PÁGINA BLOG
Featured Image

CEO da Suzano vê desaceleração nos preços da celulose com guerra comercial e diz que não apostaria contra a China

O CEO da Suzano (SUZB3), João Alberto Abreu, afirmou que o setor de celulose deve sentir o impacto da guerra comercial, no que diz respeito à negociação dos preços da celulose.

Após três aumentos consecutivos de preços no início deste ano, a Suzano deve ter mais dificuldade para negociar com seus clientes.”No curtíssimo prazo é normal que haja uma certa desaceleração nas negociações, até cada um ver o que vai acontecer”, afirmou.

No entanto, o executivo vê a empresa bem posicionada competitivamente. “Eu vejo a Suzano em uma posição privilegiada. Em uma situação de maior tensão, temos uma posição competitiva robusta”, disse o CEO.

As declarações foram realizadas durante o 11º Annual Brazil Investment Forum, promovido pelo Bradesco BBI, São Paulo, nesta terça-feira (8).

Segundo Abreu, a China detém 40% da exposição de celulose da empresa, enquanto Estados Unidos e Europa possuem cerca de 20% cada um.

O CEO destacou que existem discussões sobre novos pacotes de incentivo ao consumo no parceiro asiático, que podem acabar beneficiando alguns setores.

“Eu não apostaria contra a China. Eles têm um plano de crescimento, de crescer 5% e acredito que possuem muitas ferramentas para continuar buscando esse crescimento”, afirmou.

Ainda sobre a China, o executivo não descartou a possibilidade de maior integração com o mercado do país. Abreu afirmou que a moeda chinesa possui um custo de capital atrativo e que a Suzano estuda a possibilidade de transferir parte da dívida para a moeda local.

Próximos passos para a Suzano

Após o “tarifaço” de Donald Trump, a Suzano integra a lista das dez empresas que mais perderam valor de mercado: cerca de R$ 3,6 bilhões. O CEO da companhia atribuiu o cenário ao sentimento de incerteza sobre uma desaceleração global.

“A primeira preocupação para nós é uma eventual recessão. Há previsões de retração de 1% e isso reduz a demanda de todos os mercados. Precisamos olhar para o impacto nos nossos clientes, principalmente chineses e europeus”, disse Abreu.

O executivo considera que é um momento para cautela no que diz respeito à alocação de capital. A empresa avalia que a compreensão do balanço de oferta e demanda é fundamental para traçar os próximos passos no mercado.

Considerando médio e longo prazo, o CEO acredita que a tendência é de que a demanda pela celulose de fibra curta cresça em uma velocidade superior à de fibra longa. “Eu vejo a fibra longa de alguns mercados fora do Brasil atuando mais em nichos e isso abre oportunidades para a fibra curta”, disse.

Apesar das tensões com o cenário global, Abreu reforçou a confiança na Suzano, ressaltando a posição competitiva da empresa. Segundo ele, a companhia possui portfólio capaz de gerar caixa mesmo em ambientes de volatilidade de preços.

Informações: Money Times.

Featured Image

Suzano fará 4º aumento em preços de celulose a partir de abril

A Suzano, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, fará uma nova rodada de aumentos de preços de celulose em abril, a quarta seguida neste ano, informou a companhia nesta quinta-feira.

O preço da celulose vendida pela Suzano para clientes na Ásia vai subir em US$20 a tonelada, enquanto na Europa e na América do Norte o reajuste será de US$60 por tonelada em cada região.

A informação sobre os aumentos foi antecipada à Reuters por uma fonte e confirmada posteriormente pela Suzano.

Com o reajuste de abril, o preço da celulose da Suzano na Europa irá para US$1.280 a tonelada.

As ações da Suzano fecharam a quinta-feira em alta de 0,71%, enquanto o Ibovespa encerrou com avanço de 0,47%.

Informações: Terra.

Featured Image

PIM-PF: produção do setor de celulose tem alta de 17,1% no ES em janeiro

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE, divulgada nesta terça-feira (18) e compilada pelo Observatório Findes 

A indústria capixaba iniciou o ano com avanços significativos no setor de celulose, papel e produtos de papel, que registrou um aumento de 17,1% na comparação de janeiro de 2025 com janeiro de 2024. É o que aponta a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE, divulgada nesta terça-feira (18) e compilada pelo Observatório Findes.

Entretanto, mesmo com o crescimento expressivo deste segmento, a produção da indústria geral apresentou retração de 8,8% no período no Espírito Santo. Recuos também foram registrados nas indústrias de transformação (-0,7%) e extrativa (-12,8%). Esta última, impactada pela menor produção de petróleo, gás natural e pelotas de minério de ferro. Os resultados de janeiro da indústria capixaba ficaram abaixo das taxas registradas para o setor industrial a nível nacional, que cresceu 1,4%.

“Mesmo diante de um cenário desafiador, o segmento da indústria de celulose segue em crescimento, o que demonstra a capacidade de recuperação do setor. Este segmento tem se beneficiado de uma maior demanda, e consolida o Espírito Santo como um polo relevante no setor, inclusive, gerando cada vez mais valor agregado”, destaca o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona.

Impacto

O resultado do setor de celulose e papel pode ser atribuído a um cenário global. No início do ano, o mercado foi surpreendido com a paralisação da papeleira chinesa Chenming.

“A paralisação de concorrentes internacionais e a elevação dos preços globais da celulose beneficiaram a produção local, criando oportunidades para o setor. O segmento também tende a se beneficiar da nova fábrica de papel tissue anunciada pela Suzano, prevista para iniciar operações ainda em 2025”, pontuou a economista-chefe da Findes e gerente-executiva do Observatório Findes, Marília Silva.

Metalurgia cresce 5,8% no acumulado de 12 meses

No acumulado de 12 meses, a indústria de transformação cresceu 1,4%, com destaque para a metalurgia, que avançou 5,8%. Esse desempenho positivo reflete a maior demanda interna por produtos siderúrgicos, impulsionada por investimentos no setor automotivo e na construção civil. Os demais segmentos recuaram no período: celulose, papel e produtos de papel (-3,7%), fabricação de produtos alimentícios (-0,7%) e fabricação de produtos de mineiras não-metálicos (-0,6%).

Ainda assim, na análise da economista-chefe da Findes, a indústria capixaba pode ter um ano de recuperação gradual. “A indústria extrativa impactou os resultados gerais de janeiro, mas os avanços em setores como celulose e metalurgia demonstram que há espaço para crescimento. A perspectiva de aumento na produção de minério de ferro e as novas operações industriais previstas para o ano podem fortalecer ainda mais o desempenho do setor industrial”, pontuou.

Além disso, há expectativa de que o setor de transformação seja fortalecido pelos investimentos produtivos no Estado. A plena operação da plataforma Maria Quitéria, da Petrobras, a expansão da Marcopolo em São Mateus e a nova unidade da Suzano, em Aracruz, deve contribuir para um desempenho mais positivo da indústria.

“O primeiro trimestre de 2025 ainda reflete os desafios do final de 2024, mas os investimentos e a reestruturação da produção local indicam que a indústria capixaba pode ter um ano de recuperação e crescimento”, conclui Marília Silva.

Featured Image

Nova bomba da Bracell atinge o mercado: quem fica ferido?

*Artigo de Marcelo Schmid

Em meados de junho de 2024 tivemos a confirmação de algo que o Grupo Index já vinha falando aos seus clientes há muito tempo: a Bracell irá construir uma nova fábrica em Mato Grosso do Sul. Nossas análises de mercado apontavam que essa fábrica seria construída nos municípios de Bataguassu ou Brasilândia, ambos à beira de dois importantes rios que desaguam do Rio Paraná: o Rio Pardo e o Rio Verde, respectivamente.

Confesso que nos surpreendemos quando a mídia divulgou que a empresa, pertencente ao grupo asiático RGE, iria construir uma grande fábrica de capacidade produtiva de 2,8 milhões de toneladas de celulose no município de… Água Clara. Embora o site mostre viabilidade por uma série de fatores (disponibilidade hídrica, logística, mão-de-obra, entre outros), a notícia nos surpreendeu por dois motivos:

  1. Está relativamente fora da região onde a Bracell tem desenvolvido a sua base florestal, no estado, que é mais próxima do eixo da MS-040 do que da BR 262, que passa por Água Clara;
  2. Em termos de competição por madeira, a região é a “faixa de Gaza” de Mato Grosso do Sul, pois fica entre os municípios de Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, onde estão as fábricas da Suzano e Eldorado, e ainda suficientemente próxima à região onde estará a fábrica da Arauco.

Essa semana novamente  o mercado se agitou com uma nova possível bomba da Bracell. Desta vez foi divulgado que a empresa planeja uma segunda fábrica no estado, também de 2,8 milhões de toneladas, essa no município que estava em nossas previsões: Bataguassu. Embora essa notícia tenha nos deixado mais aliviados em saber que a nossa bola de cristal não está desajustada pois cravamos o município onde a empresa iria se instalar, o fato de serem divulgados planos para construção de duas fábricas da mesma capacidade, tão próximas uma da outra (cerca de 100 km em linha reta), nos causou estranheza.

Investigando um pouco melhor, descobrimos que, de fato, a Bracell está com processo de licenciamento ambiental aberto nas duas cidades, embora não confirme nada além disso (como é usual). Rumores dizem que a unidade de Água Clara seria dedicada à produção de fibra curta, enquanto a fábrica em Bataguassu estaria voltada para a celulose solúvel especial. Isso ajuda a entender um pouco melhor esse passo agressivo da empresa, mas ainda permanecem algumas dúvidas em aberto, sobretudo em relação à capacidade produtiva da suposta fábrica de celulose solúvel: 2,8 milhões de toneladas, capacidade muito alta para esse tipo de produto. Sabemos que esse mercado é limitado, que o patamar de preço dos últimos anos é baixo perante o rendimento das plantas (na conversão de madeira para celulose) e que a produção mundial é alta.

Recorremos à nossa bola de cristal para ver se ela nos ajuda novamente, e o que ela nos disse?

  • Embora não se possa duvidar nada do Grupo RGE, acreditamos que a empresa vai focar seus esforços em uma fábrica de celulose de mercado, para tissue, em primeiro lugar e, quem sabe, daqui a alguns anos (pelo menos 5), a empresa usará o segundo site para outro tipo de celulose, talvez, solúvel (sim, aparentemente a Bracell está “reservando” os dois sites)
  • As fábricas comprometem a “capacidade máxima” do estado e forçariam os demais players a voltarem à prancheta, tanto aqueles que flertam expansão ou aqueles que estudam novas fábricas;
  • A movimentação da empresa é, antes de mais nada, um golpe agressivo nos atuais concorrentes e seus planos de expansão, enquanto, de certa forma, “tranca” o estado para novos entrantes

Dúvidas e concorrência à parte, quem ganha com isso certamente é o país, demonstrando que a indústria de base florestal mundial (ainda) nos enxerga como um local adequado para expansão. Ganha também o estado de Mato Grosso do Sul, que de forma exemplar soube identificar e explorar o seu potencial de desenvolvimento de base florestal e desenvolvê-lo de forma primorosa nos últimos 15 anos. E por fim, ganha todo o setor, pois quanto mais concorrência e movimentação, mais geração de oportunidades, receita e desenvolvimento!

E agora? Com o Mato Grosso do Sul lotado, qual, ou melhor, onde será o próximo capítulo do desenvolvimento da indústria de celulose no Brasil?


*Marcelo Schmid é sócio-diretor do Grupo Index, engenheiro florestal e advogado, mestre em economia e política florestal.

Featured Image

Suzano anuncia novo aumento nos preços da celulose em fevereiro

Reajustes atingirão todos os mercados, com foco em Europa e América do Norte

A Suzano, maior produtora global de celulose de eucalipto, informou a seus clientes sobre novos ajustes nos preços da celulose que será comercializada a partir de fevereiro em todos os mercados. A informação foi divulgada por uma fonte do mercado nesta quinta-feira.

De acordo com a fonte, os reajustes serão de US$ 20 por tonelada para a Ásia e de US$ 60 por tonelada para clientes na Europa e América do Norte. Com essa elevação, o preço da celulose da Suzano na Europa atingirá US$ 1.160 por tonelada.

A Suzano confirmou o reajuste, embora não tenha especificado os valores.

Esses aumentos seguem a elevação de preços implementada pela empresa neste mês. Em janeiro, a Suzano já havia reajustado o preço da commodity em US$ 20 para clientes na Ásia e em US$ 100 na Europa e América do Norte.

Em novembro, Leonardo Grimaldi, vice-presidente comercial da Suzano, declarou que a empresa observava atrasos na entrada de novas capacidades de produção de celulose na Indonésia durante este ano e que a demanda por celulose se mantinha “saudável” em todas as regiões onde a companhia opera.

Informações: Portal do Agronegócio | Imagem: crédito Mais Floresta.

Featured Image

Mercado de celulose com previsão de crescimento de 39,7 mil milhões de euros entre 2024 e 2029

O mercado global de celulose deverá crescer 39,7 mil milhões de euros no período entre 2024 e 2029, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 3,8%, segundo o mais recente relatório de análise do setor.

O aumento, diz a technavio, é impulsionado pela crescente procura de materiais de embalagem de papel e pela adoção de práticas sustentáveis em várias indústrias.

Tendências e fatores de crescimento

A produção de celulose a partir de materiais florestais, como madeira, bambu, casca de arroz e palha de trigo, continua a dominar o mercado. O setor tem vindo a adotar tecnologias que utilizam energia renovável para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

A procura por papel de embalagem, papel de escrita e outros produtos derivados tem registado um aumento significativo, em linha com as preferências dos consumidores por materiais biodegradáveis e recicláveis. No entanto, o setor enfrenta desafios relacionados com os custos elevados de produção e preocupações ambientais, sobretudo no que diz respeito à celulose química.

Estima-se que a região da América do Norte contribua com 32% para o crescimento global do mercado durante o período analisado. A crescente procura por embalagens sustentáveis nos setores de alimentos e bebidas, bem como de cuidados pessoais, tem sido um fator determinante.

O fortalecimento da infraestrutura de reciclagem na região, aliado à crescente utilização de matérias-primas alternativas, como bambu e palha de trigo, tem reduzido a dependência de recursos florestais tradicionais, promovendo práticas mais ecológicas e sustentáveis.

A segmentação do mercado de celulose apresenta três principais aplicações. O papel de impressão e escrita continua a ser um dos segmentos mais relevantes, impulsionado pela procura crescente em países como a China, a Índia e a Indonésia. O papel de embalagem destaca-se pela transição acelerada para soluções ecológicas, especialmente no comércio eletrónico e no setor alimentar. Já os produtos tissue e papéis de uso especial, como papel higiénico e toalhas de papel, registam um crescimento constante devido à elevada procura por soluções higiénicas e descartáveis.

Em termos de distribuição regional, a América do Norte apresenta uma forte presença no mercado de papel de embalagem e produtos higiénicos. Na Europa, o foco está nas práticas sustentáveis e no desenvolvimento de alternativas à celulose química. Na região Ásia-Pacífico, países como a China e a Índia lideram o crescimento, impulsionados pela expansão populacional e pela urbanização.

Desafios e inovações

O custo elevado da produção de celulose continua a ser uma preocupação para os produtores, que enfrentam também pressões crescentes para reduzir o impacto ambiental. A inovação no uso de matérias-primas alternativas, como a palha de trigo e o bambu, surge como uma resposta a estes desafios.

A tendência para a utilização de embalagens ecológicas e recicláveis deverá continuar a impulsionar o setor, tornando o mercado de celulose um dos pilares na transição para uma economia mais verde.

Informações: Do Papel.

Featured Image

Com maior oferta, preço do eucalipto e da celulose se estabiliza

Mato Grosso do Sul tem quase 1,5 milhão de hectares de eucalipto, espalhados por 72 municípios

O preço médio da madeira de eucalipto clonal, comercializada na modalidade árvore em pé com casca, tendo como base a região de Campo Grande a Três Lagoas (MS), fechou o mês de novembro de 2024 em R$ 137,47 o metro cúbico, apresentando estabilidade em relação ao preço médio de agosto do mesmo ano. Aparentemente parece haver uma acomodação no mercado de madeira de eucalipto. O anúncio de uma nova fábrica de celulose em Água Clara (MS), pode influenciar no preço da madeira nos próximos meses.

A análise é do Boletim Casa Rural – Florestas Plantadas, de dezembro/2024, elaborado pelo Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).

Preço da celulose também estabiliza

No setor de produtos florestais, segundo reportagem desta sexta-feira (3) no jornal Valor Econômico, após acumular alta de quase 26% em 2023 no mercado chinês, os preços da celulose de fibra curta (BHKP) estagnaram em 2024, subindo em média quase 9% frente ao mesmo período do ano anterior, de acordo com séries históricas da Fastmarkets RISI, consultoria especializada em indicadores de preços e análises do setor florestal.

As correções foram impulsionadas, segundo o jornal, principalmente, pela entrada de novos volumes no mercado. Em julho, a Suzano deu início às operações do Projeto Cerrado, em Ribas do Rio Pardo (MS), que vai adicionar 2,55 milhões de toneladas anuais de celulose de eucalipto no mercado. A estimativa para 2024 era produzir 900 mil toneladas na unidade, com vendas de 700 mil toneladas.

O ponto é que o comportamento dos preços ao longo de 2024 não foi linear. Após subirem quase 16% ao longo do primeiro semestre – alcançando o pico de US$ 745 por tonelada na China em junho – os valores foram recuando desde então.

Considerando o faturamento, segundo o boletim Casa Rural, a celulose foi o produto florestal mais exportado por Mato Grosso do Sul em 2024, entre janeiro e outubro, com participação de 98,89%. O segundo lugar ficou para papel com 1,01% e madeira com 0,10%. O total das exportações florestais chegou a US$ 2,145 bilhões, valor 79,7% maior que os US$ 1,193 bilhão exportados no mesmo período do ano anterior.

Nos primeiros dez meses de 2024, a China foi o destino de mais da metade dos produtos florestais de Mato Grosso do Sul. O país asiático teve uma participação de 54,5% no faturamento para um volume superior a 2,08 milhões de toneladas. O segundo posto foi ocupado pela Itália com participação de 8,7%, seguido pelos Países Baixos igualmente com 8,7%. Nesses primeiros dez meses do ano, os produtos florestais locais foram exportados para 49 países, gerando uma receita de US$ 2,145 bilhões para um volume exportado de 3,748 milhões de toneladas.

Gráfico mostra os destinos dos produtos florestais de MS. (Fonte: SECEX, 2024. Elaboração: DETEC/Sistema Famasul).

Preço da celulose cai no mundo todo

A fase de baixa de preços da celulose continuou em outubro e novembro de 2024, em especial para os preços da tonelada de celulose de fibra curta (BHKP e BEK) e em especial na Europa. Neste continente, segundo artigo publicado na Revista Papel, pelo professor Carlos José Caetano Bacha, da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”) há grande aumento da oferta desse produto em relação à sua demanda, em especial devido à tentativa de ofertantes em oferecem maiores volumes desses produtos na Europa, onde os preços listas são bem superiores aos praticados na China.

No entanto, diz ele, em final de outubro e no início de novembro, esse movimento levou a algumas negociações, na Europa, em que os preços praticados nas vendas domésticas momentâneas (mercado spot) implicou em valores, por tonelada de BEK, um pouco inferiores aos praticados na China. No mercado de celulose de fibra longa (NBSKP) há ainda tendência de queda de preços, mas em ritmos inferiores às reduções que ocorrem no mercado de celulose de fibra curta, em especial na Europa e na China.

Nos EUA continuam a ocorrer quedas dos preços da tonelada de NBSKP, mas em valores absolutos inferiores às quedas ocorridas na Europa, o que implica em aumento do gap de preços (em dólares) deste produto entre as duas regiões.

Florestas plantadas em MS

Há pouco mais de 1,45 milhão de hectares de eucalipto cultivados em 72 municípios. A maior concentração de áreas está na Costa Leste de Mato Grosso do Sul. Ribas do Rio Pardo é o município que apresenta maior área plantada, respondendo por 26,2%, seguido de Três Lagoas e Água Clara, com 20,8% e 11% respectivamente.

Featured Image

Suzano vai elevar preços de celulose em todos os mercados a partir de janeiro

Companhia, maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo, vai aumentar os preços da commodity em 20 dólares para clientes na Ásia

São Paulo, novembro de 2024 – A Suzano está comunicando clientes a todos os mercados sobre reajustes nos preços da celulose a partir de 1º de janeiro, confirmou a empresa após ser questionada pela Reuters sobre o aumento nesta segunda-feira (23).

A companhia, maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo, vai aumentar os preços da commodity em 20 dólares para clientes na Ásia, maior mercado.

Na Europa e na América do Norte, os aumentos serão de 100 dólares por tonelada. Na Europa o preço médio do produto será de 1.100 dólares por tonelada.

Informações: Reuters.

Featured Image

Soja perde espaço, enquanto celulose avança no ranking de exportações de MS

Juntas, soja e celulose somaram 56,68% da receita total em 2023 e 57,31% em 2024, segundo o MDIC

A soja se mantém no acumulado de janeiro a novembro de 2024 como o principal produto exportado por Mato Grosso do Sul, mas, na comparação com o mesmo período de 2023, perdeu participação relativa frente ao total da receita do estado. Em contrapartida, a celulose, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), ampliou seu protagonismo no ranking sul-mato-grossense.

Em 2023, a soja representava 41,83% da receita total com exportações do estado, com um valor de US$ 3,833 bilhões. Em 2024, esse percentual caiu para 31,23%, com receita de US$ 2,834 bilhões. Por outro lado, a celulose ampliou sua participação de 14,85% (US$ 1,360 bilhão) em 2023 para 26,08% (US$ 2,367 bilhões) em 2024.

Em 11 meses do ano passado, o estado exportou US$ 9,848 bilhões, e, no mesmo intervalo deste ano, US$ 9,298 bilhões, o que representa uma redução de aproximadamente 5,6% nessas operações. Juntas, soja e celulose somaram 56,68% da receita total em 2023 e 57,31% em 2024.

Ranking dos 10 principais produtos exportados

2023

  • Soja: US$ 3,833 bilhões (41,83%)
  • Celulose: US$ 1,360 bilhão (14,85%)
  • Milho em grão: US$ 855,403 milhões (9,34%)
  • Açúcar: US$ 790,836 milhões (8,64%)
  • Carnes desossadas e congeladas de bovino: US$ 607,378 milhões (6,63%)
  • Bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja: US$ 413,971 milhões (4,52%)
  • Pedaços e miudezas congelados comestíveis de galos/galinhas: US$ 268,154 milhões (2,93%)
  • Farinhas e pellets da extração do óleo de soja: US$ 265,880 milhões (2,90%)
  • Carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovino: US$ 216,594 milhões (2,37%)

Dos dez produtos, nove pertencem ao setor agroindustrial, totalizando US$ 9,520 bilhões, o equivalente a 96,88% do total exportado pelo estado em 2023.2024

  • Soja: US$ 2,834 bilhões (31,23%)
  • Celulose: US$ 2,367 bilhões (26,08%)
  • Açúcar: US$ 799,950 milhões (8,81%)
  • Carnes desossadas e congeladas de bovino: US$ 767,606 milhões (8,46%)
  • Bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja: US$ 404,384 milhões (4,45%)
  • Carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovino: US$ 356,791 milhões (3,93%)
  • Farinhas e pellets da extração do óleo de soja: US$ 263,060 milhões (2,90%)
  • Milho em grão: US$ 204,064 milhões (2,25%)
  • Pedaços e miudezas congelados comestíveis de galos/galinhas: US$ 189,717 milhões (2,09%)

A China se manteve como o principal destino das exportações sul-mato-grossenses, ampliando sua participação de 40,20% (US$ 3,959 bilhões) em 2023 para 46,35% (US$ 4,309 bilhões) em 2024.

Principais destinos das exportações 2023

  • China: US$ 3,959 bilhões (40,20%)
  • Argentina: US$ 1,084 bilhão (11,01%)
  • Estados Unidos: US$ 467,627 milhões (4,75%)
  • Holanda: US$ 317,430 milhões (3,22%)
  • Japão: US$ 300,412 milhões (3,05%)

2024

  • China: US$ 4,309 bilhões (46,35%)
  • Estados Unidos: US$ 616,068 milhões (6,62%)
  • Holanda: US$ 444,642 milhões (4,78%)
  • Indonésia: US$ 265,511 milhões (2,86%)
  • Itália: US$ 249,423 milhões (2,68%)

Informações: Folha de Campo Grande.

Featured Image

Suzano e a dúvida do mercado: ela quer comprar toda a IP ou só os ativos de celulose?

Fluxo de notícias desencontradas sobre um acordo entre Suzano e a International Paper segue preocupando investidores

O fluxo de notícias sobre um potencial acordo entre Suzano (SUZB3) e a International Paper segue movimentando as ações da empresa de papel e celulose. Após a companhia brasileira confirmar interesse nos ativos da IP na última quarta-feira (22), CEO da International Paper, Andy Silvernail, teria mencionado durante uma conferência com analistas que “nenhuma parte da propriedade intelectual é uma vaca sagrada, incluindo a Global Cellulose Fibers”.

Segundo o Bradesco BBI, essa afirmação foi interpretada pelo mercado como um sinal de que a Suzano poderia estar potencialmente interessada apenas nos ativos da Celulose, o que levou a ação a subir mais de 5% na última quinta-feira, para fechar com ganhos de 3,68%.

No entanto, ontem, após o fechamento dos mercados, a Bloomberg informou que a Suzano está supostamente em negociações de financiamento com bancos asiáticos para avançar com a aquisição de todos os ativos da International Paper, observando que o acordo imitaria a aquisição da Fibria pela Suzano por US$ 11 bilhões em 2018, uma transação que envolveria dinheiro e troca de ações.

O BBI comenta que ainda não está claro se a Suzano estaria interessada em todos os ativos da International Paper ou apenas nos ativos de celulose (8% da receita total da International Paper). Embora mantenha recomendação de compra para as ações da Suzano, os analistas acreditam que elas poderão continuar pressionadas até que a visibilidade de sua estratégia de alocação de capital melhore.

A Genial Investimentos, por sua vez, classifica a notícia como negativa, pois reforça o interesse da Suzano na compra, mas por outro lado, acredita que a opção de troca de ações pode arrefecer um pouco o pessimismo, uma vez que as notícias anteriores estavam considerando uma operação 100% em dinheiro.

Caso não haja troca de ações, a Genial avalia a necessidade de captação de uma dívida de cerca de US$ 12 bilhões, o que elevaria a alavancagem para 4,6 vezes Dívida Líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) em 2024 ante 3,5 vezes no 1T24, gerando desconfianças no investidor.

O CEO da IP também disse que a companhia não está engajada com a potencial oferta da Suzano para uma aquisição, e que segue exclusivamente focada na compra da DS Smith, esperada para o 4T24.

A Genial ainda comenta que o desinteresse da IP sugere uma elevação da proposta feita pela Suzano, resultando em um valuation mais caro e alavancagem maior. “Por outro lado, caso haja sucessivas respostas negativas da IP à Suzano, as ações da Suzano tenderiam a voltar para os patamares anteriores às notícias”, pontua.

Informações: InfoMoney.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S