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Suzano: investimento de R$ 650 milhões em fábrica de papel em Aracruz

Empreendimento deve começar a produzir no primeiro trimestre de 2026, gerando cerca de 300 postos de trabalho durante a implantação e 200 na fase de operação

O lançamento da pedra fundamental para implantação da segunda fábrica de papel tissue da Suzano em solo capixaba foi feito na última quinta (18/04), no município de Aracruz, dois anos após a empresa inaugurar a primeira fábrica no Estado, localizada em Cachoeiro, região Sul.

O tissue é um material de alta absorção utilizado na fabricação de papéis sanitários e outros. A empresa está investindo R$ 650 milhões no empreendimento que, além da produção de papel, também fará a sua conversão em papéis higiênicos, inserindo Aracruz no rol de municípios brasileiros com produção desses itens e agregando valor à cadeia produtiva.

A fábrica de papel faz parte de um pacote de investimentos anunciado pela empresa no ano passado para o Espírito Santo, que soma R$ 1,17 bilhão. Está incluída aí a nova caldeira de biomassa, projeto já em execução, que aumentará a eficiência energética da fábrica, contribuindo para a estabilidade operacional.

A nova caldeira também vai resultar em ganho ambiental em relação ao equipamento existente, a partir da redução da emissão de material particulado e reaproveitamento na queima de resíduos da madeira.

Durante o período de obras, a nova fábrica vai gerar 300 postos de trabalho. Após o início da produção, previsto para o primeiro trimestre de 2026, cerca de 200 colaboradores e colaboradoras, diretos e indiretos, trabalharão na unidade. Assim como por ocasião do início de produção na unidade de Cachoeiro de Itapemirim, a Suzano fará parceria com instituições especializadas para qualificar os trabalhadores e trabalhadoras que vão atuar na operação da nova fábrica, priorizando a contratação de pessoas da região das proximidades do empreendimento.

O evento reuniu em Aracruz o atual e o futuro CEO da Suzano, respectivamente, Walter Schalka e Beto Abreu. Schalka destacou que a Suzano começou a produzir papel tissue há seis anos e hoje é líder de mercado no segmento. “Aracruz é uma planta competitiva e tem condições de se tornar ainda mais, estamos a apenas 2 km do Portocel”, destacou ele, numa referência ao porto por onde a produção é escoada.

Presente ao lançamento da pedra fundamental da fábrica, o governador Renato Casagrande abordou a evolução da Suzano no Espírito Santo nos últimos anos, agregando valor à produção. Ele destacou a importância do fortalecimento da atividade industrial para o crescimento da economia.

“Ter uma empresa como a Suzano é um passo importante para que o Espírito Santo tenha posição de destaque no cenário industrial”. O governador acrescentou ainda que, ao produzir bens de consumo, a empresa incrementa a geração de impostos no Espírito Santo, contribuindo para fortalecer o estado.

Verticalização

O diretor de Bens de Consumo e de Relações Corporativas da Suzano, Luís Bueno, observou que a implantação da nova fábrica, em Aracruz, marca a verticalização da indústria de celulose no estado, que passa a ter aqui toda a sua cadeia produtiva: da muda de eucalipto ao produto final. O Espírito Santo já converte tissue em papel higiênico na unidade de Cachoeiro de Itapemirim e, com a nova fábrica, passa a produzir no estado também o papel tissue.

A fábrica que será construída em Aracruz é a sétima da Unidade de Bens de Consumo da Suzano e a segunda no Espírito Santo: a empresa já tem fábricas de produção e conversão de tissue em produtos acabados nos municípios de Mogi das Cruzes (SP), Mucuri (BA), Imperatriz (MA) e Belém (PA), além de unidades exclusivas de conversão nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim (ES) e Maracanaú (CE). Em Aracruz, serão produzidas 60 mil toneladas/ano de papel tissue, elevando para 340 mil toneladas anuais a capacidade instalada da unidade de Bens de Consumo da Suzano.

A produção será convertida em 30 mil toneladas/ano de papéis higiênicos das marcas Mimmo, Max Pure e Neve, as mesmas que já são produzidas também em Cachoeiro de Itapemirim, e vai abastecer os mercados da região Sudeste, parte do Centro-Oeste e Sul. A fábrica do sul do estado, cuja capacidade de produção também é de 30 mil toneladas/ano e é abastecida com tissue vindo de outras unidades da Suzano, passará a utilizar o papel produzido em Aracruz.

O prefeito de Aracruz, Dr. Coutinho, também prestigiou o lançamento da pedra fundamental da nova fábrica e salientou a relevância da presença da Suzano no município, como parte de uma cadeia econômica importante para a geração de empregos e de tributos.

O futuro CEO da Suzano, Beto Abreu, enfatizou a importância de um bom ambiente de negócios para as decisões de investimento da empresa, ressaltando que o Espírito Santo demonstra ter harmonia nesse aspecto, com as diversas esferas de poder público e o setor privado caminhando juntos, o que é um ponto bastante positivo.

Informações: ESBrasil.

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Ferramenta com inteligência artificial identifica espécies florestais de valor comercial

Desenvolvido pela Embrapa, o Netflora reduz custos de produção e torna mais sustentável o manejo florestal

Tecnologia inédita no Brasil utiliza inteligência artificial para identificar e mapear árvores de alto valor comercial na Amazônia. Essa ferramenta inovadora, que funciona como um verdadeiro guia florestal, reconhece espécies como castanheira, cumaru-ferro, açaí e cedro com uma precisão impressionante de 95%, resultado que reduz custos de produção e torna mais sustentável o manejo das florestas na Amazônia

Desenvolvido pela Embrapa, com base em características botânicas, disponíveis em um banco de dados, o Netflora reúne um conjunto de algoritmos treinados com inteligência artificial (IA) para consideração de espécies florestais.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Acre Evandro Orfanó, um dos coordenadores de estudos desses, o Netflora confere maior automação ao planejamento da atividade florestal e aumenta a precisão e eficiência na execução de planos de manejo.

“Uma vez treinado e especializado, o algoritmo também fornece evidências, como cerâmico e área de copa, que possibilitam estimar, por meio de equações alométricas (que relacionam formas e tamanhos), o volume de madeira de cada árvore. Essas ferramentas tecnológicas recomendadas para o aumento da produção florestal com conservação ambiental”, afirma.

A adoção dessas tecnologias envolve investimentos em computadores, drones, baterias e estrutura adequada de escritório. Segundo Orfanó, esse gasto inicial é compensado pela redução drástica nos custos de produção, especialmente na etapa do inventário florestal.

Para se ter uma ideia, no levantamento tradicional de espécies, com equipes em campo, um hectare de floresta mapeado tem custo estimado entre R$ 100 e R$ 140, enquanto com a metodologia Netflora esse valor cai para R$ 4 a R$ 6 .

A metodologia pode aumentar até 100 vezes a capacidade de mapeamento da área inventariada, em relação ao método tradicional. Com a ferramenta, a meta da Embrapa é mapear 80 mil hectares de floresta, com inserção de novas áreas de interesse comercial na Amazônia.

Inicialmente, a tecnologia já está validada para uso nos estados do Acre e Rondônia e em processo de implementação nos demais estados amazônicos, onde o recurso pode ser adotado para mapeamento de espécies não-madeireiras.

“Nós temos um algoritmo treinado para identificação de açaí. Nós vamos ter em breve um outro algoritmo treinado para identificação de castanheiras, ou seja, vai ser possível utilizar essa metodologia para identificar de forma muito precisa e com custo baixo onde estão essas árvores”, comenta Bruno Pena Carvalho, chefe-adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa Acre.

Apesar da previsão de que o Pará ainda não ter sido contemplado nesta fase do projeto, Walkimário Lemos, chefe da Embrapa Amazônia Oriental, avalia que a ferramenta terá um impacto positivo quando chegar ao estado. Para ele, a agilidade e acurácia no processamento das informações devem impulsionar as atividades ligadas ao manejo florestal e ao extrativismo.

“A tecnologia de inteligência artificial para manejo florestal na Amazônia é capaz de ampliar com rapidez o conhecimento acerca da floresta enriquecendo o conhecimento a respeito do manejo florestal, seja ele comunitário ou tradicional, assim como do manejo racional de açaizeiros nativos. Essa ampliação do conhecimento pode acrescentar melhorias sociais e econômicas para as nossas populações amazônicas uma vez que esse grande valor da floresta em pé passa obrigatoriamente pelo conhecimento da sua diversidade”, acrescenta Walkimário Lemos.

As pesquisas para viabilizar o uso de inteligência artificial no setor florestal são realizadas pela Embrapa desde 2015 e contemplam diferentes aspectos da atividade. Na fase atual, os estudos ocorrem por meio do projeto Geotecnologias aplicadas à automação florestal e espacialização dos estoques de carbono em uso nativo e modificado da terra na Amazônia Ocidental (Geoflora), executados no Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará e Amazonas, em parceria com o Fundo JBS pela Amazônia.

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Com o tema ´Prevenir é combater´, Reflore/MS realiza “12ª Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios”

Com o tema ´Prevenir é combater´, a Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS) e as empresas associadas, com parceria do Sistema Famasul e Senar/MS, e apoio do Governo de MS, Corpo de Bombeiros Militar e Ibama, realizam a ´12a Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios´.

O setor florestal de Mato Grosso do Sul tem crescido a passos largos. Hoje, o estado concentra cerca de um milhão e quinhentos mil hectares de florestas plantadas de eucalipto, três linhas de produção de celulose em operação em Três Lagoas (e uma em construção em Ribas do Rio Pardo), além de indústria de ferro gusa, fábrica de MDF, entre outros. Um setor pujante, que tem transformado a vida de milhares de pessoas em MS.

“Há 18 anos a Reflore/MS busca congregar, representar, promover e defender o setor de base florestal de MS, para tanto, realizamos diversas ações e projetos, entre eles, a nossa tradicional Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios. Com a campanha buscamos criar uma cultura permanente de prevenção; educar a sociedade sobre os malefícios sociais, ambientais e econômicos que os incêndios podem gerar; capacitar o agronegócio para o combate e; fomentar a união e cooperação entre indústrias, pequenos produtores, associações e sindicatos”, destaca Junior Ramires, presidente da Reflore/MS.

Cada vez mais o setor tem se unido e se preparado. Hoje, muitas empresas deste segmento contam com brigadas de incêndios, profissionais capacitados para lidarem de forma rápida e eficaz em situações de risco e fazem monitoramento de focos por câmeras e sensores de fumaça, utilizando a tecnologia como uma grande aliada nesta luta.

“A Famasul e o Senar/MS atuam constantemente na orientação e capacitação do produtor e trabalhador rural na prevenção e combate aos incêndios. Temos contato direto a mais de 9 mil produtores da Assistência Técnica e Gerencial e só no ano passado tivemos mais de 50 turmas do curso que instrui esse combate aos focos. O produtor rural é o primeiro a chegar no fogo, antes mesmo dos Bombeiros, então é importante que todos estejam preparados”, relata o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni.

Em 2023, mais de 4 mil focos de incêndios foram registrados em MS

Os incêndios têm diversas origens, incluindo fenômenos naturais, incidentes, expansão das áreas rurais e aspectos culturais como hábitos e comportamentos. Entretanto, o fator humano, em especial o analfabetismo ambiental, desempenha um papel significativo. Estudos indicam que a maioria dos incêndios é provocada por atividades humanas.

Conforme dados divulgados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec) e pelo instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em 2023 foram registrados 4.529 focos de calor em Mato Grosso do Sul.

Ações levam conhecimento sobre prevenção e capacitação

O fogo é perigoso e pode gerar diversos malefícios: empobrece o solo, contamina o ar que respiramos, prejudica ecossistemas, representa perigo nas estradas devido à fumaça, pode levar a morte de animais e seres humanos, e gera prejuízos financeiros aos produtores. Por isso, a importância de sensibilizar tanto as comunidades rurais quanto as urbanas sobre medidas preventivas e de combate.

Ações nas rodovias da costa leste: para orientar e informar as pessoas que trafegam pelas rodovias da costa leste de MS foram instaladas diversas placas informativas (com contatos para casos de emergência). E, em 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Reflore/MS e profissionais das empresas associadas, farão uma blitz educativa, levando informações aos condutores de veículos em pontos estratégicos dessas rodovias, distribuindo panfletos e adesivos.

Ações em canais de comunicação: serão realizadas veiculações informativas em estações de rádio, e um trabalho contínuo será feito nas redes sociais da Reflore/MS, das empresas associadas e dos parceiros da campanha, com a divulgação de materiais educativos e vídeos virais com informações relevantes. E, pela primeira vez, neste ano a Campanha contará com a parceria do influenciador digital Antonio Côrtes, que tem presença forte nas redes sociais.

Ações nas escolas: um dos principais objetivos da Campanha é levar conhecimento para as crianças, pois para a Reflore/MS levar informações para os pequenos é plantar uma semente da cultura da prevenção nas gerações futuras. Estão previstas palestras educativas em escolas rurais e urbanas da costa leste do estado, que serão conduzidas por profissionais das empresas associadas.

Treinamentos: junto a prevenção, também é preciso capacitar para o combate. Anualmente profissionais do setor são capacitados para agirem em casos de incêndios florestais. Em parceria com o Senar/MS e o Corpo de Bombeiros Militar de MS, serão realizados o Treinamento de Brigadas de Incêndios e Treinamento SCI – Sistema de Comando de Incidentes.

Você também faz parte desta Campanha!

Estamos nos aproximando do período mais crítico do ano, quando a combinação de baixa umidade do ar, ventos intensos, calor e escassez de chuvas pode aumentar o risco de incêndios. Assim, é importante que cada um de nós adote atitudes responsáveis no dia a dia.

Seja consciente: não acenda fogueiras próximas a áreas florestais, não queime lixo ou vegetação, não descarte resíduos nas margens das estradas (objetos como vidros e latas podem concentrar luz e iniciar incêndios), realize manutenção regular em veículos como caminhões, máquinas e tratores para prevenir faíscas provenientes do escapamento, e não solte balões. A prevenção é fundamental para proteger nossas florestas e comunidades. Para denunciar focos de incêndio ligue 193.

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Aperam BioEnergia vende 15 mil toneladas de remoção de carbono para plataforma global

Tecnologia conhecida como biochar é aplicada no solo das florestas plantadas da Aperam, que ficam no Vale do Jequitinhonha

Enquanto as empresas correm atrás para reduzir as emissões de carbono da atmosfera, a Aperam BioEnergia tem aproveitado a necessidade para promover um dos seus negócios: a venda de crédito de carbono. A recém parceria com a plataforma global Patch, que conecta compradores a vendedores de créditos de carbono, já resultou na venda de 15 mil toneladas métricas de carbono.  

A tecnologia utilizada para a extração do carbono da atmosfera e produção de crédito do carbono foi a do biochar, desenvolvida no Brasil. O biochar é uma biomassa que se assemelha a um carvão, resultante do aquecimento de resíduos agrícolas ou florestais orgânicos (sem oxigênio), que, aplicada ao solo, ajuda a reter carbono por centenas de anos, evitando sua liberação para a atmosfera.

Dessa forma, de acordo com a Aperam BioEnergia, as empresas que produzem biochar podem obter certificados de crédito de carbono para serem vendidos no mercado voluntário de carbono. A prática vem sendo feita há dois anos, com o biochar aplicado no solo das florestas plantadas da Aperam, localizadas no Vale do Jequitinhonha.

A Aperam BioEnergia mantém cerca de 100 mil hectares de florestas de eucalipto plantadas e produz o carvão vegetal utilizado na fabricação do aço Aperam na siderúrgica da empresa localizada em Timóteo, na região do Rio Doce de Minas. 

As florestas de eucalipto, juntamente com a reserva de mata nativa que a companhia mantém preservada, já deram à empresa o balanço neutro de emissão de carbono, livrando totalmente a produção de biochar para comercialização.

A parceria feita com a Path para vender créditos no mercado voluntário internacional começou em janeiro. Naquele mês, a Aperam BioEnergia realizou a primeira entrega e forneceu um certificado de 8,5 mil toneladas métricas de CO2 removido. Já a segunda entrega (6,5 mil toneladas de remoções) foi concluída dois meses depois, totalizando, ao final de março, 15 mil toneladas métricas de CO2 removidos entregues.

“Devido ao grande volume de vendas, a produção foi realizada em duas etapas para atender à demanda dos clientes”, conta o gerente executivo da Aperam BioEnergia, Benone Braga.

Remoção de carbono é mais uma opção de crédito de carbono

Apenas deixar de emitir CO2 não tem sido suficiente para frear as mudanças climáticas. Por isso, o mundo precisou desenvolver tecnologias capazes de retirar carbono da atmosfera, que é o que faz o biochar. A técnica era utilizada anteriormente como combustível que, ao ser queimado, acabava liberando carbono para a atmosfera. Mas há algum tempo tem sido utilizado para um fim mais nobre e rentável.

Como os resultados foram vantajosos, a tecnologia virou um dos negócios da Aperam BioEnergia e já trouxe resultados positivos e metas ousadas. Para este ano, a perspectiva da empresa é comercializar cerca de 35 mil toneladas de CO2 removido, o que equivale a 6 mil toneladas a mais que em 2023, um crescimento de 20%.

Foi em 2022 que a Aperam se tornou a primeira empresa na América Latina a comercializar créditos de remoção de carbono, os CORCs. Naquele ano, apenas 1 mil toneladas foram vendidas. No ano passado, a Aperam BioEnergia forneceu um certificado de 5 mil toneladas métricas de CO2 removido, ampliando sua produção até chegar aos 15 mil dos primeiros meses deste ano.

“O grande crescimento que registramos nesses dois primeiros anos mostra o potencial desse mercado, que ainda está sendo descoberto no Brasil”, diz Benone Braga.

Informações: Diário do Comércio.

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O desaparecimento do cacau

Explore a ascensão histórica nos preços do cacau e suas implicações para o mercado global

Recentemente, os mercados de commodities registraram uma elevação significativa nos preços do cacau. Nas praças de Londres e Nova York, os contratos futuros do cacau alcançaram valores jamais vistos, destacando um cenário de aumento que chegou a quase 10% em uma única sessão.

Qual é o atual cenário dos preços do cacau?

Na última quinta-feira, o contrato de julho do cacau em Londres impressionou o mercado ao fechar em alta, alcançando a marca de £ 9.418 por tonelada métrica, o que representou um acréscimo de 9,7%. Esse aumento veio após o preço atingir uma máxima de £ 9.535 por tonelada durante a sessão.

Em Nova York, a tendência foi similar, com o contrato de julho encerrando a £ 11.035 por tonelada, após alcançar a cifra recorde de £ 11.126, um aumento de 9,6%.

Por que os preços do cacau estão aumentando?

O aumento nos preços tem sido atribuído à combinação de uma demanda robusta e preocupações crescentes com a oferta. Além disso, o processamento de cacau na Europa e na Ásia mostrou-se mais intenso do que o esperado, apesar das previsões de uma queda na produção devido a condições climáticas irregulares e doenças que afetaram as colheitas. Na verdade, os processadores de cacau europeus e asiáticos relataram uma redução menos acentuada do que a esperada nas taxas de moagem, o que deixa o mercado ainda mais tenso em relação ao equilíbrio entre oferta e demanda.

Somente este ano, o preço do cacau já subiu cerca de 150% e, com a grande demanda e a continuação dos impactos climáticos (principalmente do El Niño) e de doenças de lavoura, o cenário exige diminuição da gigantesca demanda ou resultará em uma maior decolagem dos preços.

Como a indústria do café e açúcar está reagindo?

Enquanto o cacau experimenta altas recordes, outros setores não seguem o mesmo caminho. O café robusta, por exemplo, viu uma queda de 3,2%, terminando a $4.062 a tonelada, mesmo após estabelecer novos recordes consecutivos. Isso se deve, em parte, aos produtores do Vietnã reterem seus estoques na esperança de melhores preços no futuro.

O café arábica também apresentou queda de 3,8%, encerrando a $2,311 por libra-peso. Em relação ao açúcar, o mercado tem mostrado uma ligeira recuperação depois de ideias de melhorias no suprimento provenientes da Ásia e do Brasil, com o açúcar bruto de maio fechando em alta de 1,4% a $19,59 por libra-peso e o açúcar branco, em alta de 1,7%, para $568,90 a tonelada.

Quais são as previsões futuras para os preços do cacau?

O mercado global de cacau continua a enfrentar incertezas quanto ao futuro da oferta e da demanda. A comunidade financeira e os comerciantes estarão observando de perto os próximos relatórios de moagem da América do Norte, buscando indícios que podem sugerir reduções adicionais ou sustentação dos níveis de preço atuais. Diante desses fatores, a volatilidade nos preços do cacau pode continuar a ser um tema recorrente nos mercados de commodities.

Assim, para investidores e stakeholders da indústria do cacau, manter-se atualizado com as tendências de mercado e os relatórios de produção será essencial para navegar neste ambiente dinâmico e, muitas vezes, imprevisível.

Informações: O Antagonista.

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Suzano inicia construção de nova fábrica de papel em Aracruz

O empreendimento conta com investimento de R$ 1,17 bilhão. A previsão para as obras é de pouco mais de um ano e meio

Suzano realizou nesta última quinta-feira (18), às 11h, a cerimônia que marca o início da construção de uma nova fábrica da empresa em Aracruz, na região Norte do Espírito Santo, com o lançamento da pedra fundamental, que simboliza o começo das obras. 

O evento contou com a presença do governador Renato Casagrande (PSB). A previsão para as obras é de pouco mais de um ano e meio. No primeiro trimestre de 2026 devem começar as contratações de funcionários para a nova fábrica. 

Durante o período de construção, a nova unidade deve gerar cerca de 300 empregos. Após o início da produção, previsto para o primeiro trimestre de 2026, cerca de 200 colaboradores, diretos e indiretos, trabalharão no local.

O novo empreendimento conta com investimento de 1,17 bilhão, conforme apurou a coluna Mundo Business. 

Serão destinados R$ 650 milhões na construção de uma fábrica de papel tissue (destinada a fabricar por exemplo rolos de papel higiênico), e R$ 520 milhões na substituição de uma caldeira de biomassa em um dos maiores complexos fabris de produção de celulose da companhia, localizado no município capixaba.

Com isso, a companhia irá exportar a partir do Espírito Santo papel higiênico suficiente para abastecer 10 milhões de famílias pelo Brasil, tornando o Estado um exportador do produto, segundo a coluna. 

A fábrica de tissue, produto utilizado na confecção de itens de higiene e limpeza como papel higiênico, guardanapo, papel toalha e lenços umedecidos, terá capacidade para produzir 60 mil toneladas, ou 1,1 milhão de rolos por dia, além de duas linhas de conversão do material em papel higiênico. Essa quantidade soma aos outros 1 milhão de rolos/dia da fábrica de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado.

Informações: Folha Vitória.

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Degradação florestal na Amazônia aumenta quase 5.000% em março

Roraima foi o estado responsável pela alta no número. Apesar dos índices de degradação, o desmatamento apresentou queda, mostra SAD, do Imazon

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 2.121 km² em março, o equivalente às cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Belém (PA) somadas. O número representa uma alta de 4.948% em relação a março de 2023, quando a degradação detectada foi de 42 km². Os números, do Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon (SAD), foram divulgados nesta quarta-feira (17).

Segundo a ferramenta, Roraima foi responsável, praticamente sozinho, por toda a degradação detectada. Além do estado no extremo norte amazônico, Mato Grosso também entrou na lista, mas não chegou a completar 1% do total monitorado no período.

A ferramenta do Imazon mostra que, em Roraima, que vem sofrendo com a estiagem extrema e já soma 4.500 focos de queimadas de janeiro a meados de abril de 2024, a degradação também precisa ser considerada.

“A seca em Roraima perdura. E, nessas condições, aumenta a vulnerabilidade às queimadas, um dos principais vetores de degradação”, explica Carlos Souza Jr., pesquisador do Imazon.

Desmatamento

Já o desmatamento por corte raso – quando toda a vegetação é destruída para dar lugar a outros usos do solo, como pastagens para o gado – teve uma redução de 64% em março, em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Segundo o SAD, no período, foram desmatados 124 km² na Amazônia Legal. O Amazonas encabeça a lista de estados mais desmatados, com 28% do total, seguido pelo Mato Grosso, com 26%, Roraima (25%), Pará (9%), Rondônia (9%) e Maranhão (1%).

“A baixa consecutiva na devastação demonstra que as políticas de combate à derrubada na Amazônia estão sendo eficazes, apesar disso, é preciso continuar com as ações de combate e controle do desmatamento na região, focando principalmente  nos territórios protegidos e nas áreas de intensa pressão ambiental”, diz  Larissa Amorim, também pesquisadora do Imazon.

A maior parte da destruição da floresta ocorreu dentro de propriedades privadas ou sob diversos estágios de posse (75%). O restante do desmatamento foi registrado em assentamentos (14%) e Unidades de Conservação (11%)

O desmatamento detectado em Terras Indígenas em março de 2024 foi inferior a 1% do total registrado na Amazônia Legal: foram 0,42 km², contra 3,77 km² em março de 2023, uma queda de 89%. Das cinco TIs mais desmatadas em março de 2024, três estão em Roraima.

Quando considerado o período de 1º de agosto a 31 de março – os oito primeiros meses do chamado calendário do desmatamento, que vai de 1º de agosto de um ano até 31 de julho do ano seguinte – o desmatamento registrado em Terras Indígenas foi o menor em seis anos.

Informações: O Eco.

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Scania Super é eleito o ‘Caminhão Verde 2024’

‘Green Truck’ é um completo teste reconhecido globalmente pela seriedade e organizado pelas revistas Trucker e VerkehrsRundschau, na Europa

O Scania Super é o ‘Caminhão Verde 2024’. Ele foi reconhecido e eleito na Europa pelo ‘Green Truck Award’, organizado pelas revistas alemãs Trucker e VerkehrsRundschau. Anualmente, todas as fabricantes de caminhões pesados ​​são convidadas para o teste de comparação ‘Green Truck’, na Europa, com o objetivo de comprovar qual é o caminhão mais eficiente em termos de transporte. A desejada premiação, criada em 2011, foi vencida pela Scania em nove das 14 edições.

O caminhão vencedor do ‘Green Truck Award’ precisa passar por um crivo complexo de teste por meio da aplicação de uma fórmula inteligente, que abrange todos os aspectos relevantes para o produto ser considerado eficiente em termos de transporte e sustentabilidade. As variáveis analisadas são: consumo de combustível, velocidade média, volume do aditivo AdBlue utilizado (no Brasil o correspondente é o aditivo Arla 32) e peso do caminhão (quanto mais leve, melhor). 

O Scania Super se destacou com louvor nos dados reais usados ​​na fórmula do Green Truck: em 100 km de distância, a diferença média em relação ao segundo colocado foi de 0,41 litros de combustível. Vale a pena reforçar que um caminhão pesado, que percorre longas distâncias, roda em média 150.000 km por ano, na Europa. Neste cenário, os mais de 600 litros por ano economizados do Scania estão em melhor situação do que o concorrente mais próximo. Com 7.040 kg, o Scania Super também foi o veículo mais leve, e alcançou a maior velocidade média, de 79,7 km/h. A Scania também apresentou uma versão atualizada de seu sistema CCAP (cruise control with active prediction ou controle de cruzeiro com previsão ativa) em maio de 2023 na Europa, uma tecnologia que a marca acredita ter comprovado sua vantagem ao cliente no teste. As provas reais ocorreram em vários tipos de estradas, na área de Munique (Alemanha). Tudo foi acompanhado pelos organizadores e equipes das fabricantes participantes. Um caminhão de referência é sempre usado para compensar mudanças nas condições, como ventos contrários, chuva e temperatura.

O Scania Super foi lançado na Europa em 2021 e teve o início das vendas no Brasil em novembro de 2022. “O Super foi o único produto apresentado pela indústria, para a nova lei de emissões Proconve P8/Euro 6, iniciada em janeiro de 2023, com um trem de força 100% novo (motor, caixa e diferencial). É o nosso caminhão mais econômico da história”, afirma Marcelo Gallao, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Scania Operações Comerciais Brasil. Para se ter uma ideia, em comparação à geração anterior, Séries P, G e R, o Super proporciona uma economia de combustível de até 28%. Já sobre a geração Euro 5, a redução de consumo pode chegar a até 8%. “Em nosso país, estamos tendo um retorno fantástico de clientes superando estes índices. O reconhecimento europeu de ‘Caminhão Verde 2024’, reforça no Brasil o Super como a solução de transporte de menor custo total de operação do mercado, e um exemplo de eficiência energética e de redução de emissões”.  

Marcelo Gallao.

“A Scania participa em muitos testes de imprensa na Europa, mas o ‘Green Truck Award’ centra-se realmente no que é um requisito fundamental na nossa indústria – oferecer aos clientes a melhor eficiência de transporte possível”, afirma Stefan Dorski, vice-presidente sênior e responsável global pela Scania Trucks. “Nosso trem de força Super foi lançado em 2021, na Europa, e trouxe um novo nível de desempenho ao mercado, com economia de combustível de 8%, da qual nossos clientes agora se beneficiam em suas operações diárias.”

“Nós da Scania estamos muito orgulhosos e felizes por termos conquistado o título de caminhão pesado, usado em longas distâncias, mais eficiente do mundo. Consumir menos combustível significa reduzir as emissões de CO2, uma vez que grande parte dos transportes mundiais ainda depende de motores de combustão a diesel”, conclui Dorski. 

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FASB abre inscrições para o 3º Study Tour Brasil 

O evento terá programação de seis dias visitando iniciativas de restauração florestal e uso sustentável do solo, entre Vitória e Porto Seguro, em uma das regiões mais relevantes da Mata Atlântica 

Nos dias 13 a 18 de maio o FASB realizará o 3º Study Tour, com uma programação que inclui visitas a iniciativas e projetos socioambientais, em comunidades tradicionais e propriedades privadas entre as cidades de Vitória/ES e Porto Seguro/BA, em uma região chamada de Hileia Baiana, que compõe uma das áreas com o maior número de fragmentos florestas significativas para a conservação da Mata Atlântica. As inscrições estão abertas para profissionais, instituições, lideranças e empresas que atuam e desenvolvem projetos socioambientais e têm foco na restauração de paisagens no site do FASB.

Em sua terceira edição, o evento preparou uma jornada que irá explorar como promover ações integradas para o fortalecimento da cadeia da restauração florestal na Hileia Baiana. Serão seis dias de atividades para conhecer as diferentes intervenções que estão programadas e sendo realizadas no território, além de apresentar os desafios a serem enfrentados e as oportunidades de melhorias.

Para Márcio Braga, coordenador geral do FASB, “este será um momento para refletir sobre o desenvolvimento de projetos que reestruturem a cobertura vegetal de um dos ecossistemas mais importantes do país, com destaque na aplicação de novas tecnologias, investimento de recursos financeiros, parcerias institucionais, geração de renda e eficiência.”

O evento conta com apoio do WWF-Brasil, que atua coletivamente na conservação ambiental da região da Hileia Baiana, e do Diálogo Florestal por meio do Fórum Florestal da Bahia, que é um espaço permanente de diálogo da sociedade sobre as florestas no sul e extremo sul da Bahia.

“A expansão do FASB para o Espírito Santo é uma oportunidade de fortalecer a cadeia da restauração na região e de apoiar as organizações na implementação de projetos desenvolvidos localmente”, afirma Daniel Venturi, especialista de Conservação e líder da estratégia de Mata Atlântica do WWF-Brasil.  De acordo com a Secretária Executiva do Fórum Florestal da Bahia, Erica Munaro, “o Study Tour será uma oportunidade de nos aproximar das diferentes realidades de comunidades e instituições que estão atuando na construção de soluções para uso e conservação de paisagens sustentáveis. Dessa forma, poderemos refletir sobre os desafios e oportunidades visando a conectividade da rica biodiversidade existente no Corredor Central da Mata Atlântica”.

O Study Tour dar-lhe-á a oportunidade de aprofundar questões de como reforçar a governança para que os diferentes atores possam ser integrados na tomada de decisões a nível territorial, como garantir o apoio financeiro para o fortalecimento da cadeia da restauração florestal e promover um impacto significativo na paisagem, como a construção de um corredor ecológico de 500 km.

Além da programação, o evento será o marco para o lançamento do segundo ciclo de investimentos do FASB em projetos socioambientais de origem do sul da Bahia e expandindo para o norte do Espírito Santo, divulgando o período e o processo de inscrição de novos projetos.

Nessa jornada, o participante terá uma experiência de aprendizagem, em que poderá explorar em conjunto as ações de restauração florestal mais adequadas para a construção de um corredor ecológico na Hileia Baiana e o que é necessário para colocá-las em prática.

Serviço:

Sobre o FASB

O FASB é um programa de incubação e aceleração que segue um ciclo de projeto em várias etapas, fornecendo assistência técnica desde a origem até sua implementação completa, apoiando a evolução do projeto desde os estágios iniciais até sua conclusão. O trabalho é feito com base em uma abordagem inovadora, posicionando as partes interessadas no centro do desenvolvimento dos projetos, obtendo uma grande diversidade de instituições envolvidas. Estão previstos investimentos entre 20 e 40 milhões de reais destinados a projetos para restauração da Mata Atlântica no norte do ES e no sul da Bahia.

Sobre o WWF-Brasil

O WWF-Brasil é uma ONG brasileira que há 27 anos atua coletivamente com parceiros da sociedade civil, academia, governos e empresas em todo país para combater a degradação socioambiental e defender a vida das pessoas e da natureza. Estamos conectados numa rede global interdependente que busca soluções urgentes para a emergência climática. Conheça: www.wwf.org.br

Sobre o Diálogo Florestal/FFBA

O Fórum Florestal da Bahia é um canal dialógico que tem como objetivo identificar agendas comuns entre empresas do setor florestal, organizações não governamentais, organizações sociais, instituições de pesquisas e órgãos governamentais de regulamentação e preservação para a promoção de ações efetivas, visando a conservação e restauração do meio ambiente e a geração de benefícios tangíveis, tanto para os participantes do diálogo quanto para a sociedade em geral. O Diálogo Florestal é uma iniciativa pioneira e independente que desde 2005 facilita a interação entre representantes de empresas, associações setoriais, organizações da sociedade civil, grupos comunitários, povos indígenas, associações de classe e instituições de ensino, pesquisa e extensão. Conta com 245 membros em sete Fóruns Florestais regionais e um conselho de coordenação nacional formado por representantes de empresas do setor florestal, organizações da sociedade civil e instituições de ensino e pesquisa.

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Situação logística de PR e SC é um dos fatores para redução de 9% nas exportações de produtos madeireiros

Tema foi debatido no podcast WoodFlow durante análise de dados de exportação de madeira de 2024

“A demanda por produtos está boa, o que não estamos conseguindo é enviar os produtos para os nossos clientes em outros países”, disse o CEO da empresa Agrosepac, Diogo Dias Greca em entrevista ao segundo episódio do podcast WoodFlow. 

A fala de Diogo é uma referência aos entraves logísticos que o sul do país tem enfrentado para exportar diversos produtos, entre eles, os madeireiros. Os portos do Paraná e Santa Catarina estão superlotados, devido à obra no Porto de Navegantes e à inatividade do porto de Itajaí, como consequência disso, as janelas de embarque estão curtas e é difícil conseguir espaço para embarcar. “Isso gera uma concorrência entre os produtos a serem exportados dentro dos portos e, com isso, os embarques de madeira são prejudicados”, explicou Gustavo Milazzo, CEO da WoodFlow.

Essa dificuldade se reflete nos números de exportação. No primeiro trimestre de 2024, houve queda de 9% no volume de produtos madeireiros exportados, na comparação com o mesmo período de 2023. “Esse número foi puxado para baixo, devido, principalmente, à queda nas exportações de madeiras nativas. Porém, ao analisarmos as madeiras de pinus e seus subprodutos, houve até uma certa recuperação deste mercado nesse período”, explicou o head de desenvolvimento estratégico da STCP, Marcelo Wiecheteck, durante o programa. 

Diogo ressalta que os clientes internacionais estão enviando seus pedidos e isso tem ocupado as linhas de produção aqui no Brasil, mas os empresários encontram dificuldades para enviar os produtos, devido, sobretudo, aos custos de fretes e disponibilidade dos portos das principais regiões produtoras (Paraná e Santa Catarina).

Futuro do mercado de madeira

Otimismo controlado. Esse foi o termo usado pelos entrevistados no Podcast WoodFlow para retratar os próximos meses do mercado de madeira até o final de 2024. Segundo Marcelo, há dados como o housing starts (índice dos EUA que indicam a autorização para construção de novas casas) e a sinalização da queda de juros dos EUA, que podem trazer um certo otimismo para o mercado. 

“Acredito que podemos ter um ano melhor que 2023. Porém precisamos ficar de olho em outros cenários, como os conflitos geopolíticos, final da cota Européia para compensados de pinus e a oscilação da cotação do dólar”, disse Marcelo.

Diogo destacou que as empresas de fora estão procurando o produto brasileiro, “mas é preciso ter condições para exportar. Hoje não temos container, nem espaço no porto ou agenda em navios para escoar a produção”. 

Sobre o Podcast WoodFlow

O Podcast WoodFlow é uma iniciativa da startup de exportação de madeira WoodFlow, e visa debater, uma vez ao mês, sobre o mercado de madeira. O CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo conduz as entrevistas sempre entre um empresário do setor e um consultor convidado. 

No segundo episódio que foi ao ar no dia 15 de abril, além dos temas de logística e futuro do mercado de madeira, Diogo Dias Greca e Marcelo Wiecheteck falaram ainda sobre EUDR, que entra em vigor em janeiro de 2025 e outros números do setor.

O Podcast WoodFlow pode ser acessado diretamente no youtube da startup ou nas plataformas de streaming de áudio

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