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Agricultores que conservaram a floresta começam a receber R$ 2,2 milhões do Projeto Floresta+ Amazônia

Primeiro lote de pagamentos por serviços ambientais beneficia 217 agricultores e agricultoras que, juntos, conservam quase 12 mil hectares de vegetação nativa

Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), iniciou, nesta semana, o pagamento dos incentivos financeiros a 217 agricultores e agricultoras. Eles se inscreveram na chamada pública de pagamentos por serviços ambientais (PSA) do Projeto Floresta+ Amazônia por conservarem a floresta em seus imóveis rurais. A iniciativa repassa, no primeiro lote, o montante de R$ 2,2 milhões.
O Projeto Floresta+ Amazônia é uma iniciativa piloto implementada em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e financiado pelo Fundo Verde para o Clima (GCF), com recursos oriundos de resultados obtidos pelo Brasil na Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa decorrentes do Desmatamento e da Degradação florestal (REDD+).

Os beneficiados são agricultores e agricultoras familiares que detêm área de até quatro módulos fiscais e foram elegíveis para receber a primeira parcela do pagamento como provedores de serviços ambientais. Os valores variam entre R$ 1,5 mil e R$ 28 mil, dependendo do tamanho, localização do imóvel rural e da área de vegetação nativa preservada. São quase 12 mil hectares de floresta conservada.
Este primeiro lote de pagamentos é destinado a provedores de serviços ambientais que estavam inscritos até janeiro de 2025. Novos lotes de pagamentos estão previstos para os próximos meses considerando novas adesões, que podem ser feitas em fluxo contínuo até dezembro deste ano, por meio do site do projeto ou durante os mutirões presenciais.

Com esse primeiro lote de pagamentos, o Floresta+ avança em um dos seus principais objetivos: apoiar agricultores e agricultoras familiares, proprietários e proprietárias ou possuidores e possuidoras de pequenos imóveis rurais na Amazônia Legal. Por meio de incentivos econômicos, eles são incentivados a se engajarem em frentes estratégicas de conservação da floresta, mantendo o que se chama de remanescentes de vegetação nativa. Por esse motivo, os beneficiários do projeto são chamados de “provedores de serviços ambientais”.

PRODUZIR E CONSERVAR – O recurso beneficia agricultores como a jovem Rayana Xavier Pantoja, de 24 anos, e seu pai Raimundo Pantoja, de Oeiras, na ilha do Marajó (PA). Rayana diz que o PSA mudou a vida da família. “O projeto ajudou bastante. A gente não esperava. Foi um motivo para não desistir de produzir e conservar”, conta Rayana. A família possui propriedade em ilhas no arquipélago, onde cultiva açaí, macaxeira, frutas e óleos, como andiroba.

Com o primeiro recurso do PSA, ano passado, arrumaram as estruturas para fazer farinha, melhorar a extração de açaí, criar animais, além de outras melhorias. “Receber esse recurso é muito gratificante. Vale muito a pena”, disse Rayana. “A gente vem lutando há muitos anos para manter a floresta em pé porque tem muita riqueza, muita caça, e abraçamos essa causa. Com esse dinheiro, não precisamos mais atacar a natureza”, conta Raimundo, reforçando que, com o novo pagamento, fará outra limpeza geral na área e melhoramentos para estruturar um criadouro de peixes.

Rayana Pantoja

A família de Rayana foi uma das beneficiadas do Projeto Floresta+


COMO PARTICIPAR – As inscrições e os pagamentos anuais são realizados durante a vigência da chamada pública, que vai até 31 de dezembro deste ano. Quem não receber neste lote, ainda poderá ser beneficiado nas próximas etapas. Os agricultores e agricultoras interessados ainda podem se inscrever nos mutirões presenciais nos municípios ou pelo site do projeto. Para mais informações sobre o projeto, clique aqui.

PARÁ É DESTAQUE – O Pará é o estado com o maior número de provedores de serviços ambientais: 141 agricultores e agricultoras familiares e quase 6 mil hectares de floresta mantida em pé. Em seguida, vem os estados do Amazonas, com 32 agricultores familiares e quase 3 mil hectares conservados. Outros estados, como Acre, Amapá e Maranhão também têm provedores elegíveis. Atualmente, os imóveis rurais estão localizados em 36 municípios dos cinco estados. Para se tornar um provedor de serviços ambientais, além de aceitar o termo de adesão, o agricultor ou agricultora precisa ter o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Além de ser o principal instrumento para consulta e identificação das áreas elegíveis para participar da chamada pública, o CAR é uma porta de entrada para o PSA pelo Floresta+.

IMAGENS DE SATÉLITE – O assessor técnico do Projeto, Pedro Bernardino, explica que o compromisso em conservar a vegetação nativa é monitorado por meio de imagens de satélite, além de consulta a sistemas de alerta de desmatamento e bases oficiais de embargos ambientais. “O compromisso com o cuidado e a conservação dos RVN nos pequenos imóveis rurais é incentivado por meio do PSA, reforçando a importância do cumprimento da legislação ambiental”, afirmou Bernardino. Ele também ressalta que aqueles que mantiverem áreas preservadas seguirão recebendo o PSA nas demais etapas de desembolso.

CONTA BANCÁRIA – O PSA é feito diretamente na conta bancária informada pelo beneficiário no ato da inscrição à chamada pública. O beneficiário recebe ainda uma comunicação prévia do Banco da Amazônia (Basa) sobre o pagamento. “É importante que o agricultor ou agricultora saiba que não há intermediários e nem descontos e que qualquer dúvida pode ser respondida pelas equipes do próprio projeto pelo WhatsApp, e-mail ou nos canais da Ouvidoria, que estão informados no site do projeto’’, completou Pedro Bernardino.

MULHERES FORTALECIDAS – As ações que envolvem PSA fazem parte da modalidade Conservação do Floresta+ Amazônia que, além de apoiar quem protege a floresta, mantém algumas prioridades estratégicas. Uma delas é o fortalecimento da presença das mulheres. Neste primeiro lote de pagamentos, estão sendo contempladas 84 mulheres (39%) e 134 homens (61%). Os números de participação feminina estão alinhados e representam o compromisso do Floresta+ com a equidade de gênero e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, das Organizações das Nações Unidas (ONU).

CIDADES – Outra meta é alcançar as cidades que fazem parte da lista de municípios prioritários do Programa União Municípios, do MMA. A iniciativa faz parte do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). No total, são 81 municípios prioritários, definidos pela Portaria nº 1.202 de 2024 do MMA, que representam 78% do desmatamento na Amazônia Legal. Neste primeiro lote de pagamento, mais de R$ 50 mil são destinados para agricultores desses municípios.

100 MUNICÍPIOS – Desde 2024, as equipes locais do Projeto Floresta+ nos estados realizam ações conjuntas para atendimentos presenciais e online em parcerias com as secretarias estaduais de meio ambiente e agricultura familiar e órgãos ambientais locais. Ao todo, mutirões com esses parceiros já passaram por cerca de 100 municípios amazônicos oferecendo serviços de orientação e inscrição ao Floresta+, bem como validação ou regularização do CAR.

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Acordo na Eldorado deve viabilizar nova megafábrica de R$ 28 bilhões

J&F e Paper Excellence estabeleceram um entendimento para que asiático venda sua participação na fábrica

O acordo entre a J&F e a Paper Excellence, que envolve a compra, pela holding brasileira, das ações da empresa sino-indonésia da Eldorado Brasil Celulose, deve destravar um investimento de pelo menos US$ 5 bilhões (R$ 28 bilhões) na construção da segunda linha de produção da empresa, localizada em Três Lagoas, cidade a 330 quilômetros de Campo Grande (MS).

O acordo bilionário para a compra da participação da Paper, do sino-indonésio Jackson Widjaja, pelos brasileiros Joesley e Wesley Batista, donos da holding J&F, avançou ao longo desta semana e deve ter mais detalhes divulgados nos próximos dias.

A expectativa é de que os irmãos Batista paguem pelo menos US$ 2,7 bilhões a Widjaja pela participação de 49,5% na Eldorado Brasil Celulose. No ano passado, Joesley Batista, em um evento para empresários em São Paulo (SP), afirmou que o projeto da segunda linha seria iniciado “em breve”. 

O investimento na Eldorado estava condicionado a um acordo com a Paper Excellence, que trava há oito anos uma disputa jurídica e em câmaras arbitrais pelo controle da empresa. A segunda linha da Eldorado terá capacidade de processar, pelo menos, mais de 2,5 milhões de toneladas de celulose.

Atualmente, a empresa tem uma capacidade instalada de 1,9 milhão de toneladas por ano, mas, em função da alta produtividade, chega a se aproximar ou ultrapassar os 2 milhões de toneladas do composto vegetal usado na fabricação de papel, lenços, itens de higiene e embalagens, entre outras finalidades.

O argumento do investimento represado na Eldorado chegou a ser utilizado em uma das batalhas travadas pelo controle da empresa no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que acabou tirando, por alguns meses, a Paper Excellence do conselho de administração da companhia. 

A tese da holding dos irmãos Batista, que chegou a ser acatada pelo órgão, era de que a empresa de Widjaja não demonstrava interesse na expansão da Eldorado e que a disputa pelo controle dificultava novos investimentos.

De fato, a Eldorado ficou para trás nos últimos anos na corrida pela produção de celulose em Mato Grosso do Sul. Enquanto a disputa era travada entre os Batista e Widjaja nos tribunais, a concorrente Suzano expandiu sua produção no Estado e inaugurou uma megafábrica em Ribas do Rio Pardo, cidade a 130 km de Campo Grande.

Neste ano, a Arauco iniciou as obras de outra megafábrica, em Inocência, e, nos próximos anos, será a vez de a Bracell iniciar sua unidade em Bataguassu.

Nos bastidores, a preocupação na Eldorado Celulose é de que falte mão de obra para executar o projeto da segunda linha, uma vez que há escassez de técnicos e engenheiros especializados em grandes estruturas, e boa parte deles estará mobilizada nos projetos da Arauco e da Bracell.

Acordo

A J&F, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, fechou um acordo para recomprar a participação da Paper Excellence na Eldorado Brasil Celulose, encerrando uma disputa societária que se arrasta há oito anos. A planta industrial localizada em Três Lagoas é atualmente controlada pelos Batista (com 50,5% das ações) e tem como sócia a Paper Excellence, empresa do bilionário sino-indonésio Jackson Widjaja.

O impasse teve início em 2017, quando a venda total da Eldorado para Widjaja foi anunciada, mas não concluída, em função da ausência de garantias financeiras por parte do comprador. A negociação que encerra o conflito foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Correio do Estado.

A expectativa é de que a transação seja formalizada até o fim desta semana, com a recompra das ações detidas por Widjaja. Segundo fontes próximas ao processo, os representantes legais da Paper Excellence já teriam concordado com a venda da fatia por US$ 2,7 bilhões.

A disputa ganhou novos contornos após a Justiça Federal em Três Lagoas confirmar uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que suspende a aquisição de imóveis rurais pela Eldorado e pela Paper Excellence até que ambas obtenham autorização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Congresso Nacional. 

Essa exigência, baseada na legislação brasileira que restringe a compra de terras por estrangeiros, acabou inviabilizando a conclusão da venda para a Paper.

A resolução do impasse pode destravar investimentos de grande porte na fábrica. A Eldorado pretende aplicar cerca de US$ 5 bilhões (aproximadamente R$ 26 bilhões) na construção de uma segunda linha de produção, projeto paralisado desde o fim da década passada justamente por conta da indefinição sobre o controle acionário da empresa.

Informações: Correio do Estado.

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Suzano está com oito processos seletivos abertos para diferentes cidades de Mato Grosso do Sul

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, está com oito processos seletivos abertos em diferentes áreas para suas operações em Água Clara, Bataguassu, Brasilândia e Ribas do Rio Pardo (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

Em Água Clara, há duas oprtunidades, uma para Mecânico(a) I – M17 e outra para Operador(a) de Máquina Florestal – M17. Em Bataguassu, o processo seletivo é para Operador(a) de Máquina Florestal – M16, e em Brasilândia, para Operador(a) de Máquina Florestal. Já em Ribas do Rio Pardo, os interessados podem concorrer a quatro processos seletivos: Técnico(a) de Segurança do Trabalho III – Florestal, Supervisor(a) de Manutenção, Técnico(a) de Operações Florestais II e Analista de Planejamento de Manutenção Sênior, com foco em Elétrica e Instrumentação.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Água Clara

Mecânico(a) I – M17 – inscrições até 30/05/2025: Página da vaga | Mecânico(a) I – M17

Operador(a) de Máquina Florestal – M17 – inscrições até 30/05/2025: Página da vaga | Operador(a) de Máquina Florestal – M17

Bataguassu

Operador(a) de Máquina Florestal – M16 – inscrições até 30/05/2025: Página da vaga | Operador(a) de Máquina Florestal – M16

Brasilândia

Operador(a) de Máquina Florestal – M19 – inscrições até 30/05/2025: Página da vaga | Operador(a) de Máquina Florestal – M19

Ribas do Rio Pardo

Técnico(a) de Segurança do Trabalho III – Florestal – inscrições até 18/05/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Segurança do Trabalho III – Florestal

Supervisor(a) de Manutenção – inscrições até 18/05/2025: Página da vaga | Supervisor(a) de Manutenção

Técnico(a) de Operações Florestais II – Colheita – inscrições até 19/05/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Operações Florestais II – Colheita

Analista de Planejamento de Manutenção Sênior (Elétrica e Instrumentação) – inscrições até 25/05/2025: Página da vaga | Analista de Planejamento de Manutenção Sênior (Elétrica e Instrumentação)

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br.

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Exclusiva – De tentativa de venda à recompra bilionária: J&F e Paper Excellence selam paz na disputa pela Eldorado Brasil

Após 8 anos de batalha judicial, J&F retoma controle total da fábrica de celulose em acordo de US$ 2,64 bilhões com a Paper Excellence

A arbitragem entre a Paper Excellence e a J&F pela Eldorado Brasil é um complexo litígio societário que se arrasta desde 2017. A Paper Excellence, uma empresa canadense, concordou em comprar a produtora de celulose da J&F, um grupo brasileiro. No entanto, a J&F posteriormente tentou reverter a venda, levando a uma longa disputa judicial e arbitral.

A disputa que envolveu tanto instâncias arbitrais internacionais quanto o sistema judiciário brasileiro, finalmente parece ter chegado ao fim com um acordo entre as partes. A assinatura do contrato, prevista para hoje (15), finaliza o maior litígio societário da história empresarial recente do Brasil.

Confira o comunicado oficial publicado, por ambas as empresas:

J&F adquire ações da Paper Excellence na Eldorado e disputa é encerrada

São Paulo, 15 de maio – A J&F e a Paper Excellence anunciam hoje a aquisição, pela J&F, da participação de 49,41% detida, de forma indireta, pela Paper na Eldorado Brasil Celulose, pelo valor de US$ 2,640 bilhões à vista.

A transação atende plenamente aos interesses de ambas as partes e põe fim, de forma plena e definitiva, a todos os processos judiciais e arbitrais em curso.

A J&F demonstra, com esse investimento, a sua confiança no Brasil e na Eldorado. A Paper Excellence seguirá explorando oportunidades no setor de celulose e papel.

J&F S.A e Paper Excellence

Relembre os principais pontos da disputa:

  • Acordo de compra e venda: Em 2017, a Paper Excellence concordou em adquirir a Eldorado Brasil da J&F por aproximadamente R$ 15 bilhões.
  • Judicialização pela J&F: Após a assinatura do contrato, a J&F buscou anular a venda na Justiça brasileira, alegando diversos motivos, incluindo restrições legais à compra de terras por estrangeiros e supostas irregularidades no processo de venda.
  • Arbitragem: O contrato de compra e venda previa a resolução de disputas por meio de arbitragem. A Paper Excellence iniciou um processo arbitral na Câmara de Comércio Internacional (CCI) em Paris.
  • Decisão favorável à Paper Excellence: Em 2021, a arbitragem foi vencida pela Paper Excellence. No entanto, a J&F recorreu da decisão na Justiça brasileira.
  • Disputa judicial paralela: Enquanto a arbitragem seguia, a disputa judicial no Brasil também avançava, com decisões conflitantes em diferentes instâncias. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) chegou a suspender o julgamento do caso em São Paulo.
  • Nova arbitragem da Paper Excellence: Em janeiro de 2025, a Paper Excellence abriu uma nova arbitragem em Paris contra a J&F, buscando uma indenização de US$ 3 bilhões por supostos atos desleais e abusivos que teriam impedido a conclusão da transferência do controle da Eldorado.
  • Acordo entre as partes: Em maio de 2025, após oito anos de litígio, a J&F e a Paper Excellence chegaram a um acordo. A J&F recomprará a participação de 49,41% da Eldorado Brasil que estava nas mãos da Paper Excellence, retomando o controle total da empresa. Os termos financeiros do acordo não foram divulgados inicialmente, mas posteriormente se falou em um valor de US$ 2,7 bilhões a serem pagos pela J&F.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Após 8 anos de briga, J&F vai retomar controle total da Eldorado Celulose em MS

Holding dos irmãos Batista pagará US$ 2,7 bilhões à Paper e põe fim à mais longa disputa societária do Brasil

A J&F Investimentos, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, firmou um acordo com o grupo Paper Excellence para encerrar uma disputa societária que se arrastava desde 2017 pela Eldorado Celulose, instalada em Três Lagoas, a 326 quilômetros de Campo Grande. Pelo acerto, a J&F vai adquirir os 49,41% restantes da companhia, atualmente nas mãos da Paper Excellence, por US$ 2,7 bilhões. A assinatura do contrato está prevista para esta quinta-feira (15), e marcará o fim de um dos litígios empresariais mais longos e intensos do Brasil.

A controvérsia teve início em 2017, quando a J&F anunciou a venda da totalidade de sua participação na Eldorado para a Paper Excellence. No entanto, em 2018, ao chegar o momento da transferência efetiva das ações, a J&F levou o caso à Justiça, alegando descumprimento de cláusulas contratuais por parte dos compradores.

Desde então, as duas companhias travaram uma guerra jurídica em múltiplas frentes, incluindo tribunais brasileiros e câmaras arbitrais internacionais em Miami e Paris. A disputa envolveu acusações mútuas e questionamentos sobre o cumprimento de contratos, além de mobilizar centenas de milhões de reais em honorários advocatícios ao longo dos anos.

Com o novo acordo, divulgado inicialmente pelo O Globo, a J&F volta a deter 100% da Eldorado, uma das maiores produtoras de celulose do país. Em termos comparativos, a Paper Excellence havia desembolsado cerca de R$ 3,8 bilhões pela participação em 2017 e agora, vende por R$ 15 bilhões, considerando a conversão atual do câmbio.

A tentativa de aquisição pela Paper começou ainda em 2017, com a compra de 13% da Eldorado em uma emissão de ações e do restante por meio do FIP Florestal, fundo controlado pelos fundos de pensão Funcef e Petros. Mesmo após uma vitória da Paper em uma câmara de arbitragem e o depósito judicial de R$ 11,2 bilhões, a J&F continuou contestando a operação nos tribunais brasileiros, o que paralisou a transferência do controle.

Nos bastidores, a J&F chegou a questionar a legalidade do uso da arbitragem para esse tipo de conflito e incentivou ações civis públicas alegando possível violação de regras sobre propriedade de terras por estrangeiros. No ano passado, os irmãos Batista ofereceram um valor adicional de R$ 6 bilhões a Jackson Widjaja, CEO da Paper Excellence, em uma tentativa frustrada de encerrar a disputa.

Com o desfecho, a Paper Excellence mantém planos de seguir operando no Brasil, considerado estratégico para o grupo. A compra deve destravar ainda o investimento de R$ 25 bilhões para construção de uma nova planta em Mato Grosso do Sul.

Conforme anunciado anteriormente pela J&F, com a construção de uma segunda linha, a produção anual de celulose da Eldorado deve saltar de 1,8 milhões para 4,4 milhões de toneladas. Durante a fase de construção da nova planta serão criados cerca de 10 mil empregos e outras 2 mil oportunidades de trabalho após a conclusão.

Além de uma segunda fábrica de celulose em MS, a companhia também planeja construir uma ferrovia com 90 quilômetros de extensão entre os municípios de Três Lagoas e Aparecida do Taboado.

Caso seja concretizado, o acordo entre J&F e Paper Excellence representa o encerramento formal do maior litígio societário da história empresarial recente do Brasil, colocando fim a uma disputa marcada por confrontos judiciais, batalhas regulatórias e negociações bilionárias. O grupo J&F foi procurado para comentar sobre o acordo, mas afirmou que não há nada oficial. A Paper Excellence afirmou que não irá se manifestar oficialmente sobre o caso.

Informações: Campo Grande News.

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Portugal: Navigator investe €30 milhões na fábrica de Setúbal para reforçar produção de papel de embalagem

Nova linha de produção deverá arrancar no terceiro trimestre de 2026, com uma capacidade de produção anual de 100 mil toneladas. Navigator posiciona-se como o 4.º maior produtor europeu neste mercado

A Navigator vai investir 30 milhões de euros na reconversão de uma máquina na fábrica de Setúbal, que vai permitir à papeleira reforçar a aposta na produção de papéis para embalagens flexíveis (papéis Kraft), permitindo à empresa portuguesa posicionar-se como o quarto maior produtor europeu neste mercado. A nova linha, com uma capacidade de produção anual de 100 mil toneladas, deverá arrancar no terceiro trimestre de 2026.

A reconversão vai transformar a PM3 (Paper Machine n.º 3), localizada no complexo industrial de Setúbal, na maior máquina de produção de papéis de embalagem de baixas gramagens no sul da Europa, adianta a papeleira em comunicado. “Com este investimento, a Navigator afirma-se como o quarto maior produtor europeu de papéis de embalagem de baixas gramagens, consolidando a sua presença num segmento em claro crescimento, após seis anos de presença neste mercado”, acrescenta em companhia.

“A reconversão permitirá a produção de papéis numa gama de gramagens compreendida entre 30 e 90 gramas por metro quadrado, respondendo à crescente procura por soluções sustentáveis, nos diversos segmentos alimentar e não alimentar, e na sequência da tendência de migração para soluções de base natural, renovável e biodegradável”, detalha ainda.

A Navigator, que fechou o primeiro trimestre com uma quebra dos lucros de 25% para 48,3 milhões, com a papeleira a sentir “um significativo arrefecimento da atividade económica” nos seus principais mercados, nota que esta máquina é altamente “versátil” e permitirá produzir diferentes tipos de papel consoante a evolução da procura no mercado, uma flexibilidade que reforça a competitividade da empresa “num contexto de elevada volatilidade e ajustamento de portefólio”.

Segundo o mesmo comunicado, o custo de produção vai beneficiar da integração de pasta da Navigator e de consumos de madeira significativamente inferiores aos da concorrência, “entre 2,35 e 2,85 metros cúbicos de madeira por tonelada de pasta, comparando com os 5,0 a 5,5 metros cúbicos típicos da fibra de pinho europeu”.

Instalada em 1990, a PM3 tem sido alvo de sucessivas modernizações em 1997, 2003, 2007 e 2018. A nova intervenção “vai contribuir para a expansão do portfólio de produtos sustentáveis e de soluções inovadoras baseadas na fibra de Eucalyptus globulus, uma realidade comprovada pelo crescimento contínuo da gama gKRAFT™ e pelo bom desempenho dos produtos de baixas gramagens”, explica a papeleira.

A Navigator tem vindo a consolidar a sua posição enquanto fornecedor de embalagens que substituem as de plástico de origem fóssil por alternativas renováveis, recicláveis e biodegradáveis, desenvolvidas “a partir de matéria-prima proveniente de florestas plantadas e geridas de forma responsável”.

O novo investimento na reconversão da máquina instalada na unidade de Setúbel irá permitir “à empresa responder de forma rápida e eficiente às exigências crescentes do mercado de embalagens flexíveis, possibilitando maior flexibilidade na gestão dos seus ativos industriais e uma transição fluida entre a produção de papéis de impressão e escrita e de papéis de embalagem, de acordo com a evolução das condições de mercado”, remata a Navigator em comunicado.

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Setor de silvicultura mira expansão de 100 mil hectares no RS

Cultura possui atualmente 973 mil hectares cultivados com espécies como eucalipto, pinus e acácia negra

O setor de silvicultura do Rio Grande do Sul visa uma a ampliação em 100 mil hectares de florestas plantadas nos próximos anos, área a ser somada aos atuais 973 mil hectares cultivados com espécies como eucalipto, pinus e acácia negra, o que representa 4,5% da área dedicada ao agronegócio no estado.

A meta da Associação Gaúcha de Produtores de Florestas Plantadas (Agaflor) é expandir essa cultura de forma sustentável para atender à crescente demanda dos mercados de celulose, móveis, construção civil e energia. “Não cortamos árvores. Colhemos árvores porque nós as plantamos. É diferente”, afirma Paulo Bennemann, ex-diretor-presidente da Agaflor. 

A fala resume a essência do setor, que atua com florestas cultivadas em ciclos longos, de até 25 anos, dependendo da espécie e do uso final da madeira. O conceito, que ainda enfrenta resistência de parte da população, está diretamente ligado à sustentabilidade e ao respeito ao meio ambiente.

O ciclo da silvicultura é bem diferente do de lavouras tradicionais como milho e soja. A acácia negra, por exemplo, leva cerca de sete anos até a colheita, enquanto o eucalipto pode chegar a 15 anos e o pinus, até 25. Esse tempo é usado não apenas para o desenvolvimento da madeira, mas também para capturar grandes quantidades de carbono da atmosfera. “A árvore é carbono puro. De 50% a 60% do que está ali é carbono que ela retirou do ar e consolidou”, explica Bennemann.

Durante a maturação, as árvores também ajudam a fortalecer a biodiversidade, defende o produtor. Segundo Bennemann, nas áreas de floresta plantada, é comum observar o retorno de espécies da fauna nativa. “Hoje temos veado-campeiro em abundância, jaguatirica em várias áreas — animais que antes nem se imaginava que existiam nessas regiões. Onde tem floresta plantada, tem fauna pujante”, relata.

Além disso, a legislação exige que cada propriedade mantenha pelo menos 40% de mata nativa preservada, o que reforça o compromisso do setor com o equilíbrio ambiental. A silvicultura no Rio Grande do Sul também é uma importante fonte de empregos: são 12 mil postos diretos no campo e mais de 400 mil indiretos em cadeias como serrarias, fábricas de celulose, móveis e esquadrias, segundo a entidade.

A madeira produzida no estado tem destino diversificado: resinas, celulose, madeira serrada e biomassa para geração de energia. Toda a cadeia é pensada de forma circular, com aproveitamento máximo da matéria-prima e preocupação com a reposição das florestas após a colheita. Segundo o Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul, os municípios gaúchos que tiveram maior destaque, no período 2020-2022, foram Encruzilhada do Sul, Cachoeira do Sul e Piratini, com produção média superior a 500 mil metros cúbicos por ano.

Com a projeção de aumentar 100 mil hectares cultivados nos próximos anos pelas empresas do setor, a Agaflor pretende não apenas garantir o suprimento de matéria-prima para a indústria, mas também contribuir com a agenda ambiental e climática, defende Bennemann.  A expectativa é que essa ampliação seja feita com planejamento, respeitando áreas de preservação e adotando boas práticas agrícolas.

Em setembro do ano passado, conforme noticiado pelo Jornal do Comércio, a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), em conjunto com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), criaram um grupo de trabalho para estudar se deverá ser feita ou não alguma alteração nos procedimentos de licenciamento da silvicultura.

A secretaria defende que a alteração da regulamentação federal sobre o potencial poluidor da silvicultura acarretou a necessidade de o Rio Grande do Sul avaliar novamente os processos internos estaduais. A Lei 14.876, aprovada no Congresso nacional e sancionada pelo governo federal, tirou a silvicultura do rol de práticas com potencial poluidor e utilizadoras de recursos ambientais.

Alguns empreendedores do RS defendem a expansão da área de plantio de eucaliptos (utilizado principalmente para a produção de celulose) livre da obrigatoriedade de licenciamento ambiental (hoje estipulada em até 40 hectares – o que equivale a aproximadamente um parque da Redenção, em Porto Alegre). No âmbito federal, a produção de eucaliptos não precisa de licença ambiental, independentemente da área a ser ocupada, porque essa atividade foi igualada a todas as culturas agrícolas.

Silvicultura produziu R$ 37,9 bilhões em 2023 no Brasil

Em 2023, a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS 2023) registrou produção primária florestal em 4.924 municípios brasileiros, que, juntos, totalizaram R$ 37,9 bilhões em valor da produção, o que representou um aumento de 11,2% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é inferior ao verificado em 2022, que foi de 13,4%, porém representa um recorde no valor da produção do setor. A pesquisa foi divulgada em setemvbro do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor da produção da silvicultura superou o da extração vegetal, o que ocorre desde o ano de 1998. Em 2023, houve crescimento de 13,6% no valor da produção da silvicultura e diminuição de R$ 132 mil na extração vegetal. Em termos proporcionais, observa-se que a silvicultura aumentou 1,8% sua participação no valor da produção primária florestal (83,6%) frente ao extrativismo vegetal, que passou a responder por 16,4% desse total.

Informações: Jornal do Comércio.

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ILPF: a revolução verde que une lavoura, pecuária e floresta

Artigo de Roberto Guimarães JúniorLourival VilelaRobélio Leandro MarchãoKarina PulrolnikKleberson Worslley Souza e Júlio César Reis – Equipe de ILPF/pesquisadores da Embrapa Cerrados.

No dia 29 de abril, celebramos um marco importante para agricultura brasileira: a sanção da Lei nº 12.805, de 2013, que instituiu a Política Nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta – ILPF. Essa tecnologia inovadora vem revolucionando a forma de produzir alimentos, recuperar pastagens e proteger o meio ambiente – tudo ao mesmo tempo. Ao longo das suas cinco décadas de história, completadas neste ano de 2025, a Embrapa Cerrados destaca-se como uma das unidades pioneiras na pesquisa de sistemas integrados de produção. 

Por meio de estudos em parceria com produtores rurais, setor privado e outras instituições de pesquisa, foram desenvolvidos modelos de ILPF adaptados a diferentes perfis de produtores rurais e às diversas regiões do Cerrado brasileiro. Hoje, o Brasil é uma referência global nessa área, com mais de 17 milhões de hectares adotando alguma modalidade de sistema integrado – uma área equivalente à soma dos territórios da Áustria, Dinamarca e Suíça! 

Mas como a ILPF funciona na prática? 

Como o próprio nome diz, essa combinação de componentes associada ao uso de boas práticas agropecuárias integra em uma mesma área a lavoura, a pastagem, os animais e até a floresta. Ela pode acontecer de diversas formas: plantio consorciado (tudo junto ao mesmo tempo), em sucessão (uma atividade após a outra) ou em rotação (alternando as atividades ao longo do tempo). 

Como exemplo, planta-se no início da estação chuvosa a soja, logo após a sua colheita, planta-se o milho consorciado com a braquiária e, após a colheita do milho, utiliza-se a área com o pasto para a engorda do gado. Esse ciclo de pecuária pode se repetir por vários anos, ou finalizar antes do início da próxima estação chuvosa, quando a pastagem é dessecada para se realizar o plantio direto na palha (sem revolver o solo) de uma nova cultura anual de verão.

Quais são os benefícios?

* Mais produção: em uma única área, é possível produzir, por exemplo, soja, milho, carne e madeira na mesma safra!
* Maior produtividade: o sinergismo entre a associação dos componentes (lavoura, pecuária e floresta) favorece ganhos contínuos na produtividade, otimizando o aproveitamento dos insumos e dos recursos naturais.
* Conforto animal: a sombra das árvores melhora a ambiência e, consequentemente, o bem-estar dos animais, contribuindo para a maior produtividade e fertilidade.
* Solo protegido: manter o solo cultivado o ano todo favorece a cobertura vegetal, aumenta a matéria orgânica do solo, evita erosão e melhora a fertilidade pela ciclagem de nutrientes.
* Água preservada: as raízes profundas das pastagens e a cobertura do solo favorecem a retenção e a infiltração de água, reduzindo o risco de perdas de produtividade por longos períodos de estiagem e aumentando a recarga do lençol freático (protege os rios).
* Carbono estocado: a biomassa aérea e as raízes das culturas, em especial das pastagens e das árvores, acumulam o carbono capturado da atmosfera-CO₂, contribuindo para mitigação das mudanças climáticas.
* Maior renda: com a diversificação, o produtor lucra com múltiplas atividades, produzindo com menor risco e com maiores produtividades em uma mesma área.

O grande diferencial dessa tecnologia está na sinergia entre os seus componentes, ou seja, a interação entre lavoura, pecuária e floresta gera resultados melhores do que a simples soma das suas partes individuais. Implementar a ILPF nas suas diferentes combinações vai além de “cultivar diferentes espécies numa mesma área”, mas sim criar um sistema inteligente onde a combinação de cada elemento potencializa o outro, gerando benefícios econômicos e ambientais que se multiplicam. Essa característica permite o aproveitamento máximo dos recursos naturais e dos insumos de forma equilibrada, criando um ciclo virtuoso de produção. 

A ILPF é uma estratégia de produção que pode incorporar todas as tecnologias e boas práticas que são continuamente desenvolvidas pela pesquisa, como novas cultivares, raças, insumos e práticas de manejo. Experiências brasileiras em fazendas de referência monitoradas pela Embrapa e parceiros demonstram que em um mesmo ano agrícola é possível colher até quatro safras! 

Além disso, os benefícios que a proteção pela cobertura constante do solo e a diversificação de cultivos promovem na conservação do carbono, da água e do solo, proporcionam o que chamamos de uma safra extra (uma quinta safra) – os serviços ambientais prestados por um sistema de produção sustentável! Assim, estamos cultivando não apenas alimentos e produtos, mas também um legado de cuidado com o meio ambiente e de responsabilidade com as próximas gerações. 

Doze anos depois da sanção dessa lei, a ILPF continua evoluindo, ganhando espaço e provando a cada dia que, no Brasil, o futuro da agricultura é sustentável!

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Rota da Celulose vai qualificar rodovias, impulsionar economia e mudar realidade de muitas pessoas

Com a realização do leilão da Rota da Celulose, cinco rodovias vão ganhar investimentos bilionários da iniciativa privada para qualificar a logística da região. Estas melhorias vão ajudar não apenas o escoamento da produção, mas a vida das pessoas que passam pelas estradas, tendo mais segurança e rapidez, assim como comerciantes, produtores, empresários e quem mora nas cidades beneficiadas.

Saindo de Campo Grande rumo a Três Lagoas, a primeira rodovia que será concessionada é a BR-262. A chegada da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo mudou a realidade da estrada, que passou a receber grandes movimentos e tornou o trânsito mais lento e perigoso. Ela vai ganhar uma nova realidade daqui para frente.

“Moro há 30 anos em Ribas do Rio Pardo, compramos uma fazenda aqui em 1981. O leilão desta rodovia (BR-262) vai melhorar 1000% para gente, pois a gente viaja direto na rodovia para Campo Grande e Três Lagoas rumo a São Paulo, e vai melhorar as condições, pois aumentou bastante o volume de carros, o fluxo tá muito intenso”, contou João Luiz Marino.

Ele tem um escritório de comércio de bovinos na beira da BR-262, quase na entrada de Ribas. A cidade mudou de patamar, ao ganhar uma mega fábrica de celulose da Suzano, com investimento de R$ 22 bilhões. No pico da construção da unidade foram gerados 10 mil empregos.

Os benefícios chegam em outros setores, como no ramo comercial. “Estamos vivendo este crescimento da cidade e estas mudanças na rodovia é uma necessidade, pois o trânsito está muito intenso, acredito que depois da concessão vai melhorar este fluxo nosso, reduzir o tempo de viagem, a tendência é até valorizar o nosso comércio que fica às margens da rodovia”, descreveu Rodrigo Sthefanello, empresário de uma loja de matérias para construção nas margens da rodovia.

A concessão (BR-262) vai passar por Água Clara até chegar em Três Lagoas. A cidade também tem sua fábrica de celulose (Eldorado), que teve investimento de R$ 6,2 bilhões. Há muito tempo recebe motoristas e caminhoneiros de todo país. Uma rodovia em ótimas condições fará diferença nas viagens e dia a dia dos profissionais.

“Trabalho aqui na região desde 2010, sou de Minas Gerais. Sempre faço este percurso carregando vergalhão. As rodovias realmente precisavam melhorar devido ao grande fluxo de caminhão, acaba acumulando trânsito e atrasando a viagem. Com este leilão e as melhorias que vão chegar vai desafogar bem o trânsito, fica mais seguro”, afirmou o caminhoneiro César Francisco dos Santos.

Mesma avaliação de Diego Lourenço, que trabalha há dez anos nas estradas de todo Brasil. “Sou de Guaíra em São Paulo. Trabalho há dez anos rodando pelo Brasil, no MS já faço esta rota há cinco anos. Sobre as rodovias do Estado acredito que sempre se pode melhorar. Com este leilão e concessão vai ajudar bastante e sobre o pedágio só pedimos que seja um preço justo e acessível aos motoristas”, alertou.

Outro grande “boom” da celulose no Estado será em Inocência, onde está sendo construída a fábrica da Arauco. Lá serão investidos R$ 26 bilhões, com geração de 14 mil empregos no pico da obra. Saindo de Campo Grande rumo ao município, vai passar pela BR-262 até Água Clara, para depois seguir pela MS-377. Se vir de São Paulo chega a Três Lagoas e sobe pela MS-112.

Novo corredor

Dentro deste grande projeto, foi incluída a rodovia MS-040, de Campo Grande a Santa Rita do Pardo. Os investimentos e esta nova logística foi bem recebida pelos comerciantes e empresários da cidade.

“Moro há 10 anos aqui na cidade. É importante para o município ter esta concessão na rodovia, ando bastante nela, se ela tiver mais bem cuidada vai ajudar bastante a todos, segurança ainda maior”, descreveu Lucas Barbosa, empresário da cidade.

Maria Isabel Godoy, dona de um hotel tradicional em Santa Rita, acredita que além de dar mais segurança (rodovia), a concessão vai ajudá-la a ganhar novos clientes. “Muitos moradores utilizam a rodovia, que vai ficar mais segura e ainda terá mais movimento pra nós. Estamos contentes”.

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Ebramem:  um espaço de articulação e compromisso com um futuro sustentável por meio de construções com madeira

APRE comemora o sucesso do evento e orgulha-se de fazer parte do evento que promove o uso de madeira nas construções

O XVIII Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira) e a Ebramem Expo realizados de 5 a 7 de maio, em Curitiba, foram um sucesso. Não apenas de público, ao reunir cerca de 800 participantes, mas principalmente pelo conteúdo e nível dos debates e dos expositores. A programação incluiu apresentação de trabalhos científicos, palestras internacionais, exposição técnica, painéis de debates, mostras culturais, prêmios e o hackathon da madeira. “Temas robustos e profundos que projetaram a importância das florestas plantadas diante do amplo potencial construtivo da madeira engenheirada no Brasil”, comenta o presidente da APRE Florestas, Fábio Brun – que participou da solenidade de abertura, no dia 05 de maio.

Brun avalia que iniciativas como o Ebramem sejam essenciais e, principalmente, que aconteçam no Paraná – que além de ser um estado precursor de tecnologia, é também um dos maiores produtores de madeira oriunda de florestas plantadas. “Ao unir quem produz, com quem fornece a tecnologia, aliado ao conhecimento acadêmico, todos saem ganhando. Eventos como o Ebramem são uma oportunidade para que o Paraná se mantenha à frente, do ponto de vista tecnológico e produtivo”, destaca o presidente da APRE.

Ailson Loper, diretor executivo da APRE, pontua que os objetivos foram atingidos. “Movimentamos o ecossistema da construção em madeira ao unimos academia e mercado. Além disso, evidenciou como o sul tem sido pioneiro nesta pauta”. O XVIII Ebramem é uma iniciativa encabeçada pelo Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (Ibramem), pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), pela Associação Paranaense de Empresas de Base Flores/tal (APRE) e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que sediou o evento.

Abertura – Além do presidente da APRE, estiveram presentes o reitor da Universidade Federal do Paraná, Marcos Sfair Sunye, a presidente do Ibramem, Angela do Valle, a presidente do Ebramem, Andréa Berriel, o diretor da Fiep e superintendente da Abimci,  Paulo Roberto Pupo, a vice-reitora da UFPR e professora da engenharia florestal, Graciela Inês Bolzón de Muniz, o diretor de tecnologia da UFPR, Luiz Fernando de Lima Júnior, o presidente do CAU/PR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná), Walter Gustavo Linzmeyer, e a diretora de projetos do IPPUC, Daniela Mizuta. 

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