto valor calórico.

“O estudo mostra que a técnica permite aumentar a oferta do alimento mantendo sua qualidade. Isso pode ampliar o consumo e valorizar o plantio da araucária”, destaca Cristiane Helm, pesquisadora da Embrapa.

Expansão da técnica e geração de renda

O Viveiro Porto Amazonas (PR) foi o primeiro a produzir mudas enxertadas de araucária de forma comercial, utilizando inicialmente matrizes selecionadas pela UFPR e, a partir de 2020, também cultivares registradas pela Embrapa.

“A técnica de enxertia ainda é recente, mas a possibilidade de colher pinhão em menos da metade do tempo empolga os produtores”, afirma Leonel Anderman, gerente do viveiro. Hoje, o viveiro produz cerca de 3 mil mudas por ano.

Além de reduzir a pressão sobre as plantas nativas e permitir colheita em árvores de menor porte — o que ajuda a evitar acidentes —, a prática abre novas possibilidades para o uso do pinhão como matéria-prima na indústria de alimentos sem glúten e produtos regionais de valor agregado.

Informações: Canal Rural.

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Suzano está com três processos seletivos abertos para Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, está com três processos seletivos abertos em diferentes áreas para suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagos (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

Há oportunidades abertas para Analista Administrativo I em Ribas do Rio Pardo e para Consultor(a) Industrial III – Recuperação Química na unidade de Três Lagoas. Já o processo seletivo para Analista de Comunicação Sênior permite às pessoas interessadas alocação em qualquer uma das unidades em Mato Grosso do Sul. 

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Mato Grosso do Sul

Analista de Comunicação Sênior – inscrições até 11/05/2025: Página da vaga | Analista de Comunicação Sênior

Ribas do Rio Pardo

Analista Administrativo I – inscrições até 24/05/2025: Página da vaga | Analista Administrativo I

Três Lagoas

Consultor(a) Industrial III – Recuperação Química – inscrições até 15/05/2025: Página da vaga | Consultor(a) Industrial III – Recuperação Química

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em:suzano.com.br.

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Bracell anuncia nova fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul com investimento de R$ 16 bilhões

Projeto será instalado em Bataguassu e é o primeiro de celulose solúvel do Estado; Governo garante incentivos e segurança jurídica

O governador Eduardo Riedel se reuniu nesta terça-feira (6) com o presidente da Bracell, Praveen Singhavi, para assinar o termo de concessão de incentivos fiscais que garante a implantação da primeira fábrica de celulose solúvel em Mato Grosso do Sul. O investimento previsto é de R$ 16 bilhões, consolidando a região leste do Estado como um dos maiores polos do setor no país — o chamado Vale da Celulose.

A unidade será construída no município de Bataguassu e faz parte da estratégia estadual de diversificação econômica e expansão de cadeias produtivas de alto valor agregado. O projeto contempla duas possibilidades de operação: produção de celulose kraft (voltada para papel e embalagens) com capacidade de até 2,8 milhões de toneladas por ano, ou uma configuração mista que incluirá a celulose solúvel, voltada à indústria têxtil sustentável.

“Esse tipo de celulose abre portas para cadeias produtivas mais sofisticadas e exportações com maior valor agregado. É um passo fundamental para a diversificação da nossa base industrial”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck.

Durante o encontro, foram discutidos também os avanços no processo de licenciamento ambiental, já em análise no Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), que recebeu o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) da empresa. A expectativa é que a licença prévia seja emitida até dezembro.

“O Governo está comprometido com o crescimento de Mato Grosso do Sul e em garantir um ambiente competitivo que assegure o sucesso do projeto e gere oportunidades para todo o Estado”, reforçou o governador Eduardo Riedel.

O presidente da Bracell agradeceu o apoio institucional.

“Este é um marco muito importante para a companhia. A concessão dos benefícios fiscais garante a segurança necessária para avançarmos com esse projeto transformador”, declarou Praveen Singhavi.

Incentivo doPresidente da Bracell ao lado do governador durante celebração do acordo (Foto: Divulgação/Governo MS)

Indústria de alto valor e impacto regional

A celulose solúvel é usada na produção de fibras têxteis como viscose, modal e lyocell, e possui elevado valor comercial por exigir pureza e controle técnico mais rigoroso — características que ampliam o potencial de exportação e atraem indústrias de transformação.

O projeto será um dos maiores investimentos privados do setor no Brasil, fortalecendo o papel do Mato Grosso do Sul como segundo maior produtor de madeira em tora para papel e celulose do país e responsável por 24% da produção nacional.

“Desde 2015, já atraímos R$ 125 bilhões em investimentos, sendo R$ 65 bilhões só nesta gestão. O setor responde por 17,8% do PIB industrial e gera mais de 26 mil empregos diretos e indiretos no Estado”, destacou Jaime Verruck.

Presidente da Bracell, Praveen Singhavi, governador Eduardo Riedel e secretário Jaime Verruck (Foto: Divulgação/Governo MS)

A assinatura contou com a presença de representantes da Bracell, prefeitos, deputados e secretários estaduais. Participaram ainda a prefeita de Bataguassu, Wanderleia Caravina, o deputado estadual Pedro Caravina, e o diretor-presidente do Imasul, André Borges.

Informações: Capital News.

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Bracell impulsiona crescimento no interior do estado de São Paulo

Empresa se destaca por ações de empregabilidade e qualificação por meio dos cursos ofertados gratuitamente pela companhia

A Bracell, uma das maiores produtoras de celulose solúvel do mundo, reforça seu protagonismo econômico no interior com investimentos expressivos no Centro-Oeste Paulista, com sua unidade fabril em Lençóis Paulista e operações florestais na região. Segundo dados recentes da Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo, realizada pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), nos últimos 12 meses houve um crescimento em investimentos industriais na região de Bauru, onde a Bracell lidera a expansão industrial regional, contribuindo significativamente para o crescimento econômico e a geração de empregos.

O investimento, majoritariamente destinado à ampliação de suas operações, fortalece a cadeia produtiva e impulsiona o desenvolvimento de Lençóis Paulista e municípios da região.  Atualmente, a empresa conta com 9 mil colaboradores diretos e indiretos na unidade de Lençóis Paulista e demais regiões do estado de São Paulo.

No estado, o setor de celulose e papel, potencializado pela atuação da Bracell, é um dos destaques desse crescimento.

A maior parte deste montante foi destinada à construção da sua nova fábrica de papel tissue (Bracell Papéis), localizada também em Lençóis Paulista. A unidade, focada na produção de papéis sanitários como papel higiênico e papel toalha, amplia a diversificação das operações da empresa e fortalece sua presença no mercado de bens de consumo. Ao todo, a companhia investiu R$ 2,5 bilhões na Bracell Papéis.

Empregabilidade e capacitação

SUPORTE – Além da geração de empregos diretos e indiretos, empresa promove diversas iniciativas de capacitação profissional para a região (Foto: Divulgação)

No ano passado, o setor de indústria de celulose e papel em Lençóis Paulista registrou um saldo positivo de 373 empregos, o que corresponde a cerca de 13% das 2.871 novas vagas do segmento criadas em todo o estado de São Paulo, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Esses números evidenciam a relevância das contratações realizadas pela Bracell no município, consolidando Lençóis Paulista como um dos polos estratégicos para o crescimento do setor no estado.

Em 2023, o município de Lençóis Paulista acumulou um saldo positivo de empregos formais, o que elevou a cidade à 15ª posição no estado.

Além da geração de empregos diretos e indiretos, a empresa promove iniciativas de capacitação profissional, desenvolvimento comunitário e adoção de práticas sustentáveis em suas operações. Programas como o Bracell Social têm beneficiado milhares de pessoas, qualificando profissionais e fomentando o crescimento de pequenos empreendedores locais.

Em 2024, os cursos de formação realizados pela companhia, contemplaram diversas áreas relacionadas à indústria: colheita florestal, transporte de madeira, manutenção automotiva, malha viária e carregamento de madeira. Ao todo, mais de 7 mil pessoas entre colaboradores e comunidade foram qualificadas gratuitamente por meio dos cursos realizados em parceria com instituições de ensino e empresas especializadas, como Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte), SENAI, SEST/SENAT, entre outros. O objetivo da empresa com essas ações é ofertar os cursos para que as pessoas possam buscar novas oportunidades profissionais.

A companhia tem como um de seus valores apoiar as comunidades onde atua. Cerca de 27 municípios já foram atendidos por meio de projetos apoiados pelo Bracell Social, totalizando mais de 76 mil pessoas impactadas em São Paulo.

Manoel Browne, diretor de Relações Institucionais da Bracell, destacou a relevância dessas iniciativas para o desenvolvimento da região, proporcionando novas oportunidades aos profissionais. “A empresa tem como um de seus valores Pessoas. Por meio das capacitações, criamos oportunidades de crescimento profissional e, claro, unimos forças com outras empresas para contribuir com o desenvolvimento econômico do interior paulista”, disse.

Bracell 2030

Comprometida também com o desenvolvimento sustentável, a Bracell adota as melhores práticas socioambientais e éticas, refletidas em sua agenda Bracell 2030. O plano reúne 14 metas ambiciosas a serem atingidas, com destaque para a redução das emissões de carbono, a promoção da biodiversidade e o fortalecimento das comunidades, evidenciando o compromisso contínuo da empresa com impactos positivos para o meio ambiente e a sociedade.

“A Bracell acredita que esse comprometimento é essencial para um futuro melhor para todos e está confiante de que, com o envolvimento de toda a equipe, conseguirá alcançar resultados positivos e consistentes”, enfatiza Browne.

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Eldorado Brasil eleva lucro em 50% no 1º trimestre

Resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado foi de R$ 914 milhões no período

A fabricante de celulose Eldorado Brasil anunciou nesta terça-feira (06) lucro líquido de R$ 459 milhões para o primeiro trimestre, crescimento de 50% sobre o desempenho de um ano antes, apoiado em crescimento da receita e redução de custo de produção, além de impactos cambiais.

A companhia, que há anos está no centro de uma disputa societária entre o grupo brasileiro J&F e a Paper Excellence, de controlador indonésio, teve um resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado de R$ 914 milhões no período, avanço de 25% na comparação anual.

A margem passou de 52% para 56%.

A empresa, uma das primeiras do setor a divulgar resultado trimestral, produziu 452 mil toneladas de celulose, crescimento anual de 1%, com as vendas somando 455 mil toneladas, avanço também de 1%.

Mas a receita líquida cresceu para R$1,6 bilhão, expansão de 14% sobre o primeiro trimestre do ano passado. Enquanto isso, o custo caixa da empresa foi de R$ 763 por tonelada, queda de 11% ano a ano.Play Video

A empresa afirmou que o preço médio da celulose no trimestre foi de R$3.305 por tonelada, 7% acima de um ano antes, mas em dólares houve redução de 10%, para US$ 565.

Na programação da companhia, haverá uma parada para manutenção em outubro deste ano, ante a parada realizada em julho de 2024.

A companhia terminou março com uma alavancagem de 0,15 vez em reais e em dólares, ante múltiplos respectivos de 0,44 e 0,43 vez um ano antes.

Na quarta-feira, a rival Klabin vai divulgar seu resultado de primeiro trimestre, sendo seguida pela Suzano na quinta-feira.

Informações: CNN.

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Mato Grosso do Sul fecha primeiro trimestre de 2025 com criação de 12,5 mil empregos formais

No primeiro trimestre de 2025, Mato Grosso do Sul gerou 12.584 empregos formais, ampliando para 682.901 o estoque de trabalhadores com carteira assinada. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego e foram compilados pela Assessoria de Economia e Estatística da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

O Estado vem numa sequência de três meses com dados positivos na geração de empregos formais. Em janeiro o saldo entre demissões e admissões resultou na geração de 3.255 empregos formais, em fevereiro foram mais 8.215 e no mês de março, 1.114 novos trabalhadores contratados com carteira assinada em Mato Grosso do Sul, conforme o Caged.

O setor de Serviços liderou a contratação de novos trabalhadores em março com 1.613 novas vagas, enquanto a Indústria gerou 550 empregos e a Construção, outras 453. Dois setores apresentaram retração: Comércio (-466) e Agropecuária (-1.036). As mulheres ocuparam a quase totalidade (1.078) das vagas, enquanto os homens ficaram com as outras 36.

Dentro do setor de Serviços, o subsetor de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas apresentou melhor desempenho, com 688 novas vagas. Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais vem em segundo, com 661 empregos formais.

Já o subsetor de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, dentro do setor Agropecuária, registrou saldo negativo de 1.114 demissões, exatamente igual ao saldo final do mês. Outro subsetor com retração significativa foi o de Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (-466), dentro do setor de Construção.

Na distribuição regional das vagas, pela primeira vez uma cidade do interior superou a Capital na geração de empregos formais. Inocência, que recebe a nova planta de celulose do Grupo Arauco, teve saldo de 585 empregos formais em março.

Em seguida veio Campo Grande com 569 novas contratações, seguido de Dourados (219), Bataguassu (140), Três Lagoas (125), Naviraí (93), Fátima do Sul (70), Rio Verde e Anastácio (64) e fechando o ranking dos 10 municípios que mais contrataram em março, Nova Andradina com 54 novos empregos gerados.

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Moradores da Resex Arióca Pruanã, no Pará, recebem oficinas sobre cadeias produtivas e quintais agroflorestais

Iniciativa de fomento à novascadeias de valor da sociobiodiversidade e quintais agroflorestais integra a agenda do projeto ‘Valorização da Floresta’. Após as oficinas, foram selecionadas 30 famílias para participar da ação de implantação e/ou melhorias de quintais agroflorestais na unidade de conservação

Moradores da Reserva Extrativista Arióca Pruanã, no município de Oeiras do Pará, região do Marajó, receberam nos dias 2 e 3 de maio, duas oficinas de fomento a novas cadeias de valor da sociobiodiversidade e quintais agroflorestais. A iniciativa faz parte do projeto ‘Valorização da Floresta’, realizado pelo Instituto Floresta Tropical Johan Zweede (IFT), e visa a implantação e/ou enriquecimento dos quintais agroflorestais das famílias para estimular a segurança alimentar e nutricional e a comercialização de produtos florestais não madeireiros na unidade de conservação.

As atividades aconteceram na comunidade Deus Proverá, utilizando as infraestruturas do acampamento do Projeto Vitória Proari e no barracão da Associação de Moradores da Reserva Extrativista Arióca Pruanã (Amoreap). Na sexta-feira, 02/05, ocorreu a oficina Cadeias de Valor de Produtos da Sociobiodiversidade; no sábado, 03/05, foi realizada a oficina sobre Sistemas Agroflorestais (SAF’s) e Quintais Produtivos.

 “Com a prospecção de novas cadeias de valor, essa iniciativa pretende entender quais são os potenciais que essas comunidades têm para o desenvolvimento de novos produtos florestais não madeireiros, além da madeira e do açaí, que são muito fortes nesse território. As oficinas visam fomentar outras cadeias que sejam interessantes para as comunidades, pensando também no acesso a novos mercados”, afirma Marcelo Galdino, vice-secretário executivo do IFT.

Durante dois dias, as oficinas reuniram cerca de 30 participantes, de várias comunidades da Resex. Segundo Galdino, um dos desdobramentos das atividades foi a seleção de 30 famílias para participar da ação de implantação e/ou melhorias de quintais agroflorestais. As formações, ministradas pela equipe técnica do IFT, são uma oportunidade de apresentar na prática as técnicas de trabalho de sistemas agroflorestais aos moradores da Resex.

Os SAFs são sistemas produtivos que unem, no mesmo espaço, espécies florestais, frutíferas, e alguns casos animais, de importância econômica, alimentar, cultural e ecológica. Por meio de intervenções controladas e tratos específicos, as espécies passam a se relacionar com vantagens mútua, em termos de nutrientes, solo, clima e sombreamento.

Paula Vanessa, gerente de Sociobiodiversidade e Bioeconomia do IFT, explica que a próxima etapa do projeto será a instalação dos quintais agroflorestais nas casas das famílias selecionadas na Resex. Para isso, antes serão realizadas entrevistas e o mapeamento participativo desses locais. “O objetivo da próxima etapa é conhecer essas famílias, saber o perfil delas, identificar o que existe nesses quintais, o que já existe de espécies e quais outras espécies eles desejam cultivar. Com essas informações, vamos compreender a logística para chegar nessas casas, o que será fundamental na etapa de planejamento da instalação”.

Protagonismo das mulheres

Vanessa ressalta que os quintais agroflorestais são uma excelente estratégia para pequenos produtores, por agregar segurança alimentar e nutricional à preservação ambiental dos territórios.  “Os quintais produtivos, que são o foco do projeto, já fazem parte da realidade dessas comunidades, pois são áreas que, especialmente as mulheres, mantêm tradicionalmente no entorno das casas. Por isso, é importante destacar o protagonismo delas na execução desse projeto”.

Para a manejadora extrativista Merilene Pantoja, moradora da comunidade São Pedro, as oficinas sobre SAFs são uma possibilidade de fomentar e fortalecer a agricultura familiar na unidade de conservação. “Esse tipo de atividade é muito importante para a nossa comunidade, pois envolve várias famílias. Aprender sobre cultivar os quintais produtivos de maneira planejada é fundamental tanto para o crescimento da nossa produção como para o nosso consumo no dia a dia”, afirma. 

Valorização da Floresta

As oficinas de fomento à novas cadeias produtivas e quintais agroflorestais, fazem parte da agenda do projeto ‘Valorização da Floresta’. Iniciado em outubro de 2023, o projeto tem a finalidade de fortalecer o manejo florestal sustentável nas Reservas Extrativistas Arióca Pruanã e Mapuá, no Pará.

A iniciativa integra o projeto Sustenta Bio – aliança pelo fortalecimento das economias da sociobiodiversidade em áreas protegidas, realizado pelo ICMBio, Vale e Fundo Vale em parceria com outras organizações que atuam na Amazônia. O projeto, financiado pelo Fundo Vale, prevê a estruturação da produção madeireira local, a promoção de novas cadeias da sociobiodiversidade e o fortalecimento dos planos de manejo florestal comunitários nas unidades de conservação atendidas.

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Papel transparente retém água fervente e degrada em meses

Só celulose

Em um avanço importante para a substituição dos problemáticos copos e canudos descartáveis, pesquisadores desenvolveram um material biodegradável que é transparente e pode reter líquidos por várias horas – até mesmo água fervente.

E, caso não seja adequadamente reciclado e vá parar no fundo dos oceanos, ele se degradará naturalmente em menos de um ano, garantem Noriyuki Isobe e colegas de várias instituições do Japão.

A base do novo material é um hidrogel de celulose, semelhante ao usado na fabricação de papel. Após a secagem, o material foi tratado com uma solução aquosa de brometo de lítio, que forçou a celulose a se solidificar nas formas desejadas. Simples assim, o que significa que o material transparente é feito quase exclusivamente de celulose.

Os pesquisadores observam que os produtos finais podem ser tão finos quanto as paredes de um copo plástico ou tão espessos quanto desejado.

Os testes mostraram que o material funcionou bem também como canudo, sem sinais do colapso observado em canudos de papel disponíveis hoje. Os copos feitos com o material puro só apresentaram sinais de vazamento após três horas, mas a equipe já identificou um revestimento de resina vegetal que os torna à prova de qualquer vazamento.

Material transparente de celulose retém água fervente e degrada em meses

A fabricação é muito simples (em cima), enquanto a reciclagem é integral, apenas perdendo um pouco da transparência (embaixo).
[Imagem: Noriyuki Isobe et al. – 10.1126/sciadv.ads2426]

Reciclável e biodegradável

O teste de reciclagem mostrou que o reaproveitamento integral dos objetos pode ser feito facilmente, embora os novos objetos fabricados com o material reutilizado se tornem menos transparentes.

Finalmente, a equipe testou a biodegradabilidade do material em ambiente marinho. Eles produziram várias folhas do papel transparente e colocaram algumas em águas rasas e outras em locais muito profundos – devido às baixas temperaturas, em grandes profundidades os materiais levam mais tempo para se degradar. O novo material, contudo, degradou-se completamente em menos de 12 meses nas partes mais profundas do oceano.

A equipe espera que o novo papel transparente seja usado para substituir as opções atuais em embalagens de alimentos, copos e canudos descartáveis.


Autores do artigo:

Noriyuki Isobe https://orcid.org/0000-0001-8571-3373
Keiko Tanaka e Shun’ichi Ishii https://orcid.org/0000-0002-0203-8569
Yasuhiro Shimane https://orcid.org/0000-0003-0982-8966
Satoshi Okada https://orcid.org/0000-0001-5417-5955
Kazuho Daicho https://orcid.org/0000-0003-4203-2257
Wataru Sakuma https://orcid.org/0000-0001-8188-0123
Kojiro Uetani https://orcid.org/0000-0003-3245-6929
Toshihiro Yoshimura https://orcid.org/0000-0003-0478-4239
Katsunori Kimoto https://orcid.org/0000-0002-1523-6994
Satoshi Kimura https://orcid.org/0000-0002-6383-1923
Tsuguyuki Saito https://orcid.org/0000-0003-1073-6663
Ryota Nakajima https://orcid.org/0000-0003-2351-6176
Masashi Tsuchiya https://orcid.org/0000-0001-8179-4030
Tetsuro Ikuta https://orcid.org/0000-0003-3158-2421
Shinsuke Kawagucci https://orcid.org/0000-0002-7807-024X
Tadahisa Iwata https://orcid.org/0000-0003-2731-3958, e
Hidetaka Nomaki  https://orcid.org/0000-0002-7577-5076

Artigo completo na revista Science Advances: https://www.science.org/doi/10.1126/sciadv.ads2426



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Tecnologia e preparo antecipado reforçam combate  aos incêndios florestais em MS

Com expectativa de maior estiagem no segundo semestre, entidades lançam campanha contra incêndios

Com o avanço da estiagem e uma escalada preocupante nos números de queimadas, Mato Grosso do Sul viu em 2024 um cenário alarmante: 2.057.400 hectares de áreas destruídas pelo fogo — um crescimento de mais de 55% em relação aos 1.328.700 hectares de 2023. Os focos de calor também dispararam, saltando de 4.592 para 11.993, mais que dobrando em apenas um ano. Os dados foram apresentados durante o lançamento da 13ª campanha Fogo Zero, promovida pela Reflore-MS, em Campo Grande.

Em resposta a esse cenário, a MS Florestal reforçou seu plano de combate com investimentos em tecnologia e capacitação. Entre as inovações está o uso de drones com sensores térmicos, que identificam focos de calor mesmo em áreas de difícil acesso, garantindo uma resposta mais rápida e eficiente. “O drone virou nossos olhos no alto. Ele enxerga o que a gente não vê do chão e nos dá vantagem no tempo de resposta. Cada minuto faz diferença quando o fogo começa”, Alex Mário Oliveira, gerente de Prevenção e Combate a Incêndio da MS Florestal.

As ações integradas também foram destacadas por representantes do Corpo de Bombeiros, que reforçaram a importância da união de forças no combate. “Em 30 anos de serviço, não lembro de dois anos seguidos com incêndios tão severos. Mesmo com chuvas recentes, o risco continua alto. Reforçamos nossos cursos e equipamentos, e contar com a estrutura e a responsabilidade das empresas florestais é crucial nesse cenário”, afirmou o coronel Adriano Noleto Rampazo, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul.

Para a Reflore-MS, a prevenção continua sendo o principal pilar. “A integração entre empresas, produtores e instituições é o que nos aproxima da meta de fogo zero. A campanha é reflexo de um trabalho contínuo que precisa do engajamento de todos”, disse Júnior Ramires, presidente da Reflore-MS.
O esforço coletivo ao longo dos últimos anos começa a mudar a cultura do setor, conforme apontou o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta. “Há 13 anos, falar de prevenção era algo distante. Com o passar dos anos, ficou claro que esse trabalho é essencial para o desenvolvimento econômico do Estado. Não podemos admitir incêndios em áreas agrícolas, industriais e, muito menos, no Pantanal.”

A força do setor florestal também foi evidenciada por Frederico Stella, diretor-secretário do Sistema Famasul. “O crescimento do setor florestal nos últimos três anos foi fantástico — e continua crescendo. Hoje, esse setor desbancou até o complexo da soja nas exportações, o que mostra sua força e relevância.”

Além da campanha de sensibilização contra o fogo, começou nesta terça-feira III Jornada Florestal, também promovida pela Reflore. A ação percorrerá indústrias e viveiros em diferentes regiões do estado, promovendo um intercâmbio de informações a respeito do setor. Nesta quarta-feira (7), farão uma visita ao viveiro da MS Florestal, em Água Clara, que receberá cerca de 40 participantes entre técnicos e lideranças locais.

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Para mais informações, acesse: www.msflorestal.com/

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