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CMPC é patrocinadora do Campeonato Gaúcho 2025

Ao longo da competição, companhia vai promover iniciativas sociais em escolas, atividades interativas com a população e a criação de um time de futebol com personalidades gaúchas

Com o intuito de fortalecer a conexão com os gaúchos e ressaltar a confiança no potencial do Rio Grande do Sul, a CMPC anuncia que será novamente patrocinadora do Campeonato Gaúcho de Futebol. Pelo segundo ano consecutivo, a empresa florestal estará junto ao torneio promovido pela Federação Gaúcha de Futebol.

O Gauchão 2025 acontece entre os dias 22 de janeiro e 15 de março, data da final. Durante este período, a CMPC realizará a campanha Viva o Gauchão. A iniciativa contemplará eventos interativos para comunidade, ações com torcedores no entorno de estádios, cobertura dos bastidores de jogos nas redes sociais e atividades com crianças em escolas públicas do RS.

Também faz parte da campanha a criação de um time de futebol, o Defensores da Natureza. A equipe será formada por personalidades gaúchas e terá como objetivo valorizar o vínculo entre a cultura gaúcha e o meio ambiente. O mascote do clube será o quero-quero Xiru, pássaro tradicional da fauna gaúcha e que simboliza o Estado.

“É um orgulho estarmos apoiando mais uma vez o maior torneio do Rio Grande do Sul. Sabemos da importância do futebol para os gaúchos e, por isso, temos um olhar especial para iniciativas que conectem esporte, bem-estar, desenvolvimento social e interação com a comunidade”, afirma Antonio Lacerda, diretor-geral de Celulose da CMPC no Brasil.

Para acompanhar as ações realizadas pela companhia durante o Campeonato Gaúcho, incluindo as datas e demais detalhes de cada iniciativa, acesse @cmpc_brasil no Instagram.

Sobre a CMPC 

A CMPC é uma empresa centenária do setor florestal que atua em três segmentos de negócio: celulose, itens de higiene pessoal (tissue) e embalagens. A companhia é uma representante da bioeconomia e possui suas operações alicerçadas na sustentabilidade e na economia circular. Presente no Brasil desde 2009, a CMPC possui operações em sete estados. O grupo CMPC conta com mais de 25 mil colaboradores, 54 unidades produtivas distribuídas em nove países da América Latina e cerca de 24 mil clientes atendidos ao redor do mundo. Em 2023, conquistou a 1ª posição do ranking de sustentabilidade corporativa da S&P Global. Em 2024, foi apontada pela segunda vez consecutiva como a Empresa Florestal Mais Sustentável do Mundo pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade e, com o BioCMPC, de forma inédita no Brasil, a CMPC levantou o Prêmio PMI Awards de Projeto do Ano de Engenharia, Construção e Infraestrutura, o reconhecimento mais importante do setor em nível global. O CEO do Grupo CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, foi eleito pela Council of the Americas o CEO do Ano (2023) em Sustentabilidade.  Em 2024, Ruiz-Tagle recebeu o título de CEO do Ano pela Fastmarkets Forest Products PPI Awards, que também elegeu a CMPC como líder mundial em Sustentabilidade. Outras informações estão no site.

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Engenharia florestal é estratégica para recuperar áreas degradadas

Entenda como a Engenharia Florestal tem trabalhado para a Recuperação de Áreas Degradadas, um dos pilares para a sustentabilidade ambiental brasileira

A recuperação de áreas degradadas (RAD) no Brasil começou a ganhar destaque na década de 1990, impulsionada por avanços na legislação ambiental e pelo engajamento de instituições, empresas e profissionais liberais. Desde então, essa área de conhecimento – Engenharia florestal – tem evoluído significativamente, buscando soluções para restaurar ecossistemas impactados pela mineração, agropecuária, urbanização, construção de sistemas viários e eventos climáticas.

A urgência de enfrentar esses desafios é cada vez mais evidente, dada a pressão de comunidades, órgãos ambientais e a crescente rigidez das normas ambientais. Nos últimos anos, a RAD deixou de focar apenas na revegetação com poucas espécies para abraçar a restauração funcional dos ecossistemas, um conceito mais amplo e integrado que busca devolver aos ambientes suas características ecológicas e biodiversidade.

Nesse contexto, a engenharia florestal ocupa um papel estratégico e essencial. Sua abordagem combina conhecimentos técnicos em dendrologia (ramo da botânica que estuda as características de árvores e outras plantas lenhosas), silvicultura como a produção de mudas, preparo do solo, plantios e tratos culturais além da legislação ambiental, capacitando os profissionais para enfrentar os desafios de recuperar Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reservas Legais e, de maneira geral, ecossistemas degradados.

O Papel do Ensino na Formação de Engenheiros Florestais

A formação acadêmica tem sido um alicerce para o desenvolvimento da RAD no Brasil. Cursos de engenharia florestal em universidades brasileiras incluem disciplinas específicas sobre recuperação ambiental, oferecendo aos estudantes uma base sólida para atuar em projetos que envolvem restauração ecológica, monitoramento e gestão de áreas degradadas.

Além disso, a silvicultura, que tradicionalmente se dedicava ao cultivo de florestas para fins econômicos, passou a incorporar práticas ecológicas. Essa mudança de paradigma prepara engenheiros florestais para contribuir com projetos que alinham produtividade e sustentabilidade, como o uso de espécies nativas e técnicas inovadoras para promover a regeneração natural.

Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), por exemplo, foi criada uma disciplina voltada especificamente para a RAD, liderada pelos professores Alessandro Angelo e Maurício Balensiefer, autor deste artigo. Essa iniciativa reforça o compromisso do ensino superior com a sustentabilidade ambiental.

A Importância de Eventos e Pesquisa Científica

Os simpósios promovidos pela Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas (SOBRADE) têm desempenhado um papel crucial no avanço da RAD no Brasil. Esses encontros reúnem técnicos, pesquisadores e empresas comprometidas com a causa, promovendo o intercâmbio de conhecimentos e a disseminação de novas técnicas e modelos de recuperação.

Com mais de 1.600 trabalhos publicados, os anais desses eventos são uma fonte valiosa de informações científicas, técnicas e práticas pertinentes. Eles auxiliam no desenvolvimento de projetos em todos os seis biomas brasileiros, fornecendo subsídios técnicos para enfrentar os desafios ambientais do país nesta temática.

Desafios e oportunidades na Recuperação de Áreas Degradadas

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA) são iniciativas fundamentais para regularizar propriedades rurais com passivos ambientais. De acordo com estudos recentes, cerca de 20 milhões de hectares de áreas degradadas no Brasil precisam de recuperação, incluindo 3 milhões de hectares críticos para a preservação de recursos hídricos.

Apesar da relevância desses programas, ainda enfrentamos desafios como a lentidão na validação de dados, a falta de incentivos financeiros e a resistência cultural de proprietários rurais em adotar práticas de restauração. A divulgação de alternativas, como o uso de plantas alimentícias não convencionais (PANCs), pode ajudar a vencer essas barreiras, mostrando que a recuperação ambiental também pode ser economicamente viável.

A SOBRADE tem contribuído para superar essas dificuldades por meio de cursos de capacitação realizados em todos os estados do Brasil. Com mais de 30 anos de experiência, a entidade promove o ensino, a pesquisa e a extensão, colaborando tecnicamente com iniciativas de elaboração de normativas de órgãos como o IBAMA e instituições estaduais de meio ambiente.

Um futuro promissor para a RAD no Brasil

O trabalho integrado entre engenheiros florestais, órgãos governamentais, empresas e comunidades é essencial para garantir o sucesso da recuperação de áreas degradadas. Esse esforço não apenas protege os recursos naturais, como também contribui para o bem-estar social, restaurando florestas, fauna, águas e solos.

Mauricio Balensiefer

Com o avanço das técnicas e a mobilização crescente em torno da sustentabilidade, a RAD promete se consolidar como um campo estratégico para a preservação ambiental, a conservação dos recursos naturais e o consequente desenvolvimento sustentável do Brasil.

Informações: Compre Rural.

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MS Florestal oferece vagas em diversas áreas de atuação em Água Clara e Bataguassu

Interessados podem se inscrever até amanhã, 22 de janeiro

Mato Grosso do Sul, 21 de janeiro de 2025 – A MS Florestal, empresa genuinamente sul-mato-grossense na área de florestas, oferece vagas para atuação em diferentes áreas da empresa nos municípios de Água Clara e Bataguassu. Os interessados têm até amanhã, quarta-feira, dia 22 de janeiro, para realizar a inscrição.

Em Bataguassu, estão disponíveis oportunidades para Analista de Comunicação Corporativa, Comprador, Analista de Relações com a Comunidade e Supervisor de Silvicultura. Para esses cargos, os requisitos incluem ensino superior completo nas respectivas áreas ou áreas correlatas, ter Carteira Nacional de Habilitação tipo B, experiência prévia relevante à função e disponibilidade para residir em Bataguassu. Inglês intermediário ou avançado é requisito para a vaga de Analista de Comunicação Corporativa, enquanto para as demais posições é apenas desejável.

Todas as informações com a descrição completa de cada uma das vagas estão disponíveis no site msflorestal.com/trabalhe-conosco. Ao acessar o site, o interessado deve aplicar o filtro de busca para a cidade de Bataguassu.

Vagas operacionais

Além dessas, a MS Florestal também tem vagas abertas para posições que não exigem nível superior. Essas vagas estão disponíveis tanto em Bataguassu, quanto em Água Clara, e as inscrições ocorrem exclusivamente por e-mail.

Em Água Clara, estão disponíveis vagas para Auxiliar de Serviços Gerais de Viveiro e para Mecânico Automotivo. Já em Bataguassu, estão abertas vagas para Auxiliar de Serviços Gerais de Campo, Operador de Máquinas e Equipamentos e também a posição de Mecânico Automotivo.

O interessado deve enviar seu currículo com a descrição da vaga e município de interesse para o RHTalent_MSFC@msfc.com.br.

Serviço

Vagas com requisito ensino superior:

-Analista de Comunicação Corporativa

-Comprador

-Analista de Relações com Comunidade

-Supervisor de Silvicultura

Todas para residência em Bataguassu.

Inscrições por meio do site: msflorestal.com/trabalhe-conosco

Vagas operacionais:

Água Clara

-Auxiliar de Serviços Gerais de Viveiro

-Mecânico Automotivo

Bataguassu

-Auxiliar de Serviços Gerais de Campo

-Operador de Máquinas e Equipamentos

-Mecânico Automotivo

Inscrições exclusivamente por meio do e-mail: RHTalent_MSFC@msfc.com.br.

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Para mais informações, acesse: www.msflorestal.com

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Conexão Abisolo 2025 anuncia o III Simpósio de Biofertilizantes e abre inscrições para trabalhos científicos

Evento fortalece o elo entre academia e indústria de fertilizantes especiais, impulsionando a inovação na agricultura brasileira

Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) anuncia a realização do III Simpósio de Biofertilizantes, que integra a programação do Conexão Abisolo 2025. O evento ocorrerá nos dias 22 e 23 de outubro de 2025 no Expo Dom Pedro, em Campinas (SP), reunindo especialistas, pesquisadores, e profissionais do setor para promover a interação entre pesquisa acadêmica e demandas das indústrias do setor.

De acordo com Clorialdo Roberto Levrero, presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, o Conexão Abisolo representa um momento estratégico para o setor. “Com este evento, reafirmamos o compromisso da Abisolo em incentivar trabalhos acadêmicos, que comprovem os ganhos de eficiência dos biofertilizantes na agricultura, destacando a relevância dessa categoria de produtos para o aumento da produtividade. A publicação da Lei nº 15.070, de 23 de dezembro de 2024, marcou um avanço significativo para a produção de bioinsumos no Brasil. Os biofertilizantes e os fertilizantes de base orgânica, que também são considerados bioinsumos, nunca estiveram tão em evidência como agora. Este evento será uma oportunidade para demonstrar seus inúmeros benefícios para a fisiologia vegetal e sua contribuição para a sustentabilidade agrícola”, ressalta Levrero.

III Simpósio de Biofertilizantes terá como foco tendências, pesquisas e inovações relacionadas a biofertilizantes. Os temas abordados incluem algas, aminoácidos, substâncias húmicas e extratos vegetais. As pessoas interessadas poderão submeter resumos entre 3 de março e 25 de julho de 2025, por meio de formulário disponível no site oficial do evento https://conexaoabisolo.abisolo.com.br .

Os trabalhos serão avaliados por um Comitê Científico, que selecionará os melhores com base na qualidade técnica, clareza, relevância e pertinência. Os trabalhos selecionados serão divulgados no próprio site do Conexão Abisolo.

Premiações: Mérito Inovação e Mérito Acadêmico
O Simpósio reconhecerá os destaques em duas categorias:

  1. Mérito Acadêmico: Seis trabalhos serão apresentados oralmente no evento, ressaltando contribuições relevantes para o campo acadêmico.
  2. Mérito de Inovação: Dois trabalhos com alto potencial de aplicação prática e impacto no mercado serão escolhidos pela indústria.

Os vencedores de cada categoria receberão um prêmio de R$ 5.000,00, que será entregue ao autor principal.

Sobre o Conexão Abisolo:

O Conexão Abisolo é a união de 2 eventos já consolidados: o II Fórum Abisolo de Fertilizantes de Matriz Orgânica e o III Simpósio de Biofertilizantes. A programação deve incluir plenárias, workshops e uma área de exposição. Entre os temas discutidos estarão questões econômicas e científicas relevantes para o setor, com foco em biofertilizantes e insumos de matriz orgânica.

Mais informações sobre a programação e as inscrições estão disponíveis no site oficial do evento (www.conexaoabisolo.abisolo.com.br).

Serviços:

Data: 22 e 23 de outubro 2025
Local: Centro de Convenções do EXPO DOM PEDRO (Avenida Guilherme Campos, 500 – Bloco II – Jardim Santa Genebra, Campinas/SP, 13087-901)

Sobre a Abisolo

A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) foi fundada em outubro de 2003 com o objetivo de representar e defender os interesses das empresas produtoras e importadoras de importantes insumos que colaboram para o aumento da qualidade, da produtividade e da sustentabilidade da agricultura brasileira.

A entidade congrega fabricantes e importadores de fertilizantes minerais, organominerais, orgânicos, biofertilizantes, condicionadores de solo de base orgânica, substratos para plantas, insumos de base biológica e adjuvantes.

Reunindo mais de 150 empresas associadas, participa ativamente das discussões de temas de interesse do setor junto aos diversos Ministérios e Secretarias, Órgãos de Controle e Fiscalização Ambiental, Instituições de Pesquisa, Receitas Estadual e Federal, além de outras entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil organizada, buscando sempre a competitividade, a liberdade econômica e a valorização dos segmentos que representa.

Acesse os canais de comunicação da Abisolo nos links abaixo:
www.abisolo.com.br 
LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/abisolo 
Facebook: https://www.facebook.com/Abisolo.Fertilizantes
Instagram: @abisolo_nutricao_vegetal

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10 previsões para o setor florestal em 2025

*Artigo por Marcelo Schmid

Tenho bola de cristal? Não, mas no Grupo Index estamos em contato diário com muitas empresas, dados e tomadores de decisões, o que nos credencia a “arriscar” alguns palpites sobre a economia, ambiente de negócios e tendências de mercado. 

Se iremos acertar? Não sei, pois a economia e o mundo dos negócios são dinâmicos, tudo muda dia após dia, por isso mesmo em dezembro de 2025 irei revisitar esse artigo e avaliar as bolas dentro e fora! 

Quero muito ler os seus comentários sobre os itens a seguir! Será que vamos acertar na mosca, ou passaremos longe?

Boa leitura!  

  1. A economia vai ajudar ou atrapalhar?

Segundo a Fundação Dom Cabral, a inflação continua a impactar o crescimento de diversas economias globais, especialmente as mais avançadas. A previsão é que o crescimento mundial seja de 3,0% ao ano em 2025. 

No Brasil o cenário não é diferente: o ano de 2025 deve ser um ano de desaceleração, quando provavelmente teremos inflação maior que 2024 (acima dos 5%), o que levará ao aumento da taxa básica de juros e redução de produção e consumo. O Copom já sinalizou a possibilidade de dois aumentos consecutivos, com isso, a taxa Selic deve estar situada entre 14% e 15% já no início de abril.

Diante desse cenário, espera-se um crescimento econômico modesto para este ano: O Boletim Focus, do Banco Central, projeta um crescimento do PIB de cerca de 2%.

O dólar tende a permanecer acima dos seis reais, com perspectiva de aumento diante de possíveis  políticas de fortalecimento da moeda americana a serem adotadas no governo de Donald Trump. A taxa de câmbio (R$/US$) afetará o preço dos insumos (e da atividade florestal) porém, favorecerá o valor das commodities brasileiras no comércio exterior, com destaque à menina dos olhos da cadeia produtiva de base florestal, a celulose.

  1. Diante desse cenário econômico, como ficará o ambiente de negócios no setor florestal?

No Brasil, a desaceleração da economia aliada à desconfiança do mercado investidor quanto às medidas políticas adotadas (sobretudo na área fiscal) deverá piorar o ambiente de negócios. O aumento da taxa Selic irá impactar no custo de capital das empresas, ao tornar o crédito mais caro. Com isso, as empresas alavancadas ou aquelas que planejavam realizar novos investimentos terão que buscar alternativas para financiar seus novos projetos.

O investimento em florestas deverá ser afetado? Com os juros mais altos, o investimento em renda fixa torna-se competitivo frente ao retorno prometido pela floresta. Os fundos de investimento, naturalmente, manterão sua atividade, pois a madeira é parte da estratégia do portfólio, mas deverão procurar ativos florestais que prometam maior rentabilidade

Porém, o cenário é prejudicial para os pequenos produtores. Devido à baixa escala, tais produtores têm custo marginal maior e retornos menores, logo, o investimento em renda fixa se torna uma opção mais atrativa. Não esperamos que em 2025 essa categoria de investidor se empolgue com florestas, pelo contrário, o processo de conversão de áreas florestais em outros usos deverá continuar. 

As empresas de base florestal, por fim, precisam de matéria-prima e, à medida que pequenos e médios produtores se afastam do mercado e reduzem a disponibilidade de madeira spot, precisam investir em florestas, gerando mais verticalização e concentração da produção de madeira no Brasil, ou ainda, buscar parcerias com fundos de investimento (se conseguirem oferecer rentabilidade atraente…).

  1. Diante da situação econômica global, como será o mercado de madeira?

Não temos dúvida que o consumo de fibra de madeira continuará a crescer em longo prazo. Segundo a FAO, a demanda por produtos de madeira sólida e fibra celulósica, em substituição a materiais não renováveis, pode aumentar para 272 milhões de m³ até 2050. Já o uso de madeira para energia deverá aumentar dos atuais 1,9 bilhões de m³ para 2,7 bilhões de m³.

Porém, avaliando o comportamento de mercado dos principais players mundiais (e daqueles que afetam as exportações brasileiras), concluímos que 2025 será um ano de cautela e preparação, onde a grande tônica será entender os efeitos que os Estados Unidos poderá causar no comércio internacional de madeira, considerando as ameaças de taxação feitas pelo presidente Donald Trump, ainda em campanha.

A implementação da EUDR (legislação anti-desmatamento da Europa), a partir de dezembro deste ano, deverá afetar os países exportadores de madeira, pois o continente europeu é um dos grandes players deste mercado.

  1. E então como ficam as exportações dos produtos de base florestal?

Sem sombra de dúvidas, uma das maiores preocupações da indústria brasileira de produtos florestais voltados à exportação é a política de comércio exterior a ser adotada pela gestão de Donald Trump à frente dos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo em que novas taxas de importação deverão ser criadas (cumprindo a promessa de campanha do presidente), espera-se uma melhoria no mercado de construção civil do país. Especialistas apontam que o número de housing starts deverá ter um crescimento de 11% e isso é bom para o mercado nacional de madeira sólida e compensados de pinus.

No caso da Europa, conforme já destacado, a adequação à norma antidesmatamento (EUDR) será a tônica. Entendemos que para o Brasil isso pode ser uma vantagem competitiva, uma vez que grande parte dos produtos de origem florestal exportados são oriundos de florestas plantadas. 

E a celulose? No segundo semestre de 2024, o preço da commodity sofreu queda tanto na Europa quanto na China, porém, especialistas apontam que em 2025 haverá aumento de preço a partir da metade do ano. Considerando que a taxa de câmbio será extremamente benéfica às exportações, o cenário de 2025 é favorável para as empresas brasileiras.

  1. A importância do uso da madeira para energia crescerá

Nos últimos anos, o Grupo Index tem trabalhado intensamente em projetos voltados ao abastecimento de operações industriais com biomassa florestal. O mais interessante é que temos sido demandados por muitas empresas de fora do setor de base florestal: agronegócios, indústrias de alimentos, energia, cimento e indústrias químicas.

Mesmo com o grande desafio da disponibilidade de matéria-prima e dificuldade em competir com os grandes players, em 2025 esse negócio continuará a crescer. Existe forte demanda por biomassa na região centro-oeste, por conta das empresas do agronegócio, e no sudeste e sul, regiões bastante industrializadas, se observa um movimento forte de conversão de uso de fontes de energia fósseis para fontes renováveis em diversas fábricas.

Ainda sobre o uso energético da madeira, o Grupo Index tem desenvolvido uma série de estudos em Minas Gerais e observado uma retomada gradual do mercado de carvão vegetal, a qual acreditamos que se manterá ao longo de 2025, incentivada por fatores interno e externos, entre eles o imposto de importação criado para produtos de aço no Brasil.

  1. Teremos novidades vindas da indústria de celulose (“o urso”) ?

Como todos os anos, as novidades do segmento de celulose sempre são as mais esperadas, afinal, nenhuma outra indústria no setor é capaz de movimentar cifras tão expressivas! 

Quando se fala em produção de celulose no Brasil é difícil de não criar uma associação imediata com seu principal estado produtor, Mato Grosso do Sul, que em 2024 esteve muito movimentado: startup da nova fábrica da Suzano, em Ribas, anúncio da nova fábrica da Bracell, em Água Clara e continuidade das obras da nova fábrica da Arauco, em Inocência.

Como o consumo mundial de celulose continua a crescer linearmente, o interesse da indústria em expandir no Brasil permanecerá. Mas onde? Será que MS ainda tem espaço para novos projetos?

Grupo Index acredita que em 2025 teremos novidades na indústria de celulose sim, porém em outros estados. Temos alguns candidatos com características interessantes, porém severas limitações. Analisando o “pacote” completo de vantagens e desvantagens de cada um, Minas Gerais surge como candidato à “bola da vez”.

  1. Mas se teremos expansão, haverá madeira para todos?

Mesmo com um crescimento econômico mais moderado, a demanda mundial e nacional por madeira continuará a crescer e a questão que tanto nos incomoda há muitos anos se mantém: de onde virá a madeira? Citamos aqui as palavras de um dos grandes gurus de nosso setor, Nelson Barboza Leite: “o tempo não espera e os estoques de salvamento já se esgotaram. (…) em 2025 os gritos de alerta voltarão com mais veemência!”.

Fala-se da expansão do setor de base florestal para novas fronteiras, estados sem tradição florestal. Será? Talvez, mas para atender a demandas específicas regionais, como o agronegócio na região centro-oeste, sobretudo Mato Grosso e Goiás

E no resto do país, como plantaremos mais florestas considerando o elevado custo da terra e o esperado aumento dos custos de silvicultura? Acreditamos fortemente que a melhor forma de expansão é em cima daquele hectare que já está pago, ou seja, aumentando a produtividade média das florestas, e isso ganhará força entre as empresas em 2025.

Não podemos aceitar que o incremento médio anual das florestas brasileiras permaneça estagnado ou até mesmo em declínio. Aumentar a produtividade será uma tônica do setor a partir deste ano!

  1. Veremos a mecanização se tornar cada vez mais acessível e necessária

A tecnologia continuará sendo uma tendência em 2025. Tendências surgem a partir de drivers, acontecimentos que geram um novo comportamento no mercado. Em nosso setor florestal, temos dois drivers recentes que fomentam a tendência tecnológica: o aumento de custos e a escassez da mão de obra.

mão de obra se tornou peça chave no setor, pois é um recurso cada vez mais escasso (em todos os níveis) e é um item de custo significativo na silvicultura. Portanto, em 2025 veremos as empresas buscarem mais mecanização, criando oportunidade para empresas de maquinário e tecnologia florestal.  

mecanização da silvicultura, antes restrita a grandes empresas, se tornará mais acessível, com a expectativa de maior concorrência entre os fornecedores de máquinas com novas soluções tecnológicas, a exemplo do que ocorreu com a mecanização da colheita.

  1. O Brasil se consolidará como o grande produtor mundial de carbono florestal de alta qualidade

Com o crescente interesse global em soluções baseadas na natureza e a busca por compensações de emissões, aliado ao fato de que a próxima Conferência das Partes (COP) será realizada no Brasil, 2025 será um ano crucial para os projetos florestais voltados à geração de créditos de carbono de alta qualidade.

Se fomos capazes de criar conhecimento silvicultural e uma cadeia produtiva voltada à produção de fibra de pinus e eucalipto, somos plenamente capazes de criar uma cadeia produtiva voltada à produção de carbono em florestas nativas. Em 2025 veremos, portanto, as empresas se especializarem na “silvicultura do carbono”. 

Naturalmente, temos que resolver alguns desafios, como a questão da credibilidade dos projetos, maculada por empresas mal intencionadas ou aventureiras. A busca por tecnologias como blockchainpara garantir a transparência e a rastreabilidade dos créditos será uma tendência crescente em 2025.

Por fim, neste ano veremos o início da regulamentação do mercado de carbono no Brasil (Lei 15.042/24), outro movimento crucial para consolidar o país como líder nesse setor.

  1. Em 2025 o Grupo Index continuará a trabalhar para ser a empresa mais desejada do mercado

Em 2025 o Grupo Index completa 54 anos de uma história que acompanha o desenvolvimento do próprio setor florestal. Em seu início, na década de 70, não falava-se em grandes indústrias de celulose, em sustentabilidade, carbono e tecnologia, mas ao longo dessas décadas o Grupo Index soube crescer organicamente para se adaptar às tendências e demandas de seus clientes. Criamos diferentes negócios e empresas especificamente voltadas para cada dor do mercado de base florestal e de outros mercados.

Estamos cada vez mais organizados em termos estruturais, com clientes satisfatoriamente atendidos em várias regiões do Brasil e em diferentes países da América Latina e Europa.

Observando o fluxo de negócios ao longo dos últimos anos, independente do vai e vem da economia, o Grupo Index acredita que em 2025 teremos a continuidade de duas importantes tendências no ambiente de negócios de nosso setor: tecnologia e sustentabilidade

Continuaremos trabalhando fortemente para nos adaptar às tendências e manter o propósito de nossa visão institucional: “Ser a organização mais desejada pelo mercado no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras”.


*Marcelo Schmid é sócio-diretor do Grupo Index, engenheiro florestal, advogado e mestre em economia e política florestal, atua como diretor de negócios para a América Latina da Forest2Market do Brasil, que desenvolve análises de mercado florestal baseadas em dados de transações reais de madeira.

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Exclusivo – A biorrefinaria e o fim do pornô florestal

Artigo de Sebastião Renato Valverde[i], Marcelo Moreira da Costa[ii] e Ricardo de Carvalho Bittencourt[iii]

Recentes visitas em algumas fábricas de celulose, tanto em suas áreas florestais quanto industriais, ficamos perplexos com situações-problemas surreais que, antecipamos, não são privilégios de uma ou de outra, já que são comuns em quase 111,11% delas, variando apenas a intensidade. Primeira perplexidade se deu no campo com relação a quantidade de toretes, com e sem cascas, de tamanho abaixo do padrão que permanecem na área como resíduos florestais. A segunda, no pátio das indústrias, a quantidade de cascas desprendidas e também impregnadas nos toretes e, a terceira, a ociosidade das caldeiras movida àquelas cascas desprendidas, pois as impregnadas seguem contaminando e encarecendo o processo industrial ao exigir quantidade maior de reagentes para a polpação.

No tocante a questão financeira, faz jus detalhar sobre os resíduos no campo, embora reconheçamos a importância ambiental deles conforme abaixo, e sobre a ociosidade da caldeira, haja vista se tratar de indústrias que tem a escala de produção como principal característica – as novas plantas nascem grandes com capacidade de 2,5 milhões de toneladas seca ano (Tsa) se projetando dobrar -.

Especificamente há de se assombrar com o volume de toretes descascados residuais, algo em torno de 3 a 7% do total, diante os custos operacionais incorridos no seu corte como desgalhamento, descascamento e traçamento e também os da sua formação. A título de exemplo, dado que o custo para formação de um m3 da madeira em pé aos sete anos é em torno de US$25,00/m3 e que o operacional (cortar, desgalhar e descascar e traçar) é de US$9,00/m3, somando US$34,00/m3 e que para cada Tsa gasta-se, em média, 4,0m3 de madeira, então: para uma produção de 2,5 mi de Tsa, IMA (Incremento Médio Anual) de 40m3/ha.ano, rotação florestal de 7 anos, compreendendo um volume residual de 14m3/ha e uma área colhida anual de 35.710 ha, resulta num volume total de resíduo de 500.000m3/ano a um valor perdido no campo de US$17.000.000,00/ano. Para nós reles mortais descapitalizados, para não dizer depauperados, vem logo aquele bordão “eu ficaria feliz só com 1% deste prejuízo por ano” que daria US$170k.

Com relação a ociosidade da caldeira de força, ao se considerar que as cascas representam de 10 a 12% do volume da madeira, mas que deste total apenas 1,5% é aproveitado na caldeira, significa que ela poderia gerar, no mínimo, de 6 a 7 vezes mais energia do que tem gerado com as cascas desprendidas. Ou seja, as cascas que sobram no campo faltam nas caldeiras. Como estas são projetadas para uma produção de MWh acima deste volume de 1,5% das cascas, pois se leva em conta possíveis fontes de biomassa das florestas eventualmente sinistradas (queimadas, quebradas por ventos, atacadas por pragas e doenças, etc), acaba que parte do ano sem estas sinistradas ela cogera abaixo do seu potencial obrigando a empresa, para honrar compromissos contratuais, a comprar, quando deveria disponibilizar no grid, energia mais cara no mercado spot a preços do PLD  que varia ao sabor do vento (eólica), do sol (solar) e das chuvas. Logo nos períodos críticos do ano em que o valor do MWh, apesar do Sistema Integrado Nacional (SIN), eleva-se com a estação seca e de menor volume de água nas hidroelétricas. 

Ainda que no cenário atual o preço do MWh (em torno de R$200,00/MWh) esteja abaixo do break even point de R$300,00/MWh quando a partir deste justifica complementar com a compra de resíduos florestais e, ou, de agroindustriais regionais, não procede essa ociosidade, haja vista que necessitam de se manterem operando e que tal ócio poderia ser contornado caso as fábricas fossem abastecidas com madeira com casca (10 a 12%) em vez de sem (1,5%).  Se considerar o valor do MWh nos períodos secos e as tendências de alta neste valor dado possível colapso (blackout) na oferta futura torna-se indefensável tal ociosidade, pelo menos para nós pregadores do tal bordão.

Se isso é histórico e generalizado nas indústrias de celulose o que explica a persistência desta ineficiência e o que tem sido ou deveria ser feito para contornar, ou seja, para aproveitar todas as cascas e resíduos lenhosos sem comprometer a sustentabilidade do processo florestal?

A causa maior disso oriunda do sistema de colheita florestal adotado por este segmento que prioriza o recebimento da madeira sem casca, haja vista o histórico de defeitos que os descascadores industriais apresentavam – coisa do passado – e o mau desgalhamento no campo, sobretudo quando a colheita era semi-mecanizada com motosserra. Diferentemente do segmento consumidor de carvão vegetal (siderúrgico/metalúrgico) que convive pacificamente com as cascas, embora para as metalúrgicas o ideal seria de madeira descascada, zerando a contaminação das ligas e alcançando significativos plus nos preços. Outra hipótese é com relação ao valor do MWh que, há quase três décadas, não valorizava a caldeira de biomassa como se valoriza na caldeira de recuperação dos reagentes químicos.

Assim, no cotidiano das celulósicas generalizou a adoção do sistema mecanizados de colheita da madeira por toretes (Cut-to-Length, CTL), enquanto no das de carvão vegetal, o de fuste inteiro (Full tree, FT), onde são empregadas para o CTL o harvester para corte, desgalhamento, descascamento e traçamento e o forwarder para extração. Já para o FT, o feller-buncher que apenas corta as árvores, as acumulas no seu cabeçote e enfeixa para serem arrastadas pelo skidder.

Dado ao número de operações do harvester em relação ao do feller-buncher e considerando quem ambas apresentam valores de aquisição próximos de US$550.000,00, é óbvio e esperado que o custo operacional do CTL seja maior que o do FT.  Estudos tem afirmado que tal diferença chega à casa de 50%.

Outro ponto a favor da adoção do CTL está relacionado com a instrumentação eletrônica das máquinas já que o harvester e o forwarder possuem uma gama de tecnologias embarcadas a mais que o feller-buncher e o skidder, possibilitando melhor condução, manutenção e controle operacional.

Além disso tem os aspectos ambientais que conferem sustentabilidade do site, sobretudo nas propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos proporcionadas pelos resíduos da colheita do CTL, haja vista as cascas representarem de 10 a 12% da árvore e 25% dos resíduos, enquanto os demais, serapilheira e folhas e galhos, 75%. Embora ela seja importante fonte de nutrientes, no entanto a maior parte deles se concentra nos resíduos mais lábeis (folhas e serapilheira) que se decompõem e mineralizam mais rapidamente para a reposição no solo e reciclagem para a planta.

Uma vez ciente da vital função ambiental das cascas, entende-se que é factível de ser contornado com o volume de serapilheira, folhas e galhos no campo e, se necessário, um trade-off com fertilizantes. Ainda assim, perante a vibe da descarbonização, há razões de sobra para alterar tal cenário (marasmo das caldeiras) mesmo com o preço vil do MWh, quer seja pela substituição energética diante da quantidade maior de biomassa das cascas, sobretudo a custo quase 0800 de colheita e frete, quer pela quantidade a mais de madeira para o processo industrial e quer pelo futuro das indústrias de celulose que se projetam mais como biorrefinarias do que tradicionais fábricas de insumos para a produção de papel.

Em que pese as atuais fábricas terem evoluído bastante – https://www.maisfloresta.com.br/eu-sou-florestal-mais-que-universal/ -, o futuro próximo reserva para elas um céu de brigadeiro, pois se a gaseificação e a fast-pirolise, sonhos de criança há 10 anos, hoje são realidades, então a biorrefinaria está a um passo do paraíso onde, além da celulose e de energias renováveis (bio-óleos e syngás), produzirá produtos químicos tais como furfural, HMF, ácidos, etc, materiais como adesivos, biopolímeros, bioplásticos, fibra de C, hidrogênio verde (H2) e cia Ltda. Da mesma forma que estas indústrias evoluíram quanto aos aspectos ambientais como a redução do consumo de água por tsa e das emissões de efluentes líquidos e gasosos, tudo leva a crer que em breve tais indústrias estarão produzindo biodiesel para abastecerem sua frota de caminhões, tratores e máquinas florestais, garantindo Zero de emissões e 100% de sustentabilidade.

Se o Capex entre as máquinas dos sistemas CTL e FT é igual, próximos de US$550k, e se o Opex (US$13,50 e US$9,00/m3 posto fábrica numa distância média de 150 km, respectivamente), é 50% menor para o FT, nítido a vantagem deste e daí, diante do exposto, crê-se que isso porá em risco a sobrevivência do CTL e com ele a dos harvesters e forwarders e indaga-se de como convencer os CEOs das indústrias pela substituição das máquinas e de qual o futuro dos harvesters e forwardes sendo destronados pelos feller-bunchers e skidders? Eis o mistério da fé florestal dado que para cada tsa de celulose se economiza em torno de US$25,00 por se empregar o FT em vez do CTL.

Enfim, pela lógica da eficiência e eficácia do capitalismo, é provável que o futuro reserve pudor para a madeira e que ela não mais sofrerá a injúria da nudez pública graças à biorrefinaria.


[i] Professor Titular do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), valverde@ufv.br.

[ii] Professor efetivo do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), mmd@ufv.br.

[iii] Mestre e doutorando em Celulose e Papel no Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), ricardo.bittencourt@ufv.br

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Na Amazônia, Mombak aposta em maior projeto de reflorestamento do mundo para remover carbono

A startup de créditos de carbono captou US$ 120 milhões de investimento visando escalar o plantio de mudas nativas e adquiriu uma área de 20 mil hectares no Pará

“Para chegar a emissões zero, não basta reduzir: empresas precisam investir em iniciativas de remoção de carbono” disse em entrevista exclusiva à EXAME, Gabriel Silva, um dos fundadores da Mombak, junto com Peter Fernandez. 

Isto porque, em um planeta que emite 50 bilhões de toneladas de gases estufa por ano, a empresa acredita que pelo menos 10 bilhões será com soluções naturais de retirada de CO2 da atmosfera — seja pela restauração de florestas, manguezais ou conservação de solos saudáveis.

Fundada em 2021, a startup especializada em gerar créditos de carbono a partir do reflorestamento nasceu do sonho da dupla em deixar um legado de impacto e criar uma nova indústria voltada a solucionar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. Ambos vinham de uma jornada em gigantes de tecnologia: Gabriel, ex-CFO do Nubank, e Peter, ex-CEO do 99.

“Na época, eu me vi numa posição muito privilegiada de desenvolver algo relevante. Pelo meu histórico, eu tinha acesso a capital, talento, e já tinha uma experiência em empresas com crescimento exponencial”, contou Gabriel. 

Após um ano de dedicação e estudos de mercado, os empreendedores entenderam que havia uma forte demanda por projetos capazes de remover gases estufa para ajudar outras corporações a atingirem suas metas ambientais. “Nós unimos duas teses: o reflorestamento é a maior oportunidade de captura de carbono, e o Brasil é o melhor lugar para fazer isto”, destacou. 

A prática, que visa restaurar áreas desmatadas por meio do plantio de mudas nativas, tem o potencial de capturar de 2 a 3 bilhões de toneladas de CO2 por ano da atmosfera.

No Pará, já foram 3,4 milhões de árvores plantadas na área de 20 mil hectares (Divulgação)Após captar 120 milhões de dólares de investimento, a Mombak adquiriu 20 mil hectares de áreas no Pará — e agora quer atingir a escala global. Até então, o projeto na Amazônia promete ser o maior do mundo e já plantou mais de 3,4 milhões de árvores

Entre seus investidores, estão AXA, CPP (Canada Pension Plan Investment Partners), Bain Capital Partnership Strategies e Fundação Rockefeller. Além disso, R$ 1.25 bilhão foi levantado em recursos do Banco Mundial, BNDES e DFC – Development Finance Institution, e a startup fechou contratos pioneiros de carbono com gigantes como Google, Microsoft e McLaren Racing.

O mais recente, de dezembro de 2023, foi com a Microsoft e envolve 1,5 milhão de toneladas de carbono a serem removidas até 2032 — um dos maiores em compra e venda baseados na natureza do mundo. 

Atualmente, a parceria entre a startup e seus clientes (empresas) funciona no mercado voluntário de carbono, mas com a regulação no Brasil conquistada no final de 2024, isto pode mudar e ser “muito positivo”, acredita Gabriel.

“A criação do mercado regulado é muito importante, porque dá essa racionalização e obrigação das empresas atingirem a neutralidade. Ainda não temos os detalhes e as regras de como isto se dará, mas acreditamos que vamos poder vender os nossos créditos nele também”, ressaltou. 

Na prática, o que acontece hoje é que empresas de diferentes setores fazem um planejamento de redução de emissão até o ‘net zero‘: começam olhando para as suas operações e analisam oportunidades de eficiência. Depois, identificam aquelas em que não é possível reduzir, e aí vão ao mercado procurar os melhores produtos e créditos de remoção de carbono para comprarem e compensarem sua pegada ambiental.

É aí que entra a Mombak: a parceria também envolve a assinatura de acordos com proprietários de terras, financiamento dos custos de reflorestamento, compartilhamento dos lucros obtidos com produtores rurais e contratação de pessoas locais, visando girar a economia da floresta. 

Sem metas de hectares ou toneladas de carbono no longo prazo, o que a Mombak quer é continuar nessa trajetória de crescimento exponencial. “Já conseguimos provar que existe o mercado: atraindo investidores, clientes e executando os projetos verdes“, concluiu Gabriel. 

Informações: Exame.

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Mercado de celulose com previsão de crescimento de 39,7 mil milhões de euros entre 2024 e 2029

O mercado global de celulose deverá crescer 39,7 mil milhões de euros no período entre 2024 e 2029, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 3,8%, segundo o mais recente relatório de análise do setor.

O aumento, diz a technavio, é impulsionado pela crescente procura de materiais de embalagem de papel e pela adoção de práticas sustentáveis em várias indústrias.

Tendências e fatores de crescimento

A produção de celulose a partir de materiais florestais, como madeira, bambu, casca de arroz e palha de trigo, continua a dominar o mercado. O setor tem vindo a adotar tecnologias que utilizam energia renovável para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

A procura por papel de embalagem, papel de escrita e outros produtos derivados tem registado um aumento significativo, em linha com as preferências dos consumidores por materiais biodegradáveis e recicláveis. No entanto, o setor enfrenta desafios relacionados com os custos elevados de produção e preocupações ambientais, sobretudo no que diz respeito à celulose química.

Estima-se que a região da América do Norte contribua com 32% para o crescimento global do mercado durante o período analisado. A crescente procura por embalagens sustentáveis nos setores de alimentos e bebidas, bem como de cuidados pessoais, tem sido um fator determinante.

O fortalecimento da infraestrutura de reciclagem na região, aliado à crescente utilização de matérias-primas alternativas, como bambu e palha de trigo, tem reduzido a dependência de recursos florestais tradicionais, promovendo práticas mais ecológicas e sustentáveis.

A segmentação do mercado de celulose apresenta três principais aplicações. O papel de impressão e escrita continua a ser um dos segmentos mais relevantes, impulsionado pela procura crescente em países como a China, a Índia e a Indonésia. O papel de embalagem destaca-se pela transição acelerada para soluções ecológicas, especialmente no comércio eletrónico e no setor alimentar. Já os produtos tissue e papéis de uso especial, como papel higiénico e toalhas de papel, registam um crescimento constante devido à elevada procura por soluções higiénicas e descartáveis.

Em termos de distribuição regional, a América do Norte apresenta uma forte presença no mercado de papel de embalagem e produtos higiénicos. Na Europa, o foco está nas práticas sustentáveis e no desenvolvimento de alternativas à celulose química. Na região Ásia-Pacífico, países como a China e a Índia lideram o crescimento, impulsionados pela expansão populacional e pela urbanização.

Desafios e inovações

O custo elevado da produção de celulose continua a ser uma preocupação para os produtores, que enfrentam também pressões crescentes para reduzir o impacto ambiental. A inovação no uso de matérias-primas alternativas, como a palha de trigo e o bambu, surge como uma resposta a estes desafios.

A tendência para a utilização de embalagens ecológicas e recicláveis deverá continuar a impulsionar o setor, tornando o mercado de celulose um dos pilares na transição para uma economia mais verde.

Informações: Do Papel.

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Arauco abre 105 vagas de emprego para operação florestal em MS

Oportunidades são para atuação nas cidades de Água Clara, Cassilândia, Inocência e Paranaíba.

Para contribuir com o desenvolvimento das comunidades onde está inserida, a Arauco abriu processo para preencher 105 vagas em Mato Grosso do Sul. As oportunidades são para atuar na operação florestal da empresa, nas cidades de Água Clara, Cassilândia, Inocência e Paranaíba.

O processo seletivo será realizado com o apoio de agências especializadas, como o Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) e a Casa do Trabalhador, nos dias 21 e 23 de janeiro. As seleções ocorrerão em Paranaíba (MS), Selvíria (MS) e Ilha Solteira (SP).

As vagas disponíveis são para as funções de líder florestal (5 vagas), auxiliar florestal (50 vagas) e operador florestal I (50 vagas).

Além das oportunidades de emprego, a Arauco oferece um benefícios aos colaboradores, que incluem plano de saúde (Unimed) e odontológico, vale-alimentação ou refeitório interno, transporte fretado ou alojamento, seguro de vida em grupo, previdência privada, acesso ao Gympass, prêmios de produtividade e assiduidade (mensal e semestral), cestas de Natal e brinquedos, além de material escolar.

Os interessados devem comparecer na data, horário e local informados para o processo seletivo, levando documentos pessoais (RG e CPF ou CNH, no caso de vagas para motoristas) e currículo atualizado.

DATA E LOCAL DA SELEÇÃO:

●       Ilha Solteira/SP

Data: 21/01 (terça-feira), às 9h

Local: PAT- Shopping – Av. Atlântica, 1659 – Bom 3 e 4 – Ilha Solteira/SP

●       Selvíria/MS

Data: 21/01 (terça-feira), às 13h

Local:  Balcão de Empregos – Av. Prof Mariluce Rosa Torres Lallucci, 900 – Selvíria/MS

●       Paranaíba/MS

Data: 23/01 (quinta-feira), às 8h

Local: Escritório Arauco – R. Orlando Colli, 342 – Pq Industrial – Paranaíba/MS

Arauco em MS

Presente em Mato Grosso do Sul desde 2009, a Arauco prioriza a contratação de colaboradores em cidades próximas à sua operação. Primeira empresa florestal do mundo a ser certificada como Carbono Neutro, a empresa está comprometida com o desenvolvimento sustentável da região.

Localizado a 50 km do centro urbano de Inocência, o Projeto Sucuriú trata da construção da primeira fábrica de celulose branqueada da empresa no Brasil, a maior em etapa única no mundo. Em fase de terraplanagem, o projeto prevê o início das obras no segundo semestre de 2025 e operação em 2027. O investimento industrial previsto é de US$ 4,6 bilhões, com capacidade para produzir 3,5 bilhões de toneladas ao ano.

Quando for concluída a obra, o Projeto Sucuriú empregará um contingente permanente de 6 mil trabalhadores (florestal, industrial e logística).

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Parceiros da Educação e Bracell capacitaram 24 mil professores da rede pública paulista em 2024

Iniciativa fortaleceu a formação de professores de Língua Portuguesa e Matemática, promovendo qualidade no ensino público

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, e a organização sem fins lucrativos Parceiros da Educação uniram esforços em 2024 para capacitar 24 mil professores da Rede Pública Paulista. A iniciativa teve como foco a formação continuada de educadores dos Anos Finais do Ensino Fundamental, com ênfase nas disciplinas de língua portuguesa e matemática.

O programa, fruto de um investimento social robusto, teve como objetivo capacitar educadores para aprimorar o aprendizado dos alunos das escolas públicas. “Capacitar os educadores da rede é fundamental para melhorar a aprendizagem dos estudantes de escolas públicas. As formações trabalham conteúdos para recuperar, consolidar e reforçar conhecimentos que não foram totalmente compreendidos ou aprendidos de forma eficaz”, afirma Rafael Machiaverni, diretor-geral da Parceiros da Educação. A organização atua em conjunto com as secretarias estadual e municipais de educação em São Paulo.

Combinando metodologias presenciais e à distância, o programa resultou em 196 gravações, totalizando 98 horas de videoaulas. O conteúdo foi disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São Paulo (EFAPE). No formato presencial, mais de 60 horas de capacitação foram ministradas por formadores da Parceiros da Educação. Esses profissionais capacitaram 267 Professores Especialistas em Currículo (PECs), responsáveis por replicar os treinamentos junto aos docentes que atuam diretamente em sala de aula.

Manoel Browne, Diretor de Relações Institucionais da Bracell em São Paulo, reforça que a capacitação de professores é um pilar fundamental da agenda Bracell 2030, iniciativa estratégica da companhia que estabelece metas ambiciosas para ampliar os impactos positivos de suas operações. A agenda está estruturada em quatro pilares: ações pelo clima, preservação de paisagens sustentáveis e biodiversidade, promoção do crescimento sustentável e empoderamento de vidas. Entre os objetivos, destaca-se o aumento de 30% na proficiência dos alunos em língua portuguesa e matemática.

“Nosso propósito é promover uma educação pública de qualidade, aumentando a proficiência dos estudantes em português e matemática. Investir na valorização dos professores é essencial para construir uma sociedade mais justa, próspera e repleta de oportunidades”, enfatizou Browne.

Sobre a Parceiros da Educação

A Parceiros da Educação é uma Organização da Sociedade Civil fundada em 2004, que apoia a formação de professores, diretores e gestores públicos da área da educação para fortalecer a aprendizagem dos alunos. Para isso ser possível, estabelece parcerias entre a sociedade civil, escolas e secretarias de educação com o intuito de melhorar a qualidade do ensino e contribuir diretamente nas políticas públicas educacionais.

Sobre a Bracell

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com

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