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Abisolo reforça importância da conservação do solo para a sustentabilidade agrícola

Setor investe em inovações e boas práticas para garantir produtividade e proteger recursos naturais

Neste Dia Nacional da Conservação do Solo, celebrado em 15 de abril, a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) chama atenção para a urgência de preservar um dos recursos naturais mais essenciais à vida. De acordo com relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com participação da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), 33% dos solos do mundo já estão degradados em decorrência de erosão, salinização, compactação, acidificação e contaminação. Além de prejudicar a produtividade agrícola, esse processo interfere nas mudanças climáticas, pois esses solos captam menos carbono da atmosfera, agravando problemas como o aquecimento global e enchentes. Por outro lado, quando manejado de forma sustentável, o solo pode exercer papel fundamental no sequestro de carbono e na diminuição dos gases de efeito estufa.

Embora o Brasil figure em quinto lugar entre os maiores produtores globais — atrás de Índia, Estados Unidos, China e Rússia —, a responsabilidade de adotar práticas que aliem produtividade e respeito ao meio ambiente torna-se cada vez mais evidente, reforçando o alerta para a conservação do solo. Essa importância se acentua quando consideramos que a qualidade e a disponibilidade de solos produtivos são fundamentais para garantir a oferta de alimentos. Ainda segundo a FAO, o manejo inadequado do solo ameaça a capacidade de suprir as necessidades nutricionais da população global em crescimento.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, Clorialdo Roberto Levrero, a conservação do solo é uma tarefa coletiva, muito além do agronegócio. “Muitos enxergam o solo apenas como propriedade e não mensuram a importância dele para a água que bebemos, os alimentos que consumimos e até os remédios que utilizamos. A responsabilidade não está restrita aos produtores rurais, mas também às escolhas de cada cidadão na hora de consumir e descartar produtos. Se soubermos usar o solo com respeito e consciência, não faltarão recursos naturais às próximas gerações”, alerta Levrero.

Para o conselheiro da Abisolo, Giuliano Pauli, as indústrias representadas pela entidade investem cada vez mais em soluções que promovem a saúde do solo. “Antes, o foco era majoritariamente químico. Hoje a agricultura moderna também considera aspectos físicos e biológicos. As empresas associadas à Abisolo desenvolvem fertilizantes especiais, biofertilizantes, organominerais e condicionadores que estimulam a microbiota e auxiliam na recuperação de áreas degradadas”, discorre Giuliano. De acordo com ele, plantio direto, rotação de culturas e aplicação de matéria orgânica complementam as boas práticas em prol da vida do solo, com aumento da produtividade de forma sustentável

Essa mudança de visão já se reflete nos indicadores do setor. De acordo com o Anuário Abisolo 2023, o mercado de fertilizantes especiais cresceu 2% em 2022, alcançando R$ 22,64 bilhões em faturamento. Também se destacaram os segmentos de Biofertilizantes (5,6%) e Fertilizantes Minerais Especiais (8,3%), reforçando a crescente adoção de tecnologias que contribuem para um solo mais equilibrado e produtivo.

“Quando falamos de meio ambiente, tudo começa no solo”, enfatiza Pauli. “Um solo bem cuidado minimiza impactos climáticos e segue produtivo a longo prazo. A Abisolo reúne fabricantes e importadores de insumos imprescindíveis à sustentabilidade agrícola, com protagonismo para fortalecer o agronegócio e preservar os recursos naturais”, detalha o conselheiro da Abisolo.

Para Levrero, é fundamental dar continuidade às reflexões despertadas na ocasião do Dia Nacional da Conservação do Solo. “Não basta lembrar do solo apenas hoje. Ele é peça-chave na segurança alimentar e na manutenção da vida em nosso planeta. Nossa indústria está empenhada em contribuir com esse processo, investindo em novas tecnologias ao destinar, em média, 2,8% do faturamento anual para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I)”, defende Levrero, ao citar os dados do Anuário da entidade.

Com práticas de manejo adequadas e uso inteligente de tecnologias, o Brasil reforça seu papel de referência global na produção de alimentos, equilibrando desenvolvimento econômico e bem-estar social. Afinal, a qualidade do solo reflete diretamente a qualidade da vida humana.

Sobre a Abisolo

A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) foi fundada em outubro de 2003 com o objetivo de representar e defender os interesses das empresas produtoras e importadoras de importantes insumos que colaboram para o aumento da qualidade, da produtividade e da sustentabilidade da agricultura brasileira.

A entidade congrega fabricantes e importadores de fertilizantes minerais, organominerais, orgânicos, biofertilizantes, condicionadores de solo de base orgânica, substratos para plantas, insumos de base biológica e adjuvantes.

Reunindo mais de 140 empresas associadas, participa ativamente das discussões de temas de interesse do setor junto aos diversos Ministérios e Secretarias, Órgãos de Controle e Fiscalização Ambiental, Instituições de Pesquisa, Receitas Estadual e Federal, além de outras entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil organizada, buscando sempre a competitividade, a liberdade econômica e a valorização dos segmentos que representa.

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A silvicultura paulista e seus benefícios ao solo

Com o desenvolvimento das sociedades é natural um avanço sobre o uso da terra e do solo. Além de espaço para atividades socioeconômicas, moradias, serviços e toda a infraestrutura que isto envolve, são necessárias áreas destinadas às atividades agropecuárias, para produzir alimentos e matérias-primas, indispensáveis aos seres humanos.

Uma delas, a silvicultura, vem se mostrando uma grande aliada à manutenção e recuperação do solo. O plantio de árvores é uma atividade altamente benéfica ao solo. De acordo com o professor Leonardo Gonçalves, do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ, as plantações florestais, especialmente de eucalipto e pinus, contribuem para interromper processos de erosão, por exemplo. “Entre 03 e 06 meses depois do plantio, o terreno ficará coberto e a chuva não vai mais bater no terreno descoberto. A água vai infiltrar melhor. Com a presença da floresta, o escorrimento da água é mais lento. Isso faz com que o processo de erosão seja estagnado”, explica ele.

O professor comenta que, em relação à estrutura, caso o solo apresente compactações moderadas, elas serão revertidas pelo processo de crescimento radicular, que é muito profuso. “As raízes irão romper as camadas compactadas com deposição de matéria orgânica para agregar as partículas no solo, melhorando a estrutura. O solo ficará mais permeável e estruturado, permitindo melhor infiltração de água”, conta ele.

Florestas cultivadas podem ser uma solução para recuperar solos degradados. Segundo o professor, o crescimento contínuo de raízes, devido à deposição de serrapilheira, irá aumentar o teor de matéria orgânica. “Sobretudo em solos degradados. A adição de matéria orgânica é de uma tonelada e meia a duas toneladas de carbono por hectare por ano. Isso representa um sequestro alto de carbono no ambiente”, conclui o professor Leonardo.

Um levantamento feito pela empresa Canopy Remote Sensing Solutions, encomendado pela Florestar São Paulo, dá conta de que nos últimos quatro anos, o cultivo de florestas de pinus e eucalipto avançou em aproximadamente 79 mil hectares dentro do estado. Deste total, 60% aconteceu em pastagens, áreas sem manejo ou com algum nível de degradação. Entre os benefícios estão; uma significativa melhoria da qualidade do solo e forte contribuição para a regulação climática, já que o solo que antes estava exposto agora está sombreado por árvores cultivadas.  

“Estamos concluindo este estudo que trará, além destes dados recentes, diversos outros benefícios da atividade de silvicultura na economia, meio ambiente e qualidade de vida dentro do estado de São Paulo”, explica a engenheira florestal, Fernanda Abilio, diretora-executiva da Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas. O Panorama Executivo da Florestar 2025 deve ser lançado em agosto, junto com as comemorações pelos 35 anos da Florestar.

Informações: Florestar. Publicação original: https://florestar.org.br/a-silvicultura-paulista-e-seus-beneficios-ao-solo/

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