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Horacio Lafer Piva é o novo presidente do Conselho Deliberativo da Ibá

Horacio Lafer Piva foi eleito nesta terça (11), na Assembleia Geral da Ibá, o novo presidente do Conselho Deliberativo da entidade. O acionista e chairman da Klabin substitui assim Antonio Joaquim, CEO da Dexco, que liderou o conselho pelos últimos dois anos. A reunião realizada no escritório da Ibá, em São Paulo, elegeu a chapa do próximo biênio, que contará pela primeira vez com representante do setor de restauração de nativas.

Reunião realizada no escritório da Ibá – Crédito imagem: Ibá.

Paulo Hartung, presidente da Ibá, registrou seu agradecimento: “Antonio Joaquim termina um ciclo na Dexco de forma maravilhosa. Ele vem dando seu extraordinário suporte desde a criação da Ibá. Neste período como presidente do conselho, sempre abriu sua agenda para trocar ideias e formular novos caminhos. Sou um grande admirador.”

Hartung também deu as boas-vindas a Horacio Lafer Piva, que já ocupou anteriormente o cargo de presidente do conselho, além de ter liderado a Bracelpa, entidade que antecedeu a Ibá. O chairman da Klabin agradeceu o voto de confiança. “Estamos vivendo um momento dramático e instigante da história. Não temos a dimensão de o quanto isso pode nos afetar enquanto homens de negócio e cidadãos, mas temos um setor parrudo, com muita inteligência embarcada e que sempre soube quais são suas prioridades”, afirmou.

Pela primeira vez, o novo Conselho Deliberativo da Ibá terá a presença também de um representante do setor de reflorestamento e restauração de nativas: Fabio Sakamoto, CEO da Biomas. Empresas do segmento se associaram a Ibá no último ano, entre elas, além da Biomas, estão Symbiosis, re.green e, mais recentemente, Mombak e Carbon2Nature.

Os objetivos dessas companhias se voltam ao restauro de milhões de hectares em diferentes biomas brasileiros, trabalho viabilizado a partir de modelos de negócio que incluem a comercialização de produtos florestais e de créditos de carbono. Agora, elas somam forças a um setor que já possui notável trajetória de preservação, assim como de manejo florestal sustentável, modelo para o mundo quando se pensa em cultivo com responsabilidade ambiental — ao todo, a indústria de árvores cultivadas preserva 6,9 milhões de hectares de mata nativa no Brasil, uma dimensão superior à do estado do Rio de Janeiro.

A indústria de árvores cultivadas vem acumulando conquistas. Em 2024, foram anunciados investimentos na ordem de R$ 105 bilhões, a serem aportados nos próximos três anos. Recentemente, o setor celebrou a inauguração do Projeto Cerrado, fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS) e maior planta de celulose em linha única do mundo, além do início das obras de terraplanagem do Projeto Sucuriú, novo empreendimento da Arauco, em Inocência (MS). Nos próximos meses haverá ainda a inauguração de nova fábrica da Klabin em Piracicaba (SP). 

Veja a composição completa do novo conselho:

Presidente: Horacio Lafer Piva (Klabin)

Vice-presidente Celulose: Beto Abreu (Suzano)

Vice-presidente Papel para Embalagem: Cristiano Teixeira (Klabin)

Vice-presidente Painéis de Madeira: Antonio Joaquim (Dexco)

Vice-presidente Papel Imprimir e Escrever: Tatiana Kalman (Sylvamo)

Vice-presidente Médias Empresas: Amando Varella (Papirus)

Vice-presidente Associações Estaduais: Adriana Maugeri (AMIF)

Vice-presidente Florestas Energéticas: Gustavo Werneck da Cunha (Gerdau)

Vice-presidente Produtores Independentes: Carlos Alberto Guerreiro (TTG)

Conselheiros:

Celulose

Caio Zanardo (Veracel)

Antonio Lacerda (CMPC)

Julio Ribeiro (Cenibra)

Rodrigo Libaber (Eldorado)

Praveen Singhavi (Bracell)

Silvio Costa (LD Celulose)

Papel para Embalagem

Nilton Saraiva (Ibema)

Manuel Alcalá (Smurfit WestRock)

Painéis de Madeira

Daniel Berneck (Berneck)

Ricardo Pedroso (Guararapes)

Carlos Altimiras (Arauco)

Papel

Andre Arantes (BO Paper)

Eduardo Gondo (Stora Enso)

Richard Pino (Munksjo)

Sergio Ribas (Irani)

Médias Empresas

Fabio Napoli (Ibema)

Agostinho Monsserrocco (Oji)

Associações Estaduais 

Wilson Andrade (ABAF)

Ramires Jr. (Reflore)

Florestas Energéticas

Denis Gomes (Gerdau)

Ricardo Moura (Grupo Plantar)

Produtores Independentes

Maria Clara Assis (Norflor)

Luiz Candiota (Lacan)

Fabio Sakamoto (Biomas)

Sobre a Ibá

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 48 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais.

Site: iba.org
Instagram: @iba_oficial
Facebook: @industriabrasileiradearvores

Informações: Ibá. Crédito imagem em destaque: O Globo.

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Relatório da Ibá é mapa para travessia socioeconômica

Plantio de árvores amplia relevância ao sequestrar e estocar carbono e colaborar no enfrentamento das mudanças climáticas, escreve Paulo Hartung

Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) lançará na 6ª feira (17.nov.2023) seu relatório anual de 2023, que, ouso dizer, é um bom farol a iluminar o caminho para a bioeconomia em larga escala. O setor que planta por dia 1,8 milhão de árvores para fins industriais já é o 4º maior contribuinte da balança comercial do agro brasileiro. Foram produzidas, em 2022: 25 milhões de toneladas de celulose, um número recorde; seguido de outro desempenho histórico, de 11 milhões de toneladas de papel; além de 8,5 milhões de m³ de painéis de madeira.

Todo esse trabalho criou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos, de acordo com dados Rais & ESG Tech. Além disso, conta com uma das maiores carteiras de investimentos privados do país, com quase R$ 62 bilhões, abrindo uma nova fábrica a cada 1 ano e meio.

Do lado certo da equação climática, o setor é motivo de orgulho para brasileiros e brasileiras. O país é competitivo globalmente. Maior exportador de celulose, vende ao exterior 19,1 milhões de toneladas dessa commodity. O Brasil também é pioneiro na rastreabilidade da cadeia produtiva e submete-se voluntariamente a rigorosas certificações internacionais há anos, como o FSC (Forest Stewardship Council) e o PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification), que podem ser vistos em contracapas de livros, cadernos, pisos e até roupa.

Atuamos ao lado da sociedade para produzir valor compartilhado e crescimento mútuo, comprovando, todos os dias, a compatibilidade entre produzir e conservar. No Brasil, 100% do papel provém de árvores cultivadas para essa finalidade. O setor faz uso inteligente da terra, respeita a natureza e cuida das pessoas.

Além disso, está em linha com o Plano de Transformação Ecológica, proposto pelo Ministério da Fazenda. Inclusive, na 6ª feira (17.nov.2023), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai apresentar o projeto para as empresas do setor, na Ibá, em São Paulo, durante a reunião do Conselho Deliberativo da entidade. Durante o encontro, será entregue ao ministro a 1ª cópia do Relatório Anual da Ibá de 2023.

O setor planta, colhe e replanta em uma área de 9,94 milhões de hectares. A expansão tem ocorrido, nos últimos anos, em áreas previamente utilizadas para cultivos vários, substituindo pastos de baixa produtividade por plantios e manejos modernos, principalmente pinus e eucalipto –um movimento que fica muito claro em Estados como o Mato Grosso do Sul.

Esse processo de recuperação de áreas degradadas amplia ainda mais a relevância do segmento no importante desafio planetário de combate aos efeitos das mudanças climáticas, já que as árvores são a mais eficiente solução baseada na natureza ao sequestrarem e estocarem carbono. Além das áreas produtivas, o setor conserva, simultaneamente, outros 6,7 milhões de hectares de mata nativa, o que equivale ao território do Estado do Rio de Janeiro.

Usando a árvore cultivada como biorrefinaria, separamos duas matérias-primas centrais: a fibra e a lignina, parte da estrutura que dá sustentação aos troncos. Da fibra, a celulose, são feitos milhares de bioprodutos, como livros, embalagens, tecidos, roupas, fraldas e lenços de papel. Da lignina, são feitos bio-óleo e outras soluções para produção a de energia. Esse é um segmento que tem crescido. Um importante dado apresentado no relatório é que o setor já produz 86% de toda energia consumida a partir de fontes renováveis, principalmente com o licor preto, um subproduto da fabricação de celulose.

Mesmo removendo mais carbono do que emite, essa agroindústria não está de braços cruzados. Busca sempre novas formas de descarbonizar a produção, o transporte e a cadeia de fornecedores. As novas fábricas já estão sendo adaptadas para não usar combustíveis fósseis, com o processo de mudança de fonte de energia das caldeiras e gaseificação da biomassa para os fornos de cal, por exemplo. Outro processo que está se tornando padrão é a circularidade e a busca por resíduo zero em aterro.

Vivencia-se um cenário de turbulências climáticas, geopolíticas e econômicas. Uma realidade complexa que também ecoa no Brasil. Mas, além de constatar e enfrentar desafios, é preciso que enxerguemos as oportunidades de cada tempo e saibamos aproveitá-las. Nesse processo, é fundamental ter em mãos as bússolas dos bons caminhos. O relatório anual da Ibá é um verdadeiro mapa de saídas, rumos, alternativas e sinalizações para a travessia socioeconômica e ambiental que se impõe ao Brasil e ao planeta. Assim como a Embrapa, a evolução do agro, a Embraer, a Gerdau e a Weg Motores, que também devem servir de inspiração. Mãos à obra da reinvenção.

Informações: Poder360.

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