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XVII EBRAMEM – Confira a agenda completa de eventos

A agenda de eventos que acontecerão paralelamente ao Ebramem 2025 será intensa e proporcionará conhecimento para os profissionais interessados em sistemas construtivos com madeira. Para não perder nenhum deles, confira abaixo os dias que cada um deles será realizado e inscreva-se antecipadamente clicando aqui!

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Expedição de papelão ondulado totaliza 322.676 toneladas em fevereiro de 2025

O Boletim Estatístico Mensal da EMPAPEL aponta que o Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO) caiu 1,8% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 143,7 pontos (2005=100).

Em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado alcançou 322.676 toneladas no mês. Apesar da queda interanual a expedição para o mês de fevereiro se mantém acima do patamar de 320 mil toneladas.

Por dia útil, o volume de expedição foi de 13.445 toneladas, uma queda de 1,8% na comparação interanual, em que fevereiro de 2025 registrou a mesma quantidade de dias que em 2024 (24 dias úteis).

Expedição de Papelão Ondulado (dados dessazonalizados em toneladas e em médias móveis trimestrais)

Nos dados livres de influência sazonal, o Boletim Mensal de fevereiro registrou alta de 0,6% no IBPO, para 154,9 pontos, equivalentes a 347.023 toneladas. Na mesma métrica, a expedição por dia útil foi de 14.459, uma alta de 9,0% na comparação com o mês anterior.

Informações: EMPAPEL. Imagem destaque: divulgação.

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Paper Excellence é a patrocinadora da Temporada de concertos da Osesp em 2025

Série de concertos apoiados pela Paper começa na quinta-feira, 03, no espetáculo “Dom Quixote”, de Richard Strauss

São Paulo, março de 2025 – A Paper Excellence, uma das maiores produtoras de papel e celulose do mundo, é patrocinadora da temporada 2025 da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp).

A empresa repete o sucesso de 2024 ao patrocinar, novamente, a temporada de concertos de uma das principais orquestras do Brasil, reforçando o compromisso da Paper com a cultura e movimentos artísticos de grande relevância no cenário nacional.

O patrocínio começa com o espetáculo “Dom Quixote”, de Richard Strauss, que será realizado no próximo dia 3 de abril (quinta-feira), na Sala São Paulo.

A apresentação será uma homenagem ao violoncelista brasileiro Antonio Meneses, que morreu em agosto de 2024 e originalmente iria interpretar a obra que foi um marco em sua carreira.

Músicos se preparam para o primeiro espetáculo da temporada, que acontecerá nesta quinta (03/04), na Sala São Paulo, na capital paulista.

No programa também haverá a primeira audição latino-americana de uma obra inédita para a Osesp de Unsuk Chin, importante nome da composição contemporânea. Sob a regência da jovem maestra finlandesa Emilia Hoving, que estreia em solo brasileiro, o público ouvirá “Operascope”, peça que traça a história da ópera, com referências a obras de Verdi, Puccini, Berg e outros.

Logo em seguida, será a vez de ouvir a “Sinfonia nº 5”, de Carl Nielsen, considerado o maior compositor da Dinamarca. A obra é estruturada com apenas dois movimentos e é reconhecida como uma de suas melhores composições.

“Este patrocínio reflete o compromisso da Paper Excellence com o fortalecimento da cultura brasileira e a ampliação do acesso à música clássica. Valorizamos iniciativas que inspiram e conectam pessoas, e acreditamos que eventos como este são fundamentais para enriquecer a sociedade”, destaca Claudio Cotrim, presidente da Paper Excellence Brasil.

AGENDA

“Dom Quixote” de Richard Strauss

Data: 3 de abril (quinta-feira)

Horário: 20h

Local: Sala São Paulo

Endereço: Praça Julio Prestes, 16

Duração: 102 minutos

Preço dos ingressos entre R$ 42,00 e R$ 295,00

Adquira os ingressos neste link

Sobre a Paper Excellence

A Paper Excellence é uma das maiores produtoras de papel e celulose do mundo, com produção anual de 12,8 milhões de toneladas por ano. A companhia possui 58 fábricas distribuídas no Canadá (onde iniciou sua história em 2006), França, Estados Unidos e Brasil, estrutura que atende clientes em mais de 60 países em todos os continentes. Hoje, a Paper Excellence é uma companhia com 77% do suprimento de energia a partir de fontes renováveis e 100% das operações florestais com certificação internacional. A companhia possui hoje 21 mil colaboradores. No Brasil, a Paper possui o controle de 49,14% das ações da Eldorado Celulose, unidade industrial localizada na cidade de Três Lagoas (MS).

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Pautas estratégicas do setor florestal são debatidas em reunião do Cipem

Implantação do Programa Estadual de Florestas (PEF) e outros temas estratégicos para o setor de base florestal foram abordados durante a 3ª Reunião Ordinária do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem). O encontro reuniu diretores dos oito sindicatos patronais, o presidente e o vice-presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Silvio Rangel e Jandir Milan, respectivamente, além do deputado estadual Carlos Avalone (PSDB).

Durante a reunião, realizada na tarde da última quinta-feira (27/03), na sede da Fiemt, foram debatidos temas estratégicos para o desenvolvimento e fortalecimento da cadeia produtiva da madeira em Mato Grosso, incluindo o andamento da análise de processos de manejo florestal, participação do setor no Congresso Internacional de Arquitetura em Madeira, na Austrália, bem como o desenvolvimento do PEF.

O presidente do Cipem, Ednei Blasius, conduziu a discussão de pautas técnicas, como as Instruções Normativas (IN) 19 e 28/2024 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e uma possível imposição de tarifa de 25% sobre as importações de madeira pelos Estados Unidos. Também foram apresentados os avanços no projeto de implantação da plataforma LapexMad pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) do campus de Sinop, ampliando as fontes de pesquisa sobre arrecadação do setor (ICMS, Fethab, taxas florestais, entre outras). O encontro ainda contou com informes gerais do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), apresentados por Frank Rogieri.

As próximas reuniões itinerantes e assembleias sindicais já têm datas definidas para os meses de abril e maio. O Sindusmad (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso), realizará seu encontro em 15 de abril. O Sindinorte (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Médio Norte do Estado de Mato Grosso), terá reuniões nos dias 1º e 16 de maio. Já o Simas (Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado de Mato Grosso), receberá a comitiva do Cipem nos dias 24 e 25 de maio, no município de Sorriso.

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Terá capital, terra e infraestrutura para mais plantas de celulose no país? XP avalia

Segundo cálculos da casa, serão necessários investimentos de mais de R$ 30 bilhões para construção de uma fábrica de celulose com capacidade de 2,5 milhões/t no Brasil

Guilherme Nippes, analista de papel e celulose da XP, participou do programa Morning Call da XP e disse que, olhando para o futuro, espera-se um aumento adicional de capacidade de produção de celulose de mais de 11 milhões de toneladas (t) de 2028 até 2032, por conta de novos projetos e expansões na América Latina.

No Brasil, o analista explicou que os projetos de celulose no país esperados estão concentrados em Mato Grosso do Sul, que já possui plantas da Suzano (SUZB3) em Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, no nordeste do estado.

Parte financeira

“Para fazer um projeto, a primeira coisa que se discute é a parte financeira”, afirmou ele. Ele explica que, na avaliação da XP, entre investimentos na parte industrial e em terras para plantio de eucalipto, são necessários de capex US$ 5,4 bilhões, ou mais de R$ 30 bilhões.

“É uma capital muito relevante para construção do projeto. Existem empresas capitalizadas para isso, mas acaba impactado na decisão”, ressaltou.

Terras

De acordo com cálculos da XP, as áreas plantadas precisarão quase dobrar para acomodar as capacidades adicionais no estado do Mato Grosso do Sul. O analista disse que grande área de pastagem próxima a regiões onde novos projetos devem sair poderão ser convertidas em plantações de eucalipto.

“As áreas de dedicadas à celulose vão dobrar num horizonte até 2032 (no MS)”, apontou Nippes.

Infraestrutura

No Mato Grosso do Sul, a infraestrutura ferroviária de escoamento da produção de celulose para exportação no porto de Santos já existente não tem restrição para futuro aumento de capacidade, na análise da XP.

Mas e o porto de Santos, que recebe toda a carga de celulose produzida no Mato Grosso do Sul, para embarque ao exterior?  Segundo o analista, existe uma capacidade ociosa no complexo portuário para acomodar o excedente da commodity por conta de novos projetos.

Mesmo assim, a XP avalia que dada a visibilidade limitada das áreas para potenciais novos terminais e uma alta taxa de utilização implícita, a infraestrutura portuária é o principal gargalo enfrentado para a expansão dos projetos de celulose no país.

A casa tem visão positiva e recomendação de compra para as ações de Suzano (top-pick) e Klabin (KLBN11) em Papel e Celulose.

Informações: InfoMoney.

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Klabin está preparada para provável instabilidade externa, diz presidente

Em inauguração de nova fábrica, diretor diz que a empresa deve repassar aumento de custos aos clientes neste ano

O modelo de negócios da Klabin protege a empresa de eventuais choques no mercado externo de papel e celulose, segundo o presidente da empresa, Cristiano Teixeira. O executivo afirma que, como a empresa tem três opções de o que fazer com o produto — vender no mercado interno, exportar ou aproveitá-lo em sua própria produção de embalagens –, não está vulnerável a uma eventual crise no mercado internacional, que considera provável no curto prazo. “Podemos vender papel para o exterior se acharmos que o mercado está bom. (Ou não) Se a gente passar por períodos de crise (internacional), como a gente acha que vai ter no mercado de papel”, disse durante a inauguração da mais nova fábrica de embalagens da empresa, em Piracicaba (SP), na quinta-feira, 27.

Atualmente, a Klabin exporta cerca de 60% da sua produção. A fábrica recém inaugurada pela Klabin, chamada Piracicaba II, é o maior complexo para produção de embalagens do continente americano e demandou um investimento de 1,56 bilhão de reais.

O diretor de embalagens da companhia, Douglas Dalmasi, no entanto, prefere classificar a possível “crise” apontada por Teixeira como “instabilidade”. “A questão mundial é sobre instabilidade, não crises”, diz. O executivo ressalta a dificuldade de prever movimentos nos mercados norte-americano e chinês. Independente das perspectivas para o mercado externo, Dalmasi afirma que os custos de produção da empresa aumentaram recentemente, pressionando a margem de lucro. Somados à demanda aquecida no Brasil em face do baixo desemprego, a conjuntura atual deve culminar em um aumento de preços por parte da Klabin, segundo o diretor. “Diferente de 2024, estamos vendo que este é um ano em que vamos ter que repassar a inflação de custos. Ninguém está aguentando a margem atual”, diz.

Informações: Veja.

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Expansão da produção de celulose na América Latina enfrenta desafios de infraestrutura e investimento

A América Latina deve registrar um aumento significativo na capacidade de produção de celulose, com mais de 11 milhões de toneladas adicionais previstas entre 2028 e 2032, impulsionadas por novos projetos e expansões, especialmente no Brasil. No Mato Grosso do Sul, onde a Suzano já possui operações, concentram-se os investimentos, exigindo um capex estimado em US$ 5,4 bilhões para infraestrutura industrial e plantio de eucalipto. A disponibilidade de terras também é um fator crítico, com projeções indicando que as áreas cultivadas precisarão quase dobrar até 2032 para atender à demanda.

A infraestrutura de escoamento, como ferrovias que ligam o Mato Grosso do Sul ao porto de Santos, é considerada adequada para o aumento da produção, mas o próprio porto surge como um potencial gargalo. Embora exista capacidade ociosa atualmente, a XP alerta para a limitação de espaço para novos terminais e a alta taxa de utilização, o que pode dificultar a expansão sustentável. A análise destaca que, apesar dos desafios, empresas como Suzano e Klabin estão bem posicionadas para capitalizar essas oportunidades.

O relatório da XP mantém uma visão positiva para o setor, recomendando a compra de ações das principais players, como Suzano (top-pick) e Klabin. A conclusão reforça que, embora haja capital e terras disponíveis para a expansão, a infraestrutura portuária será o principal desafio a ser superado para garantir o crescimento contínuo da produção de celulose no país.

Informações: Brasil em Folhas.

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Professor Laércio Couto, uma grande perda para a silvicultura

Dr. Laércio Couto é um dos grandes nomes da área de silvicultura, agrossilvicultura e plantações de eucaliptos para produção de biomassa energética no Brasil. É reconhecido nacional e internacionalmente por seus trabalhos de ensino, pesquisa e consultoria nas áreas acima citadas.

Professor Laércio, como gosta de ser chamado, nasceu em abril de 1945 em uma pequena cidade da Zona da Mata de Minas Gerais, Tocantins. Descende de portugueses por parte do pai, Argemiro Couto e dos índios Coroados por parte da mãe, Maria Soares Queiroz Couto. Esse primogênito de uma família de sete filhos e duas filhas, herdou do pai que era carpinteiro e marceneiro, o gosto pelo trabalho com a madeira e o respeito pelas árvores nativas que a produziam. De sua mãe herdou o gosto pela natureza e a atração herdada de seus antepassados pelas florestas, pela flora e pela fauna silvestre.

A perda de Laércio Couto causou grande comoção em seus colegas, ex-alunos, profissionais atuantes e entusiastas da silvicultura.

Passou toda sua infância e juventude em Tocantins, entre irmãos, parentes e amigos, estudando e se divertindo naqueles folguedos comuns em uma cidade pequena do interior de Minas, antes do advento da televisão, computadores e vídeo games. Pescaria, religião e futebol eram suas atividades preferidas e tinha como hobby, colecionar selos, figurinhas, tampinhas de garrafas, maços vazios de cigarros, papéis de balas, etc…

Em 1964, ingressou na Escola Superior de Florestas da Universidade Rural do Estado de Minas Gerais, ao lado de mais 20 colegas, primeira turma daquela nova escola dirigida na época pelo saudoso Dr. Arlindo de Paula Gonçalves, que pode ser considerado um dos ícones da Engenharia Florestal no Brasil. Graduou-se em 1967, tendo sido o primeiro colocado de sua turma que naquela época tinha sido reduzida para onze formandos. Recebeu na época duas propostas de emprego, uma para trabalhar na CEPLAC, Bahia, com o Dr. Paulo Alvim e outra para trabalhar na Prado & Cunha Ltda no município de Buri em São Paulo. Optou pelo trabalho em Buri, pois desejava colocar em prática os conhecimentos adquiridos na escola, na área de silvicultura. Naquela cidade, implantou viveiros e plantações de Pinus que posteriormente foram utilizados pela PLANEBRAS para a produção de resina e de madeira serrada. Em Buri fez grandes amizades com a população local, tornando-se bastante popular na cidade por ter-se tornado um zagueiro do time local de futebol, o Bandeirantes Futebol Clube. Em 1970, casou-se com Maria José Margarido Fonseca, a Fia, com quem teve um filho e duas filhas.

Em 1972, deixou Buri e se mudou para Itararé, ainda no estado de São Paulo, onde foi trabalhar na PLANTAR, que tinha reflorestamentos com Pinus em Itapeva, Itaberá, Sengés e Ibaiti no Paraná. Em 1974, mudou-se para a Praia do Forte na Bahia onde foi implantar um reflorestamento com Pinus e administrar uma plantação de côco onde hoje está localizado o Ecoresort Praia do Forte. Uma vez terminado o projeto da PLANTAR na Bahia, foi trabalhar na Jari em Almeirim no Pará onde atuou no reflorestamento com Pinus e Gmelina arborea. Logo a seguir, foi convidado pelo Presidente da SIF – Sociedade de Investigações Florestais, Professor Mauro Silva Reis, para ir atuar como assistente de pesquisa na entidade, no atual Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa, no inicio de 1975.

Ainda no mesmo ano, 1975, foi aceito para fazer o mestrado em Ciência Florestal no DEF/UFV e convidado para ser professor auxiliar de ensino na área de manejo florestal pelo Professor Antônio Bartolomeu do Vale, que se tornou seu orientador. Em 1977, terminou o mestrado, quando estudou a influência do espaçamento inicial no crescimento de Eucalyptus em plantações florestais no Vale do Rio Doce, Minas Gerais. Seguiu então para o Canadá, onde foi fazer o doutorado na Universidade de Toronto sob a orientação do Professor Jagdish Chandra Nautiyal, um economista florestal de renome internacional. O tema de sua tese, defendida em dezembro de 1982 foi sobre “the timber production function of Eucalyptus grandis in Brazil”. Desta maneira, os primeiros contatos do Professor Laércio com o Eucalyptus foram realizados a partir de 1975 por ocasião de suas atividades como assistente da SIF, estudante de mestrado na UFV, como professor no DEF e posteriormente como estudante de doutorado na Universidade de Toronto, no Canadá.

Ao retornar para o Brasil, após o termino do seu doutorado no Canadá, o Professor Laércio Couto se dedicou a implementar no DEF três áreas principais: a agrossilvicultura, a silvicultura e o planejamento florestal com a utilização de simulação em microcomputadores. Assumiu o ensino da silvicultura em nível de graduação no DEF, criou a disciplina em nível de pós-graduação na área de agrossilvicultura e iniciou a orientação de uma série de estudantes de mestrado e doutorado nas áreas acima mencionadas. Durante toda a sua vida acadêmica, orientou 26 teses de mestrado e doutorado, a maior parte na área de agrossilvicultura com Eucalyptus.

Em 1989, assumiu a Chefia do Departamento de Engenharia Florestal da UFV e a Diretoria Administrativa da Sociedade de Investigações Florestais (www.sif.org.br), quando procurou aumentar o número de empresas associadas da entidade e expandiu os contatos internacionais do DEF e da SIF. Em 1993, deixou a UFV para um período de 18 meses de treinamento em nível de pós doutorado na Colorado State University, tendo como contraparte o Professor David Ray Betters com o qual implementou um projeto de cooperação internacional na área florestal e ambiental, patrocinado pela USIA, que levou aos Estados Unidos vários professores da UFV e à UFV vários professores da CSU. Publicou na época mais de 20 trabalhos relacionados com o seu treinamento na CSU, na área de silvicultura e agrossilvicultura com plantações de curta rotação, principalmente Eucalyptus. Proferiu varias palestras nos Estados Unidos e no México tratando desse assunto, com o apoio da pesquisadora Lynn L. Wright do Oak Ridge National Laboratory – ORNL que tinha o suporte financeiro do Department of Energy – DOE, dos Estados Unidos da América do Norte. O seu trabalho mais importante na época foi uma publicação sobre os impactos técnicos, sociais e ambientais das florestas de curta rotação de Eucalyptus no Brazil.

Em 1994, iniciou um trabalho de suporte técnico para a Gutchess International Incorporated – GII, visando implantar no Brasil uma serraria que utilizasse o Eucalyptus como matéria prima para produção de madeira serrada de alto valor agregado. Este trabalho culminou com a parceria entre a GII e a Aracruz Celulose para o surgimento da empresa Aracruz Produtos Sólidos de Madeira, resultando na instalação da serraria hoje existente no município de Posto da Mata ao sul da Bahia. Hoje, esta serraria pertence à Weyerhaeuser e à Aracruz e produz madeira serrada de Eucalyptus, conhecida como LYPTUS, um novo conceito de madeira nobre, que é comercializada dentro do Brasil e também exportada para os Estados Unidos e Europa.

Em 1996, assumiu a Diretoria Científica da SIF que na época contava com 10 associadas, instituindo um trabalho de expansão e consolidação da entidade, deixando-a em 2002 com mais de 80 empresas participantes e co-participantes. Paralelamente, assumiu a Presidência do Centro Mineiro para Conservação da Natureza – CMCN cooperando na expansão para se tornar o Centro Brasileiro para Conservação da Natureza e Desenvolvimento Sustentável – CBCN (www.cbcn.org.br) com trabalhos executados na área florestal e ambiental para empresas privadas e prefeituras municipais.

Laércio tem sido um dos principais pesquisadores, orientadores de alunos de mestrado e doutorado e professores da agrossilvicultura no Brasil a partir da década de 80. Por essas razões, dedicou-se para a criação, a partir de 2001, da Sociedade Brasileira de Agrossilvicultura (www.sbag.org.br), da qual é o atual presidente, visando agregar e difundir os conhecimentos e o estado da arte existentes no Brasil nesta importante área do conhecimento.

Em 2002, foi indicado como Brazilian Team Leader do Task 30 da IEA Bioenergy (www.iea.org), pelo Ministério de Minas e Energia, quando promoveu um evento conjunto na cidade de Belo Horizonte na área de energia a partir da biomassa florestal
(http://www.fao.org/forestry/webview/media?mediaId=4581&langId=1). Foi ainda solicitado a criar e ser o presidente da Rede Nacional de Biomassa para Energia – RENABIO pelos Engenheiros do MME, Marcelo Khaled Poppe e Manoel Nogueira. A RENABIO (www.renabio.org.br), com sede em Viçosa, Minas Gerais é hoje uma referencia nacional e internacional na área de biomassa para energia, principalmente na área florestal.

Aposentou-se como Professor Titular na área e Silvicultura pelo Departamento de Engenharia Florestal da UFV, terminou a orientação dos seus últimos estudantes de pós graduação, como Professor Voluntário da UFV. Uma vez terminados sua missão e seu contrato, mudou-se para a cidade de Itu, São Paulo onde também residem o seu filho Luciano e sua família. Seu filho Luciano, bem como suas outras duas filhas, Juliana e Michelle são todos formados em engenharia florestal pela Universidade Federal de Viçosa. Ao contrário do que a maior parte dos amigos pode pensar, nunca houve qualquer pressão por parte do Professor Laércio para que seus filhos seguissem a carreira do pai. Foi uma coisa que aconteceu naturalmente. Afinal de contas na família ainda existem vários outros membros que são Engenheiros Florestais, uma carreira intimamente associada à família Couto.

Hoje, o Dr. Laércio Couto é Professor Adjunto da Faculdade de Florestas da Universidade de Toronto e Professor Associado da Universidade Federal do Mato Grosso e da Universidade Federal Rural do Pará, Consultor adhoc do CNPq, Embrapa, Finep e Capes, membro do Conselho Consultivo do CAMESA – Consortium for the Advancing of the Sustainability of Ecosystems in the Americas, presidente do CBCN, da RENABIO, da SBAG, e consultor florestal de diversas empresas que atuam nas suas áreas de especialidade.

De todas as suas atividades, o Professor Laércio tem um grande orgulho de ter dado sua contribuição para o estabelecimento da serraria da Aracruz no Sul da Bahia, que constituiu um marco no uso da madeira do Eucalyptus para produtos sólidos de madeira. Alem disso, ele tem um grande orgulho por ter introduzido muito fortemente no Brasil o ensino formal da Agrossilvicultura, em nível de graduação e pós-graduação e de ter escolhido principalmente o Eucalyptus como o componente florestal do sistema agro-florestal, na maioria dos seus estudos.

Atualmente, o Professor Laércio Couto, procura aliar estudos sobre florestas adensadas de Eucalyptus com agrossilvicultura e com produção de biomassa energética renovável no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do País. Culturas como mandioca, mamona, soja, girassol, milho, sorgo, capim elefante e outras, fazem parte do elenco de componentes agrícolas e forrageiras que o Professor Laércio procura combinar com o Eucalyptus na busca de soluções socioeconômicas e ambientalmente corretas para suprir o Brasil e o mundo com energia renovável e alimentos.

O Professor Laércio orgulha-se também não só de ter sido um formador de Engenheiros Florestais, mas principalmente um formador de entusiasmados cidadãos e cidadãs, a quem procurou transmitir não só os conhecimentos técnicos, mas também os conceitos de cidadania e de compartilhamento para que nossa sociedade possa ter um desenvolvimento mais harmonioso e integrado. Laércio sempre valoriza bastante o seu networking com ex-alunos, ex-colegas, amigos de empresas e instituições nacionais e internacionais. Prova evidente de seu network é a ampla cooperação que possui com inúmeros acadêmicos e pessoal da iniciativa privada. Seus inúmeros trabalhos de pesquisa com diversificado número de co-autores é uma demonstração dessa grande rede de geração e difusão de conhecimentos que ele ajudou a criar.

Suas principais áreas de “expertise” são portanto as seguintes:
• agrossilvicultura;
• biomassa energética;
• conservação da natureza e desenvolvimento sustentável;
• silvicultura geral.


Publicação original em: https://www.eucalyptus.com.br/newspt_set07.html#nove / Os Amigos dos Eucalyptus – Por: Celso Foelkel.

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Por que o balanço de carbono da Suzano mostra o desafio do net zero

Empresa divulga pela primeira vez contabilidade de CO2 da cadeia completa; saldo é negativo mesmo com as remoções de áreas plantadas e conservadas

Para uma empresa que tem o plantio de árvores na base do negócio, mais precisamente 1,2 milhão de mudas por dia, seria razoável pensar que ela não precisaria se preocupar tanto com a pegada de carbono, já que árvores em pé removem gases da atmosfera. Mas, com quase 3 milhões de hectares de área plantada, a maior produtora de celulose do mundo mostra como alcançar o net zero é difícil.

A Suzano divulgou pela primeira vez seu balanço completo de gases de efeito estufa. O escopo 3, que contabiliza as emissões de fornecedores e clientes, agora está todo registrado – até 2023 esses dados eram parciais. Como previsto, ele pesou na conta.  

As emissões totais da Suzano somaram 22,3 milhões de toneladas em 2024. Só o escopo 3 responde por 87% delas. O fato de uma parte importante da atividade da Suzano remover mais carbono do que emite, porém, ajudou a reduzir o balanço nal – ou seja, após o desconto das remoções pelas árvores plantadas – para 16 milhões de toneladas no ano passado.

Nos chamados escopos 1 e 2, respectivamente o impacto climático das atividades diretas da empresa e da energia que ela utiliza, o saldo é negativo. A Suzano emite 3,9 milhões de toneladas de CO2 e remove 6,2 milhões. Uma parte desse “excedente” ela vende na forma de créditos de carbono.

“Tanto o eucalipto quanto as nossas reservas orestais capturam muito carbono. Se analisar só a emissão que parte da nossa indústria, isso já resolve [a pegada de carbono]. Mas na hora que você põe o escopo 3, não”, diz Marina Negrisoli, diretora de sustentabilidade da Suzano. Como são uma relação entre produção e emissões, a medida, porém, pode esconder altas no total.

A empresa possui 2,9 milhões de hectares de terras – cada hectare equivale a, mais ou menos, a área de um campo de futebol. Desses, 60% são de plantação de eucalipto e 40% são de orestas nativas na Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. A empresa adquiriu uma série de ativos orestais nos últimos anos.

Calcular a pegada de carbono da cadeia de valor inteira de uma empresa não é tarefa fácil, mas é essencial para os planos de descarbonização da economia. Todos os setores têm enfrentado desaos para contabilizar e reduzir emissões que não estão sob sua responsabilidade direta.

No caso da Suzano, um dos principais vilões são os gases gerados por clientes industriais que usam a celulose para a fabricação de papel, por exemplo. O transporte e frete dessas compras e vendas também entram na conta das emissões da Suzano.

“Sempre falo para o meu time: ‘No dia em que todas as em que todas as empresas focarem no escopo 1, ninguém mais vai precisar olhar o escopo 2 e 3. No fim, o meu escopo 3 é o escopo 1 do meu fornecedor e do meu cliente”, diz Negrisoli. 

Com faturamento de R$ 47 bilhões no ano passado, a Suzano exporta para mais de 100 países e tem capacidade de produzir 13,4 milhões de toneladas de celulose por ano. 

Metas para a pegada de carbono

A companhia não tem metas públicas de redução de emissões de escopo 3, mas os planos incluem parcerias com clientes e fornecedores para incentivá-los na jornada de descarbonização de suas operações. Em parte da logística, por exemplo, existem projetos para contratar fornecedores que usam caminhões elétricos.

Ela vê a intensidade de carbono da sua celulose como um diferencial para descarbonizar operações “à frente” da sua cadeia industrial.

As metas de redução da empresa estão, hoje, focadas na própria operação. A Suzano assumiu dois grandes compromissos em relação aos escopos 1 e 2.

O primeiro é remover . Até agora, 73% foram removidas a partir do saldo de emissões de carbono da empresa, possível graças ao plantio de eucaliptos e a conservação e recuperação de áreas nativas. Em 2024, essas iniciativas somaram 6,3 milhões de toneladas removidas.

O segundo compromisso é reduzir a emissão de CO2 por tonelada de celulose em 15% até 2030. Metade dele foi alcançada, principalmente com a substituição de combustível fóssil na produção.

A nova fábrica em Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul, por exemplo, utiliza biomassa feita do próprio eucalipto para reduzir a pegada de carbono em 97%. O investimento na fábrica, Eucalipto protegido Mais do Reset 40 milhões de toneladas de CO2 entre 2020 até 2025 agora a maior da empresa, foi de R$ 22 bilhões.

Eucalipto protegido

Mudanças climáticas globais têm inuenciado o cultivo de eucalipto na Suzano.

“Elas não afetam só o eucalipto, mas também outros cultivos, como cana-de-açúcar. Os grandes vetores são a regularidade e a frequência do sol, da água e as ondas de calor”, explica Marina Negrisoli.

Para driblar secas, como a que afetou o país entre 2023 e 2024, uma das estratégias de curto prazo é conhecida como “mosaico de idade”. Ou seja, as árvores são plantadas em momentos diferentes, dividindo o crescimento e a demanda de água do solo ao longo dos anos.

No médio e longo prazo entram as orestas nativas em recuperação.

Além de garantir as remoções e gerar créditos, as têm impacto na produtividade do eucalipto. A oresta tende a proteger a entrada de pragas na plantação e garante a oferta de água no solo, essencial para o cultivo.

Numa perspectiva mais ampla, de recuperação de biomas, a principal iniciativa é a criação dos corredores ecológicos pelo Brasil, hoje separados por áreas degradadas e permitem a circulação da fauna.

“O grande problema da perda de biodiversidade do Brasil é a fragmentação dos polígonos de regeneração ou de conservação. Quando comparado com outros grandes territórios, ainda temos uma massa relevante de vegetação nativa. O ponto é a desconexão entre eles”, arma Negrisoli.

A meta é conectar 500 mil hectares pelo Brasil até 2030, até agora foram alcançados 150 mil impulsionado pela conexão entre o Parque do Descobrimento e o Monte Pascoal, ambos no sul da Bahia.

Informações: Capital Reset/Uol.

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Suzano fará 4º aumento em preços de celulose a partir de abril

A Suzano, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, fará uma nova rodada de aumentos de preços de celulose em abril, a quarta seguida neste ano, informou a companhia nesta quinta-feira.

O preço da celulose vendida pela Suzano para clientes na Ásia vai subir em US$20 a tonelada, enquanto na Europa e na América do Norte o reajuste será de US$60 por tonelada em cada região.

A informação sobre os aumentos foi antecipada à Reuters por uma fonte e confirmada posteriormente pela Suzano.

Com o reajuste de abril, o preço da celulose da Suzano na Europa irá para US$1.280 a tonelada.

As ações da Suzano fecharam a quinta-feira em alta de 0,71%, enquanto o Ibovespa encerrou com avanço de 0,47%.

Informações: Terra.

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