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Como Paraná usa satélites da NASA no combate a disparada de incêndios florestais?

A disparada no número de incêndios florestais neste ano, fez o Paraná buscar soluções tecnológicas para o combate dos focos. Uma parceria resultou na criação da plataforma VFogo, que conta com o monitoramento via satélite da NASA, e tem contribuído para evitar a propagação das chamas. Os registros dos últimos três anos, mostram o pico de ocorrências entre maio e outubro.

Neste ano, entre janeiro e maio, foram detectados mais de 5 mil focos de incêndio florestal no Paraná. Em janeiro de 2025 o sistema detectou 918 ocorrências: em fevereiro 974, em março 1.410, em abril 569 e em maio foram localizados 1.473 focos de calor.

Em 2024, foram mais de 50 mil focos de calor, número muito superior a 2023, quando foram detectados aproximadamente 20 mil focos.

Até maio de 2025, os municípios que mais registraram focos de calor foram Rio Branco do Sul (231), Prudentópolis (181) e Cruz Machado (172). Em todo o ano de 2024, os que mais registraram focos de calor foram São Jorge do Patrocínio (7.544), Alto Paraíso (3.725) e Altônia (3.060).

Dados do satélite da NASA auxiliam Defesa Civil do Paraná

Com dados de georreferenciamento de várias instituições – incluindo a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) -, o VFogo foi desenvolvido pelo Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental). A plataforma tem auxiliado a Defesa Civil e o Instituto Água e Terra (IAT) a detectar focos de calor antes que se tornem grandes incêndios, facilitando o acionamento do Corpo de Bombeiros para combate ao fogo. 

O VFogo começou a ser criado há dez anos e atualmente faz um trabalho de sensoriamento remoto por satélites de alta resolução temporal e espacial, ambiente de processamento de alto volume de dados geoespaciais em diferentes formatos (Big Data). O sistema usa modelos matemáticos de análise e aprendizagem construídos a partir de técnicas de inteligência artificial.

O sistema faz acompanhamento em tempo real com dados dos equipamentos do Simepar, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Nasa, e conta com uma dezena de satélites de agências europeias e americanas que geram imagens – alguns deles com atualização a cada 10 minutos. 

“O VFogo, com o uso dos satélites, detecta incêndios com temperaturas acima de 300°C ou que tenham atingido uma dimensão de 30 metros de extensão, por um metro de largura”, explica Gabriel Henrique de Almeida Pereira, pesquisador do Simepar. 

Importante ressaltar que um mesmo incêndio pode ter mais de um foco de calor. Quando um foco de calor suspeito é identificado, O Simepar aciona a Defesa Civil, que informa o Corpo de Bombeiros para verificar a situação no local indicado.

Segundo os dados do Corpo de Bombeiros, os incêndios florestais foram responsáveis por 13.555 combates, o que equivale a 10,8% de todos os atendimentos feitos pela Instituição em 2024. Entre 1.º de janeiro e 11 de junho de 2024 foram 4.099 incêndios florestais combatidos pelos bombeiros. No mesmo período de 2025 foram 2.346.

Tendência é de alta nos próximos meses

“No outono e no inverno ocorre menos chuva, a umidade do solo e a umidade relativa do ar estão mais baixas, há maior predomínio de massas de ar seco e ocorrência de geada, que queima a vegetação. Esse conjunto de fatores deixa a vegetação mais propícia à propagação de fogo”, afirma Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar. 

Por causa disso, a partir de junho, além dos alertas para a Defesa Civil e o IAT, todos os anos os meteorologistas do Simepar fazem um monitoramento através do VFogo para o Operador Nacional do Sistema (ONS).

O objetivo é sinalizar os focos de incêndio em todo o país com agilidade para permitir que sejam atenuados possíveis danos ao sistema de transmissão de energia elétrica, que podem causar interrupções no fornecimento. 

Informações: Bem Paraná.

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Florestar São Paulo e Reflore MS fortalecem diálogo e colaboração interinstitucional

Nesta última quarta-feira (07), representantes da Florestar São Paulo e da Reflore MS estiveram reunidos em Campo Grande (MS) para uma conversa sobre temas comuns e cooperação entre as associações que representam o setor de florestas plantadas em seus respectivos estados.

O encontro contou com a participação de Manoel Browne, presidente da Florestar São Paulo, de Júnior Ramírez, presidente da Reflore MS, e do diretor-executivo da entidade sul-mato-grossense, Dito Mário Lázaro. A reunião permitiu uma troca rica de experiências sobre os desafios e oportunidades enfrentados por ambos os estados, que juntos concentram quase 3 milhões de hectares com florestas cultivadas.

Entre os principais assuntos debatidos estiveram o planejamento e a estruturação de ações preventivas regionalizadas contra incêndios florestais, tema de crescente importância para o setor.

“A intenção é que trabalhemos juntos em temas que são pertinentes aos dois estados, respeitando suas particularidades, mas buscando aprendizados mútuos e construções conjuntas”, comentou Manoel Browne. A visão foi compartilhada por Júnior Ramírez e Dito Mário, que reforçaram o valor da articulação institucional entre vizinhos e oportunidades de avanço para o setor florestal.

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Tecnologia e preparo antecipado reforçam combate  aos incêndios florestais em MS

Com expectativa de maior estiagem no segundo semestre, entidades lançam campanha contra incêndios

Com o avanço da estiagem e uma escalada preocupante nos números de queimadas, Mato Grosso do Sul viu em 2024 um cenário alarmante: 2.057.400 hectares de áreas destruídas pelo fogo — um crescimento de mais de 55% em relação aos 1.328.700 hectares de 2023. Os focos de calor também dispararam, saltando de 4.592 para 11.993, mais que dobrando em apenas um ano. Os dados foram apresentados durante o lançamento da 13ª campanha Fogo Zero, promovida pela Reflore-MS, em Campo Grande.

Em resposta a esse cenário, a MS Florestal reforçou seu plano de combate com investimentos em tecnologia e capacitação. Entre as inovações está o uso de drones com sensores térmicos, que identificam focos de calor mesmo em áreas de difícil acesso, garantindo uma resposta mais rápida e eficiente. “O drone virou nossos olhos no alto. Ele enxerga o que a gente não vê do chão e nos dá vantagem no tempo de resposta. Cada minuto faz diferença quando o fogo começa”, Alex Mário Oliveira, gerente de Prevenção e Combate a Incêndio da MS Florestal.

As ações integradas também foram destacadas por representantes do Corpo de Bombeiros, que reforçaram a importância da união de forças no combate. “Em 30 anos de serviço, não lembro de dois anos seguidos com incêndios tão severos. Mesmo com chuvas recentes, o risco continua alto. Reforçamos nossos cursos e equipamentos, e contar com a estrutura e a responsabilidade das empresas florestais é crucial nesse cenário”, afirmou o coronel Adriano Noleto Rampazo, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul.

Para a Reflore-MS, a prevenção continua sendo o principal pilar. “A integração entre empresas, produtores e instituições é o que nos aproxima da meta de fogo zero. A campanha é reflexo de um trabalho contínuo que precisa do engajamento de todos”, disse Júnior Ramires, presidente da Reflore-MS.
O esforço coletivo ao longo dos últimos anos começa a mudar a cultura do setor, conforme apontou o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta. “Há 13 anos, falar de prevenção era algo distante. Com o passar dos anos, ficou claro que esse trabalho é essencial para o desenvolvimento econômico do Estado. Não podemos admitir incêndios em áreas agrícolas, industriais e, muito menos, no Pantanal.”

A força do setor florestal também foi evidenciada por Frederico Stella, diretor-secretário do Sistema Famasul. “O crescimento do setor florestal nos últimos três anos foi fantástico — e continua crescendo. Hoje, esse setor desbancou até o complexo da soja nas exportações, o que mostra sua força e relevância.”

Além da campanha de sensibilização contra o fogo, começou nesta terça-feira III Jornada Florestal, também promovida pela Reflore. A ação percorrerá indústrias e viveiros em diferentes regiões do estado, promovendo um intercâmbio de informações a respeito do setor. Nesta quarta-feira (7), farão uma visita ao viveiro da MS Florestal, em Água Clara, que receberá cerca de 40 participantes entre técnicos e lideranças locais.

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Para mais informações, acesse: www.msflorestal.com/

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Bracell adota tecnologia para aumentar eficiência na detecção e controle de incêndios florestais

Tecnologia é uma aliada da empresa no programa Amigos da Floresta, que visa à proteção ambiental

A tecnologia vem sendo usada pela Bracell para aumentar a eficiência na detecção e controle de incêndios florestais nas áreas de influência da companhia na Bahia e em outros estados. Para isso, a empresa adota o fotomonitoramento com drones e câmeras termais que detectam focos de calor, auxiliando na estratégia de combate a incêndios, inclusive na fase inicial.

“Com essas tecnologias, temos maior efetividade no combate a incêndios florestais, atuando de forma rápida e com baixo custo, mesmo nas condições mais difíceis”, diz Douglas Pithon, gerente sênior de Segurança Patrimonial da Bracell.

“As câmeras termais identificam mesmo pequenos focos de calor. Por isso, são tão eficientes para evitar que as chamas se alastrem. Além disso, auxiliam no combate à caça predatória e ao corte ilegal de árvores, uma vez que são capazes de identificar pessoas e objetos em locais de baixa visibilidade, inclusive debaixo de árvores e à noite”, acrescenta.

Josemar de Jesus Santos, supervisor da Brigada de Incêndio da Bracell na Bahia, destaca que os equipamentos permitem ações mais rápidas de contenção dos incêndios florestais. “As câmeras termais e os drones ajudam a mensurar a quantidade de calor produzida pelo material que está queimando. A partir destas informações, podemos avaliar a possibilidade de esse fogo se propagar por irradiação para outras áreas e definir a estratégia de controle, seja resfriando a borda ou fazendo uma manta de espuma para barrar o avanço do foco de incêndio”, explica.

Ele salienta ainda que “o aparato ajuda na proteção dos plantios de eucalipto e das áreas de mata nativa, inclusive nas propriedades de vizinhos da empresa. Então, o benefício ambiental vai além dos limites das áreas da Bracell, ajudando a evitar ocorrências que ameacem as residências próximas, o que colocaria em risco a saúde e a vida das pessoas”.

Os drones são homologados e operados por profissionais qualificados da brigada de incêndio e todos os planos de voo são autorizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O sistema integrado de registros de ocorrências conta ainda com o auxílio de dispositivos móveis que repassam as informações para um servidor, indicando a localização exata dos focos de incêndio.

Programa Amigos da Floresta

O uso de tecnologia no combate a incêndio florestais na Bracel integra as iniciativas do Amigos da Floresta, implantado em 2016. O programa abrange também prevenção de roubo de madeira, de desmatamentos ilegais, bem como caça e captura de animais silvestres. Para isso, a iniciativa é realizada em parcerias com a sociedade civil e o poder público, como o Corpo de Bombeiros e o Programa Bahia Sem Fogo, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) do Governo do Estado da Bahia.

Josemar destaca que o programa Amigos da Floresta tem forte atuação junto às comunidades, promovendo a conscientização dos moradores quanto aos riscos dos incêndios florestais. De acordo com as estatísticas da própria brigada, 99% das ocorrências têm como causa a ação humana. “Isso ocorre, muitas vezes, de incêndios criminosos ou originados de queimadas descontroladas para limpar a terra, o que faz com que o fogo se alastre para áreas de preservação e de plantio”, afirma.

Para evitar o problema, as equipes da Bracell mantêm contato permanente com comunidades, orientando sobre como fazer a limpeza dos terrenos sem colocar em risco as florestas e alertando para os riscos dos incêndios florestais. De modo voluntário, eles também distribuem cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social. Outra ação sistemática é a divulgação do número 0800 284 4747, que pode ser acionado a qualquer momento para denúncias e relatos de incêndios ou delitos ambientais.

Foto: Acervo Bracell 

Sobre a Bracell 

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente, a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com 

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Área queimada no Brasil quase dobrou em um ano, diz MapBiomas

De acordo com a pesquisa, foi a maior extensão atingida nos últimos seis anos

Pesquisa do projeto MapBiomas revela que a área queimada no Brasil em 2024 quase dobrou em relação ao ano anterior, acumulando uma diferença de 14 milhões de hectares a mais. Ao todo, 29,7 milhões de hectares foram queimados, 90% a mais do que no ano de 2023 e a maior extensão dos últimos seis anos. O período analisado foi de janeiro até novembro.

A Amazônia foi a mais afetada no período entre janeiro e novembro. Foram queimados 7,6 milhões de hectares de florestas, segundo o levantamento.

O segundo bioma mais afetado foi o Cerrado, somando mais de 9,6 milhões de hectares. No Pantanal, a área queimada foi de 1,9 milhão de hectares durante o período estudado.

Nos demais biomas, a área queimada foi de 1 milhão de hectares na Mata Atlântica; 297 mil hectares na Caatinga e 3,3 mil hectares no Pampa.

Nos 11 primeiros meses deste ano, o estado que mais teve queimadas foi o Pará, acumulando 23% de toda a área queimada no Brasil. Logo depois estão Mato Grosso e Tocantins, com 6,8 milhões e 2,7 milhões de hectares, respectivamente.

A vegetação nativa foi a mais atingida pelo fogo, com 73% do total, sendo a mais afetada em novembro. As pastagens somaram 6,4 milhões de hectares queimados: 21% do total nacional.

A Amazônia representa 81% do total queimado em novembro. Os 1,8 milhão de hectares representam o dobro em relação à média para o mês nos últimos seis anos.

“Esse crescimento da área queimada na Amazônia reflete não apenas a intensificação das atividades humanas, mas também a continuidade de condições climáticas adversas, com a seca que já marcava 2023 e se prolongando por 2024. Este aumento considerável evidencia a crescente vulnerabilidade das florestas diante da seca prolongada e da pressão do desmatamento”, explicou Felipe Martenexen, pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e da equipe do Monitor do Fogo do MapBiomas.

Informações: CNN Brasil.

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Exclusiva – Webinar com professores do Brasil e Canadá pautará Incêndios Florestais e Mudanças Climáticas

O evento online contará com equipe técnica e programação imperdível para quem busca se atualizar sobre ações relevantes e imediatistas sobre os temas

No próximo dia 3/12, das 19h às 20h30min (BR), será realizado o Webinar Incêndios Florestais e Mudanças Climáticas: Abordagens colaborativas para enfrentar um desafio global complexo. O evento é organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Faculty of Forestry da University of British Columbia, no Canadá. O Webinar é gratuito e oferece certificação, porém é necessária inscrição pelos links https://forms.gle/T7Jmh1CQVfaYT6eF8 para brasileiros, ou https://forms.gle/9h6GkZP7wtdkzcp19 para estrangeiros, sendo uma oportunidade ímpar para estudantes e profissionais da área aprimorarem seus conhecimentos.    

Mediante a situação histórica em incêndios que têm assolado diversas regiões do Brasil, o Webinar visa ações de cooperação de toda sociedade civil, órgãos públicos e privados, na prevenção e combate aos incêndios florestais e formas de detecção mais precoces, a fim de minimizar os danos causados no meio ambiente devido a essas ocorrências, que têm sido cada vez mais frequentes e de maiores proporções.

A redação do Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br), falou com os professores Alexandre França Tetto, Alexandre Behling e Vitor Afonso Hoeflich, do Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal, da UFPR, que, com exclusividade, deram mais detalhes sobre o Webinar.

Segundo os docentes, o intuito do evento é promover uma troca de experiências na área de prevenção e combate aos incêndios florestais, tendo em vista a importância do tema em função dos impactos que podem causar no meio ambiente (solo, fauna, flora), além da saúde humana, também é impactada de diversas formas, inclusive, através de questões que envolvem o ar atmosférico.

Eles também explicaram que a participação de professores da Faculty of Forestry da University of British Columbia, do Canadá, será uma importante contribuição para o evento, tendo em vista a intensidade e a extensão de áreas afetadas de incêndios que ocorrem nos dois países (Brasil e Canadá). Espera-se uma troca de experiências e boas práticas no monitoramento das variáveis ambientais para a prevenção de incêndios florestais, além de possíveis técnicas utilizadas no combate.

O ‘Webinar Incêndios Florestais e Mudanças Climáticas: Abordagens colaborativas para enfrentar um desafio global complexo’ será um intercâmbio maior em termos de pesquisa e informações, e para alcançar públicos em diferentes partes do mundo o evento será realizado no formato online, com tradução simultânea entre os idiomas, também informaram os professores da UFPR.

Histórico de ações

Este Webinar compõe um conjunto de ações desenvolvidas pelo Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal da UFPR em cooperação com a Faculty of Forestry da University of British Columbia, no Canadá, entre as quais se destacam:

  • I Webinar: Florestas e adaptação às mudanças climáticas – Ocorrido em 21 de março de 2023;
  • IV. SEAFLOR: Semana de Aperfeiçoamento em Engenharia Florestal – Ocorrido em 28 a 30 de novembro de 2023;
  • II Webinar sobre Incêndios Florestais e Mudanças Climáticas: Abordagens colaborativas para enfrentar um desafio global complexo (Inscrições abertas) – 03/12/25;
  • V Semana de Aperfeiçoamento em Engenharia Florestal – SEAFLOR – Previsto para o 2º semestre de 2025.

Programação

O Webinar contará com palestras dos professores Sarah Dickson-Hoyle, do Centro de Coexistência de Incêndios Florestais, Faculty of Forestry, UBC, abordando “Um Mundo em Chamas: da crise à coexistência” e Jennifer Gunter MRM – BC Community Forest Association, sobre “Florestas Comunitárias na Vanguarda: caminhos colaborativos para a resiliência aos incêndios florestais na Colúmbia Britânica”.

A seguir, haverá a participação de professores da UFPR: Antonio Carlos Batista abordará Novos Desafios para o Manejo do Fogo Frente às Mudanças Climáticas e Alexandre França Tetto, “Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais: estudo de caso do Estado do Paraná, Brasil”.

*Haverá tradução simultânea de inglês para português e de português para inglês.

Clique nos links abaixo e garanta sua inscrição:

Brasileiros: https://forms.gle/T7Jmh1CQVfaYT6eF8

Estrangeiros: https://forms.gle/9h6GkZP7wtdkzcp19

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Florestas em chamas: empresas do setor florestal investem em tecnologia e campanhas para evitar incêndios no Paraná

De janeiro a setembro deste ano, o Paraná registrou mais de 12 mil atendimentos de incêndios florestais

O fogo se espalha rapidamente pelas folhas secas e material orgânico no solo. Em minutos, uma floresta é vista em chamas. A cena da catástrofe ambiental provoca tristeza, revolta e, principalmente, gera um alerta de que algo precisa ser feito. De acordo com o Corpo de Bombeiros, de janeiro a setembro deste ano, o Paraná registrou mais de 12 mil atendimentos de incêndios florestais. Só no mês passado, o estado teve em média 129 ocorrências por dia. 

“A gente tem que diferenciar as queimadas dos incêndios florestais. Uma queimada é uma área pré-definida onde você aplica o fogo com algum objetivo, enquanto o incêndio florestal é o fogo que se propaga livremente causando uma série de danos ou efeitos ao ambiente”

Para que os números não sejam piores, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) tem desenvolvido campanhas e diretrizes de prevenção de combate ao fogo. 

“Há três anos a gente sentiu que havia necessidade de uma coordenação maior dessas ações. Na realidade, a função de uma associação é pegar as boas práticas e levar para todos os associados […] A empresa tem onde se espelhar para desenvolver seu sistema de proteção contra incêndios florestais. Além disso, ela tem uma base para buscar informações e ser mais eficiente no monitoramento. A gente conseguiu trazer luzes para esse problema no Paraná e um dos exemplos é uma maior atenção por parte do Governo do Estado a esse tema”afirmou Ailson Loper, diretor-executivo da APRE.

Exemplo que deu certo

O Paraná é referência na produção florestal nacional, com uma área de 1,17 milhão de hectares de florestas plantadas. Parte desse sistema está nas áreas da empresa Klabin – maior produtora e exportadora de papéis do Brasil – com uma unidade florestal em Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais.

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O Paraná é referência na produção florestal nacional, com uma área de 1,17 milhão de hectares de florestas plantadas (Foto: Divulgação Klabin)

Segundo Jose Valmir Calori, diretor de Operações Florestais da Klabin, a empresa investe permanentemente na prevenção a incêndios com um sistema de monitoramento inteligente.

A companhia conta com uma sala de comando com cerca de 18 câmeras, que registram imagens em tempo real, 24 horas por dia, com um alcance de até 40 quilômetros de distância. Os equipamentos foram instalados em torres de 60 metros de altura.

“É um investimento enorme em infraestrutura e, principalmente, em planejamento. Hoje temos muitas torres de monitoramento de clima e, com isso, temos informações sobre umidade relativa e volume de chuva dos períodos antecedentes em que podemos calcular o risco de incêndio de cada uma das regiões. E ao levantar isso conseguimos planejar melhor sobre onde colocar nossas estruturas e a forma como iremos trabalhar. Além disso, a gente faz o monitoramento via satélite porque isso auxilia nos incêndios e ajuda a gente fazer esse planejamento”detalhou Jose Valmir Calori, diretor de Operações Florestais da Klabin, em entrevista à Banda B.

A Klabin também tem aproximadamente 700 colaboradores treinados para atuar na prevenção e controle de incêndios na região. A estrutura conta ainda com uma aeronave capaz de transportar até 450 litros de água, além de caminhões semelhantes aos do Corpo de Bombeiros. 

“Dentro do planejamento da companhia, nós colocamos a estrutura de uma forma inteligente. Nós temos hoje mais de 50 vigilantes terrestres, distribuídos ao longo das nossas operações. Com isso, nós temos mais de 15 brigadas fixas preparadas para fazer o combate a esses incêndios e, além disso, nós temos mais de 700 pessoas treinadas para quando ocorrer algum evento poder fazer o combate rápido”pontuou Calori.

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Klabin possui uma central de monitoramento com câmeras 24 horas em pontos estratégicos (Foto: Divulgação Klabin)

Sabendo que o ‘fogo não respeita a cerca’, o diretor também citou a importância do engajamento da comunidade que vive no entorno das florestas plantadas. 

“Uma coisa muito importante, que é um diferencial da companhia, é o bom relacionamento com as comunidades vizinhas por meio de programas socioambientais e da conscientização do risco que a situação dos incêndios traz. Os nossos olhos são os olhos dos nossos vizinhos também, que nos ajudam a identificar os focos. A gente ajuda a população a entender o risco dos incêndios, e essas parcerias fazem com que a gente tenha cada vez mais controle e cada vez menos problemas ao longo do tempo, mesmo em períodos de tempo seco”ressaltou o diretor da Klabin.

De olho nas mudanças climáticas

A menor incidência de chuvas e as secas mais prolongadas deixam as florestas tão vulneráveis que uma simples faísca pode ocasionar um estrago gigantesco. Conforme o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), o Brasil enfrenta atualmente a maior seca da história, impulsionada pelas mudanças climáticas.

Para tentar minimizar os problemas com incêndios florestais, o professor da UFPR, Alexandre França Tetto, reforça que é preciso entender como esses eventos ocorrem. 

“E uma coisa muito importante é saber onde, quando e como os incêndios acontecem. Então, existem dentro das empresas florestais e do Corpo de Bombeiros o chamado registro de ocorrência de incêndio que tem todas essas informações. Aqui no estado do Paraná a gente tem principalmente agosto e setembro como os meses que temos o maior número de incêndios, então podemos nos preparar para esses meses”considerou Alexandre França Tetto, professor da UFPR.

Os incêndios não impactam apenas na perda de árvores, mas também na qualidade do solo, ar e clima. Um exemplo é a fumaça que tomou conta do país recentemente. Por isso, Tetto destaca que a melhor saída é a prevenção. 

“A gente tem que pensar na prevenção, porque é muito mais barato você prevenir um incêndio do que depois ter que combater. Há várias formas de se prevenir um incêndio, desde a educação ambiental, passando pelo aspecto de legislação, de fiscalização, de realização e manutenção de aceiros […] Um dos princípios básicos relacionados ao fogo diz que todo incêndio começa pequeno, então se a gente detectar o incêndio rapidamente e combater rapidamente, fica muito mais fácil de ser contido. Com relação a isso, as empresas florestais têm uma campanha liderada pela APRE que trabalha muito essa questão da educação ambiental”citou o professor.

Conforme o diretor da APRE, Ailson Loper, a cada dez incêndios florestais, nove são causados pelo ser humano. Dessa forma, é necessário fazer a população pensar e falar sobre o tema.

“As empresas florestais já têm um histórico de olhar para incêndios florestais de uma forma diferente das outras atividades produtivas no campo. Elas já tratam os incêndios como um risco aos seus plantios florestais e, por isso, se adequam a esse ambiente. De que forma isso ocorre? Primeiro existe um mapeamento das áreas de risco. Pensando que mais de 90% dos incêndios são causados pela ação humana, as empresas prestam ainda mais atenção em áreas de trilhos de trem e entorno de cidades, por exemplo”finalizou Ailson Loper, da APRE.

Informações: Banda B.

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Brasil tem 913 focos de incêndio, sendo 66,6% na Amazônia

Dados são de 3ª feira (15/10); Pará é o Estado com mais focos de incêndio: 311 ocorrências do tipo

O Brasil registrava 913 focos de incêndio na 3ª feira (15/10). Os dados são do sistema  BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgados nesta 4ª feira (16.out). A Amazônia concentra a maior parcela dos focos de incêndio, com 608 –ou 66,6%. Pará é o Estado com o maior número de queimadas, com 311 focos registrados em 24h. É seguido por Maranhão (135) e Acre (134).

Dos 6 biomas brasileiros, 4 registraram a incidência de fogo. O Cerrado teve o 2º maior número, com 257 focos –28,2% do total.

O Brasil encerrou o mês de agosto de 2024 com o pior número de queimadas em 14 anos. Foram 68.635 ocorrências –o 5º maior da série histórica, iniciada em 1998. Foi uma alta de 144% em relação ao mesmo período de 2023.

Setembro teve 83.157 focos de incêndio –o pior mês do ano em número de queimadas até o momento. O mês passado foi o setembro com maior número de queimadas desde 2010, quando foram contabilizados 109.030 focos de incêndio.

Em relação ao último ano, que registrou 46.498 pontos de fogo em setembro, o aumento foi de 78,74%. Tradicionalmente, este é o mês em que costuma ser registrado o pico de queimadas no Brasil, que segue até outubro.

O país acumula, em outubro, 17.997 focos de incêndio. Em 2024, já são 228.205 ocorrências do tipo.

O país vive, além da alta dos focos de incêndio, uma seca histórica, com a pior estiagem em 75 anos, segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes da Conservação e Biodiversidade). Entenda as causas: A seca e a estiagem que afetam grande parte dos municípios são comuns no inverno brasileiro. A temporada teve início em junho e segue até o final de setembro. No entanto, a intensidade em que ocorrem na estação, este ano, é atípica. São 2 os fatores que mais impactam no cenário:

  • fortes ondas de calor – foram 6 desde o início da temporada, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Por outro lado, as ondas de frio foram somente 4;
  • antecipação da seca – em algumas regiões do Brasil, o período de seca começou antes do inverno. Na amazônica, por exemplo, a estiagem se intensificou quase 1 mês antes do previsto, já no início de junho.

Na região da Amazônia, além dos focos de incêndio, a seca toma formas preocupantes. Os municípios amazônicos enfrentam cerca de 1 ano de estiagem. É a seca mais longa já registrada. São 3 as principais causas:

  • intensidade do El Niño – o regime de chuvas foi impactado pelo fenômeno que aquece as águas do Oceano Pacífico. Ele teve o pico no início deste ano e influenciou o começo da seca;
  • aquecimento anormal das águas do Atlântico Tropical Norte – a temperatura na região marítima, que fica acima da América do Sul, chegou a aumentar de 1,2 °C a 1,4 °C em 2023 e 2024;
  • temperaturas globais recordes – em julho, o mundo bateu o recorde de maior temperatura já registrada na história. O cenário cria condições para ondas de calor mais fortes.

Informações: Poder 360.

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Setor florestal mobilizado no monitoramento e combate aos incêndios rurais

Uma parceria entre a Florestar São Paulo (Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas) e a Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo), vem contribuindo intensamente no monitoramento de focos de incêndios rurais dentro do território paulista. Nesta ação estão envolvidas algumas empresas associadas à Florestar, como: Bracell, Dexco, Suzano e Sylvamo.  

As empresas de base florestal monitoram 1,5 milhão de hectares de plantios comerciais e de vegetação nativa dentro destas propriedades, utilizando 63 torres de vigilância que, adicionalmente, cobrem mais 700 mil hectares de Unidades de Conservação no estado de São Paulo. Ao todo, são mais de 2,2 milhões de hectares, entre áreas produtivas e de preservação, que o setor monitora. “Temos um grupo de comunicação direta com a Fundação Florestal, que é vinculada à Semil, em que qualquer ocorrência identificada por estas empresas, é comunicada imediatamente aos órgãos competentes”, explica Fernanda Abilio, diretora-executiva da Florestar São Paulo.

Desde 11 de setembro, quando a colaboração foi acordada e estabelecido o grupo de comunicação, foram identificadas 13 ocorrências de incêndios pelas câmeras de monitoramento das torres de vigilância. Elas aconteceram nas regiões de Itapetininga, Piratininga, Bauru, Luiz Antônio, Campo Largo e Casa Branca e foram devidamente comunicadas em tempo real às equipes da Fundação Florestal para que o governo de São Paulo pudesse providenciar atendimento o mais rápido possível.

Nos últimos dias, a associada Bracell atuou em um incêndio de grandes proporções que atingiu áreas rurais e de preservação na região de Botucatu. Duas fazendas experimentais da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp), Lageado e Edgárdia, foram seriamente afetadas, causando grandes prejuízos ecológicos e acadêmicos. Para esta missão, a associada Bracell disponibilizou duas equipes de brigadistas, um caminhão-pipa, veículos e equipamentos de combate.

“Temos como missão proteger nossas florestas, o meio ambiente e as comunidades onde atuamos. No combate às chamas, o tempo é algo essencial e neste período crítico, reforço que fazemos parte desse ecossistema e que todos possuem a missão de protegê-lo”, afirma Alex Mário Oliveira Almeida, gerente de Prevenção e Combate a Incêndios da Bracell.

A diretora-presidente da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf), vinculada à Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, Renata Cristina Batista Fonseca lamentou o ocorrido. “Foi um dia muito triste, quando tive a infelicidade de presenciar um dos maiores incêndios aqui dessa região. A Fazenda Edgardia é um santuário da vida silvestre, com muitos trabalhos de pesquisas. A ação das equipes da Bracell e dos demais envolvidos, Defesa Civil, Bombeiros, Prefeitura, Sabesp, brigadistas e servidores voluntários da Unesp foi fundamental.”

“Vivemos um momento muito crítico em nossa sociedade, com a mudança do clima. Então, é muito importante que cada um faça sua parte para evitar incêndios e tragédias como esta. Um incêndio que começa pequeno, pode se tornar gigante. Qualquer faísca é suficiente para causar um estrago enorme”, alerta ela.

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Incêndios devastam mais de 10 mil hectares de eucalipto em Água Clara (MS)

Com o apoio do Corpo de Bombeiros, brigadistas locais, equipes da Força Nacional e bombeiros do Rio Grande do Sul, os focos de incêndio foram enfrentados

Na última semana, mais de 10 mil hectares de fazendas de eucalipto foram devastados por um incêndio em Água Clara (MS), a 193 km de Campo Grande. Após o controle inicial, as chamas reacenderam com intensidade. O Corpo de Bombeiros, brigadistas locais e equipes da Força Nacional, além de bombeiros do Rio Grande do Sul, estiveram no local para reforçar a Operação Pantanal e conter o avanço do fogo.

O incêndio inicial devastou 6,5 mil hectares, e o retorno das chamas consumiu outros 3,5 mil hectares. As fazendas atingidas incluem a Lobo, da Arauco, além de Bananal, Boa Vista, Filomena, Cachoeira Alta e Eucalipto, todas dedicadas à produção de eucalipto para o setor de celulose.

Informações: Compre Rural.

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