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Queimadas fazem desmatamento crescer 92% na Amazônia em maio

Índice de desmatamento registrou queda no Cerrado e Pantanal

O desmatamento na Amazônia, em maio de 2025, alcançou 960 km², o que representa uma alta de 92% em relação ao mesmo mês de 2024. O aumento está diretamente ligado às mudanças climáticas e aos incêndios ocorridos nos meses anteriores, mas que só são percebidos algum tempo depois, quando a vegetação seca, de acordo com o ministro em exercício do Meio Ambiente e Mudança, João Paulo Capobianco. “Esse incêndio florestal de grandes proporções, relacionado a uma alteração climática, não é um desmatamento ocorrido em maio. Ele é uma floresta incendiada a tal ponto que chega agora como uma floresta colapsada”, explica.

Na análise do período acumulado, de agosto de 2024 a maio de 2025, essa alta foi de 9,1% na comparação com os mesmos meses no ano anterior.  Os dados são do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e foram apresentados nesta sexta-feira (6), pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em Brasília.

No detalhamento dos dados, 51% do desmatamento decorrem de incêndios florestais, 48% de corte raso e 1% de mineração.

Incêndios

Nos últimos cinco anos, os focos de incêndio em vegetação nativa se mantinham na média de 10%. Em 2024, esse índice subiu para 13,5%. Nos primeiros meses de 2025, 23,7% dos focos de incêndio no país atingiram vegetação nativa. 

Segundo Capobianco, o dado nunca foi evidenciado porque, em anos anteriores, o desmatamento decorrente de incêndio florestal representava percentuais muito inferiores. “Nós estamos incorporando [informações] no próprio Deter, que é um sistema feito para ser em tempo real, porque normalmente esses dados apareciam apenas no Prodes [Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite]”, destaca.

No Cerrado e no Pantanal, a tendência de queda permaneceu para o mês de maio, com quedas respectivamente de 15% e 65% na comparação entre maio de 2025 e 2024.

No período agregado de agosto de 2024 a maio de 2025, o Cerrado perdeu 4.583 km², representando uma queda de 22% em relação ao mesmo período dos anos anteriores. No Pantanal, de agosto de 2024 a maio de 2025, foram perdidos 267 km², 74% a menos que no mesmo período de anos anteriores. “Hoje, nós temos a capacidade muito significativa de prever e nos antecipar a desastres. O grande desafio é como vamos organizar as ações, para, com base nessas informações, atuar na prevenção”, diz.

Enfrentamento

O ministro em exercício afirmou, também, que o governo vem trabalhando em um processo de articulação federativa para que o problema seja enfrentado pelo conjunto de atores de todas as instâncias governamentais, iniciativa privada e sociedade organizada.

Capobianco destacou, ainda ações do governo federal de enfrentamento a incêndios e ao desmatamento, como a aprovação da Lei que criou a Política Nacional do Manejo Integrado do Fogo; o investimento de R$ 825 milhões no fortalecimento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e outros R$ 405 milhões para os bombeiros de municípios na Amazônia, além do Programa União com Municípios.

Informações: Agro Band.

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Inovação energética: um caminho essencial para a sustentabilidade global

*Artigo por Elcio Trajano Jr.

A transição energética deixou de ser apenas um compromisso ambiental. Hoje, ela é um ponto de reflexão estratégico para empresas que desejam manter sua relevância diante de um cenário global cada vez mais pressionado por escassez de recursos, mudanças climáticas e exigências regulatórias. No setor florestal, esse movimento é ainda mais decisivo: estamos diante de uma oportunidade concreta de liderar uma transformação capaz de unir produtividade, segurança no fornecimento e responsabilidade ambiental.

O crescimento de 7,5% na demanda por energia no Brasil em 2024, segundo dados do ONS, não é um número isolado — é o reflexo direto de um país em expansão que precisa garantir estabilidade e eficiência em suas matrizes. Paralelamente, acordos internacionais, como os firmados na COP29, em Baku (Azerbaijão), reforçam o papel das fontes renováveis na construção de um novo modelo global. A meta de triplicar a capacidade mundial de energia renovável até 2030 e os US$ 300 bilhões anuais prometidos por países desenvolvidos para apoiar esse processo sinalizam um reposicionamento inevitável: ou investimos em novas soluções no campo da energia, ou ficamos para trás.

Na indústria de celulose e papel, essa escolha já se mostra inadiável. O setor possui um potencial singular de integração entre bioeconomia e geração limpa — seja pelo uso de biomassa ou pela adoção de tecnologias que valorizam o reaproveitamento de resíduos industriais. É nesse ponto que a sustentabilidade deixa de ser um valor abstrato e passa a representar uma vantagem operacional estratégica.

Empresas, como a Eldorado Brasil, já enxergam a modernização da matriz energética como uma extensão natural do seu modelo de gestão sustentável. A Usina Termelétrica Onça Pintada (UTOP), inaugurada em 2021, é um exemplo de como temos levado isso a sério. Com capacidade instalada de 50 MW, ela utiliza troncos de eucalipto não aproveitados na produção de celulose para gerar eletricidade. Em 2023, foram entregues 317 mil MW ao Sistema Interligado Nacional — energia suficiente para abastecer uma cidade de mais de 2 milhões de habitantes. O que antes era resíduo, hoje é solução.

Além disso, fomos além ao implementar a primeira mini-hidrelétrica do mundo que gera energia a partir de efluentes tratados. Essa iniciativa pioneira não só reduz o impacto ambiental, como amplia sua autonomia operacional. Integrar diferentes fontes e otimizar cada insumo disponível faz parte da nossa visão sistêmica de futuro, que alia consistência técnica, responsabilidade coletiva e capacidade de adaptação em contextos desafiadores.

Alguns estudos recentes, como o da Brasil Biomassa (2024), apontam que o Brasil pode substituir até 50 TWh de combustíveis fósseis por bioeletricidade até 2035. Para isso, será necessário investir em escala, tecnologia e políticas públicas que favoreçam a previsibilidade. A indústria florestal pode — e deve — ocupar papel central nessa transição, deixando de ser apenas consumidora para se tornar provedora de energia renovável e competitiva.

Ações estruturantes para o compromisso da transição energética no setor produtivo precisam ser elaboradas para que o tema saia da retórica e ocupe o centro das decisões executivas — com investimento real, gestão eficiente e abertura para novas perspectivas. Encarar esse processo com seriedade e foco na sustentabilidade é fundamental para quem deseja ir além do acompanhamento do mercado e contribuir para sua evolução.


*Elcio Trajano Jr, é Diretor de RH, Sustentabilidade e Comunicação na Eldorado Brasil Celulose.

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Governo de MS amplia incentivo para Arauco construir ramal de ferrovia até Malha Norte

Novo ramal terá 47 km de extensão para atender a fábrica de celulose da empresa em Inocência

O Governo de Mato Grosso do Sul ampliou os incentivos fiscais concedidos à empresa chilena Arauco Celulose do Brasil S.A. para viabilizar a construção de um novo ramal ferroviário de 47 quilômetros, que conectará a fábrica da companhia, em Inocência, à Ferrovia Norte Brasil (EF-364), também conhecida como Malha Norte.

O secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, explicou que o aditivo ao incentivo fiscal foi necessário para contemplar itens como locomotivas, vagões, trilhos, dormentes e outros equipamentos. “Fizemos a adesão a um convênio nacional do Concefaz, que reduz a carga tributária sobre esses itens. O aditivo foi incluído especificamente para isso”, afirmou.

A empresa chilena obteve autorização da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) em maio deste ano e está legalmente habilitada para realizar as desapropriações em nome da União, com possibilidade de pleitear urgência nos trâmites judiciais para garantir a posse dos terrenos. Mesmo com essa autorização, a Arauco ainda precisa cumprir todas as exigências legais e ambientais antes de iniciar as obras.

O investimento total no projeto da fábrica de celulose é estimado em US$ 4,6 bilhões, com previsão de início de operação no último trimestre de 2027. A planta será construída a cerca de 50 km da cidade de Inocência, na margem esquerda do rio homônimo ao projeto, e ficará a aproximadamente 100 km do Rio Paraná, próximo à MS-377. A capacidade produtiva estimada é de 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano.

O montante de incentivos fiscais concedidos pelo governo estadual não é divulgado por questões estratégicas. No entanto, conforme dados da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a renúncia de receita prevista com isenções e benefícios fiscais deve alcançar R$ 11,9 bilhões em 2026, com crescimento nos anos seguintes: R$ 12,6 bilhões em 2027 e R$ 13,4 bilhões em 2028. O setor de Agricultura e Produção Florestal deve concentrar mais de R$ 2 bilhões dessas isenções já em 2026.

A obra do ramal ferroviário representa um importante avanço na logística e infraestrutura industrial do Estado, reforçando a posição estratégica de Mato Grosso do Sul como polo de produção e exportação de celulose.

Informações: Jota FM.

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Exportações de MS chegam a US$ 4,28 bilhões em maio, com destaque para a celulose, carne bovina e carne de aves

Mato Grosso do Sul exportou US$ 4,288 bilhões entre janeiro e maio de 2025, valor que representa 2,95% de crescimento em relação aos cinco primeiros meses do ano passado. A celulose foi o principal destaque positivo no período, liderando a pauta com US$ 1,44 bilhão, crescimento de 78,1% em relação ao mesmo período de 2024. Na sequência, aparecem a carne bovina (US$ 605,5 milhões) que cresceu 36,5% e as carnes de aves, que totalizando US$ 145,69 milhões, salto de 17,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A soja, segundo item da pauta em termos de valor, totalizou US$ 1,16 bilhão), com retração de 26%.

Os dados estão na Carta de Conjuntura do Comércio Exterior elaborada pela Assessoria Especial de Economia e Estatística da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). “O bom desempenho da indústria e a expansão da celulose como principal produto da pauta exportadora reforçam a estratégia de diversificação econômica do Estado”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

Segundo o relatório, Mato Grosso do Sul exportou 10,8 milhões de toneladas no período de janeiro a maio de 2025, quantidade 10,6% a mais que nos cinco primeiros meses de 2024. Com esse desempenho, o Estado acumula superávit comercial de US$ 3,25 bilhões, alta de 8,41% sobre 2024.

O setor industrial se mantém em alta nas exportações. A indústria de transformação aumentou em 29,65% o valor exportado e em 25,38% o volume embarcado. A indústria extrativa também cresceu, com alta de 0,74% nos preços e de 37,7% na quantidade. Em contrapartida, a agropecuária teve retração de 34,36% em valor e de 28,76% em volume.

O município de Três Lagoas segue como o maior polo exportador de Mato Grosso do Sul, com 18,65% do total embarcado. Também se destacam Dourados (13,46%), Ribas do Rio Pardo (9,53%) e Campo Grande (7,54%). A China lidera como principal destino, absorvendo 46,61% das exportações, seguida por Estados Unidos (6,64%) e Países Baixos (4,15%).

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MS terá nova linha de produção de celulose

Com o fim da disputa pelo controle acionário da Eldorado Celulose, o grupo J&F deve retomar o projeto de ampliação da unidade

Com o fim da disputa pelo controle da Eldorado Celulose, a J&F Investimentos, holding dos irmãos Batista e controladora da JBS, deve retomar com mais força os investimentos na unidade em Três Lagoas. Em maio a empresa anunciou sobre a incorporação que detinha de 49,41% da Eldorado Celulose e que era o centro da disputa com a Paper Excellence. Com isso, a J&F passa a deter 100% da unidade localizada em Três Lagoas.

Segundo o secretario da Semadesc, Jaime Verruck, a Eldorado já tinha entrado com o processo de licenciamento de uma segunda linha de de produção. “Eu, o governador e o secretário Rodrigo – durante um evento recente em Nova Iorque – tivemos uma reunião com o grupo J&F onde nos foi apresentado a finalização da negociação”.

Ele disse, ainda, que a fase nesse momento é de licenciamento ambiental. “A unidade tem uma licença prévia, mas ele tem que fazer uma atualização de estudos e provavelmente é uma alteração de capacidade”.

Verruck falou, ainda, sobre um outro projeto que a Eldorado tem interesse. A construção de uma ferrovia ligando a fábrica até o município de Aparecido do Taboado. “São praticamente 90 quilômetros. Então esses dois processos já estão sendo tratados no âmbito do governo do Estado, mas ainda sem ainda sem um cronograma definido”.

Informações: Primeira Página.

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Eldorado Brasil abre diversas vagas de emprego em Três Lagoas (MS); veja como se candidatar

A gigante do setor de celulose Eldorado Brasil está com novas oportunidades de emprego abertas em Três Lagoas (MS). As vagas abrangem diferentes áreas da empresa — florestal, industrial, logística e diversidade — e estão disponíveis para profissionais com diferentes níveis de experiência.

As contratações fazem parte da estratégia de expansão da companhia na região, considerada um dos polos mais promissores da indústria de papel e celulose no Brasil. A Eldorado também reforça seu compromisso com a inclusão, ao abrir bancos de talentos exclusivos para pessoas pretas, LGBTQ+ e com mais de 50 anos.

Confira as vagas disponíveis:

Como se candidatar

As candidaturas são feitas exclusivamente pela plataforma Gupy, no site oficial de vagas da Eldorado Brasil. É necessário criar um cadastro, preencher o currículo e realizar as etapas do processo seletivo de forma online.

Sobre a Eldorado Brasil

Com uma das maiores fábricas de celulose do mundo, a Eldorado Brasil é reconhecida pela inovação em seus processos, sustentabilidade e valorização das pessoas. A unidade de Três Lagoas é um dos maiores empregadores da região, oferecendo oportunidades de crescimento profissional e desenvolvimento técnico.

Informação: Andra Virtual.

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Suzano abre 74 vagas para formação de Operador(a) de Máquinas Florestais em Ribas do Rio Pardo (MS)

Desenvolvido em parceria com o Senai, as pessoas selecionadas irão contar com bolsa-auxílio de R$ 1.400,00 e certificado profissionalizante ao final do curso

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de eucalipto, está com inscrições abertas para sua nova turma de Operadores(as) de Máquinas Florestais em Ribas do Rio Pardo (MS). A iniciativa, realizada em parceria com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), oferece 74 vagas, sendo 40% delas destinadas exclusivamente a mulheres e pessoas com deficiência (PCDs), reafirmando o compromisso da empresa com a equidade de oportunidades e a valorização da diversidade. As inscrições estão abertas até dia 29 de junho e devem ser feitas pela página bit.ly/operador-florestal-ribas.

Com bolsa-auxílio no valor de R$ 1.400,00 para quem for selecionado(a), o processo seletivo está aberto a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual. Para concorrer a uma vaga, os pré-requisitos são: ter idade mínima de 18 anos, possuir Ensino Fundamental completo e carteira de habilitação categoria ‘B’ vigente, além de ser obrigatório residir na região de Ribas do Rio Pardo.

De acordo com Rodrigo Zagonel, diretor de Operações Florestais da Suzano em Ribas do Rio Pardo, a formação reflete o compromisso da companhia com o fortalecimento das comunidades onde atua, especialmente no entorno de sua nova fábrica no município. “A qualificação profissional é uma das ferramentas mais potentes para transformar realidades e gerar oportunidades. Com essa nova formação, buscamos preparar pessoas da região para atuar com segurança, responsabilidade e excelência em uma área estratégica para o nosso negócio, pautados pelo compromisso de promover inclusão, diversidade e desenvolvimento sustentável para a comunidade”, afirma.

Desenvolvimento profissional

A formação integra a estratégia da Suzano de promover o desenvolvimento socioeconômico sustentável da região por meio de capacitação técnica e geração de oportunidades aliadas à equidade de oportunidades e à inclusão de pessoas no mercado de trabalho. Os(as) participantes selecionados(as) terão acesso a um curso de formação em Operação de Máquinas Florestais fornecido pelo SENAI, complementado por atividades práticas realizadas nas áreas operacionais da Suzano.

Ao longo da qualificação, os(as) participantes serão capacitados(as) nos conceitos e práticas de operação segura e eficiente de máquinas utilizadas nas atividades florestais, sempre sob a supervisão de profissionais experientes e seguindo os procedimentos da empresa, com foco em normas de segurança, meio ambiente e produtividade.

Benefícios

O curso oferece aos(às) participantes uma formação completa e profissionalizante para atuação como Operador(a) de Máquinas Florestais, além da bolsa-auxílio de R$ 1.400,00, seguro de vida, camisetas e equipamentos de proteção individual (EPIs), além de alimentação e transporte durante a fase prática. Ao final da formação, os(as) participantes receberão certificado emitido pelo SENAI, validando a qualificação adquirida.

Mais informações sobre a formação poderão ser obtidas pelo telefone (67) 3509-1026, assim como informações sobre processos seletivos estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano: https://suzano.gupy.io/. Na página, é possível acessar ainda todos os processos seletivos da Suzano abertos em Mato Grosso do Sul e nas regiões onde a empresa atua.

Sobre a Suzano 

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br 

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Entenda o papel das agroflorestas no combate às mudanças climáticas

Além de apresentar um potencial natural na luta contra as mudanças climáticas, os sistemas agroflorestais também se destacam pela contribuição direta para a segurança alimentar e a conservação da sociobiodiversidade. Conheça aqui algumas iniciativas do IFT de fomento às agroflorestas na região amazônica

Num cenário de aquecimento global cada vez mais acelerado, a busca por alternativas efetivas e atrativas para mitigar as mudanças climáticas tem se tornado cada vez mais urgente. Entre estas alternativas, as agroflorestas – definidas como a incorporação e manutenção de árvores em sistemas agrícolas – se destacam por seu alto potencial de sequestro de carbono, além de sua contribuição direta para segurança alimentar e conservação da sociobiodiversidade,

Um estudo publicado na revista científica Nature Climate Change indicou que os sistemas agroflorestais (SAFs) constituem potencialmente a maior contribuição do setor agrícola para o clima. Entre as soluções baseadas na natureza, o potencial de mitigação climática de agroflorestas é comparável ao de estratégias reconhecidas, como o reflorestamento. Segundo a pesquisa, realizada por cientistas de vários países, incluindo o Brasil, as agroflorestas são a maior contribuição individual que o setor agrícola pode oferecer ao combate às mudanças climáticas.

Os SAFs são sistemas produtivos que unem, no mesmo espaço, espécies florestais, frutíferas, e alguns casos animais, de importância econômica, alimentar, cultural e ecológica. Por meio de intervenções controladas e tratos específicos, as espécies passam a se relacionar com vantagens mútua, em termos de nutrientes, solo, clima e sombreamento.

A publicação da Nature Climate Change afirma que a agroflorestas mundiais podem estocar até 310 milhões de toneladas de carbono por ano, suficiente para compensar a emissão anual de gás carbônico gerada por aproximadamente 250 milhões de veículos a gasolina de porte médio.

SAFs na Amazônia

Na Amazônia, o crescimento de produção de Sistemas Agroflorestais já é realidade em diversos territórios. O fomento às agroflorestas é uma das principais expertises da Gerência de Sociobiodiversidade e Bioeconomia (GSB) do Instituto Floresta Tropical Johan Zweede (IFT). Através de iniciativas de implantação e fortalecimento de SAFs, o IFT tem promovido restauração ambiental, geração de renda e segurança alimentar, por meio de assistência técnica e formação continuada em diversos territórios do bioma amazônico.  

Um desses exemplos ocorre nos municípios de Bragança, nordeste paraense, através de um projeto chamado Act for Amazônia. Entre as principais atividades estão o acompanhamento técnico de áreas de SAFs durante 6 meses, oficinas de capacitação técnica para agricultores familiares, produção e aplicação de biofertilizantes, produção de mudas de açaí para uso e comercialização e elaboração de materiais audiovisuais para educação e sensibilização sobre a importância dos SAFs e a realização de um diagnóstico de necessidades para o aprimoramento dos sistemas agroflorestais.

“Em Bragança foram 9 áreas de SAFs instaladas com dimensão de 30x30m. Nesse primeiro momento foram inseridas 13 espécies diferentes, entre culturas de ciclo curto, frutíferas e espécies adubadeiras, pois o objetivo incialmente é de recuperar a biodiversidade do solo, junto com a produção de alimentos. Diferente dos sistemas agroflorestais tradicionais, neste modelo a roça está no mesmo sistema, para evitar que o agricultor tenha duas áreas para cuidar e assim evitar o abandono do SAF”, afirma Paula Vanessa Silva, engenheira florestal e gerente de Sociobiodiversidade e Bioeconomia do IFT.

No Marajó, o projeto Valorização da Floresta tem realizado oficinas de fomento a novas cadeias de valor da sociobiodiversidade e implantação de quintais agroflorestais nas Reservas Extrativistas Arióca Pruanã e Mapuá. Em maio deste ano, os moradores dessas unidades de conservação receberam atividades de formação sobre SAFs. A iniciativa visa a implantação e o enriquecimento dos quintais agroflorestais das famílias para estimular a segurança alimentar e nutricional e a comercialização de produtos florestais não madeireiros. Um dos desdobramentos das oficinas foi a seleção de 30 famílias para participar da ação de implantação de quintais agroflorestais.

Paula Vanessa explica que a próxima etapa do projeto Valorização da Floresta será a instalação dos quintais agroflorestais nas casas das famílias selecionadas nas duas Resex atendidas no Marajó. Para isso, antes serão realizadas entrevistas e o mapeamento participativo desses locais.

“O objetivo da próxima etapa é conhecer essas famílias, saber o perfil delas, identificar o que existe nesses quintais, o que já existe de espécies e quais outras espécies eles desejam cultivar. Com essas informações, vamos compreender a logística para chegar nessas casas, o que será fundamental na etapa de planejamento da instalação”, afirma a engenheira florestal. 

Protagonismo das mulheres

Vanessa também ressalta que os quintais agroflorestais são uma excelente estratégia para pequenos produtores, por agregar segurança alimentar e nutricional à preservação ambiental dos territórios.  “Os quintais produtivos, que são o foco do projeto, já fazem parte da realidade dessas comunidades, pois são áreas que, especialmente as mulheres, mantêm tradicionalmente no entorno das casas. Por isso, é importante destacar o protagonismo delas na execução desse projeto”.

Para a manejadora extrativista Merilene Pantoja, moradora da comunidade São Pedro, na Resex Arióca Pruanã, as oficinas sobre SAFs são uma possibilidade de fomentar e fortalecer a agricultura familiar na unidade de conservação. “Esse tipo de atividade é muito importante para a nossa comunidade, pois envolve várias famílias. Aprender sobre cultivar os quintais produtivos de maneira planejada é fundamental tanto para o crescimento da nossa produção como para o nosso consumo no dia a dia”, afirma.     Além do potencial de mitigação climática, as agroflorestas também podem melhorar o rendimento das safras e diversificar renda dos agricultores. “Nesse sentido, os quintais produtivos surgem como uma solução concreta e sustentável para enfrentar os desafios ambientais e sociais da região amazônica”, destaca Vanessa.

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J&F capta R$ 15 bilhões com Bradesco para assumir Eldorado e já mira rolagem da dívida

Empréstimo-ponte encerra disputa com a Paper Excellence e será refinanciado com novas emissões no mercado

J&F Investimentosholding dos irmãos Batista que controla a JBS, contratou um empréstimo-ponte de R$ 15 bilhões junto ao Bradesco para financiar a aquisição dos 49,41% restantes da Eldorado Brasil Celulose, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg.

A operação marca o desfecho de uma longa disputa com a Paper Excellence e permitirá que a J&F assuma o controle integral da companhia. O acordo, anunciado em 15 de maio, também encerra todas as disputas judiciais e arbitrais em curso no Brasil e no exterior, segundo a holding.

Agora, a J&F se prepara para rolar essa dívida por meio de emissões de títulos no mercado local e/ou internacional. Parte do financiamento já está em andamento: no dia 27 de maio, a empresa informou ao mercado que está vendendo R$ 2,875 bilhões em notas comerciais, com o Bradesco BBI atuando como coordenador líder.

Segundo fontes próximas à negociação, o Bradesco também pode sindicalizar o empréstimo com outros bancos. A instituição financeira e a J&F não comentaram.

Créditos: InvestNews BR.

Informações: Invest News.

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Fumaça de incêndios no Canadá atinge Europa após evacuação de mais de 25 mil pessoas

Monitoramento do serviço Copernicus mostra que nuvens de fumaça de incêndios florestais atravessaram o Atlântico e chegaram ao continente europeu; autoridades canadenses já retiraram milhares de moradores das áreas afetadas

À medida que o verão se aproxima no hemisfério norte, o Canadá enfrenta uma temporada de incêndios florestais particularmente severa. De acordo com o Copernicus Atmosphere Monitoring Service (CAMS), a fumaça gerada pelos incêndios nas províncias de Manitoba, Saskatchewan e Ontario cruzou o Oceano Atlântico e atingiu partes da Europa no início de junho. A previsão é de que novas plumas de fumaça cheguem ao continente europeu nos próximos dias.

Os incêndios, que já forçaram a evacuação de mais de 25 mil pessoas no Canadá, estão concentrados principalmente nas províncias de Manitoba — que declarou estado de emergência —, Alberta e Saskatchewan. Só em Manitoba, mais de 17 mil moradores foram retirados de suas casas. Em Alberta, cerca de 1.300 pessoas precisaram ser deslocadas, enquanto outras 8 mil foram evacuadas em Saskatchewan.

Segundo o CAMS, a fumaça que chegou à Europa se mantém em altitudes elevadas e não deve causar impactos significativos na qualidade do ar ao nível do solo, embora possa tornar o céu mais turvo e provocar pores do sol em tons avermelhados. Uma primeira pluma cruzou a região do Mediterrâneo entre os dias 18 e 19 de maio, alcançando até mesmo a Grécia. Já uma segunda e mais extensa nuvem de fumaça atravessou o Atlântico na última semana de maio, alcançando o noroeste da Europa em 1º de junho.

“Até o início de junho, nossos dados mostram que o centro do Canadá viveu semanas muito intensas em termos de emissões de incêndios florestais. O fato de conseguirmos observar essa fumaça na Europa revela a escala dos incêndios em Manitoba e Saskatchewan”, afirmou Mark Parrington, cientista sênior do CAMS. “Monitoramos esses eventos para entender como afetam a atmosfera e a qualidade do ar regional e globalmente.”

Nos Estados Unidos, a fumaça canadense também causou impactos. No domingo, 1º de junho, a qualidade do ar chegou a níveis “prejudiciais à saúde” em partes de Dakota do Norte, Montana, Minnesota e Dakota do Sul, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA). O Serviço Florestal do Departamento de Agricultura norte-americano enviou uma aeronave-tanque para auxiliar no combate aos incêndios em Alberta e deve enviar também 150 bombeiros e equipamentos ao Canadá.

As autoridades locais alertam para os riscos à saúde, já que os níveis de fumaça podem variar rapidamente. “A qualidade do ar e a visibilidade devido à fumaça de incêndios florestais podem mudar em distâncias curtas e ao longo das horas”, alertou a Agência de Segurança Pública de Saskatchewan.

Além do Canadá, grandes incêndios também foram registrados na região oriental da Rússia desde abril, com destaque para as repúblicas de Buriácia e Zabaikalsky, ao leste do lago Baikal. Estima-se que as emissões de carbono da região tenham atingido 35 megatoneladas — o maior nível desde 2018 para esse período. Algumas plumas chegaram ao Ártico e impactaram a qualidade do ar no nordeste da China e no norte do Japão.

Informações: Um Só Planeta.

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